Air France-KLM avança sozinha para taxa de sustentabilidade

  • ECO
  • 19 Janeiro 2022

A nova taxa é aplicada a todos os passageiros. Na classe económica, o valor da taxa cobrada varia entre um e quatro euros, enquanto na executiva pode variar entre 1,5 e 12 euros.

O grupo Air France-KLM começou a cobrar uma taxa obrigatória para suportar os custos do combustível sustentável. A estratégia da companhia franco holandesa pode provocar um aumento do preço dos bilhetes, avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

A taxa é cobrada desde o dia 10 deste mês e é aplicada a todos os passageiros. O valor pode variar de acordo com a distância da viagem e com a classe. Por exemplo na classe económica o aumento pode variar entre um e quatro euros e em executiva entre 1,5 e 12 euros, “sendo diretamente visível nos detalhes da tarifa”, tanto da Air France como da KLM, disse ao jornal fonte oficial do grupo.

A Arlines for Europe, a maior associação de companhias aéreas da Europa, adianta que “é a única companhia a introduzir recentemente a taxa para o combustível sustentável”. Apesar dos esforços pela descarbonização, a Air France-KLM explica que “o custo de utilização de combustíveis sustentáveis de aviação é quatro a oito vezes maior do que o dos combustíveis fósseis”.

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Ex-gestor do Novo Banco contra tentativa de “saque” ao Fundo de Resolução

  • ECO
  • 19 Janeiro 2022

Vítor Fernandes, que foi escolhido pelo Governo para o Banco de Fomento, mas ficou pelo caminho, criticou a um colega do Novo Banco a tentativa de "saque" ao Fundo de Resolução.

Vítor Fernandes, ex-gestor do Novo Banco, foi apanhado nas escutas da investigação às relações de Luís Filipe Vieira com o setor bancário a dizer a um colega que era contra o “saque ao fundo”, revela o Público (acesso condicionado) esta quarta-feira. Em causa está o dinheiro que o Novo Banco viria pedir ao Fundo de Resolução ao abrigo do mecanismo de capital contingente previsto na venda do banco ao Lone Star.

Neste caso em concreto estava em cima da mesa um pedido de 147,5 milhões de euros relativo à venda da operação do Novo Banco em Espanha. Vítor Fernandes é apanhado em julho de 2021 nas escutas a dizer a Rui Fontes, atual gestor do Novo Banco (com o pelouro do risco), a dizer que o pedido é legal, mas não é ético. O pedido acabou por ser feito, a operação foi analisada durante mais tempo pelo Fundo de Resolução, e os valores não foram ainda pagos porque estão em análise num Tribunal Arbitral.

De acordo com o jornal, Vítor Fernandes chegou a ser o braço direito de António Ramalho, o CEO do banco detido em 75% pelo Lone Star, mas um desentendimento levou à sua saída do Novo Banco em outubro de 2020 porque “já não fazia parte da equipa core [estratégica] da Lone Star”. A conversa apanhada pelas escutas mostra como a gestão do Novo Banco tinha como objetivo acelerar e acentuar as chamadas de capital ao abrigo o mecanismo de capital contingente, cujos 3,9 mil milhões de euros foram quase esgotados.

(Notícia atualizada às 11h12 com informação sobre os valores a pagar pelo Fundo de Resolução)

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Hoje nas notícias: Novo Banco, KLM e acórdão histórico

  • ECO
  • 19 Janeiro 2022

Um ex-gestor do Novo Banco foi apanhado por escutas a dizer que um pedido ao Fundo de Resolução era legal, mas não era ético. Em causa estava a venda da operação do banco em Espanha.

Esta quarta-feira os jornais dão destaque a uma investigação sobre um ex-gestor do Novo Banco que foi apanhado em escutas da investigação às relações de Luís Filipe Vieira com o setor bancário. No setor da aviação, a KLM decide avançar sozinha para a taxa de sustentabilidade. E no mundo do trabalho foi proferido um acórdão histórico que obriga empresário a pagar subsídios a trabalhador precário.

Ex-gestor do Novo Banco contra tentativa de “saque” ao Fundo de Resolução

Vítor Fernandes, ex-gestor do Novo Banco, foi apanhado nas escutas da investigação às relações de Luís Filipe Vieira com o setor bancário a dizer a um colega que era contra o “saque ao fundo”. Em causa está o dinheiro que o Novo Banco viria pedir ao Fundo de Resolução ao abrigo do mecanismo de capital contingente previsto na venda do banco ao Lone Star. Neste caso em concreto estava em cima da mesa um pedido de 147,5 milhões de euros relativo à venda da operação do Novo Banco em Espanha. Vítor Fernandes é apanhado em julho de 2021 nas escutas a dizer a Rui Fontes, atual gestor do Novo Banco, que o pedido é legal, mas não é ético.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Air France-KLM avança sozinha para taxa de sustentabilidade

O grupo Air France-KLM começou a cobrar uma taxa obrigatória para suportar os custos do combustível sustentável. A estratégia pode provocar um aumento do preço dos bilhetes. A taxa é cobrada desde o dia 10 deste mês e é aplicada a todos os passageiros. O valor pode variar de acordo com a distância da viagem e com a classe. Por exemplo, na classe económica o aumento pode variar entre um e quatro euros e em executiva entre 1,5 e 12 euros, “sendo diretamente visível nos detalhes da tarifa”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Acórdão histórico obriga empresário a pagar subsídios a trabalhador precário

O Tribunal da Relação de Évora (TRE) condenou recentemente uma empresa de trabalho temporário e os seus gestores, todos romenos, a pagar mais de 16 mil euros a um trabalhador agrícola, da mesma nacionalidade, por reconhecer que este, “apesar de não ter contrato de trabalho escrito, prestava a sua atividade de forma subordinada aos réus”. A sentença pode influenciar outros processos pendentes.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Ajustes diretos atingem mínimo dos últimos anos em 2021

Apenas 17,5% dos contratos públicos foram realizados com recurso ao ajuste direto, a percentagem mais baixa pelo menos desde 2017, de acordo com a compilação de dados feita pelo Correio da Manhã com base nos dados reportados no Portal Base. No total, os contratos públicos ascenderam a 11,7 mil milhões de euros no ano passado, com 57,2% desse valor a ter ido por concurso público, a maior percentagem dos últimos quatro anos também. O valor dos contratos públicos aumentou 780 milhões de euros face a 2020, sendo a maioria foi para serviços, seguindo-se obras públicas e depois a aquisição de bens.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Só a Força Aérea aumentou candidatos e recrutamentos nas Forças Armadas

A Força Aérea Portuguesa (FAP) recebeu no ano passado mais de 2.500 candidaturas para o ramo militar em regime de contrato (RC), um aumento de 37%. A FAP destacou-se do Exército e da Marinha, que em 2021 foram menos procurados pelos jovens do que no ano anterior – 6564 e 1400, respetivamente. O total de incorporações nas Forças Armadas teve uma pequena subida (3%). Na FAP entraram cerca de 600 recrutas (mais 3% que em 2020) em RC, no Exército menos 33 (-1,3%) e na Marinha menos 41 (-18%).

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

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Da taxa única aos novos escalões, o que prometem os partidos para o IRS?

O IRS é um dos temas que mais divide os partidos, nesta corrida eleitoral. Se, por um lado, há quem defenda uma taxa única, há também quem proponha aumentar os escalões para um número recorde.

Numa altura em que os contribuintes portugueses ainda estão a recuperar do impacto da crise pandémica, os impostos têm assumido grande protagonismo nas eleições legislativas, sendo o IRS um dos temas que mais tem “dividido as águas” entre os vários partidos. Neste capítulo, há quem defenda uma taxa única, mas também quem insista no desdobramento dos escalões e até quem atire as mexidas nesse âmbito para a segunda metade da legislatura. Afinal, que propostas estão em cima da mesa?

  • PS quer desdobrar escalões

No programa eleitoral para a ida às urnas de 30 de janeiro, os socialistas apresentam três promessas principais quanto ao IRS, que são diretamente recuperadas da proposta de Orçamento do Estado para 2022, que foi chumbada pela direita, mas também pelo PCP, BE e PEV.

Primeiro, o PS promete “dar continuidade ao desenvolvimento de mecanismos que acentuem a progressividade do IRS“, através da conclusão da revisão dos escalões, de modo a “desagravar os impostos sobre o rendimento das classes médias e assegurar uma maior equidade no tratamento de todos os tipos de rendimentos”. António Costa já detalhou que, se sair vitorioso, pretende desdobrar o terceiro e o sexto escalões da tabela do IRS.

Segundo, os socialistas querem alargar o IRS Jovem, de modo a que as dispensas parciais do imposto, previstas neste âmbito, cheguem a mais contribuintes (incluindo trabalhadores independentes) e durante mais anos (de três para cinco).

Terceiro, o PS quer “facilitar a decisão do segundo e terceiro filhos, através de um aumento das deduções fiscais no IRS em função do número de filhos”.

Além disso, os socialistas referem, sem aprofundar, que defendem, na negociação do Acordo de Concertação Social sobre competitividade e rendimentos, que deverá ser feita uma “redução progressiva das taxas de IRS para todos os que venham a beneficiar dos aumentos de rendimento, no quadro desse acordo”.

  • PSD defende alívio a partir de 2025

Para o PSD, “urge repensar a tributação em sede de IRS“, a médio prazo. No seu programa eleitoral, o partido laranja promete, assim, uma redução total de 800 milhões de euros desse imposto, mas só a partir de 2025. No frente a frente com António Costa, Rui Rio explicou que entende que primeiro é preciso promover o crescimento das empresas e da economia nacional para que depois haja condições para levar a cabo esse alívio fiscal das famílias, daí atirar essa medida só para a segunda metade da legislatura.

Em maior detalhe, o PSD quer uma redução do IRS de 400 milhões de euros por ano, em 2025 e 2026, “sendo em cada ano 350 milhões de euros destinados aos escalões de rendimentos até 60 mil euros por ano e 50 milhões de euros destinados aos escalões de rendimento entre os 60 e os 100 mil euros por ano”.

Esse alívio seria colocado no terreno, propõe o partido de Rui Rio, através da redução das taxas de imposto. O PSD quer ainda reduzir a tributação da poupança e defende um “novo sistema regulatório para os criptoativos, nomeadamente as criptomoedas, com a respetiva tributação em sede de IRS e de IRC”.

  • BE quer englobamento obrigatório e mais escalões

No programa para as eleições legislativas de 30 de janeiro, o Bloco de Esquerda insiste numa medida que há muito anda envolta em polémica: o englobamento obrigatório dos rendimentos em IRS. Isto de modo a “acabar com a dualidade em que só os rendimentos do trabalho e pensões são taxados de forma progressiva, ficando os restantes sujeitos a taxas planas, que no caso dos rendimentos prediais e capitais são de 28%”, salientam os bloquistas.

De notar que, em 2019, o PS tinha também incluído no seu programa a promessa de “caminhar no sentido do englobamento dos diversos tipos de rendimentos em sede de IRS”, mas desta vez não a repete. Já o BE insiste.

Outra das promessas dos bloquistas é a introdução de dois novos escalões na tabela do IRS, de modo a aumentar a progressividade e aliviar a carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho. Ainda neste capítulo, o Bloco de Esquerda propõe o alargamento da dedução do IVA no IRS às reparações de bicicletas e a criação de um enquadramento fiscal (nomeadamente no IRS) para as operações com criptomoedas.

  • Chega promete taxa única de IRS

No seu programa eleitoral, o Chega promete que reduzirá os impostos diretos, nomeadamente o IRS, de modo a “estimular o crescimento económico”. O partido de André Ventura detalha que porá em prática esse alívio através da implementação de uma taxa única de IRS, com um patamar de isenção, mas não sugere valores.

  • CDU propõe englobamento obrigatório e mais escalões

A CDU insiste naquela que é uma das suas bandeiras fiscais mais polémicas: Quer implementar o englobamento obrigatório de todos os rendimentos. Ressalva, contudo, que tal só se aplicaria aos contribuintes que se situam no atual último escalão do IRS, isto é, cujos rendimentos sejam iguais ou superiores a 80.882 euros por ano.

Por outro lado, no seu programa para a ida às urnas, os comunistas defendem o desagravamento da tributação sobre os rendimentos mais baixos e intermédios em sede de IRS por três vias: aumentando o número de escalões (a CDU quer mais dois), o valor do mínimo de existência e o montante da dedução específica.

  • IL quer taxa de imposto única de 15%

Nas mais de 600 páginas do programa eleitoral da Iniciativa Liberal, há várias propostas quanto ao IRS, sendo o seu principal objetivo a simplificação e desagravamento desse imposto.

É a pensar nisso que o partido de João Cotrim de Figueiredo quer implementar de uma taxa única de IRS de 15%, “aplicada por igual a todos os rendimentos e para todos os contribuintes”, isentando-se, ainda assim, de imposto os rendimento de trabalho até 664 euros (remuneração mensal), valor que poderia ser majorado em 200 euros por mês por dependente. A IL admite que, transitoriamente, possa ser aplicado um sistema de duas taxas, no âmbito do qual os rendimentos até 30 mil euros paguem uma taxa de 15% e o remanescente uma taxa de 28%.

Este partido promete também eliminar todas as deduções e benefícios fiscais em sede de IRS, defende a redução da taxa de tributação em sede de IRS aplicada ao arrendamento para 15%, “o que constituirá um incentivo relevante para que os proprietários de imóveis vejam no arrendamento uma boa alternativa”, e propõe que que o Imposto Municipal Sobre Imóveis pago em relação a prédios rústicos que se encontrem a ser utilizados para produção agroflorestal possa ser deduzido em sede de IRS ou IRC, conforme aplicável.

  • PAN defende mais escalões e englobamento

À semelhança do PS, do BE e da CDU, o PAN também defende a criação de mais escalões de IRS. No seu programa eleitoral, o partido de Inês Sousa Real detalha que quer desdobrar o terceiro e sexto escalões e diz querer que a redução da taxa do “subescalão mais baixo, atingindo-se assim, simultaneamente, maior justiça fiscal e o efetivo desagravamento para a classe média”.

Por outro lado, o PAN entende que deve ser implementado o englobamento obrigatório no IRS de todas as categorias de rendimento, de modo a que se concretize o preceito constitucional que indica que este é um “imposto único e progressivo”. O partido quer, além disso, a revisão das deduções específicas, nomeadamente as relativas aos rendimentos prediais, para que passem a incluir depreciações e encargos financeiros.

E por falar em deduções, o PAN quer alargar a dedução à coleta de gastos com serviços de psicologia a “qualquer área de intervenção e não apenas na área de psicologia clínica”, bem como criar uma rubrica que permita deduzir até 250 euros de despesas com a aquisição de jornais e revistas, desenvolver uma “lista de produtos alimentares saudáveis” que deem igualmente um “desconto” em sede de IRS, permitir a dedução da prática de atividades físicas e desporto e criar uma nova categoria de dedução à coleta designada de “sustentabilidade“, com um teto máximo de 500 euros. Isto nomeadamente para despesas com a aquisição de bicicletas, painéis solares, “no montante correspondente a 15% do valor suportado“.

Ainda no capítulo do IRS, o PAN propõe o alargamento do mínimo de existência a todas as categorias de rendimento. Defende ainda mexidas no IRS Jovem: “Alargar aos primeiros cinco anos até aos 30 e limitado a 2,5 vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais”.

  • CDS-PP aposta em alívio para famílias mais numerosas

No seu programa para as eleições legislativas, o CDS-PP defende que os contribuintes devem descer um escalão na tabela de IRS, por cada filho a partir do segundo (inclusive).

O partido de Francisco Rodrigues dos Santos quer também reduzir os escalões e as taxas de imposto. Porquê? “Para que trabalhar compense”, mas também para estimular a poupança e “acabar com a escravatura fiscal”. A propósito, outra das propostas dos centristas passa pela dedução integral em sede de IRS do valor investido em contas Poupança Habitação.

  • Livre propõe dedução de reparos nas bicicleta

Há apenas uma referência ao IRS nas mais de cem páginas do programa eleitoral do Livre. O partido de Rui Tavares defende a inclusão das despesas com a reparação dos “veículos de modos ativos ou suaves” (como bicicletas) nesta sede fiscal.

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IMT já concluiu relatório que vai mudar a “lei da Uber”

Relatório que vai servir de base à alteração da chamada "lei da Uber" já está concluído, encontrando-se a ser analisado pelo regulador do setor. Atraso já leva dois meses.

O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) já concluiu o relatório de avaliação àquela que ficou conhecida por “lei da Uber”, por ter enquadrado legalmente esta atividade em Portugal após anos na clandestinidade, apurou o ECO. Trata-se de um documento com “recomendações e propostas de ajustamento” às regras e que está, agora, a ser analisado pelo regulador do setor.

“O IMT concluiu o relatório fundamentado de avaliação do regime previsto na Lei n.º 45/2018”, confirmou fonte oficial do IMT. Ou seja, o relatório já foi “enviado para apreciação” da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), que tem de emitir um parecer, “parecer esse que será parte integrante do relatório”, acrescenta a mesma fonte.

O diploma, que chegou ao Diário da República após meses de intensas negociações no Parlamento, e de duas greves gerais dos trabalhadores do setor do táxi, acabaria por entrar em vigor em 1 de novembro de 2018, determinando a elaboração do relatório de avaliação pelo IMT “decorridos três anos” dessa data, isto é, até 1 de novembro de 2021. Porém, há três anos nada fazia prever a ocorrência da pandemia em 2020, fator que atrasou manifestamente o processo.

De qualquer forma, o país também está sem Assembleia da República em funções desde a dissolução pelo Presidente da República, após o chumbo da proposta de Orçamento do Estado do Governo de António Costa. O dossiê das alterações à “lei da Uber” só será, por isso, aberto e (espera-se) fechado na próxima legislatura, após as eleições de 30 de janeiro.

“Qualquer alteração à lei que possa daí vir a ocorrer, deverá ser sustentada na avaliação vertida no relatório final. Quaisquer alterações de leis são matéria da competência da Assembleia da República e/ou carecem de autorização legislativa para o efeito da parte da mesma”, confirmou fonte oficial do IMT.

Por responder ficaram outras questões do ECO, incluindo quais os pontos da lei atualmente em vigor que devem merecer a atenção dos deputados. Todavia, declarações recentes da líder da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT, não confundir com IMT), Ana Paula Vitorino, publicadas pelo Jornal de Negócios em dezembro, colocaram a descoberto algumas das preocupações das entidades competentes.

Na entrevista, Vitorino afirmou que a atividade dos “Ubers” precisa de “um maior nível de fiscalização por parte de todas as entidades competentes”, apesar de admitir que “as alterações legislativas não serão, por si só, suficientes para uma melhoria” deste segmento do setor dos transportes. “Uma alteração legislativa, que se impõe, a qual só terá eficácia se for acompanhada de uma maior fiscalização”, acrescentou a responsável, que também vê necessidade no aperto da fiscalização dos contratos celebrados com os motoristas.

Dias depois destas declarações, o Dinheiro Vivo publicou declarações de fonte oficial do Ministério do Ambiente e da Ação Climática, que tutela esta área, confirmando que “o IMT no final do mês de novembro informou” o Governo de que estava “a concluir” o relatório em apreço. Nessa altura, o jornal também já dava conta do atraso.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 19 Janeiro 2022

O INE revela como evoluíram as taxas de juro implícitas no crédito à habitação em dezembro, enquanto a IGCP realiza dois leilões de Bilhetes do Tesouro para arrecadar até 1,5 mil milhões de euros.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga a evolução das taxas de juro implícitas no crédito à habitação em dezembro, ao mesmo tempo que publica a Síntese Económica de Conjuntura relativa a dezembro, reunindo indicadores da procura, da produção, do rendimento e dos preços. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) realiza dois leilões de Bilhetes do Tesouro (BT) com um montante indicativo global até 1,5 mil milhões de euros, enquanto o Eurostat dará a conhecer os dados da produção na construção em novembro e do consumo de energias renováveis na União Europeia em 2020.

IGCP realiza dois leilões de BT para arrecadar até 1,5 mil milhões

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) realiza, pelas 10h30, dois leilões de Bilhetes do Tesouro (BT), com maturidades em 22 de julho de 2022 e 20 de janeiro de 2023 e um montante indicativo global até 1,5 mil milhões de euros. Na semana passada, Portugal colocou 3.000 milhões de euros em Obrigações do Tesouro a 20 anos.

INE vai medir o pulso à economia

Numa altura em que o ministro das Finanças, João Leão, avisa que é preciso estar vigilante em relação à inflação, o Instituto Nacional de Estatística (INE) publica a Síntese Económica de Conjuntura com os dados da evolução da procura, da produção, do rendimento e dos preços relativos a dezembro. O índice de preços na produção industrial subiu 19,9% em dezembro, face ao mês homólogo de 2020, refletindo o aumento dos preços das matérias-primas, enquanto a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC), também conhecida como inflação, se fixou em 2,7% no último mês de 2021.

Como evoluem os juros da habitação?

Esta quarta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga a evolução das taxas de juro implícitas no crédito à habitação em dezembro. As estatísticas de novembro mostraram uma subida dos juros pelo segundo mês consecutivo, para 0,807%. Considerando apenas o financiamento para “aquisição de habitação”, que é o mais relevante, a taxa fixou-se em 0,821%, um aumento face a outubro.

Produção na construção na UE e Zona Euro

Também esta quarta-feira o Eurostat revela os indicadores da produção na construção na Zona Euro e na União Europeia (UE) referentes ao mês de novembro. De acordo com o gabinete estatístico europeu, Portugal teve a terceira maior quebra mensal no conjunto dos 27 Estados-membros em outubro, enquanto a Zona Euro e a UE tiveram avanços homólogos de 4,4% e 4,2%, respetivamente.

Qual o consumo de energia renovável na UE em 2020?

Ainda esta quarta-feira, o gabinete de estatísticas da União Europeia (UE) divulga os dados do consumo de energia renovável no bloco comunitário relativos a 2020. Em 2019, as energias renováveis representavam 19,7% da energia consumida no conjunto dos 27 Estados-membros, apenas 0,3% abaixo da meta de 20% para 2020. A quota de energia proveniente de fontes renováveis utilizada em atividades de transporte na UE atingiu 8,9% em 2019.

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65% dos gestores antecipam regresso a modelo de trabalho pré-pandemia

Ao mesmo tempo que os gestores preveem um regresso a modelos pré-Covid, admitem uma redução do espaço dos escritórios. Há ainda dúvidas sobre o funcionamento dos modelos híbridos no futuro.

As notícias da morte do escritório poderão ser manifestamente exageradas. Mais de metade dos gestores sénior do setor das infraestruturas antecipa um regresso aos padrões de permanência no escritório que vigoravam na maioria das empresas antes de 2020. Ao mesmo tempo, 59% dos gestores afirma que a sua organização está a reduzir o espaço de escritório, fruto da pandemia. Cerca de dois anos depois a viver sob a nuvem da Covid-19 ainda não é claro para as lideranças a forma como os modelos híbridos poderão funcionar a longo prazo, e num cenário pós-pandemia, revela um estudo da Siemens.

“Cerca de 59% dos proprietários e ocupantes de edifícios afirmam que, com a pandemia, a sua organização está, de alguma forma, a reduzir as suas necessidades de espaço de escritório. Não obstante, os edifícios continuarão a ter um papel central no comércio e na indústria após a pandemia, tanto em termos físicos como figurativos”, revela a Siemens, no recente estudo “A New Space Race”.

O regresso ao “antigo” normal pode ser mais provável do que o esperado: dois terços (65%) dos proprietários e ocupantes de edifícios inquiridos afirmam que, terminada a pandemia, os colaboradores da sua organização retomarão os padrões de permanência em escritórios/instalações existentes antes de 2020.

“Ouvimos muitas conversas nos últimos 18 meses sobre a morte do escritório, mas o feedback que estamos a receber dos nossos clientes é que o escritório continuará a ser o centro do ecossistema do trabalho”, diz Jeremy Kelly, research director da JLL, citado no estudo da Siemens.

Fonte: “A New Space Race”, Siemens

Mas há o outro lado da moeda. A crise sanitária fez também com que as pessoas mudassem, e muitos trabalhadores não pretendem abrir mão da flexibilidade laboral que experimentaram desde o início da pandemia.

“Há mudanças bastante fundamentais nas ideias das pessoas em torno do trabalho e do local a partir do qual querem trabalhar, bem como em torno do equilíbrio entre trabalho e vida e do que significa ter uma boa vida”, comenta Kerstin Sailer, professora de sociology of architecture na Bartlett School of Architecture, da University College London, e cofundadora da Brainybirdz.

Modelos híbridos? “Há muita opinião, mas poucos dados”

Embora muitos gestores acreditem mesmo que os modelos de trabalho híbrido oferecerão o melhor equilíbrio para o futuro do trabalho, defendem também que levará algum tempo a encontrar as soluções mais eficazes para dar resposta às necessidades das diversas indústrias, empresas e culturas. Quase dois anos a viver em contexto de pandemia, ainda não é claro para as lideranças a forma como estes modelos poderiam funcionar ou quão eficazes seriam nas várias indústrias, empresas e culturas.

“Todos falam sobre o escritório híbrido. Há muita opinião, mas poucos dados. Como resultado, há muitos mitos em torno do quanto precisamos de regressar ao escritório, e em torno do que é possível ou não ser remoto”, continua Kerstin Sailer.

A docente acredita que as empresas devem utilizar uma abordagem de tentativa e erro, em vez de pensarem que podem otimizar imediatamente um novo modelo de trabalho. “Neste momento, é difícil acertar porque temos muito pouca experiência.”

74% diz que reorganização de escritório atrai talento

Com várias empresas pelo mundo a fazerem uma reorganização do escritório, em que se faz pleno uso da tecnologia e se tenta criar um espaço híbrido, que responda às necessidades de todo o tipo de trabalhadores, Jeremy Kelly e Kerstin Sailer consideram que é provável que a rápida otimização de novos espaços e modelos traga a vantagens significativas para as organizações a outros níveis.

Mas até que ponto até que ponto e que tipo de benefícios pode trazer a reorganização dos escritórios? A atração de talento de topo é a principal vantagem, referida por 74% dos gestores inquiridos pela Siemens, sendo que 42% deles acreditam mesmo que redefinir o espaço de trabalho tem um forte e significativo impacto na atração de talento de topo, seguindo-se o bem-estar dos colaboradores (38%) e na produtividade (37%).

Já no que toca à redução do absentismo e à retenção do melhor talento, ainda que sejam também considerados aspetos impactados positivamente, os líderes não são tão otimistas. Defendem que a reorganização dos espaços de trabalho terá um impacto mais moderado nestes temas.

Fonte: “A New Space Race”, Siemens

“Os arquitetos têm de pensar na saúde e no bem-estar dos colaboradores. Veremos o escritório do futuro muito mais centrado na colaboração do que antes. É sobre conectividade, é sobre engagement, é sobre socialização…”, comenta o research director da JLL.

Digitalizar edifícios

Independentemente dos modelos em que as companhias decidam operar, digitalizar os edifícios terá de ser uma prioridade. “Os edifícios precisam de ser mais digitalizados para suportarem maior capacidade de resposta, melhores sistemas de monitorização e de gestão de saúde, assim como maior flexibilidade para lidar com confinamentos e outros fenómenos disruptivos”, considera a tecnológica.

Entre os proprietários e ocupantes de edifícios inquiridos considerou-se mesmo que a adaptabilidade futura é o atributo mais importante — e também o mais difícil de concretizar — na conceção de novos edifícios ou instalações.

“No futuro, os edifícios serão muito mais digitais. Um gestor de infraestruturas será capaz de automatizar e controlar remotamente um maior número de funcionalidades”, afirma Matthias Rebellius, CEO da Siemens Smart Infrastructure Rebellius.

O estudo “A New Space Race” foi feito com base nas entrevistas realizadas em dez países a mais de 500 gestores seniores de diversas áreas relacionais com infraestruturas.

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Detetada outra linhagem da variante Ómicron em Portugal

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2022

A variante Ómicron continua a ser dominante em Portugal, com o INSA a estimar que seja responsável por 93% dos casos identificados no país. Além disso, foi detetada uma nova linhagem desta variante.

A variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 é responsável por 93% das infeções em Portugal e uma outra linhagem foi detetada com características genéticas semelhantes, anunciou esta terça-feira o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

“Desde 6 de dezembro, tem-se verificado um elevado crescimento na proporção de casos prováveis da variante Ómicron, tendo atingido uma proporção estimada máxima (93%) entre os dias 7-9 de janeiro”, refere o relatório do INSA sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2, que provoca a Covid-19.

Segundo o documento, aquando da identificação da Ómicron (BA.1) em meados de novembro de 2021, foi detetada uma outra linhagem (BA.2) com várias características genéticas semelhantes entre si e que apresentam um “excesso” de mutações na proteína `spike´, muitas delas partilhadas.

De acordo com o INSA, a linhagem BA.2 já foi detetada em vários países, destacando-se a sua crescente proporção entre as sequências genómicas reportadas recentemente pelo Reino Unido e Dinamarca.

A monitorização em tempo-real da falha na deteção do gene S (SGTF – S gene target failure) é um dos critérios laboratoriais utilizados para identificar casos suspeitos de variante Ómicron.

Tendo em conta o decréscimo de cerca de 10% na proporção de amostras positivas SGTF na última semana em Portugal e a “recente emergência da linhagem BA.2” em vários países, o INSA solicitou ao laboratório Unilabs a pesquisa dirigida de mutações num conjunto de amostras positivas sem perfil SGTF que tinham sido identificadas naquele laboratório.

“Estes ensaios preliminares revelaram perfis mutacionais compatíveis com a linhagem BA.2, sugerindo que o decréscimo na proporção de amostras positivas SGTF poderá dever-se, pelo menos parcialmente, a um aumento de circulação desta linhagem em Portugal”, avança o relatório.

A linhagem BA.2 foi já detetada em amostragens aleatórias por sequenciação de 27 de dezembro a 2 de janeiro, representando pelo menos uma introdução no Algarve. “Os próximos dias permitirão aferir a evolução da frequência relativa da linhagem BA.2 em Portugal, bem como a sua dispersão por região”, refere ainda o INSA.

No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2 que o INSA realiza, têm sido analisadas uma média de 519 sequências por semana desde o início de junho de 2021, provenientes de amostras colhidas aleatoriamente em laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 132 concelhos por semana.

A Covid-19 provocou 5.543.637 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.380 pessoas e foram contabilizados 1.950.620 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde. A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.

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Subida das taxas de juro atira Wall Street para o vermelho

As bolsas de Nova Iorque terminaram a sessão em forte baixa, com o setor tecnológico a ser o mais penalizado pela subida das taxas de juro das obrigações do Tesouro norte-americanas.

Os principais índices norte-americanos terminaram a sessão desta terça-feira em baixa. O setor da tecnologia esteve entre os mais penalizados, na sequência da subida das taxas de juro das obrigações do Tesouro dos Estados Unidos.

O S&P 500 cedeu 1,91%, para 4.573,60 pontos, enquanto o industrial Dow Jones recuou 1,54%, para 35.357,31 pontos. Ao mesmo tempo, o tecnológico Nasdaq desvalorizou 2,61%, para 14.505,65 pontos.

A condicionar o desempenho dos mercados acionistas esteve a subida dos juros da dívida norte-americana, com a taxa das obrigações a 2 anos a subir acima de 1% pela primeira vez desde fevereiro de 2020.

Perante a subida dos juros da dívida, os títulos ligados ao setor tecnológico estiveram entre os mais penalizados, levando os investidores a preferir ações de setores cíclicos. A título de exemplo, a Apple caiu 1,89% para 169,80 dólares, a Netflix recuou 2,83% para 510,80 dólares e a Amazon perdeu 1,99% para 3,178.35 dólares.

Em contrapartida, ainda pelo setor tecnológico, a Activision Blizzard esteve entre as mais beneficiadas, com os títulos a subirem 25,88% para 82,31 dólares, depois de a Microsoft ter revelado que chegou a um acordo para adquirir a empresa que desenvolve os populares videojogos Call of Duty, por 69 mil milhões de dólares.

Além disso, as pressões inflacionistas continuam no centro das preocupações, num dia em que os preços do petróleo tocaram máximos de sete anos. A subida dos preços do “ouro negro” é explicada pelos analistas com os receios de quebras na produção de petróleo, na sequência de um ataque do grupo Houthi do Iémen nos Emirados Árabes Unidos, aumentando as hostilidades entre o grupo alinhado com o Irão e a coligação liderada pela Arábia Saudita.

Nesse contexto, as cotadas ligadas ao setor petrolífero estiveram entre as mais beneficiadas. A Exxon Mobil avançou 1,68% para 73,08 dólares, enquanto a Chevron somou 0,38% para 129,45 dólares.

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Sindicato da Carris rejeita aumento de salário de 10 euros

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2022

O sindicato da Carris reivindica uma subida semelhante à ocorrida no salário mínimo nacional (40 euros).

O Sindicato Nacional dos Motoristas e Outros Trabalhadores (SNMOT) rejeitou esta terça-feira um aumento salarial de 10 euros apresentado pela administração da Carris e reivindica uma subida semelhante à ocorrida no salário mínimo nacional (40 euros).

A administração da Carris iniciou esta terça com os sindicatos representativos dos trabalhadores a negociação para o Acordo de Empresa para 2022 e as atualizações salariais.

No final da reunião, em declarações à agência Lusa, Manuel Oliveira, do SNMOT, referiu que a administração da Carris “manifestou uma postura contraditória”, uma vez que “alegou que ainda não tinha o orçamento aprovado”, mas apresentou uma proposta “insatisfatória” (aumento de 10 euros).

“A reunião decorreu de uma forma confusa e contraditória. Primeiro [a administração] faz uma resenha da realidade da Carris, relativamente aos passageiros transportados e receitas e também ao facto de não ter orçamento aprovado. No final apresenta uma proposta para atualização salarial. Ora, se não tem orçamento é sinal que não sabe o que pode vir a ter para apresentar como tabela salarial”, observou.

O SNMOT defende, pelo menos, um aumento semelhante àquele que ocorreu com o salário mínimo nacional, de 40 euros (6%). “Nós queremos o aumento, mais do que justo, na Carris. Queremos contribuir para que o aumento médio do salário em Portugal possa subir em consonância com as declarações do nosso primeiro-ministro (António Costa) e do dr. Rui Rio”, argumentou.

Em discussão nesta reunião estiveram também as propostas da Câmara Municipal de Lisboa relativas a desconto no estacionamento para residentes e a gratuitidade nos transportes públicos para jovens e idosos, medidas que levantam muitas reservas aos sindicatos.

Em causa está o cumprimento de uma promessa eleitoral da coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança, liderada pelo agora presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, que ganhou as eleições autárquicas de setembro passado, e que visa garantir passes gratuitos para os transportes públicos dentro da cidade a qualquer menor de idade, estudantes até aos 23 anos e pessoas com mais de 65 anos.

Outras das promessas eleitorais da candidatura de Moedas que avançam este ano são os descontos de 50% no estacionamento em toda a cidade para os residentes em Lisboa.

“Eu disse à administração da Carris que jamais autorizarei que estas medidas sejam implementadas pela Câmara de Lisboa à custa dos trabalhadores da Carris. Não irão ser os trabalhadores a custear estas medidas, nomeadamente a gratuitidade do acesso ao transporte público e os descontos no estacionamento”, sublinhou.

A Lusa contactou fonte oficial da Carris para obter uma reação da administração, mas não obteve resposta.

Entretanto, Manuel Oliveira avançou que está agendada para sexta-feira uma reunião entre alguns sindicatos da Carris para se fazer um balanço da reunião e “discutir a eventualidade de se ouvirem os trabalhadores” num plenário geral centralizado.

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Governo adia conferência de imprensa sobre voto dos eleitores em isolamento

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2022

A conferência de imprensa de Van Dunem, Lacerda Sales e Graça Freitas foi adiada uma vez que o parecer da PGR sobre o voto de eleitores em isolamento não foi entregue.

A conferência de imprensa da ministra da Administração Interna sobre o voto dos eleitores em isolamento devido à covid-19 prevista para esta terça-feira foi adiada porque o parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR) não chegou.

Ao meio da tarde, o Ministério da Administração Interna (MAI) anunciou que Francisca Van Dunem daria, cerca das 19:00, uma conferência de imprensa sobre o voto dos eleitores em isolamento com a presença do secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Antero Luís, e da Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas.

Mais de uma hora depois os assessores de imprensa do MAI avisaram os jornalistas de que a conferência de imprensa tinha sido adiada porque o parecer do Conselho Consultivo da PGR não tinha chegado.

Segundo fonte do MAI, o Conselho Consultivo da PGR reuniu-se esta terça-feira e deliberou sobre o parecer, mas o documento ainda não chegou às mãos do Governo.

A nova conferência de imprensa ainda não tem nova data marcada.

O Governo pediu um parecer ao conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República para saber se o isolamento no quadro da covid-19 impede o exercício do direito de voto ou se poderá ser suspenso para esse efeito.

Em 10 de janeiro, a ministra da Administração Interna disse que o parecer urgente pedido pelo Governo à PGR “versa sobre duas dimensões específicas”: “A forma de compatibilizar direitos constitucionais que são aqui conflituantes, por um lado, o direito ao sufrágio, depois, por outro lado, a proteção da saúde pública”.

“Uma segunda dimensão: o de saber se no exercício do direito que tiver preponderância se pode ou não haver algumas limitações e, em caso afirmativo, quais“, acrescentou. O Governo aguarda assim por este parecer para tomar “as iniciativas adequadas”.

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Búlgara LEV Ins quer iniciar atividade seguradora em Portugal

  • António Ferreira
  • 18 Janeiro 2022

Fundada em 1996 e controlada pelo grupo Lev Corporation, a seguradora tem suporte de investidores israelitas. Lidera em não-Vida na Bulgária e está a estender operação aos mercados UE.

A entidade de supervisão de seguros da Bulgária notificou a congénere de Lisboa sobre as intenções da companhia. Os planos da Lev Ins para Portugal visam exercício de atividade em regime de livre prestação de serviços (LPS), abrangendo seguros de ramos não-Vida, entre os quais Acidentes, Automóvel, Incêndio e outros danos gerais, conforme os códigos indicados na página do regulador búlgaro.

A búlgara Financial Supervision Commission (FSC) já deu nota à Autoridade de Seguros (ASF) das intenções da LEV Ins DA (Lev Ins). Embora ainda sem registo publicado no portal do organismo português, a notificação da FSC à homóloga ASF já foi feita, assegura o portal de informação que acompanha atualidade económica na região do sudeste europeu SeeNews (conteúdo em inglês).

Fundada em 1996 e controlada pela Lev Corporation, a companhia tem suporte financeiro de investidores israelitas (Rahiti Meir Classic Ltd). Dinâmica na estratégia de crescimento, a seguradora diversifica carteira de produtos e soluções de cobertura e expande na UE. Em setembro de 2021, informação disponível no website do supervisor búlgaro indica que, além da Alemanha, a Lev Ins planeava estender operações à Lituânia, Letónia e Estónia. Em 2020 iniciou operação na Grécia e em Espanha, revela histórico da seguradora que tem Valentin Iliev como Diretor Executivo.

Segundo destaca na sua página eletrónica, a Lev Ins está a subir há cinco anos consecutivos no ranking das maiores da região sudeste da Europa, posicionando-se 16ª entre as 100 maiores de 2020, conforme a lista produzida pela plataforma SeeNews. De acordo com a estatística do regulador búlgaro, a companhia detinha uma quota superior a 13% nos seguros de não-Vida, posicionada como a maior por volume de prémios emitidos no final do 3º trimestre de 2021.

Nos primeiros nove meses de 2021, o mercado búlgaro ultrapassou um equivalente a 1,2 mil milhões de euros em volume bruto de prémios de seguro, apontando crescimento de 12,7% face ao homólogo do ano anterior. O setor de não Vida, largamente mais representativo na estrutura do mercado, progrediu 9%, enquanto o volume bruto de prémios de Vida avançou 34%.

Lev Ins é líder local em não-Vida com quota superior a 12%, enquanto a Allianz Bulgaria Life dominava no negócio de Vida, com participação a corresponder a cerca de um terço do mercado (31%).

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