205.000 copos e outros mega números do Web Summit 2017

2017 foi ano de consolidação. O número de mulheres aumentou, tanto entre os participantes como nos oradores. Mais há mais números para contar: ora veja.

São números fresquinhos, anunciados pela organização pouco tempo depois do encerramento do maior evento de tecnologia e empreendedorismo mundo. A segunda edição do Web Summit em Lisboa, depois de abandonar Dublin em 2015, foi ano de consolidação. O número de participantes ficou nos 59.115: entre eles, pessoas de 170 países viajaram para Lisboa para participar no evento criado por Paddy Cosgrave em Dublin.

Mas há mais. Tome nota de alguns dos números da edição deste ano:

35,4%

Percentagem de oradores mulheres presentes na conferência de quatro dias. De acordo com a organização, e como consequência do programa Women in Tech, que oferece bilhetes 2 por 1 a mulheres, o rácio homens-mulheres entre os assistentes foi de 58% para 42%.

Cláudia Goya esteve entre as oradoras que participaram na conferência anual.Web Summit

2.600

O número atualizado de media do mundo inteiro que estiveram presentes e asseguraram a cobertura de tudo o que aconteceu nos quatro dias de evento.

80.000

O número de cabo de fibra usado durante o evento para garantir a qualidade e a velocidade da rede de internet. O número corresponde a subir o Monte Evereste oito vezes.

205.000

Os copos reciclados usados durante o evento. Com muitas das sessões a girarem sobre temas relacionados com a sustentabilidade e o aquecimento global, o palco principal foi ‘construído’ com a utilização de 314 depósitos de água e reforçado de maneira a poder suportar o peso de três toneladas de carros.

2,2 milhões

Durante os quatro dias de evento, foram contabilizadas 2,2 milhões de sessões de wifi. Os números acumulados dizem que, durante essas sessões, foram processados 45 terabytes de tráfego.

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Gasolina vai subir mais de dois cêntimos. Bate máximos de julho de 2015

Combustíveis vão ficar mais caros. Tanto gasóleo como a gasolina vão subir, mas neste último caso a subida será maior: acima de dois cêntimos. Se vai abastecer o carro, não espere pela próxima semana.

O ponteiro do combustível do carro já está no vermelho? Então não espere pela próxima semana para encher o depósito. Tanto a gasolina como o gasóleo preparam-se para subir já a partir de segunda-feira. Mas o agravamento será ainda mais penalizador no caso de quem tem carro a gasolina, cujo preço deverá subir além de dois cêntimos por litro para um máximo de mais de dois anos.

De acordo com os cálculos do ECO com base nas cotações da Bloomberg, o litro de gasolina 95 simples deverá ficar entre dois e 2,5 cêntimos mais caro a partir do início da próxima semana. Este aumento levará o preço deste tipo de combustível para o patamar mais elevado desde o final de julho de 2015. Confirmando-se este agravamento, isto significa que cada litro de gasolina passará a custar, em média, 1,506 euros, tendo em conta os dados da Direção Geral da Energia e Geologia.

Em relação ao gasóleo, o aumento deverá ser na ordem dos 1,5 cêntimos por litro. Um agravamento que pode atirar o preço da gasóleo para o valor mais alto desde o final de janeiro deste ano, ficando a um preço final de 1,281 euros.

A revisão em alta do preçário acompanha a evolução das cotações das matérias-primas energéticas durante esta última semana. Até ao fecho desta quinta-feira, o preço médio da tonelada métrica do gasolina avança perto de 5% após a conversão para euros. Já preço médio da tonelada métrica de gasóleo valoriza perto de 4%.

Este encarecimento dos preços dos combustíveis acontece num período em que a cotações do petróleo tem estado em alta nos mercados internacionais. No passado dia 6 de novembro, a cotação do barril de brent — que serve de referência para as importações portuguesas — fechou acima da fasquia dos 64 dólares. Este nível de preços não era atingido desde o final de junho de 2015.

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Renováveis em Portugal precisam da união energética

  • Marta Santos Silva
  • 10 Novembro 2017

A "ilha de pedra" precisa de mais interconexões com a UE para ultrapassar o estrangulamento nos Pirenéus. Mas não podem ser os contribuintes portugueses a pagar essas ligações, alerta eurodeputado.

Portugal e Espanha são dos países europeus com maior potencial para beneficiar de uma transição para as energias limpas, mas têm um grande desafio: um estrangulamento nos Pirenéus que impede os países ibéricos de exportar a energia produzida para o resto da Europa. Para o eurodeputado português, Carlos Zorrinho, é preciso reforçar as interconexões entre países, e não podem ser só os portugueses e espanhóis a pagar por isso.

Qual é, afinal, o maior desafio para as renováveis nos dois países do sudoeste europeu? Segundo o engenheiro Carlos Matias Ramos, ex-bastonário da Ordem dos Engenheiros e atual membro do Comité Económico e Social Europeu, é a incapacidade de armazenar em grandes quantidades a energia renovável produzida, que “em certas horas de ponta” excede a procura, e também a impossibilidade de a exportar para países onde ela possa ser precisa devido ao “estrangulamento nos Pirenéus”.

Num encontro com jornalistas portugueses e espanhóis em Bruxelas esta semana, Carlos Matias Ramos explicou que a união de energia “serviria para fortalecer a cooperação regional e o investimento nas fontes energéticas renováveis”, e que Portugal foi um bom exemplo no desenvolvimento do segundo objetivo. “Fomos bons alunos”, afirmou. A dificuldade é armazenar essa energia em alturas em que a procura é inferior à produção — por exemplo durante a noite, quando os gastos são baixos, mas a energia eólica pode ter picos de produção. As baterias não servem. A única forma de o fazer, explica, é através da construção de estruturas de acumulação hídrica que, numa explicação simplista, usem a energia para turbinar água para níveis superiores, podendo depois voltar a produzi-la quando a água volta a correr.

Parque eólico Loma de Peñuelas, em Vejer de la Frontera, Cádis, Espanha, da EDP Renováveis.DR

Uma alternativa à utilização destes backups hídricos seria, claro, a exportação. Se houver procura no estrangeiro para esta energia produzida de forma limpa, isso poderia ajudar a baixar os custos de produção energética através da venda ao exterior, assim como a baixar os custos das energias nos países ligados. No entanto, a “ilha de pedra”, como lhe chama o engenheiro Carlos Matias Ramos inspirado por Saramago, tem um “estrangulamento nos Pirenéus” que a impede de exportar energia eficazmente para França e daí para os restantes países da Europa.

Em 2015 foi criado um plano para interligações de energia com França, mas esse país sempre teve menos dedicação ao projeto do que Portugal e Espanha. Uma das interligações era o projeto do Golfo da Biscaia, que ligaria Espanha a França por mar, evitando os Pirenéus. Só esse investimento estimava-se então em 1,9 mil milhões de euros.

Contribuintes do Sul não podem pagar interconexões

Carlos Zorrinho, eurodeputado português do grupo S&D, eleito em Portugal pelo PS, disse que a primeira condição para mais investimento em renováveis tem de ser o desenvolvimento destas interconexões. “Portugal não tem nada a perder com a transição energética”, disse o eurodeputado, no mesmo encontro, em vésperas de uma conferência sobre o financiamento das energias limpas na Europa. “Quero garantir uma linha vermelha nas interconexões — um aumento de pelo menos 15% até 2030”, acrescentou, um objetivo no qual é acompanhado pelo eurodeputado espanhol José Blanco, relator de parte do parecer do Parlamento à proposta de Energia Limpa da Comissão Europeia.

Mas quem vai financiar este investimento? Para Zorrinho, não podem ser apenas os contribuintes portugueses. O financiamento teria de ser bonificado. “Tem de haver, do meu ponto de vista, um Plano Juncker para as interconexões: um financiamento bonificado para as interconexões. Porquê? Se queremos ser uma plataforma de passagem entre o Norte de África e o resto da Europa, não faz sentido serem os consumidores portugueses a pagarem a totalidade do investimento”, disse o eurodeputado.

A jornalista viajou para Bruxelas a convite do Parlamento Europeu.

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5 coisas que vão marcar o dia

O INE apresenta estudo sobre o poder de compra a nível de concelhos e os CTT organizam evento sobre comércio eletrónico. Lá fora, a DBRS aterra em Atenas para avaliar rating da Grécia.

Com o Dia dos Veteranos, o mercado de obrigações norte-americano encontra-se encerrado. Mas há vários pontos de interesse na agenda. Em Portugal, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga o estudo sobre o poder de compra ao nível dos concelhos e os CTT organizam a segunda edição do e-Commerce Day. Lá fora, há encontro dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia para debater o comércio internacional e a Grécia vai a exame da agência DBRS.

Quais os concelhos com maior poder de compra?

O INE divulga o estudo sobre o Poder de Compra Concelhio relativo a 2015 que tem como objetivo caracterizar os municípios portugueses relativamente ao poder de compra numa lógica de bem-estar material. Ao mesmo tempo, a autoridade de estatística publica a evolução do volume de trabalho na Construção e Obras Públicas relativo a setembro de 2017.

CTT organizam segunda edição do e-Commerce Day

Sob pressão na bolsa, os CTT organizam a segunda edição dos CTT’s e-Commerce Day, uma conferência dedicada ao comércio eletrónico. Francisco Lacerda, CEO dos CTT, discursa na sessão de abertura logo pelas 9h30. Responsáveis da Fnac, do OLX, da Sonae e da Hermes também participam no evento que vai debater os desafios e oportunidades do e-commerce.

Inauguração oficial do novo Terminal de Cruzeiros de Lisboa

Com a atividade turística em bom plano, Lisboa inaugura o novo Terminal de Cruzeiros de Lisboa. A cerimónia vai contar com as presenças da ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, da presidente do Porto de Lisboa, Lídia Sequeira, do CEO da Global Ports Holding, Emre Sayin e do presidente da Lisbon Cruise Port, Luis Miguel Sousa.

Ministros europeu debatem comércio internacional

Os ministros responsáveis pelos Negócios Estrangeiros da União Europeia encontram-se em Bruxelas para um encontro onde vão discutir os mais recentes desenvolvimentos e perspetivas tendo em vista a 11.ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio, que decorre de 10 a 13 de dezembro em Buenos Aires, na Argentina.

Grécia vai ao exame da DBRS

Depois de Portugal, esta sexta-feira a DBRS aterra em Atenas para nova avaliação ao país. Não se preveem novidades ao nível de rating, mas pode haver alterações ao nível das perspetivas para a dívida helénica. A agência canadiana atribui um outlook estável.

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Portugal quase livre do spread agravado na dívida ao FMI

  • Margarida Peixoto
  • 10 Novembro 2017

O spread pago pelo Estado português ao FMI pelo empréstimo no âmbito da troika vai cair 32% em 2018. Os custos baixam por causa dos pagamentos antecipados este ano.

Os reembolsos antecipados ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que Portugal deverá concretizar até ao final deste ano vão permitir baixar em quase um terço o spread exigido pelo Fundo à República. Depois, em 2018, à medida que o Tesouro português for continuando a amortizar a dívida ao FMI, o custo do empréstimo ainda vai cair mais. O objetivo é libertar o país da penalização extra no empréstimo já no próximo ano, sabe o ECO.

A primeira meta que o Governo tinha fixado para os reembolsos ao FMI, no Orçamento do Estado para 2017, era de cerca de 1,5 mil milhões de euros. Contudo, o Executivo chegou ao final do ano e anunciou mais amortizações do que o previsto. Ainda esta terça-feira o ministro das Finanças, Mário Centeno, voltou a subir em mil milhões os reembolsos antecipados, elevando o total para 9,4 mil milhões de euros em apenas um ano.

Qual é a pressa? O interesse em pagar rápido ao FMI é duplo: primeiro, porque os juros cobrados no empréstimo do Fundo são mais elevados do que aqueles que Portugal consegue obter, neste momento, no mercado. Segundo, porque os juros cobrados pelo valor da dívida que permanece por pagar ao FMI também baixam.

É que Portugal paga uma penalização (um spread agravado) sobre o valor da dívida que ultrapassa o limite que decorre da sua quota. E ao amortizar antecipadamente cerca de nove mil milhões de euros, o spread médio exigido ao Tesouro português cai consideravelmente.

O próximo gráfico mostra a posição portuguesa em relação ao Fundo, a 31 de dezembro de 2016, em euros e em SDR (Direitos Especiais de Saque, na sigla inglesa) que é a moeda do Fundo. Mostra ainda a posição projetada, tendo em conta os anúncios de reembolsos antecipados, para o final deste ano.

Dívida ao FMI: 2016 vs. 2017

Projeção para 2017. Fonte IGCP e cálculos ECO

Mas a dívida ao FMI não custa toda o mesmo. Tal como explicou o FMI ao ECO, a linha de financiamento utilizada por Portugal no empréstimo determina que a taxa é fixada semanalmente, tendo em conta um cabaz de taxas de juro de referência. Neste momento, o valor do juro de referência está em 1,675%.

A este valor soma-se um spread de 100 pontos base. Mas este spread é penalizado no caso de dívidas muito elevadas face à quota do país no Fundo. Ao montante da dívida que supera o limite, aplica-se um spread de 200 pontos base e se o limite for ultrapassado por um período superior a 51 meses, o agravamento é ainda maior: 300 pontos base. O limite é definido como 187,5% da quota do país.

No caso de Portugal, esta fasquia corresponde a 3,86 mil milhões de SDR (cerca de 4,7 mil milhões de euros) e como a dívida se mantém acima do limiar por mais de 51 meses, o spread que é aplicado à dívida que supera este valor é de 300 pontos base.

O que muda com as amortizações antecipadas?

A 31 de dezembro de 2016, Portugal devia 16.327 milhões de euros ao FMI, o equivalente a cerca de 13,5 mil milhões de SDR. Em termos médios (ponderando o spread mais baixo de 100 pontos aplicado a uma parte da dívida, com o de 300 pontos sobre o restante) o valor do spread exigido pelo FMI para o montante de dívida total era de 243 pontos base.

Mas com os reembolsos antecipados, a parcela da dívida de Portugal ao FMI à qual é aplicado o spread agravado diminui muito. Assumindo que o Governo concretiza os reembolsos anunciados até ao final do ano, no total de 9,4 mil milhões de euros, a dívida ao FMI cai para 6.927 milhões de euros, o equivalente a cerca de 5,7 mil milhões de SDR.

Feitas as contas, o valor médio, ponderado, do spread aplicado pelo FMI deverá baixar para 165 pontos base. São menos 32% face ao valor de arranque de 2017. Assumindo o valor do juro constante em 1,675%, implica baixar a taxa de juro de 4,105% para 3,325.

O próximo gráfico compara a situação a 31 de dezembro de 2016, com a que se espera atingir no final de 2017.

Que parte da dívida paga spread agravado?

Cálculos ECO

Para deixar de sofrer a penalização, Portugal tem de amortizar ainda 2,8 mil milhões de euros ao FMI. Oficialmente, está planeada uma amortização de 1,4 mil milhões de euros em 2018, mas o objetivo do Governo é manter a estratégia de acelerar os pagamentos ao fundo, tal como fez este ano. Há mesmo a expectativa, sabe o ECO, de se conseguir atingir o limiar necessário para deixar de pagar o spread agravado já no próximo ano.

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Rutura na Altice: CEO Michel Combes está de saída

O gestor francês de 55 anos está de saída da liderança da dona da Meo. Sai em rutura com Patrick Drahi e Armando Pereira, apurou o ECO.

Michel Combes está de saída do cargo de presidente executivo do grupo Altice, numa semana em que as ações da dona da Meo perderam um terço do seu valor. O ECO apurou que o gestor sai em rutura com Patrick Drahi e Armando Pereira, os fundadores da companhia que detém a Meo em Portugal.

De acordo com a Bloomberg e com o jornal Financial Times [acesso pago], os acionistas também terão dúvidas quanto à capacidade de Michel Combes em reduzir a dívida da empresa, que rondará os 50 mil milhões de dólares. Será substituído por Dexter Goei, atual líder da Altice USA, que acumulará as duas funções, segundo a agência. Dennis Okhuijsen, até aqui o diretor financeiro do grupo, torna-se também líder da Altice Europa.

O deteriorar da relação entre Michel Combes e os donos do grupo franco-israelita já tinham sido notícia no final de setembro deste ano. O jornal francês La Tribune escreveu, citando duas fontes próximas da Altice, que devido aos sucessivos resultados pouco satisfatórios, Combes poderia ter os dias contados na empresa. Na altura, a Altice classificou estas informações como “pura fantasia”. O grupo apresentou receitas de 5,75 mil milhões de euros no terceiro trimestre, enquanto as estimativas apontam para um prejuízo na ordem dos 236 milhões de euros no mesmo período, segundo analistas sondados pela Bloomberg. Em Portugal, as receitas com a Meo também caíram mais de 3%, para 566,2 milhões.

Além disso, num comunicado aos mercados na sexta-feira passada, a Altice emitiu um profit warning, assumindo que os resultados do ano de 2017 deverão ficar no “limite mínimo” das suas previsões. Desde então, os títulos já desvalorizaram mais de 34%, de 16,16 para 10,66 euros.

Saída de Combes em linha com os “interesses dos fundadores”

Numa nota publicada no site da empresa, o grupo de Patrick Drahi confirma a saída de Michel Combes de todos os cargos que desempenhava na empresa, abandonando ainda o conselho de administração da SFR, operadora de telecomunicações em França, detida pela Altice. Face à renúncia, a companhia indica que deu início a um processo de “reorganização da gestão do grupo”.

“A nova gestão e estrutura de governance é desenhada para melhor implementar a estratégia da Altice, criar uma mais clara prestação de contas entre a gestão e melhorar o desempenho operacional e financeiro do negócio. Alinha-se totalmente com os interesses dos fundadores e gestores da empresa, ambos com significativa propriedade no grupo, e com a base pública de acionistas”, lê-se na mesma nota.

Mas as mudanças de gestão não se ficam por aqui. O português Armando Pereira, braço direito de Patrick Drahi e um dos fundadores da Altice, passa a diretor operacional da Altice Telecom, enquanto Alain Weill, líder do departamento de media da Altice, passa a liderar a operadora SFR. “Esta estrutura representa um regresso ao núcleo organizacional que criou o sucesso do grupo Altice. Irá providenciar uma liderança direta e clara das operações europeias para libertar o seu potencial e continuar a suportar a Altice USA”, refere o comunicado.

Michel Combes abandonou todos os cargos que ocupava na Altice.Paula Nunes / ECO

Patrick Drahi: Combes foi “uma parte importante da história da Altice”

Apesar das informações que dão conta da rutura entre Michel Combes e os fundadores da Altice, na nota publicada esta quinta-feira, Patrick Drahi refere que Michel Combes representou “uma parte importante da história da Altice” e agradece-lhe o seu “contributo, integridade, lealdade e amizade”. Michel Combes, por sua vez, agradece a Drahi e à equipa “a confiança depositada ao longo dos últimos anos”.

Em Portugal, o grupo Altice detém Meo desde 2015, empresa que comprou à brasileira Oi por 5,789 mil milhões de euros. Dexter Goei, que substitui Combes, esteve envolvido no processo. A empresa está focada em desenvolver uma estratégia de convergência entre telecomunicações, media e publicidade e, este verão, ofereceu 440 milhões de euros pela Media Capital, a dona da TVI. O negócio ainda está sujeito à aprovação dos reguladores e tem merecido forte oposição por parte dos players concorrentes dos dois setores.

Mas, como já referido, as contas do grupo estarão a provocar nervosismo nos acionistas — sobretudo a dívida avultada da empresa. A Bloomberg cita Javier Borrachero, analista da francesa Kepler Cheuvreux, que considerou esta segunda-feira que o negócio da Altice em França não estará a correr como o esperado, que a estratégia não estará a funcionar, que as receitas e o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) estão a cair e que a SFR está a perder clientes.

Aliás, a queda nas receitas registada no último trimestre foi explicada pelo grupo com atrasos na reestruturação dos negócios em França, onde a empresa já detém telecomunicações e media. Combes, na sexta-feira, admitiu que, este ano, só será alcançado “cerca de um terço do objetivo de 400 milhões de euros” que a empresa esperava poupar no decorrer dos doze meses.

(Notícia atualizada às 23h50 com mais informação)

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Pitch U: A empresa do último dia de Web Summit é…

Esta empresa suíça quer que mine moeda virtual com a sua atividade diária para depois a trocar por bens e serviços numa loja própria. O próximo passo é entrar na blockchain.

Para produzir bitcoin ou ethereum é preciso um arsenal de equipamento como poucos têm acesso. Mas para produzir — ou minar — a moeda virtual da Ufity só é preciso andar. Ou correr. Ou fazer qualquer movimento. Esta startup suíça, que esteve em exposição no último dia do Web Summit, quer transformar a sua atividade física numa moeda própria, os boosts, que depois poderá servir para comprar comida ou contratar um serviço.

A aplicação da Ufity recolhe todos os movimentos feitos pelo seu utilizadores, converte-os em boosts e guarda-os numa carteira virtual. Com a moeda, pode comprar bens e serviços na loja da aplicação ou, um dia, trocá-la por outra moeda. Tudo para lutar contra o sedentarismo e a obesidade, recompensando as pessoas pela sua atividade.

“Gostávamos de entrar na blockchain e fazer uma ICO (oferta pública inicial de moeda) para sermos a primeira moeda virtual verde do mundo que pode trocar por qualquer outra moeda”, explica ao ECO a CTO da empresa. “Esta é a nossa ideia global. É saudável, ajudamos as pessoas a mexerem-se, recompensamos as pessoas pela sua atividade e estamos a lutar contra a obesidade.”

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Unicer muda de nome com olhos postos na internacionalização

Super Bock Group é a partir desta sexta-feira o novo nome da Unicer. A mudança prende-se com a grande aposta internacional que a empresa está a fazer em mercados como a China e Estados Unidos.

A Unicer vai celebrar o 90º aniversário da Super Bock com a mudança de nome e com nova identidade corporativa do grupo. A partir de amanhã, dia 10 de novembro, a cervejeira do norte passa a ser conhecida por Super Bock Group.

A mudança de nome foi esta quinta-feira anunciada aos mais de 1200 colaboradores do grupo num encontro em que se pretendia celebrar o aniversário da empresa, segundo avançou o Dinheiro Vivo e o ECO conseguiu confirmar junto de fontes próximas à empresa. O novo nome passa assim a incluir o produto mais emblemático da empresa, a cerveja Super Bock.

A holding do grupo, cujos principais acionistas são a Viacer (56%) e Carlsberg (44%), passa a designar-se Super Bock Group, e a Bebidas, SA passa a designar-se Super Bock Bebidas, SA.

Os detalhes da mudança bem como os objetivos irão ser anunciados sexta-feira, durante o evento que celebra o fim das comemorações da cervejeira e que conta com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Mas o ECO sabe que esta alteração na imagem do grupo prende-se sobretudo com a aposta que está a ser feita a nível internacional, nomeadamente para mercados como os Estados Unidos, China e mercados emergentes.

Sobre a internacionalização, a empresa diz que esta está patente no novo símbolo, composto por uma esfera armilar que representa a vontade de ir mais além e a capacidade de superação e que está patente na nova assinatura do grupo: “Portuguese Brewery. Est. 1890”. O vermelho, que remete para a Super Bock, e o dourado que remete para os descobrimentos, época dos descobrimentos, considerada a época de ouro, foram as cores escolhidas para a nova imagem.

Fontes próximas ao processo garantem que esta mudança de identidade corporativa não muda nada efetivamente na empresa, sendo vista como um processo natural e representa tanto a identidade corporativa da empresa como a transversalidade da sua atuação que se estende da cerveja, às águas, sidra, vinhos e refrigerantes.

Durante a apresentação aos quadros da empresa foram ainda referidos os bons números que a empresa espera registar em 2017. As estimativas apontam para que os resultados se aproximem de valores de 2010, antes da crise portanto.

A nova imagem está já de resto expressa no site da empresa. Ao abrir a página oficial da Unicer pode ler-se que: “A Unicer agora é Super Bock Group” e um pequeno aviso: vai entrar num novo site em cinco segundos.

Nova designação do grupo Unicer.D.R. 9 Novembro, 2017

Cinco, quatro, três, dois, um. No novo site há um pequeno filme a contar os 90 anos da história da empresa.

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Assembleia geral de credores da Oi adiada pela quarta vez

  • Lusa
  • 9 Novembro 2017

Esta foi a quarta vez que a assembleia geral dos credores da Oi foi adiada, desta vez para na sequência de um pedido de grandes credores da empresa. A nova data é 7 de dezembro.

A Justiça brasileira adiou novamente esta quinta-feira a assembleia geral de credores da operadora de telecomunicações, que estava marcada para sexta-feira, para 7 de dezembro.

A segunda convocação da assembleia geral de credores foi marcada para 1 de fevereiro de 2018.

Esta foi a quarta vez que a assembleia geral dos credores da Oi foi adiada, desta vez para na sequência de um pedido de grandes credores da empresa, segundo a decisão divulgada pelo juiz Fernando Viana, da 7.ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.

“Os factos narrados nos autos por relevantes e atuantes credores desta recuperação, que detêm elevado crédito junto às recuperandas [empresas do grupo Oi], demonstram ser, no mínimo, não recomendável a realização da Assembleia Geral dos Credores na data de amanhã [sexta-feira]”, informou o juiz. O magistrado acrescentou que, se for necessário, a assembleia marcada para 7 de dezembro poderá continuar no dia seguinte. Da mesma forma, a assembleia marcada para 1 de fevereiro poderá prosseguir no dia 2.

Os factos narrados nos autos por relevantes e atuantes credores desta recuperação, que detêm elevado crédito junto às recuperandas [empresas do grupo Oi], demonstram ser, no mínimo, não recomendável a realização da Assembleia Geral dos Credores na data de amanhã [sexta-feira].

Fernando Viana

Juiz da 7.ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro

A operadora brasileira já havia sofrido um revés hoje de manhã quando a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), órgão que regula o setor no Brasil, indeferiu um pedido de prorrogação da entrega de uma proposta de apoio ao seu plano de recuperação judicial.

Conhecido como PSA, este plano foi requerido para que a operadora pudesse provar que a proposta de recuperação defendida pelo Conselho de Administração não oferece riscos à continuidade dos serviços. A Bratel, subsidiária da portuguesa Pharol, é acionista minoritária de referência com 22% das ações da Oi.

A operadora de telecomunicações brasileira entrou com um pedido de recuperação judicial em junho do ano passado por não conseguir negociar as dívidas, que na época somavam 65 mil milhões de reais (17,1 mil milhões de euros na cotação de hoje).

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Presidente do Supremo critica nova lei sobre branqueamento de capitais

  • Lusa
  • 9 Novembro 2017

O Presidente do Supremo Tribunal de Justiça diz que há "uma grande desproporção" na nova lei que obriga os advogados a comunicaram casos de branqueamento de capitais dos seus clientes.

O presidente do Supremo Tribunal de Justiça criticou esta quinta-feira a nova lei sobre o branqueamento de capitais, questionando se esta era necessária e se não representa, afinal, “uma fuga para a frente” que “reduz a pó” a legislação inicial.

“Não sei porque foi necessário que a União Europeia [UE] tivesse de fazer uma nova diretiva tão complexa. Não sei o que falhou ou se falhou [alguma coisa]”, comentou Henriques Gaspar, num debate promovido hoje pela Ordem dos Advogados (OA), referindo-se a uma diretiva da UE que impõe a obrigação de os advogados comunicaram à Unidade de Informação Financeira (UIF) da Polícia Judiciária e ao Ministério Público os casos de branqueamento dos seus clientes.

Para o presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e antigo magistrado do Ministério Público, “há uma grande desproporção” na nova lei, que tem de ser “reduzida” para haver “equilíbrio”.

Henriques Gaspar lembrou que participou nos primeiros trabalhos da legislação sobre prevenção do branqueamento de capitais, observando que na altura, com a lei, se visava unicamente os crimes mais graves.

Desde então e por pressão de alguns Estados da UE, explicou, mudou-se o conceito deste crime, que passou a ter sobretudo na mira a fraude fiscal, verificando uma desvalorização do crime de branqueamento de capitais.

Henriques Gaspar foi mais longe e considerou mesmo que “não seria necessário esta lei”, dizendo: “Isto não é nosso. É da UE”, para imediatamente acrescentar: “Agora também é nosso, mas é UE”.

O presidente do STJ lembrou ainda que já teve cargos na UE e, apesar de não querer alongar-se em críticas, não deixou de apontar alguma falta de democraticidade na produção legislativa europeia.

O bastonário da OA, Guilherme Figueiredo, e outros dirigentes da Ordem têm manifestado preocupação e indignação com esta nova lei.

A sua difícil ou mesmo impossível compatibilidade com o segredo profissional da classe levou advogados como Garcia Pereira a considerar que esta lei significa o “fim da advocacia livre” e “torna o advogado num delator”, o que é “intolerável num Estado de direito democrático”.

José António Barreiros, do Gabinete de Política Legislativa da OA, Pedro Marinho Falcão, António Cabrita e Ana Brito Camacho, entre outros, dissecaram a nova lei, através dos seus artigos mais polémicos, apresentando soluções e realçando o papel que a Ordem pode ter na posterior regulamentação da lei.

A procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, considerou o debate organizado pela AO, em Lisboa, como “muito útil” e manifestou a disponibilidade do Ministério Público para discutir formas e modelos de fixação de “conceitos mais indefinidos” contidos na lei, por forma a respeitar o direito português.

Joana Marques Vidal notou contudo que a alteração conceptual do crime de branqueamento “corresponde à evolução da sociedade” e à relevância que os novos fluxos financeiros têm para os estados, admitindo que isso possa ter levado a uma “autonomização do crime de branqueamento de capitais”.

Amadeu Guerra, diretor do Departamento Central de Investigação e Ação penal (DCIAP), realçou que não ia fazer ali a defesa da lei, observando que o DCIAP é apenas o recetor das comunicações deste crime que são feitas à UIF da Polícia Judiciária.

O mesmo responsável lembrou os compromissos internacionais do Estado português em matéria de combate ao branqueamento e realçou que a OA “tem o poder de regulamentação em alguns aspetos” da lei.

E desdramatizou a aplicação da nova lei, lembrando que alguns dos preceitos agora criticados por advogados já constavam da lei anterior. Apontou ainda a boa classificação que Portugal tem na UE na prevenção do crime de branqueamento.

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Wall Street alivia de recordes. Tecnológicas pressionam

O setor tecnológico foi o principal motor das quedas do S&P 500, perante os receios dos investidores de que o plano de cortes de impostos às empresas dos EUA falhe este ano.

As ações norte-americanas fizeram uma pausa para respirar após os máximos históricos registados na sessão anterior pelos três principais índices bolsistas. O recuo do mercado acionista dos EUA foi condicionado pelo deslize das ações da Apple, bem como de outras tecnológicas, num dia em que os investidores também revelaram os seus receios relativamente ao plano republicano do Senado que poderá atrasar o corte de impostos às empresas tão desejado.

O S&P 500 terminou a sessão a recuar 0,38%, para os 2.584,62 pontos, enquanto o Dow Jones perdeu 0,43%, para os 23.461,94 pontos. Já o Nasdaq desvalorizou 0,58%, para os 6.750,05 pontos.

O dia foi marcado pelo recuo dos títulos do setor tecnológico que tem sido aquele que melhor desempenho regista no índice S&P 500 desde o início do ano: valoriza 37% nesse período. Referência para o deslize das ações da Apple (-0,21%), da Microsoft (-0,52%), Alphabet (-1,03%), Oracle (-2,58%) e Facebook (-0,14%), que pressionaram o desempenho do índice que agrega as 500 maiores capitalizações do mercado bolsista norte-americano.

De salientar que o setor tecnológico é um dos mais sensíveis face aos receios demonstrados pelos investidores relativamente a um eventual falhanço no plano de corte de impostos às empresas norte-americanas. Receios que acontecem numa altura em que os republicanos do Senado apresentaram uma proposta de acordo que difere bastante daquela que é detalhada pelos seus homólogos da Câmara dos representantes, de acordo com o que avançaram assessores do partido republicano nesta quinta-feira.

O mercado quer ver cortes de impostos ainda este ano“, afirmou Gary Bradshaw, gestor de carteiras de ativos na Hodges Capital Management, citado pela Bloomberg. “É por essa razão que assistimos a este sell-off agora” disse ainda o mesmo especialista que não encontra outra razão para justificar a queda das ações norte-americanas nesta sessão.

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Depois do Pokémon Go, vem aí o Harry Potter: Wizards Unite

Dos livros para o cinema e agora para os smartphones: as aventuras do feiticeiro mais conhecido do mundo vão estar em realidade aumentada graças à Niantic, a mesma empresa por detrás do Pokémon Go.

Em todo o mundo, o verão de 2016 ficou marcado pela chegada do fenómeno Pokémon Go. Mais de um ano depois, a Niantic quer repetir o sucesso, desta vez com o universo criado pela escritora britânica J.K. Rowling. O jogo Harry Potter: Wizards Unite está a ser desenvolvido pela empresa em parceria com a Warner Bros, segundo o anúncio feito pela empresa.

Os feitiços de Harry Potter vão chegar ao mundo dos muggles — o termo usado para os comuns mortais que não têm nenhuma habilidade de magia. O anúncio foi feito pela Niantic: “Estamos incrivelmente entusiasmados em anunciar este próximo passo do entretenimento com a realidade aumentada nos telemóveis”, lê-se no post do blog oficial da empresa que está a trabalhar nesta nova aplicação, ainda que não revele qual será a data de lançamento.

Os mais entusiasmados com o anúncio podem já inscrever-se no site oficial do Harry Potter: Wizards Unite para receber todas as informações sobre este novo jogo para smartphones. A aplicação vai usar a tecnologia de realidade aumentada, tal como o Pokémon Go e o Ingress, para “revelar a magia que está à nossa volta”, lê-se no site.

A Niantic promete uma experiência imersiva: vai ser possível explorar as redondezas e encontrar “artefactos misteriosos”, aprender a lançar feitiços, encontrar “monstros lendários” e personagens icónicas da saga. “Com o Harry Potter: Wizards Unite, os jogadores que têm sonhado em ser feiticeiros na vida real vão finalmente ter a oportunidade de experimentar o mundo dos feitiços de J.K. Rowling”, garantem os responsáveis da Niantic.

O Tech Crunch avançou que a app deverá ser lançada no próximo ano. Não se sabe em que sistemas operativos (Android, iOS, Windows Phone) será lançado.

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