Tivoli da Avenida da Liberdade muda de marca. Agora é Avani

  • Lusa
  • 1 Fevereiro 2017

O hotel, com 119 quartos, surge para responder às necessidades e aspirações dos millenials. A renovação custou 1,5 milhões de euros.

O hotel Tivoli Jardim vai abrir a 1 de abril como Avani Avenida Liberdade Lisbon Hotel, assinalando a estreia desta marca na Europa, após uma remodelação avaliada em 1,5 milhões de euros. A Avani é detida pelo Minor, grupo tailandês que comprou os hotéis Tivoli.

O hotel, com 119 quartos, “surge para responder às necessidades e aspirações dos viajantes com um espírito millennial (geração internet), destacando-se pela sua oferta de excelência e design único”, segundo o comunicado divulgado pelo grupo Minor.

A remodelação incluiu uma renovação da fachada, quartos, lobby, receção, lounge e um novo ginásio, tendo sido cada quarto contemplado com varanda. Daqui a um mês, as refeições a servir são da autoria do Chef Olivier da Costa, no Restaurante Olivier Avenida.

Para os clientes de negócios, a unidade fica localizada junto ao Palacete, que funciona como centro para conferências, com sete salas, distribuídas por três pisos e capacidade para 260 pessoas.

Alejandro Bernabe, Diretor do grupo Avani Hotels & Resorts, comentou esta abertura, referindo que “Lisboa é uma cidade europeia dinâmica e um destino reconhecido, muito apelativo para viajantes com um estilo de vida millennial”, que integram “pessoas que não são definidas pela idade, mas por valores e mind-set comuns e que apreciam os detalhes que realmente importam.”

A Avani tem atualmente 17 hotéis em operação na Tailândia, Sri Lanka, Vietname, Malásia, Seychelles, Moçambique, Botswana, Lesoto, Namíbia, Zâmbia e Emirados Árabes Unidos.

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Bons resultados da Apple contagiam Wall Street

A Apple bateu as estimativas dos investidores. E estes bons resultados estão a animar os investidores. As bolsas norte-americanas abriram em alta, com ganhos entre os 0,4% e os 0,7%.

A época de resultados está a correr bem para as empresas, como foi o caso da Apple. E este otimismo está a contagiar as bolsas norte-americanas. Mas a cautela também pode marcar a sessão, com os investidores à espera da decisão da Reserva Federal dos EUA, no final da tarde.

O principal índice de referência norte-americano, o S&P 500, abriu a sessão a subir 0,35% para os 2.286,76 pontos. O índice Dow Jones avança 0,44% para 19.951,40 pontos, abaixo da fasquia dos 20 mil pontos. Já o tecnológico Nasdaq ganha 0,71% para 5.654,57 pontos, animado pelos resultados da Apple.

Na terça-feira, a gigante tecnológica surpreendeu pela positiva ao bater as estimativas de receitas dos analistas, graças aos resultados alcançados pelas vendas dos iPhones mais caros. A empresa liderada por Tim Cook reportou um aumento de 3,3% nas suas vendas, com estas a ascenderem a 78,4 mil milhões de dólares, nos últimos três meses de 2016.

Mas o hoje o foco é outro: a decisão da Fed sobre a política monetária. “O foco estará virado para a reunião da Fed”, diz Markus Huber à Bloomberg. No entanto, o trader não acredita que o banco central dos EUA faça qualquer alteração, considerando as medidas adotadas recentemente pelo presidente dos EUA, Donald Trump, relativas à imigração. Decisões políticas que estão a deixar o mercado relutante.

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Oi: Arbitragem contra a Africatel já tem fim à vista

A operadora Oi informou os mercados de que as transações previstas no contrato de permuta de ações celebrado entre a Samba e a Africatel já foram concluídas. Samba abre mão do procedimento arbitral.

A Samba Luxco transferiu para a Africatel BV 11.000 ações representativas do capital social da empresa, reduzindo a participação de 25% para 14%. Em contrapartida, a Africatel transferiu para a Samba Luxco os cerca de 34% de capital social que detinha na operadora namibiana Mobile Telecommunications.

Trata-se da materialização do “Contrato de Resolução e Permuta de Ações” celebrado em meados de junho de 2016 entre a Oi e os sócios na Africatel, empresa da qual a operadora brasileira é dona de 75% por intermédio da PT Participações e que detém ativos em África, incluindo a operadora angolana Unitel. Recorde-se que a portuguesa Pharol PHR 0,00% , ex-holding da PT, detém cerca de 27% da Oi. A Samba renunciou ainda a “certos direitos de aprovação que possuía”.

A finalidade do acordo é “resolver e extinguir o procedimento arbitral iniciado pela Samba contra” a Oi e suas subsidiárias. Ou seja, a Samba abre mão do processo que envolvia a Africatel BV, Africatel KG e Pharol, devendo agora ser requerido ao tribunal arbitral a emissão de uma “Sentença por Consentimento com o objetivo de registar os termos do acordo”, lê-se num comunicado da Oi submetido aos mercados.

Após a fusão da PT com a Oi, os ativos da Africatel foram incorporados pela operadora brasileira. Esse foi o facto que esteve na origem do processo arbitral desencadeado pela Samba em novembro de 2015, justificando que isso ia contra o acordo acionista da Africatel celebrado em 2007.

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Macedo: “Se falharmos, dificilmente nos será dada outra oportunidade”

O novo presidente executivo da CGD dedicou as primeiras palavras a todos os colaboradores do banco. Diz que não podem falhar, acreditando que "em conjunto conseguiremos" superar os desafios.

Paulo Macedo assumiu a liderança do banco público. As primeiras palavras foram para “todos os colaboradores”, incentivando-os para construir o futuro da Caixa Geral de Depósitos (CGD). “Se falharmos, dificilmente nos será dada outra oportunidade equivalente”, diz, rematando que está confiante de que “em conjunto conseguiremos”.

“A Caixa é um banco líder no panorama bancário Português, com uma marca forte e uma grande equipa” que, “como todo o sistema bancário português”, está a atravessar “um período desafiante”, refere nesta carta obtida pelo ECO. Mas diz que há oportunidades nesta altura em que está a ser feita a restruturação do banco.

A “capitalização e restruturação da Caixa é uma grande oportunidade que nos é dada – a todos – de colaborar nesse processo de relançamento da instituição, como uma referência no financiamento da economia nacional“, diz. “Mas é também uma grande responsabilidade, porque o país está a realizar um investimento elevado na Caixa, numa época de recursos mais escassos”, nota.

Neste sentido, e tendo em conta a responsabilidade assumida por Paulo Macedo, e pelos trabalhadores da CGD, o novo presidente executivo do banco estatal diz que os montantes injetados na CGD têm de ser bem aplicados, alertando que “se falharmos, dificilmente nos será dada outra oportunidade equivalente”. É preciso o envolvimento de todos no sentido de “atingir os objetivos propostos de melhor eficiência, menos risco e maior rentabilidade”.

É por isso tempo de executar, de agir, de trabalhar“, em como de “focarmos toda a energia na concretização da recapitalização e reestruturação da nossa instituição”. Macedo diz que é “firme convicção de que todos, em conjunto, saberemos dar uma resposta efetiva ao que nos é exigido pelo país, tributário primeiro de todo o nosso esforço, numa instituição que a todos pertence e para todos terá que focar os seus esforços e a sua dedicação sem limites ou hesitações”.

(Notícia atualizada às 13h40 com mais informações)

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Parlamento debate gestão da Carris e STCP a 24 de fevereiro

A apreciação parlamentar do decreto-lei que municipaliza a gestão da Carris foi marcada para 24 de fevereiro. Os comunistas já disseram que querem fazer alterações ao diploma.

A entrega da gestão da Carris ao município de Lisboa, bem como o modelo de gestão escolhido para a STCP, vão ser debatidos na Assembleia da República a 24 de fevereiro, apurou o ECO, junto de fontes parlamentares. O agendamento foi feito na conferência de líderes desta quarta-feira.

O Executivo de António Costa decidiu reverter a concessão da Carris ao consórcio Ado Avanza e entregar a gestão da empresa à Câmara de Lisboa. Contudo, os comunistas discordam da opção pela municipalização e já avisaram que querem introduzir alterações ao decreto-lei aprovado pelo Governo.

Também o modelo de gestão escolhido para a STCP, que gere os transportes rodoviários do Porto, é contestado pelos comunistas. Tal como o ECO já noticiou, inicialmente, na fundamentação do pedido de apreciação parlamentar do diploma sobre a STCP, o PCP admitia propor a sua revogação. Contudo, esta hipótese foi abandonada e os comunistas querem agora propor alterações.

Perante as divergências de posição entre os comunistas e o Governo socialista, não é certo qual será o resultado do debate nem que alterações virão a ser aprovadas. O PSD, que será fundamental para contrariar a vontade do Governo caso o PCP, PEV, PS e BE não cheguem a uma posição conjunta, ainda não clarificou a sua opinião nestas matérias em concreto.

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O número que Costa não disse no Parlamento: 241.100.000.000€

Qual é a dívida pública do nosso país neste momento? A pergunta foi feita por Assunção Cristas, líder do CDS-PP, ao primeiro-ministro. Foi feita, mas ficou sem resposta. O Banco de Portugal responde.

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António Costa foi ao Parlamento anunciar que a dívida pública liquida encolheu no ano passado. Baixou em um ponto percentual, avançou. Mas nunca disse o valor bruto, apesar da insistência de Assunção Cristas. “Qual é a dívida pública do nosso país neste momento?”, questionou… várias vezes. O primeiro-ministro não respondeu, responde o Banco de Portugal: 241.100.000.000 de euros.

O primeiro-ministro deu ênfase à queda de um ponto percentual na dívida líquida, em função do PIB, no debate quinzenal. “Se sabe qual é o valor da dívida líquida, deve saber da dívida bruta, porque nós não sabemos”, atirou a líder do CDS-PP que agora fica a saber através dos dados estatísticos do Banco de Portugal que o valor da dívida bruta aumentou em 9,5 mil milhões durante o ano passado. No dia do debate, este valor ainda não era público.

Os números finais do PIB de 2016 ainda não foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística mas, usando a última projeção do Governo, verifica-se de facto uma melhoria no rácio da dívida pública líquida próxima do que avançou Costa: cai 0,8 pontos percentuais, de 121,6% no final de 2015, para 120,8% do PIB em dezembro de 2016.

Contudo, os números também revelam que a dívida bruta — um indicador fundamental para os investidores — subiu: passou de 129% em dezembro de 2015, para 130,1% no final de 2016.

Evolução da dívida pública

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Valores em milhares de milhões de euros. Fonte: Banco de Portugal

Este aumento da dívida bruta traduz as operações de apoio ao sistema financeiro, nomeadamente a CGD, montantes que foram financiados, essencialmente, com recurso às poupanças das famílias: “destaque para as emissões de obrigações do Tesouro de rendimento variável (OTRV), um novo instrumento de dívida pública que permitiu captar cerca de 3,5 mil milhões de euros de aplicações das famílias”, diz o Banco de Portugal. Houve também “um aumento das emissões de certificados do Tesouro, num total de 3,4 mil milhões”, diz.

A entidade liderada por Carlos Costa salienta, no entanto, que o “aumento da dívida pública em 2016 foi superior às necessidades de financiamento das administrações públicas, o que permitiu uma acumulação de depósitos de cerca de 4 mil milhões de euros“. Isto aconteceu porque o Governo decidiu adiar para este ano o processo de recapitalização da CGD.

Assim, tendo em conta esta almofada, o valor da dívida pública líquida aumentou, mas menos que em termos brutos. Em vez dos 9,5 mil milhões de euros, o saldo cresceu em 5,5 mil milhões, refere o Banco de Portugal. Totalizou os 223,8 mil milhões de euros no final do ano passado, sendo que o custo médio destes títulos está em 3,4%, segundo o IGCP. Apesar do aumento do valor absoluto, como a economia cresceu, o rácio da dívida líquida terá, segundo António Costa, encolhido.

Mais reembolsos ao FMI

O Banco de Portugal salienta que no ano passado “os empréstimos [da ajuda externa] diminuíram 5,6 mil milhões de euros, para o que contribuiu o reembolso antecipado de aproximadamente 4,5 mil milhões de euros de empréstimos concedidos pelo Fundo Monetário Internacional no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira”.

E António Costa quer continuar a reembolsar o FMI. Caso se confirme a libertação de saldos primários prevista pelo Executivo, será possível “responder positivamente à gestão da dívida”. “O Estado dispõe hoje de margens de conforto da sua solidez. E a evolução positiva do sistema financeiro indica que não se repetirão as necessidades que justificaram os desenvolvimentos do ano passado”, realçou.

O primeiro-ministro apontou, na cerimónia de inauguração do edifício sede do Banco Santander Totta, para a “devolução de CoCos” do Banco Comercial Português (BCP), que ascendem a 700 milhões de euros e que serão pagos ao Estado depois de concluído o aumento de capital do banco em curso, e para a devolução das verbas relativas ao auxílio ao Banco Privado Português (BPP).

(Notícia atualizada às 15h45 com o gráfico da dívida)

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Grupo Pestana quer abrir hotel CR7 em Ibiza

O maior grupo hoteleiro do país está à procura de hotéis independentes, existentes ou em construção em Ibiza, para avançar com contratos de gestão, arrendamento ou joint-venture.

O Pestana Hotel Group quer alargar a marca Pestana CR7 para Ibiza. O maior grupo hoteleiro do país está à procura de unidades hoteleiras independentes na ilha espanhola, para gerir lá a marca do melhor jogador de futebol do mundo.

O grupo conta com a ajuda da consultora imobiliária JLL, com quem assinou um acordo para “identificar novas oportunidades hoteleiras de gestão e/ou arrendamento, bem como parceiros de negócio em Ibiza para a marca Pestana CR7 Lifestyle Hotels“, adiantou a cadeia hoteleira, em comunicado enviado às redações.

O objetivo é encontrar “hotéis independentes em Ibiza, existentes ou em construção, com perfil indicado para a marca Pestana CR7″. As zonas em que o grupo Pestana está mais interessado são a cidade de Ibiza, Santa Eulalia del Rio e Playa d’en Bossa.

O modelo de negócio ainda não está definido. O grupo admite avançar com “contratos de gestão, arrendamento ou joint-venture“.

A parceria entre o grupo Pestana e Cristiano Ronaldo, que detêm em conjunto a marca Pestana CR7, foi oficializada no final de 2015, para desenvolver quatro hotéis em locais que estejam na moda.

Para já, há dois Pestana CR7 já em funcionamento (o do Funchal e o de Lisboa) e outros dois já anunciados (o de Madrid e o de Nova Iorque, que estão em desenvolvimento).

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Custos com 35 horas concentram-se na área da Saúde

  • Marta Santos Silva
  • 1 Fevereiro 2017

Para Centeno, os objetivos do Governo de não aumentar as despesas globais com o pessoal foram salvaguardados. Maior motivação e produtividade fizeram com que houvesse menos necessidades de pessoal.

As principais carências de recursos humanos devido ao regresso às 35 horas de trabalho semanal na Função Pública registaram-se no setor da Saúde, segundo um relatório de avaliação de custos divulgado esta terça-feira pelo Governo. O Ministério da Saúde prevê um aumento de 19 milhões nos custos com pessoal. Noutros setores, vários serviços reconheceram que maior produtividade e motivação levaram a que não se registassem necessidades suplementares com a mudança do Período Normal de Trabalho (PNT).

Na Comissão de Trabalho e Segurança Social, o ministro das Finanças Mário Centeno apresentou as principais conclusões do relatório. O ministro esclareceu que, embora as despesas associadas aos salários tenham aumentado na Função Pública, esse aumento não se deveu à mudança das 35 horas, apontando outras justificações que compõem o acréscimo homólogo de 680 milhões nos custos registados em 2016.

As despesas com salários, excluindo os efeitos da reversão da redução remuneratória que estava em vigor na Função Pública, aumentaram 0,5% no primeiro semestre e caíram 0,7% no segundo, disse Mário Centeno. Já os custos associados às horas extraordinárias e outros suplementos cresceram 9% no primeiro semestre e 7,5% no segundo, o que, assinalou o ministro, se trata de uma desaceleração.

As maiores necessidades fizeram-se sentir no setor da Saúde, que por ter uma maior parcela dos funcionários a trabalhar por turnos viu um maior impacto na redução do horário semanal de trabalho. Conforme se lê no relatório do Governo (abre em PDF), concluiu-se que existe carência de cerca de mil enfermeiros no setor da Saúde, contratações que o Governo propõe fazer respeitando a regra para a globalidade da Função Pública de apenas contratar um funcionário por cada dois que abandonam o serviço, “alocando prioritariamente à contratação de enfermeiros as disponibilidades existentes e procedendo às novas contratações de forma gradual, como referido anteriormente”. Os impactos financeiros das 35 horas no setor da Saúde, que são estimados nos 19 mil milhões de euros, um valor que, segundo o Governo, “se encontra dentro da reserva orçamental definida em matéria de Orçamento do Estado para 2016”.

Outros ministérios mais afetados pela medida são o da Justiça — especificamente, no caso dos guardas prisionais, que trabalham por turnos — e o da Educação.

Uma minoria das entidades que responderam ao inquérito no qual se baseia o relatório de análise de custos do Governo afirmaram ter necessidade de reforço de recursos: 61 das 250 entidades questionadas. Por outro lado, a maioria dos serviços assinalam que tinham “margens internas de ajustamento” que permitiram o regresso às 35 horas sem custos. “Ganhos de produtividade, reorganização de equipas, motivação” são alguns dos fatores mencionados no relatório.

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Luís Costa Ferreira regressa ao Banco de Portugal depois da polémica saída para a PwC

Carlos Albuquerque sai da direção de supervisão para integrar a equipa de gestão da Caixa. Para o seu lugar entra Luís Costa Ferreira, que regressa ao Banco de Portugal após saída no final de 2014.

Luís Costa Ferreira está de regresso ao cargo de diretor do Departamento de Supervisão Prudencial do Banco de Portugal, depois da polémica saída no início de 2015 para a PwC, que na altura estava a conduzir uma auditoria ao recém-criado Novo Banco após intervenção do supervisor nacional.

Segundo o comunicado divulgado esta quarta-feira pelo Banco de Portugal, Costa Ferreira vem substituir Carlos Albuquerque, que solicitou ao governador a cessação de funções “tendo em vista o exercício futuro de funções no setor financeiro”. “O pedido foi aceite, com produção de efeitos a 31 de janeiro de 2017”, informa o supervisor. Já Luís Costa Ferreira inicia as novas funções a 15 fevereiro.

Carlos Albuquerque foi contratado ao BCP — onde era diretor — para vir ocupar o lugar deixado vago na liderança da área de supervisão prudencial por Costa Ferreira em janeiro de 2015.

O Banco de Portugal indica que impôs a Albuquerque um período de transição durante o qual não poderá assumir qualquer cargo em instituições financeiras sob a sua supervisão e do Mecanismo Único de Supervisão. Adiantou ainda que aquele responsável vai desempenhar funções, “em regime de destacamento, num projeto externo de solidariedade social, ligado ao tema do sobre-endividamento”.

De acordo com o Jornal de Negócios (acesso gratuito), Carlos Albuquerque deverá integrar a equipa de Paulo Macedo na Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas só depois de cumprido este período de nojo.

Em relação ao novo diretor do Departamento de Supervisão Prudencial, Luís Costa Ferreira havia abandonado esse cargo no final de 2014 para trabalhar na PwC, a entidade que na altura estava a conduzir uma auditoria ao Novo Banco, estando a ajudar a construir o balanço da instituição recentemente criada depois da medida de resolução imposta ao BES pelo Banco de Portugal.

Costa Ferreira foi então para aquela consultora acompanhado por Pedro Machado, então diretor adjunto do mesmo departamento no banco central.

(Notícia atualizada às 16h01)

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CTT voltam a afundar para mínimo histórico nos 5 euros

"Profit warning" dos Correios continua a ser altamente penalizado pelo mercado. Ações voltam afundar 3% esta quarta-feira para os cinco euros.

O aviso dos CTT de que o final do ano passado foi pior do que o esperado para os resultados da cotada está a ser levado à séria pelo mercado, que continua a castigar as ações pela quarta sessão seguida. Os títulos dos Correios perdem mais de um quinto do seu valor só este ano e chegam esta quarta-feira a cotar nos cinco euros.

A empresa lidera por Francisco Lacerda anunciou na passada sexta-feira que o negócio da distribuição de cartas quebrou no último trimestre de 2016. Com isso, o EBITDA — lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações — deverá ter recuado entre 4% e 7% naquele período — sem contar com o Banco CTT. Mantém o dividendo de 0,48 euros, o que não está, ainda assim, a convencer os investidores.

As ações estão a cair esta quarta-feira 3% para os cinco euros, uma barreira psicológica que marca um novo mínimo histórico para a empresa que chegou à bolsa no dia 5 de dezembro de 2013 a valer 5,52 euros. Chegaram a valer 10,64 euros em abril de 2015. Atualmente, a preços de mercado, os CTT estão avaliados em 750 milhões de euros.

CTT perdem 22% desde o início do ano

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Fonte: Bloomberg (valores em euros)

Este mau momento para a cotada liderada por Francisco Lacerda surge num momento de transformação do negócio. O Banco CTT, lançado em março do ano passado, deverá continuar a pressionar os resultados. Em nove meses de atividade, o banco postal havia captado mais de 250 milhões de euros em depósitos dos seus mais de 100 mil clientes que conquistou neste período. E no final do mês passado lançou-se no competitivo mercado do crédito à habitação, com uma taxa de spread ligeiramente acima do que está a ser praticado pelos restantes bancos a operar no mercado nacional: 1,75%.

Em relação à sua atividade principal, a queda de tráfego postal na reta final do ano foi justificada com o “impacto relevante dos feriados naquele período (menos três dias úteis do que no quatro trimestre de 2015)”. Esta diminuição do volume de correspondência distribuída surge depois de um dos seus principais clientes, o Estado, ter anunciado em novembro que vai prescindir das cartas para notificar os cidadãos por via eletrónica.

“Acreditamos que mais do que o efeito negativo do aviso, o principal problema dos investidores tem mais a ver com a credibilidade da gestão depois de três “profit warnings” consecutivos”, referiram os analistas do Haitong, que mantêm algum otimismo e uma recomendação de compra sobre os títulos do CTT, com um preço alvo de 7,10 euros.

“As nossas razões para continuarmos positivos nos CTT, apesar do fraco momento, são: i) pensamos que a empresa consegue manter o EBITDA do seu negócio, excluindo o banco postal; ii) mantemos a visão do dividendo como sustentável aos níveis atuais; iii) potenciais operações de fusões e aquisições para consolidar a atividade de E&P (Expresso e encomendas), que poderia ser valorizado; iii) balanço rico em numerário e capacidade para gerar fluxo de caixa no negócio tradicional; iv) potencial do banco postal”, enumera o banco de investimento.

Os analistas concluem: “A gestão dos CTT precisa agora de focar-se na execução das suas medidas de aumento das receitas, no turnaround do E&P e com isso reconquistar a confiança dos investidores”.

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Caldeira Cabral: “O PSD está em contramão com os portugueses”

O ministro da Economia salienta os resultados alcançados pelo Governo e garante que as empresas e consumidores estão mais confiantes.

A economia portuguesa está melhor e os portugueses também. E o PSD não gosta disso. “O PSD está em contramão com os portugueses”, critica o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, que está a ser ouvido, esta manhã, na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas.

O ministro respondia assim a António Costa e Silva, deputado do PSD, que disse que Caldeira Cabral “quer colocar a geringonça a andar na autoestrada, mas, de cada vez que o Governo colocou a geringonça na autoestrada, colocou-a em contramão”.

Na resposta, Caldeira Cabral enumerou os resultados alcançados pelo atual Governo. “Diz que falta confiança às empresas. É curioso que as empresas estejam a investir mais e tenham menos confiança neste Governo e na economia do país“, começou.

"As perspetivas das instituições internacionais não estão favoráveis para os profetas da desgraça.”

Manuel Caldeira Cabral

Ministro da Economia

“Fala de um modelo económico errado, mas os dados económicos, em particular os do terceiro e quarto trimestre do ano passado, dão sinais muito positivos, quer de crescimento económico, quer de relançamento do investimento”, acrescentou. Ao mesmo tempo, “as perspetivas de investimento do Instituto Nacional de Estatística são as mais elevadas dos últimos nove anos”, o que “demonstra bem que as empresas e os consumidores estão com mais confiança“.

O ministro da Economia criticou ainda a palavra “desgraça”, ouvida várias vezes na bancada do PSD. “Mais uma vez, o PSD está em contramão. Oiçam as empresas. As empresas não estar a dar credibilidade aos profetas da desgraça. As pessoas percebem, os indicadores desmentem, as perspetivas das instituições internacionais não estão favoráveis para os profetas da desgraça. Saiam da contramão”, apelou Caldeira Cabral.

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Depois de navios, Portugal lança startups, escreve a Bloomberg

Portugal é o melhor lado da Europa e terra de oportunidades fora do Reino Unido, escreve a Bloomberg.

“Há qualquer coisa nova na pequena nação que extravasa a economia estagnada e o stress da indústria financeira”, escreve a Bloomberg. A agência de notícias internacional sublinha assim o potencial empreendedor de Portugal que, depois de ter “lançado navios” nos Descobrimentos, agora “lança startups”.

Portugal tem hoje destaque — numa altura em que a Startup Lisboa, um dos catalisadores do ecossistema, cumpre cinco anos (a 2 de fevereiro) — afirmando-se como o país-alternativa ao Reino Unido para onde, entre 2011 e 2016, foram metade dos investimentos feitos em startups de fintech na Europa.

O trabalho, garante a reportagem, tem sido feito, não só pelas instituições envolvidas e pelo Governo mas numa confluência entre os setores público e privado. Universidades, fundos de investimento, empreendedores e multinacionais têm trabalhado “a arte do empreendedorismo”, ao mesmo tempo que afirmam Lisboa como uma capital bem mais barata do que Londres, “uma das mais caras cidades do mundo”.

Este desenho de Matt Chase ilustra o artigo da Bloomberg.
Este desenho de Matt Chase ilustra o artigo da Bloomberg.D.R.

Talvez por isso, a Bloomberg considere que Portugal pode apresentar-se como uma alternativa viável ao êxodo de Londres, um cenário ponderado no pós-Brexit. “A perda do acesso ao mercado único europeu pode dificultar a estratégia e os planos de crescimento dos fundadores que se habituaram a ver no Reino Unido a melhor maneira de se expandirem na Europa”, explica o artigo.

Em vez de trabalharmos 18 horas por dia para outra pessoa, fizemos um projeto cool para nós. Tivemos uma alternativa.

Jaime Jorge

Fundador da Codacy

Entre amigos

O Fórum Económico Mundial destacou esta semana Lisboa como uma das dez cidades mais amigas das startups. Num vídeo publicado no Facebook, Lisboa surge em 5º lugar na lista de melhores cidades para se começar uma empresa. E a justificação é simples: “Os salários são baixos, o custo do espaço para escritórios é acessível e há talento disponível”, explica o FEM, sublinhando que “Lisboa é um elemento particularmente interessante da lista na medida em que só passaram alguns anos desde que Portugal esteve mergulhado numa profunda crise financeira”.

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