Oi tem nova proposta de aquisição. Pharol dispara 100% este ano
Pharol já recuperou as perdas de 2016, seguindo em máximos de ano e meio. Ações duplicam de valor este ano, numa altura prossegue o plano de recuperação da Oi com mais um interessado na sua compra.
A Pharol continua a brilhar intensamente no PSI-20. Desde o início do ano, as ações da antiga PT SGPS disparam mais de 100%. Ou seja, em pouco mais de um mês os títulos duplicaram de valor, uma evolução que surge numa altura em que a Oi, a operadora brasileira onde a Pharol é a principal acionista, prossegue o seu plano de recuperação, com mais um interessado na sua aquisição: a Cerberus Capital Management.
A sessão desta sexta-feira marcou um novo máximo do último ano e meio para a cotada liderada por Luís Palha da Silva. As ações aceleraram 11,51% para os 0,44 euros, a cotação mais elevada desde junho de 2015. E isto num contexto de forte volume de transações: foram trocados mais de 24 milhões de papéis da Pharol ao longo desta sessão, mais de quatro vezes a média diária de negociação verificada nos últimos 12 meses.
Do outro lado do Atlântico, a Oi também segue em destaque no pregão brasileiro. As ações da operadora brasileira somam hoje 1,6% para os 3,19 reais (cerca de 96 cêntimos). E acumulam uma valorização de mais de 40% desde o início do ano.
Segundo a Reuters, há mais um interessado na aquisição da Oi. Trata-se de um grupo de investidores liderados pelo fundo Cerberus Capital Management, que está a planear avançar com uma proposta alternativa de recuperação judicial em março, logo após a finalização do processo de due dilligence, revelou uma fonte à agência Reuters.
Além da participação na Oi, a Pharol detém ainda cerca de 900 milhões de euros em papel comercial da Rioforte, embora a empresa já só espere recuperar 85,8 milhões de euros.
Pharol acompanha recuperação da Oi
A Oi encontra-se sujeita a um plano de proteção de falência desde junho, o maior processo deste género alguma vez desencadeado no Brasil. A operadora tem procurado formas de evitar o desaparecimento, nomeadamente através de um plano de recuperação judicial, face às dívidas avultadas que ultrapassam os 19 mil milhões de euros.
A administração da Oi está neste momento a analisar várias alternativas quanto ao futuro da operadora. Entre as opções em cima da mesa está a possibilidade de converter parte dessa dívida em ações. A ideia de conversão dívida em capital foi proposta por credores e apresentada aos administradores pela LaPlace, a assessora financeira da empresa. Neste sentido, “o conselho [de administração] autorizou a diretoria da Oi a prosseguir com entendimentos junto dos credores, aprofundando alguns itens críticos”, segundo comunicou ao mercado na semana passada.
Perante esta possibilidade, a gestão da Oi deixou temporariamente de lado duas propostas que visam a aquisição da operadora. Existe uma proposta da Elliot Management, do multimilionário Paul Singer, que envolve uma injeção de capital no valor de nove mil milhões de reais (2,9 mil milhões de dólares) que daria uma participação maioritária àquele fundo norte-americano na operadora brasileira, segundo a Reuters. Este negócio tem a oposição da Pharol, que revelou à agência que apenas aceitará um plano de reorganização alternativo se tiver o aval da administração da Oi.
Entretanto, a Orascom, detida pelo multimilionário Naguiv Sawiris, decidiu estender o prazo de validade das sugestões para um plano alternativo de recuperação judicial da operadora brasileira Oi. A proposta da Orascom já só expira a 28 de fevereiro.
(notícia atualizada às 17h20 com informações da nova proposta da Cerberus Capital Management)
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