Tesla cai 7% após fechar o ano com quebra histórica nas vendas

Empresa de Elon Musk ficou à frente da BYD por muito pouco, apresentando aquela que foi a primeira redução nas entregas anuais de viaturas em mais de uma década.

A Tesla fechou o ano com a primeira queda nas vendas em mais de uma década. A fabricante de carros elétricos de Elon Musk entregou 1,79 milhões de veículos em 2024, menos do que os 1,8 milhões do ano anterior e abaixo das estimativas dos analistas, noticia a Bloomberg.

Nem o esforço extra no final do ano, que atirou as entregas para um recorde trimestral de 495.570 unidades no quarto trimestre, impediu a empresa de fechar o ano em território de contração. Os analistas previam que a Tesla entregasse 517.277 viaturas entre outubro e dezembro, refere a agência.

Esta queda anual dá-se num momento em que a empresa controlada por Musk — conselheiro do futuro Presidente dos EUA, Donald Trump — tem vindo a enfrentar forte concorrência dos elétricos chineses, principalmente da fabricante BYD.

Por sua vez, a empresa chinesa vendeu 1,76 milhões de veículos totalmente elétricos no ano passado, segundo dados noticiados esta quinta-feira pelo Financial Times. A Tesla conseguiu, assim, manter a liderança mundial nos elétricos, mas por muito pouco.

Depois de conhecidos os números, as ações da Tesla abriram a cair quase 7%, para 375,86 dólares por ação.

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BYD volta a perder liderança de mercado para a Tesla

  • Lusa
  • 3 Abril 2024

Fabricante chinesa BYD registou uma queda de 42% nas vendas entre janeiro e março face ao último trimestre de 2023, permitindo à norte-americana Tesla recuperar o título de líder no mercado.

A fabricante automóvel chinesa BYD registou uma queda de 42% nas vendas, entre janeiro e março, face ao último trimestre de 2023, permitindo à norte-americana Tesla recuperar o título de líder no mercado dos veículos elétricos.

A fraca procura e o aumento da concorrência no mercado chinês reduziram as vendas da BYD para 300.114 veículos elétricos, no primeiro trimestre do ano, segundo o relatório enviado na segunda-feira à Bolsa de Valores de Hong Kong.

A empresa com sede em Shenzhen, sudeste da China, tinha ultrapassado a Tesla nas vendas de veículos elétricos no último trimestre de 2023, quando comercializou 526.409 carros, em comparação com 484.507 vendidos pela Tesla, entre outubro e dezembro.

A Tesla anunciou no mesmo dia que vendeu 386.810 carros nos primeiros três meses de 2024, abaixo dos 450.000 esperados, mas mais do que o seu rival chinês.

Ao incluir híbridos, juntamente com carros movidos a bateria pura e hidrogénio, a BYD registou um volume de vendas trimestral de 626.263 unidades, um aumento de 13%, em relação ao período homólogo. Foi o ritmo de crescimento mais lento das vendas desde o segundo trimestre de 2022.

Mas a Tesla também está sob maior pressão devido ao aumento da concorrência e ao envelhecimento da sua linha de produtos, algo que pode fazer com que a BYD a ultrapasse novamente nas vendas de veículos elétricos nos próximos meses.

A Tesla tem sofrido um abrandamento na China, o maior mercado de veículos elétricos do mundo, onde enfrenta uma concorrência crescente por parte dos rivais locais, muitos dos quais continuam a baixar os preços e a apresentar novos modelos.

O diretor executivo Elon Musk já avisou que o crescimento durante 2024 seria “notavelmente inferior” aos níveis do ano passado.

Embora o crescimento das vendas da Tesla tenha sido impulsionado pelos seus automóveis Modelo 3 e Modelo Y, o grupo não deverá lançar o seu próximo modelo antes do final de 2025.

Comprar um carro a gasolina neste momento é como comprar um pager quando os telemóveis estão já disponíveis.

Li Yunfei

Diretor geral da marca e relações públicas da BYD

A BYD reduziu os preços de quase todos os modelos da sua gama desde o início do ano sob o lema “a eletricidade é mais barata do que o petróleo”, seguida pelos seus concorrentes, incluindo a Geely e a SAIC-GM-Wuling, à medida que a guerra de preços se intensifica no maior mercado de veículos elétricos do mundo.

Li Yunfei, diretor-geral da marca e das relações públicas da BYD, afirmou numa publicação recente nas redes sociais que a empresa enfrenta “um grande confronto com os automóveis a gasolina”.

“Comprar um carro a gasolina neste momento é como comprar um pager quando os telemóveis estão já disponíveis”, disse Li, quando o grupo lançou uma nova versão dos dois modelos híbridos da marca com um preço inicial de 79.800 yuan (mais de 10.000 euros).

A iniciativa da BYD acontece num momento em que surgem sinais de abrandamento da procura na economia chinesa. Dados da Associação de Automóveis de Passageiros da China mostraram que as vendas chinesas de carros com bateria pura e híbridos, que o governo considera como “veículos de energia nova”, aumentaram 36%, no ano passado, abaixo de um aumento de 96%, em 2022.

Cui Dongshu, secretário-geral do organismo da indústria, projetou um aumento de 22% nas vendas chinesas em 2024.

Ao ganhar uma vantagem inicial com a sua cadeia de abastecimento totalmente integrada verticalmente, a BYD enfrenta agora a concorrência não só dos fabricantes de automóveis tradicionais e das empresas emergentes de veículos elétricos, mas também das grandes empresas de tecnologia que estão a tentar conquistar uma parte do enorme mercado chinês, como a Huawei e a Xiaomi.

O mercado chinês representou mais de 90% das vendas totais da BYD. Embora a China seja o maior mercado da Tesla fora dos EUA, o país contribuiu com 22% das suas receitas totais durante o seu mais recente ano fiscal.

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Portugal volta à corrida para receber “gigafábrica” da Tesla

  • ECO
  • 30 Junho 2023

Projeto de 5.000 milhões de euros pode gerar entre 12 e 15 mil empregos. Na imprensa espanhola, Portugal surge como localização favorita, depois de Valência ter sido descartada numa fase já avançada.

Portugal pode estar novamente na corrida para receber um “enorme núcleo produtivo” da Tesla, depois de Valência ter sido descartada como possível localização da “gigafábrica”, um investimento estimado em 5.000 milhões de euros e que pode gerar entre 12 mil e 15 mil empregos. Espanha terá quebrado o pacto de confidencialidade que a marca norte-americana de carros elétricos exige, avança a imprensa espanhola.

Segundo o El Debate, Portugal está bem posicionado para ser a alternativa tendo em conta as vantagens estratégicas de que dispõe, como a localização às portas do Mediterrâneo, a disponibilidade de rotas marítimas muito próximas e fontes de energia baratas e renováveis. Outro dos fatores de peso tem a ver com a aposta do Governo português nos carros elétricos, que faz com que a eletrificação e a rede de carregadores nacional seja o dobro da de Espanha.

A decisão final deve acontecer no final deste ano e o jornal espanhol assegura que Portugal parece ser o local mais provável para a instalação da “gigafábrica” da Tesla. Itália não será opção devido à lentidão na sua eletrificação e, quanto a França, os elevados custos de produção e proximidade à Alemanha, onde a Tesla já dispõe de uma fábrica, fazem com que não seja opção, refere a notícia.

Contactado pelo Expresso, o Ministério da Economia não confirmou nem desmentiu a hipótese deste investimento, afirmando apenas que “o Governo português está a trabalhar em vários projetos decisivos para o desenvolvimento do país”.

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Elon Musk volta a ser o homem mais rico do mundo

  • Mariana Marques Tiago
  • 28 Fevereiro 2023

Musk terminou 2022 a perder o lugar enquanto homem mais rico do mundo, mas voltou a conquistar o título. Dois meses depois, a sua fortuna engordou devido à valorização das ações da Tesla.

Elon Musk terminou 2022 a perder o título de mais rico do mundo, mas isso durou pouco tempo. Dois meses depois, a sua fortuna aumentou devido à valorização das ações da Tesla, que subiram quase 70% desde o início de 2023. É, novamente, o homem mais rico do planeta.

As ações da Tesla (empresa de que é CEO) subiram 5,5%, para 207,63 dólares (cerca de 196 euros) esta segunda-feira. Um desempenho que aumentou o património líquido de Elon Musk para 187,1 mil milhões de dólares (ou seja, 176,36 mil milhões de euros), avança a Bloomberg. O valor registado ultrapassa, portanto, a fortuna de 174,7 mil milhões de euros de Bernard Arnault, dono da Louis Vuitton, que desde dezembro ocupava o lugar de homem mais rico do mundo.

Os investidores da Tesla têm mostrado preocupações devido ao foco de Musk estar, nos últimos tempos, no Twitter, rede social adquirida em outubro. No entanto, o empresário já anunciou que quer deixar o cargo de CEO da rede social, mas, para isso, tem de encontrar quem queira assumir o posto. Segundo Elon Musk, as contas do Twitter apenas poderão vir a estar estabilizadas no final do ano.

Segundo o analista Tom Narayan, citado pela Bloomberg, as descidas de preços levados a cabo por Elon Musk na Tesla estimularam a procura de veículos, sendo que a empresa continua a ser “o rosto” dos carros elétricos. Narayan acredita que continua a existir “uma forte procura pelo produto Tesla, mesmo face a mais concorrência”.

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Despedimentos, receitas em queda e muitas sondagens. Menos de dois meses depois, Twitter diz a Musk que é tempo de sair

  • Mariana Marques Tiago
  • 20 Dezembro 2022

Elon Musk comanda o Twitter desde outubro. Agora, por sua iniciativa, pôs o lugar à disposição numa sondagem. E milhões de utilizadores votaram pela saída. Recorde os dois meses de caos na liderança.

“Devo abandonar a liderança do Twitter?”, perguntou Elon Musk, esta segunda-feira, na rede social que comprou por cerca de 44 mil milhões de dólares (41 mil milhões de euros). Antes até do encerramento da votação, o resultado já era claro: “Sim.” Mas porque é os utilizadores do Twitter decidiram votar para tirar Musk, que tem mais de 122 milhões de seguidores, dos comandos da plataforma?

Musk, um “agitador” que quer “estar na ribalta”

O envolvimento de Elon Musk no Twitter foi atribulado desde o início. Em abril, soube-se que o sul-africano comprou uma posição de 9,2% na empresa. Dias depois, o magnata confirmava a intenção de partir para a compra da totalidade da rede social.

Musk só oficializaria a compra sete meses depois, em outubro, após avanços e recuos no processo. Pelo meio, os receios de muitos investidores quase se tornaram reais: o detentor da Tesla chegou a anunciar que, afinal, ia desistir do negócio, acusando o Twitter de não cumprir com as suas obrigações contratuais, já que tinha impedido o acesso a dados e informações pedidas (nomeadamente, a quantidade de bots – contas automáticas – a vaguear pela rede social).

O Twitter acabaria por avançar contra Musk na Justiça, com o objetivo de o forçar a cumprir o acordo inicialmente estipulado. Para o empresário, a saída foi a de prosseguir com a compra da rede social. Em troca, exigiu que o Twitter deixasse cair o processo e aceitasse a sua proposta inicial: 44 mil milhões de dólares. Afinal, só quer “tentar ajudar a humanidade”, escreveu no Twitter.

João Miguel Lopes caracteriza Musk como um “agitador” que procura “posicionar-se [no mercado] e estar na ribalta”. O professor de marketing do ISCA (Instituto Superior de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro), defende que a prova disso foi a forma como negociou a compra da empresa: “Basta ver a estratégia usada: fazer uma oferta e depois desvalorizar a plataforma para, de alguma forma, voltar atrás com essa oferta, quase procurando uma descapitalização da imagem de marca que o Twitter tem.” E acrescenta: “Na minha opinião, esta não é a estratégia mais correta”.

Investidores retraem-se e receitas encolhem

Antes de Musk assumir a liderança do Twitter, as receitas da empresa já estavam a estagnar. Segundo o The Wall Street Journal, desde 2019 que a rede social não tem lucros anuais, sendo que o principal negócio tem sido a publicidade (que correspondeu a 90% dos lucros). Em 2021, a receita com origem nos anunciantes foi de cerca de 4,51 mil milhões de dólares, mas, este ano, desde a compra, já se registou uma quebra de 15% só nas receitas europeias.

O próprio empresário admitiu uma “uma queda massiva na receita” com anunciantes no início de novembro (cerca de um mês após a sua aquisição) e garantiu que o Twitter estava a perder quatro milhões de dólares diariamente. Para o sul-africano, a quebra no investimento deveu-se a “grupos de ativistas que pressionam os anunciantes, mesmo que nada tenha mudado no que toca à política de moderação de conteúdos” na plataforma.

Essa política de moderação de conteúdos já era um tema frequente no discurso de Elon Musk ainda antes de este completar a aquisição do Twitter. Na véspera da concretização do negócio, escrevia aos anunciantes que a plataforma não se iria tornar num espaço onde “qualquer coisa pode ser dita sem qualquer consequência”.

Além disso, anunciou também que, na rede, iria existir “liberdade de expressão”, anunciando que “o pássaro está livre” no dia da formalização da compra. Mais tarde, porém, alertou que “liberdade de expressão não é liberdade de alcance”, pelo que tweets ofensivos e de ódio seriam desmonetizados, mas não proibidos. Musk terminou também com a moderação de desinformação relacionada com a Covid-19 e as vacinas.

Agora, “os anunciantes vão ter de tomar uma decisão: investir ou não nesta rede”, diz João Miguel Lopes. O professor de marketing continua: “Atualmente já estamos a ver, como consequência das decisões de Musk, muitos utilizadores a sair e a migrar para outras plataformas. Neste momento, sinto que há uma retração por parte dos investidores, porque há uma incógnita”.

As principais preocupações são: desconfiança face ao rumo da rede social, preocupação relativamente ao número de utilizadores que restará (que irá impactar os rácios de campanhas publicitárias) e a qualidade desses utilizadores, completa.

Neste momento, sinto que há uma retração por parte dos investidores porque há uma incógnita.

João Miguel Lopes

Professor de marketing do ISCA - Universidade de Aveiro

Em Portugal não existem dados “sobre o nível de investimento que as marcas portuguesas estão a fazer no Twitter”, esclarece a Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN). Mas João Miguel Lopes estima que serão cerca de 1,4 milhões de utilizadores. Já no que toca ao alcance da publicidade, há apenas 16,2% de penetração, “um número muito reduzido”.

Cortes na despesa para pagar empréstimos de Musk

A compra da rede social (no valor de 44 mil milhões de dólares) foi possível porque Musk vendeu ações da sua própria empresa, a Tesla, e obteve empréstimos de bancos como Bank of America, Morgan Stanley, BNP Paribas, Société Générale e até da Autoridade de Investimento do Qatar, segundo a Al Jazeera. Agora, os empréstimos serão pagos pelo Twitter e não pelo próprio Elon Musk, o que, conjuntamente com a queda de receitas da empresa, leva à necessidade urgente de gerar lucros e cortar nas despesas.

Por isso mesmo, recentemente, o empresário tentou recuperar o interesse e investimento publicitário por parte da Apple e Amazon através da oferta de incentivos, avançou a Reuters. Mas não ficou por aqui. Também relançou o Twitter Blue com novas funcionalidades, entre as quais o direito a ter o selo de verificação azul. A primeira vez que a empresa tentou esta abordagem, o resultado não foi o melhor: vários utilizadores fizeram-se passar por outras pessoas. Assim, surgiram outros dois subtipos de selo: dourado (para negócios) e cinzento (para membros do governo).

Num segundo nível, não conseguindo atingir o seu objetivo, Elon Musk “fez aquilo que um gestor geralmente faz”, diz João Miguel Lopes: dispensou trabalhadores. Em novembro, cerca de 3.700 funcionários souberam por email que tinham sido despedidos. Uma semana depois, o empresário voltou atrás e chamou alguns deles de volta, entre acusações de despedimento abusivo, com alguns a argumentarem que não receberam o pré-aviso de 60 dias exigido por lei.

Além de anunciar o encerramento temporário dos escritórios, Musk tomou ainda decisões como: mudar a equipa jurídica do Twitter, despedir os responsáveis de alguns departamentos, não pagar a renda da sede da empresa nem dos escritórios espalhados pelo mundo e recusar pagar uma fatura de quase 200 mil dólares por voos privados feitos pelo próprio aquando da aquisição da empresa. O The New York Times acrescenta ainda que despediu a equipa da cozinha e listou todo o equipamento e eletrodomésticos (assim como algum material de escritório), para o leiloar.

Sondagens ditam o futuro da rede social

Desde que assumiu a liderança do Twitter, o empresário – que já perdeu o estatuto de homem mais rico do mundo – começou a recorrer a sondagens para tomar decisões relacionadas com o funcionamento da rede.

Uma das primeiras – que captou a atenção de vários utilizadores – dizia respeito à reativação da conta de Donald Trump (banido após a invasão do Capitólio, nos EUA, uma decisão “altamente idiota”, na ótica de Musk). Em 24 horas, mais de 15 milhões de utilizadores se manifestaram: 51,8% votou a favor do regresso do político norte-americano. Mas, desde que foi readmitido, Trump não fez qualquer publicação, utilizando apenas a sua própria rede social, Truth Social.

O mesmo aconteceu com vários jornalistas, após escreverem sobre o empresário e as decisões tomadas até ao momento e por, alegadamente, terem divulgado informação sobre a sua localização. Musk lançou uma sondagem a propósito da reativação das contas, mas antes foi confrontado pelas Nações Unidas e pela União Europeia, que o ameaçaram com sanções.

Esta terça-feira, a Reuters adiantou que a resposta a sondagens poderá tornar-se uma funcionalidade exclusiva dos subscritores. Isto porque, após um utilizador fazer essa sugestão, Musk concordou, dizendo que “o Twitter fará essa alteração”.

Até ao momento, Elon Musk respeitou o resultado de todas as sondagens, o que significa que, brevemente, o Twitter poderá vir a perder o seu atual líder. Assim, o objetivo do empresário pode estar em risco, nomeadamente “fazer com que a plataforma tenha uma espécie de ecossistema, onde seja possível a partilha de mensagens ou até fazer pagamentos”, esclarece João Miguel Lopes.

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“Piloto automático” da Tesla sem aprovação do regulador em 2022

Utilizadores do programa "Full Self-Driving" irão beneficiar de atualização no final do ano, na América do Norte, mas CEO admite que veículos não estão preparados para ser completamente autónomos.

O sistema de condução automática da Tesla, também conhecido por Autopilot, não irá obter aprovação regulatória norte-americana em 2022, avançou o CEO da fabricante automóvel, Elon Musk, após anunciar lucros de 3,3 mil milhões de dólares no terceiro trimestre.

O “piloto automático” da Tesla trata-se de um programa de software que permite ao veículo acelerar e travar automaticamente, dentro da faixa de rodagem. A Tesla disponibiliza ainda um programa complementar, no valor de 15 mil dólares, que permite aos seus veículos mudar de faixa e estacionar de forma autónoma, o “Full Self-Driving” (FSD).

No entanto, estes programas de assistência continuam a exigir supervisão humana, e um veículo completamente autónomo iria exigir aprovação dos reguladores do setor automóvel. Os utilizadores do FSD na América do Norte irão beneficiar de uma versão atualizada do programa no final do ano, embora o CEO tenha admitido que os veículos ainda não estão preparados para ser completamente autónomos, citou a Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Elon Musk admitiu ainda que a Tesla espera oferecer uma atualização do FSD em 2023, de modo a mostrar aos reguladores que os seus veículos são mais seguros do que o condutor comum. A Tesla tem como ambição distribuir um veículo totalmente autónomo, mas tem falhado repetidas vezes as suas próprias metas neste sentido. Elon Musk refere que esta funcionalidade será futuramente a fonte de lucro “mais importante para a Tesla”.

As declarações de Musk surgem após divulgação dos resultados financeiros da fabricante automóvel, na passada quarta-feira. A Tesla informou que o seu lucro referente ao terceiro trimestre mais do que duplicou o valor homólogo, para os 3,29 mil milhões de dólares. Apesar da subida, o resultado ficou abaixo das previsões de Wall Street.

A empresa espera não cumprir com a sua meta de entregas para 2022, e Musk desvalorizou os receios com uma revisão em baixa da procura. Segundo Musk, alguns desafios relacionados com a logística irão persistir, com as entregas relativas ao quarto trimestre a crescer menos de 50%, enquanto a produção aumenta igualmente 50%. “Eu não diria que somos à prova de recessão, mas somos certamente resistentes “, garantiu o CEO.

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Tesla acelera 10% após fortes resultados e impulsiona Wall Street

Depois de cair 35%, Netflix volta a deslizar 2% esta quinta-feira. Já o setor da aviação descola com a United e American Airlines a dispararem 10% com boom na procura de viagens.

Os investidores deixaram os maus resultados da Netflix para trás e estão agora de olhos postos nas contas que a Tesla apresentou esta quarta-feira. A fabricante de automóveis de Elon Musk bateu as estimativas de Wall Street e tem as ações em forte alta no arranque da sessão desta quinta-feira.

Os títulos da Tesla aceleram 10,94%, para 1.081 dólares, depois de ter anunciado receitas de 18,8 mil milhões de dólares no primeiro trimestre do ano, acima das estimativas de 17,8 mil milhões. O lucro por ação foi de 3,22 dólares, superando os 2,26 dólares esperados pelos analistas.

Também o setor da aviação está em alta, com a United Airlines e a American Airlines a somarem 11% e 9,19%, respetivamente, após terem revelado perspetivas de reservas bastante otimistas perante o boom na procura de viagens.

Em relação à Netflix, que se tornou ontem na ação com o pior desempenho do S&P 500 após afundar 35%, volta a ceder quase 2% para os 222,44 dólares.

“A temporada de resultados tem sido mista até agora. Tivemos obviamente o desapontamento com a Netflix. Provavelmente vamos ter altos e baixos numa base diária”, disse Scott Brown, economista da Raymond James, citado pela agência Reuters.

“Os investidores ainda continuam atentos ao mercado obrigacionista e à política monetária da Fed no longo prazo, e não apenas nos resultados empresariais”, acrescentou.

Neste cenário, o S&P 500 avança 1,12% e o industrial Dow Jones ganha 0,77%. O tecnológico Nasdaq sobe quase 2%.

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Elon Musk compra 9,2% do Twitter e ações da rede social disparam 25%

Patrão da Tesla e fundador da SpaceX comprou quase 10% do Twitter, numa posição avaliada em perto de três mil milhões de dólares, revelou a rede social à CMVM norte-americana.

O patrão da Tesla é acionista de referência do Twitter. Numa informação divulgada ao mercado, a rede social revela que Elon Musk detém quase 73,5 milhões de ações da empresa, o que representa uma posição de 9,2%, avaliada em 2,89 mil milhões de dólares.

O documento, enviado à Securities and Exchange Commission (SEC, correspondente à CMVM portuguesa), indica que Elon Musk é detentor de 73.486.938 ações do Twitter, a título particular, desde 14 de março deste ano. Esta é uma posição passiva, o que significa que Musk não terá um papel ativo na gestão da companhia.

Face a esta informação, as ações da empresa dispararam mais de 25% nas negociações antes da abertura das bolsas em Nova Iorque, cotando em torno dos 49 dólares. Este valor compara com os 39,31 dólares a que os títulos do Twitter encerraram a última sessão na passada sexta-feira.

Apesar de ser uma posição passiva, os investidores estão na expectativa de que Musk tenha alguma carta na manga. “Musk pode tentar tomar uma posição mais agressiva no Twitter. Isto pode eventualmente levar a algum tipo de aquisição”, reagiu Dan Ives, analista da Wedbush, citado pela CNBC.

Elon Musk, um dos homens mais ricos do mundo, é presidente executivo da Tesla, uma fabricante de automóveis elétricos. É também fundador da SpaceX, um grupo privado que opera no setor espacial, bem como de um conjunto de outras empresas em setores tão diversos como a neurotecnologia ou escavação de túneis.

O gestor é uma das personalidades mais proeminentes do Twitter. É conhecido por promover criptomoedas e publicar as suas próprias mensagens, sem filtros, o que lhe já lhe valeu mais de 80 milhões de seguidores, mas também alguns problemas.

Em 7 de agosto de 2018, Elon Musk escreveu no Twitter que estava a “considerar” tirar a Tesla da bolsa, propondo pagar 420 dólares por ação: “Os acionistas poderão ou vender a 420 [dólares] ou passar a [posição] privada.” Duas palavras acabariam por tramar Musk: “Financiamento assegurado.”

A operação não só nunca avançou como a SEC considerou provado que Musk não tinha o financiamento assim tão garantido como tinha dado a entender. O caso custou-lhe o cargo de chairman da Tesla e um acordo através do qual todos os tweets que viesse a publicar sobre a empresa teriam de ter aprovação prévia pela companhia. Musk e a Tesla pagaram ainda uma multa de 20 milhões de dólares cada. Já em março de 2022, Musk pediu a um tribunal que anulasse esse termo do acordo.

Antes disso, em julho de 2018, Musk publicou um tweet em que chamava “pedófilo” a uma das pessoas envolvidas no resgate de uma equipa de futebol que tinha ficado presa numa caverna na Tailândia. O caso chegou aos tribunais, com Vernon Unsworth a reclamar uma indemnização de 190 milhões de dólares por difamação. Musk alegou que não era uma acusação, mas sim um insulto, e acabou por vencer o processo, segundo a BBC.

No final do ano passado, Jack Dorsey, um dos fundadores do Twitter, abandonou a empresa, passando o cargo a Parag Agrawal. Alegadamente, Dorsey já pouco se envolvia na gestão da empresa, dedicando a maior parte do tempo à sua outra companhia, a Square, uma empresa de pagamentos que entretanto mudou de nome para Block.

Antes, em março de 2020, o hedge fund Elliott Investment Management, do temível investidor ativista Paul Singer, adquiriu uma posição relevante no capital do Twitter e tinha tentado remover Dorsey do cargo. O Twitter tem sido um alvo apetecível para aquisições — entre as empresas que já exploraram a compra estiveram a Disney e a Salesforce.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h32)

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Tesla recolhe mais de 800 mil veículos devido a defeito em “software”

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2022

Problema está no "software" que controla a ativação do sinal sonoro de alerta e ocorre quando o motorista interrompe a mensagem sonora, por exemplo, ao sair do veículo.

A Tesla vai ter de recolher 817.143 veículos nos Estados Unidos para reparar um defeito no software que impede a ativação da mensagem sonora que avisa que o cinto de segurança não está apertado, foi anunciado na quinta-feira.

Em documentos divulgados pela Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário (NHTSA) dos Estados Unidos, a empresa norte-americana disse que até 31 de janeiro não tinha registo de “acidentes, ferimentos ou mortes” causados pelo defeito. Os documentos também revelam que foi um instituto sul-coreano que notificou a Tesla em 6 de janeiro da existência do defeito.

Após o aviso do Korea Automobile Testing and Research Institute (KATRI), os técnicos da Tesla verificaram o problema. Este defeito afeta os modelos 3 2017-2022, S 2021-2022, X 2021-2022 e Y 2020-2022.

O problema está no software que controla a ativação do sinal sonoro de alerta e ocorre quando o motorista interrompe a mensagem sonora, por exemplo, ao sair do veículo enquanto está ativado. Nestas circunstâncias, o sofware regista que já avisou o condutor, mas não repete o aviso sonoro. A Tesla também indicou que o sinal sonoro é ativado quando a viatura ultrapassa os 22 quilómetros por hora e o cinto do motorista não é colocado.

A empresa de Elon Musk disse à NHTSA que, para corrigir o problema, vai atualizar de forma remota o software em todos veículos afetados e vai notificar os proprietários por correio em 01 de abril.

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Musk já vendeu mais de 10 mil milhões de dólares em ações da Tesla

O controverso líder da Tesla já despachou mais de 10 mil milhões de dólares em ações da companhia. Na segunda-feira, vendeu quase um milhão de títulos e exerceu opções de compra.

Elon Musk já vendeu mais de 10 mil milhões de dólares em ações da Tesla. A operação mais recente foi concluída na segunda-feira, dia em que o controverso CEO despachou mais 934 mil títulos, avaliados em pouco mais de mil milhões.

A contabilização foi feita pelo The Wall Street Journal (acesso pago). Há quase um mês que Musk está a vender ações da empresa, ao mesmo tempo que tem exercido opções de compra. Na segunda-feira, Musk exerceu mais 2,1 mil milhões desses direitos.

Em outubro, Musk perguntou aos utilizadores do Twitter se devia ou não vender 10% das suas ações da Tesla, para pagar pagar impostos sobre as mais-valias, comprometendo-se a respeitar o resultado. Os utilizadores disseram que sim.

No entanto, informação regulatória mostrou que Musk já tinha planeado em setembro exercer 23 milhões de opções de compra que iriam expirar em agosto de 2022 e vender títulos para cobrir obrigações fiscais. O gestor começou a vender ações a 8 de novembro.

A Tesla está a cotar esta sexta-feira em cerca de 1.063 dólares por ação, uma queda intradiária de 1,9%. No último mês, os títulos acumulam uma desvalorização de mais de 12%.

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Tesla recupera 2% apesar de Musk ter vendido 5 mil milhões em ações

Wall Street abriu sessão a recuperar da pressão dos últimos dias. Fabricante Tesla avança 2%, apesar de o CEO, Elon Musk, ter vendido cinco mil milhões de dólares em ações nos últimos dias.

Wall Street recupera da pressão vendedora das últimas duas sessões perante sinais de prolongamento da inflação, enquanto as ações da Walt Disney estão em queda depois de ter apresentado uma desaceleração do número de novos utilizadores da sua plataforma de streaming. Já a Tesla recupera, apesar do CEO Elon Musk ter vendido ações no valor de cinco mil milhões de dólares.

O S&P 500 e o tecnológico Nasdaq avançam 0,31% e 0,78%, respetivamente, depois de terem encerrado em máximos históricos nos últimos dias. Já o industrial Dow Jones abriu sem tendência definida.

Os índices norte-americanos foram penalizados com os dados da inflação divulgados na quarta-feira pelo Departamento do Trabalho, com os preços no consumidor a registar o maior avanço em três décadas, impulsionados pelas disrupções nas cadeias de distribuição em todo o mundo.

Para Artur Hogan, da National Securities, os investidores parecem estar a olhar além do curto prazo: “Temos mais procura do que oferta neste momento. E isso é uma coisa positiva para o futuro crescimento dos resultados” das empresas, disse, citado pela Reuters.

Em termos empresariais, as ações da Walt Disney recuam quase 7%, para 162,60 dólares, depois de ter apresentado um aumento ligeiro do número de novos subscritores da sua plataforma Disney+.

Por outro lado, a Tesla avança 2%, recuperando algum terreno depois de ter perdido mais de 10% no início desta semana, isto apesar das vendas de cinco mil milhões de dólares em ações da fabricante de automóveis por parte do CEO e maior acionista, Elon Musk.

Ainda no setor automóvel, a fabricante Rivian valoriza 12%, depois de ter superado os 100 mil milhões de dólares em valor de mercado na sua estreia em bolsa, esta quarta-feira.

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Elon Musk vendeu ações da Tesla por quase mil milhões de euros

  • Lusa
  • 11 Novembro 2021

O CEO da Tesla vendeu ações da fabricante automóvel pelo equivalente a quase mil milhões de euros. Documento enviado à SEC mostra que a intenção de vender remonta a setembro.

O presidente executivo da Tesla, Elon Musk, vendeu na segunda-feira ações do fabricante de veículos elétricos por 1,1 mil milhões de dólares (958 milhões de euros), após ter anunciado, no sábado, a intenção de vender 10% das ações.

De acordo com documentos apresentados na quarta-feira ao regulador do mercado dos EUA, a Securities and Exchange Commission (SEC), o homem mais rico do mundo vendeu cerca de 930.000 ações só na segunda-feira.

No sábado, Musk tinha sondado os seus seguidores na rede social Twitter sobre a eventual venda de 10% dos 17% que possui na empresa, o que lhe poderia render mais de 20 mil milhões de dólares (perto de 17,5 mil milhões de euros). Cerca de 57,9% dos 3,5 milhões de seguidos responderam a favor.

Na segunda-feira, na abertura de Wall Street, as ações da empresa caíram 7,2%, com o mercado a temer que Musk avançasse com a venda, desequilibrando a oferta e a procura das ações do fabricante de carros elétricos.

Por essa razão, as ações foram vendidas a um preço significativamente mais baixo do que teria acontecido sem o anúncio no Twitter, tendo o empresário perdido, no processo, várias dezenas de milhões de dólares em lucros não realizados.

O documento entregue à SEC revela também que o homem de negócios já tinha iniciado a venda em 14 de setembro, pelo que não decidiu com base no inquérito no Twitter.

No final da operação, Elon Musk ainda detinha 1,22 milhões de ações da Tesla e mais 170,4 milhões num trust (fundo fiduciário), com o valor total de 183 mil milhões de dólares (159,4 mil milhões de euros), ao preço de fecho de quarta-feira, de acordo com o documento entregue ao SEC.

Na segunda-feira, o fundador da Tesla exerceu também a opção de compra sobre 2,15 milhões de ações, o que lhe permitiu comprar o mesmo número de ações a 6,24 dólares cada, menos de 1% do seu valor atual.

Na terça-feira, a Tesla arrastou o Nasdaq, ao prosseguir a sua forte queda, de 11,99%, devido ao anúncio de Musk. Na quarta-feira, as ações voltaram a recuperar, fechando com uma subida de 4,34%.

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