Mário Ferreira vai levar cruzeiros à Antártida

  • ECO
  • 24 Julho 2017

O empresário já encomendou a construção de um navio, que terá capacidade para 200 passageiros e irá oferecer itinerários de cruzeiros de expedição na Antártida durante os meses de novembro a março.

Mário Ferreira, dono das empresas de cruzeiros Douro Azul e Nicko, vai investir num novo destino. Segundo avança o Jornal de Negócios (acesso pago) esta segunda-feira, o empresário vai apostar nos cruzeiros de expedição na Antártida e já encomendou à West Sea, do grupo Martifer, o primeiro navio oceânico do grupo, que deverá ficar pronto no final do próximo ano.

O novo navio já está em construção nos estaleiros navais de Viana do Castelo. “Ficará pronto em outubro de 2018 e começará a operar no mês seguinte“, disse Mário Ferreira ao Jornal de Negócios, não revelando o investimento que fez. O custo deste tipo de embarcação fica entre os 70 milhões e 100 milhões de euros.

A operação, detalha ainda o empresário, será financiada por dois empréstimos obrigacionistas, no valor global de 50 milhões de euros, bem como pelo “apoio da Caixa Geral de Depósitos, do Montepio e do Banco Carregosa”.

O novo navio vai chamar-se MS World Explorer, terá capacidade para 200 passageiros e 111 tripulantes e irá oferecer itinerários de cruzeiros de expedição na Antártida nos meses de novembro a março, com partida em Ushuaia, cidade no sul da Argentina. As viagens serão segmentadas em etapas de 10 dias e custarão à volta de mil euros por noite.

“Já tenho esses meses vendidos por duas temporadas, prazo renovável por igual período”, diz ainda Mário Ferreira ao Negócios. Durante o resto do ano, o navio vai visitar “pequenos e distintos portos” por todo o mundo.

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CGD aumenta comissões de milhares de contas em setembro

  • ECO
  • 24 Julho 2017

A partir de setembro, só os clientes com mais de 65 anos e pensão ou reforma inferior a 835,50 euros continuarão isentos de custos de manutenção de conta no banco público.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai mudar as condições de milhares de contas até agora isentas de alguns custos. Segundo avança o Público (acesso condicionado) esta segunda-feira, vários clientes já receberam comunicações a informá-los de que as condições das suas contas vão mudar, não sendo ainda claro que todos deixem de estar isentos.

Em causa estão 700 mil contas, que, segundo disse Paulo Macedo num evento no mês passado, “pagam zero” pelos serviços bancários. Na altura, o presidente executivo do banco público fez saber que haveria alterações a este cenário. Na prática, vários clientes deixariam de ter uma conta base e seriam integrados nos serviços mínimos bancários, desde que cumprissem uma série de critérios preestabelecidos.

São essas alterações que entrarão em vigor a 1 de setembro, escreve agora o Público. As alterações abrangem clientes reformados e pensionistas, até agora isentos. A partir de agora, só os clientes com mais de 65 anos e pensão ou reforma inferior a 835,50 euros continuarão isentos de custos de manutenção de conta. Já os clientes que beneficiem, por exemplo, de pensões de invalidez, passam a pagar estes custos.

O jornal detalha ainda que os clientes com património financeiro acima de cinco mil euros também vão perder a isenção dessa comissão ou, em alternativa, serão obrigados a ter cartões de débito e de crédito, que terão de utilizar pelo menos uma vez por mês. Isso implica pagar os custos de anuidade do cartão, a que podem acrescer juros.

Feitas as contas, os clientes que perdem a isenção do pagamento de comissões passam a pagar 4,95 euros por mês (mais imposto de selo), o equivalente a 59,40 euros por ano, ou poderão optar por passar a pagar a recém-criada Conta Caixa, cujo custo poderá ser menor, dependendo do número de produtos de que o cliente precisa.

Em comunicado entretanto enviado às redações, fonte oficial da CGD sublinha que “depois deste movimento de ajustamento do preçário, que já aconteceu em toda a banca a operar em Portugal, a Caixa posiciona o seu nível de comissionamento num nível intermédio do mercado português“. Por outro lado, “quem não puder pagar a mensalidade mais barata, que é de 2,5 euros na Conta Caixa S, tem à disposição os Serviços Mínimos Bancários, que na Caixa Geral de Depósitos são gratuitos“.

Por seu lado, a Associação de Defesa de Clientes Bancários (ABESD) considera que a medida é injusta.

“Não são os clientes que têm de responder pelo problema de rentabilidade da banca e a única razão por que agora são taxados é porque a banca acha que não tem a rentabilidade que deveria ter. É altamente injusto que as pessoas metam dinheiro nos bancos e depois tenham de pagar a falta de rentabilização”, diz à Lusa Luís Janeiro, da direção da associação. “Ninguém ganha com esta situação. A sociedade precisa que os bancos ponham o dinheiro a circular. Agora querer que os clientes paguem para guardar o dinheiro, isso é serviço de um cofre, um banco é outra coisa”, sublinhou, acrescentou.

Paulo Macedo tem como objetivo aumentar as receitas provenientes das comissões em 100 milhões de euros até 2020, de forma a cumprir o plano acordado com a Comissão Europeia na recapitalização do banco. No ano passado, o banco faturou 349,5 milhões com comissões líquidas.

Notícia atualizada às 10h10 com esclarecimento da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e às 11h56 com declarações da Associação de Defesa de Clientes Bancários (ABESD).

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Recebe abono de família? Atenção à prova escolar

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 24 Julho 2017

Prova tem de ser feita no caso de jovens com 16 ou mais anos de idade para manter o abono. Também deve ser realizada no caso de alunos do secundário que recebam bolsa de estudo.

Se recebe abono de família, atenção: em caso concretos a manutenção desta prestação depende da prova escolar, que tem de ser feita durante o mês de julho.

Além de ser obrigatória para a manutenção do abono de família, a prova escolar também permite verificar se o jovem tem direito a bolsa de estudo. Quem tem então de fazer a prova escolar?

  • Para manter o abono: Jovens com mais de 16 anos (ou 24 em caso de deficiência) ou que completem essa idade durante o ano letivo, matriculados nos vários graus de ensino;
  • Para receber bolsa de estudo: Jovens que no ano letivo 2017/2018 estejam matriculados no 10º, 11º ou 12º anos de escolaridade (ou equivalente), sejam abrangidos pelo primeiro ou segundo escalões de abono e tenham menos de 18 anos antes do início do ano escolar.

Esta prova é feita online, através da Segurança Social Direta, durante o mês de julho. Se o prazo não for cumprido, o abono de família e a bolsa de estudo serão suspensos quando o ano escolar começar. A suspensão é levantada — e as prestações retidas serão pagas — se a prova for feita até 31 de dezembro. Mas se também este prazo não for cumprido sem justificação, o pagamento só é retomado no mês seguinte e o beneficiário perde o direito às prestações suspensas.

A prova escolar deve ser feita pela pessoa que recebe o abono de família (normalmente o pai ou a mãe).

 

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

  • Juliana Nogueira Santos
  • 24 Julho 2017

O FMI divulga novas previsões e os produtores de petróleo vão discutir os cortes na produção. Estes e outros assuntos que vão marcar os mercados esta segunda-feira.

Vai ser uma segunda-feira de reuniões e resultados. Na Rússia, os produtores de petróleo vão discutir os cortes e, em Washington, discutem-se possíveis acordos comerciais entre os EUA e o Reino Unido. A Alphabet apresenta os resultados do primeiro semestre do ano e o FMI apresenta novas previsões para o crescimento mundial. Estes e outros assuntos que vão marcar o dia de segunda-feira nos mercados financeiros.

FMI atualiza previsões mundiais

O Fundo Monetário Internacional divulga as atualizações feitas ao World Economic Outlook, que foi definido em abril deste ano. No final da cimeira do G20, a presidente da instituição afirmou que a recuperação económica está “no bom caminho”, mas advertiu contra a “complacência” e os riscos de reversão. A previsão para o crescimento económico mundial em 2017 estava nos 3,5% — contra os 3,4% anteriormente previstos — e nos 3,6% em 2018.

Produtores de petróleo discutem cortes

Os ministros da energia dos países pertencentes à OPEP vão estar reunidos com os representantes dos países fora do cartel em São Petersburgo para discutir o progresso em relação à produção. Enquanto a OPEP estabelece como objetivo cortar a produção para fazer aumentar os preços, os restantes produtores não estão a seguir esse modelo, continuando a aumentar os inventários. Ainda assim, a matéria-prima fechou a semana a desvalorizar mais de 2%, devido à antecipação dos números da OPEP relativamente a julho, que podem revelar um aumento da produção.

Como vai indústria na Zona Euro?

Esta segunda-feira são conhecidos os números da produção industrial na Zona Euro. O índice de produção industrial é um dos indicadores a curto prazo mais importantes, visto que pode identificar pontos de viragem no desenvolvimento económico numa fase inicial. Permite também conhecer melhor o desenvolvimento futuro do PIB.

EUA e Reino Unido discutem acordo comercial

Depois de os seus líderes terem estado reunidos na cimeira dos G-20, os EUA e o Reino Unido vão iniciar conversações para a assinatura de um possível acordo comercial. Ainda que os britânicos não possam fechar formalmente nenhuma parceria até que a saída da União Europeia esteja concluída, os negociadores que vão viajar para Washington tentarão preparar terreno para que os acordos existentes sejam retificados logo após o Brexit.

Alphabet apresenta resultados

A Google voltou a quebrar um recorde: a Comissão Europeia aplicou uma multa recorde à tecnológica de mais de 2,4 mil milhões de euros por esta ter abusado da sua posição dominante no mercado dos motores de busca. Esta segunda-feira conhece-se o impacto desta multa nas contas da casa mãe, a Alphabet, que vai divulgar os resultados do primeiro semestre do ano. Os analistas da Bloomberg preveem que o forte consumo de publicidade online e a contribuição dos serviços em cloud trarão crescimentos nas receitas.

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Da corrida ao ensino superior à meta: as profissões de amanhã

Já se sabem as vagas do ensino superior para 2017: são mais, sobretudo em Informática. Mas como escolher? Saiba o que procura o mercado de trabalho e o que dizem os psicólogos.

Numa altura em que tudo é digital, as carreiras não são exceção. A informática é a área do momento, com o maior aumento de vagas no ensino superior e novas profissões a surgirem. Mas não é a única: Engenharia Mecânica, Eletrónica e Ciências da Informação também estão no topo das escolhas dos empregadores. Saiba mais sobre as profissões do futuro, as competências que as empresas procuram e algumas dicas para entrar no mercado de trabalho com o pé direito.

Foram lançadas as vagas ao ensino superior esta semana, e resumidamente, o cenário é o seguinte: as três áreas com mais vagas são a Engenharia e Técnicas Afins, as Ciências Empresariais e a Saúde. Contudo, aquela que viu o maior aumento de vagas foi Informática — tem lugar para mais 164 alunos este ano, segundo a Direção Geral do Ensino Superior (DGES), devido à “crescente procura do mercado” e a esta ser uma “economia de maior valor acrescentado” na qual interessa investir. Para além desta prioridade, a DGES diz querer reforçar o ensino superior profissional, apesar do aumento das vagas em universidades (mais 114) ser superior ao aumento nos politécnicos, que só acrescenta 36 lugares.

“Funcionário precisa-se”: nesta área e com este perfil

À entrada do Ensino Superior é este o cenário, mas então, e à saída? Patrícia Gonçalves, gestora sénior na Randstad em Portugal, disse ao ECO os cursos mais procurados pelas empresas através desta consultora de recrutamento: “Neste momento são os de Engenharia Mecânica, Eletrónica, Informática e Ciências da Informação“. Quanto aos próximos cinco anos, a Randstad diz ser difícil fazer previsões mas que a procura em desenvolvimento de produto e na área de informática tem sido “recorrente”, e as solicitações para especialistas em hardware e firmware cada vez mais frequentes também.

Quanto ao ensino em institutos politécnicos, as estatísticas da Randstad desencontram-se com a aposta do Governo. Segundo Patrícia Gonçalves, “os empregadores tendencialmente valorizam os candidatos com formação em universidades em detrimento do politécnico, salvo raras exceções”.

O Manpower Group também se dedica a encontrar correspondência entre as empresas e os trabalhadores. Aquilo que a empresa observa é que as profissões com mais procura são de facto técnicas (eletricistas, carpinteiros, soldadores, ladrilhadores, canalizadores) mas que o mercado está a evoluir de forma a privilegiar cada vez mais as chamadas soft skills. O profissional ideal? Deve combinar as competências técnicas com “resolução de problemas complexos, pensamento crítico, criatividade, gestão de pessoas, a coordenação com os outros e a inteligência emocional“.

E agora, o que escolher?

A bússola das recrutadoras e das vagas para o ensino superior apontam numa direção, mas existem muitas outras possibilidades. O ECO falou com duas psicólogas educacionais, Célia Alverca e Sandra Helena, para perceber as maiores preocupações dos estudantes e como ultrapassá-las.

Segundo Célia Alverca, os alunos receiam sobretudo que o curso não corresponda às suas expectativas, que não o consigam concluir e por fim, não arranjar emprego na área escolhida, que ” tem tido um peso relevante nos últimos anos“. Sandra Helena sublinha a influência deste último receio e acrescenta que o retorno financeiro que se espera da profissão ou o facto de conhecer alguém próximo com determinada ocupação podem também pesar.

Áreas desaconselháveis? Não existem, uma vez que “um dos fatores mais importantes do projeto de vida de um indivíduo é a sua realização pessoal e profissional” e a concretização de sonhos é o que dá origem a “um bom profissional e um cidadão equilibrado“, defende Célia Alverca. Sandra Helena salienta que uma profissão de aparente fraca saída profissional “pode até tornar-se uma grande saída profissional para esse jovem” — basta que este seja especialmente interessado e empenhado na matéria.

Como sair desta encruzilhada? Ambas as psicólogas apontam para o contacto com profissionais da área desejada como uma fonte de conhecimento incontornável. E se possível, ter contacto com estes profissionais no local de trabalho, defende Célia Alverca. Em segundo lugar, Sandra sugere aos estudantes que frequentem as universidades de verão, “de forma a perceberem o melhor o curso, incluindo o ambiente”.

A evitar, duas coisas: Sandra Helena destaca a “pouca ponderação“. Célia Alverca salienta como desaconselhável “deixar que alguém escolha o curso por si“. “O projeto de vida é algo muito pessoal e deve ser construído pelo próprio”, sustenta.

Para aqueles que ainda assim não estejam seguros das suas escolhas, as psicólogas têm algumas palavras de consolo. “Não há problema nenhum de não acertar à primeira” assegura Sandra Helena, pois todos os passos implicam conhecimento, “até daquilo que não se gosta”.

Três profissões para amanhã

Se o grande boom é na informática, as grandes novidades em termos de profissões também. O World Economic Forum diz-nos que 65% dos estudantes que entram hoje no ensino primário terão profissões que ainda nem sequer existem. A Microsoft e o The Future Laboratory juntaram-se para perceber quais são as profissões que ainda não conhecemos mas estão aí a chegar. O ECO apresenta-lhe três:

  1. Designer de Ambientes Virtuais
    Entretenimento, trabalho e aprendizagem: tudo poderá ser feito em cenários de realidade virtual. Kevin Kelly, o fundador da Wired, acredita que a realidade virtual vai ser “a próxima plataforma dominante a seguir aos smartphones“. Uma profissão que requer a visão espacial de um arquiteto, a estruturação de narrativas como um designer de jogos ou um editor e conhecimentos de psicologia e do comportamento humano. Só assim se poderão criar as ilusões que tornarão a realidade virtual verdadeiramente real.
  2. Advogado de Ética Tecnológica
    O mundo da robótica está a crescer: o banco americano Merrill Lynch estima que nos próximos cinco anos robots e inteligência artificial representem um mercado de 153 mil milhões. Com esta revolução, levantam-se também as questões éticas e a necessidade de regular as interações e relações entre humanos e máquinas — aqui, entram estes “novos advogados”. A Alemanha por exemplo já investiu cerca de 200 milhões em investigação nesta área.
  3. Criativo de Internet das Coisas
    Internet das Coisas? Aqui fala-se de uma realidade em que os eletrodomésticos lá de casa estão todos ligados de forma a haver uma gestão inteligente das casas e das tarefas do dia-a-dia. Se a realidade virtual é um mercado na ordem dos milhares de milhões, a Internet das Coisas ou IoT já estava nos 1,9 biliões em 2013 e acredita-se que chegue aos 7,1 biliões em 2020, conta a IDC Research. Por isso mesmo, para além dos técnicos que desenvolvem estes sistemas, serão precisos analistas que os interpretem e comuniquem. Essencial é saber detetar padrões e ter a capacidade de lhes atribuir significado e fazer chegar aos utilizadores.

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FMI melhora projeções para a economia da Zona Euro

Previsões do FMI apontam para sólida recuperação da economia mundial. Projeções reveem em alta produção da riqueza na Zona Euro, compensando menor otimismo para a economia americana.

A recuperação da economia mundial continua em curso. A riqueza produzida em todo o mundo vai crescer 3,5% este ano e 3,6% em 2018, aponta o Fundo Monetário Internacional (FMI). Mas, se estas projeções estão em linha com o estimado em abril, há diferenças entre os contributos regionais para o produto mundial. É que o Fundo reviu em baixa as perspetivas para a economia norte-americana, num desempenho que será compensado pelo bom momento da atividade económica na Zona Euro.

“A manutenção das projeções de crescimento mascara de alguma forma os diferentes contributos a um nível mais regional”, diz o FMI na atualização do World Economic Outlook divulgado esta segunda-feira.

“As projeções de crescimento nos EUA são mais baixas do que em abril, refletindo sobretudo a assunção de que a política orçamental será menos expansionista do que anteriormente antecipado. O crescimento foi revisto em alta para o Japão e especialmente para a Zona Euro, onde surpresas positivas na atividade no final de 2016 e início de 2017 apontam para um sólido bom momento“, justifica a instituição.

Previsões do Fundo para a economia mundial

Fonte: FMI (valores em %)

Com efeito, o FMI prevê agora que a economia da moeda única cresça mais um pouco do que esperava em abril, fruto de um “sentimento positivo nos mercados e da redução dos riscos políticos”. As novas previsões apontam para taxas de 1,9% e 1,7% em 2017 e 2018, respetivamente, mais 0,2 pontos e 0,1 pontos do que o esperado em abril.

Esta atualização do World Economic Outlook não desagrega dados para Portugal. Mas, na última revisão publicada em junho, o FMI apontou para um crescimento da economia portuguesa de 2,5% em 2017 e de 2% em 2018 — ou seja, o país continuará a crescer ligeiramente acima da média da Zona Euro.

Em sentido contrário, a deceção com a administração Trump levou o Fundo a baixar as suas estimativas em 0,2 pontos e 0,4 pontos este ano e no próximo, com os EUA a apresentar taxas de crescimento de 2,1% em ambos os anos. Já a China continuará a ser o bloco económico de maior crescimento.

As projeções de crescimento nos EUA são mais baixas do que em abril, refletindo sobretudo a assunção de que a política orçamental será menos expansionista do que anteriormente antecipado. O crescimento foi revisto em alta para o Japão e especialmente para a Zona Euro, onde surpresas positivas na atividade no final de 2016 e início de 2017 apontam para um sólido bom momento.

FMI

World Economic Outlook

Quanto aos riscos, o organismo liderado por Christine Lagarde salienta sobretudo o cenário de aperto da política monetária por parte dos bancos centrais das economias avançadas. É o caso da Reserva Federal norte-americana, que já deu início à normalização da política monetária com subidas graduais das taxas de juro, numa altura em que se perspetiva que o Banco Central Europeu (BCE) comece a retirar os estímulos menos convencionais.

“Nas economias avançadas onde a procura continua a escassear e a inflação é demasiado baixa, o apoio monetário e (onde possível) orçamental deve continuar. A política monetária deverá ser normalizada gradualmente, em linha com os desenvolvimentos económicos”, recomenda o FMI.

Destaca ainda incertezas políticas relacionadas com as políticas orçamentais e regulatórias nos EUA e com as negociações que decorrem entre o Reino Unido e a União Europeia na sequência do Brexit. “Podem afetar a confiança, impedir o investimento privado e enfraquecer o crescimento”, argumenta.

"Nas economias avançadas onde a procura continua a escassear e a inflação é demasiado baixa, o apoio monetário e (onde possível) orçamental deve continuar. A política monetária deverá ser normalizada gradualmente, em linha com os desenvolvimentos económicos.”

FMI

World Economic Outlook

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Marques Mendes: “Governo está bem na economia, e menos bem na política”

Sobre a CGD, o comentador disse que "parece que há uma verdade inconveniente que não se quer que venha a público". Pedrógão também este em destaque.

“O Governo ficou politicamente afetado e, em vez de reagir com humildade, reagiu com arrogância”, disse esta noite Marques Mendes, no habitual comentário de domingo, na Sic. De acordo com o comentador, o Governo sofreu politicamente com as decisões tomadas a propósito do incêndio de Pedrógão. “De resto, a arrogância nunca é muito inteligente”, considerou.

O tema foi um dos que mereceram destaque na noite deste domingo, assim como o fim da comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos. “É mais um tiquezinho do tal comportamento”. A ausência de dois deputados inviabilizou uma das votações finais da comissão. “Parece que há uma verdade inconveniente que não se quer que venha a público”, acrescentou.

“O Governo está bem no domínio da economia e menos bem no domínio da política”, sobretudo “porque as relações entre a Geringonça pioraram”.

A propósito da polémica de André Ventura, candidato pelo PSD à Câmara de Loures, Marques Mendes diz que “não se pode generalizar, há casos e casos” mas que “preferia” que não fosse candidato pelo PSD. “Eu gostaria de uma posição diferente, se eu mandasse este candidato não devia ter sido candidato”, disse.

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Lisboa, o farol das Smart Cities que guia a UE

Lisboa, acompanhada de Londres e Milão: as "cidades farol" que a União Europeia elegeu como referência para serem seguidas pelo resto da Europa. Saiba o que vai fazer de Lisboa uma cidade inteligente.

Uma plataforma que cruza a informação de todos os transportes, parece-lhe inteligente? E se a iluminação na sua rua se adaptasse ao movimento dos carros e transeuntes? Estes são só dois dos projetos que vão ser implementados em Lisboa até 2021, no âmbito do programa da UE Sharing Cities. Lisboa vai tornar-se mais inteligente e servir de referência na Europa, a par de Londres e Milão.

A União Europeia vai conceder 1,7 milhões à cidade de Lisboa para que sejam implementadas medidas que tornem a cidade mais sustentável e inteligente. O programa europeu que o permite é o Sharing Cities, que teve início em 2016, mas vai ter a duração de cinco anos, pelo que ainda há muito por fazer. O objetivo é que Lisboa, Londres e Milão testem soluções e sirvam de exemplo a três cidades seguidoras, Varsóvia, Burgas e Bordéus, que terão um financiamento mais limitado. No final, as alterações deverão estender-se ao resto da Europa, já sem a ajuda dos fundos europeus.

Mas que alterações são estas? Há muita coisa a acontecer na cidade, mas o ECO vai tentar resumir em quatro tópicos as principais.

A eletricidade é o que nos move

O país com mais horas de sol da Europa vai ter uma nova ilha… mesmo no seio da Praça Marquês de Pombal. Esta é uma “ilha da mobilidade”, um centro dedicado aos transportes movidos a energia elétrica. Vai contar com:

  • Um posto de carregamento elétrico rápido e dois semi-rápidos;
  • Três lugares de estacionamento, correspondentes a cada um dos postos de carregamento, que serão controlados por sensores. Estes avaliam as necessidades de carregamento e a disponibilidade do lugar, para que novos ocupantes saibam quando estará vago;
  • Um posto de 15 bicicletas partilhadas, na maioria elétricas, que funcionarão como as que estão a ser testadas de momento na zona do Parque das Nações;
  • Painel interativo que reúne informação sobre todos os meios de transporte disponíveis;
  • Toda a praça será coberta por sinal Wi-fi.

Mas as alterações não se vão ficar pela Praça Marquês de Pombal. Ao todo, estarão disponíveis 1.410 bicicletas, 940 elétricas e 470 convencionais, distribuídas por 140 estações por toda a cidade. E não serão só bicicletas. A Câmara Municipal de Lisboa (CML) já conta com uma frota de 108 veículos elétricos, mas o programa Sharing Cities vem acrescentar mais quinze que formarão uma rede partilhada.

Na eficiência é que está o ganho

Não é só a frota de veículos da Câmara Municipal que vem diminuir a conta da Câmara Municipal de Lisboa, outra das prioridades de uma cidade inteligente. O próprio edifício dos Paços do Concelho também vai mudar: vai ser reabilitado com painéis solares, novo revestimento e um sistema de aquecimento e refrigeração mais eficiente energeticamente. As habitações sociais do Bairro Quinta do Cabrinha, também vão sofrer mudanças no mesmo sentido — aqui, vão ser instalados cerca de 900 painéis solares. São 248 apartamentos que se estendem por uma área de 15.000 metros.

A iluminação pública vai ter um reforço de 250 postes mas não são uns postes quaisquer: vão estar equipados com sensores de presença que adaptam a luminosidade. Para mais, ainda poderão ser adicionados sensores que controlem a qualidade do ar, meteorologia e que detetem os níveis de ruído.

Ao todo, o objetivo é que as poupanças conseguidas com o programa cheguem aos 600 mil euros.

Lixo, mas sem desperdício

Todos os dias, a recolha dos contentores de vidro (não os ecopontos, os grandes, verdes) levavam uma viatura a cerca de 30 pontos pela cidade. O que muitas vezes acontecia é que não estavam cheios — nem sequer preenchidos a metade. Por isto mesmo, vão ser instalados sensores neste tipo de contentores, que vão controlar o enchimento. Assim, só quando mais de 75% da capacidade estiver ocupada é que o lixo vai ser recolhido. Os munícipes também terão acesso a esta informação para poderem optar por um contentor que não esteja já cheio. Mas os sensores também vão ser distribuídos por outro tipo de contentores: os subterrâneos e os ecopontos de papel e vidro. No total, serão instalados 2.250 sensores até ao final do ano.

Um laboratório vivo, na próxima esquina

Como surgem as boas e novas soluções? A CML acredita que pode atrair inovação se der liberdade às startups para testarem os seus produtos no centro da cidade. Fora do programa Sharing Cities, existe o Smart Open Lisboa (SOL), que já vai na segunda edição e se dedica a isto mesmo: disponibilizar os parceiros, dados e espaço necessários (desde a Praça do Município até à Avenida da Liberdade).

Este ano, foram selecionadas doze startups que vão poder testar a implementação dos seus projetos. Uma delas vai, por exemplo, fazer uma experiência com os CTT para utilizar os drones na distribuição. “São desafios de um futuro que está próximo”, diz Paulo Soeiro de Carvalho, o diretor-geral de Economia e Inovação da CML. “É interessante percebermos como a cidade pode responder a estes desafios ao abrir-se a estas soluções”.

Na calha está também o “cluster de robótica de Lisboa“, que vai contar com cinco localizações, os chamados hotspots para pilotos que permitam desenvolver equipamentos de hardware. Espaços como aterros e quartéis de bombeiros são possibilidades avançadas. Destes testes deverão resultar melhorados métodos de desencarceramento ou meios que permitam alargar a visão dos bombeiros em situação de incêndio. As potencialidades são várias — agora é aguardar para ver.

COI: O cérebro da cidade

Tal como o ECO já introduziu, uma cidade não será verdadeiramente inteligente se as várias atividades não se cruzarem e conjugarem de forma a otimizar os recursos. No caso da cidade de Lisboa, todas as aplicações como a Bike Sharing, ou a maior Urban Sharing Platform, estarão ligadas ao Centro de Operações Integrado, o COI.

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Passos Coelho: “Nós fazemos falta a este país”

  • Lusa
  • 23 Julho 2017

Líder do PSD considera que há "muita cigarra na política portuguesa". Quando é preciso tomar decisões cabe aos sociais-democratas assumir a responsabilidade, diz Passos Coelho.

O presidente do PSD disse que há “muita cigarra na política portuguesa” mas, na hora de tomar decisões, têm de ser os sociais-democratas a assumir essa responsabilidade. “Nós fazemos falta a este país“, declarou Pedro Passos Coelho.

Há tanta cigarra na política portuguesa mas, caramba, quando é preciso tomar decisões, não é para todos e tem sido para nós e voltará a ser”, declarou o líder social-democrata na festa anual do PSD/Madeira, no Chão da Lagoa, nas serras do Funchal. Passos Coelho salientou que o PSD “não anda a mascarar as coisas”, nem anda a “fazer conversa bonita”, considerando que só o seu partido é que tem “ambição” que o país cresça no futuro.

O líder do PSD disse que “não é a geringonça, não é este governo, porque este governo só sabe viver de boas noticias, este governo quando alguma coisa corre mal, vira-se para a politica de comunicação, foge às suas responsabilidades e não atua com liderança”. “Nós fazemos falta a este país”, disse.

"Há tanta cigarra na política portuguesa mas, caramba, quando é preciso tomar decisões, não é para todos e tem sido para nós e voltará a ser.”

Pedro Passos Coelho

Presidente do PSD

Passos Coelho criticou ainda o facto de a Madeira pagar juros mais altos do que o Estado, dos empréstimos que contraiu, e defendeu que, se fosse primeiro-ministro, indexava os juros que a Região paga àqueles que a República paga pelos seus empréstimos.

Lamentou igualmente que o Governo da República não tenha ainda cumprido a sua promessa para com a construção do novo hospital do Funchal.

A festa do PSD-Madeira, aberta a militantes, simpatizantes e população em geral, já vai na sua 34.ª edição, e a organização estima que 25 mil pessoas tenham acorrido à Herdade do Chão da Lagoa, propriedade da Fundação Social Democrata, para se divertirem, percorrendo as 57 barracas de comes e bebes, as estruturas de feirantes e as de diversão, assistir aos espetáculos musicais de 40 grupos e artistas madeirenses, que este ano têm como cabeça de cartaz a artista brasileira Fafá de Belém.

Na componente política, a festa do Chão da Lagoa teve a participação, além de Pedro Passos Coelho, do líder da JSD-M, André Alves, e do presidente do PSD-M e do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque.

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DCIAP tem dez meses para concluir inquérito ao caso dos CMEC

  • ECO
  • 23 Julho 2017

Procuradoria-Geral da Repúplica deu dez meses aos investigadores do DCIAP para concluir inquérito ao caso das rendas da energia. Despacho foi emitido por Marques Vidal a 12 de julho.

A procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal, estabeleceu o prazo de dez meses para a conclusão do inquérito ao caso dos contratos energéticos que já constituiu como arguidos, entre outros, os presidentes da EDP e EDP Renováveis, António Mexia e Manso Neto, o antigo líder da REN Rui Cartaxo e ainda o ex-ministro Manuel Pinho.

De acordo com a RTP, esse será o período durante o qual a equipa do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) terá de concluir o inquérito, sendo que o limite poderá ser prolongado se o procurador pedir e justificar a necessidade de extensão das investigações ao caso dos contratos de Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), estabelecidos entre o Estado e a EDP na última década.

“Determina-se o encerramento do inquérito no prazo de dez meses”, diz o despacho emitido pela procurador-geral a 12 de julho e citado pelo canal público. O prazo “só poderá ser progorrado, a título excecional, mediante o requerimento do magistrado titular”, lê-se ainda no mesmo documento.

Em causa neste caso estão suspeitas de corrupção ativa e passiva e participação económica em negócio, no âmbito da introdução de compensações financeiras no setor elétrico nacional no período entre 2004 e 2014, na sequência das buscas judiciais às sedes da REN, EDP e da consultora Boston Consulting Group.

Avança a RTP que até dezembro a procuradora-geral da República terá de ser informada acerca do estado destas investigações e do prazo previsto para a conclusão do inquérito.

A procuradoria “não considera justificada ou necessária, por ora, a adoção de quaisquer medidas de natureza disciplinar ou gestionária” em relação aos prazos do inquérito.

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Millennials: Largue estes três vícios para alimentar a poupança

  • Juliana Nogueira Santos
  • 23 Julho 2017

Há três coisas que os jovens da geração millennial não dispensam, mas que poderiam -- e deveriam -- dispensar em nome da poupança.

A geração dos millennials é conhecida por muitas coisas: por não viver sem os seus gadgets, por adotar diferentes hábitos de trabalho, ter uma atração inexplicável por piadas virais — ou memes –, entre outros. O que muitos podem não saber é que esta geração tem três hábitos que, por mais que sejam negados, estragam a sua saúde e a sua carteira. Falamos de comer fora, de café e de bebidas em bares.

Um estudo feito pelos analistas da Bankrate revela que muitos jovens fazem compras desnecessárias, principalmente no que diz respeito a prazeres que sabem bem no momento — como é a comida e a bebida — mas que poderiam reverter-se na criação de uma poupança forte, a longo prazo.

Segundo este estudo, 54% dos jovens dos 18 aos 26 comem fora pelo menos três vezes por semana, 30% compram bebidas de café pelo menos três vezes por semana e 51% vão a bares e consomem cocktails ou outras bebidas pelo menos uma vez por semana. Mas a Bankrate apresenta soluções…

Como poupar em comida

Se existem dúvidas que os millennials adoram comida, estas são dissipadas por uns minutos passados num feed de notícias de uma qualquer rede social. Sushi, pizza, hambúrgueres, pratos vegetarianos, bebidas detox, brunch… Os jovens desta geração criaram uma nova refeição que junta o melhor de duas refeições. Ainda tem dúvidas?

Assim, se o problema está em comer fora, a solução apresentada é fácil: comer em casa. Mas não vale encomendar entrega ao domicílio. Cozinhar e levar marmita para o trabalho ou a escola permite poupar não só muito dinheiro, mas também muito tempo de espera em restaurantes.

Como poupar no café

As bebidas com café das cadeias mais conhecidas são muito saborosas e perfeitas para tirar aquela fotografia para as redes sociais. Ainda assim, com preços médios que rondam os três euros e com muito menos cafeína que a tão portuguesa “bica”, estas podem não ser o melhor para a carteira nem para ter aquele empurrão extra pela manhã.

O Bankrate aconselha os jovens a prepararem os seus cafés em casa, apostando em variadas misturas e tipos, e a acrescentar os extras que tanto custam na carteira, quer sejam natas batidas, caramelo ou umas pedras de gelo. Os copos de transporte também são um acessório que combina com qualquer outfit.

Como poupar nas bebidas

É difícil sair à noite e não acompanhar os amigos numa bebida, mas os preços nos bares — para não falar nos tão na moda rooftops — são muito inflacionados. A solução dos analistas da Bankrate para não canalizar os euros para os copos é aproveitar as promoções de bebidas nos supermercados e lojas de bebidas espirituosas e juntar os amigos.

Cumprindo estas dicas e aproveitando todas as ferramentas de poupança — que incluem por de parte uma parcela do orçamento para vícios e cultivar a capacidade de autocontrolo — é possível transformar estes prazeres de curto prazo em possibilidades a longo prazo.

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Regresso ao dividendos? Bancos enfrentam “caminho relativamente longo”

  • ECO
  • 23 Julho 2017

Faria de Oliveira queixa-se da falta de informação relativamente à venda do Novo Banco. Sobre os dividendos, diz que dificilmente bancos poderão remunerar os acionistas enquanto não forem rentáveis.

Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), considera que os bancos portugueses ainda enfrentam “um caminho relativamente longo” para voltarem a distribuir dividendos. Para o responsável, isso só deverá acontecer quando o setor voltar a ser rentável.

“Os bancos têm vindo a realizar um trabalho muito intenso, mas ainda têm enormes desafios pela frente. É um trabalho que ainda vai levar algum tempo e o sistema bancário necessita de tempo”, disse Faria de Oliveira, em entrevista ao Jornal de Negócios e Antena 1, salientando que a baixa rentabilidade da banca nacional face ao custo de capital dificulta o regresso à normalização da política de remuneração acionista.

“A rentabilidade dos capitais próprios da banca europeia anda na ordem dos 5% a 6%. E o custo de capital na União Europeia é da ordem dos 9%. Em Portugal será até superior. Enquanto a rentabilidade não atingir valores superiores ao custo de capital, a distribuição de dividendos é manifestamente dificultada“, argumentou Faria de Oliveira.

"A rentabilidade dos capitais próprios da banca europeia anda na ordem dos 5% a 6%. E o custo de capital na União Europeia é da ordem dos 9%. Em Portugal será até superior. Enquanto a rentabilidade não atingir valores superiores ao custo de capital, a distribuição de dividendos é manifestamente dificultada.”

Faria de Oliveira

Presidente da APB

Sobre o processo de venda do Novo Banco ao Lone Star, o antigo presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos lamentou a falta de informação em relação a esse processo. “Nós gostávamos de ter mais informação sobre o estado das negociações. Aliás, é uma das reclamações que o sistema [bancário] tem feito: sermos pouco postos ao corrente do que vai acontecendo”, afirmou o porta-voz da banca.

Ainda assim, Faria de Oliveira considerou que as informações públicas relativas à operação, resultantes da presença recente do governador do Banco de Portugal na COFMA (Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa), bem como algumas declarações públicas de membros do Governo permitem acreditar num desfecho positivo do negócio.

Na sua opinião, “as negociações parecem estar bem encaminhadas” e são “suscetíveis de poderem vir a ser concretizadas até ao final deste ano”.

E realça: “Estou em crer que sim [que o negócio se vai concretizar]. Eu creio que dentro das alternativas possíveis, neste momento, será muito difícil perspetivar outro tipo de soluções”

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