Pharol vê a luz oito sessões depois
Títulos da Pharol avançaram pela primeira vez em oito sessões. Disparo de 4% da antiga PT SGPS não foi suficiente, ainda assim, para evitar as perdas em Lisboa. Europa também cedeu.
O dia até começou bem na praça portuguesa, mas o início da tarde, com a inversão da tendência na Europa, trouxe consigo alguma aversão ao risco. Principais alvos da pressão vendedora no PSI-20? BCP e EDP, que fecharam a cair 3,43% e 1,42%, respetivamente, liderando as perdas no índice nacional que encerrou com uma perda de 0,21% para 4.395,09 pontos.
Por esta altura, os investidores continuam na expectativa em relação àquilo que poderá ser o plano orçamental de Donald Trump nos EUA. Se os estímulos da próxima administração norte-americana podem fazer descolar a maior economia do mundo, beneficiando o setor empresarial, o risco de aceleração inflação nos EUA agravou-se igualmente, deixando a Reserva Federal norte-americana mais perto de uma subida das taxas de juros mais cedo do que o esperado. As apostas dos investidores deixam poucas dúvidas: a Fed deverá começar a levantar os juros de mínimos históricos já em dezembro.
Sessão desta quarta-feira foi de recuperação
A Europa fechou em queda, com o Stoxx 600 a perder -0,17% para 338,57 pontos. Nos restantes principais índices europeus, de Madrid a Milão, passando por Frankfurt, as quedas situaram-se entre os 0,5% e os 1%, depois de um arranque de sessão em terreno positivo.
“Estas variações mostram como as ações europeias não conseguem aguentar-se por elas próprias neste momento”, referiu Steven Santos, corretor do BiG, à Bloomberg. “Os investidores estão a recuperar da semana de eleições, focando-se no que vem a seguir e a aperceberem-se que as coisas na Europa continuam não muito positivas. Não há muita convicção no rumo a seguir. Mas há muito dinheiro a ser empregue e é por isso que o mercado continua instável”, acrescentou.
"Estas variações mostra como as ações europeias não conseguem aguentar-se por elas próprias neste momento. Os investidores estão a recuperar da semana de eleições, focando-se no que vem a seguir e a aperceberem-se que as coisas na Europa continuam não muito positivas. Não há muita convicção no rumo a seguir. Mas há muito dinheiro a ser empregue e é por isso que o mercado continua instável.”
Em Lisboa, depois de perder 25% do seu valor em oito sessões, a Pharol recuperou na sessão de hoje. As ações dispararam mais de 4% para os 0,19 euros, colocando um ponto final em sete sessões de perdas.
“A explicação para esta fragilidade são essencialmente duas. A primeira foi a queda das bolsas das economias emergentes, desencadeada pela vitória de Donald Trump. A possibilidade da imposição de tarifas alfandegárias e a revisão dos tratados penaliza, em primeiro lugar, os países emergentes pois as exportações constituem um motor importante da economia”, referiram os analistas do BPI no seu Diário de Bolsa.
“No caso brasileiro a esta razão adicionou-se a forte quebra da cotação das commodities, que constituem a principal exportação deste país. A segunda razão para a correção das ações da Pharol é o facto do seu principal ativo, a Oi, estar envolvida num complexo processo de renegociação da dívida. Estes processos prolongam-se no tempo e como tal são permeáveis a rumores e a notícias”, acrescentaram os responsáveis.
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