VdA: Novo escritório em Santos em edifício da Fidelidade

A Vieira de Almeida (VdA) muda-se na próxima segunda-feira dia 20 de novembro, para um novo escritório, em Santos, propriedade da Fidelidade Property Europe.

A sociedade de advogados Vieira de Almeida (VdA) muda-se na próxima segunda-feira dia 20 de novembro, para um novo escritório, um edifício na zona de Santos, propriedade da Fidelidade Property Europe, SA – (que assegura a gestão dos investimentos imobiliários do Grupo Fidelidade).

“O projeto resulta da reabilitação de um complexo industrial em Santos, convertido num moderno edifício de escritórios, distinguindo-se pela valorização patrimonial e cultural do edifício, respeitando a sua história e memória, através da reinterpretação do espaço industrial legado a uma zona da cidade que está a despertar para uma nova vivência”, segundo comunicado enviado pela Fidelidade.

“Este projeto é um marco no movimento de reabilitação da zona Ribeirinha de Lisboa que, sendo hoje uma realidade, não era ainda evidente aquando do arranque do projeto. A decisão da Vieira de Almeida & Associados de mudar o escritório de Lisboa para esta zona da cidade e a aposta da Fidelidade Property Europe numa operação de grande investimento nesta localização, evidenciam a sintonia entre duas instituições de referência nos seus respetivos setores”, afirma Miguel Santana, Administrador da Fidelidade Property.

O projeto ficou a cargo da OPENBOOK Architecture e PMC Arquitectos, em articulação com a VdA de modo a refletir a sua cultura e o seu posicionamento institucional.

O escritório, que ocupa na totalidade cerca de 8.330 m2 de área bruta acima do solo e 3.192 m2 de área bruta abaixo do solo, resulta de um projeto de reabilitação de um conjunto de naves industriais em Santos, da propriedade da Fidelidade Companhia de Seguros, e a sua conversão num moderno edifício de escritórios. O edifício, uma referência de estilo em edifícios do tipo industrial da primeira metade do século XX, mantinha a sua arquitetura original de grande interesse, embora em avançado estado de deterioração. A intervenção conservou as fachadas originais do edificado.

“Este movimento representa também o nosso compromisso para com a cidade de Lisboa, a quem retribuímos com este projeto de reabilitação, num ambiente cultural e de inovação, e com uma tecnologia que nos prepara para os desafios futuros dos escritórios de advocacia empresarial. Este é também um espaço de proximidade, em que a forte cultura VdA se faz sentir em todo o conceito”, refere João Vieira de Almeida, Managing Partner da VdA.

O projeto agora anunciado está inserido num conjunto de outros, de grande dimensão, que o Grupo Fidelidade está a desenvolver na cidade de Lisboa, e que são a face visível da recomposição do portfólio imobiliário que a Seguradora tem em curso, no âmbito da qual irá intervencionar diversos outros imóveis, maioritariamente em Lisboa e no Porto.

O Grupo Fidelidade, através da Fidelidade Property, investiu durante os últimos doze meses mais de 80 milhões de euros na reconstrução de edifícios situados, especialmente, em zonas históricas da capital.

O projeto desenvolve-se em dois núcleos comunicantes ocupando na totalidade 11.522 m2 de área bruta. O primeiro núcleo, confinante com a Rua Dom Luis I e Boqueirão do Duro, é constituído por três pisos acima do solo e um piso em cave para estacionamento e zonas técnicas. O segundo núcleo, com entrada pelo Largo Conde Barão, é constituído por um edifício com cinco pisos acima do solo e com aproveitamento da cobertura.

O novo escritório fundado por Vasco Vieira de Almeida passa a ter um auditório de 140 lugares, biblioteca, galeria de arte, 23 salas de reuniões, três espaços de reuniões informais, estúdio de música e um gabinete médico. São 157 gabinetes para 380 postos de trabalho.

 

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Saída de Isabel dos Santos da Sonangol pode “apimentar” ângulo de fusões e aquisições na Galp Energia

Atividade de fusões e aquisições da Galp deverá aquecer com Isabel dos Santos de fora da Sonangol. Isto numa altura em que o Estado português terá de vender a sua posição "mais tarde ou mais cedo".

Os analistas consideram que a exoneração de Isabel dos Santos da presidência da petrolífera angolana Sonangol vai fazer aquecer a atividade de fusões e aquisições (M&A) na Galp GALP 0,10% .

A empresária angolana já detém indiretamente uma participação relevante na empresa portuguesa. Ela detém 55% da Amorim Energia, uma holding partilhada com a família de Américo Amorim que por sua vez tem uma posição de 33% na Galp.

O BPI lembra que “a estabilidade da holding Amorim Energia tem sido uma fonte de incerteza durante muito tempo” e, agora, com as mudanças anunciadas esta quarta-feira na Sonangol, a especulação vai aumentar de novo no seio da petrolífera portuguesa. Em último caso, isto vai apimentar o ângulo de fusões e aquisições da Galp”, salientam os analistas do BPI numa nota publicada esta quinta-feira. As ações estão a subir 0,47% para 15,96 euros.

Este cenário ganha relevância na medida em que se perspetivam mudanças na estrutura acionista na Galp, depois de o Estado português ter assumido uma participação de 7,5% na empresa portuguesa na sequência do vencimento de uma linha de obrigações convertíveis em ações. Fê-lo através da sua gestora de participações Parpública, que se tornou no segundo maior acionista da Galp.

"A estabilidade da holding Amorim Energia tem sido uma fonte de incerteza durante muito tempo e isto deverá aumentar de novo a especulação que poderá em último caso apimentar o ângulo de fusões e aquisições da Galp.”

BPI Research

O banco considera que essa posição “terá de ser vendida mais tarde ou mais cedo” pelo Governo. “As obrigações convertíveis da Parpública expiraram em setembro e, de acordo com a lei atual, a Parpública não pode manter essa participação, embora não haja data prevista para essa alienação”, notam os analistas do banco.

O Estado viu a sua posição na Galp aumentar recentemente depois de uma emissão de obrigações da petrolífera ter atingido a sua maturidade no final de setembro. Em vez de receber ações, os investidores decidiram receber o dinheiro de volta, levando a Parpública a pagar cerca de 885 milhões de euros, contou o jornal Público na altura.

Quem são os maiores acionistas da Galp?

Fonte: Bloomberg

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Novo modelo de gestão das contas públicas está atrasado

  • Lusa
  • 16 Novembro 2017

A implementação da Entidade Contabilística do Estado, em risco de não estar pronta em 2019, é "fundamental para concretizar o novo modelo de gestão das finanças públicas" diz o Tribunal de Contas.

O Tribunal de Contas (TdC) concluiu que existe um risco de a Entidade Contabilística Estado (ECE), que está a ser implementada, não estar em funcionamento para o exercício orçamental de 2019.

Nas conclusões do relatório intercalar de auditoria à implementação da ECE, divulgado esta quinta-feira, o Tribunal de Contas conclui que “subsistem riscos de o processo em curso não assegurar a plena implementação da ECE para o exercício orçamental de 2019“.

O Tribunal examinou o processo de implementação, em curso, da Entidade Contabilística Estado (ECE), que foi criada pela Lei de Enquadramento Orçamental (LEO) e constituída pelo conjunto das operações contabilísticas da responsabilidade do Estado, cujo referencial é o Sistema de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas (SNC-AP).

Pela materialidade financeira do conjunto de operações que constitui a ECE, a sua implementação é fundamental para concretizar o novo modelo de gestão das finanças públicas definido na LEO.

Tribunal de Contas

“Pela materialidade financeira do conjunto de operações que constitui a ECE, a sua implementação é fundamental para concretizar o novo modelo de gestão das finanças públicas definido na LEO”, afirma o Tribunal de Contas.

O Tribunal afirma que “as recalendarizações do projeto, com a dilação dos prazos associados ao desenvolvimento de todas as atividades, traduziram-se no adiamento por 15 meses da conclusão do projeto-piloto da ECE previsto no âmbito do contrato com o Eurostat”, o gabinete de estatísticas da Europa.

A implementação piloto tem um âmbito mais restrito do que o definido para a ECE pela LEO “ao excluir, por exemplo, as operações associadas à dívida pública, às receitas fiscais, ao património imobiliário do Estado e às parcerias público-privadas [PPP]”, explica o Tribunal de Contas.

Não está previsto um apropriado período experimental de todas as operações a reconhecer e a mensurar pela ECE, para definir os requisitos técnicos e institucionais necessários à efetiva e plena aplicação das disposições da LEO ao exercício orçamental de 2019

Tribunal de Contas

Além disso, “não está previsto um apropriado período experimental de todas as operações a reconhecer e a mensurar pela ECE, para definir os requisitos técnicos e institucionais necessários à efetiva e plena aplicação das disposições da LEO ao exercício orçamental de 2019”.

Por outro lado, sublinha o envolvimento das entidades que terão de prestar a informação necessária à ECE “é diminuto, sobretudo nos casos da Autoridade Tributária e Aduaneira e da Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos”.

Nesse sentido, o Tribunal de Contas recomenda a “atribuição dos recursos necessários à plena implementação da ECE para o exercício orçamental de 2019 e um “período experimental apropriado” para as entidades que tenham de prestar informação à ECE que inclua todas as operações a reconhecer e mensurar.

SNC-AP também escrutinado

Noutra auditoria, cujos resultados também foram conhecidos esta terça-feira, o Tribunal de Contas olha para o processo de implementação do SNC-AP, que substitui o plano oficial de contabilidade pública e os planos de contas setoriais.

No documento, em que reporta os desenvolvimentos entre abril e outubro de 2017, o Tribunal recomenda que a Unidade de Implementação da Lei de Enquadramento Orçamental (UniLeo) “assegure atempadamente a produção das propostas de revisão dos normativos legais, face ao seu impacto na definição da arquitetura do Estado” e “o desenvolvimento dos módulos críticos para a implementação do SNC-AP e cumprimento da LEO”.

Também é recomendado que sejam disponibilizados “meios humanos e financeiros”, que seja nomeada a “entidade responsável pela preparação de contas consolidadas” e que seja ponderado “alargar a outras entidades de pequena dimensão o regime especial de contabilista público previsto para as freguesias”.

Recordando que a UniLeo preparou um plano de implementação da LEO, o TdC alertou que “o calendário legal fixado continua a ser exigente, mantendo-se constrangimentos que podem pôr em causa a transição prevista para 1 de janeiro de 2018”.

Entre estes constrangimentos, o Tribunal destaca “dificuldades na operacionalização do Gabinete de Gestão e Coordenação de Projetos da UniLEO e subdimensionamento das estruturas de apoio ao processo de transição” e uma “sensibilização insuficiente das entidades e respetivos dirigentes para uma abordagem integrada do processo de transição para o SNC-AP”.

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Limitar turismo é “um disparate absoluto”, diz Governo

O ministro dos Negócios Estrangeiros rejeita que haja turistas a mais e defende que é preciso "contrariar o discurso contra o turismo".

A Câmara Municipal de Lisboa prepara-se para impor alguns limites ao turismo, através da definição de quotas para o alojamento local e de uma capacidade máxima de unidades hoteleiras na cidade. Esta estratégia, diz Augusto Santos Silva, é “um disparate absoluto”. O ministro dos Negócios Estrangeiros alinha-se no discurso que tem vindo a ser feito pelo Governo e rejeita que haja turistas a mais, mesmo nos centros históricos das maiores cidades. O importante, garante, é “contrariar o discurso contra o turismo”.

“O turismo vale 7% do Produto Interno Bruto [PIB] e 8% do nosso emprego. Representa mais de um terço do conjunto das exportações e mais de metade das exportações de serviços. Todos os indicadores representam um crescimento sólido e sustentável“, começou por dizer o ministro, um dos convidados do congresso anual da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que este ano decorre em Coimbra.

É falso que o país tenha turistas a mais, é falso que Lisboa tenha turistas a mais, é falso que o centro de Lisboa tenha turistas a mais, é falso que o turismo seja uma ameaça seja para que dimensão for.

Augusto Santos Silva

Ministro dos Negócios Estrangeiros

Para Augusto Santos Silva, “é falso que o país tenha turistas a mais, é falso que Lisboa tenha turistas a mais, é falso que o centro de Lisboa tenha turistas a mais, é falso que o turismo seja uma ameaça seja para que dimensão for”. Pelo contrário: “Temos uma margem de crescimento que é nossa obrigação explorar. Precisamos do turismo para que o crescimento do emprego continue e se expanda, para que os programas em curso de reabilitação urbana nas nossas cidades prossigam, para que a restauração, os serviços e o tecido de comércio e serviços não regresse à astenia que viveu há poucos anos”.

Assim, defende, é preciso “contrariar o discurso contra o turismo” e trabalhar para o seu crescimento. “Seria um disparate absoluto parar com o crescimento do turismo”, argumenta. Recorde-se que na quinta-feira passada (9 de novembro), a presidente do Conselho das Finanças Públicas, Teodora Cardoso, lançou um alerta para os riscos relacionados com a volatilidade da atividade e pediu “grande prudência”, não só por ser “um dos componentes mais voláteis da procura externa” mas especialmente por estar a levar a um aumento dos preços do imobiliário, que historicamente provocou, em parte, a crise de 2011.

A estratégia deverá passar pela articulação da economia, cultura e política externa. “A boa conjuntura que o turismo atravessa não é apenas uma conjuntura. É preciso investir nas forças estruturais que podem fazer disto mais do que uma conjuntura. Se articularmos melhor o que uns fazem na economia, outros na cultura e outros na política externa, esse potencial multiplica-se”, concluiu.

Também presente neste congresso, a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, também rejeita que haja um problema de sobrecarga. “Estamos longíssimo da sobrecarga. Temos situações pontuais que devem ser resolvidas, não devemos enfiar a cabeça na areia”, disse a governante.

Estamos longíssimo da sobrecarga. Temos situações pontuais que devem ser resolvidas, não devemos enfiar a cabeça na areia.

Ana Mendes Godinho

Secretária de Estado do Turismo

Para isso, lembrou, o Governo já avançou com um Programa de Sustentabilidade do Turismo, que visa, sobretudo, a sustentabilidade social. “Queremos que o turismo seja um agente para garantir que pelo menos 90% das populações estão satisfeitas com o turismo nos seus territórios. Queremos agir na prevenção e implementar projetos, pedindo à sociedade civil que também os desenvolva, no sentido de identificar problemas que existam e agir sobre eles”, explicou.

A jornalista viajou a Coimbra a convite da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).

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Turismo pede cautela. Falta “transformar o conjuntural em estrutural”

A Associação da Hotelaria de Portugal desvaloriza a "euforia" em torno do turismo e pede esforços para que o crescimento do setor seja estrutural. Augusto Santos Silva garante que já é.

O turismo tem sido um dos principais motores da economia e a grande maioria das empresas do setor conseguiu “superar a crise e reposicionar-se”. Contudo, os sucessivos recordes do turismo devem ser olhados com cautela: tal como disse Marcelo Rebelo de Sousa nas comemorações da implantação da República, “não há sucessos eternos nem reveses definitivos“. Para a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), falta “transformar o conjuntural em estrutural”.

“Disse o nosso Presidente da República, nas comemorações da implantação da República, que não há sucessos eternos nem revezes irreversíveis. Esta dupla constatação é bem verdade no nosso setor: apesar de toda a euforia e entusiasmo em torno do nosso país, a verdade é que acabámos de regressar de uma profunda crise económica que abalou os alicerces das empresas de turismo”, disse Raul Martins, presidente da AHP, na abertura do congresso anual da associação, que este ano decorre em Coimbra.

“Não se pode dizer que tenhamos regressado incólumes, mas, contra muitas previsões e prognósticos, a grande maioria das empresas portuguesas conseguiu superar a crise e reposicionar-se”, sublinhou. Contudo, ressalvou, “se os sucessivos recordes do turismo e da hotelaria são, por um lado, importantes catalisadores do renascimento da economia nacional, por outro, inspiram em muitos justificados ecos de preocupação“.

Para além da pressão turística nos maiores centros urbanos ou da falta de capacidade do aeroporto de Lisboa para acomodar o crescimento que tem vindo a verificar-se, Raul Martins salienta aspetos como a falta de mão-de-obra qualificada. Há “dificuldade na captação, retenção e formação de pessoas”, reconheceu, criticando ainda os contratos coletivos de trabalho do setor, que consideram estarem “obsoletos”.

"Estamos num ponto de viragem e, do alto desta dinâmica ascendente, falta ainda desenhar as estratégias que permitirão transformar o conjuntural em estrutural, respondendo aos desafios e aproveitando as oportunidades.”

Raul Martins

Presidente da Associação da Hotelaria de Portugal

Assim, concluiu, encara o futuro do setor com “realismo otimista”: “Estamos num ponto de viragem e, do alto desta dinâmica ascendente, falta ainda desenhar as estratégias que permitirão transformar o conjuntural em estrutural, respondendo aos desafios e aproveitando as oportunidades”.

Também presente neste congresso, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, respondeu a Raul Martins. “Para além das razões de circunstância, há outras que são estruturais e não conjunturais” a explicar o crescimento do turismo. Augusto Santos Silva resume estas razões em apenas duas: “Abertura ao outro e cosmopolitismo. Esta é uma característica estrutural da sociedade portuguesa”, garante.

Por outro lado, salientou, “é preciso não depreciar o esforço enorme que o país fez na modernização das infraestruturas que tinha, para que a oferta turística seja atrativa”, além da “qualidade de serviço que hoje prestamos, especificamente a qualidade da formação dos recursos humanos que hoje trabalham no turismo”.

Assim, garante o ministro dos Negócios Estrangeiros, o crescimento do turismo é “sólido e sustentável”.

A jornalista viajou a Coimbra a convite da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).

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Revista de imprensa internacional

Livros ajudam Prisa e May oferece mais para selar o divórcio. Estas e outras notícias que marcam as manchetes internacionais nesta quinta-feira.

Esta quinta-feira, as manchetes internacionais enchem-se de investimentos milionários em energias renováveis na China e na Arábia Saudita e de faturas milionárias no Reino Unido. Em Espanha, o negócio dos livros puxou pelos lucros da Prisa, enquanto no Brasil as ações da petrolífera estatal estão a ser penalizadas por uma combinação de fatores letais.

The Sun

Theresa May acrescenta mais 22,3 mil milhões ao acordo do Brexit

A primeira-ministra britânica, Theresa May, estará a preparar-se para oferecer mais 22,3 mil milhões de euros a Bruxelas para garantir um acordo comercial aquando da saída do país da União Europeia. Este montante irá juntar-se aos 20 mil milhões já prometidos por May para saldar todas as despesas. Ainda assim, Bruxelas aponta para que a fatura total de saída se situe entre os 60 mil milhões e os 100 mil milhões.

Leia a notícia na íntegra aqui. (Acesso livre/Conteúdo em inglês)

Reuters

Volkswagen vai investir dez mil milhões em carros elétricos na China

O grupo Volkswagen anunciou que pretende investir dez mil milhões de euros, até 2025, para desenvolver e fabricar carros elétricos na China. O responsável do grupo na China, Jochem Heizmann, disse à Reuters que pretende lançar 155 novos modelos nos próximos dois a três anos e mais 25 após 2025. Esta é a forma que o grupo, que tem também a marca Audi, de cumprir as novas regras que o país impôs para a produção de veículos ‘verdes’.

Leia a notícia na íntegra aqui. (Acesso livre/Conteúdo em inglês)

Bloomberg

SoftBank planeia investimentos de 25 mil milhões na Arábia Saudita

O fundo japonês SoftBank prevê investir até 25 mil milhões de dólares em negócios na Arábia Saudita no próximos quatro anos. O capital vai ser dividido entre a construção de uma nova cidade chamada Neom, que será maior que o Dubai e terá mais robôs que humanos, e a aposta na Saudi Electricity, a elétrica estatal, para diversificar a atividade no ramo das energias renováveis. Para o país, será uma maneira de diminuir a dependência económica do petróleo

Leia a notícia na íntegra aqui. (Acesso livre/Conteúdo em inglês)

El País

Prisa melhora resultado operacional à boleia da educação

A Prisa aumentou o seu resultado operacional em 2,49% nos nove primeiros meses do ano, alcançando um EBITDA ajustado de 195 milhões de euros. O destaque vai para a melhoria das margens operacionais e do resultado financeiros que se traduzem numa melhoria do resultado líquido, se forem descontadas as operações não recorrentes. A evolução positiva do negócio da educação é o principal justificativo destes resultados, mas também o crescimento da publicidade digital, do negócio da rádio e os efeitos cambiais com a América Latina.

Leia a notícia na íntegra aqui. (Acesso livre/Conteúdo em espanhol)

Valor Econômico

Petrobrás perde 15 mil milhões de reais em valor de mercado numa sessão

A petrolífera estatal brasileira perdeu 15 mil milhões de reais (3,8 mil milhões de euros) em valor de mercado apenas numa sessão. Para esta queda contribuiu uma combinação letal da queda do preço do petróleo com lucros trimestrais abaixo do esperado. Enquanto a cotação da matéria-prima tem estado a sofrer com os alertas da Agência Internacional de Energia, os analistas esperavam lucros de 2,7 mil milhões de reais, mas a Petrobrás registou apenas 266 milhões.

Leia a notícia na íntegra aqui. (Acesso livre/Conteúdo em português)

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Hotelaria aceita discutir limites. “Para não haver descaracterização”

Lisboa quer impor um travão ao licenciamento de novos hotéis. A maior associação de hotelaria do país não comenta esta medida em concreto, mas está aberta à discussão e a outro tipo de soluções.

Portugal está longe de atingir a saturação que o turismo já provocou em tantas regiões mas, para que se evite chegar a esse ponto, é preciso discutir algum tipo de limite. Esta é a posição da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que diz desconhecer a intenção da Câmara Municipal de Lisboa de impor um travão ao licenciamento de novos hotéis, mas que mostra estar aberta à discussão.

“Estamos longe de atingir a saturação das cidades ou regiões mais importantes. Ainda temos espaço, mas devemos acautelar a situação para que isso não venha a ser um problema. Para não haver descaracterização não se pode, por exemplo, transformar por completo uma área de habitação. Se amanhã transformarmos todas as residências de um bairro em alojamento ou hotel, então, não há bairro. Temos de ter um limite. Vamos discutir qual é esse limite”, disse Raul Martins, presidente da AHP, à margem do congresso anual da maior associação de hotelaria do país, que este ano se realiza em Coimbra e que irá discutir, entre outros, temas como o crescimento turístico sem a perda de identidade nacional.

Para não haver descaracterização, não se pode, por exemplo, transformar por completo uma área de habitação. Temos de ter um limite.

Raul Martins

Presidente da Associação da Hotelaria de Portugal

Questionado pelo ECO sobre se isso significa que a AHP está disposta a discutir os limites que a Câmara de Lisboa pretende impor, Raul Martins recusou comentar, dizendo que desconhece quais serão esses limites.

A medida consta do acordo assinado entre Fernando Medina, presidente reeleito, e Ricardo Robles, vereador eleito pelo Bloco de Esquerda, para o próximo mandato na autarquia lisboeta. Para além da definição de quotas para limitar o número de alojamentos locais em Lisboa, a autarquia vai definir uma capacidade máxima de unidades hoteleiras, com o objetivo de assegurar mais espaço na cidade para a habitação. Não há ainda um prazo para que esta medida avance e também não estão definidos quais serão os limites. Sabe-se apenas que estes limites à abertura de hotéis não vão ser iguais para todas as zonas da cidade, isto é, vão depender da pressão turística existente em cada freguesia.

Raul Martins propõe, ainda assim, outro tipo de limites: por exemplo, fixar um número máximo de visitantes por hora nos monumentos com maior afluência, para evitar grandes filas e concentrações de turistas num mesmo local. “Não há de ser muito difícil para o Governo avançar com uma medida destas”, considera.

Taxa turística vai aumentar? “Não há razão para isso”

Outra das medidas que consta do acordo assinado entre PS e Bloco de Esquerda é o possível aumento da taxa turística na capital, atualmente de um euro por noite (por pessoa, até ao máximo de sete noites consecutivas). Até 1 de janeiro de 2019, a câmara vai reavaliar a taxa turística a cobrar na capital, podendo o valor ser aumentado.

A intenção de Ricardo Robles, vereador eleito pelo Bloco de Esquerda, era duplicar o valor da taxa, para dois euros por noite, e usar as receitas desta taxa para financiar rendas acessíveis na cidade. Contudo, no acordo assinado com Fernando Medina, não vem esclarecido para quanto é que a taxa poderá aumentar, nem é referido que as receitas possam ser destinadas à habitação. “Consultado o Comité de Investimentos do Fundo de Desenvolvimento Turístico, a Câmara Municipal de Lisboa decidirá sobre as receitas do mesmo, nomeadamente para as áreas da higiene urbana e dos transportes públicos nas zonas de maior pressão turística“, pode ler-se no acordo.

É esse comité, composto pela Câmara de Lisboa, a AHP, a AHRESP e a Associação de Turismo de Lisboa, que faz a gestão das receitas provenientes da taxa turística e que decide quais os investimentos a realizar com essas receitas. Sobre este assunto, Raul Martins é claro: a taxa turística é para continuar a ser gerida pelo Fundo de Desenvolvimento Turístico e não há qualquer razão para que seja aumentada.

“A AHP fez um acordo com a Câmara de Lisboa no mandato anterior. O que está acordado, até ser denunciado, está acordado. A câmara não alterou estes termos e este é um acordo que não tem data”, sublinha. Ao mesmo tempo, acrescenta, o comité não foi consultado sobre o possível aumento da taxa turística. “Esse aumento só deve existir quando houver necessidade disso, se houver projetos turísticos que o justifiquem. E não conhecemos nenhuma razão para aumentar”, salienta.

A jornalista viajou a Coimbra a convite da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).

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Angola já emitiu dez mil milhões de euros em dívida este ano

  • Lusa
  • 16 Novembro 2017

A dívida colocada por Angola na segunda semana de novembro aumentou mais de 30%, para 65,4 mil milhões de kwanzas (338 milhões de euros), aproximando-se dos 10.000 milhões de euros emitidos este ano.

A dívida pública colocada por Angola na segunda semana de novembro aumentou mais de 30%, para 65,4 mil milhões de kwanzas (338 milhões de euros), aproximando-se dos 10.000 milhões de euros de títulos do Tesouro emitidos este ano.

De acordo com dados do relatório semanal sobre a evolução dos mercados monetário e cambial do Banco Nacional de Angola (BNA), compilados pela agência Lusa, o banco central colocou no mercado primário, entre 06 e 10 de novembro, um total de 41,5 mil milhões de kwanzas (214,5 milhões de euros) em Bilhetes do Tesouro (BT).

Somam-se 17 mil milhões de kwanzas (87,8 milhões de euros) em Obrigações do Tesouro (OT-TXC) indexadas à taxa de câmbio e 1.000 milhões de kwanzas (5,2 milhões de euros) em Obrigações do Tesouro Não Reajustadas (OT-NR).

As taxas de juro médias a pagar pela emissão de BT pelo BNA, em representação do Estado angolano, oscilaram entre os 16,15% na maturidade a 91 dias e os 23,90% no prazo de 364 dias, praticamente inalteradas desde março, enquanto as OT indexadas à taxa de câmbio vão pagar taxas de juro nominais entre os 7,0%, pela maturidade de três anos, e os 7,75%, para a maturidade de seis anos.

Esta foi a 38.ª emissão semanal de dívida pública de 2017 e no segmento de venda direta de Títulos do Tesouro ao público em geral foram ainda colocados 5,9 mil milhões de kwanzas (30,5 milhões de euros).

Desde o início da emissão de dívida em 2017, que só arrancou na segunda quinzena de fevereiro, Angola já colocou mais de 1,880 biliões de kwanzas (9.750 milhões de euros) em bilhetes e obrigações do Tesouro.

Angola vive desde finais de 2014 uma crise financeira e económica e no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2017 as receitas fiscais só deverão cobrir 49,6% das necessidades totais, acrescido das receitas patrimoniais, com 6,7%, de acordo com o mesmo documento.

As receitas provenientes do endividamento público deverão atingir um peso de 43,6% do valor global inscrito no Orçamento, chegando a 3,224 biliões de kwanzas (16,7 mil milhões de euros).

Além de contrair nova despesa pública, no mercado interno e externo, o OGE de 2017 prevê 2,338 biliões de kwanzas (12,1 mil milhões de euros) para o serviço da dívida este ano.

Nas contas do Governo, está inscrito um défice orçamental de 5,8% do Produto Interno Bruto em 2017, no valor de 1,139 biliões de kwanzas (5,9 mil milhões de euros).

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Inflação na zona euro mantém-se nos 1,4% em outubro

  • Lusa
  • 16 Novembro 2017

Em Portugal, os preços junto do consumidor subiram para os 1,9% no mês passado.

A taxa de inflação anual fixou-se em outubro nos 1,4% na zona euro e nos 1,7% na União Europeia (UE), acima da homóloga mas aquém da registada em setembro, segundo o Eurostat.

Na zona euro, a taxa de inflação anual de 1,4% de outubro compara-se com a de 0,5% no mês homólogo de 2016 e a de 1,5% de setembro.

No conjunto dos 28 Estados-membros da União Europeia, os preços subiram 1,7%, acima dos 0,5% homólogos mas menos do que na variação em cadeia (1,8% em setembro).

Segundo o gabinete de estatísticas da UE, as mais baixas taxas anuais de inflação em outubro foram registadas em Chipre (0,4%), na Grécia e na Finlândia (0,5% cada) e as mais elevadas na Lituânia (4,2%), na Estónia (4,0%) e no Reino Unido (3,0%).

Em Portugal, a taxa de inflação anual subiu em outubro para os 1,9%, quer na variação homóloga (1,1%), quer em cadeia (1,6%).

A inflação é o indicador preferencial do Banco Central Europeu para ajustar a sua política monetária. O mando central do BCE é garantir que o inflação na zona euro não ultrapassa os 2%.

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Justiça não afastou Isabel dos Santos para não desautorizar antigo Presidente

  • Lusa
  • 16 Novembro 2017

Os advogados que desde 2016 contestam a nomeação de Isabel dos Santos para a Sonangol dizem que a exoneração já era esperada. Consideram que tribunais não queriam desautorizar José Eduardo dos Santos.

Os advogados que desde 2016 contestam judicialmente a nomeação de Isabel dos Santos para a Sonangol consideram que a exoneração já era esperada e que as decisões anteriores dos tribunais pretendiam apenas não desautorizar José Eduardo dos Santos.

A posição foi transmitida em declarações à agência Lusa por David Mendes, porta-voz dos 12 advogados angolanos que avançaram para os tribunais, contestando a nomeação de Isabel dos Santos para presidente do conselho de administração da petrolífera estatal por ter sido feita pelo próprio pai, José Eduardo dos Santos, enquanto chefe de Estado.

“Do nosso lado, a saída já era esperada. Tínhamos a certeza de que a decisão, quer do Tribunal Supremo, quer do Tribunal Constitucional, foram decisões políticas, para não desautorizarem José Eduardo dos Santos. Porque a fundamentação não era consolidada”, afirmou esta quinta-feira o advogado David Mendes.

A ação foi interposta em junho de 2016, aquando da nomeação, alegando violação da lei da Probidade Pública, mas acabou por ser recusada pelo Tribunal Supremo e posteriormente no recurso para o Tribunal Constitucional.

Sabíamos que, a qualquer tempo, a Isabel dos Santos haveria de sair, ou por renúncia ou então por exoneração. Vaticinávamos que fosse por renúncia, tendo em conta a pressão política que podia sofrer e ela, até para salvar a sua honra, deveria ter-se demitido. Mas não, preferiu esticar a corda até ao final”, criticou ainda David Mendes, que foi eleito, em agosto, deputado à Assembleia Nacional nas listas da UNITA, o maior partido da oposição angolana.

"Do nosso lado, a saída já era esperada. Tínhamos a certeza de que a decisão, quer do Tribunal Supremo, quer do Tribunal Constitucional, foram decisões políticas, para não desautorizarem José Eduardo dos Santos. Porque a fundamentação não era consolidada.”

David Mendes

Advogado

Isabel dos Santos, juntamente com a restante administração da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), foi exonerada das funções na quarta-feira, por decisão do Presidente angolano, João Lourenço, que colocou no seu lugar Carlos Saturnino, até agora secretário de Estado dos Petróleos.

“Acreditamos que a decisão do Presidente João Lourenço é uma decisão política correta, porque não se pode governar um país que depende do petróleo e a pessoa que está à frente de uma empresa como a Sonangol não seja da sua confiança política”, apontou David Mendes.

Recordando que o combate à corrupção tem estado em destaque no discurso político do novo chefe de Estado, o advogado diz que é tempo de ser feita uma “auditoria profunda” à Sonangol.

O nosso entendimento é que a Isabel dos Santos foi colocada na Sonangol para encobrir determinados desvios financeiros que foram feitos na empresa, faz anos. Acho que é a altura de se fazer uma auditoria, não se trata de perseguição politica ou judiciária, é uma questão de transparência”, disse ainda.

A Lusa noticiou a 30 de agosto que o Tribunal Constitucional angolano rejeitou o recurso apresentado por estes advogados, contestando a nomeação de Isabel dos Santos.

Segundo o acórdão daquele tribunal, que tem data de 24 de agosto – dia seguinte às eleições gerais angolanas, às quais José Eduardo dos Santos não se candidatou -, em causa está a providência cautelar interposta em junho de 2016, aquando da nomeação, e com a qual os advogados pretendiam suspender a decisão (ato administrativo do chefe de Estado), alegando violação da lei da Probidade Pública, mas que foi recusada no Tribunal Supremo.

A primeira decisão sobre o processo chegou apenas a 22 de dezembro, com o Tribunal Supremo a indeferir a ação, considerando legal a nomeação de Isabel dos Santos para presidente do conselho de administração da Sonangol, no âmbito da reestruturação da petrolífera estatal, que enfrenta uma grave crise financeira decorrente na quebra das receitas com a exportação de petróleo.

O mesmo grupo de advogados recorreu seis dias depois para o Tribunal Constitucional, que levou oito meses a analisar o pedido, sendo este o último recurso possível deste processo.

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S&P mantém rating da Galp Gás Natural em nível de investimento

  • Juliana Nogueira Santos
  • 16 Novembro 2017

A Standard & Poor's manteve a classificação da Galp Gás Natural em "BBB-", ou seja, no nível de investimento, com outlook estável.

A Standard & Poor’s manteve a classificação da Galp Gás Natural em “BBB-“, ou seja, no nível de investimento, com outlook estável. A decisão foi comunicada ao mercados na manhã desta quinta-feira.

“Standard and Poor’s Global Ratings (S&P) confirmou a manutenção do rating de longo prazo (Investment Grade) da GGND em “BBB-” com Outlook estável”, pode ler-se no comunicado publicado na CMVM. Para a agência, a manutenção do rating é o reflexo do perfil de risco do negócio, considerado “excelente”.

“A manutenção do rating com outlook estável, reflete o excelente perfil de risco do negócio da GGND [Galp Gás Natural Distribuição], que deverá ser continuamente apoiado por fluxos de caixa estáveis e previsíveis de atividades de distribuição de gás reguladas”, continua o comunicado.

A Galp Gás Natural Distribuição, gere quatro empresas concessionárias — Beiragás, Lisboagás, Lusitaniogás e Setgás — e quatro licenciadas — Dianagás, Duriensegás, Medigás e Paxgás — responsáveis pela atividade de operação de redes de gás natural em 85 concelhos das oito concessões regionais

(Notícia atualizada às 10h20 com mais informação)

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Ministra da Saúde angolana demite administração dos maiores hospitais públicos

  • Lusa
  • 16 Novembro 2017

Num contexto de Saúde marcado por um "défice claro em infraestruturas sanitárias e médicas", o Presidente de Angola, João Lourenço, admite que as prioridades têm de ser bem definidas.

A ministra da Saúde de Angola, Sílvia Lutucuta, exonerou as administrações de dois dos maiores hospitais públicos do país, em Luanda, além do inspetor-geral e diretor nacional da saúde, conforme despachos a que a Lusa teve acesso esta quinta-feira. Uma decisão que surge um dia depois do Presidente angolano ter exonerado Isabel dos Santos da Sonagol e os irmãos da televisão estatal.

Nos despachos, datados de 13 de novembro, a governante angolana determinou a exoneração dos diretores geral, Maria Lina Antunes, clínico, Fortunato Silva, administrativo, Nair da Costa, e pedagógico e científico, Júlio dos Santos, do Hospital Américo Boavida.

Sílvia Lutucuta exonerou ainda dos cargos de diretor administrativo, Maria Marcos, e pedagógico, e científico, Agostinho Matamba, do Hospital Josina Machel.

Em substituição, para o Hospital Américo Boavida, foram nomeados, em comissão ordinária de serviço, Agostinho Matamba para o cargo de diretor-geral, Virgínia Franco para diretora clínica, Maria Marcos para diretora administrativa e Mateus Miguel para diretor pedagógico e científico.

A titular da pasta da Saúde em Angola exonerou ainda António Armando do cargo de inspetor-geral da Saúde e Miguel Oliveira do cargo de diretor nacional da Saúde.

Para ocupar os cargos de inspetor-geral da Saúde foi nomeado Miguel Oliveira e para diretor nacional da saúde, Isilda Neves.

Em outubro, em declarações à Lusa, a nova ministra da Saúde de Angola defendeu a necessidade da realização de um diagnóstico profundo da situação do setor que dirige, que tem como uma das principais preocupações a humanização e a prevenção.

“Temos que trabalhar mais, temos que fazer um diagnóstico profundo da situação da saúde em Angola, a humanização é uma preocupação desse executivo, temos que prevenir, temos que ter uma saúde pública mais atuante para prevenir as doenças e também olharmos para as questões importantes com os nossos quadros”, disse a ministra.

No seu discurso sobre o estado da Nação, o Presidente angolano admitiu a existência de um “défice claro em infraestruturas sanitárias e médicas, o que se repercute em elevadas taxas de mortalidade”, sublinhando que se impõe que o executivo priorize neste mandato a área social.

Segundo Sílvia Lutucuta, além do défice de infraestruturas, contribuem para o elevado índice de mortalidade no país “técnicos qualificados, recursos também, medicamentos e descartáveis”.

“Nós temos várias dificuldades, mas no atual contexto económico temos que definir bem as prioridades“, disse a governante, apontando a prevenção como a principal estratégia.

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