Petróleo dispara. E os combustíveis?

A OPEP fez disparar os preços do petróleo. O acordo para o corte levou o barril para perto dos 55 dólares, mas a subida deverá ser insuficiente para agravar os preços dos combustíveis em Portugal.

Está preocupado com o preço dos combustíveis? Não há, para já, motivos. As cotações do petróleo dispararam esta semana, refletindo o acordo histórico alcançado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), mas a subida não deverá ter grande impacto nos valores de venda da gasolina e dos gasóleo na próxima semana.

A OPEP chegou a acordo para reduzir a produção a meio da semana. A reação foi imediata: o petróleo disparou, passando rapidamente da fasquia dos 50 dólares tanto em Londres como em Nova Iorque. O Brent está até já perto dos 55 dólares. Dispara 15% face ao final da semana passada, mas essa subida acentuada não se vê de forma expressiva nas cotações dos derivados.

Tanto a gasolina como o gasóleo ficaram mais caros. O preço médio de ambos os produtos, que é o considerado pelas petrolíferas para a atualização dos valores de venda, registaram subidas de apenas 0,85% e 0,99% (já em euros), respetivamente, de acordo com os cálculos do ECO, tendo em conta cotações da Bloomberg.

Estas variações dificilmente levarão a ajustes nos valores de venda nos postos nacionais. No caso da gasolina, o aumento nos mercado traduz-se apenas num agravamento de 0,3 cêntimos, já no caso do diesel há margem para um aumento de 0,4 cêntimos. Ou seja, no limite podem haver ajustes nos valores de venda de meio cêntimo, com as petrolíferas a anteciparem a continuação da escalada das cotações.

A gasolina simples de 95 octanas está a ser vendida, atualmente, a mais de 1,40 euros por litro, já o gasóleo, o combustível mais utilizado no mercado nacional, está a ser comercializado a 1,17 euros, isto depois de ambos terem registado um forte aumento no início da semana. Os preços subiram em três cêntimos.

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Paulo Macedo: “Poupamos menos porque vivemos mais”

  • Ana Luísa Alves
  • 1 Dezembro 2016

O ex-ministro da Saúde foi ouvido na conferência "Portugal Seguro", promovida pela Associação Portuguesa de Seguradores, mas o assunto CGD não esteve em cima da mesa.

O ex-ministro da Saúde, e recentemente apontado como o próximo presidente da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo, salientou, na conferência promovida pela APS, que um dos problemas da poupança em Portugal tem a ver com o aumento da esperança média de vida.

“Agora poupamos menos porque se vive cada vez mais, e o dinheiro não chega para os anos que se vivem a mais”, explicou o ex-ministro da Saúde.

Quanto à necessidade de poupar, o ex-ministro explicou que é “através da poupança que devemos financiar o investimento de forma virtuosa, caso contrario financiamo-lo através do endividamento”, e acrescentou que a poupança é essencial, sobretudo, em termos macroeconómicos”.

“Os indivíduos poupam para fazer face a acontecimentos futuros e inesperados, e estes acontecimento nunca tiveram um pico de tão grande incerteza como agora”, explicou Paulo Macedo, que salientou que a sua presença na conferência era para falar apenas de poupança e não de assuntos relacionados com a Caixa Geral de Depósitos.

Entender a maneira como os portugueses encaram a economia era também um dos propósitos do estudo apresentado na conferência desta quarta-feira, no Centro Cultural de Belém. Fernando Alexandre e Luís Aguiar-Conraria, professores e autores do estudo “A Poupança e o Financiamento da Economia”, da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, explicaram que a taxa de poupança é ainda inferior à desejado. No entanto, para Fernando Alexandre o “investimento depende da poupança nacional, e é com a poupança que se financia a economia”.

“As famílias portuguesas endividaram-se muito a partir dos anos 90, mas mesmo assim ainda estão longe do endividamento de países como a Dinamarca, em que o endividamento é 300 % do rendimento disponível. Em Portugal é cerca de 15%”, acrescentou Fernando Alexandre.

O governo, no discurso de Ricardo Mourinho Félix, reafirma também a importância do setor segurador. Afirmou que entre o governo e a APS será promovida uma “colaboração mais estreita para o planeamento do objetivo comum que é o financiamento da nossa economia”,

Mourinho Félix acrescentou ainda que a visão do governo para o setor segurador é “clara”. “Existe uma ligação entre a taxa de poupança e as condições de financiamento, quanto maior a taxa de poupança menores são os riscos associados à volatilidade dos mercados e menores os processos de endividamento”, afirmou.

Ainda no evento falou também o presidente da APS, José Galamba, e afirmou que “o setor segurador tem uma enorme importância na economia” porque “o investimento por parte das seguradoras é sinal de confiança na economia nacional.

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Carga fiscal sobe mais em Portugal que na OCDE

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2016

A OCDE divulgou que a carga fiscal aumentou 0,3 pontos percentuais em Portugal em 2015 face a 2014, atingindo os 34,5% do PIB, o que coloca o país na 16.ª posição.

De acordo com o relatório das estatísticas das receitas dos vários Estados-Membros da OCDE, divulgado na quarta-feira, o rácio dos impostos pagos face ao Produto Interno Bruto (PIB) em Portugal “aumentou 0,3 pontos percentuais, dos 34,2% em 2014 para os 34,5% em 2015”, um aumento que foi de apenas 0,1 pontos no conjunto dos países da OCDE neste período.

“Desde 2000, o rácio dos impostos face ao PIB em Portugal aumentou de 31,1% para 34,5%”, segundo o documento. Comparando com os restantes países da OCDE, verifica-se que Portugal é o 16.º país com uma carga fiscal mais elevada, acima da de Espanha (33,8%) e da da Irlanda (23,6%), mas abaixo da da Grécia (36,8%) e da de Itália (43,3%).

Os países com maior carga fiscal são a Dinamarca (46,6%), França (45,5%) e a Bélgica (44,8%) e, do lado oposto da tabela, estão o México (17,4%) e o Chile (20,7%), segundo a OCDE.

Quanto à composição, a OCDE conclui que as receitas dos impostos sobre o valor acrescentado (o IVA) têm mais relevância em Portugal (representam 25% do total da carga fiscal) do que na OCDE (20%), mas que o peso dos impostos sobre o rendimento pessoal (o IRS) é mais baixo em Portugal (22%) do que na OCDE (24%).

Também o peso dos impostos sobre o rendimento das empresas (o IRC) é ligeiramente mais baixo em Portugal (8%) do que na média da OCDE (9%), bem como o dos impostos sobre a propriedade (4% em Portugal contra 6% na OCDE), ao passo que o das contribuições sociais está alinhado (26%).

O relatório da OCDE destaca ainda o “aumento de 0,9% pontos percentuais entre 2009 e 2014” da carga fiscal nas 35 economias da organização, “revertendo o declínio, de 33,8% para 32,4%, [registado] entre 2007 e 2009”.

O maior aumento da carga fiscal entre 2014 e 2015 ocorreu no México (+2,3 pontos) e na Turquia (+1,3 pontos), mas foram registados “aumentos substanciais” na Estónia, na Grécia, na Hungria e na Eslováquia (superiores a um ponto percentual).

Por oposição, as maiores quedas da carga fiscal entre estes dois anos foram verificadas na Irlanda (-5,1 pontos, “devido ao crescimento excecionalmente elevado do PIB em 2015”), na Dinamarca (-3 pontos) e na Islândia (-1,8 pontos).

Se se alargar o período de comparação, a OCDE conclui que “os países individuais mostram tendências amplamente díspares”: por exemplo, a carga fiscal da Noruega caiu quatro pontos percentuais entre 2007 e 2015, mas a da Grécia aumentou 5,6 pontos no mesmo intervalo de tempo.

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Jerónimo Martins castiga bolsa. Galp brilha

Os portugueses estão em descanso, mas os mercados continuam em ação. Com o petróleo a subir, as ações da Galp Energia dispararam, mas não o suficiente para compensar a queda da Jerónimo Martins.

É feriado nacional, mas a bolsa de Lisboa não para… de descer. O PSI-20 acompanhou a tendência negativa europeia, depois de uma subida na sessão anterior influenciada pelo acordo dos produtores de petróleo. A penalizar a praça portuguesa no dia Restauração da Independência esteve principalmente a Jerónimo Martins, mas também a EDP.

O PSI-20 começou dezembro com o pé esquerdo: a praça lisboeta desvalorizou 0,42% para os 4.436 pontos. A maior parte das cotadas ficou em terreno negativo, mas a principal queda foi a da Jerónimo Martins. As ações da empresa portuguesa caíram 2,68% para os 14,51 euros.

Além da Jerónimo Martins, também o grupo EDP contribuiu negativamente para a bolsa lisboeta esta quinta-feira. A EDP recuou 1,03% para os 2,70 euros por ação. Já a EDP Renováveis desvalorizou 1,27% para os 5,93 euros por ação.

A impedir um retrocesso maior esteve a valorização da Galp Energia em seguimento do acordo da OPEP divulgado esta quarta-feira. A energética portuguesa continua a subir: esta quinta-feira valorizou 2,59% para os 13,10 euros por ação.

O petróleo acentuou os ganhos da última sessão. Depois de ter chegado a disparar mais de 10%, tanto o WTI como o Brent seguem a ganhar mais de 4% para 51,36 dólares e 54,00 dólares, respetivamente.

Editado por Paulo Moutinho.

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Todas as igrejas do centro histórico do Porto recuperadas com fundos comunitários

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2016

Um presépio vivo, Via Sacra, cortejo de Carnaval e restaurar todas as igrejas do centro histórico são algumas das iniciativas que o Porto vai realizar com 1,5 milhões de fundos comunitários.

Todas as igrejas do centro histórico do Porto – Igreja de S. Lourenço, Igreja das Almas S. José das Taipas, Igreja de S. Nicolau, Capela da Senhora do Ó, S. João Novo e Santo Ildefonso (na foto) – vão ser restauradas e vão recuperar tradições antigas religiosas no âmbito de uma candidatura ao Portugal/Norte 2020 (PT2020), intitulada “Valorização do Património Religioso do Centro Histórico do Porto”, e que foi aprovada com verbas atribuídas no valor de “1,523 milhões de euros”, anunciaram esta quinta-feira os responsáveis pela candidatura, numa cerimónia pública de apresentação do projeto.

Para o presidente da Câmara do Porto, um dos parceiros institucionais da candidatura, este projeto é “inclusivo”. “Espero que este projeto consiga agregar a população para que se criem novos sentimentos de pertença”, declarou Rui Moreira.

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DR

António Ponte, diretor Regional da Cultura do Norte, lembrou na cerimónia de apresentação do projeto, que decorreu esta quinta-feira no Auditório da Casa do Infante, junto à Ribeira do Porto, que o Ministério da Cultura se “bateu” para que a candidatura “fosse articulada em rede pelas igrejas”, para “promover o património” e também para garantir um “maior envolvimento e com uma economia de escala que trará mais rendimento”.

“O apoio e envolvimento das várias instituições numa verdadeira parceria público-privada para que haja partilha de responsabilidade para salvaguardar o património e pô-lo ao serviço da comunidade para a sua sustentabilidade” foi outra das ideias defendidas por António Ponte, em representação do Ministério da Cultura.

O bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, enumerou, seu turno, três palavras – “gratidão”, “compromisso” e “desafio” -, que veiculam as três ideias que tem sobre aquela candidatura que serve para reabilitar e valorizar o património religioso do centro histórico do Porto.

O Bispo do Porto assumiu que sem “a ajuda” da Câmara do Porto e da Direção Regional da Cultura do Norte, para “perceber o momento” que se vive e o valor do património do centro histórico, património mundial da Unesco desde 1996, a Igreja não teria conseguido vencer a candidatura.

“Nós não estaríamos aqui hoje (…) para levar por diante esta candidatura em tempo recorde”, referiu, lembrando que “agora é hora do compromisso para a Igreja” e defendendo que quer que as “igrejas sejam úteis” para o culto religioso e para a valorização da cultura, da cidade e sentido de pertença da comunidade local de forma harmoniosa.

Para António Francisco dos Santos, este projeto e esta candidatura têm de “ser escola para o futuro” na linha de abertura e de ”inclusão”.

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Inovação é crucial para empresas do Norte e Centro

Apesar dos obstáculos que enfrentam, os empresários portugueses do Norte e Centro elegem a inovação como sendo crucial para os seus negócios. Contudo, mais de metade não sabe o que é a indústria 4.0.

A inovação é crucial. Pelo menos é essa a opinião de 90% dos empresários do Norte e do Centro de Portugal. Apesar de quase dois terços não saberem o que é a indústria 4.0, não há dúvidas que a inovação tem de estar no seio do desenvolvimento dos seus negócios. Estes dados constam do inquérito da Norgarante, uma sociedade de garantia mútua que abrange essas zonas do país.

Ainda assim, a inovação também tem obstáculos. Os principais elencados pelos decisores empresariais da zona Norte e Centro do país são os custos associados, a falta de meios e o financiamento desses projetos disruptivos. Mas não só: também há falta de informação e “pouca apetência” para as questões de inovação e digitalização da economia, explica a presidente executiva da Norgarante, Teresa Duarte, em comunicado.

“O peso dos custos inerentes à inovação (34,2%), a falta de meios e recursos endógenos vocacionados para isso (27,5%), a dificuldade na obtenção de financiamento para investir nesta área (18,7%) e o desconhecimento das entidades aptas a apoiar as empresas inovadoras (11,7%)”, referem os resultados do inquérito da Norgarante.

Portanto, ainda falta um longo caminho até que a quarta revolução industrial comece nas empresas portuguesas. Qual é o problema dos empresários? Não se sentem “suficientemente preparados para operar num ambiente económico em que a tecnologia e a otimização dos processos digitais de criação, fabrico e gestão se constituem em fatores críticos de sucesso”, argumenta Teresa Duarte.

Apenas 7,7% dos inquiridos respondeu que a inovação não era crucial para a sua empresa. No inquérito participaram perto de 700 empresários, os quais estiveram presentes em quatro debates sob o tema “Portugal 4.0 – Rede de Inovação”. Esta foi a quinta edição dos Fóruns Norgarante.

Editado por Paulo Moutinho

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CR7 usa empresa irlandesa para pagar menos impostos

  • ECO
  • 1 Dezembro 2016

Na Irlanda o valor a pagar sobre os rendimentos é de 12,5%. Se a empresa fosse sediada em Madrid esse valor subia para os 43,5%.

Cristiano Ronaldo terá criado uma empresa em Dublin, na Irlanda, para pagar menos impostos sobre os rendimentos que recebia dos diretos de imagem e de publicidade. A notícia foi avançada pelo jornal espanhol El Confidencial, mas o porta-voz do futebolista nega que haja qualquer ilegalidade no processo.

A sociedade irlandesa Multisports & Image Management (MIM) Limited foi usada para os contratos publicitários de CR7 com marcas como a Nike, a Linic, a Konami, o KFC e a Toyota. A alegação é feita pelo Football Leaks, numa reportagem publicada pelo El Confidencial, onde mostra documentos que mostram como foi criada a MIM Limited.

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Ao alocar os rendimentos de direitos de imagem à empresa sediada na Irlanda, Cristiano Ronaldo terá conseguido pagar menos impostos do que os que pagaria em Espanha. Na Irlanda o valor a pagar sobre os rendimentos é de 12,5%. O jornal escreve que se a empresa fosse sediada em Madrid esse valor subia para os 43,5%, mais 31 pontos percentuais.

Em causa uma possível investigação da Autoridade Tributária espanhola ao jogador português. Caso o regulador avance com o processo, Cristiano Ronaldo pode vir a ser multado, tal como já foi no passado Messi.

Em resposta às alegações feitas, um porta-voz oficial de Cristiano Ronaldo garante que todos os negócios que fez “foram efetuados de acordo com a legislação em vigor”. Além disso, o representante do jogador português afirmou que o atleta tem pago os impostos devidos nos países onde trabalhou ou viveu, não existindo por isso razão para duvidar da legalidade das operações.

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Um 911 de quatro portas? Não, é o novo Panamera

Logo quando foi lançado, o Panamera foi visto como um 911 para a família. Agora, com a nova geração, a comparação com o desportivo acentua-se. A "culpa" é da nova traseira.

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O Panamera mudou… para melhor. Depois de sete anos, com mais de 150 mil automóveis vendidos a nível mundial, a fabricante de Estugarda põe no mercado um quatro portas de grandes dimensões mas com todo o estilo do mítico 911. Esteticamente, é um salto em frente. A andar, continua a colar as costas ao banco.

“O que é diferenciador é, claramente, o design. Fomos fiéis à coragem de mudar”, e isso nota-se. Há, diz Nuno Costa, uma “inspiração na silhueta do 911” que tem, e vai continuar a ser, a fonte para outros modelos da marca. Trata-se de utilizar sempre o “ADN do nosso modelo icónico”, nota o director-geral da Porsche Ibérica.

Desse ADN faz parte a silhueta, os faróis à frente, mas também a traseira. E esse ponto foi sempre alvo de ódios. “A traseira foi discutida durante muitos anos. As pessoas não gostaram”, apesar das elevadas vendas registadas. Por isso, a marca trouxe uma traseira totalmente nova com os dois faróis a serem ligados entre si através de uma fina linha de LED.

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Essa linha faz brilhar a traseira de noite, mas também se acende de dia com toda a potência à frente à obrigar a alguns suspiros no travão. É que debaixo do capot estão três novos motores: V6 Biturbo do 4S, V8 Diesel e o V8 Biturbo do Panamera Turbo. Tem, somente, 550 cv. E chega aos 306 km/h.

Não chegámos perto, mas o motor prova que se o condutor quiser, ele dá… Entre Valência e Benidorm, em Espanha, o rugido do V8 fez-se ouvir apesar do dilúvio – choveu de lés-a-lés. Então com o pequeno toque do seletor de modos de condução Sport ou Sport +, a adrenalina aumenta ainda mais. Melhor? Só com o Sport Response. São 20 segundos de Fórmula 1… em estrada.

Mesmo com piso molhado, o Panamera mostra que anda muito, mas também que está ali para proteger os passageiros. Há um vasto leque de ajudas à condução — de ressalvar que são todas desligáveis para quem quer um carro mais puro –, mas o destaque vai para o Innodrive. Este sistema ajuda, entre outros, a corrigir as curvas mas também a velocidade consoante o piso e as condições.

Um ecrã Bimby

Uma serie de ajudas que fazem do comum condutor um verdadeiro piloto de auto-estrada todas elas controláveis a partir de uma consola central totalmente redesenhada. “O interior está totalmente irreconhecível. É totalmente novo. E será a base para toda a gama da Porsche”, diz Nuno Costa. Um ecrã de 12,3 polegadas colocado ao centro do tablier permite selecionar as ajudas, os modos de condução, a altura ao solo, barulho do escape e o aileron (aberto ou fechado). Vale a pena assistir ao espetáculo de abrir e fechar do aileron… Faz lembrar o Kitt quando passava para o Pursuit Mode.

Alem do básico de escolher o áudio, à navegação, também o acesso ao Car Play, que permite utilizar as aplicações dos telemóveis da Apple, os iPhone, no ecrã do Porsche. No total, desapareceram 60% dos botões só Panamera. Esta tudo num ecrã que é quase uma Bimby. Requer habituação para dominar todas as funcionalidades, mas o facto de agora ter passado a falar português ajuda bastante.

Não é, contudo, o único ecrã do Panamera. Há ao todo três. O grande da consola central, um outro em frente ao condutor — tem toda a informação da viagem, incluindo os consumos que rondaram os 11 e os 15 litros –, a navegação, mas também a câmara de visão noturna que o ajuda em situações imprevistas durante a noite — e mais um para quem vai atrás. Se quem vai a frente, especialmente com as mãos no volante do 911, o novo gigante da Porsche consegue ser desportivo e confortável ao mesmo tempo, quem vai atrás pode relaxar.

Os bancos em pele — além de toda a outra pele presente no interior do Panamera — seguram o passageiro do Panamera. Dão apoio quanto baste nas curvas, e massagens — sim, massagens — a lá carte nos dois bancos de trás. No ecrã entre os dois bancos, pode selecionar a massagem que pretende num conjunto de diferentes técnicas. Além disto, permite ajustar a temperatura e até criar um ambiente mais acolhedor levantando as cortinas com apenas um toque num ecrã.

Mais de 100 mil. É muito?

Só falta mesmo um outro botão para separar os passageiros do condutor para se parecer com uma limousine. Mas se para andar no banco de trás da Panamera podem bastar algumas dezenas de euros numa qualquer app de transporte de luxo, para ter o prazer de por a mão no volante serão precisos vários milhares. O mais barato dos Panamera, o híbrido, custa 115 mil euros, já o 4S chega a 126 mil. O Turbo atira-se para os 176 mil euros.

É mais de uma centena de milhar euros que muitos portugueses estão dispostos a pagar por um Panamera que agora está em condições de cumprir com o ADN da marca. E isso mesmo esta a fazer com que vários queiram tê-lo. “Estamos a ter o clássico bom problema da Porsche em Portugal: não temos carros para as encomendas”, diz Nuno Costa. As primeiras unidades para a Europa serão entregues em meados de abril de 2017.

 

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Vem aí um Fundo Europeu de Defesa

Já não há dúvidas: a Comissão Juncker vai apostar forte na defesa da União Europeia. Para já é apenas uma proposta, mas entre 2021 e 2027 a UE pretende gastar 3,5 mil milhões de euros com a defesa.

A Comissão Europeia avançou com a proposta de um novo Fundo Europeu de Defesa. Depois de ter sinalizado essa vontade, Juncker incumbiu a chefe da diplomacia europeia, também responsável pela defesa, Federica Mogherini, de apresentar o plano de ação para a defesa europeia ao lado do vice-presidente da Comissão Europeia, o finlandês Jyrki Katainen. A proposta segue para discussão com a próxima reunião do Conselho Europeu de dia 15 de dezembro na mira.

O objetivo é agregar esforços entre os Estados-membros para que a despesa na defesa seja mais eficiente e traga mais resultados para a segurança dos cidadãos europeus. O primeiro passo é formar um Fundo Europeu de Defesa para investir em desenvolvimento de equipamentos e tecnologias relacionados com segurança. O fundo divide-se em dois campos de ação:

A primeira parte que a Comissão Europeia propõe chama-se a research window e é um fundo colaborativo para investir na investigação tecnológica de softwares encriptados e em robótica, por exemplo. No orçamento da União Europeia para 2017 já está prevista uma despesa de 25 milhões de euros dedicados a este tema.

No entanto, a UE, nesta proposta, acrescenta que o valor pode ascender aos 90 milhões de euros até 2020, demonstrando uma clara aposta na defesa nos próximos anos do mandato de Jean-Claude Juncker. Mais ainda: para lá de 2020, a Comissão pretende propor um programa estritamente dedicado à defesa financiado por 500 milhões por ano. Ou seja, entre 2021 e 2027, Juncker pretende gastar 3,5 mil milhões de euros com a defesa da UE.

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À esquerda: Federica Mogherini, chefe da diplomacia europeia. À direita: vice-presidente da Comissão Europeia, o finlandês Jyrki Katainen.

A segunda parte é a capability window, uma ferramenta financeira para os Estados-membros puderem fazer compras em conjunto de equipamento de defesa para reduzir custos. Em causa está a compra de drones ou de helicópteros partilhados por vários países da União Europeia.

Além deste foco na investigação e na aquisição de equipamento de defesa, a Comissão Europeia pretende apoiar pequenas e médias empresas europeias, assim como start-ups, que apostem na indústria da defesa. Ao mesmo tempo, a Comissão Juncker quer fortalecer o mercado único neste ramo da indústria com novas diretivas para os países, facilitando a troca de materiais militares entre Estados-membros.

Editado por Paulo Moutinho

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Bookingdrive: Carro parado? Ponha-o a render

Arrancou esta quinta-feira a Bookingdrive, uma plataforma de aluguer de automóveis que também lhe vai permitir pôr o seu carro a render.

Pense no automóvel e faça as contas: quanto tempo está parado? Na Europa, estima-se que um carro esteja estacionado em 92% do tempo. Mas agora pode rentabilizar esse tempo, graças à plataforma Bookingdrive. Com sede no norte do país, a plataforma começou a funcionar em pleno esta quinta-feira.

Permite, por um lado, emprestar temporariamente um carro a troco de dinheiro e, por outro, alugar um dos vários automóveis dos proprietários que nela se inscreveram. Opera em todo o país, com enfoque para Porto e Lisboa. Ao ECO, Jorge Forte, responsável pelo projeto, garante que a barreira dos dois mil inscritos já foi ultrapassada. Há também mais de 40 automóveis registados para aluguer, avançou.

A ideia não é pioneira. A Bookingdrive adotou um modelo já comum em países como Espanha, França, Alemanha, Estados Unidos e Austrália. O processo é, aparentemente, simples: um proprietário regista um veículo na plataforma e indica em que períodos e dias está disponível para emprestar a chave, assim como o valor que pretende receber por isso. O carro tem de ter menos de 11 anos, inspeção em dia e seguro e imposto de circulação pagos.

Depois, alguém registado na plataforma, e que necessite de um automóvel, entra em contacto com o proprietário para combinar um ponto de encontro. Usa o automóvel e devolve-o quando combinado. Para participar, é preciso ter mais de 21 anos e o pagamento do serviço faz-se na plataforma, “por cartão de crédito”, explica Jorge Forte.

Vídeo: Como funciona a Bookingdrive

O diretor da Bookingdrive prefere não falar de valores de investimento, mas não esconde o modelo de negócio: “É à comissão. Recebemos 20% do valor do serviço”, indica ao ECO. No entanto, não foi fácil levar o projeto avante: “A ideia já a andava a magicar há anos.” Chegou a tentar, mas “impedimentos legais” levaram a adiar o projeto para agora.

Só “com as companhias de seguro”, o acordo levou “dois anos” até chegar ao ponto em que está hoje. Segundo Jorge Forte, é a seguradora Fidelidade que ajuda a verificar — e, por conseguinte, a aprovar — os proprietários que, depois de aprovados, ficam cobertos por um seguro automóvel “com uma ampla cobertura”, frisa a Bookingdrive em comunicado.

O ECO simulou uma pesquisa de automóveis no final da tarde desta quarta-feira e encontrou 14 viaturas registadas em Lisboa. A mais cara era um Audi TT de 2011 a gasóleo com 12.300 quilómetros por 200 euros por dia, enquanto a mais acessível era um Volkswagen Polo de 2006 a gasolina com 95.400 quilómetros registados, por 15 euros diários.

Recorde-se que os preços são definidos pelos proprietários. Comparando com alguns dos principais serviços de rent a car, um Volkswagen Up para aluguer a 2 de dezembro e devolução no dia seguinte custava 51,07 euros na Hertz, enquanto na InterRent, o aluguer do mesmo automóvel custava 4,66 euros por dia.

E se correr mal? Jorge Forte reconhece que o principal desafio é “conquistar confiança”. Se um automóvel não estiver em condições, é possível apresentar queixa à plataforma, que pode mesmo expulsar proprietários ou clientes.

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Petróleo puxa pelo Dow Jones

As bolsas norte-americanas estão a valorizar, com o índice industrial a destacar-se nos ganhos à boleia da escalada dos preços do petróleo nos mercados internacionais.

O Dow Jones continua a brilhar. Enquanto o S&P e o Nasdaq estão pouco alterados, o índice industrial valoriza, negociando perto de máximos históricos, animado pelas empresas do setor petrolífero. A escalada dos preços do petróleo está a puxar pela negociação em Wall Street.

O S&P 500 segue estável, já o Nasdaq, que caiu quase 1% na última sessão, segue a perder ligeiros 0,01%. O destaque vai mesmo para o Dow Jones que apresenta uma valorização de 0,26% para 19.172,99 pontos.

Empresas como a Exxon Mobil e a Chevron estão a ser o motor de mais uma sessão positiva. registam valorizações acentuadas que refletem o entusiasmo dos investidores em torno da escalada dos preços do petróleo.

O acordo alcançado pela OPEP para reduzir a oferta está a puxar pelas cotações da matéria-prima. O WTI já superou os 50 dólares, seguindo a cotar nos 51 dólares, isto ao mesmo tempo que o Brent, em Londres, ganha mais de 3% para um valor acima dos 53 dólares.

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Lingerie de três milhões? A Victoria Secret tem

  • ECO
  • 1 Dezembro 2016

Uma das peças usadas pelas modelos da Victoria Secret no desfile em Paris da última coleção vale três milhões de dólares. Veja o vídeo dos principais momentos do desfile.

Chama-se Bright Night Fantasy Bra e vale três milhões de dólares. Foi usado pelo modelo da Victoria Secret de 25 anos, Jasmine Tookes, no desfile da nova coleção da marca de lingerie, em Paris, que vai ser emitido na próxima segunda-feira na CBS.

A peça foi desenhada por Eddie Borgo, é feita de quase nove mil pedras preciosas e tem mais de 450 quilates de diamantes e esmeraldas em ouro de 18 quilates. O soutien foi mostrado no Victoria’s Secret Fashion Show de 2016 no Grand Palais em França esta quarta-feira à noite.

Também presente no desfile esteve a modelo portuguesa Sara Sampaio. A modelo portuense esteve ao lado de nomes como Irina Shayk, Adriana Lima, Alessandra Ambrosio e Martha Hunt. Karlie Kloss foi a ausência da noite.

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