Bolt vai castigar infratores das trotinetes com sistema de pontos

  • Lusa
  • 7 Março 2023

Sanções passam por advertências, notificações, uma penalidade “mais severa” como a redução da velocidade e, no limite, a suspensão da conta do utilizador durante uma semana.

A plataforma Bolt vai lançar “em breve” um sistema de pontuação dos utilizadores das trotinetes que, no limite, poderá impedir que circulem durante uma semana, medida que surge após o lançamento do Compromisso de Segurança.

Em declarações à Lusa, o responsável de micromobilidade da Bolt em Portugal, Frederico Venâncio, explicou que, depois de lançar o seu Compromisso de Segurança, documento que tem linhas orientadoras para promover a segurança em trotinetes, a empresa decidiu implementar um sistema de avaliação de comportamentos em trotinetes.

“Ambos se complementam. Fizemos um estudo para, basicamente, entender quais é que são as prioridades para o bom crescimento da micromobilidade nas cidades e chegámos a nove pontos que são fundamentais para este bom desenvolvimento”, explicou.

De acordo com o responsável, o primeiro ponto tem a ver com o trabalho em conjunto com os municípios, desde a partilha de dados, ao cumprimento das regras, às sinergias entre os próprios municípios. Em relação ao segundo ponto, o responsável aponta os programas de educação e sensibilização junto dos utilizadores, onde se insere o novo sistema que a Bolt “vai implementar muito brevemente em Portugal”.

Segundo Frederico Venâncio, o que a Bolt fez foi “pegar em todas as soluções que já tem, com todos os sensores disponíveis nas trotinetes, e começar a avaliar o comportamento de cada utilizador, como, por exemplo, no estacionamento”. Se estiver mal parado “já lhe vai dar um ranking de avaliação”, explicou.

“Temos atenção a viagens com mais de um utilizador, um projeto piloto. Será também verificado o tipo de travagens efetuadas, se são muito bruscas ou repentinas”, disse, salientando que o sistema irá verificar também se há algum tipo de derrapagem ou queda ou colisão com a trotinete.

De acordo com o responsável, todos os indicadores juntos vão dar a métrica dos utilizadores, o que significa que, se um utilizador tiver “uma percentagem muito baixa de avaliação, tendo em conta o sistema, vai ter algumas penalidades”.

Sanções podem ir até à suspensão da conta

As penalidades vão passar desde uma advertência através da aplicação, uma notificação a avisar que não está a conduzir da melhor maneira e uma penalidade um “bocado mais severa”, que é a redução para uma velocidade de 15 km/hora. No limite, “depois de verificar que com as advertências não há alteração de comportamento, suspende-se a conta do utilizador” por uma semana, acrescentou.

“Claro que queremos que todos os utilizadores e todos os cidadãos possam utilizar as trotinetes, mas queremos que as usem de forma correta, salvaguardando a sua própria segurança. Portanto, se virmos que há comportamentos inadequados não vamos ter qualquer problema em suspender ou bloquear uma conta, porque não só está em risco da sua segurança, como a de qualquer outro peão que ande na rua”, frisou Frederico Venâncio.

No estudo, foram ainda identificados pontos que passam por a empresa ter “veículos cada vez mais seguros”, a prevenção de viagens sob o efeito de álcool ou drogas, cujo teste de reação cognitiva na aplicação já se encontra em funcionamento, a partir de determinadas horas da noite, e que impede a condução embriagada.

“Se não tiver agilidade suficiente para fazer o teste, não vai poder realizar a viagem”, explicou.

Frederico Venâncio lembrou também a preservação do espaço público, nomeadamente na organização dos parking spots, acrescentando que já há uma solução de estacionamento com controlo por inteligência artificial, quando, no final da viagem, o utilizador é obrigado a tirar uma fotografia pela qual se irá verificar se a trotinete está bem estacionada.

Surge também no estudo a proteção dos grupos mais vulneráveis, idosos e pessoas com deficiência, além da partilha de dados e transparência, algo que Frederico Venâncio reconheceu que a empresa “já faz com muita frequência”, seja sobre os pontos de segurança, acidentes e mesmo sobre tecnologia.

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Procura por “Ubers” recupera mas há falta de motoristas

Volume de viagens está a recuperar rapidamente e a gerar falta de motoristas para "Ubers". Três principais plataformas de TVDE confirmam que são precisos mais volantes e mãos que os conduzam.

As plataformas eletrónicas de transporte não estão a conseguir recrutar motoristas que cheguem para dar resposta a todas as “boleias” pedidas pelos utilizadores. Este é outro dos setores que enfrentam escassez de mão-de-obra disponível no mercado, à medida que a oferta de recursos humanos se vai ajustando à procura das empresas.

Com a retoma à vista no horizonte, já não é a procura que mais preocupa. É a manutenção de um nível de oferta suficiente que está a gerar dores de cabeça às empresas como a Uber.

“No nosso negócio de mobilidade, a procura está a recuperar mais rápido do que o esperado. Por isso, diríamos que existem no mercado bastantes oportunidades para parceiros e motoristas neste momento”, disse ao ECO uma porta-voz da Uber, que é líder de mercado em Portugal no setor de TVDE.

Não é a única. A Free Now congrega o serviço de táxi com o de transporte privado e confirmou que também nota alguma falta de motoristas para assegurar este último serviço aos utilizadores. “De momento, sentimos que a disponibilidade de motoristas é efetivamente escassa face ao aumento de procura que a nossa plataforma está a ter no contexto atual”, afirmou fonte oficial.

No nosso negócio de mobilidade, a procura está a recuperar mais rápido do que o esperado. Por isso, diríamos que existem no mercado bastantes oportunidades para parceiros e motoristas neste momento.

Fonte oficial da Uber

Quanto à Bolt, que detém uma plataforma de TVDE e uma plataforma de entrega de refeições ao domicílio (Bolt Food), a empresa também está a assistir a “um aumento da procura dos vários serviços” que oferece, em resultado “do aumento da vacinação dos portugueses e aceleração do processo de desconfinamento em todo o país”. Nesse sentido, confirmou estar consciente de que existe escassez de mão-de-obra disponível no mercado.

“Este cenário reflete-se, naturalmente, numa maior necessidade de motoristas e estafetas para assegurar o aumento da procura. Estamos conscientes desta realidade e, como consideramos ser um ótimo momento para entrar neste negócio, estamos a promover algumas ações de comunicação digital para chegar até estes parceiros. O setor está a assistir a uma rápida recuperação e isso irá refletir-se também em maiores ganhos”, explicou fonte oficial da Bolt.

A Uber também detém uma plataforma de entrega de refeições ao domicílio. No entanto, a empresa explica que, “no negócio de delivery [Uber Eats], este período de férias traduz-se, por norma, numa menor procura nas principais cidades portuguesas”.

Em alguns países, sobretudo nos EUA, a pandemia gerou distorções curiosas no mercado laboral, com o desemprego a permanecer elevado, apesar de o volume de ofertas de emprego estar em recordes. Alguns economistas têm justificado este facto com o tipo de empregos que as pessoas procuram não corresponder, exatamente, às vagas abertas pelas empresas.

Soma-se a isto o facto de a taxa de poupança estar em alta, depois de ter subido expressivamente durante os confinamentos (o que pode resultar numa menor urgência na procura de emprego), bem como os apoios sociais continuarem a dar fôlego a algumas famílias. Deste fenómeno não se pode desassociar ainda o medo da Covid-19, que ganha mais expressão no setor dos serviços, dado que são empregos onde há mais contacto entre pessoas.

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Bolt sobe para 20% comissão cobrada aos motoristas

Os motoristas ao serviço da Bolt vão passar a ter de entregar à empresa 20% do valor de cada viagem, um agravamento face aos 15% cobrados até aqui.

A Bolt prepara-se para cobrar uma comissão mais pesada aos motoristas. A partir de 1 de julho, quem transporta passageiros pela aplicação vai ter de entregar à empresa 20% do valor de cada viagem, o que compara com os 15% que a empresa cobrava desde que entrou em Portugal há mais de três anos, ainda com o nome Taxify.

A alteração foi comunicada na quarta-feira aos parceiros e motoristas. Num email enviado pela empresa, a que o ECO teve acesso, lê-se que “a partir de 1 de julho de 2021, a Bolt ajustará a sua taxa de comissão para 20% em Portugal continental”.

Oficialmente, a Bolt valida a informação e “confirma” que “comunicou aos seus parceiros uma alteração nas comissões que entrará em vigor no dia 1 de julho”, disse ao ECO fonte oficial da empresa.

A nova comissão da Bolt mantém-se inferior à da Uber, que é líder de mercado e fica com 25% do valor de cada viagem. Compara ainda com os 20% mais IVA cobrados pela FreeNow na categoria Ride.

“A Bolt continua a ter uma comissão mais baixa do que o principal concorrente. Este aumento […] mantém a nossa comissão mais baixa do que a do maior concorrente”, lembra fonte oficial da empresa, referindo-se à Uber.

No email enviado aos parceiros e motoristas, a Bolt justifica o agravamento da comissão: “Esta alteração irá permitir-nos criar e desenvolver uma experiência de usuário ainda melhor para os nossos motoristas e passageiros, investindo no produto/app e em campanhas de marketing para angariar novos clientes e aumentar o número de viagens”, escreve a empresa.

Ao ECO, fonte oficial da Bolt acrescenta que o aumento da comissão “irá permitir que a Bolt invista mais em produto e em iniciativas de marketing, o que se refletirá no aumento de clientes que utilizam o serviço”.

A alteração da comissão acontecerá por via de uma mudança nas condições gerais do contrato de licença com o qual os motoristas têm de concordar.

Bolt admite ajustes nas tarifas

Com o desconfinamento e a recuperação do negócio, Uber, Bolt e Free Now têm seguido estratégias diferentes para se ajustarem à nova realidade trazida pela pandemia. A decisão da Bolt junta-se a uma série de novidades que têm surgido no mercado nas últimas semanas.

A 8 de junho, o ECO noticiou que a Free Now decidiu subir os preços das viagens para aumentar o rendimento dos motoristas. A empresa passou a considerar 80% do tempo como “hora de pico” e pôs fim ao serviço Ride Lite, que era o mais económico para os utilizadores.

A Uber — que será, das três, a que tem maior músculo financeiro — seguiu o caminho inverso. Como não tinha uma categoria mais económica, decidiu lançar uma modalidade de viagens mais acessível no Porto, a que chamou de UberX Saver. Para já, não se sabe se a empresa está a preparar outras alterações ao serviço.

A subida da comissão da Bolt junta-se a estas duas novidades, mas podem estar mais a caminho. No email a que o ECO teve acesso, a empresa refere que vai “continuar a monitorizar a dinâmica do mercado e a refletir isso nos” preços das viagens. O objetivo é “garantir a maximização dos ganhos dos motoristas sempre que possível”.

Questionada sobre este facto, fonte oficial da Bolt respondeu: “Como as dinâmicas de mercado mudam de forma rápida, monitorizamos frequentemente as variações de oferta e procura e fazemos ajustes aos preços se necessário. Na Bolt procuramos sempre cumprir o nosso objetivo de assegurar as melhores condições e ganhos para os nossos condutores, ao mesmo tempo que oferecemos as viagens mais acessíveis aos nossos clientes.”

O fecho da economia a partir de 2020 tirou volume de negócio a estas empresas. Com a população fechada em casa, caíram a pique as deslocações realizadas através das aplicações. Entretanto, o desconfinamento deu novo fôlego ao negócio, mas estão a ser feitos ajustes às novas condições de mercado.

Correção: Uma versão anterior deste artigo indicava que a Free Now cobrava 15% de comissão aos motoristas. Na verdade, cobra 20% mais IVA. Aos leitores e visados, as nossas desculpas.

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Bolt dá até 3.000 euros em viagens em troca do seu automóvel

A Bolt lançou uma campanha para comprar automóveis usados em troca de até 3.000 euros em crédito para viagens na aplicação. Momento é de escassez de carros usados no mercado secundário.

A crise mundial de processadores tem gerado escassez no mercado automóvel, puxando pelos preços dos carros novos e usados. A Bolt quer capitalizar a oportunidade e oferece até 3.000 euros em viagens aos portugueses que aceitem desfazer-se da sua viatura.

Em causa está a campanha “Compramos o teu carro”, que pretende “desafiar os portugueses” a trocarem carros por “viagens na Bolt”, anunciou a empresa num comunicado. Mas se a proposta levanta a bandeira da sustentabilidade, os preços altos dos carros usados no mercado secundário não serão apenas coincidência.

“Os utilizadores só têm de enviar uma mensagem com os dados do veículo, que será posteriormente avaliado por uma equipa da Bolt, até ao valor de 3.000 euros, e aguardar para começar a utilizar o crédito de viagens em que se reverte o valor de compra”, explica a empresa na mesma nota. A campanha vai vigorar até 18 de julho.

A estratégia de comunicação da Bolt vai passar pela colocação de anúncios em “papel reciclado nos para-brisas dos carros nas ruas de Lisboa. A Bolt é um serviço de transporte de passageiros que concorre em Portugal com a líder de mercado Uber.

Bolt vai por estes anúncios nos para-brisas dos carros:

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Bolt à procura de diretor-geral para a plataforma de transporte

A Bolt está à procura de um líder para o serviço de transporte. David Ferreira da Silva, atual líder da Bolt, vai focar-se no desenvolvimento da Bolt Food e na gestão do grupo em Portugal.

A Bolt está a contratar um diretor-geral para a plataforma eletrónica de transporte privado. O cargo é atualmente ocupado por David Ferreira da Silva, que passará a estar focado na plataforma de entrega de refeições e na gestão do dia-a-dia do grupo em Portugal.

A vaga de country manager da Bolt foi disponibilizada recentemente na rede social LinkedIn e já mereceu mais de 200 candidaturas. “Estamos à procura de um diretor-geral em Portugal para organizar e melhorar o nosso mercado”, indica a descrição do trabalho. Pelo menos três anos de experiência em posição semelhante é um dos requisitos.

Contactada pelo ECO, fonte oficial da Bolt confirmou a busca por um novo líder para a plataforma de transporte que concorre com a Uber: “Estamos a contratar um contry manager especificamente para operações de ride-hailing vertical, uma vez que esta área está numa fase mais madura e o David [Ferreira da Silva] irá concentrar-se mais nas dimensões de gestão de Bolt Food Vertical e Bolt PT.”

O atual líder da empresa irá, assim, focar-se no desenvolvimento da plataforma Bolt Food, de entregas de refeições ao domicílio, concorrendo com os players já estabelecidos — Uber Eats e Glovo.

“O lançamento tem corrido muito bem, com um crescimento bastante rápido, tanto em número de utilizadores como de restaurantes (já temos mais de 700 restaurantes na plataforma)“, frisa a mesma fonte, referindo-se à Bolt Food, lançada inicialmente numa parte de Lisboa em outubro do ano passado.

“Relativamente à área de entrega, cobrimos atualmente desde Amadora até Algés, Algés até ao Parque das Nações e Parque das Nações até Carnaxide e parte de Odivelas. Estamos também a concentrar-nos na expansão muito em breve para outras cidades. Daremos mais notícias muito em breve”, conclui fonte oficial da empresa.

Além da plataforma de boleias e da plataforma de entregas, a Bolt opera ainda em Portugal uma “frota” de trotinetas e bicicletas elétricas partilhadas.

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Apps de transporte dão “borlas” para ir votar este domingo

Bolt e Free Now anunciaram campanhas para promoverem o transporte dos portugueses até às mesas de voto. Há descontos diretos e vouchers.

Se precisa de transporte para ir votar este domingo, fique a saber que duas das principais plataformas eletrónicas vão oferecer descontos ou outras promoções no dia 24 de janeiro.

É o caso da Bolt. A empresa anunciou uma campanha para levar “os portugueses a votar em segurança” e, este domingo, as viagens realizadas de carro ficam a metade do preço, até um limite de três euros”.

“Com o objetivo de incentivar o voto nas próximas eleições Presidenciais, a Bolt […] oferece aos portugueses viagens de carro em todo o país, até um limite de três euros, para que possam deslocar-se as urnas no dia 24 de janeiro com o menor risco possível”, informou a empresa num comunicado.

Além disso, a Bolt decidiu tornar gratuitas todas as viagens realizadas nas trotinetes elétricas que mantém em Lisboa. Para ir votar, claro, pois o país está em confinamento.

Também a Free Now, que resultou da fusão da Kapten e da myTaxi, está a promover uma campanha de incentivo ao voto, sob o mote de ir “votar em segurança”.

“A deslocação não tem de ser um impedimento para que exerças o teu direito de voto. No dia 24 de janeiro, vamos oferecer um voucher de seis euros na próxima viagem na Free Now a todos os portugueses que se deslocarem até às urnas”, indica a aplicação.

Para aderir à campanha, é preciso preencher um formulário criado pela empresa para esse efeito e disponível aqui.

Este ano, a Uber Portugal decidiu não fazer uma campanha focada nas Presidenciais. Questionada pelo ECO, fonte oficial da empresa respondeu: “Estamos focados em investir os nossos esforços na tecnologia que faz com que as viagens Uber sejam totalmente seguras para que os utilizadores possam votar em total segurança.”

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Aplicações de refeições antecipam forte “aumento da procura” no recolher obrigatório

O estado de emergência introduziu novas restrições à restauração e as aplicações de entregas são das principais alternativas. Uber Eats, Glovo e Bolt Food esperam uma subida expressiva na procura.

As aplicações de entrega de refeições ao domicílio estão a preparar-se para um aumento significativo no número de pedidos, face às restrições do novo estado de emergência decretado no país. Desde quarta-feira que os portugueses não podem sair à rua a partir das 23 horas, restrição agravada aos fins de semana para todo o período da tarde de sábado e domingo nos 121 concelhos de maior risco.

Neste cenário, o setor da restauração, já severamente prejudicado pela pandemia da Covid-19, deverá reforçar a aposta nas plataformas de entrega de refeições. O take-away continua a ser permitido, mas os cidadãos só podem levantar as encomendas até ao início do período do recolher obrigatório, pelo que aplicações como a Uber Eats e a Glovo tornam-se as principais opções no cardápio.

Disponível na generalidade das principais cidades portuguesas, de norte a sul do país, a Uber Eats admite continuar a reforçar a aposta em medidas de incentivo ao consumo por parte dos utilizadores, de forma a puxar pelo negócio dos restaurantes que usam a aplicação como montra.

“Acreditamos que a forma mais eficiente de apoiar o setor é, como temos feito desde o início da pandemia, concentrar o nosso investimento em medidas que aumentem a procura dos nossos parceiros, sabendo que essa é a sua principal preocupação nesta fase, e na segurança, sem a qual nenhum negócio pode operar”, diz ao ECO fonte oficial da Uber Eats. A aplicação “procura dar resposta às necessidades de restaurantes, parceiros de entrega e utilizadores”, sublinha.

A Uber Eats gera receitas aplicando uma taxa sobre o valor das encomendas remetidas pela aplicação aos restaurantes. A taxa varia, mas pode chegar aos 30% do valor total em alguns casos. É ainda cobrada uma taxa adicional aos utilizadores que reverte a favor do estafeta responsável pela entrega, que também varia, mas pode chegar aos 3,90 euros.

"Acreditamos que a forma mais eficiente de apoiar o setor é, como temos feito desde o início da pandemia, concentrar o nosso investimento em medidas que aumentem a procura dos nossos parceiros, sabendo que essa é a sua principal preocupação nesta fase.”

Fonte oficial da Uber Eats

Presente em diversas das principais cidades portuguesas, a aplicação Glovo também tem vindo a preparar-se para um aumento na procura por causa do ressurgimento da pandemia. “Relativamente à evolução do mercado, a expectativa da Glovo é de que haja naturalmente um aumento de encomendas e adesão de novos parceiros”, afirma ao ECO o diretor-geral da empresa em Portugal, Ricardo Batista.

Para o gestor, a tendência é clara: “Em primeiro lugar, porque durante a primeira vaga e confinamento foi possível garantir a continuidade de um conjunto de negócios, através da nossa plataforma, especialmente para restauração e pequenos negócios. Em segundo lugar, porque a Glovo tem vindo a aumentar substancialmente a sua cobertura geográfica e o número de parceiros e de leques de atividades que vieram dar aos clientes finais o acesso a uma variedade muito grande de produtos sem terem de sair das suas casas.”

Ricardo Batista sublinha que a plataforma conta já com 3.500 estabelecimentos disponíveis no catálogo em Portugal. Trata-se de um crescimento de 13% face ao mês passado, e de 150% (2,5 vezes mais) do que no início da pandemia. “A expectativa é de que esta tendência se mantenha”, ressalva o responsável. A empresa segue um modelo de negócio semelhante ao da Uber Eats, mas apostou inicialmente nas entregas não só de refeições como também de outros produtos de conveniência.

Relativamente à evolução do mercado, a expectativa da Glovo é de que haja naturalmente um aumento de encomendas e adesão de novos parceiros.

Ricardo Batista

Diretor-geral da Glovo em Portugal

A alternativa mais recente no mercado português é a Bolt Food, que em outubro arrancou com uma operação de menor dimensão “numa área limitada de Lisboa”, contando já com “centenas de estafetas” e “mais de 260 restaurantes” no catálogo na capital. Três semanas depois do lançamento, fonte oficial da empresa assegura ao ECO que “a procura do novo serviço nestes primeiros dias de lançamento tem sido bastante elevada”.

“Neste momento, a Bolt continua a aumentar o número de estafetas para conseguir dar uma resposta adequada nas próximas semanas, em que se prevê um aumento da procura, visto que as pessoas vão ficar mais tempo em casa”, admite a mesma fonte. Assim, perante o decreto do estado de emergência, a empresa sublinha estar “a trabalhar em campanhas promocionais e descontos” para incentivar o consumo nos restaurantes através da aplicação.

As novas restrições para controlar a Covid-19 entraram em vigor com o estado de emergência na quarta-feira e deverão manter-se pelo menos até ao próximo dia 26 de novembro. O recolher obrigatório deverá condicionar ainda mais a atividade da restauração e, numa carta aberta ao primeiro-ministro, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) alertou que ameaçam “ferir de morte” o setor.

“Sabemos do difícil e instável cenário que vivemos, sabemos que a atual situação pandémica nos dificulta a vida a todos, mas não é possível continuar neste rumo desastroso para as nossas atividades económicas”, apelou a associação.

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Pandemia parou mais de 1.600 “Ubers” e táxis

Entre janeiro e setembro, mais de 1.600 entidades singulares e coletivas suspenderam a atividade de transporte em automóvel ligeiro, ou já foram totalmente liquidadas, mostram dados do Fisco.

Mais de 1.600 pessoas singulares e coletivas, principalmente “Ubers” e táxis, deixaram de operar no mercado do transporte de passageiros em automóvel ligeiro entre março e setembro, suspendendo o negócio ou avançando para liquidação, num período que foi fortemente marcado pela pandemia. A conclusão resulta dos dados cedidos ao ECO pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

Nesses seis meses de crise pandémica, em que Portugal foi obrigado a confinar, 477 empresas com o CAE referente ao negócio de “Uber” e táxi entraram em liquidação e cessaram em IVA, para deixarem de ter de apresentar as declarações periódicas, ou suspenderam a atividade para posterior retoma. O número é cinco vezes superior às 88 que se registaram em período idêntico de 2019.

Há ainda registo de outras 1.148 entidades singulares e coletivas que foram já efetivamente dissolvidas e liquidadas. Um valor que representa um aumento face às 723 entidades registadas nos seis meses homólogos, de 1 de março a 28 de setembro.

Estes registos do Fisco ajudam a pintar o cenário negro pelo qual passou o negócio das plataformas eletrónicas e o dos táxis. Sem passageiros para transportar, algumas viram as receitas afundar 90% em pleno confinamento, como admitiu à Lusa, na semana passada, o diretor-geral da Bolt, David Ferreira da Silva. O negócio, entretanto, está a recuperar.

O ECO também já noticiou que a receita do Estado com a contribuição sobre essas empresas derrapou 71% no segundo trimestre, sugerindo uma quebra do mercado de igual dimensão. Entre abril e junho, entraram somente 181 mil euros nos cofres públicos por essa via, contra 622,5 mil euros nos mesmos três meses do ano passado.

E se, por um lado, a pandemia precipitou a falência de muitas empresas, por outro, a crise também travou a iniciação desta atividade. De 1 de março a 28 de setembro de 2020, iniciaram atividade com o referido CAE 1.432 entidades. Foram quase menos 5.600 entidades singulares e coletivas a iniciarem atividade, ou uma queda de perto de 80%.

O CAE (Classificação Portuguesa das Atividades Económicas) com o número 49320, que é tido para efeitos dos dados da AT, é amplamente usado por empresas com frotas ao serviço de plataformas como Uber, Bolt e Free Now, mas também de táxis tradicionais.

“Compreende o transporte não regular de passageiros em veículos automóveis ligeiros (em regime de aluguer), com ou sem taxímetro, segundo itinerários, horários e preços a negociar caso a caso” e “inclui aluguer com condutor”, de acordo com a definição formal. Exclui alugueres de viaturas sem condutores, atividades funerárias ou atividades de ambulâncias.

Estes dados são conhecidos no dia em que a Fectrans prevê realizar, a partir das 15h00, uma concentração de trabalhadores deste setor, com a intenção de distribuir por várias entidades um caderno de reivindicações. O objetivo é lutar contra a “desregulamentação” e contra a “autoridade total” das plataformas em “prejuízo” dos trabalhadores.

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Depois das boleias, Bolt também entrega refeições em Lisboa

Chegou a Portugal a Bolt Food, o serviço de entrega de refeições ao domicílio da Bolt. Conta com "centenas de estafetas" em Lisboa para fazer frente aos rivais Uber Eats e Glovo.

Depois do transporte privado, das bicicletas e das trotinetes elétricas, a Bolt acaba de lançar em Portugal o seu serviço de entrega de refeições ao domicílio. A Bolt Food já estava disponível em dezenas de outros mercados, mas passa agora a operar também “numa área limitada de Lisboa”, anunciou a empresa.

A Bolt Food funciona numa app independente, mas cujo registo é partilhado com a aplicação principal da Bolt, na qual, desde 2018, é possível pedir boleia a um motorista. Com este serviço, a empresa passa a concorrer também no mercado das entregas de refeições, a par com a rival Uber Eats e Glovo.

“De momento, já é possível realizar encomendas em mais de 260 restaurantes em Lisboa, dando resposta a todas as preferências e necessidades dos utilizadores. Além das refeições principais de diferentes estilos de cozinha, é possível encomendar ainda o pequeno-almoço, gelados e sobremesas ou até mesmo uma bebida apenas”, refere a Bolt num comunicado.

Há vários meses que se especulava sobre o lançamento da Bolt Food em Portugal. A pandemia resultou em quebras significativas no negócio do transporte privado, o que obrigou a adaptações e diversificação do modelo de negócio destas empresas da chamada “economia da partilha”.

Citado no comunicado, David Ferreira da Silva, diretor-geral da Bolt em Portugal, assegura que a empresa tem já “centenas de estafetas em Lisboa prontos para realizar as primeiras entregas”. “O lançamento deste novo serviço surge numa altura indicada. Acreditamos que o facto de as pessoas terem a possibilidade de encomendar comida dos seus restaurantes favoritos é algo que as incentivará a que fiquem mais tempo em casa”, sublinha.

Segundo a Bolt, é possível realizar encomendas de refeições “de segunda-feira a quarta-feira entre as 9h00 e a 1h00, na quinta-feira entre as 9h00 e as 2h00 e na sexta-feira e sábado entre as 9h00 e as 3h00, sendo que, durante o período de lançamento do serviço em Lisboa as encomendas terão taxa de entrega gratuita até uma distância de quatro quilómetros”.

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“Ubers” estão em recuperação após “grandes quebras” da pandemia

  • Lusa
  • 9 Outubro 2020

O negócio das plataformas de TVDE está em fase de recuperação, depois das "grandes quebras" que chegaram a 90% durante o confinamento. Retoma está a ser mais fácil em Lisboa do que no Algarve.

Os operadores de plataformas TVDE (transporte individual e remunerado de passageiros em veículo descaracterizado) sofreram grandes quebras de serviço com a pandemia de Covid-19, encontrando-se atualmente em fase de recuperação.

Numa ronda pelas três operadoras atualmente a trabalhar em Portugal — Bolt, Uber e Free Now –, todas referiram que, durante o confinamento e sensivelmente até junho, houve um “forte bloqueio à mobilidade nas cidades”, pelo que houve uma queda significativa nos serviços prestados.

“Sentimos uma queda enorme ao nível do negócio, a rondar os 90%. Contudo, em junho começámos a recuperar rapidamente e, neste momento, estamos já com a operação a decorrer a níveis acima do que estava a acontecer em fevereiro”, disse o responsável da Bolt em Portugal, David Ferreira da Silva.

Apesar de a plataforma ter sofrido inicialmente uma “redução significativa do número de motoristas”, recuperou o número de profissionais associados que tinha ativos em fevereiro: “O que é um sinal muito positivo de que as coisas estão de facto a melhorar”, afirmou. Também no número de operadores (empresas, que podem corresponder a um ou a vários motoristas) não foi sentida uma “diminuição significativa”.

Embora sem avançar com números de viagens, o responsável da Bolt referiu que estes já são “semelhantes” aos de antes da pandemia.

Já tendo em conta a recuperação, David Ferreira da Silva explicou que as tendências “têm sido semelhantes em todo o país, exceto no Algarve”, que nesta altura “está fortemente dependente do turismo e das atividades noturnas”.

Também a Uber, a primeira operadora de transporte individual a partir de plataforma eletrónica a operar em Portugal, referiu que com o “gradual desconfinamento do país tem havido uma recuperação”.

“A mobilidade tem uma grande correlação com o dinamismo económico do país e, infelizmente, ainda estamos a atravessar uma crise pronunciada. No entanto, sentimos que muitos portugueses estão a olhar para o TVDE como uma alternativa segura para se deslocarem e uma alternativa ao transporte individual”, sublinhou o diretor-geral da Uber em Portugal, Manuel Pina.

Reconhecendo que o serviço prestado pela plataforma tem “naturalmente maior adesão nas zonas urbanas”, Manuel Pina lembrou que após a expansão dos serviços para todo o território nacional em julho “já foram realizadas viagens TVDE em 17 dos 18 distritos” do continente português.

Em relação ao número de viagens realizadas antes da pandemia e depois do confinamento, o responsável referiu que a operadora (também com serviço de distribuição de comida) “não comenta o impacto da Covid-19 no negócio em nenhum mercado em específico”. A nível global, acrescentou, “o impacto foi de 73% no negócio equivalente ao TVDE”.

Em junho deste ano surgiu a plataforma de mobilidade Free Now, criada a partir da MyTaxi (serviço de transporte em táxis através de uma aplicação de telemóvel) e que integra também os TVDE da Kapten (marca que começou a sua atividade em Portugal como Chauffer Privé).

À Lusa, o diretor-geral da Free Now para Portugal, Sérgio Pereira, reconheceu que a operadora teve “uma razoável apresentação ao mercado”, ainda que, “naturalmente, abaixo do que era expectável”, devido à Covid-19.

Para essa razoabilidade, considerou, contribuíram “a herança e o know-how do mercado” que vieram de ambas as marcas que compõem agora a Free Now.

De acordo com Sérgio Pereira, em geral, a queda do número de viagens na plataforma foi “sensivelmente de 70% no pico da pandemia e atualmente de menos 30% em comparação com 2019”. “Em média estamos com menos 50% no segundo e terceiro trimestre de 2020 comparativamente com o ano passado”, exemplificou.

Pelo facto de ser uma aplicação que junta táxis e TVDE, Sérgio Pereira reconhece ser “expectável que quanto maior for a oferta mais facilmente chega a um número mais elevado de clientes e, ao ser mais completa, mais apelativa será”.

“Temos clientes que preferem TVDE e outros que continuam a preferir o táxi. A Free Now, enquanto plataforma que reúne vários tipos de serviços na mesma aplicação, tem um espetro de atuação mais amplo”, sublinhou.

Lisboa recupera melhor do que o Algarve

António Fernandes, do Sindicato Motoristas TVDE de Portugal, referiu que o setor está a assistir a uma recuperação que “é mais lenta numas zonas e noutras mais rápida”.

“A atividade económica não está como antes da pandemia, as nossas faturações ainda não chegam lá. Em Lisboa, por exemplo, está a ser mais fácil recuperar do que no Algarve, que entrou agora em época baixa, estão com mais dificuldades em recuperar”, adiantou.

Reconhecendo que “uma grande maioria parou durante a pandemia”, António Fernandes avançou que alguns motoristas “acabaram mesmo por abandonar e não estão em atividade”, enquanto outros conseguiram “aguentar-se com o apoio que o Estado disponibilizou”.

De acordo com o Instituto da Mobilidade e dos Transportes, encontram-se licenciados dez operadores de plataformas de TVDE, o que não implica que estejam todos em atividade. Segundo os dados até 30 de setembro deste ano, estavam igualmente licenciados 8.021 operadores de TVDE e certificados 26.971 motoristas.

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Bolt chega à primeira cidade no Alentejo. Entra em Évora

A Bolt alargou as operações em Portugal e rumou em direção a Évora. É a primeira cidade em que opera na região do Alentejo.

A Bolt continua a crescer em Portugal e acaba de chegar ao interior do país, mais concretamente à histórica cidade de Évora, onde já está a realizar viagens. O anúncio foi feito em comunicado.

“Esta expansão vem colmatar uma necessidade essencial, numa nova região onde sabemos que a rede de transportes é bastante condicionada. Sendo a nossa missão tornar as viagens mais fáceis, cómodas e seguras, faz todo o sentido estarmos presentes num território onde poderemos ajudar a melhorar a mobilidade de todos os que lá vivem e trabalham”, explica David Ferreira da Silva, responsável pela Bolt em Portugal, citado na mesma nota.

A Bolt tem vindo a reforçar a sua presença de norte a sul de Portugal, disponibilizando os seus serviços a mais de 80% da população. Além de Lisboa, Porto e Algarve, já atua em cidades na zona norte como Braga, Aveiro, Leiria, Guimarães, Coimbra, Águeda, Figueira da Foz, Matosinhos e Vila Nova de Gaia, e na zona centro, em cidades como Estoril, Cascais, Ericeira, Setúbal e Alverca do Ribatejo.

De forma a reduzir o risco de contágio de Covid-19 e tornar as viagens mais seguras, a Bolt continua a aumentar o número de cidades onde é possível viajar na categoria “Bolt Protect”, que inclui a colocação de uma proteção de acrílico transparente entre os assentos dos passageiros e do motorista.

Atualmente, a Bolt já conta com 30 milhões de clientes em mais de 35 países em todo o mundo. Esta expansão surge depois de um período conturbado para o negócio da mobilidade, com o número de viagens a afundar por causa da pandemia. O setor tenta agora uma recuperação, implementando medidas que permitam dar confiança aos passageiros e proteger a segurança de todos, incluindo do motorista.

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Bolt precisa de 50 milhões de euros. Pede mais garantias ao Estado

A Bolt precisa de um empréstimo de 50 milhões para fazer face à pandemia, mas o atual limite das garantias estatais na Estónia impede o acesso à banca. Mudança nas regras já está a ser estudada.

A Bolt está à procura de um empréstimo de 50 milhões de euros para fazer frente à quebra nas receitas, mas as atuais regras das garantias estatais na Estónia estão a impedir o acesso da empresa à banca. Perante este impasse, a empresa fundada por Markus Villig apelou ao governo estoniano para que faça ajustes nos limites das garantias estatais, de forma a permitir apoiar também a comunidade de startups.

A notícia foi avançada pela Bloomberg (acesso condicionado), que salienta que as receitas da concorrente da Uber caíram 85% em março, um efeito das restrições às deslocações que foram impostas em muitos dos países em que opera, incluindo em Portugal. Segundo a agência, a plataforma precisa de pelo menos 15 milhões de euros por mês já a partir de abril. Porém, os bancos não estão disponíveis a concederem empréstimos por considerarem que as atuais garantias estatais são insuficientes.

“Apesar de o início de 2020 ter sido o nosso melhor [período] de sempre, a crise atual não tem precedentes e o efeito no nosso negócio tem sido significativo, à medida que as pessoas seguem as restrições às deslocações impostas pelos governos”, disse um porta-voz da Bolt à Bloomberg. Em janeiro, a empresa contraiu um empréstimo de 50 milhões de euros junto do Banco Europeu de Investimento, refere também a agência.

Já depois da publicação desta notícia, a Bolt emitiu um comunicado para negar que o empréstimo pedido à banca tenha sido recusado, como sugeria uma primeira versão da notícia da Bloomberg: “A Bolt esclarece que a informação veiculada na Bloomberg sobre um pedido de empréstimo ao governo estoniano, após a banca comercial ter recusado cedência de crédito, não é verdadeira. A Bolt informa que recorreu ao governo estoniano para que este revisse as garantias estatais, visto que estas não se aplicam a startups. A Bolt reitera que nunca teve um empréstimo recusado”, disse ao ECO fonte oficial da empresa.

Entretanto, a Reuters avançou também que a Estónia está a estudar aumentar o limite das garantias de Estado na sequência do pedido da Bolt. Apesar de a empresa pretender um empréstimo de 50 milhões, as garantias estatais estão limitadas a cinco milhões de euros. Mas esses limites “vão ser reconsiderados”, disse o ministro estoniano com a pasta do comércio externo, Kaimar Karu, em declarações à agência.

Outra hipótese que está a ser estudada pelo governo estoniano é a de avançar para a compra de participações em algumas empresas em dificuldades. “Discutimos de que forma, ao invés de emprestarmos dinheiro a empresas em dificuldades, podemos, sob condições razoáveis, comprar participações nas mesmas”, afirmou o ministro. “Porque não podemos comprar participações em empresas em que acreditamos? A Bolt é uma dessas empresas”, disse.

Tal como a Uber, a Bolt, que está presente em Portugal, tem tentado ajustar o negócio à situação atual, apostando em cortar as despesas e voltando o foco para o serviço de entregas de encomendas e de refeições ao domicílio. No final de março, o ECO questionou a Bolt em Portugal sobre o impacto da pandemia no negócio, mas fonte oficial optou por não comentar.

(Notícia atualizada às 19h17 com novas informações e para clarificar que a banca estoniana rejeitou o empréstimo à Bolt por considerar insuficientes as garantias estatais)

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