Wall Street renova máximos. Dow Jones perto dos 23 mil pontos

O índice industrial deverá bater um novo marco histórico, numa altura em que os investidores aguardam com otimismo pela reforma fiscal de Donald Trump.

As bolsas norte-americanas voltaram a fechar em alta e renovaram máximos históricos, numa altura em que os investidores aguardam com boas expectativas por resultados financeiros das maiores empresas. A reforma fiscal anunciada por Donald Trump também está a dar ânimo às ações.

O índice de referência S&P 500 avançou 0,18%, para os 2.557,64 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq valorizou 0,28%, para os 6.624 pontos. Já o industrial Dow Jones aproxima-se de um novo marco histórico. Nesta sessão, subiu 0,37% e ficou a menos de 50 pontos de atingir os 23 mil. Está agora nos 22.956,96 pontos.

A manter esta tendência, o Dow Jones vai acumular a quarta valorização de mil pontos em apenas 12 meses, que, segundo as contas do Wall Street Journal, será o maior ciclo de sempre na história deste índice acionista. A contribuir para estes ganhos está o otimismo dos investidores em relação ao plano fiscal de Donald Trump para as empresas. O mercado acredita que o presidente norte-americano vai implementar medidas que vão beneficiar as empresas cotadas em Wall Street.

Os investidores estão ainda com boas expectativas em torno dos resultados que serão apresentados na terça-feira. O Morgan Stanley e o Goldman Sachs, os dois maiores bancos norte-americanos, prestam contas sobre o terceiro trimestre do ano. Na lista de gigantes a apresentar resultados estão ainda a Johnson & Johnson e a tecnológica IBM.

No mercado cambial, o dólar manteve a tendência de ganhos em relação ao euro, depois de Janet Yellen ter sugerido que as taxas de juro vão continuar a aumentar, ainda que a inflação esteja a evoluir num ritmo menos acelerado do que o esperado. A moeda norte-americana está agora a valor 1,179 euros.

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A gestão da floresta em Portugal tem três problemas sistémicos

  • Marta Santos Silva
  • 16 Outubro 2017

O primeiro relatório da comissão técnica sobre Pedrógão Grande critica três grandes problemas estruturais na forma como Portugal se organiza e prepara para o combate aos incêndios.

Mais uma vez no mesmo ano, o país foi fustigado por incêndios, desta vez de norte a sul, que resultaram em dezenas de mortos. Após os incêndios de Pedrógão Grande e de Góis, que devastaram o centro do país, uma comissão técnica independente desenvolveu um primeiro relatório, entregue na Assembleia da República, no qual assinalou as falências concretas que aconteceram no caso de Pedrógão Grande e que permitiram que se tornasse num incêndio tão difícil de controlar, assim como as causas que provocaram a morte de 64 pessoas nesses dias.

No entanto, o relatório também analisa as causas mais profundas que têm afetado a gestão florestal e a proteção contra incêndios, que deveriam ser temas sempre discutidos mas foram remetidos “para uma situação reconhecidamente insuportável e que exige soluções profundas, estruturantes e consensuais” pelos incêndios de 2016 e de 2017 — num relatório escrito ainda antes do “pior dia do ano”, este domingo.

O relatório começa por referir que a gestão florestal tem sido esquecida, “embora de importância central na vida das nossas comunidades”, até este período de incêndios mais devastadores. Deixa então três problemas sistémicos no centro das falhas na gestão florestal.

Os problemas no caminho de uma boa gestão

Há três principais razões que “têm retirado coerência aos domínios da gestão florestal e da defesa da floresta contra incêndios”, assume o relatório, e logo a seguir enumera-as:

  • Conhecimento — Produzido, mas ignorado

A comissão técnica acredita que embora se desenvolva muito novo conhecimento nas áreas científicas da meteorologia, silvicultura e gestão do fogo em Portugal, assim como através da recuperação de “modelos e práticas ancestrais da gestão da floresta”, este é ignorado pelos decisores.

O conhecimento “não pode continuar a ser entendido apenas como um tema que anima a reflexão académica, que reforça os indicadores de produção científica ou que prestigia os centros de investigação científica”, lê-se no relatório, “sem que se assuma uma insistência significativa na transferência e na aplicabilidade do conhecimento aos problemas concretos do país.”

De tal maneira este conhecimento não é transferido para a prática que Portugal viu, nos últimos anos, “intervenções que fizeram tábua rasa do conhecimento acumulado e que levaram a introduzir alterações, reajustamentos ou reformas que quebraram o ciclo normal de valorização e proteção deste recurso nacional”.

  • Qualificação — Um problema em vários setores

O relatório também destaca uma falta de qualificação “abrange transversalmente diversos setores comprometidos com a defesa da floresta contra incêndios”. Desde logo, existirem tantos intervenientes diferentes no combate e prevenção de incêndios não facilita a coordenação nem a qualificação, “pois confrontam-se profissionais com diferentes capacidades e competências, enquadrados por variadas instituições, independentes umas das outras (públicas e privadas), e assumindo funções centradas em atribuições que, nalguns casos, incidem em desafios laterais aos que justificaram as respetivas mobilizações.”

“A evolução deste complexo e do respetivo enquadramento social conduziu a uma redução da disponibilidade de muitos dos intervenientes, à ausência de formação e capacitação profissionais adequadas para muitos outros e, ainda, ao não integral aproveitamento de outros que, embora preparados, não têm sido chamados para intervir nos momentos para os quais poderiam ter uma atuação positiva“, acrescenta ainda o relatório. Assim, existem fossos, esclarece a comissão técnica, entre aquilo que os intervenientes estão treinados para fazer e o que de facto fazem no campo, o que constitui, “um dos graves problemas que impede a solução de muitos dos problemas existentes em torno dos incêndios florestais”.

O relatório critica ainda que haja pouca ligação entre os meios de intervenção direta no campo e as entidades e agentes que assumem a componente tecnológica, sejam eles Universidades, o Instituto Nacional de Conservação da Floresta, ou empresas privadas, e os próprios acontecimentos — os profissionais da parte técnica não costumam ser chamados a intervir na altura dos incidentes. Em comparação, no país vizinho, “qualquer incêndio de amplitude significativa tem um Diretor, que é um técnico florestal experimentado na gestão da floresta e do fogo.” Em Portugal, esse não é um perfil profissional muito solicitado, “conduzindo a que as operações de combate a incêndios tenham um caráter estritamente quantitativo, em redor da mobilização de homens, viaturas, aviões ou helicópteros, apimentados com os relatos artificialmente empolados da responsabilidade de alguns órgãos da comunicação social”.

  • Governança — Confusão institucional

“Recorde-se, desde logo, que a autoridade florestal nacional mudou seis vezes de figurino institucional nos últimos vinte anos“, começa por destacar a comissão técnica independente. “Nada de bom haveria a esperar desta evolução tortuosa”.

É importante que a prevenção e o combate dos incêndios sejam feitos por operacionais que participam em ambas as fases do processo, algo que acontece noutros países mas não em Portugal. Quando isto não acontece, há enorme potencial para “gerar situações de desaproveitamento de oportunidades criadas pela prevenção para aumentar o êxito do combate”.

O atual modelo de governança, que subdivide e separa órgãos que deveriam trabalhar em conjunto, tem muitas deficiências que acabam por resultar não só em mais incêndios florestais, mais difíceis de controlar, mas também num ordenamento e gestão do espaço rural que é insuficiente.

E num momento de emergência, a situação torna-se ainda mais difícil. Tentar conjugar as diferentes entidades num momento crítico, quando não existe um comando especializado que possa ter autoridade para juntar e coordenar as atividades, é praticamente impossível. “Entidades privadas, associativas, profissionais, a que se deverão associar os diversos agentes de proteção civil (segurança, saúde, transportes, logística, Forças Armadas), transformam estas atuações em complexas operações, obrigatoriamente multifacetadas, que exigem grande capacidade de liderança e comando”, lê-se no relatório.

O que fazer para resolver este terceiro grande problema da ordenação florestal em Portugal? “Importa refazer os mecanismos que possam permitir uma ação eficaz, designadamente a partir de um novo pacto social a estabelecer entre proprietários, utentes e instituições, com impacto nacional e municipal”, escreve a comissão técnica.

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António Costa: “Não é tempo de demissões, é tempo de soluções”

A prioridade, agora, é colocar em prática as recomendações da comissão técnica que avaliou os incêndios de Pedrógão, diz o primeiro-ministro.

António Costa, primeiro-ministro, falou ao país sobre os incêndios que já vitimaram, pelo menos, 36 pessoas.Paula Nunes / ECO

“Este é um momento de luto”. Foi desta forma que António Costa se dirigiu ao país, numa altura em que se mantêm ativos 26 incêndios e em que já se contabilizam 36 vítimas mortais. O primeiro-ministro volta a rejeitar a demissão da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e frisa que a prioridade é “concretizar em medidas” as conclusões do relatório feito por uma comissão técnica independente sobre os incêndios de Pedrógão Grande, durante o verão.

“Todos sentimos a sua angústia, a sua aflição, o sentimento de desamparo com que viveram últimas horas”, disse António Costa, dirigindo-se às famílias afetadas pelos incêndios. “Depois deste ano, nada poderá ficar como dantes”, acrescentou. E salientou: “Não é tempo de demissões, é tempo de soluções”.

"A grande responsabilidade política que temos é concretizar em medidas as recomendações e conclusões que nos foram apresentadas. O que o país não compreenderia era que tivéssemos um conjunto de recomendações e conclusões que caíssem em saco roto.”

António Costa

Primeiro-ministro

Questionado sobre a atribuição de responsabilidades políticas pelos incêndios que já vitimaram, pelo menos, uma centena de pessoas, António Costa voltou a sublinhar a importância das propostas apresentadas pela comissão técnica independente, no relatório que enviou ao Governo. “A grande responsabilidade política que temos é concretizar em medidas as recomendações e conclusões que nos foram apresentadas. O que o país não compreenderia era que tivéssemos um conjunto de recomendações e conclusões que caíssem em saco roto. Temos de passar das palavras aos atos e executar, simultaneamente, a reforma da floresta, ao mesmo tempo que melhoramos o nosso sistema de prevenção”.

Para acelerar a implementação dessas recomendações da comissão técnica, vai realizar-se um Conselho de Ministros extraordinário já no sábado. Ainda assim, António Costa avisa que não haverá soluções imediatas. “Não podemos iludir os portugueses sobre a imediata produção de resultados, mas não receamos o desafio. Encontramos nas exigências da população a motivação acrescida para vencermos esta batalha”, disse.

Questionado pelos jornalistas, o primeiro-ministro recusa garantir que tragédias semelhantes não voltem a repetir-se, dizendo apenas que o Governo vai “cumprir tudo” o estiver ao seu alcance para “colocar em prática as recomendações da comissão técnica independente, executar a reforma das florestas e fazer de tudo para responder às necessidades das populações. Mas, independentemente dos esforços que forem feitos, “nem a melhor floresta pode garantir que não haja ocorrências“, admite António Costa.

Seja como for, o primeiro-ministro garante que o Governo assume todas as que lhe forem atribuídas. “As responsabilidades que forem apuradas têm de ser honradas pelo Estado”, assegurou, lembrando ainda que está a ser votado um mecanismo para atribuição de indemnizações às populações afetadas pelos incêndios de Pedrógão Grande, havendo a possibilidade de alagar essas indemnizações às vítimas de incêndios noutras zonas.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano, provocaram pelo menos 36 mortos. Estão ainda confirmados 63 feridos, dos quais 16 graves. Os incêndios obrigaram ainda a evacuar localidades, a realojar populações a cortar o trânsito e dezenas de estradas.

Notícia atualizada às 20h49 com mais informação.

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Novo Banco aprova aumento de capital de 750 milhões

O aumento de capital vai ser feito pelo Lone Star, novo dono do Novo Banco. A instituição passa a ter um capital de 5.650 milhões de euros.

O Novo Banco aprovou, esta segunda-feira, o aumento de capital de 750 milhões de euros previsto no acordo assinado com o Lone Star. O dinheiro, injetado pelo fundo norte-americano, vai entrar nos próximos dias.

“O Novo Banco informa sobre a realização, hoje, 16 de outubro de 2017, da Assembleia Geral do banco que deliberou a eliminação do valor nominal das ações Novo Banco, passando o capital social deste a ser representado por ações sem valor nominal, e deliberou um aumento de capital do Novo Banco, no valor de 750 milhões de euros, de 4.900 milhões de euros para 5.650 milhões de euros, mediante novas entradas em dinheiro a realizar nos próximos dias”, informou o banco, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Esta é a primeira tranche do aumento de capital que ficou acordado com o Lone Star, no valor total de 1.000 milhões de euros. A segunda tranche, de 250 milhões, terá de ser injetada até ao final deste ano.

No final da operação, o Lone Star vai passar a controlar 75% do Novo Banco.

Notícia atualizada às 20h09 com mais informação.

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Pedrógão Grande: Novo relatório culpa cinco entidades e deixa conselhos

  • Juliana Nogueira Santos
  • 16 Outubro 2017

O relatório do grupo de trabalho liderado pelo investigador Xavier Viegas culpa cinco entidades, entre as quais a EDP e a Ascendi. E deixa recomendações que podem já ter sido ouvidas pelo Governo.

Chegou um novo relatório às mãos da ministra Constança Urbano de Sousa e do Executivo de António Costa, relativo aos incêndios de junho de 2017. Neste, o grupo de investigadores do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais da Universidade de Coimbra, aponta responsabilidades a cinco entidades, entre as quais a EDP e a Ascendi, e deixa alguns conselhos ao Governo, que parecem já ter sido ouvidos, ou pelo menos reproduzidos pelo Executivo.

O grupo liderado pelo investigador Domingos Xavier Viegas afirma que, ao contrário do que se pensava, as ignições foram causadas por “contactos entre a vegetação e uma linha elétrica de média tensão”, o que aponta para “uma deficiente gestão de combustíveis na faixa de proteção da linha, por parte da entidade gestora”, ou seja, pela EDP. Assim, o grupo alerta para a falta de limpeza de vegetação e mato na proximidade dos fios e postes, que é da responsabilidade da elétrica nacional.

A falta de limpeza é também um dos problemas apontados à Ascendi, que falhou na limpeza das bermas das estradas, o que “permitiu que muitas pessoas fossem colhidas em plena fuga, pelo fumo e pela radiação do incêndio, pelas chamas da vegetação em redor e mesmo por árvores caídas na própria estrada.”

"A falta de limpeza da envolvente das estradas permitiu que muitas pessoas fossem colhidas em plena fuga, pelo fumo e pela radiação do incêndio, pelas chamas da vegetação em redor e mesmo por árvores caídas na própria estrada.”

Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais da Universidade de Coimbra

Relatório do grupo de trabalho do Governo

A partilhar responsabilidades da tragédia de Pedrógão Grande estão também os bombeiros, o INEM e a Proteção Civil, uma vez que “se o socorro tivesse sido mais pronto e organizado”, poderia ter sido “evitado algumas mortes e muito sofrimento aos feridos”. O relatório enumera como os principais problemas “a falta de coordenação dos serviços de combate e de socorro”, “a dificuldade de pedido de socorro das por parte das populações” e “o agravamento das consequências do incêndio”.

As recomendações foram deixadas (e reproduzidas)

Numa versão resumidas, são onze as recomendações deixadas pelo grupo de trabalho. A deficiência das infraestruturas dita uma maior “dotação” das mesmas, dotação esta que é sublinhada na “capacidade de resiliência [das comunidades] perante o risco” através do apoio de “medidas de organização de sistemas de autoproteção e autodefesa e a adoção de medidas de prevenção e de socorro”, pode ler-se no relatório.

Para os investigadores, as entidades têm de preparar “o país para um tal cenário e evitar uma tragédia semelhante”, visto que “podemos contar que as condições em que ocorreu a tragédia de Pedrógão Grande se podem repetir”.

Olhando para as declarações desta segunda-feira do primeiro-ministro e da ministra da Administração Interna relativamente à vaga de incêndios que assola o país, podem até surgir algumas semelhanças, na medida em que Costa admitiu que os problemas” vão repetir-se e Urbano de Sousa defendeu o aumento das medidas de “autoproteção” para que as comunidades se tornem “mais resilientes”.

A atenção é também virada para “um grande cuidado na seleção dos quadros de Comando da estrutura da ANPC e dos Bombeiros”, para assim aumentar a qualificação dos agentes e, consequentemente, “a segurança e a confiança [aos cidadãos] de que serão socorridos sempre por pessoas qualificadas e da máxima competência”.

(Notícia atualizada às 20h10 com mais informação)

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Acionistas propõem João Bento para CEO da Novabase

Luís Paulo Salvado vai continuar a ser o presidente do Conselho de Administração da Novabase, mas abandona cargo de presidente executivo. João Bento é o nome proposto pelos acionistas da tecnológica.

João Bento é o nome proposto para liderar a comissão executiva da Novabase, segundo a proposta dos acionistas para o mandato 2018-2021. Luís Paulo Salvado, que até agora acumulava as funções de CEO e de chairman, deverá continuar a ser o presidente do conselho de Administração.

De acordo com o comunicado da empresa ao mercado, os acionistas José Afonso Oom, Ferreira de Sousa, Luís Paulo Cardoso Salvado, Álvaro José da Silva Ferreira, Pedro Miguel Quinteiro Marques de Carvalho e João Nuno da Silva Bento vão propor uma alteração na estrutura e composição do órgão de administração da cotada.

Em concreto, a Novabase passa a 1) adotar um órgão de administração composto por um conselho de Administração integrado por membros executivos e por membros não executivos; e 2) delega poderes de gestão corrente da Novabase numa Comissão Executiva.

Se o conselho de administração continuará a ser liderado por Luís Paulo Salvado, já a comissão executiva será presidida por João Bento, até agora administrador da Novabase, de acordo com a proposta a levar à assembleia geral e eletiva que decorrerá no primeiro semestre de 2018.

As ações da Novabase acumulam uma valorização de 44% desde o início do ano. Apresenta uma capitalização bolsista de 113,4 milhões de euros.

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Máximos das papeleiras atraem fundos nacionais em setembro

BCP continua a ser a estrela dos gestores dos fundos nacionais, que foram atraídos pelos máximos históricos das papeleiras Navigator e Altri no mês de setembro, segundo os dados da CMVM.

Atraídos pelos máximos históricos, os fundos de investimento portugueses apostaram forte nas ações das papeleiras Navigator e Altri no mês de setembro. Ainda assim, o BCP continua a ser o título preferido dos gestores portugueses.

Segundo os indicadores de síntese dos fundos de investimento divulgados esta segunda-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o total investido na Navigator cresceu 18,5% em setembro para um total de 16,9 milhões de euros, aproveitando a boleia da valorização do título de 15% naquele mês. A papeleira liderada por Diogo da Silveira pesa quase 17% na carteira dos fundos nacionais, sendo o segundo título mais representado.

Em relação à Altri, a outra papeleira do índice de referência PSI-20, os fundos reforçaram a sua exposição ao título em 39,2% para 12,2 milhões de euros no mês passado. Em setembro, a ação disparou 21,7%, sendo o sexto título mais representado nas carteiras dos gestores nacionais.

Apesar do forte interesse no setor do papel, a principal estrela dos fundos continuou a ser o BCP. Os gestores portugueses reforçaram o seu portefólio com ações do banco liderado por Nuno Amado em 21,4% em setembro para um total de 21,9 milhões de euros. Em setembro, mês em que completou 30 anos na bolsa, as ações do BCP valorizaram 9,8%.

Em sentido contrário, desfizeram-se de parte das suas carteiras de ações da Sonae (-4,6%) e Galp (-9,7%).

Em termos gerais, os fundos portugueses aumentaram a sua exposição ao mercado de ações nacionais em 8,3% para 184,2 milhões de euros.

Os mesmos dados da CMVM indicam que as sociedades gestoras com as maiores quotas de mercado em setembro foram a Caixagest (30,8%), BPI Gestão de Ativos (27,5%), e Santander Asset Management (15,6%).

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Portugal paga dívida de 6 mil milhões de euros aos mercados

  • Lusa
  • 16 Outubro 2017

O Tesouro amortizou uma linha de obrigações a 10 anos, que tinha uma taxa de juro de 4,35%, o que significa que Portugal reduz a dívida e os juros.

Portugal reembolsou uma linha de Obrigações do Tesouro no valor de 6.080 milhões de euros que foi avançada em 2007, segundo confirmou, esta segunda-feira, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP).

De acordo com a página do IGCP na agência de informação financeira Bloomberg, foi amortizada uma linha de Obrigações do Tesouro a 10 anos, que tinha uma taxa de juro de 4,35%, o que significa que Portugal reduz a dívida e os juros.

Segundo o relatório da proposta de Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), Portugal prevê emitir 38.800 milhões de euros (sobretudo em Bilhetes e Obrigações do Tesouro) e amortizar cerca de 28.800 milhões (dos quais 1.500 ao FMI – Fundo Monetário Internacional), daí resultando um financiamento líquido de quase 10.000 milhões de euros.

“Em 2018, a principal fonte de financiamento líquido deverá novamente concentrar-se na emissão de dívida de médio e longo prazo em mercado, antecipando-se um contributo positivo de OT [Obrigações do Tesouro] de cerca de 8.400 milhões de euros”, lê-se no documento.

Adicionalmente, prevê-se que os Certificados de Aforro e do Tesouro mantenham o contributo positivo (financiamento líquido de 1.000 milhões de euros), ainda que “inferior ao observado nos últimos anos”, afirma o Governo.

Segundo os números mais recentes do Banco de Portugal, a dívida pública na ótica de Maastricht, a que conta para Bruxelas, aumentou 1,3 mil milhões de euros em agosto, face a julho, situando-se em 250,4 mil milhões de euros. O número mais recente do rácio da dívida face ao Produto Interno Bruto (PIB) aponta para uma dívida pública de 132,2% no primeiro semestre.

O Governo estima agora que, no final de 2017, o rácio da dívida pública em percentagem do PIB deverá situar-se em 126,2%, o que corresponde a uma diminuição de 3,9 pontos percentuais do PIB face ao final de 2016.

Para 2018, o executivo projeta uma redução da dívida pública em 2,8 pontos percentuais do PIB, atingindo 123,5% do PIB.

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Governo e enfermeiros chegaram a acordo

  • Lusa
  • 16 Outubro 2017

"Foi formalizado um acordo" entre Governo sindicatos representativos dos enfermeiros para assegurar o "futuro destes profissionais no Serviço Nacional de Saúde", anunciou o Governo.

O Ministério da Saúde chegou, esta segunda-feira, a acordo com as estruturas sindicais representantes dos enfermeiros, anunciou o Governo em comunicado.

“Após um período longo de negociações árduas com as estruturas sindicais, o Governo está em condições de anunciar que foi formalizado um acordo entre as partes com vista ao futuro destes profissionais no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, lê-se no comunicado.

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“Mercado de investimentos em Portugal está ativo”

Diogo Perestrelo, é socio da PLMJ. Os principais projectos em que prestou assessoria jurídica durante os últimos anos incluíram fusões e aquisições em diversos sectores, entre os quais, transportes

“O mercado português de M&A tem tido uma atuação que se caracteriza essencialmente por operações de M&A dito tradicional”. A análise é feita por Diogo Perestrelo, em entrevista à TTR. O advogado, sócio da PLMJ, defende que “em menor escala, também por operações de private equity. Parte significativa dessas operações decorre de uma clara estratégia de desinvestimento em ativos não essenciais ou ativos de risco, e visa consolidar as condições financeiras de instituições bancárias, fundos e empresas em geral”, explica.

Diogo Perestrelo, sócio da PLMJ, assessorou várias fusões e aquisições em diversos setores, entre os quais, transportes, infra-estruturas e energia bem como operações de private equity. Participou ainda na assessoria jurídica, desde o seu início em Portugal, de diversos Project Finance nas áreas das concessões rodoviárias, energias renováveis, águas e telecomunicações.

Diogo Perestrelo assume ainda que tem também havido operações de M&A de outra natureza, “envolvendo outro tipo de investidores, com vocação e objetivos distintos, de que é exemplo a aquisição, pelo fundo Ardian, o maior fundo de infraestruturas europeu, da Ascendi – o segundo maior grupo de concessões de autoestradas português. O que demonstra bem que o mercado português permaneceu ativo, também no contexto de investimentos com objetivos de longo prazo”.

 

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6 razões que permitiram a Centeno agradar à esquerda

O que permite ao ministro das Finanças agradar à esquerda? O ECO falou com politólogos e elenca as razões que ajudaram a desenhar o Orçamento do Estado para 2018.

O Governo entregou na passada sexta-feira a proposta de Orçamento do Estado para 2018 na Assembleia da República. Os partidos da esquerda que lhe dão apoio parlamentar já reivindicaram várias conquistas: um aumento extraordinário para as pensões, a criação de dois novos escalões de IRS e progressões mais rápidas para a função pública. Chegar a um acordo exige sempre cedências de parte a parte, mas não foi por acaso que Centeno conseguiu agradar à esquerda. Houve seis razões que deram uma ajuda.

As cedências ao BE e ao PCP vão pressionar mais a despesa em 2018 e 2019. Estima-se que as alterações do IRS resultem numa redução de 230 milhões de euros à coleta, que o custo aumento extraordinário nas pensões se fixe nos 154 milhões de euros e que as progressões aumentem 200 milhões de euros à despesa pública.

“A lógica não difere do orçamento ano passado,” diz António Costa Pinto, investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Ou seja: os partidos e o Governo apresentam os seus pontos de partida e, depois das negociações, chega-se a um meio caminho.

O Governo tem mais margem de manobra.

Costa Pinto

Investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS)

Mas isso não quer dizer que este ano o período de negociações não tenha beneficiado de uma conjuntura mais favorável. “O Governo tem mais margem de manobra,” reconhece o politólogo. E com ela “tentou acomodar [as reivindicações da esquerda], numa negociação que é sempre difícil, mantendo o compromisso com as regras de Bruxelas,” argumenta Costa Pinto.

A economia está a permitir uma política de esquerda,” corrobora Paula do Espírito Santo, professora do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. O ciclo conjuntural está a dar a possibilidade ao Governo de aliviar a carga fiscal ou de, pelo menos, evitar que aumente, defende a politóloga.

As 6 razões que ajudaram Centeno

Quando Mário Centeno se sentou à mesa com os partidos da esquerda em outubro de 2016, o cenário estava mais cinzento. O PIB do primeiro semestre do ano tinha desiludido, de Bruxelas vinham dúvidas sobre a efetiva capacidade do Governo para cortar o défice e o entendimento à esquerda ainda não estava consolidado. Doze meses depois, a conjuntura é outra. Aqui ficam os seis motivos que ajudaram Centeno a desenhar o Orçamento de Estado.

1 – Execução orçamental pressionada vs. Meta garantida

O ministro das Finanças chegou este ano à mesa das negociações com o orçamento em vigor controlado. A execução do primeiro semestre mostrou que o Governo já cortou o dobro do défice que será necessário para cumprir a meta de 1,5% do PIB definida no Programa de Estabilidade e isso dá margem a qualquer negociação. Pelas contas do ECO, Centeno chegou à segunda metade do ano com uma margem de 980 milhões de euros nas mãos.

Um dos motivos fundamentais para a boa execução orçamental tem sido o crescimento do PIB e a redução do desemprego. Do primeiro fator vêm mais impostos, do segundo chegam mais contribuições para a Segurança Social e menos prestações sociais.

Em 2016, o cenário era completamente diferente. O exercício orçamental do primeiro semestre tinha corrido bem, mas havia a convicção de que na segunda metade do ano se fariam sentir um conjunto de efeitos que poderiam colocar em causa o cumprimento da meta. Esse era o alerta da Comissão Europeia, da Unidade Técnica de Apoio Orçamental e do Conselho das Finanças Públicas. Quando se falava de orçamento o tema era o “plano B” e a promessa feita pelo ministro das Finanças a Bruxelas de que manteria as cativações definitivamente congeladas.

Ora, o ponto de partida do ano corrente é um dos elementos fundamentais na hora de desenhar qualquer Orçamento do Estado. E, por isso, há sempre mais margem para negociar medidas com a esquerda quando os números são mais folgados.

2 – Desilusão no PIB vs. Crescimento económico a surpreender

No início da atual solução governativa o crescimento económico desiludiu. Logo no primeiro trimestre de 2016 o PIB cresceu apenas 1% e no segundo trimestre desacelerou para os 0,9%. Daí que, quando o Orçamento do Estado para 2017 estava a ser preparado, os números oficiais do INE pintassem uma realidade cinzenta.

Este ano o cenário é exatamente o oposto: depois da aceleração da economia no final de 2016, o primeiro semestre deste ano correu ainda melhor. Nos primeiros seis meses de 2017 o PIB cresceu 2,9%, o que dá confiança ao Governo para apontar para um crescimento anual de 2,6%, o ritmo mais elevado em 17 anos. Estas variações têm um impacto não só nos cálculos feitos cujo rácio do PIB, mas também nas receitas fiscais — ambos os efeitos facilitam o desenho do OE2018.

3 – Sanções vs. Saída do PDE

Se em outubro de 2016 ainda se respirava de alívio por Portugal ter escapado, naquele verão, às sanções comunitárias, este ano a negociação do OE2018 está a ser feita depois de uma novidade histórica: Portugal saiu do Procedimento por Défice Excessivo. Isto não quer dizer que o documento não tenha de respeitar regras da Comissão Europeia, mas o limite fundamental dos 3% para o défice está respeitado. E isto quer dizer que a pressão de Bruxelas para manter uma política de consolidação é, necessariamente, mais baixa.

No próximo ano, Portugal está obrigado a cumprir um ajustamento estrutural na ordem dos 0,6 pontos percentuais, mas há algumas válvulas de escape e a Comissão Europeia já disse que fará uso da sua margem de discricionariedade para avaliar o esforço do Executivo português. Desde logo, o défice estrutural não é um indicador observável e a sua fórmula de cálculo tem vindo a ser contestada por vários parceiros do euro.

Este cenário, de alguma confiança e benevolência na análise dos responsáveis europeus em relação a Portugal, contrasta com o que se verificava em 2016.

4 – Bruxelas com dúvidas vs. subida de rating (juros a descer)

Com a solução do Governo socialista apoiado pelas esquerdas parlamentares pouco testada, a desconfiança de Bruxelas no segundo semestre de 2016 era maior. Os acordos com as esquerdas tinham sido firmados um ano antes e o primeiro Orçamento do Executivo de António Costa (entregue em fevereiro de 2016, para o ano corrente) estava mais ou menos garantido pelos entendimentos. Mas era preciso ver se a solução funcionava para os anos seguintes, ou se o primeiro Orçamento do Estado tinha sido caso único.

Também não era claro, à data, que a economia portuguesa conseguisse afirmar a sua retoma económica, agradar às esquerdas e cumprir as regras orçamentais de Bruxelas. Este ano, o percurso feito foi já suficientemente claro para que a Standard & Poor’s tivesse subido o rating da dívida soberana portuguesa. E esse é um sinal de confiança que retira pressão sobre Centeno e que lhe permite ir mais longe nas cedências à esquerda.

5 – Sem pistas do eleitorado vs. resultados das autárquicas

Em 2016, tinha passado praticamente um ano em que a geringonça não tinha ido às urnas. Em 2017, as eleições autárquicas anteciparam em duas semanas a entrega do Orçamento do Estado. Ainda que seja uma eleição de caráter local, esta foi a primeira vez que os partidos da atual solução governativa apuraram o sentimento do eleitorado face aos resultados das suas políticas.

Ao ECO, a politóloga Paula do Espírito Santo argumenta que, “apesar de não ser observável na opinião pública, as autárquicas tiveram um efeito no jogo de negociação e cedências” do OE. A professora do ISCSP considera, por exemplo, que o mau resultado do PCP levou o partido a capitalizar a visibilidade das suas reivindicações. Já Costa Pinto considera que o efeito das autárquicas é “duvidoso”, admitindo apenas um maior movimento sindical nas ruas.

6 – Esquerda a testar solução vs. Entendimento sintonizado

As negociações durante o primeiro ano de geringonça foram intensas: primeiro com a urgência do OE2016, depois com o limar da fórmula de negociações no Orçamento para 2017. Além disso, as dúvidas sobre a duração do acordo continuavam a pairar. Quase dois anos depois de nascer, a solução governativa parece estar mais oleada.

Na opinião da politóloga Paula do Espírito Santo, “a estratégia do acordo das esquerdas está mais madura” e, por isso, tem demonstrado uma maior “durabilidade, consistência e longevidade”. Acresce que a oposição ao Governo esta e continuará mais adormecida, prevê Costa Pinto. O politólogo considera que as eleições internas do PSD vão “diminuir a capacidade de criticar e de sugerir vias alternativas”.

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Lufthansa apresenta carta-oferta para estabelecer uma nova Alitalia

  • Lusa
  • 16 Outubro 2017

O grupo alemão não tem interesse em toda a companhia aérea italiana, mas apenas com partes da rede de tráfego global e dos negócios europeu e doméstico.

O grupo Luthansa anunciou, esta segunda-feira, ter apresentado uma “carta-oferta”, expressando o seu interesse em estabelecer uma “NewAlitalia” (nova Alitalia), numa referência às condições da sua oferta de compra da companhia aérea italiana.

“A Lufthansa optou por não fazer uma oferta para toda a companhia aérea, mas referiu interesse em somente partes da rede de tráfego global e no negócio europeu e ponto-a-ponto doméstico”, informou o grupo alemão, em comunicado. A oferta inclui um conceito para uma Alitalia restruturada com um “modelo de negócio especializado (“NewAlitalia”), que poderá desenvolver perspetivas económicas a longo prazo”, acrescentou.

A oferta da Lufthansa, adianta a imprensa italiana, ronda os 500 milhões de euros. O diário italiano Corriere della Sera tinha avançado que a oferta de compra da Lufthansa incidiria sobre os aviões e as autorizações para que a falida Alitalia pudesse voar.

De fora ficaria a sua base de operações, sendo que também se propõe despedir metade dos 12.000 trabalhadores da transportadora aérea italiana. Segundo o Corriere della Sera, o Governo italiano considerou a oferta “demasiado brutal” ao nível do corte de pessoal.

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