Conversas sobre propriedade intelectual: a força das marcas para as empresas nacionais

  • ECO
  • 10 Janeiro 2022

Como é que as empresas portuguesas pensam, constroem e protegem as suas marcas? É este o mote para a 2ª sessão do ciclo "À Conversa sobre Propriedade Intelectual".

Depois de um primeiro debate sobre o papel da inovação na retoma da economia, a Associação Internacional para a Proteção da Propriedade Intelectual (AIPPI) e a Associação Portuguesa dos Consultores em Propriedade Intelectual (ACPI) dinamizam uma nova sessão no âmbito do ciclo “À Conversa sobre Propriedade Intelectual”, em parceria com o ECO, com objetivo de debater a temática da propriedade intelectual e as várias áreas do quotidiano a que se aplica.

Esta 2ª conversa tem como tema “A força das marcas para as empresas nacionais”, a qual pode assistir aqui

As empresas portuguesas preocupam-se com as suas marcas? Têm políticas de proteção e promoção das suas marcas? Quando pensam nas suas marcas, têm horizontes de longo prazo e de internacionalização? Qual a força das marcas portuguesas? Como se constrói, consolida e afirma uma marca? Serão as marcas ativos intangíveis das empresas? Estas e outras questões são abordadas no debate, que conta com a participação de Carlos Coelho, da Ivity, Nuno Fernandes Thomaz, da Centromarca, António Trigueiros de Aragão, da AIPP, e Ana de Sampaio, da ACPI. A moderação é de André Veríssimo, redator principal do ECO.

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SRS Advogados assessora grupo JP Sá Couto

A equipa da SRS Advogados foi liderada por Nuno Miguel Prata, sócio do departamento de Corporate Finance, e contou ainda com a colaboração de outros departamentos.

A SRS Advogados assessorou o grupo JP Sá Couto na alienação do negócio da distribuição de computadores e outros equipamentos informáticos à empresa cotada suíça ALSO Holding AG.

“Trata-se de um asset deal, sendo ainda necessária a respetiva aprovação por parte da Autoridade da Concorrência, bem como a verificação de um conjunto de outras conditions precedent“, refere a firma.

Com esta alienação do negócio da distribuição, o Grupo JP Sá Couto mantém o negócio da educação. Devido à complexidade da operação, a equipa da SRS Advogados foi liderada por Nuno Miguel Prata, sócio do departamento de Corporate Finance, e contou ainda com a colaboração de outros departamentos.

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Cerca de 220 mil docentes e não docentes vão ser testados

O ministro da Educação não se compromete com regresso ao ensino online, mas assegura que o reforço da vacinação e testagem cria “mais condições para que resto do ano letivo seja presencial”.

O ministro da Educação revelou esta segunda-feira que a ronda de testagem nas escolas para marcar o arranque do 2.º período letivo vai abranger cerca de 220 mil docentes e não docentes e não se compromete com uma nova ronda de testes nas escolas.

“Juntamente com as direções das escolas também muitas vezes em colaboração com as autarquias pudemos, no início do ano, fazer um varrimento a toda a unidade educativa e a DGS em função dos tempos de vacinação disse-nos que era importante testarmos agora”, começou por explicar Tiago Brandão Rodrigues, numa visita a uma escola de Felgueiras, em declarações transmitidas pela RTP3. Assim, durante as próximas duas semanas, cerca de de 220 mil docentes e não docentes serão testados “um pouco por todo o país”.

Não obstante, o ministro da Educação não se compromete com uma nova ronda de testes nas escolas, referindo que, atualmente, há um programa de testagem que permite a realização de quatro testes gratuitos por utente por mês. “Nunca nos podemos esquecer que temos quatro testes gratuitos nas farmácias locais, um pouco por todo o país. E dessa articulação podem também os pais, as escolas e as autarquias fazerem parcerias com as farmácias, para aumentarem a testagem”, afirmou.

Questionado sobre um eventual regresso ao ensino online, o responsável afirma que “ninguém arrisca dizer o que quer que seja sobre o futuro”, mas sublinha que o reforço da testagem e da vacinação para docentes e não docentes, bem como a vacinação das crianças entre os cinco e os 11 anos cria “mais condições para o que resto do ano letivo seja presencial”. “A escola presencial é aquela que conta”, sublinha Tiago Brandão Rodrigues.

Quanto ao protocolo que será seguido para as crianças vacinadas e não vacinadas, o ministro da Educação salienta que esta é uma decisão que cabe à Direção-Geral da Saúde (DGS), mas sublinha que o que ficou definido é que “agora quem irá para casa serão os casos positivos e os possíveis coabitantes”, independentemente do “nível de vacinação dos alunos ou dos adultos”. ” Todos os outros farão as testagens que as autoridades de saúde decidirem, mas isto muda completamente o paradigma”, conclui.

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Ómicron deixa sistemas de saúde europeus sob pressão

Apesar da menor severidade da doença provocada pela Ómicron, o aumento de casos e o número de profissionais em isolamento gera dificuldades nos sistemas de saúde europeus.

Com a rápida disseminação da nova variante do coronavírus, nomeadamente durante o período das festas, os sistemas de saúde europeus estão de novo sob pressão. E Portugal não é exceção apesar da menor gravidade da Ómicron. Apesar de ainda não ter sido atingido o pico de infeções, o Reino Unido, por exemplo, está a celebrar acordos com os privados.

 

A nova variante tem apresentado um risco menor de doença grave ou hospitalização, segundo mostram os estudos, mas mesmo assim continuam a existir mais doentes com Covid-19 e menos profissionais para os tratar, devido aos períodos de isolamento da doença. Face a este cenário, os sistemas de saúde em países como Espanha, Reino Unido e Itália estão a enfrentar dificuldades, avança a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Em Espanha, a pressão sobre o sistema de saúde fez com que, no penúltimo dia de 2021, as autoridades da região nordeste de Aragão autorizassem a reincorporação de médicos e enfermeiros reformados (uma medida que também chegou a ser implementada em Portugal). “O aumento exponencial de casos significa que a atenção primária não pode realizar as tarefas de rastreamento de contactos e campanha de vacinação de forma adequada, nem as atividades normais”, disseram as autoridades em comunicado.

Já por Inglaterra, começaram a ser enviados militares para apoiar hospitais que enfrentam falta de pessoal e pressões extremas. Além disso, o serviço nacional de saúde britânico (NHS, na sigla em inlgês) fez um acordo de três meses com os privados que possibilita que os hospitais usem meios privados, para evitar atrasos no tratamento de pacientes com doenças como o cancro, segundo o The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

O problema da falta de profissionais de saúde, por estarem infetados, é agravado em Itália devido às regras que ditam a suspensão de médicos, enfermeiras e pessoal administrativo que não está vacinado contra a Covid-19. Pelos Países Baixos, os hospitais estarão a ponderar mudar as regras de quarentena para que funcionários infetados que não têm sintomas possam ir trabalhar.

Em Portugal, as regras do isolamento já mudaram, também para fazer face aos constrangimentos que causava (nomeadamente tendo em conta a ida às urnas a 30 de janeiro) mas também perante a menor severidade da doença. Agora, o isolamento passa a ser obrigatório apenas para quem esteja positivo à Covid-19 ou no caso de coabitantes.

Quanto ao Serviço Nacional de Saúde, ainda não soaram os alertas em Portugal, mas já se anteveem sinais de pressão, segundo o último relatório da DGS e do INSA com a monitorização das linhas vermelhas para a Covid-19. “A pressão nos serviços de saúde e o impacto na mortalidade são elevados, com tendência crescente nas hospitalizações”, lê-se no documento, que acrescenta ainda que, “dado o rápido aumento de casos, mesmo tendo em consideração a menor gravidade da variante Ómicron, é provável um aumento de pressão sobre o todo o sistema de saúde e na mortalidade, recomendando-se a manutenção de todas as medidas de proteção individual e a intensificação da vacinação de reforço”.

De acordo com o mais recente boletim da Direção-Geral de Saúde (DGS), há 1.449 internados com Covid-19 em Portugal, dos quais 150 em unidades de cuidados intensivos.

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Capacidade de financiamento da economia aumenta para 0,6% do PIB

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2022

A capacidade de financiamento da economia portuguesa melhorou para 0,6% do PIB, resultado das reduções das necessidades de financiamento das empresas não financeiras e das administrações públicas.

A economia portuguesa melhorou, no ano acabado em setembro de 2021, a capacidade de financiamento para 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal.

Segundo o banco central, “este resultado reflete as capacidades de financiamento dos particulares e das sociedades financeiras (respetivamente de 4,9% e 1,6% do PIB) que, em conjunto, excederam as necessidades de financiamento das administrações públicas e das sociedades não financeiras (de 3,9% e 2,1% do PIB)“.

Face a setembro de 2020, a capacidade de financiamento da economia portuguesa aumentou 0,4 pontos percentuais, um aumento justificado quer pelas reduções das necessidades de financiamento das empresas não financeiras e das administrações públicas quer pelas diminuições das capacidades de financiamento das empresas financeiras e dos particulares.

Já face ao segundo trimestre, a capacidade de financiamento da economia portuguesa aumentou 0,3 pontos percentuais do PIB.

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Volume de negócios na indústria cresce 16,6% em novembro

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2022

O índice de volume de negócios na indústria cresceu 16,6% em novembro, face ao mesmo mês de 2020, com os bens intermédios a acelerar 26,1% e a dar o contributo mais expressivo do índice total.

O índice de volume de negócios na indústria registou um aumento nominal de 16,6%, em novembro, face ao mesmo mês de 2020, o que traduz uma aceleração de 5,1 pontos percentuais face a outubro, divulgou esta segunda-feira o INE.

De acordo com os dados recolhidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o índice de vendas para o mercado nacional cresceu 10,8% em novembro (9,4% no mês anterior) e contribuiu com 6,2 pontos percentuais (5,4 em outubro) para a variação do índice total.

Já as vendas para o mercado externo cresceram 9,9 pontos percentuais, para 24,4% em novembro, dando um contributo de 10,4 pontos percentuais para o índice (6,1 no mês anterior).

Volume de Negócios na Indústria

Fonte: INE Valores: Taxa de variação homóloga (%) e contributos (p.p.) por mercado

Numa análise por agrupamentos industriais, os bens intermédios aceleraram 11,3 pontos percentuais, para 26,1%, e deram o contributo mais expressivo (8,9 pontos percentuais), para a variação do índice total.

Por sua vez, os bens de consumo tiveram o segundo maior contributo, 4,1 pontos percentuais, resultante do crescimento de 14,5% (6% em outubro), enquanto os bens de investimento passaram de uma redução de 13,1% em outubro para um aumento de 8,3% em novembro, contribuindo com 1,6 pontos percentuais para o índice total.

Por fim, o agrupamento da energia desacelerou 26,6 pontos percentuais, registando uma variação de 11% e um contributo de 2,1 pontos percentuais para a variação agregada.

Em novembro de 2021, a variação mensal do índice do volume de negócios na indústria foi de 3,6%, face a -1,0% registado em novembro de 2020.

No mês em análise, as vendas na indústria com destino ao mercado nacional registaram um aumento de 10,8%, mais do que os 9,4% observados no mês anterior, com os agrupamentos de bens intermédios e de bens de consumo a apresentarem os contributos positivos mais relevantes (6,9 e 4,6 pontos percentuais, respetivamente).

Já os bens de investimento passaram de uma variação de -8,3% em outubro para 6,8% em novembro, e contribuíram com 0,7 pontos percentuais, enquanto a energia apresentou uma contração de 5%, após o aumento de 15,1% no mês anterior, tendo contribuído com -1,4 pontos percentuais para o índice agregado.

Em novembro, o índice de vendas na indústria para o mercado nacional apresentou uma diminuição mensal de 0,9%, menos intensa em 1,3 pontos percentuais do que a observada em novembro de 2020.

para o mercado externo, o índice de vendas na indústria acelerou 9,9 pontos percentuais, para uma taxa de variação homóloga de 24,4%, com os agrupamentos de bens intermédios e de energia a darem os contributos mais expressivos (11,5 e 6,7 pontos percentuais, respetivamente).

Por sua vez, os bens de investimento passaram de uma redução de 15,5% em outubro para um crescimento de 9,0% em novembro, do qual resultou um contributo de 2,7 pontos percentuais, com destaque para o segmento de fabricação de veículos automóveis, reboques, semirreboques e componentes para veículos automóveis, com um aumento de 6,1%, após a diminuição de 22,8% em outubro.

Em novembro, as vendas na indústria para o mercado externo tiveram um aumento de 9,4%, em termos mensais, face aos 0,7% em novembro de 2020.

Por fim, em novembro, as variações homólogas dos índices de emprego, de remunerações e de horas trabalhadas situaram-se em 2,1%, 5,7% e 3,6% (1,5%, 4,2% e -0,7% em outubro), respetivamente.

O emprego, as remunerações e as horas trabalhadas apresentaram crescimentos mensais de 1,1%, 36,9% e 1,5% em novembro (variações de 0,5%, 35,0% e -2,7% em igual período de 2020, pela mesma ordem).

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Economia da UE reduziu 24% as emissões poluentes desde 2008

  • Joana Abrantes Gomes
  • 10 Janeiro 2022

A atividade económica na UE gerou 3,5 mil milhões de toneladas de CO2 equivalente em 2020, uma redução de 24% face a 2008. A responsável pela maioria das emissões foi a indústria transformadora.

Em 2020, as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) geradas pelas atividades económicas na União Europeia (UE) diminuíram 9% face a 2019, tendo registado 3,5 mil milhões de toneladas de CO2 equivalente, segundo os dados publicados esta segunda-feira pelo Eurostat.

Olhando para trás e para o primeiro ano de pandemia de Covid-19, com as empresas e indústrias paradas, as ruas desertas e as pessoas fechadas em casa, é fácil compreender estes números. Sofreu a economia, beneficiou o ambiente.

No entanto, comparando os valores de 2020 com os dados de 2008, o Eurostat dá conta de uma redução ainda mais acentuada nas emissões: no espaço de 12 anos a União Europeia está a emitir hoje menos 24% menos gases poluentes.

Para fazer estas contas às emissões anuais, são consideradas 64 atividades produtivas poluentes, incluindo os agregados domésticos. Todas estas atividades são depois agregadas em apenas seis atividades económicas principais.

Destas, a indústria transformadora foi aquela que emitiu mais gases com efeito de estufa em 2020, num total de 740 milhões de toneladas de CO2 equivalente, o que representa 21% da totalidade de emissões no bloco comunitário.

Segue-se a energia — eletricidade, gás, vapor e ar condicionado — que gerou 719 milhões de toneladas CO2 equivalente também correspondente a uma fatia de 21% do total de emissões.

Já as atividades dos agregados familiares, entre transporte, aquecimento e outros, foram responsáveis por 693 milhões do total de toneladas de CO2 equivalente emitidos na UE em 2020, o que equivale a 20% das emissões.

Entre 2008 (o primeiro ano de referência disponível) e 2020, a maior diminuição relativa de emissões de gases com efeito de estufa verificou-se no fornecimento de eletricidade, gás, vapor e ar condicionado (menos 41%), seguida da exploração mineira e pedreira (menos 38%) e da indústria transformadora (menos 27%).

O fornecimento de eletricidade, gás, vapor e ar condicionado registou também a maior diminuição absoluta de emissões poluentes, passando de 1,2 mil milhões de toneladas de CO2 equivalente em 2008 para 719 milhões de toneladas de CO2 equivalente em 2020, o que corresponde a uma redução de 497 milhões de toneladas de CO2 equivalente em 12 anos. A grande responsabilidade aqui deverá ser do desenvolvimento das energias renováveis na última década.

Já a indústria reduziu de mil milhões de toneladas CO2 equivalente para 740 milhões de toneladas, ou seja, em 2020 emitiu menos 276 milhões de toneladas de CO2 equivalente de face a 2008.

O setor doméstico teve a terceira maior redução absoluta, ao diminuir de 836 milhões de toneladas de CO2 equivalente para 693 milhões de toneladas de CO2 equivalente (menos 143 milhões de toneladas de CO2 equivalentes).

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Governo poderá recomendar horas específicas para quem está em isolamento poder votar

Voto antecipado a 23 de janeiro deverá ser reforçado para que, pelo menos, um milhão de eleitores votarem e o Governo poderá recomendar uma faixa horária para quem está em isolamento votar.

O Governo estima que cerca de 250 mil pessoas estejam em isolamento no dia das eleições, pelo que deverá recomendar uma faixa horária para que esses eleitores possam ir votar. Além disso, o voto antecipado a 23 de janeiro deverá ser reforçado, adiantou aos jornalistas o líder do Chega, no final do encontro esta segunda-feira com a ministra da Administração Interna.

Segundo André Ventura o “ideal seria que houvesse uma hora específica ou duas para as pessoas em isolamento, com sintomas ou sem sintomas” pudessem ir votar, contudo, para o efeito seria necessário mudar a lei eleitoral. “Portanto, o que provavelmente acontecerá é uma recomendação para que as pessoas em isolamento vão votar a uma determinada hora”, revelou o deputado único do Chega, em declarações transmitidas pela CNN Portugal.

Neste contexto, dependendo da decisão do Governo “haverá uma hora ou duas” recomendadas para que as pessoas em isolamento possam ir votar, o que significa que as pessoas que não estejam em isolamento poderiam ir também exercer o direito de voto nesse período horário. Já o deputado do PAN, Nelson Silva, precisou que a ideia é a população que não está em isolamento possa ir votar até às 17h00 e quem estiver em isolamento votariam depois. Mas para o deputado, ao contrário de André Ventura, “não está claro se os restantes portugueses podem votar nas mesmas horas”, e por isso o Governo está a aguardar o parecer da PGR sobre essa matéria.

A presença em simultâneo com eleitores em isolamento “tem de levar o Governo a especiais cuidados de modo a garantir que nas zonas de voto há condições de segurança sanitárias para que não haja um aumento de contágios naquele dia”, alertou ainda André Ventura.

Também o PCP vê com bons olhos que haja essa recomendação horária para pessoas em isolamento, defendendo que “não deve haver situações de imposição”. “Se se tratar apenas de uma recomendação às pessoas feita pela positiva e que não ponha em causa, naturalmente, o exercício de qualquer cidadão poder exercer o seu direito de voto durante todo o período em que as urnas estão abertas, ou seja, que isso não signifique nenhuma limitação de direitos para ninguém naturalmente que isso não terá a nossa oposição”, referiu António Filipe. Nesse contexto, os comunistas dizem que deve “atuar-se com serenidade” e explicar às pessoas que “direito de voto não comporta mais ou menos riscos” do que outras atividades do dia-a-dia.

Ao mesmo tempo, também o Bloco de Esquerda defende uma “diferenciação horária na votação do dia 30 e reforço do voto antecipado”, por forma a garantir que “o direito [de voto] inalienável seja assegurado para todas as pessoas”. Para o efeito, “isso implica uma alteração do estado de calamidade”, explicou a deputada bloquista Beatriz Gomes Dias.

Voto antecipado deverá ser reforçado

Assim, e tendo em conta que o Executivo prevê que entre 200 mil a cerca de 250 mil pessoas estejam em isolamento no dia das eleições, marcadas para 30 de janeiro, deverá também ser feito um reforço do voto antecipado para o dia 23 de janeiro, nomeadamente “do ponto de vista da multiplicação de espaços”. Nesse sentido, o presidente do Chega pede que seja criada uma “campanha de informação forte” para que as pessoas possam saber em que condições podem votar antecipadamente e por forma a “garantir que conseguimos chegar perto de 1 milhão de pessoas a votarem antecipadamente”, defendeu o deputado único do Chega.

Também o PSD defende que é “importante envolver a Comissão Nacional de Eleições (CNE) neste processo”, bem como os partidos e órgãos de soberania para que se faça uma “grande campanha junto dos eleitores” para que possam recorrer ao voto antecipado. “Se exercerem o seu direito de voto mais cedo, se vierem a estar confinados mais tarde já não têm problemas porque já exerceram o seu direito de voto“, resumiu o social-democrata Hugo Carneiro.

Perante as dificuldades que se colocam para assegurar o voto dos eleitores em isolamento, o PAN alerta que, no futuro, Governo, partidos e Assembleia da República devem prevenir estas situações. “Este tipo de pandemia não vai ser a única e vamos continuar a viver no futuro próximo, por isso, temos que nos saber adaptar a essas realidades”, disse Nelson Silva.

A Iniciativa Liberal também lamenta que o Governo não tenha preparado melhor estas questões. “A senhora ministra foi clara que foi feito um pedido de parecer e esse pedido de parecer pode chocar com qualquer solução que seja encontrada. A solução de iniciativa legislativa que permitiria alterações à lei eleitoral já passou e, portanto, temos apenas soluções administrativas. Essas soluções administrativas estão também dependentes de um parecer que de alguma forma podemos dizer que foi pedido tardiamente porque neste momento estamos em cima do ato eleitoral e ainda não temos essa resposta”, elencou Miguel Rangel.

Também à direita, o CDS-PP aponta que “o Governo continua a falhar nas previsões, na antecipação, no planeamento e corre atrás do prejuízo, sendo incapaz de prever algo que era evidente” e defende que devia ter sido feita uma alteração à lei eleitoral. “O CDS continua a achar que a solução ótima é fazer uma alteração à lei eleitoral que permita o desdobramento das eleições em dois dias”, sendo que, segundo o partido, a ideia era que o dia 29 fosse “alocado a todas as pessoas que estivessem em confinamento e o dia 30 para todos os eleitores gerais”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos, em declarações transmitidas pela RTP3. No entanto, tendo em conta a atual moldura constitucional, não é possível mexer na lei eleitoral.

Quanto à redução do período de isolamento, o líder do Chega defende que este seja reduzido para cinco dias tal como já acontece em vários países, bem como nos Açores e na Madeira, contudo, sublinha que “a DGS considera ainda que não é o momento de reduzir esse isolamento”.

Do lado do PEV, Mariana Silva defende que os transportes públicos devem ser reforçados, dado que “ao domingo é reduzido o horário dos transportes públicos”, para que “todos possamos fazer a nossa deslocação até às mesas de voto em segurança”, isto independentemente de vir a ser permitido que as pessoas em isolamento possam ir votar ou não.

(Notícia atualizada)

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Dinamarquesa Novo Nordisk investe 450 mil euros no novo escritório para promover a Nordisk Way

Farmacêutica renovou escritório na Quinta da Fonte para adaptar ao modelo híbrido de trabalho. Tem 65 colaboradores, dos quais 25 integraram a empresa nos últimos 12 meses.

A Novo Nordisk investiu cerca de meio milhão de euros na renovação do escritório em Portugal. A empresa dinamarquesa de cuidados de saúde quer um espaço adaptado ao “Novo Nordisk Way” — cumprindo o compromisso de sustentabilidade — e que responda ao modelo de trabalho flexível que vigora para os 65 colaboradores da farmacêutica desde a pandemia.

“A Novo Nordisk adotou um modelo híbrido, assente na confiança e focado nos resultados, que promove a flexibilidade para dar resposta às necessidades do negócio e de cada pessoa. Acreditamos que estarmos juntos no mesmo espaço representa uma enorme oportunidade para potenciar a nossa cultura, a inovação, a colaboração e para fortalecer as relações entre os colaboradores”, diz Anja Salehar, diretora-geral da Novo Nordisk Portugal, à Pessoas.

“Acreditamos que mais do que estipular dias ou percentagens de tempo no escritório, o que realmente importa é criar as condições e fomentar os momentos em que a presença física acrescenta valor, como, por exemplo, no caso das reuniões de equipas, sessões de geração de ideias, reuniões de coaching e de avaliação de desempenho, momentos de celebração, entre outros. Cabe ao gestor de cada equipa gerir o modelo de trabalho, considerando as necessidades do negócio e o contexto e necessidades de cada colaborador”, justifica ainda.

Num ano 25 novas contratações

“Acreditamos ainda, que este modelo flexível, que combina o trabalho presencial e virtual, é hoje um fator importante de atracão e retenção de talento“, argumenta.

Fundada em 1923 em Copenhaga, a Novo Nordisk é uma empresa global de cuidados de saúde, que emprega mais de 44.000 pessoas em 80 escritórios e comercializa os seus produtos em 170 países. Em Portugal, a empresa tem 65 colaboradores.

“A Novo Nordisk Portugal tem investido numa sustentável expansão da sua equipa, não só em número de profissionais mas também na aquisição de novas competências. Só nos últimos 12 meses, foram contratados 25 profissionais. Decorre agora o recrutamento de um Obesity Field Sales Manager e será iniciado em breve um novo processo de recrutamento para a função de Regulatory & Safety Manager“, adianta a diretora-geral.

Este ano a empresa lançou a segunda edição do programa “Hands On”, que “contará este ano com três fantásticos estagiários já selecionados, que integram durante os próximos 12 meses a equipa Novo Nordisk Portugal.”

Bem estar e sustentabilidade

Os novos colaboradores vão encontrar um renovado espaço na Quinta da Fonte pensado com um foco no bem estar dos colaboradores e na sustentabilidade.

“O novo escritório reflete duas grandes ambições: por um lado, a de vivermos cada vez mais o Novo Nordisk Way – o conjunto de princípios orientadores que sustentam todas as decisões que tomamos e definem a nossa cultura; por outro, a de cumprir o compromisso de sustentabilidade e implementar, em cada pequena decisão, a nossa estratégia ambiental Circular for Zero”, explica Anja Salehar, adiantando que a empresa investiu “cerca de 450 mil euros” nesta renovação.

O projeto levado a cabo pela Vector Mais — empresa portuguesa que desenvolve projetos de desenho e construção de espaços interiores de escritórios, hotéis, retalho e espaços de saúde, para clientes como a Microsoft, KPMG, Deloitte, Ritz Four Seasons, InterContinental ou Marriott — faz a ponte “entre o minimalismo nórdico e os tons quentes de Portugal”, privilegiando a “luz natural, as plantas e os materiais de qualidade”, descreve a empresa.

O espaço de trabalho contempla “três áreas que se complementam entre si: uma área de silêncio, onde o colaborador desempenha uma atividade individual e de total concentração; uma área dinâmica onde este desempenha uma atividade individual, mas com a possibilidade de interação com os colegas; e uma área de colaboração onde os utilizadores se reúnem informalmente para trabalhar em equipa”, descreve. Zonas lounge, phone booths e espaços de reunião informais estão distribuídos pelas três zonas.

“A criação de uma atmosfera estimulante e personalizada promove o bem-estar físico e mental dos utilizadores, fortalecendo os laços humanos e institucionais. Na nossa opinião, é o primeiro passo para os colaboradores adotarem, de uma forma natural, os objetivos e valores da empresa. A seu tempo irá refletir-se na produtividade, no presente faz-se sentir no empenho, na criatividade, e motivação das equipas”, refere Vera Lucena, designer de interiores da Vector Mais, citada em nota de imprensa.

“No caso da Novo Nordisk, a qualidade e a sustentabilidade foram os dois princípios orientadores de todas as decisões. A seleção de materiais e produtos foi feita de forma criteriosa, como sempre, mas ainda mais atenta. Do princípio, garantimos que a escolha recairia sobre fornecedores, nacionais e internacionais, que contassem uma história consciente de produção e esforço para alcançar uma economia circular”, refere ainda.

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Regionalização só terá sucesso se vantagens forem explicadas

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2022

Presidente da Câmara de Leiria defende que “sim” à regionalização será vencedor se explicadas as vantagens da regionalização num eventual referendo e eliminado o aumento da dívida e despesa pública.

O presidente da Câmara de Leiria considera que as vantagens da regionalização têm de ser explicadas num eventual referendo, para que o processo tenha sucesso, e apontou o mapa das atuais comissões de coordenação regional como o “mais pacífico”.

Em declarações à agência Lusa, o socialista Gonçalo Lopes afirmou que o “sim” à regionalização sairá vencedor “se, de facto, se conseguir explicar as virtudes deste modelo de organização, se se conseguir também eliminar o fantasma do aumento da dívida e do aumento da despesa pública inerente à criação destas novas unidades de organização do território”, a que acresce a definição do mapa.

O primeiro-ministro disse em 11 de dezembro de 2021, em Aveiro, no congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses, que em 2024 será dada “voz ao povo” sobre a regionalização, depois de no final de 2023 se avaliar o caminho feito em matéria de descentralização de competências.

António Costa (PS) adiantou que, nessa ocasião, haverá ainda condições para avaliar a capacidade de integração nas comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR) dos diferentes órgãos de administração desconcentrados do Estado.

No dia seguinte, no mesmo local, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, mostrou-se favorável à realização do referendo à regionalização em 2024 e exortou os partidos a colocarem as suas ideias sobre o processo à discussão nas eleições legislativas de dia 30.

O presidente do Município de Leiria salientou que o referendo é uma necessidade para clarificar a “vontade popular relativamente a este modelo de organização”, reconhecendo que poderia ter sido feito mais cedo, mas notando que “a necessidade de ultrapassar outras dificuldades mais prioritárias fez com que o processo de regionalização surja num momento em que se deram passos muito concretos numa outra área decisiva” para o seu sucesso, que é a descentralização.

“Depois de ultrapassada esta fase, que agora está a ser concretizada e que demorou três anos, estamos agora em condições de ter a maturidade suficiente para pensarmos numa nova unidade de organização administrativa no país”, destacou.

Para Gonçalo Lopes, “o processo de aproximação do poder de decisão aos territórios é sempre algo de positivo, seja através das autarquias, seja através das comunidades intermunicipais (CIM) ou através das regiões”.

À proximidade, soma-se a autonomia e a possibilidade de “tomar decisões com melhor eficácia e rapidez, combatendo aquilo que é um profundo centralismo que Portugal tem”, sublinhou, para acrescentar a coesão, “muito mais praticada” quanto mais próximo se estiver “da realidade dos territórios”.

Nesse sentido, “esta poderá ser uma oportunidade de melhorar essa aproximação do poder às populações.

Convicto de que o “sim” vai ganhar num referendo sobre a regionalização (em 1998, dos 4,1 milhões de votantes – num universo de 8,6 milhões de eleitores – 63,52% disseram “não” à pergunta “Concorda com a instituição em concreto das regiões administrativas?”), o autarca alerta que “a vontade dos portugueses participarem na decisão será tanto maior quanto mais afinada estiver a região onde os respetivos concelhos se irão encaixar”.

O mapa que mais segurança, mais pacífico que se apresenta, será o das atuais regiões-plano, das comissões de coordenação regional [Leiria integra a CCDR Centro]”, declarou o também presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, rejeitando perda de protagonismo das CIM.

Para Gonçalo Lopes, “nunca será uma futura região administrativa que irá substituir nem o papel das autarquias, nem o papel das comunidades intermunicipais, porque estas, de facto, têm uma grande capacidade de desenvolvimento de futuro, se conseguirem unir e federar os interesses e vontades das autarquias que fazem parte dessas comunidades”.

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Exportações de bens crescem 5,2% até novembro face a 2019

Registou-se um aumento nas exportações e importações de produtos para fornecer a indústria, segundo destaca o INE.

As exportações de bens cresceram 5,2% no acumulado do ano até novembro, face ao mesmo período de 2019, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta segunda-feira. Já as importações aumentaram 0,9%. Para este resultado pesou o aumento nos fluxos de produtos para fornecer a indústria e o decréscimo no material de transporte.

O comércio internacional continua assim a ficar acima do nível registado no pré-pandemia, como já tem sido tendência nos últimos meses. O INE destaca o acréscimo de fornecimentos industriais, que foi de 12,2% comparativamente a 2019. Por outro lado, as exportações de material de transporte recuaram 11,0%.

Nas importações, foram as mesmas categorias de produtos que influenciaram o resultado no acumulado do ano. As compras de produtos para fornecer a indústria aumentaram 19,9%, enquanto se registou um decréscimo de 32,3% nas importações de material de transporte.

Já olhando para os dados mensais, é possível verificar que em novembro de 2021, as exportações e as importações de bens registaram subidas homólogas de 15,7% e 32,3%, respetivamente, segundo nota o INE. Se a comparação for com novembro de 2019, “verificaram-se variações de +15,1% nas exportações e +17,0% nas importações”.

Nesse mês, nas exportações volta a destacar-se o aumento de fornecimentos industriais, “sobretudo de produtos transformados, principalmente para Espanha”, adianta o gabinete de estatísticas. Já nas importações, é de notar o acréscimo de combustíveis e lubrificantes, algo que reflete o aumento dos preços.

Desta forma, o défice da balança comercial atingiu 2.097 milhões de euros em novembro, um aumento de 1.162 milhões de euros face ao mesmo mês de 2020. Já relativamente a novembro de 2019, o défice da balança comercial aumentou 389 milhões de euros.

Quanto aos países com quem Portugal faz comércio, Espanha mantém-se o principal parceiro, tendo mesmo havido um aumento nas exportações e nas importações com o país vizinho (+23,2% e +27,6%, respetivamente, face a novembro de 2020), principalmente nas importações de combustíveis e lubrificantes e nas trocas de fornecimentos industriais.

Além disso, é também de salientar o aumento nas importações provenientes da China: 122,5% face ao mesmo mês de 2020 e de 114,8% face a novembro de 2019. Esta subida observa-se principalmente em máquinas e outros bens de capital.

O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira diz que subida “impressionante” das exportações mostra que empresas estão a superar dificuldades. “Estes dados demonstram que as empresas portuguesas, numa conjuntura internacional que tem tido algumas dificuldades, têm sido capazes de conquistar quota de mercado e enfrentar da melhor maneira as dificuldades de abastecimento de matérias-primas ou de componentes críticas”, realça o ministro da Economia.

Vestuário de malha suporta recuperação nas exportações

As exportações portuguesas de vestuário, de janeiro a novembro do ano passado, revelam um crescimento acima de 20% nas vendas de vestuário ao exterior em comparação com o mesmo período de 2020, alcançaram 2,87 mil milhões de euros. Apesar da recuperação, as exportações de vestuário ficaram ainda 28 milhões de euros abaixo do valor registado em 2019.

Esta tendência continua a ser dinamizada pelo vestuário de malha, com o vestuário de tecido ainda muito aquém dos valores de 2019. Nos onze meses do ano, as exportações de produtos de vestuário de malha evidenciaram um desempenho muito mais dinâmico do que os produtos de vestuário de tecido, acumulando um crescimento de 26,3% em relação a 2020 e de 8,3% quando comparadas com 2019.

No caso do vestuário de tecido, houve um reforço do crescimento em relação a 2020 (aumento de 5,7%), mas as exportações estão a evidenciar “sérias dificuldades” para recuperar o valor verificado em 2019 (descida de 20,9%).

Fonte: análise do CENIT com base nos dados do INEINE / ANIVEC

“No conjunto das exportações de vestuário temos assistido a desempenhos muito interessantes em mercados de referência, como o francês, o germânico, o italiano, o holandês e o norte-americano. Mas continuamos a salientar que esta evolução está fundamentalmente suportada no vestuário de malha”, destaca César Araújo, presidente da Associação Nacional das Industrias de Vestuário e Confecção (Anivec).

Entre os principais mercados de destino das exportações de vestuário, destaca-se o caso da Espanha que, apesar de permanecer 20,6% abaixo do valor de 2019, já recuperou 15,5% das exportações em relação a 2020. Também de salientar o desempenho do mercado francês, com crescimentos de 15,2% em relação a 2019 e de 23% em comparação com 2020, bem como do mercado italiano, com crescimentos de 15,5% e de 28,8%, respetivamente.

Ano 2021 foi “um dos melhores de sempre” para exportações de têxteis e vestuário

As exportações da indústria têxtil e de vestuário somaram 4.979 milhões de euros até novembro, mais 16,0% do que em 2020 e 2,8% acima de 2019, devendo registar em 2021 “um dos melhores anos de sempre”, segundo a associação setorial.

“Os dados das exportações de têxteis e vestuário para 2021 deverão ultrapassar os 5.300 milhões de euros, um dos melhores anos de sempre em termos de exportações”, refere a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) num comunicado divulgado hoje, com base em dados avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com a associação liderada por Mário Jorge Machado, considerando apenas o mês de novembro passado, o país exportou 503 milhões de euros de têxteis e vestuário, um valor 16% superior ao registado em 2019.

Já no acumulado dos primeiros onze meses do ano, as exportações do setor ascendem a 4.979 milhões de euros, superando o mesmo período de 2019 em 2,8%, “sobretudo devido aos bons resultados de têxteis para o lar e vestuário de malha”.

Analisando os mercados, França lidera a lista de destinos com melhor performance, com um aumento de 98 milhões de euros (+16%), seguida dos EUA (mais 93 milhões de euros, equivalente a +29%) e de Itália (aumento de 47 milhões de euros, ou seja, +16%). Espanha continua a destacar-se pelos piores resultados, com uma quebra de 225 milhões de euros (-15%).

Exportações de componentes automóveis caem 13,6% em novembro

As exportações de componentes automóveis caíram 13,6% em novembro de 2021 face a igual mês de 2020, para 812 milhões de euros, tendo diminuído 9,2% relativamente a 2019, segundo dados divulgados esta segunda-feira pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA).

“Desta forma, e analisando as vendas ao exterior nos primeiros onze meses do ano, verifica-se que apenas nos meses de fevereiro e março é que as exportações se mantiveram acima do nível verificado em 2019 [período pré-pandemia. Comparando 2021 com 2020, percebe-se que no segundo semestre de 2021 as exportações diminuíram sempre face ao ano anterior”, refere a AFIA.

Segundo a associação, no acumulado até novembro de 2021, as exportações de componentes automóveis atingiram os 8.427 milhões de euros, refletindo uma diminuição de 7,9% face ao mesmo período do ano de 2019, o período anterior à pandemia.

“Os problemas nas cadeias de abastecimento continuam a afetar toda a indústria automóvel que, devido à falta de ‘chips’, componentes eletrónicos e também à escassez de outras matérias-primas têm levado a graves problemas nesta indústria com as construtoras automóveis a interromperem temporariamente a laboração”, explica a AFIA.

Relativamente aos países de destino das exportações, de janeiro a novembro de 2021, face ao mesmo período de 2019, Espanha continua no topo, com vendas de 2.438 milhões de euros (+0,2%), seguida da Alemanha, com 1.729 milhões de euros (-11,1%).

(Notícia atualizada às 19h07 com exportações de componentes automóveis)

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Rute Rodrigues Dias assume direção de CRM solutions da Claranet Portugal

A gestora conta com mais de 20 anos de experiência na área de customer relationship management, aliando sempre os processos à tecnologia.

Rute Rodrigues Dias é a nova diretora de CRM solutions na área de workplace da Claranet Portugal, assumindo o novo cargo num período de grande crescimento da empresa ao nível da sua estrutura, portefólio de serviços e número de clientes, justifica a Claranet.

“Neste novo cargo, Rute Rodrigues Dias centra os seus drivers num serviço de excelência e na procura constante de inovação e eficiência, bem como pela melhoria contínua e pelo acréscimo de valor às soluções e abordagens da Claranet”, lê-se em comunicado.

Com mais de 20 anos de experiência na área de customer relationship management, aliando sempre os processos à tecnologia, Rute Rodrigues Dias iniciou a sua carreira em 1997 como consultora no desenho do projeto inovador das primeiras Lojas do Cidadão. Abraçou depois o setor privado e o setor das tecnologias e telecomunicações, em empresas como a ONI Telecom, Microsoft, Link, Squad e Bizdirect, sempre ligada à criação e gestão de unidades de negócio de CRM.

Rute Rodrigues Dias é licenciada em Organização e Gestão de Empresas pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, contando ainda com uma pós-graduação em Relationship Management (CRM) pelo INDEG – Business School do ISCTE.

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