JPMorgan vê “forte final de ano” da Jerónimo Martins. Ações aceleram 5%

Fim de ano da dona da Jerónimo Martins terá sido bastante positivo, diz o JPMorgan Chase, levando as ações da retalhista portuguesa a disparar 5% na bolsa portuguesa.

O JPMorgan Chase antecipa um “forte final de ano” da Jerónimo Martins, perante o bom momento da polaca Biedronka, que terá apresentado um crescimento das vendas like-for-like (ajustadas do número de lojas) de 9% no último trimestre de 2016, “num ambiente consumidor muito saudável”.

O otimismo daquele banco de investimento norte-americano está a impulsionar as ações da retalhista portuguesa na bolsa nacional, disparando mais de 5% para 15,63 euros, o nível intradiário mais elevado nos últimos dois meses. Um desempenho que permite ao PSI-20 manter-se acima da linha de água: soma 0,36% para 4.742,32 pontos.

Jerónimo Martins em bom forma no arranque do ano

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Fonte: Bloomberg (valores em euros)

Em Portugal, o JPMorgan espera que o momentum da dona da cadeia de hipermercados Pingo Doce e do Recheio se “tenha mantido sólido, com as vendas like-for-like a subirem 1,5% e 4%, respetivamente, em linha com os primeiros nove meses do ano”.

No total, o banco prevê que a Jerónimo Martins tenha alcançado 14,7 mil milhões de euros em 2016, estando mais otimista do que a média dos analistas sondados pela Bloomberg. Para 2017, as vendas deverão ascender aos 15,7 mil milhões de euros.

Salientando que as ações da retalhista negoceiam a um preço de 17 vezes face ao seu lucro estimado para 2017, sem contar com a operação da Colômbia, “em linha com o setor”, o JPMorgan sublinha que os títulos deviam estar neste momento “a negociar com um prémio substancial”. “Isto implica um desconto de 10% face à média histórica, quando a história das ações parece mais atraente com a Colômbia a começar a construir o seu histórico. Acreditamos que o mercado vai brevemente começar a atribuir uma avaliação positiva à operação colombiana ao invés de penalizar o rácio preço/lucro de todo o grupo ao aplicar um múltiplo sobre o atual prejuízo na Colômbia”, frisa o JPMorgan.

"Acreditamos que o mercado vai brevemente começar a atribuir uma avaliação positiva à operação colombiana ao invés de penalizar o rácio preço/lucro de todo o grupo ao aplicar um múltiplo sobre o atual prejuízo na Colômbia.”

JPMorgan Chase

Por agora, atribuindo uma avaliação de 17,50 euros à Jerónimo Martins com uma recomendação de “comprar”, o banco espera que a retalhista liderada por Pedro Soares dos Santos forneça mais detalhes sobre as suas perspetivas futuras quando apresentar os resultados anuais a 22 de fevereiro.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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Bolsa de Lisboa recebe Ano Novo com perdas

Primeira sessão de 2017 deverá continuar a ser marcada pelo reduzido volume de negociação. Em Lisboa, pressionam sobretudo a Jerónimo Martins e a EDP Renováveis.

Na primeira sessão do novo ano, Lisboa abriu com pouco apetite pelo risco. Os analistas anteveem uma sessão com poucos investidores no ativo e, nesse enquadramento, esperam uma sessão tranquila nos mercados. Na Europa, os principais mercados também abriram com ligeiro sentimento negativo.

Em Lisboa, o principal índice português era o reflexo desta relativa acalmia. O PSI-20 perde cerca de 0,17% para os 4.671,13 pontos nos primeiros minutos de negociação em 2017. Pressionam as ações da Jerónimo Martins e da EDP Renováveis, que perdem 0,51% e 0,25%, respetivamente.

No total, eram oito as cotadas nacionais que seguiam em terreno negativo, com a pior desempenho a pertencer à Sonae Capital, cujos títulos perdiam mais de 2%. Já a Sonae SGPS, dona da cadeia de hipermercados Continente, via as ações valorizarem cerca de 0,2% para os 0,88 euros, depois de ter comunicado na sexta-feira a venda do Continente de Albufeira, uma operação que permitiu um ganho de 3,4 milhões de euros.

“A primeira abertura do ano deverá ser relativamente tranquila em virtude dos feriados em algumas bolsas mundiais e pela escassez de notícias relevantes. Assim sendo, o volume a liquidez deverão enquadrar-se ainda nos níveis da quadra natalícia”, referem os analistas do BPI no Diário de Bolsa.

"A primeira abertura do ano deverá ser relativamente tranquila em virtude dos feriados em algumas bolsas mundiais e pela escassez de notícias relevantes. Assim sendo, o volume a liquidez deverão enquadrar-se ainda nos níveis da quadra natalícia.”

Analistas do BPI

Diário de Bolsa

Entretanto, no panorama europeu, os principais índices despertaram com perdas até 0,5%. Foi o caso das bolsas de Madrid, Milão, Paris e Frankfurt, num dia em que os mercados de Londres (que fechou 2017 em níveis recorde) e Nova Iorque vão estar encerrados.

Para os analistas do BPI, “no imediato, um tema que poderá influenciar o curso dos mercados acionistas e que surgiu nos
finais do ano passado foi uma agudização das relações entre os EUA e a Rússia“. Acrescenta a equipa de research daquele banco: “Embora os investidores antecipem uma alteração da postura dos EUA com a tomada de posse de Donald Trump, é importante relembrar que o investimento em bolsa passa, muitas vezes, pelam antecipação e preparação para os diversos cenários possíveis”.

(notícia atualizada às 8h21)

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Jerónimo Martins resiste à proibição de comércio ao domingo na Polónia, diz Haitong

Para os analistas do Haitong, a decisão do Governo polaco de proibir o comércio ao domingo vai afetar bastante o setor do retalho do país. Mas Jerónimo Martins vai resistir ao impacto.

O setor do retalho polaco vai ser o mais afetado com a intenção do Governo de Varsóvia de proibir o comércio ao domingo, prevendo-se um impacto negativo de 2,1 mil milhões de euros nas vendas a retalho, de acordo com a PwC. Ainda assim, para a Haitong, a operação polaca da Jerónimo Martins — opera com a Biedronka — deverá passar relativamente incólume a esta decisão, dado que os consumidores “vão adaptar os seus hábitos” de compra de bens alimentares.

Pensamos que a decisão terá um pequeno impacto negativo, pelo menos numa fase inicial até que os consumidores ajustem os seus hábitos. No caso da Biedronka, a maior parte do seu negócio continua relacionado com bens alimentares básicos, o que deverá levar a um impacto ainda mais neutro nas vendas do que no caso de hipermercados e supermercados, com os consumidores a transferirem as compras de domingo para outros dias da semana”, referiram os analistas do Haitong, que se mantêm “Neutros” em relação ao título da Jerónimo Martins, a quem atribui um preço-alvo de 16,7 euros.

Na sessão desta sexta-feira, as ações da Jerónimo Martins seguiam a cair mais de 1% para 14,35 euros.

Segundo um estudo da consultora PwC, o setor do retalho deverá ser particularmente afetado com a proibição de comércio ao domingo. O impacto deverá atingir os 2,1 mil milhões de euros, o que representa 1,4% do total de vendas a retalho. Adicionalmente, o setor deverá perder 36 mil postos de trabalho, perante a quebra do negócio.

Face a este cenário negativo, o Haitong lembra que o governo polaco já por várias vezes pensou em terminar com o comércio ao domingo mas que desistiu sempre de levar a ideia em diante devido ao impacto que terá no mercado de trabalho e nas receitas fiscais. “Contudo, é também verdade que há pressões sobre o aumento dos salários devido à taxa de desemprego historicamente baixa e poderá ser uma boa altura para o Parlamento aprovar a proibição, dado que seria mais fácil de absorver quaisquer potenciais redundâncias”, justificam os analistas da casa de investimento.

“Este será definitivamente um tema para acompanhar nas estimativas para 2017 sobre o setor do retalho polaco”, referiu.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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Galp e EDP condicionam arranque em Lisboa

Eram 11 cotadas que despertavam esta manhã com sinal menos, entre elas os pesos pesados Galp, EDP e Jerónimo Martins. Corticeira avança quase 1% com dividendo extraordinário.

Depois de ter fechado em cima da linha de água na passada sexta-feira, o PSI-20, o principal índice português, iniciou a sessão a cair 0,33% para 4.662,24 pontos. Eram os pesos pesados Galp, EDP e Jerónimo Martins quem mais contribuía para esta queda em Lisboa, embora as perdas se estendam a 11 cotadas nacionais. Histórias positivas? A Corticeira Amorim, cujas ações ganhavam 0,72% depois de ter anunciado um dividendo extraordinário.

No setor financeiro, nova sessão de perdas. O BCP recuava 0,55% até 1,24 euros, mantendo um tom negativo que vem desde a última segunda-feira, quando fundiu as ações. O banco já vale menos de mil milhões de euros. O BPI cedia ligeiros 0,1% até 1,13 euros. Esta evolução surge depois de a Moody’s ter mantido estáveis as perspetivas do rating do setor financeiro.

“A abertura nacional deverá ser marcada pelos resultados reportados e pelas projeções da Moody’s para a economia nacional”, comentavam os analistas do BPI no Diário de Bolsa online.

Depois de ter apresentado uma descida de 9% nos lucros, as ações dos CTT subiam 0,13% até 6,11 euros, após a administração ter reafirmado a intenção de distribuir um dividendo de 0,48 euros, apesar de o banco postal continuar a penalizar o desempenho da empresa.

"A abertura nacional deverá ser marcada pelos resultados reportados e pelas projeções da Moody’s para a economia nacional.”

Analistas do BPI

Diário de Bolsa

Outra nota de destaque vão para a Semap, com as ações a cederem 0,5% até 11,68 euros, depois de a empresa ter registado uma queda anual das vendas de 6% que foi essencialmente causada pela menor atividade da Navigator.

Na Europa, o arranque da sessão também está a ser negativo. As perdas em praças como Frankfurt, Londres, Paris ou Madrid não excedem os 0,5%, tal como acontece em Portugal. O setor energético também é o mais pressionado na sequência da notícia do fim-de-semana sobre o facto de a OPEP ainda não ter chegado a um acordo para impor limites na produção.

(Notícia atualizada às 8h27 com mais informação)

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DBRS mantém bolsa em máximos de mês e meio

Lisboa acorda com ganhos ligeiros, em linha com Europa, depois de a agência DBRS ter mantido Portugal no radar de compras do BCE.

O PSI-20, o principal índice português, iniciou esta segunda-feira a ganhar 0,21% para 4.736,28 pontos, depois de a agência canadiana DBRS ter mantido o rating de Portugal e, consequentemente, a dívida portuguesa elegível para o programa de compra de dívida do Banco Central Europeu (BCE), abrindo o apetite pelo risco na bolsa portuguesa. Os juros nacionais desciam no mercado secundário.

“A manutenção da notação de investimento é a condição sine qua non para que a dívida portuguesa seja abrangida pelo programa de compra de ativos do BCE e para que as
obrigações nacionais sejam aceites como garantia para os bancos portugueses se financiarem junto do Banco Central. Como referimos na sexta-feira, a reação do mercado obrigacionista à decisão da DBRS seria assimétrica na medida em que a manutenção do rating era o cenário mais aguardado pelos investidores”, adiantaram os analistas do BPI no Diário de Bolsa.

As ações do BCP estavam em destaque pela negativa: perdiam 0,9% até aos 1,3283 euros, depois de concretizado o processo de fusão de ações, um das condições para o grupo chinês Fosun entrar no capital do banco português. Iniciaram a sessão, ainda assim, a ganhar mais de 0,5%.

“O BCP deverá negociar de forma volátil, com os investidores a ajustarem-se ao reverse stock plit que a ação sofreu”, referem os analistas do BPI no Diário de Bolsa online. “Inicia-se hoje a negociação em bolsa das ações BCP com as quantidades ajustadas pelo efeito do reagrupamento (do qual resulta uma nova ação por cada 75 ações detidas antes da operação). De relembrar que como consequência desta operação, a Euronext Lisboa cancelou todas as ordens vivas de BCP no final da sessão de sexta-feira”, acrescentaram os mesmos analistas.

"Inicia-se hoje a negociação em bolsa das ações BCP com as quantidades ajustadas pelo efeito do reagrupamento (do qual resulta uma nova ação por cada 75 ações detidas antes da operação). De relembrar que como consequência desta operação, a Euronext Lisboa cancelou todas as ordens vivas de BCP no final da sessão de sexta-feira.”

Analistas do BPI

Diário de Bolsa

Outra nota de destaque vai para a Jerónimo Martins, que na sexta-feira reportou um lucro de 500 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o dobro do que havia alcançado no mesmo período do ano anterior, impactado pela venda da Monterroio. Ainda assim, o resultado ficou ligeiramente aquém do esperado pelo CaixaBI. As ações da dona do Pingo Doce subia 0,3%.

Evolução das ações da Jerónimo Martins desde o início do ano

Fonte: Bloomberg(Valores em euros)
Fonte: Bloomberg (Valores em euros)

No plano empresarial, outro facto relevante tem a ver com a Galp: cumpre esta segunda-feira uma década em bolsa. Os papéis da petrolífera portugueses celebravam a data com uma subida ligeira de 0,27%.

Lá por fora, o melhor desempenho pertencia à praça de Madrid, que ganhava mais de 1%. Mas também o CAC 40 de Paris e o DAX 30 de Frankfurt valorizavam mais de 0,5%.

(notícia atualizada às 8h49 com mais informação sobre as cotadas)

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

DGO revela saúde das contas públicas até setembro. No plano empresarial, Jerónimo Martins, BCP e Galp em plena evidência. Porquê?

No último relatório, os dados da Direção-geral do Orçamento apontaram para receitas aquém do aquém do esperado pelas Finanças. A informação relativa à execução orçamental é atualizada esta sexta-feira. No PSI-20, vários destaques: o BCP que passa a valer mais de 1,3 euros, a Jerónimo Martins que duplicou lucros e a Galp que cumpre uma década na bolsa.

Execução até setembro

A Direção-Geral do Orçamento atualiza esta segunda-feira os número da execução orçamental até setembro. No último relatório, relativo até agosto, as receitas das administrações públicas estavam aquém do previsto por Mário Centeno, enquanto a baixa execução de despesas salvavam o número do défice.

BCP vale 1,34 euros

A ação do BCP deixa de valer cêntimos para passar a cotar-se nos 1,3425 euros esta segunda-feira. E isto depois do processo de fusão de ações que o banco levou a cabo para cumprir uma das exigências do grupo Fosun para entrar no capital do banco português.

Say Jerónimo!

Duplicou os números nos primeiros nove meses do ano. A Jerónimo Martins registou um aumento de 98% dos lucros para 501,6 milhões de euros, um resultado para o qual contribui a venda da da Monterroio.

Dez anos de Galp na bolsa

Cumpre-se hoje uma década desde a entrada da petrolífera Galp na bolsa portuguesa. Desde o dia 24 de outubro de 2006, as ações da petrolífera nacional já valorizaram mais de 100%. O aniversário vai ser celebrado na sede da Euronext.

Alívio nos juros?

O mercado já estava a antecipar que a DBRS não ia alterar o rating de Portugal. E confirmou-se. A agência canadiana manteve o país no radar de compras do BCE ao manter o rating da dívida nacional. Os juros da dívida a dez anos renovou mínimos de mais de um mês. Tendência de alívio do risco de Portugal vai continuar?

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

DBRS dita o futuro de Portugal, o BCP deixa de ser uma penny stock e a Jerónimo Martins dá o pontapé de início na época de resultados nacional.

São os canadianos da DBRS quem tem mantido a dívida portuguesa no cesto de compras do Banco Central Europeu (BCE) mas se cortarem esta sexta-feira o rating da dívida nacional tudo muda. Portugal deixa de estar no radar das aquisições do banco central. Além disso, pode ajustar o seu lote de ações do BCP até ao final da sessão, isto antes da fusão de 75 títulos num só.

A sentença da DBRS

Mario Draghi foi claro: se a DBRS cortar esta sexta-feira o rating de Portugal, as obrigações nacionais deixam de estar elegíveis para o programa de compra de ativos do BCE. Para os mercados, porém, a declaração foi encarada com relativa tranquilidade. Os juros da dívida portuguesa subiam muito ligeiramente, num sinal de que os investidores não estão à espera de grandes surpresas quando a agência canadiana atualizar a notação portuguesa.

BCP deixa de ser ‘penny stock’

O BCP vai proceder ao agrupamento de ações na próxima segunda-feira. A operação vai fundir 75 ações numa só e, a partir da próxima semana, cada título vai passar a valer mais de 1,3 euros — valor que dependerá da cotação de fecho. Se quiser evitar que sobrem ações, tem até final da sessão desta sexta-feira para ajustar o seu lote. Se não o fizer, o banco pagará uma contrapartida de 2,57 cêntimos por cada ação que sobrar.

Jerónimo Martins revela lucros

Arranca esta sexta-feira a temporada de resultados no PSI-20. Cabe à dona da cadeia de supermercados Pingo Doce, a Jerónimo Martins, prestar as contas relativas ao terceiro trimestre do ano e deixar projeções quanto ao resto do ano. Os analistas do CaixaBI antecipam lucros de 338 milhões de euros no trimestre, cerca de três vezes mais do que no mesmo período do ano passado.

Confiança na Zona Euro

É revelado o indicador da Comissão Europeia sobre a confiança do consumidor na Zona Euro em outubro. A expectativa dos analistas sondados pela agência Bloomberg sugere uma melhoria ténue do sentimento dos consumidores da região da moeda única face ao mês passado.

McDonalds presta contas

A multinacional cadeia de restaurantes fast food McDonalds revela os resultados trimestrais em Wall Street. Também as grandes empresas como a Daimler e a General Electric estão entre as companhias norte-americanas que prestam contas.

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Venda da Monterroio vai fazer disparar lucros da Jerónimo Martins

  • Leonor Rodrigues
  • 13 Outubro 2016

O grupo português deverá registar um resultado líquido de cerca de 338 milhões de euros só no terceiro trimestre deste ano.

A venda da Monterroio à Fundação Manuel dos Santos em setembro contribuiu para fazer disparar os lucros da Jerónimo Martins, diz o CaixaBI. Só esta transação significou um encaixe de cerca de 229 milhões de euros para os cofres da empresa.

O relatório prevê que o grupo português contabilize um resultado líquido de cerca de 338 milhões de euros no terceiro trimestre deste ano, um aumento de cerca de 235 milhões de euros comparativamente ao período homólogo de 2015 (103 milhões de euros).

Em termos recorrentes, estimamos um crescimento do resultado líquido de 3,7% em termos homólogos para 109 milhões de euros“, refere o analista André Rodrigues, do CaixaBI. Os resultados reais da empresa só serão conhecidos no próximo dia 21 de outubro.

A Jerónimo Martins deverá registar vendas de cerca de 3,74 mil milhões de euros, mais 21 milhões do que no mesmo período do ano passado. O Pingo Doce continua a ser unidade de negócio em Portugal que mais vendas contabiliza (917 milhões) mas a cadeia de supermercados polaca Biedronka detida pela empresa é líder, com um volume de vendas superior aos 2,4 mil milhões de euros.

“Destaque para a evolução da atividade na Biedronka, nomeadamente ao nível de vendas. Note-se que os resultados a apresentar pela empresa, quando expressos em euros, serão afetados pela desvalorização da moeda polaca face ao euro”, refere André Rodrigues que tem um preço-alvo de 15,20 euros e uma recomendação de “acumular” para a Jerónimo Martins.

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Hipermercados devem 15 milhões de euros de taxa de segurança alimentar

  • Lusa
  • 4 Outubro 2016

Deste montante, 9,2 milhões são devidos pela Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce. Há mais de 500 ações em tribunal contra a cobrança desta taxa.

As grandes superfícies devem ao Estado cerca de 15 milhões de euros relativos à taxa de segurança alimentar, disse, esta terça-feira, o ministro da Agricultura, Desenvolvimento e Florestas, Capoulas Santos, na Assembleia da República.

“Há cerca de 15 milhões por cobrar e mais 6,3 milhões de euros de uma faturação que ainda não está totalmente vencida” relativos a 2016, adiantou o ministro durante uma audição na comissão parlamentar de Agricultura.

Fonte do gabinete de Capoulas Santos esclareceu que este montante é relativo a 9,7 milhões de euros de dívidas apuradas entre 2012 e 2015 (dos quais 9,2 milhões de euros pertencem à Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce), mais 6,3 milhões de euros relativos à primeira tranche de 2016.

O ministro da Agricultura acrescentou ainda que “há mais de cinco centenas de ações entradas em tribunal contra a cobrança desta taxa” e que o elevado montante por cobrar coloca problemas de tesouraria na Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) para onde são canalizadas as receitas. “Esperamos que os tribunais funcionem”, comentou.

A taxa de segurança alimentar, criada pela ex-ministra da Agricultura do Governo de Passos Coelho, Assunção Cristas, aplica-se aos estabelecimentos de comércio alimentar ou misto que tenham uma área de venda superior a 2000 metros quadrados, como os hipermercados, deixando de fora os pequenos retalhistas.

A taxa foi contestada desde o início pelos operadores da grande distribuição e alguns, como a Jerónimo Martins, ainda não pagaram qualquer verba, optando por recorrer aos tribunais.

As outras empresas optaram pelo pagamento dos valores devidos, avançando ao mesmo tempo para a impugnação em tribunal. No final de 2015, corriam nos Tribunais Administrativos e Fiscais 550 processos, mais 17 nos Tribunais Tributários.

As receitas da taxa servem para financiar, através da DGAV, o Fundo Sanitário e de Segurança Alimentar que apoia vários tipos de ações no âmbito da segurança alimentar, da proteção e sanidade animal, da proteção vegetal e fitossanidade, prevenção e erradicação das doenças dos animais e plantas, entre outros objetivos.

Capoulas Santos esteve a ser ouvido na Assembleia da República, a pedido do PSD e do PCP, sobre questões relacionadas com a sanidade animal e com o SIRCA (Sistema de Recolha de Cadáveres de Animais Mortos na Exploração).

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Jerónimo Martins apaga perdas da energia

A bolsa nacional arrancou a semana a valorizar, ainda que forma muito ligeira. A Jerónimo Martins, com uma subida de mais de 2% ofuscou as quedas da EDP e da EDP Renováveis.

A bolsa nacional avançou. Acompanhou a tendência positiva registada nos restantes mercados europeus ao ganhar 0,04% num dia em que os títulos do setor energético colocaram pressão no índice português. As quedas da EDP e da EDP Renováveis acabaram, no entanto, por ser anuladas bom desempenho da dona do Pingo Doce.

O PSI-20 PSI20 0,00% subiu para os 4.598,92 pontos enquanto o Stoxx 600 somou 0,02% para 342,98 pontos animado essencialmente pelos títulos do setor financeiro. Num dia em que o Deutsche Bank não esteve a negociar por ser feriado na Alemanha, a banca europeia somou 1,1%. Só Madrid fechou em queda: 0,33%.

A Jerónimo Martins foi a grande responsável pela inversão da tendência negativa do PSI-20 ao longo da sessão. A empresa liderada por Pedro Soares dos Santos ganhou 2,24% para 15,78 euros com os investidores a aplaudirem a possibilidade de a Jerónimo Martins avançar com uma remuneração extraordinária.

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Não é “de excluir a possibilidade de a empresa proceder ao pagamento de um dividendo extraordinário durante o exercício de 2016”, refere André Rodrigues, analista do CaixaBI. Essa remuneração poderá acontecer tendo em conta a venda pela Jerónimo Martins da sua participada a 100% Monterroio – Industry & Investmets BV. A Sonae somou 1,62%.

A Galp Energia também animou a bolsa ao somar 0,16% para 12,19 euros perante a subida dos preços do petróleo. O WTI tocou máximos de três meses enquanto o Brent superou novamente a fasquia dos 50 dólares, ambos impulsionados pelo acordo para o corte de produção por parte da OPEP.

A contrariar este desempenho estiveram essencialmente a EDP e a EDP Renováveis. A elétrica liderada por António Mexia caiu 2,24% para 2,92 euros, já a EDP Renováveis encerrou a sessão com uma desvalorização de 1,16% para 7,06 euros. A REN cedeu 0,08% para os 2,60 euros.

A queda do setor energético surge em reação à posição do Bloco de Esquerda que intensificou o ataque às rendas na energia, segundo o Negócios. O BE defende o alargamento da Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE) às energias renováveis, medida que pode valer 50 milhões de euros por ano.

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Venda da participada Monterroio traz mais-valia de 75 milhões de euros à Jerónimo Martins

  • Juliana Nogueira Santos
  • 30 Setembro 2016

A decisão tomada esta terça-feira veio oficializar o negócio anunciado em julho, que se efetivou nos 310 milhões de euros.

A venda da participada Monterroio – Industry & Investments B.V. trouxe uma mais-valia de 75 milhões de euros ao grupo Jerónimo Martins. Em comunicado, o grupo oficializa a venda de 100% do capital da sua subsidiária à Sociedade Francisco Manuel dos Santos – BV, decisão tomada pela administração a 27 de julho.

O grupo informa também que “a conclusão da transação implicou o recebimento imediato (…) do montante total de 310 milhões de euros”, valor pelo qual foi efetivada a venda.

A Monterroio é a sub-holding da Sociedade que controla os negócios na indústria e serviços e detém 45% da parceria entre a Jerónimo Martins e Unilever, 45% da Gallo Worldwide e 51% da Hussel, entre outros.

Sendo a Sociedade Francisco Manuel dos Santos – BV detentora de 56,1% do capital da Jerónimo Martins, esta venda insere-se “na estratégia da SFMS de realizar investimentos diretos no setor industrial através da aquisição de ativos operacionais em mercados que a SFMS conhece bem”, como afirmado no comunicado lançado em julho deste ano.

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Fed anima bolsas, BPI destaca-se em Lisboa

Reserva Federal norte-americana reforçou otimismo dos investidores em torno de mais estímulos da parte dos bancos centrais em todo mundo.

O PSI-20, o principal índice português, fechou a valorizar 1,36% até 4.611,69 pontos, provando a terceira sessão de ganhos esta semana.

Em termos individuais, destaque para as ações do BPI, que dispararam mais de 3,5% para ajustar a cotação no mercado ao preço oferecido pelo CaixaBank na Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o banco português. Fechou nos 1,13 euros.

Com desempenhos bastante positivos fecharam ainda a Mota-Engil (+3,51%), Jerónimo Martins (2,93%) e Semapa (+2,53%), numa sessão em que 14 cotadas encerraram com sinal verde. Apenas quatro cotadas registaram perdas.

Lisboa acompanhou assim os ganhos observados um pouco por toda a Europa. Em Frankfurt e Paris as valorizações foram superiores a 2%, enquanto as praças de Milão e Madrid somaram mais de 1%, impulsionadas pela expectativa de que a Reserva Federal norte-americana vai manter uma política monetária expansiva, seguindo o exemplo do Banco do Japão.

“Yellen deixou a porta aberta para um aumento em dezembro, contudo acabou também por rever em baixa as perspetivas de crescimento para este ano, bem como os números relativos aos mercados de trabalho”, referiu Pedro Ricardo Santos, gestor da XTB Portugal. “Os investidores olham para o mercado com mais otimismo, parecendo haver condições para que o crescimento económico das maiores economias do mundo continue no bom caminho”, acrescentou.

"Yellen deixou a porta aberta para um aumento em dezembro, contudo acabou também por rever em baixa as perspetivas de crescimento para este ano, bem como os números relativos aos mercados de trabalho.”

Pedro Ricardo Santos, gestor da XTB Portugal

No mercado do petróleo, o barril de ‘brent’, referência para Portugal, valorizava 1,88% até 47,71 dólares, enquanto o contrato genérico de crude ganhava 2,45% até 46,45 dólares por barril, isto depois de revelado que as reservas nos EUA caíram na semana passada para mínimos de fevereiro, num sinal de maior consumo na principal economia mundial.

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