Regulador ia chumbar compra da TVI pela Altice. Mas porquê?

Conheça as razões invocadas pela Autoridade da Concorrência (AdC) para não validar a compra da Media Capital pela Altice.

Já foi declarado o óbito ao negócio da compra da Media Capital pela Altice. O negócio caiu a pedido da dona da Meo. No entanto, a Autoridade da Concorrência (AdC) estava a preparar-se para chumbar a operação de qualquer das formas. Mas porquê?

A nota divulgada esta quarta-feira pela AdC é bem explícita e começa logo por indicar que uma operação deste género teria um custo acrescido de 100 milhões de euros por ano aos concorrentes da Meo, uma estimativa do próprio regulador, que não dá mais detalhes relativamente aos cálculos. Ainda assim, a entidade liderada por Margarida Matos Rosa dá outras justificações para o facto de não estar confortável com a integração vertical da dona da TVI pela empresa chefiada por Alexandre Fonseca. Eis as razões:

  • A AdC começa por indicar que a operação só foi comunicada ao regulador a 11 de agosto de 2017, e não logo em meados de julho, quando a intenção foi avançada aos jornalistas numa conferência de imprensa em Lisboa. Foi a 15 de fevereiro de 2018 que o regulador decidiu passar o dossiê para investigação aprofundada, no sentido de avaliar os “impactos negativos da transação nas condições de concorrência nos mercados de telecomunicações e media”.
  • Para a AdC, “a Altice passaria a deter, em resultado do controlo do grupo Media Capital, um nível de poder económico que lhe daria a capacidade e o incentivo para implementar diversas estratégias de encerramento dos mercados à concorrência, de que resultariam aumentos de custos muito significativos para os seus concorrentes, ao nível dos mercados de televisão por subscrição e de serviços multiple play [ofertas de serviços de telecomunicações em pacote]”.
  • “Estes aumentos de custos — que a AdC estimou poderem ultrapassar, em determinados cenários, os 100 milhões de euros por ano — provocariam uma diminuição das pressões concorrenciais nos mercados, refletindo-se, em última análise, nos preços finais cobrados aos consumidores”, refere a nota do regulador da concorrência.
  • Posto isto, a AdC entendeu existirem “riscos sérios de entraves à concorrência” em ambos os setores (media e telecomunicações), com a possibilidade de a dona da Meo “impedir o acesso” da Nos, Vodafone e Nowo a conteúdos da Media Capital. Seria até uma estratégia “lucrativa” para a dona da Meo.
  • Outro motivo para o iminente chumbo do negócio por parte da AdC é a “desproporcionalidade entre receitas geradas no negócio da televisão e as receitas geradas no negócio de telecomunicações” — estas últimas são “muito superiores”. A AdC considera ainda que os conteúdos da TVI têm “importância” para os consumidores, algo apurado com recurso a “um inquérito ao consumidor promovido pela AdC”.
  • “Como tal, a ameaça credível de perda de acesso aos canais TVI habilitaria a Altice/Media Capital a cobrar preços mais elevados pelos mesmos junto dos seus concorrentes. Assim, ficou demonstrado que a Altice/Media Capital, enquanto operador de telecomunicações e de media integrado verticalmente, passaria a poder utilizar o negócio de televisão de forma instrumental para reforço da sua quota e respetivos lucros nos mercados de televisão por subscrição e de serviços multiple play, à custa dos consumidores”, atira o regulador na mesma nota.
  • Também “seria previsível que o acesso às plataformas de distribuição da Meo, por parte dos canais concorrentes aos canais da TVI, viesse a ser feito em piores condições de preços, qualidade de serviços e posicionamento na grelha, sendo que, por essa via, se assistiria a um risco de enfraquecimento concorrencial destes canais”, considera o regulador.
  • Estes riscos foram encarados pela Altice com a apresentação de um pacote de oito compromissos. Mas as medidas propostas não agradaram à entidade liderada por Margarida Matos Rosa, que acabou por os chumbar. E porquê? Porque, para a AdC, eram um “mero conjunto de intenções, de difícil especificação e monitorização, facilmente contornáveis ou manipuláveis pela empresa”.
  • A AdC comunicou estas conclusões à Altice a 28 de maio deste ano. E diz agora que “a Altice nunca mostrou disponibilidade para oferecer compromissos de natureza estrutural (designadamente, ao nível da produção de conteúdos, de canais ou da TDT) que permitissem ultrapassar os problemas identificados”, indica.
  • Face a tudo isto, a AdC é perentória nas conclusões: apesar de extinguir o negócio a pedido da notificante, estava tudo encaminhado em direção ao chumbo da operação. “Perante a iminente adoção do referido Projeto de Decisão de Proibição à operação, a Altice veio desistir do procedimento de controlo de concentrações em causa, o que levou a AdC a emitir uma Decisão de Extinção do Procedimento, não podendo, consequentemente, a operação de concentração Altice/Media Capital concretizar-se”, conclui o regulador.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Regulador extingue negócio Altice/TVI. Ia custar 100 milhões de euros por ano aos concorrentes

A AdC decidiu extinguir o negócio da compra da Media Capital pela Altice, a pedido da dona da Meo. Ia chumbá-lo de qualquer das formas, pois teria um custo de 100 milhões/ano para os concorrentes.

O regulador da concorrência “declarou extinto” o negócio da compra da Media Capital pela Altice. A medida foi tomada a pedido da dona da Meo, mas a Autoridade da Concorrência (AdC) não o faz sem explicar que estava prestes a chumbar a operação, uma vez que esta iria resultar num custo estimado de 100 milhões de euros por ano aos concorrentes. E, consequentemente, para as famílias portuguesas.

“A AdC declarou extinto o procedimento referente à operação de concentração que envolvia a aquisição, pela Meo (grupo Altice), do controlo exclusivo sobre o grupo Media Capital, uma operação que poderia resultar num aumento de custos de 100 milhões de euros por ano para os concorrentes e que acabaria por se refletir nos consumidores, ao aumentar, por exemplo, o preço pago pelas famílias em pacotes de telecomunicações”, lê-se na nota enviada à comunicação social.

A Altice decidiu desistir da operação por terem sido ultrapassados os prazos acordados com a empresa vendedora, isto é, os espanhóis da Prisa. O prazo terminou a 15 de junho, mas sabe-se agora que a AdC já estava prestes a chumbar a compra de qualquer das formas. “Perante a iminente adoção do referido Projeto de Decisão de Proibição à operação, a Altice veio desistir do procedimento de controlo de concentrações em causa, o que levou a AdC a emitir uma Decisão de Extinção do Procedimento, não podendo, consequentemente, a operação de concentração Altice/Media Capital concretizar-se”, refere a entidade liderada por Margarida Matos Rosa.

Importa recordar que a Altice apresentou oito compromissos para fazer face aos receios da AdC de que a operação pudesse distorcer o mercado e a concorrência nos setores de media e telecomunicações. Agora, a AdC não hesita em ir mais longe. Diz que “a Altice nunca mostrou disponibilidade para oferecer compromissos de natureza estrutural (designadamente, ao nível de produção de conteúdos, de canais ou da TDT) que permitissem ultrapassar os problemas identificados”, diz o comunicado divulgado esta terça-feira.

Os compromissos da Altice eram, assim, um “mero conjunto de intenções, de difícil especificação e monitorização, facilmente contornáveis ou manipuláveis pela empresa”. Acabariam mesmo por “distorcer” o mercado pois “introduziriam um nível de rigidez” anormal nas “negociações entre operadores de telecomunicações e de produtores de canais”.

Em suma, “a AdC determinou que existiriam riscos sérios de entraves à concorrência nos mercados de telecomunicações e de media, com impactos negativos para os consumidores”. “Em particular, a AdC concluiu que a Altice passaria a deter a capacidade e um claro incentivo para impedir o acesso ou para cobrar preços mais elevados a outras plataformas concorrentes de telecomunicações pelos conteúdos e canais de televisão da Media Capital, aumentando assim os custos destas plataformas e, consequentemente, criando entraves à concorrência nos mercados de telecomunicações e de media que se refletiriam sobre as famílias”, aponta o regulador.

Para a AdC, esta “estratégia” seria “lucrativa” para a Altice, caso ficasse com a Media Capital. Até porque há uma “desproporcionalidade entre as receitas geradas no negócio de televisão e as receitas geradas no negócio das telecomunicações”, sendo estas últimas “muito superiores”. “Como tal, a ameaça credível de perda de acesso aos canais TVI habilitaria a Altice/Media Capital a cobrar preços mais elevados pelos mesmos junto dos seus concorrentes”, indica a AdC, referindo mesmo que os canais da TVI poderiam ser usados de “forma instrumental” para reforço de quotas de mercado nos vários negócios.

A Altice estava a oferecer 440 milhões de euros à Prisa para ficar com a Media Capital. Trata-se do maior grupo de media português em quota de mercado, detendo canais como a TVI e TVI24, ou as rádios Comercial, Smooth FM e M80.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Grupo KKR “perto” de comprar torres de telecomunicações da Altice em França

Segundo a Reuters, o grupo KKR está a finalizar um acordo com a Altice para a aquisição de uma posição na subsidiária que gere as torres da Altice à venda em França.

O grupo KKR estará “perto” de fechar um acordo com a Altice para a compra de uma posição minoritária no negócio das torres de telecomunicações da empresa em França. A notícia foi avançada pela Reuters, que cita três fontes próximas da operação.

O acordo entre as duas companhias está a ser “finalizado”, sendo que o grupo de investimento norte-americano KKR deverá investir na subsidiária que gere estes ativos da Altice através do seu próprio fundo de investimento em infraestruturas. Em março, a Bloomberg já tinha dado conta do interesse da KKR nas torres da Altice.

A Altice, que detém a SFR em França e a Meo em Portugal, pôs vários pacotes de torres de telecomunicações à venda na Europa, incluindo 3.000 torres de telecomunicações da Meo, um negócio que poderá ser fechado ainda este semestre, não havendo qualquer confirmação oficial sobre a identidade dos interessados.

Segundo a Reuters, o negócio entre a KKR e a Altice será a aquisição de uma participação minoritária na subsidiária da empresa fundada por Patrick Drahi. A oferta da KKR ter-se-á saído vencedora mas, na mesa, estariam outras propostas da Blackstone e de um consórcio do qual fariam parte os ramos de investimento das seguradoras Allianz e Axa.

A venda das torres de telecomunicações não implica a redução da cobertura de rede móvel das operadoras detidas pela Altice. Isto porque a empresa só está a alienar a estrutura metálica que suporta os equipamentos, um ativo que se enquadra na categoria de património imobiliário e é visto como um investimento de longo prazo.

O grupo Altice esteve envolvido em diversas operações de aquisição de outras empresas ao longo dos últimos anos, apostando desta forma no crescimento inorgânico. A estratégia levou o grupo a acumular uma dívida que chegou a ultrapassar os 50 mil milhões de dólares. Atualmente, a Altice tem uma dívida equivalente a mais de duas vezes as suas receitas anuais, segundo a agência.

No ano passado, o mercado temeu pela liquidez da Altice para abater este passivo e a empresa esteve a cair significativamente na bolsa de Amesterdão durante várias semanas. O grupo acabou por anunciar um programa de venda de ativos, no qual se insere a venda das torres de telecomunicações.

Sabe-se que a American Tower também estaria interessada em alguns destes ativos. Em maio, o Expresso noticiou que o ex-ministro da Economia António Pires de Lima, e o ex-secretário de Estado Sérgio Monteiro, também estão entre os potenciais compradores das torres que a Altice está a vender em Portugal.

Esta terça-feira, as ações da Altice estão a cotar na bolsa de Amesterdão nos 3,28 euros, uma queda de 1,97% face à sessão anterior. Em Portugal, a empresa também foi notícia esta segunda-feira por ter deixado cair o negócio da compra da Media Capital aos espanhóis da Prisa, pelo qual oferecia 440 milhões de euros. Em causa, a falta de uma decisão do regulador da concorrência dentro do prazo útil estipulado pelas companhias.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

AdC está “a analisar” pedido de extinção do negócio da TVI

A Autoridade da Concorrência (AdC) já recebeu o requerimento da Altice para colocar um ponto final no dossiê da compra da Media Capital. O requerimento está a ser analisado.

Já deu entrada na Autoridade da Concorrência (AdC) o pedido de extinção da operação de compra da Media Capital MCP 0,00% pela Altice Portugal, afirmou ao ECO fonte oficial do regulador. “O requerimento está a ser analisado”, indicou a mesma fonte. O ECO sabe que a entidade liderada por Margarida Matos Rosa tenciona emitir um comunicado com mais informações já esta terça-feira.

Se a AdC validar o requerimento das promotoras do negócio, é a machadada final num dossiê que se arrasta há 11 meses a aguardar por decisão do regulador. Estava agendada para esta semana a emissão do parecer final do regulador, que se antecipa ser de chumbo da operação, depois de a AdC não ter dado luz verde aos compromissos apresentados pela Altice — e depois de esta ter dito que não iria apresentar novas garantias.

A lei prevê que a notificante possa, a qualquer momento, solicitar a extinção do processo. Do mesmo modo, antecipa “exceções”. É esta última avaliação que falta: ao que o ECO apurou, a AdC estará a analisar se o requerimento para a extinção do processo cumpre os pressupostos previstos na legislação aplicável. Em caso afirmativo, o processo é extinto sem decisão final. Se a operação se enquadrar numa das “exceções”, o dossiê seguirá outros trâmites.

A Altice e a Prisa desistiram da compra e venda da Media Capital, depois de adiarem por duas vezes o seu próprio calendário interno ao nível dos prazos. O último prazo foi a última sexta-feira. A dona da Meo já reagiu, culpando a AdC de não emitir uma decisão em tempo útil, com “consequências” para os investidores nacionais e estrangeiros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Queda do negócio da TVI “é o desfecho mais favorável”. Vodafone vai retirar ações em tribunal

A Vodafone diz que "serão retiradas" as ações em tribunal que tinham como objetivo travar a compra da Media Capital pela Altice. Queda do negócio é o desfecho "que mais favorece" o país.

A Vodafone já reagiu à notícia da queda do negócio da Media Capital. Para a operadora liderada por Mário Vaz, “é o desfecho que mais favorece os consumidores” e o país. Era também um cenário já “previsível”, aponta a companhia, alinhando com as reações já conhecidas da Nos e do grupo Impresa. A Vodafone vai, assim, retirar os dois processos que promoveu na Justiça para tentar travar a operação.

Em resposta ao ECO, fonte oficial da Vodafone Portugal indica que o facto de o negócio já não se realizar “é o desfecho que mais favorece os consumidores, a concorrência, o bom desenvolvimento dos setores de media e telecomunicações e o país”. E acrescenta que, “com o previsível desfecho deste procedimento na Autoridade da Concorrência (AdC), as ações da Vodafone deixarão de ter razão de ser, motivo pelo qual consideramos que serão retiradas”, avança a empresa.

A Altice e a Prisa comunicaram aos mercados que já não vão realizar a transação de propriedade da Media Capital, dona da TVI, na medida em que estiveram 11 meses à espera de que o processo tramitasse por completo nos reguladores portugueses. Concretamente, a Altice acusa a AdC de não emitir uma decisão em tempo útil, com “consequências” para os investidores nacionais e estrangeiros.

Foi em julho de 2017 que a Altice anunciou a intenção de comprar a Media Capital aos espanhóis da Prisa. A dona da Meo oferecia 440 milhões de euros pelo maior grupo de media em Portugal, mas existiam receios de que a operação distorcesse a concorrência nos setores de media e telecomunicações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Impresa: Desfecho da compra da TVI é “o que melhor protege o mercado”

A Impresa defende que o falhanço da compra da TVI pela Altice é o desfecho que "melhor protege o mercado e a sociedade".

O grupo Impresa também está satisfeito com o desfecho da operação da compra da Media Capital pela Altice: o negócio falhou por falta de decisão do regulador da concorrência nos prazos definidos pelas empresas. Segundo a dona da SIC, liderada por Francisco Pedro Balsemão, é a conclusão “que melhor protege o mercado, a sociedade portuguesa e os consumidores”.

“A Impresa realça que, desde que foi anunciada esta operação, sempre alertou para os riscos que a mesma poderia acarretar para a concorrência e para o pluralismo no setor dos media, pelo que sempre acreditou que este seria o único desfecho possível. Estamos, portanto, certos de que esta conclusão é a que melhor protege o mercado, a sociedade portuguesa e os consumidores”, refere a Impresa numa nota de reação enviada ao ECO.

Previa-se que, se a operação da compra da Media Capital pela Altice recebesse luz verde da Autoridade da Concorrência (AdC), outra operação de consolidação do mesmo género surgisse no mercado português. A hipótese mais provável era a da compra da Impresa pela Nos, uma cenário amplamente antecipado por alguns analistas.

A Altice e a dona da Media Capital, a Prisa, decidiram terminar o negócio, depois de 11 meses à espera de decisão final dos reguladores portugueses. A Altice acusa a AdC de deixar arrastar um processo com “consequências” para os investidores nacionais e estrangeiros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nos reage ao fim do negócio da TVI: era o “único cenário possível”

A empresa liderada por Miguel Almeida reagiu ao insucesso da concorrente Meo na aquisição da Media Capital. "Iria ser muito prejudicial", aponta a Nos.

A Nos considera que o falhanço na compra da TVI pela concorrente Altice “era um cenário antecipado e o único possível”. A empresa liderada por Miguel Almeida, que foi uma das principais vozes contra a realização da operação, mostra-se, assim, claramente satisfeita com o desfecho deste processo.

A empresa “congratula-se por ver chegar ao fim um negócio que, pelo impacto negativo e risco sérios para o pluralismo, a diversidade de opinião e concorrência, iria ser muito prejudicial para os interesses dos cidadãos e do país”.

"Este era um cenário antecipado e o único possível. A NOS congratula-se por ver chegar ao fim um negócio que, pelo impacto negativo e risco sérios para o pluralismo, a diversidade de opinião e concorrência, iria ser muito prejudicial para os interesses dos cidadãos e do país.”

Nos

Fonte oficial

Ao longo do processo, a Nos, que é a segunda maior operadora de telecomunicações em Portugal em quota de mercado, alertou para eventuais riscos de uma operação deste género, elencando, entre eles, a distorção da concorrência nos setores de media e telecomunicações.

Ainda assim, previa-se que, se a operação da compra da Media Capital pela Altice recebesse luz verde da Autoridade da Concorrência (AdC), outra operação de consolidação do mesmo género surgisse no mercado português. A hipótese mais provável era a da compra da Impresa pela Nos, uma cenário amplamente antecipado por alguns analistas. Aliás, no Parlamento, Miguel Almeida chegou mesmo a admitir a hipótese de comprar um grupo de media em Portugal se as autoridades admitissem a compra da TVI pela Meo.

A Altice e a dona da Media Capital, a Prisa, decidiram terminar o negócio, depois de 11 meses à espera de decisão final dos reguladores portugueses. A Altice acusa a AdC de deixar arrastar um processo com “consequências” para os investidores nacionais e estrangeiros.

(Notícia atualizada às 10h52 com mais informações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Altice culpa Autoridade da Concorrência pelo fim do negócio da TVI

A dona da Meo reagiu pela primeira vez ao insucesso da compra da Media Capital. Acusa a Autoridade da Concorrência (AdC) de uma "completa falta de abertura para discutir soluções".

A Altice Portugal culpa o regulador da concorrência pelo falhanço da compra da Media Capital aos espanhóis da Prisa, acusando a entidade de uma “completa falta de abertura para discutir soluções”. Defende ainda que o desfecho deste dossiê deve ser objeto de reflexão por parte de “todos”, pois o arrastar do processo nos reguladores portugueses durante os últimos 11 meses acarretou “consequências” para os investidores nacionais e estrangeiros, indica a empresa num comunicado.

A empresa liderada por Alexandre Fonseca pronuncia-se, pela primeira vez, sobre o fim da operação da compra da Media Capital, a dona da TVI, pela qual a dona da Meo oferecia 440 milhões de euros. Nos últimos meses, o processo encontrava-se nas mãos da Autoridade da Concorrência (AdC), mas a Prisa (atual dona da Media Capital) e a Altice tiveram de alargar o prazo contratualizado entre ambas as partes por duas vezes.

“A 13 de abril, data limite para o acordo entre as partes se concluir, e tendo em conta a ausência de progressos em sentido conclusivo por parte da AdC, a Altice e a Prisa acordaram em estender por mais dois meses o prazo contratual para conclusão do negócio, dado estarem reunidas todas as condições da perspetiva das partes, nomeadamente convicção e capacidade financeira, para que o mesmo se concluísse com sucesso”, começa por indicar a Altice Portugal. Nesse momento, era do “perfeito entendimento” da Altice e da Prisa que esse prazo era “suficiente” para que a AdC emitisse um parecer vinculativo: aprovar ou chumbar a operação.

As partes tiveram confiança numa apreciação positiva, não antecipando a completa falta de abertura para discutir soluções neste âmbito e manifesta ausência de respostas dessa Autoridade.

Altice Portugal

A empresa diz ainda que, “proativamente”, apresentou uma série de compromissos ao regulador para mitigar os receios que já tinham sido expressados quando a AdC abriu a investigação aprofundada ao dossiê. “Nesse momento, tendo em consideração a profundidade e alcance do conjunto de remédios proativamente preparados pela Altice, em conformidade com a prática decisória europeia relativamente ao setor, as partes tiveram confiança numa apreciação positiva, não antecipando a completa falta de abertura para discutir soluções neste âmbito e manifesta ausência de respostas dessa Autoridade”, aponta agora a companhia.

“A Altice lamenta que, apesar de ter desenvolvido os melhores esforços nesse sentido, os reguladores não tenham emitido as decisões necessárias à concretização da transação em tempo útil. Na verdade, os esforços da Altice para obter atempadamente uma decisão favorável incluíram a apresentação de um conjunto muito abrangente de compromissos, com uma vigência alargada, a ser monitorizados por um mandatário independente e sujeitos a um mecanismo acelerado de resolução de litígios”, aponta também a dona da Meo, considerando ainda “que se perdeu uma oportunidade crucial para dinamizar o setor das telecomunicações e dos media em Portugal”.

Da mesma forma, para a Altice Portugal, perdeu-se uma oportunidade de criar valor no setor dos media, “resistindo-se, injustificadamente, e em prejuízo da atratividade da oferta no mercado nacional, à tendência global para a consolidação entre telecomunicações, media, conteúdos e publicidade digital”.

Como argumento, a Altice aponta para outros mercados e outros processos de consolidação do mesmo género. “Esta tendência, que o grupo Altice já lidera, noutros mercados geográficos, foi reconhecida e reforçada pela recente decisão das autoridades judiciais norte-americanas no sentido de autorizar, sem quaisquer compromissos, a aquisição da Time Warner pela AT&T”, lê-se na nota enviada à imprensa.

Segundo a Altice, a aprovação do negócio nos EUA foi feita “com base na constatação de que a consolidação é necessária para permitir às empresas de media e telecomunicações tradicionais concorrer minimamente com os gigantes da economia digital que disponibilizam, de forma crescente, um conjunto alargado de conteúdos muito atrativos diretamente ao consumidor, um raciocínio que é válido não só nos EUA, mas também, e especialmente, em Portugal, onde as dificuldades dos media tradicionais em resistir à concorrência digital global são ainda mais claras”.

Noutro ponto, a empresa liderada por Alexandre Fonseca diz que este caso deve ser objeto de reflexão por parte de todos. “Espera-se e até se torna imperioso que todos reflitam sobre as consequências causadas aos investidores, quer nacionais quer estrangeiros, à criação e sustentabilidade de emprego, à criação de valor e por último à economia nacional, dado o excessivo arrastar de tempo deste processo, com as autoridades a indiciar decisões insuficientemente justificadas sem qualquer tipo de paralelo ou referência internacionais e em contraciclo com as atuais tendências nos setores envolvidos”, refere o grupo.

A Altice termina a nota, reafirmando “a sua aposta em Portugal, principalmente no mercado das telecomunicações, onde continuará o seu investimento em tecnologia e inovação”. No entanto, por tudo o que foi indicado, a aquisição do grupo Media Capital pela Altice “já não poderá ter lugar” e o processo em curso na AdC “chegará também ao fim”, sem que, decorrido cerca de um ano desde a assinatura do contrato, esta Autoridade tenha emitido a sua decisão final no processo”.

(Notícia atualizada às 10h26 com mais informações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ações da Prisa afundam 9,7% depois de falhar venda da TVI à Meo

Foi oficialmente confirmado esta segunda-feira que a Media Capital já não vai ser vendida à Altice. A notícia não caiu bem em Espanha e as ações da Prisa, dona da TVI, estão a cair 9,7%.

As ações da Prisa estão a derrapar 9,73% na bolsa espanhola, na sequência da confirmação oficial de que a venda da TVI ao grupo Altice não teve sucesso por falta de uma decisão vinculativa da Autoridade da Concorrência (AdC) no prazo estipulado pelas duas empresas. Os títulos do grupo espanhol estão agora nos 1,69 euros esta segunda-feira.

A Prisa pôs a Media Capital à venda no ano passado. O objetivo era ganhar liquidez para pagar a dívida que vencia este ano. A Altice, dona da Meo em Portugal, propôs-se a pagar 440 milhões de euros para ficar com o maior grupo de media em Portugal e, desde meados de julho do ano passado, ambas as companhias aguardavam que o processo recebesse luz verde das autoridades regulatórias em Portugal.

Isso não aconteceu, como foi oficialmente confirmado esta segunda-feira, depois de o ECO ter avançado a notícia em primeira mão na semana anterior. A Prisa afirma agora que o contrato de compra e venda da Media Capital subscrito com a Altice perdeu o efeito, enquanto a Altice acusa a AdC de não proferir uma decisão, comunicando à AdC que o processo foi abordado por iniciativa das empresas.

Hoje, tanto a Prisa como a Altice são empresas diferentes. A primeira concluiu um aumento de capital recentemente e reestruturou a sua dívida, pelo que não é certo que ainda mantenha interesse em vender a Media Capital em Portugal. Já a Altice viu-se obrigada a pôr um travão nas operações de aquisição, por dúvidas dos investidores quanto à sua liquidez. Desde o anúncio da operação, a Altice em Portugal mudou o presidente executivo duas vezes e já nem o presidente do grupo a nível internacional é o mesmo.

As ações do grupo Altice seguem em sentido oposto às da Prisa. Em Amesterdão, a cotação dos títulos da dona da operadora portuguesa Meo valorizam 0,83% para 3,399 euros. Na bolsa de Lisboa, as ações do grupo Media Capital ainda não negociaram nesta sessão.

(Notícia atualizada às 10h13 com cotação mais recente das ações da Prisa)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

É oficial: Prisa mantém a TVI. Oferta da Altice perde o efeito

A Prisa confirmou esta segunda-feira que vai ficar com a Media Capital, o grupo que detém a TVI. Oferta da Altice não teve luz verde do regulador da concorrência.

Já é oficial. A oferta de compra lançada pela Altice sobre o grupo Media Capital MCP 0,00% caiu por terra por falta de aprovação das autoridades regulatórias. Tanto a Altice como os espanhóis da Prisa comunicaram à CMVM o insucesso da operação, confirmando assim a notícia avançada pelo ECO na passada sexta-feira. Desta forma, a Media Capital, que detém a estação televisiva TVI, continua nas mãos da Prisa. E não é certo que a empresa espanhola mantenha interesse em vender este ativo.

Num comunicado enviado à CMVM, a Altice ATCB 0,00% garante “ter desenvolvido os melhores esforços no sentido de obter uma decisão final favorável das autoridades regulatórias, incluindo a apresentação de um conjunto alargado de compromissos, em consonância com a prática decisória europeia”. No entanto, “as autoridades regulatórias não emitiram as decisões necessárias à concretização da transação”, acusa o grupo liderado em Portugal por Alexandre Fonseca. “Face ao exposto, a Meo informou na presente data a AdC de que a aquisição pela Meo da Media Capital já não terá lugar, com a consequente extinção do processo de controlo de concentrações relativo àquela aquisição”, anunciou a dona da Meo.

Também os espanhóis da Prisa confirmaram a informação, noutra nota enviada ao regulador português dos mercados. A empresa dá conta do “término do contrato de compra e venda assinado entre a Prisa e a filial da Altice, Meo, relativo à transmissão da totalidade da participação que a Prisa tem” na dona da TVI.

Desta forma, cai por terra a tentativa da maior operadora de telecomunicações portuguesa ficar com o maior grupo de media português, uma operação que tinha sido anunciada em julho do ano passado, mas que não teve luz verde da Autoridade da Concorrência (AdC). A entidade presidida por Margarida Matos Rosa tinha receio de que o negócio pudesse distorcer a concorrência nos dois setores (telecomunicações e media), e que a operação pudesse abrir margem a práticas anticoncorrenciais. A Altice foi instada a apresentar compromissos — e fê-lo. Contudo, as garantias foram consideradas insuficientes pela AdC, depois de forte contestação das operadoras concorrentes Nos e Vodafone.

A data limite traçada entre a Altice e a Prisa para a realização do negócio também foi sendo adiada. O prazo final acabou por ser fixado em 15 de junho, a última sexta-feira, 11 meses depois do anúncio da oferta da Altice num evento em Lisboa que contou com a presença do dono da Altice, o multimilionário Patrick Drahi. Nessa altura, a Altice era presidida por Michel Combes e a Altice Portugal (PT Portugal) tinha como presidente executivo o gestor português Paulo Neves.

(Notícia atualizada às 8h00 com mais informações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Prisa deixa cair acordo com a Altice para a venda da TVI

  • ECO
  • 16 Junho 2018

No dia seguinte à data-limite fixada para a venda da Média Capital à Altice, e ainda sem negócio feito, a Prisa já decidiu que deixa cair a operação.

A Media Capital vai continuar a ser dos espanhóis da Prisa. Quase um ano depois do anúncio do negócio com a Altice, e na ausência de avanços no processo para a conclusão da operação até 15 de junho, a data-limite acordada entre as duas partes para concretizar a operação, a Prisa deu por terminado o compromisso com a empresa liderada por Patrick Drahi. Rescindiu o contrato, querendo agora, à luz da sua nova situação financeira e dos próprios resultados da Média Capital, ficar com a dona da TVI.

A Altice e a Prisa tinham fixado a data de 15 de junho para concluir o negócio de compra de 94,69% da Media Capital. Como explicam fontes do setor este sábado ao jornal online espanhol El Confidencial, depois da decisão da Autoridade da Concorrência de não aceitar os compromissos da Altice e da decisão do operador franco-israelita de não apresentar alternativas, o negócio estava comprometido, como o ECO, de resto, já tinha avançado. Agora, passada a data de 15 de junho, a Prisa deu o passo que faltava para “matar” o negócio, rompendo o acordo, confirmou o ECO junto de fontes que acompanham a operação.

Segundo o El Confidencial, o acordo inicial previa o pagamento da Altice à Prisa de 440 milhões de euros, mas, entretanto, terá havido um ajustamento no preço, por razões não explicitadas pelo jornal, para um valor em torno dos 321 milhões. Seria uma receita muito relevante para o processo de reestruturação financeira da Prisa, mas, entretanto, o grupo espanhol realizou um aumento de capital, acompanhado de um novo plano de reestruturação de dívida, o que tornou menos necessária a venda de um ativo que dá lucros e liberta dividendos.

Com esta iniciativa da Prisa, ainda não confirmada oficialmente, aguarda-se agora uma comunicação da própria Altice, que poderá surgir nas próximas 48 horas, confirmando o fim do negócio. O grupo de telecomunicações esperava por uma decisão preliminar da Autoridade da Concorrência nesta sexta-feira que, como o ECO revelou, não existiu. E o regulador só deverá comunicar um projeto de decisão definitiva no próximo dia 21, data da reunião do conselho de administração. Com o resultado esperado: sem novos compromissos da Altice, a compra da Média Capital põe em causa a concorrência e os direitos dos consumidores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Não existe ninguém” à espera que Altice reponha comunicações nas zonas afetadas por incêndios

  • Lusa
  • 9 Junho 2018

O presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, garantiu este sábado que "não existe ninguém" nas zonas do país afetadas pelos fogos à espera da reposição das comunicações.

O presidente da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, afirmou este sábado que “não existe ninguém” nas regiões afetadas pelos incêndios que esteja à espera da reposição das comunicações, que não esteja já numa situação acordada com a empresa.

“É claro e inequívoco que não existe ninguém em Portugal que esteja neste momento à espera de reposição dos seus serviços que não seja numa situação já acordada connosco”, devido à sua disponibilidade ou porque não quer o serviço, disse Alexandre Fonseca, que falava aos jornalistas antes do início da corrida solidária promovida pela Altice, que juntou cerca de mil pessoas em Pedrógão Grande.

Segundo o presidente da operadora, há zonas onde ainda existem casas que não estão reconstruídas, famílias que ainda não voltaram às suas casas e emigrantes que só no verão regressam à sua terra natal. “Estamos a trabalhar com eles para que, quando regressarem no mês de junho, julho e agosto sejam repostas essas comunicações”, vincou.

Alexandre Fonseca sublinhou que a rede da Altice já era “a maior e melhor rede fixa nacional” e que “está ainda melhor” depois dos trabalhos de reconstrução, referindo ainda que a empresa está a trabalhar para levar fibra ótica à totalidade da população portuguesa.

Com mil pessoas a participar na corrida (cerca de um terço da população de todo o município de Pedrógão Grande), o presidente da Câmara, Valdemar Alves, mostrou-se satisfeito com a iniciativa. O autarca desejou que a Altice “continue a melhorar o que puder em termos de comunicação, que é o mais importante” para a região. Sobre os problemas com as comunicações, Valdemar Alves referiu que não se pode fazer “de um momento para o outro, mas vai chegando” para o que o concelho necessita.

Durante a corrida, foram entregues simbolicamente oito árvores das cinco mil que a Altice doou ao município, disse. De acordo com o autarca, as restantes serão entregues à medida das necessidades (normalmente, a plantação só decorre a partir de outubro, com as primeiras chuvas).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.