ECO do Dinheiro. A economia cresceu 4,6% em 2021

  • ECO
  • 26 Janeiro 2022

O crescimento da economia portuguesa em 2021 é menos positivo do que parece. Só a Irlanda cresceu mais de 14%.

  • A economia cresceu 4,6% em 2021. Veja aqui o vídeo.

https://videos.sapo.pt/fvqrAVQMP5rChcrhvLny

A economia portuguesa cresceu 4,6% em 2021, revelou o primeiro-ministro e recandidato às legislativas do dia 30 de janeiro. É um bom resultado? Nem por isso.

Numa situação normal, um crescimento económico em Portugal superior a 4% seria extraordinário, porque na última década as taxas de crescimento médio são marginais. Mas não vivemos tempos normais.

A economia portuguesa sofreu uma recessão superior a 8% em 2020, por causa da pandemia. Mas todos os países sofreram o efeito da pandemia e uns tiveram recessões mais graves do que outros.

Portugal esteve no grupo dos países europeus que mais sofreu económica e socialmente com a pandemia. E a recuperação da economia em 2021, como se vê, é mais ou menos metade do que caiu em 2020.

Pior, há outros países que apresentaram crescimentos da economia claramente superiores aos de Portugal. A Irlanda cresceu mais de 14% enquanto a Grécia registou um crescimento de mais de 7% em 2021.

O que explica estas diferenças? As opções de política económica dos últimos anos em cada um destes países. A carga fiscal em Portugal continua em níveis históricos porque a opção foi redistribuir primeiro e criar riqueza depois.

Portugal está estagnado e sem esperança. Com as mesmas políticas, os resultados não vão mudar.

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CMVM multa Deloitte em 100 mil euros. Já foi pedida impugnação judicial

O Conselho de Administração da CMVM decidiu aplicar à auditora uma coima de 100 mil euros, sendo que foi já requerida a impugnação judicial desta decisão.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários anunciou um conjunto de 13 decisões de contraordenação, onde se encontra um processo que diz respeito à Deloitte. O Conselho de Administração da CMVM decidiu aplicar à auditora uma coima de 100 mil euros, sendo que foi já requerida a impugnação judicial desta decisão.

Entre as decisões da CMVM encontram-se “três processos por violação de deveres de atuação dos auditores”. Nestes, “foram aplicadas coimas no valor de € 50.000, suspensa em € 25.000 pelo prazo de dois anos, de € 10.000, integralmente suspensa pelo prazo de dois anos, e de € 100.000, sendo que foi requerida a impugnação judicial desta última decisão”, esta final dizendo respeito à Deloitte.

Na decisão referente a esta auditora, é sinalizado que a situação ocorreu “no âmbito da revisão legal de contas das demonstrações financeiras consolidadas de uma entidade emitente de valores mobiliários admitidos à negociação em mercado regulamentado”.

Nesta revisão, está em causa a falta de documentação adequada sobre a análise efetuada pela auditora e os fundamentos da sua conclusão em várias áreas, nomeadamente sobre a “adequada valorização (imparidade) de instrumentos financeiros de dívida relevados (como ativo) no balanço da entidade auditada” e a correção de informação divulgada em nota explicativa.

Além disso, é também sinalizado que a “arguida não obteve prova apropriada e suficiente para suportar a sua conclusão quanto à informação divulgada em nota explicativa (respeitante a investimentos de curto prazo) às demonstrações financeiras auditadas”.

Entretanto, a Deloitte já reagiu, numa nota enviada à Agência Lusa, onde aponta que “os aspetos identificados pela CMVM são de natureza técnica e dizem respeito essencialmente a procedimentos relacionados com a documentação do trabalho realizado, não colocando em causa o relatório de auditoria”.

A empresa defendeu também, nesta nota, ter realizado o seu trabalho “com diligência, no respeito pelas normas de auditoria aplicáveis”, e diz ter adotado o “seu melhor julgamento profissional”. Decidiu, por isso, impugnar a multa aplicada.

Entre as 13 decisões da CMVM, nove são divulgadas em regime de anonimato. A maior parte levou a admoestações, enquanto outras implicam coimas, algumas delas suspensas.

(Notícia atualizada pela última vez às 20h30)

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Pestana Hotel Group garante remuneração mínima para 750 euros

Além de subir o valor mínimo de entrada, o grupo hoteleiro ampliou o pacote de benefícios, nomeadamente com consultas médicas e de apoio psicológico gratuitas e mobilidade internacional.

O Pestana Hotel Group (PHG) decidiu retomar a sua política de remuneração mínima, fixando o valor mínimo de entrada nos 750 euros brutos mensais. A este valor, que supera os 705 euros fixados pelo Governo, acresce um pacote de benefícios “competitivo” na indústria hoteleira, garante grupo. Consultas médicas gratuitas e mobilidade internacional são alguns dos benefícios que oferece aos colaboradores.

“Os recursos humanos têm sido sempre uma prioridade para o Pestana Hotel Group e, seguramente, uma das razões para a sua solidez e crescimento. Este pacote de benefícios que temos vindo a desenvolver para todos os nossos colaboradores inscreve-se numa cultura muito forte de confiança e de compromisso para com as pessoas que escolheram trabalhar e crescer connosco”, afirma José Theotónio, CEO do PHG, citado em comunicado.

José Theotónio, CEO do Pestana Hotel Group.Paula Nunes/ECO

Do pacote de benefícios do PHG faz parte o subsídio de alimentação, seguro de saúde, consultas médicas e de apoio psicológico gratuitas, iniciativas de formação e desenvolvimento, descontos em todos os hotéis e pousadas do grupo (extensíveis a colaboradores e às suas famílias) e programas de mobilidade nacional e internacional.

A empresa adotou também um regime híbrido de trabalho para os serviços partilhados.

O Pestana Hotel Group junta-se assim a outras empresas que decidiram aumentar o salário mínimo da entrada dos colaboradores, superando os valores fixados pelo Governo. É o caso do grupo DST, que anunciou também a subida da remuneração mínima atribuída para os 740 euros, bem como de retalhistas como o Ikea, Lidl ou o grupo Jerónimo Martins.

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Operadora do Nord Stream 2 cria subsidiária alemã para avançar com certificação

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2022

Regulador alemão tinha exigido que o Nord Stream adotasse uma forma jurídica de acordo com a lei alemã, antes de suspender a certificação do gasoduto.

A operadora do gasoduto Nord Stream 2, destinado a transportar gás russo para a Europa Ocidental e alvo de controvérsia no contexto das tensões devido à situação na Ucrânia, vai criar uma subsidiária alemã para desbloquear o processo de certificação.

A subsidiária Gas for Europe, sediada na cidade alemã de Schwerin (norte) “vai concentrar todos os esforços para o cumprimento dos requisitos de forma a dar continuidade ao processo de certificação”, segundo um comunicado divulgado pela empresa hoje.

Em novembro do ano passado, o regulador alemão, a Federal Network Agency (Bundesnetzagentur), travou temporariamente o processo de autorização ao início da operação do gasoduto, controlado pela gigante russa Gazprom.

O regulador definiu como requisito para continuar com o processo de certificação que o operador do gasoduto, sediado na Suíça, adotasse uma forma jurídica de acordo com a lei alemã para poder gerir o troço alemão da infraestrutura, de 54 quilómetros.

Neste sentido, explicou na decisão que, uma vez cumpridos todos os requisitos, existe um prazo de quatro meses para preparar um projeto de decisão, que, de acordo com o direito comunitário, será posteriormente transferido para a Comissão Europeia para que esta se pronuncie.

O alto representante da União Europeia para os Assuntos Europeus, Josep Borrell, assegurou este mês que a autorização do gasoduto está “ligada” à situação militar na Ucrânia.

O Governo alemão também se pronunciou sobre o tema em diversas ocasiões, com o chanceler Olaf Scholz a enfatizar que, no caso de uma invasão russa, não deve haver nenhum tema “que não esteja em cima da mesa”.

Se for autorizado, o gasoduto irá transportar gás natural russo para a Europa Ocidental através do fundo do Mar Báltico, sem ter de recorrer à rota que passa pela Ucrânia.

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Conselho Estratégico Nacional da Saúde propõe orçamento plurianual

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2022

"Há que adotar um orçamento plurianual para o SNS, de modo a haver menor dependência dos ciclos políticos, mas também económicos”, defende o Conselho Estratégico Nacional da Saúde da CIP.

O Conselho Estratégico Nacional da Saúde (CENS) da Confederação Empresarial de Portugal defende uma Lei de Meios e um orçamento plurianual para o Serviço Nacional de Saúde, que permita reduzir a dependência dos ciclos políticos.

A proposta consta de um documento com várias medidas para a saúde, “neste momento em que se discutem as opções para uma nova legislatura”, da autoria do CENS, que reúne oito associações do setor, representando mais de 4.500 empresas que empregam cerca de 100 mil trabalhadores.

“Em Portugal há que adotar um orçamento plurianual para o SNS, de modo a haver menor dependência dos ciclos políticos, mas também económicos”, refere o documento com as prioridades do CENS para a saúde. Face à “atual tendência de canalizar o orçamento para as despesas correntes”, o concelho considera ainda ser “muito importante” criar uma Lei de Meios do SNS, que permita providenciar a adequada capacitação orçamental à prevenção, ao acesso e ao investimento.

“Um objetivo que se reclama é o de alinhar o investimento público em saúde pela média da União Europeia e da OCDE”, avança o documento, ao sublinhar que o financiamento deve ser adequado às necessidades do sistema de saúde e deve permitir uma gestão mais eficiente e um melhor planeamento das instituições do SNS.

Relativamente ao acesso aos serviços de saúde, o CENS preconiza ser urgente lançar um plano extraordinário de recuperação das listas de espera de consultas, cirurgias e meios complementares de diagnóstico para que os cidadãos tenham acesso aos cuidados de saúde adequados e se “quebre o ciclo de atraso no diagnóstico e tratamento”.

“Portugal deveria assumir o compromisso/objetivo de fazer um esforço extraordinário para que até ao final de 2022 se recuperasse toda a atividade suspensa ou adiada até este momento”, alerta o conselho da Confederação Empresarial de Portugal. Além disso, o CENS reclama a implementação de um serviço de renovação da terapêutica e dispensa de proximidade de medicamentos de uso exclusivo hospitalar nas farmácias comunitárias, através de um modelo sustentável e transversal a todo o território.

“Há que reforçar a articulação entre os diversos agentes do sistema de saúde”, defende também o documento, ao referir que o Ministério da Saúde deve recorrer ao potencial do setor convencionado e alargá-lo a consultas de medicina geral e familiar e de especialidades.

“Esta seria a medida mais ajustada para assegurar que cada português tem um médico de família e acesso a cuidados de saúde em tempo clinicamente recomendável. Este é um setor que, há mais de quarenta anos, trabalha ombro a ombro com o SNS”, adianta.

Ainda ao nível de acesso, o CENS propõe que sejam criados programas colaborativos entre as farmácias comunitárias e o SNS, disponibilizando os serviços previstos no Balcão SNS 24, assim como o reconhecimento da distribuição farmacêutica enquanto infraestrutura crítica.

De acordo com o documento, há 28.152 empresas do setor privado da saúde em Portugal, que empregam mais de 125 mil pessoas e pagaram remunerações de 1.866 milhões de euros em 2019, gerando anualmente um valor acrescentado bruto de cinco mil milhões de euros.

“Este é um tempo em que as empresas da saúde podem fazer ainda mais e servir de alavanca ao desenvolvimento do país”, considera o CENS, para quem o próximo governo tem a “responsabilidade de criar as condições para maior acesso dos cidadãos à saúde, de promover a sustentabilidade do sistema de saúde, de contribuir para que Portugal tenha na saúde um polo de desenvolvimento”.

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Banco polaco do BCP põe 160 milhões de lado para créditos hipotecários

Bank Millennium adiantou que constituiu provisões de 160 milhões, incluindo 15 milhões do Euro Bank, para os riscos legais relacionados com os empréstimos hipotecários em francos suíços.

O BCP BCP 1,63% revelou esta quarta-feira que o seu banco na Polónia constituiu provisões no valor de mais de 700 milhões de zlotys (cerca 160 milhões de euros) para enfrentar os riscos legais relacionados com os empréstimos hipotecários em moeda estrangeira originados pelo Bank Millennium e também pelo Euro Bank, adquirido em 2019.

Por conta disto, o banco polaco controlado em 50,1% pelo BCP vai registar prejuízos no quarto trimestre, “apesar do sólido desempenho operacional”, segundo avança a instituição em comunicado enviado ao mercado. As contas vão ser publicadas no próximo dia 1 de fevereiro, com a instituição a prometer dar “informações adicionais sobre os riscos legais”.

O Bank Millennium diz que reforçou as provisões pois continuou a registar tendências negativas nas decisões judiciais no último trimestre do ano passado, ao mesmo tempo que têm dado entrada de novos processos judiciais e o próprio banco tem feito alterações na metodologia de avaliação de risco.

Aliás, por causa das contingências relacionadas com este caso, o banco já tinha colocado de lado 400 milhões de euros. Uma almofada que “engorda” agora com mais 160 milhões.

Em setembro do ano passado, a imprensa local adiantou que o Bank Millennium tinha fechado acordos com 4.000 clientes com empréstimos para compra de casa em francos suíços, representando cerca de 8% do total da problemática carteira de crédito hipotecário em moeda estrangeira.

A carteira de crédito hipotecário em francos suíços do Bank Millennium totalizava os 12,8 mil milhões de zlotys (2,8 mil milhões de euros), representando cerca de 16% da carteira de empréstimos do banco polaco e cerca de 5% da carteira do BCP.

Estes riscos estão relacionados com o chamado caso “Francowicze”. Na década de 2000, os polacos contraíram empréstimos em francos suíços para beneficiarem de um zloty forte e de taxas de juro baixas na Suíça. Porém, com a crise, a moeda helvética disparou no mercado cambial, agravando o valor das dívidas das famílias para níveis impagáveis. Muitas avançaram para tribunal nos últimos anos para contestar estas dívidas.

(Notícia atualizada às 18h00)

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Boeing fecha 2021 com prejuízo de 3.800 milhões

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2022

A fabricante norte-americana fez uma provisão de 3.500 milhões de dólares para cobrir custos relacionados com os problemas do seu modelo 787. É o terceiro ano de prejuízos.

A Boeing fechou 2021 com um prejuízo de 4.290 milhões de dólares (3.800 milhões de euros), recuperando mais de 60% face a 2020, impulsionada pela retoma da operação dos 737 MAX e pela evolução do mercado.

A fabricante aeronáutica norte-americana acumula já três exercícios consecutivos de prejuízos, primeiro devido à crise do modelo 737 MAX, da qual começa agora a recuperar, e, depois, por causa da crise económica resultante da pandemia de covid-19, que ainda afeta todo o setor da aviação.

Em comunicado, a Boeing reportou um volume de negócios anual acumulado de 62.286 milhões de dólares (55.206 milhões de euros) em 2021, mais 7% do que em 2020, ano em que registou o maior prejuízo da sua história, de 11.941 milhões de dólares (10.584 milhões de euros).

O presidente executivo (CEO) da Boeing, Dave Calhoun, considerou que 2021 foi “um ano de reconstrução”, em que se aumentou a produção e as entregas do modelo 737 MAX, que foi autorizado a voar novamente em quase todo o mundo, após dois acidentes.

A fabricante aeronáutica entregou 340 aeronaves para uso comercial aos seus clientes, mais do dobro de 2020, e, segundo informações divulgadas antes dos resultados, a maioria (263) são do modelo 737.

Considerando apenas o quarto trimestre de 2021, a empresa teve perdas de 4.164 milhões de dólares (3.691 milhões de euros), menos de metade do período homólogo de 2020, quando a indústria aeronáutica estava numa das suas piores fases, em resultado das restrições impostas devido à pandemia.

As receitas entre outubro e dezembro ficaram 3% abaixo do período homólogo, nos 14.793 milhões de dólares (13.111 milhões de euros), mas a empresa registou, no trimestre, um ‘cash flow’ operacional positivo de 716 milhões de dólares (635 milhões de euros), o que já não acontecia há cerca de três anos.

A Boeing anunciou ainda ter registado uma provisão de 3.500 milhões de dólares (cerca de 3.103 milhões de euros) para cobrir custos relacionados com os problemas do seu modelo 787, que está parado por problemas de produção há mais de um ano, havendo várias companhias aéreas à espera de receber as aeronaves que encomendaram.

“Embora isto continue a afetar os nossos resultados de longo prazo, esta é a abordagem certa para criar estabilidade e previsibilidade à medida que a procura vai retomando”, explicou Calhoun.

Segundo a companhia, os problemas com o 787 resultarão num acréscimo de 2.000 milhões de dólares (cerca de 1.773 milhões de euros) em custos adicionais de produção, o dobro da previsão anterior.

As entregas de novos 787 foram interrompidas em maio de 2021 devido a falhas de produção, não tendo até agora a Boeing sido capaz de encontrar uma solução para os problemas detetados que satisfaça a Administração Federal de Aviação.

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✅ Quiz: Sabe o que propõe cada partido nestas eleições?

  • ECO
  • 26 Janeiro 2022

Do salário mínimo à carga fiscal, passando pela Segurança Social, acha que reconhece as propostas de cada um dos partidos para as eleições de 30 de janeiro? Faça o teste neste quiz do ECO.

Com os portugueses a serem chamados às urnas dentro de dias, o ECO preparou um quiz com nove questões — igual ao número de partidos/coligações com assento parlamentar — para testar o grau de conhecimento sobre os vários temas que constam dos programas eleitorais dos partidos, como os salários, os impostos, a Segurança Social, entre outros. Nas últimas semanas os partidos apresentaram os seus programas, debateram diversas vezes, foram entrevistados e têm agora contactado com as populações na campanha eleitoral oficial. O desafio agora é acertar no que cada partido propõe ou não propõe.

Pode ver aqui os artigos do ECO sobre as propostas económicas dos vários partidos, os artigos setoriais para a lei laboral, a saúde, o IRS e para os seguros e pode ainda acompanhar toda a cobertura da campanha eleitoral.

9 partidos, 9 perguntas

Com as eleições marcadas já para o próximo domingo, chegou a altura de testar os seus conhecimentos. Quem defende o quê?

1 / 9

Quem quer definir leques salariais de referência tanto para o setor público como para o privado para “combater as desigualdades salariais”?

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2 / 9

Quem defende que se deve lançar um “amplo debate” sobre a redução da semana de trabalho para quatro dias?

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3 / 9

Quem quer eliminar o Imposto sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) para habitação própria e permanente?

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4 / 9

Quem quer o englobamento obrigatório de todos os rendimentos para os contribuintes que ganhem mais do que 80.882 euros anuais?

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5 / 9

Quem quer que se crie uma comissão que estude a sustentabilidade da Segurança Social?

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6 / 9

Quem quer a criação de um valor mínimo para a reforma garantida de igual valor ao salário mínimo (705 euros em 2022)?

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7 / 9

Quem quer recuperar o que falta do tempo de serviço “perdido” pelos professores, mas apenas para efeitos de aposentação?

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8 / 9

Quem quer criar um apoio suplementar para idosos carenciados tendo em visto o alívio da despesa do aquecimento das casas?

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9 / 9

Quem defende que o salário mínimo deve subir nos próximos anos até chegar, no mínimo, aos 1.000 euros em 2026?

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Nota: Se está a aceder via app, carregue aqui para ver o quiz.

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Quase 286 mil eleitores votaram antecipadamente no domingo

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2022

Um total de 285.848 eleitores votaram no domingo para as eleições legislativas, através da modalidade de voto antecipado em mobilidade, o que representa cerca de 90% do total de inscritos.

Um total de 285.848 eleitores votaram no domingo para as eleições legislativas antecipadas, correspondendo a 90,51% dos 315.785 que se inscreveram na modalidade de voto antecipado em mobilidade, revelou esta o Ministério da Administração Interna (MAI).

Em comunicado, o MAI refere que os dados finais enviados pelos 308 municípios à Administração Eleitoral da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna indicam que os distritos de Évora (95,50%), Bragança (94,86%) e Castelo Branco (94,75%) foram os que registaram maior taxa de participação face ao número de eleitores inscritos entre os dias 16 e 20 de janeiro.

Um total de 315.785 eleitores inscreveram-se para votar antecipadamente em mobilidade a 23 de janeiro nas eleições legislativas.

O MAI explica que a votação antecipada em mobilidade decorreu em 403 locais definidos pelas 308 câmaras municipais, cabendo às forças de segurança a recolha e distribuição dos envelopes para serem entregues no sábado às juntas de freguesia onde esses eleitores estão recenseados. O MAI precisa que esses votos serão descarregados nos respetivos cadernos eleitorais antes da abertura das urnas no dia da eleição.

Segundo o Ministério da Administração Interna, no domingo haverá 13.821 secções de voto abertas nos 308 municípios do continente e regiões autónomas dos Açores e da Madeira, mobilizando cerca de 70.000 membros de mesa.

O MAI avança que, para garantir a segurança sanitária do voto eleitoral e de todos os envolvidos, a Administração Eleitoral tomou várias medidas, “como a redução do número de eleitores inscritos por cada secção de voto para 750, e distribuiu mais de 100 toneladas de material sanitário pelas 308 câmaras municipais entre máscaras FP2 e cirúrgicas (25 por cada secção de voto), álcool gel (seis embalagens por cada secção de voto), batas, luvas e viseiras.

O Ministério da Administração Interna apela ao “rigoroso cumprimento das normas de segurança sanitária durante o exercício de voto”, nomeadamente a utilização de caneta própria, máscara, distanciamento social e higienização das mãos.

Os eleitores que se encontrem em isolamento obrigatório devido à covid-19 vão poder votar presencialmente no domingo para eleições legislaturas antecipadas, depois de o Governo ter pedido um parecer ao conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República. O Governo recomendou aos eleitores nessa situação que vão votar num período específico, entre as 18h00 e as 19h00, aconselhando os restantes cidadãos a fazê-lo entre as 08.00 e as 18.00.

Mais de 10 milhões de eleitores residentes em Portugal e no estrangeiro constam dos cadernos eleitorais para a escolha dos 230 deputados à Assembleia da República.

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BCP ganha 4% e dá lustro a Lisboa com olhos postos na Fed

A poucas horas do fim da reunião da Fed, as bolsas europeias fecharam em forte alta, com o BCP a comandar os ganhos robustos na praça nacional. Ações subiram quase 4% nesta sessão.

As principais bolsas europeias fecharam com ganhos expressivos, a poucas horas de serem reveladas as conclusões da reunião de política monetária da Fed do outro lado do Atlântico. Os investidores estão expectantes quanto à conferência de imprensa do presidente Jerome Powell, que poderá deixar pistas sobre o momento em que o banco central prevê subir os juros para domar a inflação.

Numa semana que está a ser de intensa volatilidade nos mercados de capitais, com os índices a oscilarem entre subidas e descidas bastante significativas, o pan-europeu Stoxx 600 chegou ao final da sessão desta quarta-feira a subir 1,7%, prolongando os ganhos do dia anterior. Em simultâneo, o alemão DAX subiu mesmo 2,2%, enquanto o francês CAC-40 avançou 2,1%, o espanhol IBEX-35 somou 1,8% e o britânico FTSE 100 valorizou 1,4%.

Em Lisboa, o índice de referência PSI-20 brilhou com uma subida de 2,12%, para 5.523,48 pontos, interrompendo um ciclo de três sessões consecutivas a perder valor. Com as perspetivas de subida dos juros, foi o BCP a cotada que liderou as subidas, somando 3,92%, para 15,38 cêntimos.

As cotadas do setor energético contribuíram igualmente para os ganhos na praça nacional. A EDP Renováveis destacou-se ao subir 3,56%, enquanto a EDP avançou 2,33%. A Galp Energia valorizou 2,56%, para 9,926 euros, no dia em que o petróleo cruzou a fasquia dos 90 dólares por barril, à luz da tensão militar entre a Rússia e a Ucrânia, um preço que não era visto desde 2014.

Ainda assim, é mesmo a Fed que tem condicionado as negociações esta semana. Quando forem 14h em Washington e 19h em Lisboa, Jerome Powell falará aos investidores ao fim de uma reunião de dois dias do comité de política monetária. A expectativa é a de que possa sinalizar quando tenciona começar a reduzir o seu balanço e subir os juros, numa altura em que os economistas veem a primeira subida da taxa diretora já em março.

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Greve na Atlânticoline cancelou 26% das viagens de janeiro

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2022

Até 25 de janeiro foram canceladas 36 viagens inter-ilhas devido à greve, um valor que sobe para 50 desde o início de dezembro.

A greve dos trabalhadores ligados à parte operacional da Atlânticoline, obrigou ao cancelamento de 36 viagens desde 1 de janeiro, “representando 26% do total de ligações marítimas previstas“, revelou esta quarta-feira a empresa pública.

A paralisação convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pesca (SIMAMEVIP) arrasta-se desde dezembro e há já um novo pré-aviso de greve para o mês de fevereiro, segundo avançou à agência Lusa o dirigente sindical Clarimundo Baptista.

De acordo com informações avançadas à Lusa pela Atlânticoline, empresa de transporte marítimo entre ilhas, “entre 1 e 25 de janeiro, foram canceladas 36 viagens devido à greve, o que representa 26% do total das viagens previstas nesse período”.

Em relação à percentagem de colaboradores que estão a fazer greve, a empresa sublinhou que a adesão não é “linear”, já que a maioria dos colaboradores faz a paralisação “apenas em algumas viagens”. “Dos 105 trabalhadores do universo da empresa, 26 já fizeram greve em algum momento, o que representa 25% do total de trabalhadores“, segundo os dados enviados à Lusa pela Atlânticoline.

A empresa lembra que os navios têm um certificado de lotação de segurança e “basta um dos marítimos escalados não se apresentar ao trabalho para que a viagem seja cancelada”. Desde o início da greve, a 1 de dezembro de 2021, “foram canceladas 50 viagens” devido à greve, ou seja, “17% das viagens previstas”.

Para o período de greve foram definidos serviços mínimos diários. Assim, são “assegurados todos os serviços necessários à realização das operações de transporte determinadas por situações de emergência”, designadamente de urgência hospitalar, naufrágio, intempérie ou outras situações de força maior, entre as ilhas do Faial, Pico e São Jorge.

Para o período da greve foram definidos como serviços mínimos as viagens da Linha Azul Horta/Madalena/Horta (duas viagens diárias, com saídas da Horta às 07:30 e às 17:15). Foram também definidas como serviços mínimos as viagens da Linha Verde Horta/Madalena/Velas (saída da Horta às 09:00).

Contactado pela Lusa o dirigente sindical, Clarimundo Baptista, destacou que há “uma adesão significativa” dos trabalhadores à paralisação, lamentando que a empresa continue a não admitir o pagamento de retroativos das negociações dos aumentos salariais a partir da data que produzem efeito, ou seja, abril de 2021″.

“Lamentamos os transtornos e não queremos causar sofrimento, nomeadamente aos doentes que vêm do Pico para tratamentos no Faial. Temos fé que a situação se resolva”, sublinhou Clarimundo Baptista.

O Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pesca reitera, no entanto, as criticas à empresa Atlânticoline. “O máximo de horas extraordinárias é 200 e a empresa usa em média 600 a 700 por trabalhador. Como é que uma empresa que é do Estado quer enganar o Estado, ocultando trabalho extraordinário?”, apontou Clarimundo Baptista.

A Atlânticoline solicitou ao Conselho Económico e Social dos Açores (CESA) uma “arbitragem obrigatória” devido ao “impasse” negocial com o Sindicato.

Em declarações recentes à Lusa o dirigente sindical, Clarimundo Baptista, afirmou que “não há intransigência da parte do Sindicato”. Segundo o dirigente, o sindicato “facilitou” as negociações e ainda “foi ao encontro dos anseios” da Atlânticoline.

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Áustria levanta confinamento para não vacinados contra a Covid

A partir de segunda-feira, a Áustria vai abolir o confinamento obrigatório para os não vacinados contra a Covid. Decisão é justificada com o alívio da pressão hospitalar nas últimas semanas. 

O governo da Áustria decidiu que vai terminar com o confinamento obrigatório para cidadãos não vacinados, a partir de segunda-feira. Decisão é justificada com o alívio da pressão hospitalar nas últimas semanas.

Chegámos à conclusão de que o confinamento para não vacinados na Áustria só se justifica caso haja a ameaça de uma sobrecarga iminente dos cuidados intensivos”, afirmou o ministro da Saúde, Wolfgang Mueckstein, em conferência de imprensa, esta quarta-feira, citado pela Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Apesar de a Áustria continuar a registar máximos de infeções (só nas últimas 24 horas foram notificados mais de 30.000 casos), a taxa de ocupação de doentes em enfermaria geral e unidades de cuidados intensivos devido à Covid tem vindo a cair nas últimas semanas. Nesse sentido, o governo decidiu terminar com o confinamento para os não vacinados já a partir de segunda-feira.

A medida, que entrou em vigor a 15 de novembro, pressupunha que os não vacinados contra a Covid estivessem em confinamento obrigatório, podendo apenas sair de casa por um número limitado de razões, nomeadamente para fazer compras ou ir trabalhar.

Ainda assim, apesar do levantamento do confinamento obrigatório, os não vacinados ainda ficam impossibilitados de realizarem várias atividades lúdicas, como ir a restaurantes ou comprar itens não essenciais. Atualmente, a Áustria tem 75,2% da população com a vacinação primária completa contra a Covid, numa altura em que o governo tem reforçado os incentivos para a vacinação e que foi o primeiro país da Europa a tornar a vacina obrigatória.

Esta decisão surge numa altura em que vários países europeus estão a aliviar as restrições aplicadas para conter a pandemia. É o caso do Reino Unido, que deixou cair a obrigatoriedade de uso de máscara nas lojas, transportes públicos, escolas e outros espaços públicos fechados, e pôs fim ao teletrabalho obrigatório, de acordo com a Euronews. Também a Irlanda pôs fim a várias restrições, nomeadamente aos limites à capacidade para eventos ao ar livre e eventos no interior e à utilização do certificado digital europeu.

Já a Bélgica, optou por manter o teletrabalho obrigatório quatro dias por semana, mas a partir de sexta-feira vai levantar os limites à lotação dos espaços culturais e vai permitir o regresso de público nos estádios, com um limite de 70% da capacidade. Em França, o levantamento de restrições só começa a partir do início de fevereiro.

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