Petróleo pressiona Wall Street

  • ECO
  • 15 Novembro 2017

Queda do preço do petróleo penalizou as bolsas norte-americanas. Principais índices fecharam no vermelho.

As bolsas norte-americanas encerraram a sessão a desvalorizar, com os investidores ainda à espera de certezas quanto à reforma fiscal. O índice de referência S&P perdeu 0,55%, para 2.564,62 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq recuou 0,47%, para 6.706,21 pontos. Já o industrial Dow Jones recuou 0,59%, para 23.271,28 pontos.

As ações do setor da energia destacaram-se nas quedas, à boleia da descida dos preços do “ouro negro”.

A Agência Internacional de Energia (AIE) reviu em baixa as previsões da procura global de petróleo em 2017 e 2018 devido à subida dos preços do barril e às temperaturas mais suaves do que o habitual no início deste inverno. A AEI vê um corte no crescimento da procura de 100 mil barris por dia, tanto em 2017 como em 2018.

 

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Horácio Piriquito demite-se do conselho fiscal da Federação Portuguesa de Futebol

  • ECO
  • 15 Novembro 2017

Piriquito afirma que "nenhuma informação confidencial foi passada para a praça pública" mas diz que demissão é a "forma de melhor defender o prestígio e o bom nome da instituição em causa"

Horácio Piriquito demitiu-se esta quarta-feira do Conselho Fiscal da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), avança a Lusa. A decisão surge depois de o organismo ter feito uma denúncia à Polícia Judiciária e a Procuradoria-Geral da República por alegada partilha de documentos internos.

“Tomei esta decisão, repito, não porque considere ter praticado algum ilícito, mas porque é esta a forma de melhor defender o prestígio e o bom nome da instituição em causa”, afirmou o dirigente, citado pela Lusa.

A revista Sábado avançou que o comentador afeto ao Benfica Pedro Guerra terá recebido documentos internos da FPF através de Horácio Periquito, membro do Conselho Fiscal.

Em comunicado, a FPF afirmou que iria propor a destituição de Piriquito. “Por em causa poder estar a violação de segredo, a FPF denunciou o referido facto à Polícia Judiciária, disponibilizando-se para os procedimentos entendidos por convenientes”, refere ainda.

“Para defesa do meu bom nome, honra e imagem, irei recorrer às instâncias judiciais para reposição cabal da verdade, tendo em conta os factos que me são imputados”, defende-se Piriquito, em comunicado, acrescentando que “nenhuma informação confidencial foi passada para a praça pública”.

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Tensão em Angola: Sonae diz que parceria da Nos com Isabel dos Santos “funciona bem”

A exoneração de Isabel dos Santos da Sonangol e a tensão que esta vive em Angola não preocupa a Sonae, parceira da empresária na Nos. "Não vemos razões para ser alterada", diz Luís Reis.

Paulo Azevedo (C), CEO da Sonae, chega com o vice-presidente da Sonae, Ângelo Paupério (E) e com o administrador, Luís Reis, para a apresentação de resultados de 2013, no Porto.ESTELA SILVA / LUSA

A tensão em Angola à volta da exoneração de Isabel dos Santos da Sonangol não preocupa a Sonae, empresa parceira da empresária na Nos onde, através da Zopt, ambas controlam a operadora liderada por Miguel Almeida com 52,15% do capital.

Luís Reis, Chief Corporate Center Officer (CCCO) da Sonae questionado pelo ECO, sobre se a situação em Angola pode ter repercussões nos negócios da empresária em Portugal, nomeadamente na operadora de telecomunicações, adianta que “a parceria com a empresária Isabel dos Santos na Nos tem funcionado muito bem, há um alinhamento entre os acionistas. Não vemos nenhuma razão para isto ser alterado no futuro“.

No dia em que foram conhecidos os resultados da Sonae, referentes aos primeiros nove meses do ano, Luís Reis falou ainda de outra parceria por terras de África.

“A parceria em Moçambique com a Satya [com quem o grupo se associou para entrar no retalho alimentar em África] está a funcionar. Queremos abrir mais lojas em Moçambique e estamos a olhar para mais hipóteses em África”, refere. O gestor recusa, no entanto, entrar em mais pormenores.

De resto, na apresentação dos resultados anuais do grupo em março, Paulo Azevedo tinha já referido que estavam “a procurar novas localizações para crescer” em África, remetendo novos desenvolvimentos para “mais tarde em 2017”. Paulo Azevedo assegurou, na altura, que Angola ficava de fora desse plano de expansão.

A Sonae, que este ano já criou 3.000 postos de trabalho, tem vindo a apostar fortemente na internacionalização. “Estamos presentes em mais de 90 países, 32 dos quais com lojas próprias e 87 com lojas próprias ou alheias“, explica Luís Reis. Esta aposta externa da empresa já tem reflexos nas contas da unidade Sports &Fashion, com 40% das vendas a serem feitas fora de Portugal.

Mas Luís Reis destaca outro fator: “Neste trimestre, 80% das vendas em euros dos produtos perecíveis são feitas com origem em fornecedores nacionais. Este é um facto que nos deixa muito orgulhosos”. De resto, o grupo trouxe para Portugal toda a produção da Yammi, máquina de cozinhar multifunções do universo Sonae, e já está mesmo a exportar para França e o Luxemburgo.

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CTT em reestruturação. Podem rescindir com 300 trabalhadores

Face aos sucessivos resultados pouco positivos, os CTT abriram a porta a rescisões com até 300 trabalhadores. Vai propor "pacote de benefícios" nos casos considerados "elegíveis".

Os CTT vão levar a cabo uma reestruturação que poderá resultar na saída de até três centenas de trabalhadores, avança esta quarta-feira a revista Sábado. O programa surge numa altura especialmente crítica para a empresa, face a sucessivos trimestres de resultados pouco satisfatórios, sobretudo devido à queda acentuada no tráfego do correio.

De acordo com a Sábado, fonte da empresa indicou que “após algumas solicitações de reformas antecipadas”, a empresa comunicou “às estruturas representativas dos trabalhadores que estão disponíveis para, em duas etapas distintas, acolher até cerca de 300 rescisões por mútuo acordo e reformas antecipadas”.

A queda do tráfego do correio, explicada com a natural digitalização das comunicações, tem vindo a penalizar sucessivamente as receitas de uma empresa como os CTT, cujo core do negócio é historicamente o correio tradicional. No final de outubro, reportou uma queda de 57% nos lucros entre janeiro e setembro face aos mesmos nove meses de 2016. A empresa viu-se ainda obrigada a cortar o dividendo de 48 para 38 cêntimos por ação, provocando uma hemorragia na bolsa.

De acordo com o jornal Dinheiro Vivo, os CTT referem que as rescisões serão levadas a cabo tendo em conta “uma política de respeito” pelos funcionários pelo que, “nos casos elegíveis”, irão “propor um pacote de benefícios que inclui o apoio à criação de empresas pelos trabalhadores que aceitarem a proposta de rescisão da empresa, bem como à sua formação profissional”.

(Notícia atualizada às 19h44 com mais informação)

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Perfil: Isabel dos Santos, a mulher mais rica de África

  • Lusa
  • 15 Novembro 2017

Nasceu em Baku em 1973, é filha de José Eduardo dos Santos e dona de um império internacional. Quem é Isabel dos Santos?

Dona de um império internacional que se estende da banca às telecomunicações, passando pelo cimento e pelo petróleo, Isabel dos Santos é considerada a mulher mais rica de África, com uma fortuna estimada em 3,4 mil milhões de dólares.

A filha mais velha do homem que governou Angola durante 38 anos, José Eduardo dos Santos, foi hoje exonerada do cargo de presidente do conselho administração que detinha na petrolífera estatal angolana, a Sonangol, uma decisão de quem substituiu o seu pai nas eleições de agosto passado, João Lourenço.

Resta saber até que ponto este revés poderá afetar o percurso empresarial de Isabel dos Santos, que começou em 1996 – como dona de um restaurante e clube noturno em Luanda, o Miami Beach Club – e que hoje, 20 anos depois, inclui participações na banca em Angola (Banco de Fomento Angola) e em Portugal (BPI), na sociedade de cimentos angolana Cimangola, nas telecomunicações em Angola (Unitel) e em Portugal (Nos) e no ramo petrolífero em Portugal (Galp).

Em 2013, a revista norte-americana Forbes noticiava que Isabel dos Santos se tinha tornado na primeira mulher bilionária em África. Quatro anos depois estimava a sua fortuna pessoal em 3,4 mil milhões de dólares, mais do que qualquer outra mulher no continente africano.

Pelo meio, inúmeros “títulos” na imprensa internacional: o britânico Guardian chamava-lhe “Princesa”, o espanhol El País “Rainha de África e Imperatriz de Portugal”, o Le Monde comparava-a a uma “oligarca russa”.

Isabel dos Santos nasceu em Baku (antiga União Soviética, atual Azerbaijão) em 1973, filha de José Eduardos dos Santos, então um jovem militante do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) em formação na URSS para combater o colonialismo português em Angola, e de Tatiana Kukanova, uma jogadora de xadrez russa que estudava geografia.

Com apenas seis anos, em 1979, Isabel vê o pai assumir o cargo de Presidente de Angola, sucedendo – de forma algo surpreendente – ao histórico Agostinho Neto, o homem que tinha declarado a independência angolana, em novembro de 1975.

No início dos anos 1980, Angola mergulha numa guerra civil – que opõe o MPLA à União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA() – e Isabel dos Santos refugia-se em Londres com a mãe (agora já divorciada do Presidente José Eduardo). A jovem terá estudado dois anos na St. Paul’s (uma escola pública em Londres) e mais tarde cursou engenharia e gestão de empresas no King’s College, também em Londres.

Regressa a Angola aos 24 anos, lançando-se na aventura empresarial com o Miami Beach Club, que não corre particularmente bem.

Segundo o jornal Expresso, foi pouco depois do Miami Beach que, em 1999, Isabel dos Santos entrou no negócio dos diamantes em Angola. O governo angolano, contou o jornal num artigo de 2016, tinha atribuído à Ascorp o direito exclusivo de comercialização de diamantes angolanos, e Isabel assegurava uma percentagem de 24,5% da nova sociedade através da empresa TAIS, que detinha com a sua mãe, Tatiana Kukanova.

A Ascorp juntava ainda a empresa estatal de mineração de diamantes, a Endiama (com 51%), e a Welox (com outros 24,5%).

“A licença da Ascorp seria suspensa em 2004, quando também os 75% que Isabel dos Santos detinha na TAIS foram transferidos para a sua mãe. Nessa altura, a filha do Presidente já estava dedicada ao início da sua carreira de empresária de sucesso como acionista de 25% do capital da Unitel, a primeira operadora móvel de Angola, colando-se como sócia à Portugal Telecom”, escreveu na altura o Expresso.

A Unitel permitiu alargar a rede de Isabel a outros negócios e setores: através da empresa de telecomunicações entrou no Banco de Fomento Angola (BFA) e atualmente detém 51% do banco que tinha sido criado pelo português BPI (do qual chegou a deter 19%).

Isabel dos Santos também é a maior acionista do BIC Angola (com 42,5%) e da Zap (com 70%), uma parceria com a portuguesa NOS para produzir e distribuir conteúdos de televisão por cabo para Angola e Moçambique, e controla – com o seu marido, Sindika Dokolo, e com o Estado angolano – a cimenteira Cimangola.

Em Portugal, Isabel dos Santos controla indiretamente a NOS (com 52,14%), o BIC português (42,5%) e detém uma participação na petrolífera portuguesa Galp. No entanto, a empresária exercia um controle superior à sua participação acionista, através da parceria na Amorim Energia, detida em 45% pela Esperaza Holding, uma sociedade que a filha do ex-Presidente detém com a Sonangol.

A empresária angolana também detém, em Portugal, a totalidade da Santoro Financial Holdings, SGPS.

Mãe de quatro filhos, Isabel dos Santos fala seis idiomas (português, russo, inglês, espanhol, francês e italiano). Em abril último concedeu uma das raras entrevistas à BBC, na qual admitia ter construído “um percurso inesperado”, mas na qual se insurgia contra os “preconceitos” que enfrenta por ser filha de quem é.

“Não há dúvida que há muito preconceito [sobre quem sou]. Acho que tenho um trajeto inesperado (…) Há privilégio e preconceito. Há ambos. Sou privilegiada no sentido em que tive uma boa educação, em que pude ver o mundo, em que consegui dar-me com pessoas de todos os extratos. Mas acho que foi só isso. (…) Pensar que as vantagens [que obtive] foram injustas ou foram através de favores, ou favoritismo, acho que isso é preconceituoso”, disse na ocasião.

Sobre o apodo de “filha do Presidente”, Isabel dos Santos foi taxativa: “é um mito”.

“Não há essa coisa da ‘filha do Presidente’. É um mito. (…) O trabalho do nosso pai, seja um Presidente ou um CEO, é uma relação profissional da vida dele. E são dois aspetos muito diferentes”, realçou.

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Receitas sobem em todos os negócios mas lucros da Sonae caem

Vendas da Sonae cresceram 7% para os 4.115 milhões de euros com o contributo de todos os negócios do grupo. O lucro caiu 2,9% para os 133 milhões de euros, penalizado pelos resultados extraordinários.

A Sonae fechou os primeiros nove meses do ano com um resultado líquido de 133 milhões de euros, uma descida de 2,9% face a igual período do ano anterior. Os resultados não são, no entanto, diretamente comparáveis, uma vez que no primeiro trimestre de 2016, a Sonae realizou uma mais-valia de 56 milhões de euros, fruto das operações de sale and leaseback. Excluindo os ganhos de capital não recorrentes, o resultado líquido teria crescido, anuncia a empresa em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em comunicado, a Sonae adianta que no terceiro trimestre do ano, o lucro cresceu um milhão de euros face a igual período do ano passado.

Estes resultados superam as estimativas dos analistas. O CaixaBI, por exemplo, previa lucros de 121 milhões de euros, enquanto o Haitong estimava que a Sonae fechasse os primeiros nove meses do ano com um resultado líquido de 126 milhões de euros.

A empresa coliderada por Ângelo Paupério e Paulo Azevedo imputa os resultados alcançados ao crescimento das vendas de todos os negócios e à melhoria da rentabilidade operacional.

As vendas do grupo Sonae cresceram 7% para os 4.115 milhões de euros com todos os negócios a crescer. Deste 4.067 milhões de euros são imputáveis ao retalho. O volume de negócios no terceiro trimestre do ano, das unidades de retalho (Sonae MC, Worten, Sonae Sports &Fashion e Sonae RP) aumentou 5,1%.

Já o EBITDA subjacente cresceu 9,6% (19 milhões de euros) para os 221 milhões de euros. No terceiro trimestre o crescimento desta rubrica é de 10% face ao trimestre homólogo para os 105 milhões de euros.

O EBITDA caiu 8% para os 273 milhões de euros. A descida é justificável pelos ganhos de capital de 56 milhões de euros registados no primeiro trimestre de 2016, fruto das operações de sale and leaseback. No terceiro trimestre do ano, o EBITDA da Sonae aumentou 18,9% ou 21 milhões de euros, quando comparado com o terceiro trimestre de 2016, para 130 milhões e correspondendo a uma margem de EBITDA de 8,6% (1,0 ponto percentual acima do trimestre homólogo).

A contabilização dos itens não recorrentes acaba por também penalizar os resultados diretos que caem 14,4% para os 102 milhões de euros.

Dívida encolhe 30 milhões de euros

Em termos de dívida, a Sonae continua a apresentar uma redução da mesma. Nos primeiros nove meses do ano, a empresa beneficiou de uma redução de dívida de 30 milhões de euros, totalizando os 1.217 milhões de euros. A Sonae indica que “continua focada em apresentar uma estrutura de capital robusta, otimizando os custos de financiamento e, ao mesmo tempo, mantendo reservas de liquidez e um perfil longo de maturidade da dívida”.

O investimento realizado pela Sonae nos primeiros nove meses do ano atingiu os 202 milhões de euros, cerca de 4,9% do volume de negócios do grupo. Este montante foi canalizado para a abertura de novos negócios e reforço da internacionalização e do serviço ao cliente. A fatia de leão dos investimentos foi canalizada para a Sonae MC com 109 milhões de euros, 26 milhões de euros para a Worten, 27 milhões para a Sonae Sports & Fashion, 28 milhões para a Sonae RP e 9 milhões para a Sonae IM.

Numa análise mais detalhada, no retalho alimentar, a Sonae MC atingiu um volume de negócios de 2.814 milhões de euros, um crescimento de 4,8% face a igual período do ano anterior e superou os mil milhões de euros em vendas no trimestre.

Já na Worten, o volume de negócios atingiu os 689 milhões de euros, um crescimento de 8,8% face aos primeiros nove meses de 2016. A Sonae destaca a operação de e-commerce que registou um aumento de vendas em todas as geografias, especialmente em Espanha, onde as vendas online cresceram mais de 50% desde o início do ano.

Na divisão do Sports&Fashion, as vendas totalizaram os 437 milhões de euros, crescendo 16,8% quando comparado com o período homólogo do ano anterior. Este crescimento beneficiou da consolidação da Salsa.

A Sonae RP, unidade de negócio responsável pela gestão do portefólio de imobiliário de retalho da Sonae, tinha ativos que correspondiam a um valor contabilístico bruto de 1.255 milhões de euros.

Já a Sonae IM atingiu um volume de negócios de 95 milhões de euros, um crescimento de 7,7% face aos primeiros nove meses do ano anterior; enquanto a Sonae FS totalizou um volume de negócios de 17 milhões de euros.

A Sonae Sierra e a Nos já tinham anteriormente apresentado resultados.

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Terceiro trimestre regista ligeira subida no emprego público

  • Marta Santos Silva
  • 15 Novembro 2017

O número de funcionários públicos a 30 de setembro era superior ao registado um ano antes, mas registou-se um decréscimo em relação ao trimestre anterior.

O emprego nas administrações públicas continua a subir em relação ao ano anterior, de acordo com os valores de 30 de setembro, divulgados na Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP). Em relação ao trimestre anterior, no entanto, o verão ditou uma queda de 1% em cadeia no número de funcionários públicos, devido em parte às férias escolares.

A 30 de setembro, havia 661.429 funcionários públicos, escreve o SIEP, no relatório divulgado esta quinta-feira. Em relação ao trimestre anterior, que terminou a 30 de junho, trata-se de uma queda de 1% no número de funcionários públicos. A redução deve-se principalmente aos Ministérios da Educação e da Ciência, da Tecnologia e do Ensino Superior, o que reflete o princípio do ano letivo em setembro, mas com os processos de contratação ainda incompletos.

“De relevar também, no 3.º trimestre do ano, a saída definitiva de médicos nos estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde, Entidades Públicas Empresariais (E.P.E.) e Agrupamentos de Centros de Saúde do Ministério da Saúde, por motivos de extinção da relação jurídica de emprego ou caducidade de contrato, entre outros”, lê-se no relatório do SIEP.

Por outro lado, houve um pequeno aumento de emprego na administração local neste trimestre, de 0,3%, que se deveu da contratação de trabalhadores para realizar atividades relacionadas com o turismo e a construção durante o verão.

Em relação a 2016, porém, mantém-se a tendência de aumento do emprego público. Há um ano atrás, havia menos 5.259 postos de trabalho nas administrações públicas, assinala o SIEP em comunicado.

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Este comprimido tem um sensor. E foi aprovado nos EUA

O regulador farmacêutico dos Estados Unidos deu luz verde a um comprimido que tem um chip. O sensor é capaz de comunicar com uma aplicação no telemóvel e recolhe dados como os padrões de sono.

Abilify MyCite é um comprimido com sensor capaz de comunicar com uma aplicação.Proteus Digital Health

O regulador farmacêutico norte-americano deu luz verde ao uso de um comprimido com um sensor para tratar a esquizofrenia, bipolaridade e depressão. O medicamento digital chama-se Abilify MyCite e consiste num comprimido equipado com um chip capaz de informar o médico se foi tomado ou não.

O chip, embutido no centro do comprimido, é do tamanho de um grão de areia e fabricado em silicone, cobre e magnésio, de acordo com o The Verge. É o primeiro medicamento deste género a conseguir aprovação da Food and Drug Administration (FDA) e o preço ainda não é conhecido.

Segundo o mesmo site, o sensor do comprimido comunica com uma pequena banda usada pelo paciente. Os dados são depois enviados por Bluetooth para uma aplicação no telemóvel e podem ser carregados para uma base de dados na cloud, à qual podem aceder médicos e outras pessoas autorizadas. O sensor é naturalmente excluído pelo corpo.

O comprimido inclui um chip do tamanho de um grão de areia.Proteus Digital Health

Entre os dados que podem ser recolhidos está a hora a que o medicamento foi tomado e a dosagem. Mas há mais: é também capaz de registar os níveis de atividade da pessoa que o tomou, os passos dados, o batimento cardíaco e os padrões de sono. Segundo o The Verge, é o paciente quem tem de, voluntariamente, autorizar o médico a ter acesso aos dados e pode revogar esse acesso a qualquer momento.

Este comprimido é possível graças aos avanços que têm sido feitos no campo da nanotecnologia. Neste caso específico, alguns especialistas estarão a levantar dúvidas quanto a eventuais ameaças à privacidade dos utentes.

O medicamento resulta de um trabalho desenvolvido pela farmacêutica japonesa Otsuka e a empresa de medicina digital Proteus Digital Health. É expectável que a FDA se esteja a preparar para aprovar brevemente outros medicamentos deste género.

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A tarde num minuto

  • Rita Frade
  • 15 Novembro 2017

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das melhores para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

O afastamento de Isabel dos Santos da Sonangol e a greve dos professores estiveram em destaque esta tarde.

Apesar de ter sido afastada da presidência da Sonangol, a empresária Isabel dos Santos está longe de ficar sem influência em Portugal. Através de várias holdings, Isabel dos Santos ainda detém posições em setores estratégicos da economia portuguesa.

Perante a greve dos professores e o descontentamento em relação aos resultados do descongelamento de carreiras, o Governo está aberto a negociar. Mas as soluções que venham a ser encontradas devem ser enquadradas no âmbito de uma revisão das carreiras e sem impactos orçamentais até 2020, adiantou fonte do Governo, esta quarta-feira.

A Altice decretou o fim das aquisições e admite mesmo vir a vender alguns ativos na Europa, sobretudo aqueles que mais fujam ao core das operações. Numa conferência com analistas, o diretor financeiro do grupo, Dennis Okhuijsen, afirmou que a empresa vai “voltar ao básico e cortar na despesa”.

A zona do Chiado, em Lisboa, concentra as rendas de comércio mais caras do país, de acordo com o estudo “Main Streets Across the World 2017”, publicado anualmente.

Encontrar o tarifário de energia à medida das necessidades e da carteira, passou a ser uma missão mais fácil. As famílias dispõem agora de um novo simulador que agrega as tarifas dos 23 comercializadores de eletricidade e de gás natural disponíveis em Portugal. É, ainda, possível pré-aderir à proposta considerada mais vantajosa pelo consumidor, entre cerca de 200 tarifários disponíveis, em apenas seis passos.

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Pronto a exportar? Os passos antes do “grande salto”

Existem várias preocupações a considerar no momento de exportar. Saiba quais são através da experiência de uma empresa que já chegou a quinze países. E participe no Portugal Exportador 2017.

Começar negócios num mercado externo é uma enorme aposta e também um desafio para a maioria das empresas.Pixabay

O primeiro passo para exportar com sucesso é assumir o compromisso de o fazer“, defende a AICEP. Num cenário de crescimento das exportações, importa às empresas saber qual o caminho para o sucesso além-fronteiras. Este é um dos assuntos a debater no Portugal Exportador. Neste âmbito, o ECO diz-lhe as principais preocupações a ter em mente na hora de dar o salto e a Meia Dúzia, empresa portuguesa presente em 15 países, partilha a experiência.

Exportar não é simplesmente pensar nos canais através dos quais o produto pode chegar lá fora. “Cada destino tem a sua especificidade, a suas características, e hábitos culturais, mas mais do que isso exigências regulamentares que exigem a adaptação do produto sempre que iniciamos o processo“, conta Jorge Ferreira Silva, da Meia Dúzia, empresa que se dedica a vender compotas em bisnagas.

Os negócios internacionais demoram muito tempo a aparecer e necessitamos de investir com qualidade no que fazemos.

Jorge Ferreira Silva

Meia Dúzia

Da sua experiência, que se estende a quinze países espalhados por três continentes, Jorge tirou algumas lições chave. “Apresente um produto ou serviço único ou diferente do que o resto do mercado apresenta“, aconselha o empresário. “Seja paciente e flexível para cada mercado. Os negócios internacionais demoram muito tempo a aparecer e necessitamos de investir com qualidade no que fazemos”, garante.

Já a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), aponta como essencial uma análise tanto das vantagens competitivas da empresa exportadora como da competição, de forma a “tirar partido das fraquezas dos concorrentes”, lê-se no seu Guia para o Exportador. Antes de chegar aos novos mercados, esta entidade aconselha ainda a fazer um balanço em termos de vendas e contactos internacionais, a disponibilidade da equipa, a capacidade de produção e claro, o capital necessário.

Quanto às dificuldades que se podem esperar, o “reconhecimento da marca em mercados externos foi um trabalho difícil de alcançar” assume Jorge, “bem como a legalização dos produtos em mercados como Médio Oriente e América do Sul”.

Para onde?

A primeira exportação da Meia Dúzia foi para Espanha. Este é de facto um dos destinos mais populares entre as empresas portuguesas pela proximidade geográfica. De 2000 a 2016, o “país vizinho” partilhou este destaque com o Reino Unido, França e Alemanha, nota o INE.

O produto da Meia Dúzia com o rótulo adaptado ao mercado espanhol.

Contudo, outros países têm ganho protagonismo na lista dos quinze que melhor acolhem os produtos portugueses, como o Brasil, a Polónia e a China. A AICEP aponta ainda os PALOP como opção “natural”, pois são países com os quais “Portugal mantém uma importante tradição comercial”.

E chegar lá?

Na altura de montar a estrutura, o transporte será uma das preocupações mais imediatas. Ana Gonçalves, business diretor na empresa de logística e transporte Euroatla, assinala que quase 100% das exportações para Espanha são feitas através de transporte terrestre. Mas “à medida que aumentam as distâncias aumenta a predominância da via marítima. O transporte aéreo faz-se normalmente para cargas urgentes, ou de alto valor, ou para determinados produtos perecíveis”.

Os serviços de transporte, como suporte, são normalmente externalizados. Da perspetiva de Ana Gonçalves, “a tendência é que as empresas se dediquem cada vez mais ao seu core business” mas ressalva que “é aconselhável a externalização desse serviço a um parceiro logístico, sempre e quando esse parceiro seja fiável e tenha um bom entendimento do negócio do seu cliente”. No caso da Meia Dúzia, os operadores logísticos são muitas vezes identificados pelos próprios clientes.

É aconselhável a externalização desse serviço [transporte] a um parceiro logístico, sempre e quando esse parceiro seja fiável e tenha um bom entendimento do negócio do seu cliente

Ana Gonçalves

Business Director da Euroatla

Estes e outros tópicos, como a proteção de ativos e métodos de pagamento, serão discutidos no workshop “Passos para a exportação” no âmbito do evento Portugal Exportador. Pode consultar aqui o planeamento do workshop e aqui o programa completo do evento.

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O maior fórum da internet pode ir para a bolsa em 2020

O CEO do Reddit, o oitavo site mais popular da internet, afirmou que ir para a bolsa é a única opção responsável para remunerar trabalhadores e investidores no futuro. IPO poderá acontecer em 2020.

O Reddit, o maior fórum da internet, está a ponderar entrar na bolsa, disse o presidente executivo da empresa, Steve Huffman, à revista Variety. O Reddit tem 12 anos e é o oitavo site mais popular do mundo, estando avaliado em 1,8 mil milhões de dólares. Huffman esteve em Portugal na semana passada para participar no Web Summit.

Steve Huffman não se comprometeu com um prazo e classificou-o apenas de “distante”. Contudo, referiu que é “a única opção responsável” a ter em conta para o futuro da empresa como forma de recompensar os trabalhadores e os investidores. Segundo a revista, uma oferta pública inicial (IPO) poderá chegar já no final da década, em 2020.

A empresa tem gerado receitas com a publicidade e estará a sair-se bem neste campo, com o presidente executivo a garantir, na última segunda-feira, ter aumentado cinco vezes a receita com os anúncios nos últimos anos, de acordo com o jornal Axios. O Reddit aposta exclusivamente em conteúdo gerado pelos próprios utilizadores. Contará com cerca de 542 milhões de visitas mensais por 234 milhões de utilizadores únicos.

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Costa alerta: “Temos de ser menos dependentes do crédito”

  • Lusa
  • 15 Novembro 2017

O primeiro-ministro alertou esta quarta-feira para a necessidade de se diminuir a dependência ao crédito, em especial o crédito ao consumo e o crédito ao imobiliário.

O primeiro-ministro, António Costa, lembrou esta quarta-feira as lições que o país aprendeu com a crise económica recente ao ter estado dependente do crédito e pediu a diminuição dessa dependência.

“Aprendemos diversas lições com a crise que vivemos nos anos mais recentes. Mas seguramente uma das lições que todos aprendemos é que temos de estar todos menos dependentes do crédito, mas o crédito tem de estar menos dependente também do crédito ao consumo e do crédito ao imobiliário“, alertou António Costa.

O chefe do Governo falava na gala Prémios Horizontes – Millennium BCP – Global Media Group, a qual decorre esta tarde na Casa da Música, no Porto.

A iniciativa distingue empresas que se destacaram na área da inovação, e António Costa frisou a ideia: “O investimento é crítico para podermos inovar e a inovação é crítica para podermos exportar”.

O primeiro-ministro considerou que “é cada vez mais importante as empresas terem mais condições de financiamento e é importante também que o sistema financeiro tenha cada vez mais condições de apoiar o desenvolvimento e o investimento por parte das empresas”.

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