Rui Cartaxo entre os três novos arguidos no caso dos CMEC

Há mais três arguidos no caso que envolve a EDP, REN e os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC). São eles Pedro Rezende e Jorge Machado, ambos ex-gestores da EDP, e ainda Rui Cartaxo, ex-presidente executivo da REN. A informação foi avançada pela SIC Notícias e confirmada pela Procuradoria Geral da República (PGR) ao ECO.

Na informação que partilhou esta manhã com os jornalistas, a elétrica nacional já havia indicado que a investigação do Ministério Público e da Polícia Judiciária (PJ) envolveu ainda os nomes de Pedro Rezende e Jorge Machado (ex-gestores), além de António Mexia e Manso Neto.

“Simultaneamente, a REN também foi objeto de execução de mandado de busca similar, tendo como visados: João Conceição, Rui Cartaxo e Pedro Furtado”, adiantou a EDP na mesma apresentação.

António Mexia adiantou que já teve oportunidade de consultar o processo onde o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) levanta suspeitas de corrupção ativa, corrupção passiva e participação económica em negócio.

O Ministério Público e a Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária realizaram esta sexta-feira buscas nas sedes da EDP e da REN, em Lisboa. Também o escritório da consultora Boston Consulting Group (BCG) foi alvo de investigações por parte das autoridades. Porém, de acordo com a EDP, as investigações conduzidas pelas autoridades não identificaram nenhum visado em concreto em relação à consultora.

Em causa está o processo de cessação antecipada dos Contratos de Aquisição de Energia (CAE) e da adoção do novo regime dos CMEC, em 2007.

O presidente da EDP esclareceu esta terça-feira que a empresa que lidera não obteve qualquer benefício com a revisão dos contratos energéticos, tendo rejeitado o cenário de demissão.

(Notícia atualizada às 18h16)