Gás natural dispara 7% após embargo europeu ao petróleo russo

Comissão Europeia quer reduzir dependência da energia russa e propôs esta quarta-feira proibir importações de petróleo e produtos refinados russos de forma gradual até final do ano.

Além do petróleo, também os preços do gás natural na Europa estão em alta, depois de a Comissão Europeia ter proposto um embargo total ao petróleo e produtos refinados da Rússia por causa da “agressão brutal” à Ucrânia.

O contrato de gás natural Dutch TTF que expira a 30 de maio avança 7,01% para 106,395 euros por MWh.

A proposta anunciada esta quarta-feira pela Presidente da Comissão Europeia inclui um embargo ao petróleo e aos produtos refinados russos de forma faseada até final do ano, no âmbito do sexto pacote de de sanções contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia.

“Putin tem de pagar um preço, um preço elevado, por causa da sua agressão brutal”, disse Ursula von der Leyen. As medidas têm de ser aprovadas pelos governos da UE, mas a Comissão está determinada em acabar com a dependência da energia russa.

Cerca de metade dos 4,7 milhões de barris por dia das exportações de petróleo da Rússia vão para a UE, com os russos a fornecerem cerca de um quarto das importações de petróleo da UE em 2020.

Em Londres, o barril de Brent avança mais de 4% para perto dos 110 dólares por barril.

(Notícia atualizada às 12h07 com novas cotações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Municípios arrasam contas do Governo na descentralização

  • ECO
  • 4 Maio 2022

ANMP elenca problemas na descentralização nas três áreas de maior peso, designadamente Educação, Saúde e Ação Social. 11% das câmaras receberam novas competências na área da Saúde.

A Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) fez o diagnóstico da descentralização nas três áreas de maior peso, nomeadamente Educação, Saúde e Ação Social. No documento, aprovado na terça-feira e a ser apresentado esta quarta-feira ao Conselho Geral da associação, são denunciados vários problemas, sobretudo nas escolas, pedindo uma revisão do financiamento, avança o Jornal de Notícias (acesso pago).

Após as duras críticas à proposta do Orçamento do Estado por considerar que não atende aos problemas que afetam os autarcas, a ANMP denuncia estabelecimentos em mau estado que não constam do mapeamento do Ministério da Educação, edifícios sem seguros para imóveis e valores para as refeições escolares que não consideram a subida geral dos preços. Por isso, o montante de 20 mil euros para a manutenção por escola que o Governo deverá entregar no âmbito do processo de descentralização na Educação é tido como “irreal” e “insuficiente”.

Já na área da Saúde, o Público (acesso condicionado) noticia que apenas 11% das câmaras receberam novas competências, ou seja, 23 municípios em 201 possíveis no continente, um balanço que consta da nota explicativa do Ministério da Coesão Territorial enviada no âmbito da discussão na especialidade da proposta de Orçamento de Estado para 2022. O Governo ainda não tinha revelado o número de câmaras que assinaram a transferência de competências na área da saúde e os dados publicados no documento que se encontra no site do Parlamento são de 26 de abril. O Ministério da Coesão prevê que, em maio, sejam assinados mais 29 autos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Preço do petróleo sobe 5% após UE anunciar embargo à Rússia

Sexto pacote de sanções contra a Rússia inclui a proibição total de importações de barris russos até final do ano. Preço do brent avança 5%.

Os preços do petróleo estão a subir 5%, depois de a presidente da Comissão Europeia ter anunciado um sexto pacote sanções contra a Rússia por causa da invasão da Ucrânia que inclui a proibição total de importações de barris russos até final do ano.

Em Londres, o barril de Brent para entrega a 31 de maio valoriza 4,86% para 110,17 dólares — já estava em alta antes de Von de Leyen discursar em Estrasburgo mas acelerou a tendência com a proposta da Comissão Europeia de banir o petróleo russo. Já o contrato de crude WTI para entrega a 20 de maio avança 5,14% para 107,67 dólares.

Petróleo acelera

Em cima da mesa está uma proposta para um embargo gradual ao petróleo Rússia, que, a ser aprovado pelos Governos da UE, representa uma das medidas com maior impacto dada a elevada dependência europeia à energia russa, o que obrigará a procurar mercados alternativos.

“Hoje vamos propor uma proibição de todo o petróleo russo”, disse Ursula von der Leyen no Parlamento Europeu, revelando que as medidas da Comissão incluem uma saída gradual sobre as importações de petróleo dentro de seis meses e os produtos refinados até final do ano. Von der Leyen comprometeu-se a minimizar o impacto destas medidas nas economias europeias.

Cerca de metade dos 4,7 milhões de barris por dia das exportações de petróleo da Rússia vão para a UE, com os russos a fornecerem cerca de um quarto das importações de petróleo da UE em 2020.

“Estamos a resolver a nossa dependência do petróleo russo. E vamos ser claros: não vai ser fácil porque alguns dos Estados membros estão fortemente dependentes do petróleo russo, mas nós temos simplesmente de o fazer”, disse.

“Putin tem de pagar um preço, um preço elevado, por causa da sua agressão brutal”, acrescentou.

O pacote de sanções proíbe as três maiores estações de televisão russas de emitir na Europa, além de retirar o Sberbank, o maior banco russo com 37% da quota de mercado, assim como outras instituições do sistema Swift.

(Notícia atualizada às 21h44 com novas cotações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

IVA dos bens essenciais pode baixar sem autorização prévia de Bruxelas

  • ECO
  • 4 Maio 2022

Oposição já chegou a levantar a questão no Parlamento e já há países na União Europeia a usufruir da nova diretiva de Bruxelas. Contudo, Governo não mostra disponibilidade nesse sentido.

Basta Portugal querer para baixar o IVA dos bens essenciais, como o pão, o leite, os legumes, a carne ou o peixe. Graças a uma nova diretiva, a descida do IVA do chamado cabaz de bens essenciais, vista como uma forma de mitigar o efeito da subida de preços e ajudar as famílias com rendimentos mais baixos, passou a ser possível sem pedir autorização prévia a Bruxelas, noticia o Jornal de Negócios (acesso pago).

A nova diretiva da Comissão Europeia, que entrou em vigor no dia 7 de abril, alterou as regras comunitárias em matéria de IVA, dando aos Estados-membros uma margem de atuação que até então não tinham, visto que eram obrigados a solicitar previamente uma autorização ao Comité do IVA. Agora, além de alterar a lista dos produtos a que é possível aplicar a taxa reduzida de IVA (5%), os países podem escolher sete categorias de serviços ou bens a que apliquem taxas inferiores a 5% ou isenção de imposto com direito à dedução.

No entanto, este não é um instrumento fácil de usar, quer pela perda de receita que acarreta, quer pela incerteza que pode haver quanto ao efeito na carteira dos consumidores, e o Governo português não mostra sinais de vir a apoiar tal medida. A questão, embora levantada pela IL e o PAN no âmbito da discussão na generalidade do Orçamento do Estado, encontrou um travão na resposta do ministro das Finanças: “o IVA do cabaz dos bens essenciais já está hoje à taxa mínima permitida a nível comunitário e por isso não há margem para o país reduzir nessa matéria e é isso que manteremos e prosseguiremos”, afirmou Fernando Medina.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Corticeira e EDP Renováveis sobem mais de 2% após bons resultados

Corticeira Amorim e EDP Renováveis apresentaram resultados trimestrais que estão a convencer os investidores. Ações avançam mais de 2% e animam a bolsa de Lisboa.

Em plena temporada de resultados, a bolsa de Lisboa tem esta quarta-feira um arranque de sessão positivo, à boleia da Corticeira Amorim e EDP Renováveis, que avançam mais de 2% depois dos bons resultados trimestrais.

As ações da EDP Renováveis somam 2,32% para 22,09 euros, após ter anunciado um EBITDA de 394 milhões de euros, acima do esperado pelos analistas, embora o lucro líquido de 66 milhões tenha ficado aquém das previsões.

Já a Corticeira Amorim valoriza 2,55% para 10,06 euros, depois de as vendas de 263 milhões e EBITDA de 44,1 milhões terem superado as estimativas.

Estes são os dois melhores desempenhos no PSI, que avança 0,54% para 5.915,23 pontos, com dez das suas 15 cotadas a negociarem acima da linha de água.

A Galp também recupera cerca de 0,7% para 11,285 euros, depois de ter caído nas últimas duas sessões. A petrolífera anunciou esta terça-feira um lucro de 155 milhões de euros no primeiro trimestre, um resultado seis vezes maior do que teve há um ano, mas ficou aquém do esperado pelo mercado, que castigou o título na sessão anterior.

Outro dos pesos pesados nacionais, o BCP, valoriza 0,34% para 0,1495 euros.

Lisboa acompanha assim os ganhos registados nas principais praças europeias, onde o índice de referência Stoxx 600 abriu em alta de 0,1%, ao mesmo tempo que o CAC 40 de Paris e o IBEX 35 de Madrid avançam 0,1% e 0,3%, respetivamente.

O dia fica marcado pela reunião da Reserva Federal norte-americana, que deverá anunciar uma subida dos juros em 50 pontos base. A decisão será conhecida cerca das 19h00 (hora de Lisboa). Esta quinta-feira será a vez de o Banco de Inglaterra aumentar as taxas em 25 pontos, de acordo com as expectativas do mercado. Já o Banco Central Europeu (BCE) só deverá fazê-lo na reunião de julho.

(Notícia atualizada às 8h25)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: IVA dos bens essenciais, mercado elétrico e descentralização

  • ECO
  • 4 Maio 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Portugal pode baixar o IVA dos bens essenciais, como o pão, o leite, os legumes, a carne ou o peixe, sem ter de pedir autorização prévia a Bruxelas. A Comissão Europeia ainda não recebeu a proposta formal da parte de Portugal e Espanha sobre o novo modelo de fixação dos preços da eletricidade na Península Ibérica. Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) elenca vários problemas num diagnóstico à descentralização. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

IVA dos bens essenciais pode baixar sem autorização prévia de Bruxelas

Com a entrada em vigor, no início de abril, da diretiva que alterou as regras comunitárias em matéria de IVA, Portugal pode baixar o IVA dos bens essenciais, como o pão, o leite, os legumes, a carne ou o peixe, sem ter de pedir autorização prévia a Bruxelas. A descida do IVA do chamado cabaz de bens essenciais é apresentada como uma forma de mitigar o efeito da subida de preços e ajudar as famílias com rendimentos mais baixos. Contudo, o Governo não mostra sinais de vir a apoiar tal medida, apesar de a questão já ter sido colocada pela IL e o PAN, que avançou já com uma proposta de alteração nesse sentido.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Portugal e Espanha ainda não enviaram a Bruxelas proposta para travar preços no mercado elétrico

A Comissão Europeia ainda não recebeu a proposta formal, nem sequer um documento provisório, da parte de Portugal e Espanha sobre o novo modelo de fixação dos preços da eletricidade na Península Ibérica. “Esta é informação essencial sem a qual a Comissão não pode concluir a sua avaliação”, referiu ao Observador uma fonte oficial do Executivo comunitário. O mecanismo em causa permitirá limitar o preço da eletricidade no Mibel (mercado ibérico da eletricidade) a valores da ordem dos 140 euros por MW hora.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

“É legítimo que possamos refletir no cliente final acréscimo de preços”, diz presidente da AHP

O novo presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) considera que a pressão causada pela inflação terá de ter impactos no preço cobrado aos turistas, mesmo que parcialmente. “Portugal mostrou ao mundo uma qualidade que lhe permite fazer esse esforço”, afirma Bernardo Trindade, em entrevista ao Público. Embora os dados deste ano mostrem sinais positivos, o presidente da AHP defende que o setor precisa de um “Apoiar 2”, com verbas a fundo perdido, para não afetar os balanços fragilizados das empresas.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Municípios arrasam contas do Governo na descentralização

O montante de 20 mil euros para a manutenção por escola, que o Governo vai entregar no âmbito do processo de descentralização na área da Educação, é tido como “irreal” e “insuficiente”. O diagnóstico feito pela Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), que será apresentado esta quarta-feira a 71 autarcas do Conselho Geral da associação, denuncia estabelecimentos em mau estado que não constam do mapeamento do Ministério da Educação, edifícios sem seguros para imóveis e valores para as refeições escolares que não consideram a subida geral dos preços. Nesse sentido, a ANMP pede uma revisão do financiamento.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Falta de medicamentos nas farmácias disparou 69% em 2021

A falta de medicamentos nas farmácias portuguesas aumentou 69% em 2021 face ao ano anterior. De acordo com o relatório “Gestão e Disponibilidade de Medicamentos” do Infarmed, foram notificadas 20.881 faltas de medicamentos pelas farmácias, utentes e hospitais/clínicas até dezembro passado. Uma falta é considerada sempre que não é possível aviar a receita por período superior a 12 horas. Alguns dos medicamentos que figuram no ‘top 20’ dos comercializados com maior número de notificações de faltas já constavam também no relatório de 2020.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

António Costa anuncia visita a Kiev

Depois da reunião por videoconferência o homólogo ucraniano, o primeiro-ministro Costa anunciou que foi convidado a visitar Kiev.

O primeiro-ministro António Costa reuniu esta quarta-feira por videoconferência com o seu homólogo ucraniano na qual sublinhou a solidariedade de Portugal com o povo ucraniano. Do encontro saiu o convite para o primeiro-ministro visitar Kiev. Um convite aceite, mas que ainda não tem data.

Os dois chefes de governo discutiram o reforço dos apoios à Ucrânia, mas também o reforço das sanções à Rússia. Sobre a mesa esteve ainda o esforço da UE e dos EUA para que a Ucrânia possa exportar mais bens que produz como cereais e fertilizantes.

Na visita de António Costa a Kiev será assinado um acordo de apoio financeiro “significativo”, nas palavras do primeiro-ministro, de Portugal através do Fundo Monetário Internacional.

A Presidente da Comissão Europeia apresentou também o sexto pacote de sanções contra a Rússia, que passam pelo embargo total dos produtos petrolíferos russos até ao final do ano. A proposta sobre a mesa é de suspender as compras europeias de forma transitória ao longo de seis meses, com uma exceção para a Hungria e a Eslováquia, tendo em conta a elevada dependência que têm da energia russa.

“Hoje propomos banir totalmente o petróleo russo na UE”, disse Ursula Von der Leyen no seu discurso, em Estrasburgo. “Garantiremos que vamos fasear o fim do petróleo russo de forma ordenada para assegurar que possamos encontrar alternativas de abastecimento e, ao mesmo tempo ter muito cuidado para minimizar o impacto no mercado global”, afirmou.

A proposta é “fasear o fim do fornecimento russo de crude no espaço de seis meses e os produtos refinados até ao final do ano”, detalhou a presidente da Comissão Europeia. O objetivo é “maximizar a pressão sobre a Rússia e, ao mesmo tempo, minimizar os danos colaterais” sobre os Estados membros e os parceiros da UE a nível global, porque “para ajudar a Ucrânia há que garantir que a economia europeia permanece forte”.

Moscovo voltou a bombardear o complexo industrial de Azovtsal, em Mariupol, depois da evacuação de civis. Moscovo parece assim intensificar a ofensiva militar no 70.º dia de guerra.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EDP Renováveis sobe lucro em 75% para 66 milhões no primeiro trimestre

Receitas aumentaram 27% para 569 milhões de euros nos três primeiros meses do ano, perante o aumento da capacidade adicional.

A EDP Renováveis EDPR 0,69% aumentou os lucros em 75% para 66 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, um resultado que compara com os ganhos de 38 milhões registados há um ano, anunciou a empresa ao mercado.

A elétrica adiantou que as receitas aumentaram 27% para 569 milhões de euros com o impacto da capacidade adicional (+79 mil milhões), o recurso renovável ligeiramente superior (+20 milhões), as condições de forex e outros (+27 milhões) a serem “suficientes para neutralizar o impacto negativo do preço médio de venda, devido ao efeito de portfólio mix”.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) subiu 46% para 394 milhões de euros, superando as estimativas dos analistas, que apontavam para um resultado de 379 milhões.

Por outro lado, os custos operacionais ascenderam a 241 milhões de euros neste período, uma subida de 34% em termos homólogos que se deveu à maior capacidade operacional e aos custos antecipados para lidar com o crescimento acelerado.

A EDP Renováveis revelou também que a dívida líquida totalizava os 4,2 mil milhões de euros no final de março, correspondendo a um aumento de 1,3 mil milhões em relação a dezembro.

A empresa justifica a subida da dívida com a sua estratégia de investimento e a recente aquisição da Sunseap por 600 milhões, que “neutraliza os 365 milhões de euros de proveitos de Rotação de ativos recebidos em janeiro de uma transação em Portugal”.

(Notícia atualizada às 7h44)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

Fed deve subir as taxas de juro. Encontro da COTEC traz a Braga os Chefes de Estado de Portugal, Espanha e Itália. No Parlamento, continua a discussão do OE na especialidade.

A Fed volta à carga esta quarta-feira com mais uma subida das taxas de juro para tentar domar a inflação. Nos mercados, destaque para a assembleia geral do BCP e para os resultados da EDP Renováveis. Os Chefes de Estado de Portugal, Espanha e Itália reúnem em Braga. Enquanto isso, prossegue a discussão do Orçamento do Estado para 2022 na especialidade.

Fed deve subir os juros

É hoje que a Reserva Federal (Fed) vai apresentar as conclusões da reunião de política monetária que começou na terça-feira. É amplamente esperado um aumento das taxas de juro, o segundo este ano, com o consenso dos economistas a apontar para uma subida de 50 pontos base. Os responsáveis da Fed estão a apertar a política monetária para tentar controlar a elevada inflação. Espera-se ainda que Jerome Powell, o presidente, dê mais informação sobre a redução do balanço do banco central norte-americano.

OE discutido na especialidade

Continua a discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2022 na especialidade. Depois da audição à ministra Mariana Vieira da Silva na terça-feira, esta quarta-feira de manhã é ouvida a ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro. À tarde, é a vez de a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, falar aos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças.

BCP reúne assembleia geral

Os acionistas do BCP vão reunir em assembleia geral ao início da tarde. Na ordem de trabalhos está a reeleição do Conselho de Administração, bem como a deliberação sobre a aquisição e alienação de ações e obrigações próprias. Os investidores do BCP são também chamados a votar a proposta de distribuição de um dividendo de nove cêntimos por cada título. O encontro deve arrancar às 14h30.

EDPR apresenta resultados

A EDP Renováveis apresenta hoje os resultados do primeiro trimestre. O desempenho operacional não será surpresa: a empresa já divulgou ao mercado que adicionou 465 MW até ao final de março e que produziu 9,2 TWh (terawatts-hora) de “energia limpa”. Ainda assim, os investidores vão estar atentos ao desempenho financeiro da companhia, na véspera da apresentação de resultados da “casa-mãe” EDP.

Chefes de Estado no encontro da COTEC

O encontro anual da COTEC Europa regressa a Portugal este ano. Braga é a cidade escolhida para este evento, organizado alternadamente por Portugal, Espanha e Itália. No evento estarão empresários, decisores políticos e académicos. Por volta das 12h00, estão marcados discursos de encerramento por parte do Presidente da República de Itália Sergio Mattarella, do Rei de Espanha Filipe VI, e do Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pagar conta do restaurante em 10 segundos é com a Sunday

Startup nascida em França entrou no mercado português em fevereiro e já conquistou mais de 200 estabelecimentos em Lisboa, Cascais, Oeiras, Comporta e Évora. Chegada ao Porto será nos próximos meses.

E se de repente chegasse a hora de pagar a conta e bastasse apontar o telemóvel a um código QR colocado na mesma para sair do bar ou do restaurante em apenas 10 segundos? Esta é a experiência que a startup Sunday quer proporcionar aos consumidores portugueses. Chega ao Porto “nos próximos meses”.

No mercado nacional desde fevereiro, a tecnológica nascida em França já conquistou mais de 200 estabelecimentos em Lisboa, Cascais, Oeiras, Comporta e Évora. O mercado português foi escolhido “porque houve muita procura de mercado”.

Pagar a conta no restaurante é um autêntico drama. Levantar o braço, chamar a pessoa, depois voltar tudo atrás porque algo não está certo e só finalmente pagar…é um problema que queremos resolver em Portugal”, assinala ao ECO o responsável pelo lançamento da tecnológica em Portugal, Tiago Correia.

Os consumidores não têm de instalar qualquer aplicação no telemóvel para pagar a conta. Basta apontar ao código QR para consultar o menu, verificar a contar e depois pagar, através do cartão de crédito ou de débito ou mesmo de meios como a Apple Pay e Google Pay.

Os restaurantes conseguem aceder a todos os pedidos e pagamentos que forem feitos e há total integração com o sistema de faturação e de contabilidade anteriormente instalados. Há uma comissão fixa por cada operação “e nada mais do que isso”, segundo o responsável da Sunday. Questionado o responsável não adiantou o montante da comissão.

Além de aumentar a rotação das mesas, o uso do código QR também permite aumentar as gorjetas “em 30% a 40% aos funcionários dos restaurantes, por conta da melhoria da experiência” dos comensais.

Nascida em França com olho nos EUA

Fundada em França em 2021, em plena pandemia, por conta do grupo de restaurantes francês Big Momma, a tecnológica decidiu colocar códigos QR na mesa para os pagamentos.

Um código QR que tem tido sucesso grande na mesa dos restaurantes e na mesa das negociações: a empresa já obteve um total de 124 milhões de dólares (117,87 milhões de euros) de investimento privado no último ano, primeiro numa série seed em abril, de 24 milhões de dólares; e no fim do verão, vieram 100 milhões em série A.

O nosso trabalho é na rua, a conversar com os donos de restaurantes ou de grupos. É aqui que temos de estar. Não conseguimos construir relações de confiança com um restaurante ao telefone. Tem de haver brilho no olho quando estamos a falar com eles. É preciso sentir as dores deles

Depois de França, a Sunday já chegou aos Estados Unidos, Canadá, Espanha e Itália. Depois de Portugal, seguem-se os mercados de Alemanha, Bélgica e Países Baixos. Em 2022 ainda haverá espaço para os países nórdicos, segundo Tiago Correia.

Já a pensar numa entrada em bolsa (IPO), a sede da empresa está registada nos Estados Unidos.

Escritório na rua

Voltando a Portugal, a tecnológica conta com um escritório físico na zona do Parque das Nações, em Lisboa. Mas a equipa da Sunday, com três pessoas na fase inicial, prefere a rua para conquistar novos parceiros.

“Não estamos no escritório, como uma empresa normal. O nosso trabalho é na rua, a conversar com os donos de restaurantes ou de grupos. É aqui que temos de estar. Não conseguimos construir relações de confiança com um restaurante ao telefone. Tem de haver brilho no olho quando estamos a falar com eles. É preciso sentir as dores deles. Estamos a mexer com o dinheiro do negócio deles. É preciso gerar confiança estando lá”, destaca Tiago Correia.

Com esta estratégia, restaurantes lisboetas como Casa da Bacalhau, ou bares como o Foxtrot já puseram códigos QR nas mesas e começaram a facilitar a vida aos consumidores.

Ainda neste ano a Sunday quer começar a conquistar os restaurantes da região do Porto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quase 90% dos profissionais tech trabalham em regime 100% remoto ou híbrido

Apesar de o caminho já se estar a fazer no sentido do trabalho remoto, a pandemia ditou o sprint final. Profissionais tech que trabalham 100% remoto até ganham mais.

É, seguramente, a indústria com maior percentagem de trabalhadores remotos: 88,6% dos profissionais no setor tech trabalham 100% remotamente ou num regime de trabalho híbrido. Uma realidade para a qual esta indústria já caminhava, mas que a pandemia ditou o sprint final: cerca de 20% destes profissionais trabalham remotamente para uma empresa noutro país. Salário, benefícios e equilíbrio entre vida profissional e vida pessoal são os principais impulsionadores da carreira destes profissionais, enquanto benefícios de saúde e bónus anual são as vantagens mais desejadas, revela o estudo “Global Tech Talent Trends”, elaborado pela Landing.Jobs, a que a Pessoas teve acesso.

“O setor tecnológico já era dos mais avançados a nível de trabalho remoto. Com a pandemia, o trabalho remoto passou de exceção a regra. E, ao contrário de muitos outros setores, que estão a voltar ao presencialismo, na área da tecnologia não há volta a dar”, defende Pedro Moura, chief marketing officer da Landing.Jobs.

“A principal razão que identifico para este facto é o poder negocial que os profissionais tecnológicos têm, dada a enorme escassez de talento existente. Uma empresa que não se assuma como remote first perante um candidato hoje em dia está a colocar em si própria um selo de falta de atratividade”, acrescenta o líder.

Uma empresa que não se assuma como remote-first perante um candidato (tech) hoje em dia está a colocar em si própria um selo de falta de atratividade.

Pedro Moura

Chief marketing officer da Landing.Jobs

Uma percentagem significativa (20%) de profissionais tech que trabalham para empresas que se encontram noutros países, noutros continentes até. É, sobretudo, o caso dos profissionais que vivem no continente africano (72,8%), asiático (72,6%) e na parte sul do continente americano (82,1%).

Com a possibilidade de aceder a pools de talento que não conhecem fronteiras chegam boas notícias para as empresas, que se deparam com a escassez de talento tecnológico, um tema que não é novo. Já antes da pandemia se estimava que nos próximos anos, só em Portugal, haveria necessidade de mais cerca de 50.000 a 70.000 profissionais, para um universo atual de cerca de 120.000.

“As empresas portuguesas podem aceder a pools de talento em continentes como África, América do Sul ou Ásia para trabalharem remotamente. Uma enorme oportunidade que Portugal tem é, para além de poder contar com estas pools de talento remoto, promover a realocação de profissionais destas geografias para o nosso país, com impactos positivos quer a nível da capacidade tecnológica, quer a nível económico e demográfico”, considera.

“Portugal goza de enorme reputação enquanto destino para talento tecnológico, e perderá uma enorme oportunidade se o Estado e empresas não souberem aproveitar esta possibilidade”, alerta o chief marketing officer da Landing.Jobs.

Estarão as empresas portuguesas prontas para contratar no estrangeiro? “Em geral, as empresas portuguesas são ainda muito conservadoras, muito avessas ao risco. Isto reflete-se na contratação de estrangeiros, sobretudo estrangeiros não europeus”, responde Pedro Moura.

“O que observamos na Landing.Jobs é que, embora as empresas afirmem estarem recetivas a talento de todo o mundo, nas suas ações concretas de contratação demonstram o contrário, tendendo a preferir candidatos locais a internacionais. E é neste ponto que o discurso hoje em dia em voga sobre diversidade esbarra na parede. Espero que a realidade da escassez de talento tecnológico local leve a uma mudança de atitude por parte das organizações”, defende.

Embora as empresas afirmem estarem recetivas a talento de todo o mundo, nas suas ações concretas de contratação demonstram o contrário, tendendo a preferir candidatos locais a internacionais. E é neste ponto que o discurso hoje em dia em voga sobre diversidade esbarra na parede.

Pedro Moura

Chief marketing officer da Landing.Jobs

Este fenómeno acontece, sobretudo, nas empresas mais tradicionais, porque nas startups e scale-ups nacionais, bem como em empresas estrangeiras que criam tech centers em Portugal, o líder de marketing não vê o mesmo comportamento: “têm uma atitude muito mais aberta e bem preparada para contratar internacionalmente.”

Salário e benefícios são os impulsionadores de carreira

Ao mesmo tempo que o aumento da pool de talento traz boas notícias para as empresas, pode também dificultar ainda mais o recrutamento. “As más [notícias] é que as empresas estrangeiras descobriram que podiam contratar portugueses para trabalhar remotamente, o que coloca uma pressão extra sobre a escassez existente, bem como sobre os salários praticados”, explica.

O salário e benefícios são, precisamente, o principais fator tido em conta pelos profissionais de tecnologias nas suas decisões sobre carreira (19,2%), seguido do work-life balance (16,6%). Segundo Pedro Moura, tem-se observado um aumento progressivo da importância de fatores como a qualidade de vida ou o equilíbrio entre a esfera pessoal e a profissional.

Por outro lado, benefícios na área da saúde (19,7%) e bónus anual (18,2%) são as mais regalias laborais mais procuradas.

Os melhores salários tendem a pertencer, agora, aos profissionais 100% remotos. Atualmente, os cargos de gestão ganham, em média, 1,4 vezes mais do que programadores, e trabalhos exclusivamente presenciais são os mais mal pagos (1,9 vezes menos do que os cargos 100% remotos), revela o estudo levado a cabo pela tecnológica portuguesa.

“A nossa melhor explicação é que a pandemia está a acelerar esta mudança na perceção dos profissionais, com uma elevada influência da vivência remota que aconteceu durante este período.”

Ainda no que diz respeito às remunerações, é de salientar que, nos últimos 12 meses, 60,9% dos profissionais da tecnologia viram os seus salários aumentar, enquanto 7,5% sofreram uma diminuição no ordenado.

Pouco mais de metade das mulheres (51,2%) tiveram aumento salarial no último ano, comparativamente a 62,6% dos homens. “Infelizmente, a distância entre as palavras e as ações deixa muito a desejar”, comenta Pedro Moura.

“Há que constatar que houve uma evolução positiva de 2019 a 2021, quer ao nível da presença de mulheres em IT, quer na diminuição das discrepâncias salariais. Ainda não tratámos, para Portugal, os dados de 2022.”

“Tendo a olhar para este tema sob duas perspetivas. A primeira é no campo da moral e da ética, fundamentada na premissa básica ‘trabalho igual, salário igual’, e que deve servir de base a valores e culturas empresariais promotoras de mais igualdade. A segunda é no campo do interesse empresarial, em que a diversidade de perfis e competências é efetivamente encarada como um meio fundamental para o aumento da competitividade e resultados”, explica.

“Considero que as empresas que melhor conseguirem trabalhar e equilibrar estas duas perspetivas serão as que conseguirão vencer no futuro, mais que não seja porque vão ser os lugares onde o talento quererá trabalhar.”

Revelando informações interessantes sobre o panorama tecnológico global, tanto para profissionais de tecnologia como para empresas, o “Global Tech Talent Trends”, da Landing.Jobs, teve origem num questionário com âmbito global que contou com mais de seis mil respostas, envolvendo uma série de países, como Portugal, Brasil e Nigéria, que estão entre os melhores representados devido ao alto número de respostas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Gastos indevidos da ex-presidente da ADSE dão multas ao Conselho Diretivo

Antiga presidente da ADSE usava viatura do instituto para uso pessoal. Auditoria do Tribunal de Contas determinou que a situação era passível de multa até para membros do Conselho Diretivo.

A antiga presidente da ADSE, Sofia Portela, usou indevidamente o carro que lhe foi afeto no instituto público, nomeadamente nas deslocações entre casa e o trabalho. Tal foi descoberto numa auditoria do Tribunal de Contas, que levou a que membros do conselho diretivo da ADSE tivessem de pagar uma multa, já que autorizaram a utilização da viatura, num processo que Eugénio Rosa, vogal do conselho, considera “kafkiano”.

O economista conta a história num texto publicado na sua página, onde explica que a “anterior presidente do conselho diretivo da ADSE, já substituída, tinha um carro da ADSE distribuído que utilizava todos os dias para todas as deslocações, incluindo da ADSE/casa e casa/ADSE”. “Como vivia na Ericeira aparecia todos os meses uma despesa da via verde tendo de ser assinada a autorização por todos os membros do conselho diretivo porque na ADSE não há delegação de competências já que nunca houve consenso nesta matéria”, aponta, assegurando que sempre pensou que ela “utilizasse a viatura de acordo com o disposto na lei”.

No entanto, como apareciam cada vez mais faturas da via verde com idas e vindas da Ericeira para autorizar, o vogal do Conselho Diretivo decidiu começar a pôr a nota nos despachos de que os autorizava “se for em serviço”. Eugénio Rosa decidiu também questionar o Tribunal de Contas se o despacho estava consentâneo com a lei, o que levou a uma nova auditoria.

Na sequência desta auditoria, que acabou por concluir que o uso do carro desta forma pela então presidente da ADSE era indevido, foi aplicada uma multa a Eugénio Rosa, e “a obrigação de repor as importâncias das despesas com a viatura utilizada pela ex-presidente da ADSE”, sendo que “o mesmo aconteceu com outros membros do conselho diretivo”, como nota.

Tive de pagar uma multa de 2.550 euros mais a reposição de uma parte da despesa da viatura da ADSE utilizada pela anterior presidente que consideraram um benefício pessoal para ela, o que somado foi superior à minha remuneração mensal. E eu, que não tive qualquer benefício ou vantagem, pois nunca utilizei a viatura, acabei por ser penalizado”, diz o vogal, no texto publicado na sua página.

De facto, é possível consultar o relatório do Tribunal de Contas sobre a Auditoria de conformidade a processos de despesa da ADSE, onde se conclui que “não está afastada a responsabilidade da conduta dos membros do Conselho Diretivo que, quando investidos no exercício de funções públicas, não podem invocar o desconhecimento da lei nem descurar os deveres de diligência e de cuidado que lhe impendem relativos à entidade cuja gestão lhe está confiada”.

Assim, o Tribunal de Contas determina que “os pagamentos efetuados, consequentes da utilização da viatura de serviço em percursos não resultantes da prossecução das atribuições da ADSE, IP, não têm qualquer cobertura nem fundamento legal nas respetivas normas aplicáveis”, sendo que “estes pagamentos, no total de € 4.647,96, podem configurar uma infração financeira passível de eventual responsabilidade financeira reintegratória e sancionatória (…)”.

Para Eugénio Rosa, esta situação é “kafkiana”, já que não teve qualquer benefício ou vantagem da viatura, pois nunca a utilizou, e foi o próprio que denunciou a situação. Ainda assim, considera que o processo valeu a pena porque “acabou com a prática que existia na ADSE de distribuir viaturas a membros do conselho diretivo que as utilizavam como queriam, e cujos custos eram suportados com os descontos dos beneficiários”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.