Estados Unidos limitam preços do petróleo russo

  • Lusa
  • 10 Setembro 2022

Companhias de seguros e empresas financeiras que facilitam o comércio internacional de petróleo a garantir que crude russo é adquirido a preço igual ou inferior a um limite estabelecido por EUA.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos emitiu na sexta-feira diretrizes a impor um preço máximo ao petróleo russo, a partir de 5 de dezembro, apesar das ameaças da Rússia de cortar o fornecimento.

As diretrizes obrigam companhias de seguros e empresas financeiras que facilitam o comércio internacional de petróleo a garantir que o crude russo é adquirido a um preço igual ou inferior a um limite estabelecido pelos Estados Unidos, juntamente com outros membros do G7.

O preço máximo entrará em vigor a 5 de dezembro para o petróleo bruto e a 5 de fevereiro de 2023 para produtos derivados do petróleo.

“O limite de preços procura criar incentivos que reduzam as receitas da Rússia enquanto o seu petróleo continua a fluir”, refere, num comunicado, o Departamento do Tesouro.

“Estamos a avançar com esta proposta extraordinária porque é essencial que a comunidade global tome medidas para negar ao Kremlin as receitas que está a usar para sustentar a sua economia e travar a sua guerra injustificável na Ucrânia”, sublinhou o comunicado.

“A conclusão é que todos ganham menos o Kremlin”, garantiu o departamento, liderado pela secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen.

Na quarta-feira, o Presidente russo Vladimir Putin ameaçou cortar o fornecimento de gás, petróleo e carvão, em resposta às propostas apresentadas pelo G7 e pela União Europeia (UE) destinadas a limitar os preços do petróleo e gás russos.

O grupo dos sete países mais industrializados do mundo, o G7, tinha levantado a possibilidade de permitir o transporte global de petróleo russo e respetivos derivados apenas se os produtos forem vendidos abaixo de um preço máximo.

A proposta tem como pano de fundo a tentativa de cortar o financiamento da campanha militar russa na Ucrânia, numa altura em que a UE adquiriu 54% de todos os combustíveis fósseis exportados pela Rússia desde o final de fevereiro por um valor de 85,1 mil milhões de dólares.

Embora não existam números oficiais disponíveis, estima-se que a Rússia tenha investido cerca de 100 mil milhões de euros no financiamento da guerra contra a Ucrânia, de modo que a receita da exportação de combustíveis se tornou o “fator chave” para a campanha militar russa.

A ofensiva lançada a 24 de fevereiro na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.

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Medina vê “caminho estreito” no combate à inflação perante receios de recessão

  • Lusa
  • 10 Setembro 2022

"É evidente que esta atuação [para combater subida dos preços] tem de ser ponderada com aquilo que vai acontecer do ponto de vista da frente económica”, afirma o ministro das Finanças.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, defendeu hoje um “caminho estreito” de combate à inflação, admitindo que os atuais níveis são “um problema central” na Europa, numa altura de receios de recessão económica na zona euro.

“As duas matérias estão ligadas. É natural que os ministros das Finanças expressem a sua posição de prudência, de cautela. Os bancos centrais têm a responsabilidade relativamente à gestão da política monetária e, hoje, a inflação é um problema central na Europa e em Portugal também”, disse Fernando Medina, em declarações à chegada ao segundo dia de uma reunião informal dos ministros das Finanças da UE, no âmbito da presidência checa do Conselho, em Praga.

Depois de os governos da zona euro terem admitido já na sexta-feira que a guerra na Ucrânia e a crise energética aumentaram o risco de recessão, o ministro português da tutela defendeu “um caminho estreito que é preciso prosseguir de uma estratégia de redução da inflação, quando uma parte importante do efeito da inflação, aliás, não decorre da circunstância da procura interna na União Europeia, mas decorre nos preços da energia”.

“Entende-se que haja aqui uma necessidade de uma atuação, mas é evidente que esta atuação tem de ser ponderada com aquilo que vai acontecer do ponto de vista da frente económica”, acrescentou.

Para Fernando Medina, os países do euro devem prosseguir então “um caminho entre estes dois lados, entre aquilo que acontece do lado da economia e aquilo que acontece com a inflação”. E avisou: “Se não atacamos já a inflação, mais tarde é mais difícil de debelar”.

Os governos da zona euro admitiram que a guerra na Ucrânia aumentou o risco de recessão, mas descartam que a economia esteja inevitavelmente condenada a cair e prometem tomar medidas para combater a inflação e mitigar o seu impacto.

“O risco aumentou, mas a recessão não é inevitável”, disseram o presidente do Eurogrupo, Paschal Donohe, e o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, em conferência de imprensa após o primeiro dia da reunião informal dos ministros da Economia e das Finanças zona euro, em Praga, que se centrou em como responder à crise devido à guerra na Ucrânia.

A subida dos preços da energia agravada pela invasão empurrou a inflação na zona euro para um recorde de 9,1% em agosto e obrigou a baixar as previsões de crescimento para os 19 países, a ponto de o Banco Central Europeu antecipar uma recessão no caso de um corte total do gás russo.

Além da política orçamental e monetária, os países do euro já vieram concordar que a solução para a crise energética deve passar pela intervenção no mercado que os ministros da energia também discutiram na sexta-feira em Bruxelas, onde começaram a ser desenhadas medidas para dar liquidez às empresas de energia ou limitar os lucros das empresas que produzem energia a baixo custo.

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Subida do rating “é boa notícia” para famílias e empresas

  • Lusa
  • 10 Setembro 2022

Fernando Medina valoriza a decisão de subida de rating da Standard & Poor's. "O financiamento da economia portuguesa está ligado, em primeiro lugar, àquilo que acontece na República Portuguesa".

A decisão da Standard & Poor’s de subir o ‘rating’ da dívida soberana portuguesa de ‘BBB’ para ‘BBB+’, com perspetiva estável, é uma “excelente notícia” perante o aumento das taxas de juro na zona euro, afirma o ministro das Finanças. “A subida do ‘rating’ [notação] português ontem [sexta-feira] pela pela S&P é uma boa medida para Portugal, é aliás uma excelente notícia para as famílias e empresas portuguesas”, declarou Fernando Medina, reagindo ao anúncio da maior agência de notação financeira, a S&P.

Isto assegura que Portugal está a fazer a sua parte para que os encargos com os juros subam menos do que aquilo que conseguiria se não tivéssemos a disciplina orçamental que temos tido”, acrescentou o governante, falando na chegada ao segundo dia de uma reunião informal dos ministros das Finanças da UE, no âmbito da presidência checa do Conselho, em Praga.

Depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter decidido aumentar em 75 pontos base as suas três taxas de juro diretoras, o segundo aumento consecutivo deste ano, o governante apontou que o anúncio agora feito pela S&P significa que, “num momento em que as taxas sobem”, Portugal consegue assegurar “níveis mais baixos que outros países ou até ganhar margem para que os juros subam menos do que aquilo que está a acontecer noutros países”.

“Isto é de grande importância porque isso é um benefício que depois se traduz de forma direta nas empresas e nas famílias, porque, no fundo, o financiamento da economia portuguesa está ligado, em primeiro lugar, àquilo que acontece na República Portuguesa e, por isso, esta é uma boa notícia para as famílias, uma boa notícia para as empresas e uma boa notícia para o país”, reforçou.

Para Fernando Medina, este “é também o reconhecimento de que a estratégia orçamental de redução da dívida que Portugal está a seguir é a estratégia correta”. “A S&P reconhecer esta melhoria do ‘rating’, isto é, a melhoria da credibilidade da nossa dívida, é uma melhoria para uma situação que já não acontecia há mais de 10 anos”, sendo “resultado não só do crescimento forte da economia portuguesa, mas também da trajetória de sustentada redução da dívida que temos vindo a prosseguir, mais rápida e mais intensa que a dos restantes países europeus e também das perspetivas de investimento relativamente à utilização de fundos comunitários”, justificou o ministro da tutela, nestas declarações aos jornalistas portugueses em Praga.

A agência de notação financeira S&P subiu na sexta-feira o ‘rating’ da dívida soberana portuguesa de ‘BBB’ para ‘BBB+’, com perspetiva estável.

A avaliação da S&P tem lugar depois de, em 26 de agosto, a DBRS ter subido a avaliação da dívida soberana portuguesa para ‘A’ (baixo), com perspetiva estável.

O ‘rating’ é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito.

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Inditex “renova votos” com Portugal na venda e no fabrico de roupa

A testar no Porto tecnologias de ponta e o novo modelo de lojas com integração online, dona da Zara assegura ao ECO o compromisso com o mercado português, tanto na vertente comercial como industrial.

Portugal foi o primeiro destino internacional da Inditex, quando abriu na Rua de Santa Catarina, no Porto, aquela que foi a primeira loja da Zara fora de Espanha, assinalando o início da expansão global que prosseguiu no ano seguinte em Nova Iorque (EUA) e em 1990 em Paris (França), até estar atualmente presente em 200 mercados espalhados pelo mundo. Volvidos 34 anos, o grupo de origem galega “renova os votos” de compromisso com o mercado português, tanto na vertente comercial como a nível industrial.

Seguindo os passos da Zara, as restantes marcas comerciais da Inditex começaram a sua expansão internacional com aberturas em Portugal: Pull&Bear (1993), Massimo Dutti (1994), Bershka (1998), Stradivarius (2000), Oysho (2001) e Zara Home (2003). Detém atualmente cerca de 300 lojas no país – 51 delas são da Zara, que representa dois terços da faturação –, emprega perto de 1.900 pessoas e garante ao ECO que os planos incluem a abertura de novas unidades e a renovação de vários espaços comerciais, como acaba de fazer na Baixa da Invicta e vai prosseguir no Centro Comercial Colombo, em Lisboa.

Loja da Zara na Rua de Santa Catarina, no Porto, reabriu esta semana após seis meses em obrasRicardo Castelo/ECO

“Portugal é um mercado muito importante para o grupo Inditex. Temos um plano para melhorar os espaços comerciais e definimos o modelo de flagships stores, apostando em lojas em localizações prime, com mais metros quadrados e a possibilidade de implementar todas as possibilidades que oferece o nosso modelo integrado”, adiantou fonte oficial. Além de estar a “estudar” novas lojas de rua, frisa que “há centros comerciais em que também é muito importante estar” e que por vezes surgem “locais que ficam livres e permitem fazer ampliações e reformas”. “Temos abertas em cima da mesa possibilidades de todo o tipo”, acrescenta.

Já no que toca ao papel da indústria portuguesa do têxtil e do vestuário no abastecimento das lojas, fala numa “relação absolutamente privilegiada”, recusando que se tenha alterado. “O grupo Inditex tem um modelo único de fornecimento e cuida de [ter] relação estáveis e de longo prazo com fornecedores que não são exclusivos. Portugal é um dos países em que temos produção de proximidade – os outros, além de Espanha, são Turquia e Marrocos. Isso não mudou. Mais de metade dos fornecedores está em fábricas de proximidade. E nessa equação Portugal continua a ser um ator muito relevante para a Inditex”, assegura.

Mais de metade dos fornecedores estão em fábricas de proximidade. E nessa equação Portugal continua a ser um ator muito relevante para a Inditex.

Fonte oficial da Inditex

Já questionada sobre o tema da inflação, a mesma fonte não quis ir além do que foi referido durante a apresentação anual de resultados do grupo, em março, de que na nova coleção foram feitas “pequenas correções de preço em algumas categorias concretas”, com um aumento médio de 5% a nível mundial e de 2% em países como Espanha e Portugal. E se os valores na etiqueta ainda não dispararam, alinhados com os das matérias-primas, da energia ou dos salários, justifica-o com a eficiência das operações, o modelo de fornecimento, as relações com os fornecedores e a capacidade para antecipar esse tipo de questões que vão acontecendo no mercado”.

Porto testa tecnologias e modelo de loja

Esta espécie de “renovação dos votos” de casamento com Portugal acontece numa altura em que a Zara reabre a histórica loja na Rua de Santa Catarina, que estava fechada para obras desde março. Além de uma remodelação profunda para realçar os elementos classificados do edifício, tal como a fachada de estilo neoclássico, duplicou a área de venda para 4.000 metros quadrados, adicionando um terceiro piso comercial, e equipou este espaço com as mais recentes ferramentas tecnológicas para oferecer ao cliente uma experiência de moda integrada com a plataforma online da marca.

Navegar online pela loja, consultar o stock disponível, fazer a reserva de um provador (válida por 20 minutos) ou a recolha em duas horas de uma encomenda feita online. Estes são alguns dos serviços disponíveis através da app da Zara. Na área dos provadores, por exemplo, basta aproximar os artigos de uma tela, que faz a contabilização das peças e indica de forma automática qual está disponível – à saída repete este processo e encontra as caixas de pagamento automáticas para completar a compra. Apesar da maior automatização em vários processos, o número de funcionários desta loja quase triplicou de 35 para 103 após reabrir esta quinta-feira.

No piso térreo, o silo robotizado é um dos principais símbolos da integração entre a loja física e online. Tem capacidade para 800 caixas, permitindo ao cliente evitar filas e contactos na loja para recolher aquilo que encomendou e pagou online. Basta inserir o código que recebeu e a máquina entrega o pacote. Ao lado tem outras duas novidades: um depósito para cartão reciclado, no qual pode deixar a caixa – para reciclagem ou reutilização noutras compras, caso os clientes queiram; e um contentor para entregar roupas antigas (sem qualquer contrapartida comercial), ao abrigo de um programa gerido em parceria pela Cruz Vermelha Portuguesa para aumentar o ciclo de vida do vestuário.

No exterior, a renovação incluiu a recuperação de ornamentos originais, como as varandas ou as cantarias em pedra das janelas, despojando o edifício de outros elementos decorativos que tinham sido acrescentados ao longo do tempo, como as famosas colunas duplas da entrada. No interior, o espaço portuense é o primeiro em Portugal e apenas o terceiro no mundo, a seguir a Madrid e Qatar, a adotar o novo conceito de decoração “White Box, que o grupo liderado desde abril pela filha do fundador, Marta Ortega, quer implementar progressivamente em todas as lojas.

“O espaço, onde convivem moda e tecnologia, foi concebido como um grande contentor branco, limpo e neutro, cedendo o protagonismo aos elementos originais recuperados no projeto, tal como o muro de pedra à vista, que atravessa todo edifício desde o piso inferior. A madeira do mobiliário e os tons dos têxteis proporcionam notas de calor e um contraste natural ao ambiente”, descreve a empresa. Com este novo modelo de loja, refere ainda, consome menos 20% de energia e menos 40% de água do que numa loja tradicional.

A loja flagship na mais conhecida artéria comercial da cidade Invicta conta ainda com três novas áreas comerciais específicas dedicadas aos lançamentos mais recentes da marca, a nível mundial. É o caso de um espaço boutique dedicado à linha de lingerie, que até agora só era vendido online; de uma nova zona exclusiva para calçado e acessórios na secção de mulher; e ainda da coleção de equipamento desportivo Athleticz, com “produtos que reúnem funcionalidade técnica, materiais sustentáveis, estética simples e máxima comodidade”, que passa a ocupar parte do último piso desta loja.

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Líder do PSD diz que novo ministro da Saúde está condenado ao fracasso

  • Lusa
  • 9 Setembro 2022

Ainda que haja um novo titular na pasta, diz Luís Montenegro, estará condenado ao fracasso porque a política será a "mesma", tal como já garantiu o primeiro-ministro.

O líder do PSD, Luís Montenegro, disse esta sexta-feira que o novo ministro da Saúde está condenado ao fracasso devido às opções ideológicas do primeiro-ministro em manter a mesma política de saúde. “Infelizmente, o novo ministro está condenado logo à partida pelo primeiro-ministro, que foi muito claro quando da demissão da anterior ministra, ao afirmar que ia mudar o titular da pasta, mas a política ia ser a mesma”, frisou o dirigente, em Arganil, no distrito de Coimbra, numa visita à Feira Industrial e Comercial da Beira Serra (Ficabeira) e Feira do Mont’Alto.

Em declarações aos jornalistas, numa reação à indigitação de Manuel Pizarro para ministro da Saúde, substituindo a demissionária Marta Temido, o presidente do PSD perspetivou que o novo titular da pasta vai ter “muitas dificuldades” e mostrou “pouca confiança em que vá conseguir obter bons resultados”.

Segundo Luís Montenegro, o novo ministro da Saúde “está condenado a seguir uma política que trouxe como resultado mais portugueses sem médico de família, caos nas urgências, sobretudo nas de obstetrícia e ginecologia, e uma incapacidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de dar resposta a muitas solicitações de consultas de cirurgias de tratamentos”.

“Se o primeiro-ministro disse que a política ia ser a mesma, [Manuel Pizarro] está condenado a ter resultados piores ou iguais àqueles que teve a anterior titular da pasta, que foram péssimos para o SNS e para a resposta aos problemas de saúde dos portugueses”, afirmou. “A escolha de um dirigente do PS [para o ministério] revela também incapacidade de António Costa em recrutar na sociedade pessoas que fujam da esfera daquilo que é o círculo mais restrito do dirigismo do PS”, sublinhou.

Para o líder social-democrata, a escolha do primeiro-ministro revela “que António Costa já só consegue recrutar naqueles que são os fervorosos dirigentes do PS”, num Governo que “está absolutamente tomado por dirigentes socialistas”, cujo núcleo está “muito fechado à sociedade”. “O primeiro-ministro acha que está tudo bem, que deve prosseguir com a mesma política e o novo ministro está condenado pelo seu chefe de Governo, que define as prioridades e as orientações políticas”, reiterou.

Luís Montenegro acusou ainda o Governo de se mostrar “absolutamente incapaz de suster as consequências do encerramento de serviços, nomeadamente de urgência, e as consequências que isso está a provocar em muitas pessoas que precisam de cuidados urgentes”.

O presidente do PSD entende que o mal do setor da saúde está nas orientações do primeiro-ministro, no afunilamento do SNS e numa carga ideológica excessiva, em que o primeiro-ministro e o PS não percebem que saúde tem utentes e não ideologia e é preciso contar com todos”.

“O SNS é uma pedra basilar, que nós defendemos, mas defendemos que quando não tem capacidade de resposta precisamos de contar com o setor social e privado, de forma complementar, para que, com a ajuda do Estado, os cidadãos com menos recursos possam também aceder aos cuidados de saúde, e infelizmente o Governo não olha para isso”, disse.

O primeiro-ministro, António Costa, propôs ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a nomeação do eurodeputado socialista Manuel Pizarro para o cargo de ministro da Saúde, em substituição de Marta Temido. Manuel Pizarro, especialista em medicina interna, foi secretário de Estado da Saúde nos dois executivos socialistas liderados por José Sócrates, entre 2008 e 2011.

Depois de conhecida a sua nomeação como novo ministro da Saúde do terceiro Governo liderado por António Costa, tomará posse do cargo no sábado, sucedendo a Marta Temido, que se demitiu em 30 de agosto.

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Depois da DBRS, também a S&P sobe o rating de Portugal

Duas semanas depois da DBRS rever em alta o rating da dívida soberana para a liga A, também a S&P decidiu subir a notação de Portugal para BBB+. O outlook fica em "estável".

A agência de notação financeira Standard & Poor’s reviu em alta o rating da dívida portuguesa, passando-o para BBB+. A agência norte-americana justifica a decisão com o “forte crescimento económico”, o mercado de trabalho e as finanças públicas. A perspetiva para a dívida soberana está em “estável”.

Em comunicado, a Standard & Poor’s enaltece os “sólidos” resultados das finanças públicas e do crescimento económico, “ancorados nos financiamentos europeus”. Apesar “do aumento dos custos da energia e das taxas de juro”, a agência de notação refere ainda que Portugal “continuou a registar um crescimento robusto” e “resultados fortes no mercado de trabalho e na execução orçamental” e que vai aumentar o investimento na sequência dos fundos europeus previstos para entre 2022 e 2027.

Por outro lado, a Standard & Poor’s sinaliza que a maioria absoluta do PS “reduz a incerteza em torno da implementação das reformas orçamentais e estruturais incorporadas no Programa de Estabilidade de Portugal e no Plano de Recuperação e Resiliência do país”.

A agência acredita que “Portugal registe um superávit primário (excluindo pagamentos de juros) em 2022, colocando a sua dívida em relação ao PIB numa trajetória descendente mais acentuada do que a dos seus pares”.

Por isso, decidiu elevar o rating da dívida soberana portuguesa de longo prazo de “BBB” para “BBB+” e afirmou o rating de curto prazo em “A-2”. “A perspetiva é estável”, acrescenta.

Ainda sobre a energia, a agência acredita que como Portugal tem “ligações diretas mínimas com a Rússia e a Ucrânia, o conflito terá efeitos secundários na economia”, assinalando que os dois países envolvidos no conflito representam apenas 2% do comércio português e os turistas contam para menos de 1% das dormidas. No entanto, a S&P sublinha que “Portugal é vulnerável a preços de energia mais altos, prejudicando a performance das exportações líquidas, com o petróleo e gás representando, respetivamente, 44% e 22% de mix energético em 2021″.

A agência norte-americana aponta ainda que Portugal corre um risco “moderado” de interrupção de energia uma vez que quer os EUA quer a Nigéria – fornecedores do país – podem desviar parte da sua produção para outros países.

Recorde-se que há duas semanas, também a DBRS reviu em alta o rating da dívida portuguesa, passando-o de “BBB” para “A”, ao fim de 11 anos. A agência de notação justificou que “as vulnerabilidades de crédito a Portugal associadas a choques externos estão a diminuir e as perspetivas macroeconómicas estão a melhorar“.

(Notícia atualizada pela última vez às 21h45)

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Brent sobe 4,14% para 92,84 dólares

  • Lusa
  • 9 Setembro 2022

O petróleo voltou a subir, no final da semana, e regressou a um patamar acima dos 90 dólares por barril.

A cotação do barril de petróleo Brent para entrega em novembro terminou esta sexta-feira no mercado de futuros de Londres com uma subida de 4,14%, voltando a ultrapassar o patamar dos 90 dólares.

O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, concluiu a sessão no International Exchange Futures a cotar mais 3,69 dólares em relação à sessão anterior, quando fechou nos 89,15 dólares, ou seja, subindo para os 92,84 dólares,

Depois da queda do preço nas últimas sessões, que não se registava desde o inicio do ano, motivada pelos receios de uma desaceleração global da procura, o Brent voltou a subir e regressou a um patamar acima dos 90 dólares por barril.

Os preços do petróleo recuperaram apesar das reservas dos EUA terem aumentado em 8,8 milhões de barris esta semana, acima das expectativas do mercado.

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Galp paga dividendo intercalar a 20 de setembro

  • ECO
  • 9 Setembro 2022

A petrolífera adiantou que a partir de 20 de setembro irá pagar o dividendo intercalar de 26 cêntimos, anunciado depois de conhecidos os resultados do semestre.

Os acionistas da Galp Energia vão receber um dividendo intercalar de 26 cêntimos por ação a partir de 20 de setembro. A empresa já tinha anunciado esta remuneração acionista na apresentação dos lucros em fevereiro.

“O conselho de administração da Galp Energia, SGPS, SA, decidiu distribuir um dividendo intercalar por conta dos lucros de 2022, um valor fixado em €0,26 por ação”, indica a Galp em comunicado ao mercado. Depois de deduzidos os impostos, o dividendo líquido baixa para 19,5 cêntimos no caso de IRC (25%) ou 18,72 euros por ação no caso de IRS (28%).

Os dividendos, acrescenta a nota, serão pagos através da Central de Valores Mobiliários, com o agente de pagamento a ser o Banco Santander.

A Galp Energia registou um lucro de 420 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, à boleia das “condições de mercado favoráveis”, sobretudo, devido ao aumento dos preços do petróleo e ao negócio de refinação. No segundo trimestre, que coincidiu com a guerra na Ucrânia, as margens e refinação subiram para 22,3 dólares por barril.

Mas foi em fevereiro, quando apresentou os lucros de 2021 (457 milhões), que a empresa liderada por Andy Brown tinha proposto um dividendo de 52 cêntimos que seria feito através de um pagamento intercalar de 26 cêntimos por ação em setembro de 2022, sendo o montante restante pago após a aprovação do dividendo em 2023 pela assembleia geral.

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Greve na Infraestruturas de Portugal desconvocada

  • Lusa
  • 9 Setembro 2022

Acabou de ser desconvocada a greve, que estava agendada para os dias 12, 14 e 16”, avançou fonte oficial da IP,

A greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP), que estava agendada para os dias 12, 14 e 16 de setembro, foi desconvocada, adiantou à Lusa fonte oficial da empresa.

“Acabou de ser desconvocada a greve, que estava agendada para os dias 12, 14 e 16”, avançou fonte oficial da IP, em declarações à Lusa, sem adiantar mais informações.

A paralisação tinha sido convocada pela Associação Sindical dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário (Aprofer) para o período compreendido entre as 00:00 e as 24:00 dos dias 12, 14 e 16 de setembro.

A Lusa contactou a Aprofer, mas não obteve resposta. Esta tarde, a IP tinha alertado para a possibilidade de perturbações na circulação ferroviária devido à greve, para a qual não tinham sido decretados serviços mínimos.

Na quinta-feira, a CP também avisou os clientes para perturbações na circulação de comboios.

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Morreu António Guedes, patriarca da Quinta da Aveleda

O patriarca da Quinta da Aveleda António Guedes morreu aos 83 anos, deixando um legado de mais de 150 anos na produção e venda de Vinho Verde. É um dos maiores produtores e exportadores.

Desde o Presidente da República até à Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) chegam de vários lados os votos de pesar pela morte de António Guedes, o patriarca da Quinta da Aveleda, deixando um reconhecido legado na produção e venda de Vinho Verde. Marcelo Rebelo de Sousa classificou-o mesmo como uma “figura incontornável” da Região dos Vinhos Verdes (RVV) e enviou as “mais sentidas condolências à família e amigos”.

“Figura incontornável da Região dos Vinhos Verdes, António Guedes deixa um legado não apenas na Quinta da Aveleda, mas em todo o setor do vinho português, tendo trazido inovação e excelência que foram motivação e inspiração para muitos”, lê-se numa nota publicada no sítio oficial de informação da Presidência da República Portuguesa, na internet.

A CVRVV frisa, por sua vez, num comunicado, que “o dia 9 de setembro é sinónimo da triste perda de uma das maiores figuras da Região dos Vinhos Verdes e do setor do vinho português”. Dora Simões, Óscar Meireles e Rui Pinto, da direção, consideram que “António Alves Machado Guedes, à frente dos destinos da Quinta da Aveleda desde o final dos anos 60, foi uma figura incontornável do progresso e do crescimento da Região dos Vinhos Verdes e da sua expressão em todo o mundo“.

O empresário integrou a Quinta da Aveleda depois da morte do pai Roberto van Zeller Guedes, assumindo, na época, o cargo de diretor técnico, enquanto frequentava o serviço militar.

António Alves Machado Guedes, à frente dos destinos da Quinta da Aveleda desde o final dos anos 60, foi uma figura incontornável do progresso e do crescimento da Região dos Vinhos Verdes e da sua expressão em todo o mundo.

Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes

António Guedes era considerado um cosmopolita e visionário, tendo percorrido o mundo desde a Argentina, passando pelo Chile, África do Sul, Califórnia até vários países europeus. Como visionário que era, o empresário desde cedo se apercebeu “da urgência em transformar os métodos utilizados na viticultura e da necessidade de adaptar a Região dos Vinhos Verdes a novas abordagens e procedimentos“, refere a CVRVV na mesma nota. Foi seguindo esta lógica de pensamento que ocorreu a conversão de todas as vinhas da Aveleda em vinha mecanizada.

Criou ainda novas plantações em Meinedo e Mondim de Basto, passando a Aveleda a trabalhar 170 hectares de vinha. “Uma transformação que serviu de exemplo e de motivação a muitos viticultores, elevando a produção de Vinho Verde a um patamar de excelência e de competitividade”, sublinha a direção da CVRVV.

Os primos Martim Guedes e António Guedes, descendentes da quinta geração da família Guedes, estão agora nas rédeas da Quinta da Aveleda, dando continuidade ao legado familiar e empresarial, e “registando recordes de produção e de exportação que orgulham a região e o país”, realça a CVRVV.

Num comunicado, António e Martim Guedes, os atuais líderes da companhia, afirmam que, “com mais de 45 anos de enorme dedicação a esta casa e a esta família”, António Guedes “deixou uma grande obra feita”.

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E agora? O que muda com os novos regulamentos europeus para o digital?

  • ADVOCATUS
  • 9 Setembro 2022

Sob coordenação de Gonçalo Machado Borges, sócio da Morais Leitão, realiza-se no próximo dia 13 de setembro uma conferência dedicada aos novos regulamentos europeus para o digital.

Sob coordenação de Gonçalo Machado Borges, realiza-se no próximo dia 13 de setembro uma conferência dedicada aos novos regulamentos europeus para o digital, o Regulamento Mercados Digitais (Digital Markets Act ou DMA) e o Regulamento Serviços Digitais (Digital Services Act ou DSM).

A nova legislação, amplamente discutida e de enormes repercussões para a economia dos dias de hoje, nasceu com o objetivo de criar um espaço digital mais seguro, onde os direitos fundamentais dos utilizadores são mais protegidos e o tabuleiro competitivo para as empresas é mais justo e equitativo. Mas será mesmo isto que aí vem?

Nesta conferência, vários convidados discutem os principais temas na agenda:

9h20 Boas-vindas e introdução

Gonçalo Machado Borges (Morais Leitão)

9h30 Apresentação keynote

Alexandre de Streel (Diretor Académico do CERRE / Presidente do Observatório da UE sobre Economia de Plataformas Online)

Setting the scene – overview of a paradigm shift (DSA/DSM)

10h Primeiro painel

Moderado por Joana Duro e João Bernardo Silva (Morais Leitão)

Alexandre Nilo Fonseca (Presidente da ACEPI/Membro do Muda)

Comércio digital em Portugal e os impactos pós-pandemia

Pedro Tavares (Sócio Deloitte)

DMA/DSA – antecipando o impacto no mercado

Nuno Igreja Matos (Morais Leitão)

O (des)controlo do ódio digital

11h30 Segundo painel

Moderado por Gonçalo Machado Borges (Morais Leitão)

Phillip Malloch (Diretor de Política Económica e Social – Meta/Facebook)

Main policy challenges – the view of a digital player

Robin Noble (Sócio Oxera)

An economic perspective – context, evidence, data and unintended consequences

Isabella De Michelis (Fundadora/CEO ErnieApp)

Privacy and Competition

A entrada é livre, sujeita a confirmação de presença através de e-mail para [email protected].

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Participação de Álvaro Sobrinho na Sporting SAD baixou de 30% para 13% em agosto

  • Lusa
  • 9 Setembro 2022

Depois do aumento de capital da Sporting SAD em agosto, a participação da Holdimo (detida por Álvaro Sobrinho) diminuiu de 29,85% para 13,28%.

A participação da Holdimo, detida pelo ex-presidente do BES Angola, Álvaro Sobrinho, na Sporting SAD diminuiu de 29,85% para 13,28% em agosto, após o aumento de capital da entidade, segundo um relatório divulgado esta sexta-feira pelos ‘leões’.

Em 18 de agosto, a SAD do Sporting anunciou um aumento de capital de 83,57 milhões de euros através da conversão de valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis (VMOC) em ações, com o capital da sociedade leonina a passar para 150,71 milhões de euros.

Esta operação teve impacto nas participações acionistas, com o Sporting a passar a deter 83,90% do capital da SAD (67,32% em ações da categoria A e 16,58% em ações da categoria B), correspondentes a 126.322.554 títulos, e com Álvaro Sobrinho (Holdimo) a ver a sua participação diluída para 13,28%, mantendo em sua posse 20.000.000 de ações, lê-se no relatório sobre o governo da sociedade hoje difundido através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em conjunto, o Sporting e a Holdimo concentram mais de 97% do capital da SAD ‘verde e branca’, e os restantes acionistas, que até 30 de junho tinham 6,33%, também viram ‘encolher’ as suas posições para 2,82% a partir de 16 de agosto, data de concretização da operação de conversão dos VMOC que estavam nas ‘mãos’ do BCP em ações.

No final de julho, foi conhecida a acusação do Ministério Público português contra o ex-banqueiro luso-angolano, que é suspeito de se ter apropriado de forma indevida de vários milhões de euros do Banco Espírito Santo (BES) através de contas do BES Angola.

Este é um dos muitos pontos da acusação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) contra o ex-presidente do Banco Espírito Santo Angola (BESA) Álvaro Sobrinho num processo em que também foram acusados o ex-administrador do BESA, Hélder Bataglia, bem como o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, e os ex-administradores Amílcar Pires e Rui Silveira.

Neste inquérito foi deduzida acusação contra cinco elementos do Conselho de Administração do BESA e do BES, pela prática de abuso de confiança agravado, de burla qualificada e de branqueamento agravado, por factos ocorridos entre 2007 e julho de 2014.

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