Ande (e pague) com o telemóvel nos transportes públicos de Lisboa

Em breve, poderá usar o smartphone para entrar no metro, para viajar num autocarro ou para atravessar o Tejo. É a nova solução que está a ser desenvolvida por várias empresas públicas e privadas.

Num futuro próximo, validar um passe nos transportes públicos de Lisboa será tão simples quanto aproximar o telemóvel do leitor de cartões. A Via Verde, a SIBS e a Novabase, em conjunto com a Carris, Metro e Transtejo, apresentaram esta quarta-feira uma nova aplicação que permitirá isso mesmo: largar de vez os cartões e usar o smartphone em todo processo.

Esta nova solução, que permite “viajar nos transportes públicos” da capital e “pagar o título de transporte”, já está a ser testada na Fertagus, disponível para um grupo restrito de pessoas. E usa uma tecnologia de Bluetooth a baixa energia para ligar o smartphone aos leitores que existem, por exemplo, nos autocarros da Carris ou nos canais de entrada ao metro.

O sistema “calcula automaticamente a tarifa mais vantajosa, de acordo com o percurso que o cliente fez”. É ainda uma solução cognitiva, que vai melhorando com o uso para “proporcionar otimizações tarifárias”, “aplicando não só a tarifa mais adequada a uma determinada viagem” como também eventuais descontos, lê-se num comunicado. “As viagens realizadas serão, assim, cobradas após a utilização e à melhor tarifa, através da conta Via Verde.”

Além de tudo isto, o cliente poderá adquirir e usar a aplicação como passe mensal, “ficando este automaticamente disponível”. Ainda não há data oficial para o lançamento da aplicação, mas estima-se que seja para breve. Para uma nova atualização, espera-se ainda a integração de funcionalidades que permitam planear uma viagem, indicando o ponto de origem e o destino. Deverá ainda ser possível consultar horários dos transportes públicos.

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Finanças: Bruxelas e FMI aplaudem esforços orçamentais de Portugal

O gabinete de Mário Centeno faz uma leitura positiva dos relatórios divulgados, esta quarta-feira, pelo Fundo Monetário Internacional e pela Comissão Europeia.

Dia de festa para o Ministério das Finanças. A Comissão Europeia confirma que a redução do défice conseguida por Portugal permitirá ao país sair do Procedimento por Défices Excessivos (PDE), enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) reconhece que o objetivo orçamental de 2016 parece ter sido cumprido. É essa a leitura que o gabinete de Mário Centeno faz dos relatórios divulgados, esta quarta-feira, pelas duas instituições.

Sobre o relatório da Comissão Europeia, o Governo começa por destacar os elogios feitos ao Programa Nacional de Reformas (PNR). “O PNR de 2016 foi elaborado tendo presente as recomendações específicas e foi qualificado pela CE como ambicioso e capaz de corrigir os desequilíbrios macroeconómicos do país“, refere o Ministério das Finanças, em comunicado enviado às redações.

"O PNR de 2016 foi qualificado pela Comissão Europeia como ambicioso e capaz de corrigir os desequilíbrios do país.”

Ministério das Finanças

O relatório da Comissão vem confirmar a validade do esforço do PNR: a monitorização das recomendações específicas apresentadas em maio de 2016 apresenta progressos em todos os indicadores”, acrescenta. Entre estes indicadores, o Ministério destaca o “combate à evasão fiscal, cuidados de saúde, educação, investigação e desenvolvimento, ambiente de negócios e justiça“.

No relatório divulgado esta manhã, a Comissão reconhece, de facto, alguns progressos alcançados em Portugal, mas destaca que esses são “limitados” em vários campos. Bruxelas escreve, por exemplo, que houve “progresso limitado” na garantia de que o “salário mínimo é coerente com os objetivos de promoção do emprego e da competitividade entre setores”. Ao mesmo tempo, o “ajustamento das situações de elevados excedentes da balança de transações correntes” também tem sido limitado, assim como a “redução do elevado montante de crédito mal parado”.

"Segundo a Comissão Europeia, os progressos alcançados na frente orçamental permitirão ao país sair do Procedimento por Défices Excessivos já neste ano.”

Ministério das Finanças

O gabinete de Mário Centeno, contudo, dá ênfase a outros aspetos do relatório. Na semana passada, a Comissão Europeia tinha relevado que Portugal não conseguiu fazer um ajustamento estrutural do défice, mas, ainda assim, mostra-se otimista no relatório divulgado esta manhã, relativamente à saída do PDE. Isso mesmo destaca agora o Governo: “Segundo a CE, os progressos alcançados na frente orçamental permitirão ao país sair do Procedimento por Défices Excessivos já neste ano“.

Já sobre o relatório da quinta missão de monitorização pós-programa, divulgado pelo FMI, o Governo salienta que a instituição “reconhece que o objetivo orçamental de 2016 ‘parece ter sido provavelmente cumprido’” e destaca a evolução das previsões do FMI.

Desde abril, as previsões do FMI para o défice de Portugal em 2016 têm vindo a ser sucessivamente melhoradas. Em abril do ano passado, o Fundo antecipava um défice de 2,9%, previsão que caiu para “próximo dos 3% na avaliação feita em setembro e, agora, para 2,5%, valor que cumpre o limite imposto pela Comissão Europeia.

"O défice não ultrapassará os 2,1% do PIB em 2016, abaixo de todas as estimativas do FMI, sendo o mais baixo de 1974. A meta orçamental será alcançada sem recurso a medidas extraordinárias.”

Ministério das Finanças

O Governo volta, ainda assim, a garantir que “o défice não ultrapassará os 2,1% do PIB em 2016, abaixo de todas as estimativas do FMI, sendo o mais baixo de 1974″. Além disso, “a meta orçamental será alcançada sem recurso a medidas extraordinárias” e o saldo primário, que ficará “acima de 2% do PIB”, “será o terceiro mais elevado da UE e o mais elevado em Portugal desde 1992”.

Nesta leitura que faz da avaliação do FMI, o Ministério das Finanças não refere, contudo, a preocupação do credor internacional com o endividamento de Portugal. “A médio prazo, o sobre-endividamento das empresas e níveis baixos de concessão de empréstimos deverão continuar a dificultar o investimento, enquanto os níveis baixos de poupança das famílias limitam as hipóteses de o consumo continuar a mover o crescimento”, pode ler-se no documento do FMI, que, por estes motivos, mantém a projeção de crescimento a médio prazo inalterada em 1,2%.

Apesar deste aviso do FMI, o Ministério das Finanças destaca “um crescimento do investimento privado, assente na melhoria das condições de crédito e num aumento da competitividade dos bens e serviços portugueses”.

O que o Governo reconhece são os “importantes desafios” identificados pelo FMI no setor da banca. Os técnicos da instituição reconhecem que os bancos já adotaram medidas, mas alertam que estas não são suficientes para compensar a baixa rentabilidade resultante do malparado. Por isso, apontam para a necessidade de aumentar as provisões. O Governo não foge a esse aviso, mas aponta culpas ao Executivo anterior.

"O relatório do FMI aponta para a necessidade de fortalecer o setor financeiro, setor esse que foi negligenciado durante o Programa de Assistência entre 2011-2014.”

Ministério das Finanças

“O relatório também identifica importantes desafios. Aponta para a necessidade de fortalecer o setor financeiro, setor esse que foi negligenciado durante o Programa de Assistência entre 2011-2014“. Agora, e apesar de o FMI dizer que “o sistema bancário português ainda luta contra a fraca qualidade dos ativos, baixa rentabilidade e almofadas de capital limitadas”, o Governo sublinha que a banca está mais sólida.

“Em 2016 e já no início de 2017, o sistema bancário conseguiu estabilizar as suas estruturas acionistas e atrair novo capital. Isso foi possível tanto devido às mudanças legislativas como aos esforços desenvolvidos pelos atores do setor para recuperar a competitividade”, refere a nota do Ministério das Finanças. “Os dois grandes desafios que permanecem no setor financeiro — níveis de crédito de cobrança duvidosa e venda do Novo Banco — merecem a atenção concertada e prioritária das autoridades portuguesas“, reconhece ainda.

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Deco alerta para comissões nas contas à ordem e perda de vantagens nas contas-ordenado

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2017

Associação de defesa do consumidor alerta para o aumento dos custos das contas à ordem e considera que as contas-ordenado deixaram de ter vantagens.

Os custos das contas à ordem estão cada vez mais altos, alerta a associação de defesa do consumidor Deco, num estudo em que concluiu que as tradicionais isenções desapareceram mesmo nas contas-ordenado de grandes bancos.

“Os bancos passaram a encarar as contas-ordenado como a nova galinha poedeira, capaz de lhes render um fluxo ininterrupto de ovos de ouro”, lê-se na edição de março da revista Dinheiro & Direitos, que admite que a recomendação que dava anteriormente aos seus associados de domiciliarem o ordenado como forma de pouparem em custos bancários deixou em muitos casos de fazer sentido.

O artigo refere mesmo os casos do Deutsche Bank, Novo Banco e Santander Totta, que “acabaram com as contas-ordenado” e, em substituição, propõem “contas-pack”, que implicam um conjunto de serviços que muitas vezes não compensa ao cliente.

Mesmo nos bancos em que subsistem contas-ordenado, acrescenta a Dinheiro & Direitos, os bancos criam “cada vez mais obstáculos para aceitarem a isenção”, como um nível de ordenado mais elevado.

"Os bancos passaram a encarar as contas-ordenado como a nova galinha poedeira, capaz de lhes render um fluxo ininterrupto de ovos de ouro.”

Deco

Dinheiro & Direitos

Havia ainda serviços gratuitos que as contas-ordenados ofereciam tradicionalmente, como não cobrar comissões pelas transferências feitas pela Internet, que em alguns casos também terminaram.

O artigo da revista Dinheiro & Direitos faz uma análise do mercado das contas à ordem oferecidas pelos principais bancos que operam em Portugal.

No primeiro cenário – para um saldo médio inferior a 1.000 euros, sem domiciliação de ordenado, mas com cartões de débito e crédito e uma transferência por mês – foi concluído que os maiores bancos são em geral mais caros.

“Banco BPI, Novo Banco, CGD [Caixa Geral de Depósitos], Santander Totta e Millennium bcp praticam uma média de 149,95 euros [de custos] anuais para as condições do nosso primeiro cenário (…). São mais 18,57 euros, ou seja, mais 14% do que a concorrência”, refere o artigo.

Já no segundo cenário analisado – as mesmas condições do primeiro cenário, mas com ordenado domiciliado – refere o estudo que “os custos médios nestes cinco bancos agravaram-se uns exuberantes 47% desde o último estudo quando o meio de movimentação [da conta] é a net”.

Ou seja, face ao aumento da movimentação das contas bancárias pela Internet, os bancos estão agora a taxar este serviço, que durante anos tinha isenções ou custos diminutos, até como forma de o fomentar.

Para evitar estes aumentos de custos nas contas à ordem, que são considerados “arbitrários”, diz o estudo que os melhores bancos são mais pequenos e que estão no mercado mais recentemente, destacando o Banco CTT, o Bankinter (comprou atividade do Barclays em Portugal), o Banco BIG e o Activobank.

Por fim, a Dinheiro & Direitos critica a passividade do Banco de Portugal na regulação do mercado, acusando-o de estar “pouco ou nada preocupado com os interesses dos consumidores”, e considera que deve haver limites aos custos dos produtos bancários e a que a cobrança de comissões só aconteça por serviços efetivamente prestados.

“Há um ano que existem propostas legislativas em discussão no parlamento. Até quando?”, questiona a associação de defesa dos consumidores Deco.

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PS: Offshores são uma matéria “grave e preocupante”

  • Marta Santos Silva
  • 22 Fevereiro 2017

No mesmo dia em que a Comissão Europeia e o FMI criticaram Portugal por progredir pouco no campo das reformas, e ainda na sombra da polémica das offshores, o primeiro-ministro respondeu aos deputados.

O debate quinzenal desta quarta-feira foi dominado por perguntas acerca da transferência para fora do país de 10 mil milhões de euros para paraísos fiscais, sem terem sido fiscalizadas pela Autoridade Tributária, entre 2011 e 2014. O primeiro-ministro e os líderes do PCP e do partido ecologista Os Verdes “lamentaram” que Pedro Passos Coelho não trouxesse já justificações, e o líder do PSD e Assunção Cristas defenderam que sejam apurados os pormenores da situação, sublinhando os esforços feitos pelo anterior Executivo no combate à evasão fiscal.

Também na ordem do dia esteve a venda do Novo Banco. António Costa garantiu que o Estado “em caso algum perderá os 3900 milhões de euros” emprestados ao Fundo de Resolução, que deverão ser pagos pelo sistema financeiro mesmo que a venda da instituição se processe por um valor inferior, embora sem referir garantias que o Fundo de Resolução possa eventualmente dar.

Mantiveram-se também as críticas à atuação da maioria parlamentar de esquerda na Comissão de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos, com o PSD e o CDS a referirem repetidamente que há “falta de transparência” nesta questão. Questionado sobre se os advogados de António Domingues tinham sido remunerados pela Caixa Geral de Depósitos, António Costa disse não ter informação sobre o assunto.

Releia abaixo o minuto a minuto do debate quinzenal desta quarta-feira.

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Austeridade em Portugal “neutralizou em parte” efeitos positivos das reformas

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2017

Um instituto económico alemão conclui que os cortes aplicados em Portugal, Espanha e Itália "neutralizaram em parte" os efeitos positivos das reformas estruturais.

Um estudo de um instituto económico alemão conclui que os cortes aplicados em Portugal, Espanha e Itália “neutralizaram em parte” os efeitos positivos das reformas estruturais e afundaram as economias em recessões duplas. O documento do Instituto de Investigação Económica alemão (DIW) considera que “uma combinação de políticas mais equilibrada” teria sido mais benéfica para os países atingidos pela crise da dívida.

“As medidas de austeridade e de subidas de impostos aplicadas a partir de 2010 não reduziram a dívida soberana em Portugal, Espanha e Itália como estava previsto”, refere o estudo. Pelo contrário, estas medidas estão “entre as forças que levaram estas três economias de novo para a recessão“, fenómeno conhecido também como recessão secundária.

"As medidas de austeridade e de subidas de impostos aplicadas a partir de 2010 não reduziram a dívida soberana em Portugal, Espanha e Itália como estava previsto”

Instituto de Investigação Económica alemão

Os economistas do DIW sublinham que o fracasso das políticas aplicadas em muitos países da Europa não se deveu tanto à falta de vontade reformista dos governos, mas ao efeito prejudicial que tiveram sobre estas medidas os cortes “dramáticos” e as subidas de impostos. O estudo explica que o endurecimento das condições financeiras forçou as famílias a dedicar uma maior proporção dos recursos a pagar as hipotecas.

A queda do rendimento disponível prejudicou consequentemente o consumo das famílias e, em seguida, o Governo “aumentou os impostos e cortou gastos, o que só amplificou o efeito” depressivo sobre a economia, diz Mathias Klein, um dos autores do estudo. “A forte queda do consumo privado reduziu o Produto Interno Bruto (PIB) e elevou a já de si elevada taxa de desemprego”, adianta o economista.

A austeridade ampliou os efeitos da recessão, reduzindo o potencial produtivo a longo prazo, já que estimulou o desemprego, já elevado devido à crise (especialmente o desemprego de longa duração), e desincentivou o investimento em investigação e desenvolvimento, afirma o texto. Tinha sido preferível ter procurado uma recuperação “muito lenta”, assegura Philipp Engler, coautor do estudo, defendendo que “a consolidação orçamental não tem oportunidades de êxito num ambiente assim”.

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Fed deixa Wall Street com pouco apetite

Minutas do banco central americano são reveladas esta quarta-feira e deverão trazer novidades sobre a próxima subida dos juros. Investidores aguardam antes de voltarem a assumir risco.

Com as minutas da Reserva Federal norte-americana em mente, os investidores assumiam pouco apetite pelo risco no arranque da sessão norte-americana. As minutas da Fed serão publicadas ao final da tarde (hora de Lisboa) e deverão dar novas pistas sobre o timing de novas subidas das taxas de juro diretoras. Os analistas esperam que isso só volte a acontecer em junho, mesmo que os dados económicos sejam positivos.

Neste ambiente de expectativa, o S&P 500 cede 0,2%, com o índice de referência mundial a ser acompanhado pelo tecnológico Nasdaq e pelo industrial Dow Jones, que descem ambos em torno de 0,15%. No caso do Dow Jones, um mês depois de ter superado a barreira dos 20.000 pontos, o índice encontra-se agora a 300 pontos de bater os 21.000 pontos, um indicador que permite perceber o rally que as bolsas norte-americanas têm observado nas últimas semanas.

A probabilidade de a Fed subir os juros já em março está nos 22%, contra probabilidades de 47% em maio e 69% em junho, segundo os dados da Reuters. As atas da reunião de 31 de janeiro e 1 de fevereiro que o banco central norte-americano vai revelar esta quarta-feira vai ajudar a esclarecer algumas dúvidas dos investidores.

“O mercado já incorporou as subidas dos juros”, referiu Andre Bakhos, da Janlyn Capital, à Reuters. “Mas uma coisa que pode fazer descarrilar as coisas acontecerá se as subidas vierem todas de uma assentada”, acrescentou.

Além da Fed, o fator Trump continua a marcar o ritmo de negociação do outro lado do Atlântico, nomeadamente o plano fiscal que deverá reduzir os impostos às empresas. Um plano que o próprio Trump apelidou de “fenomenal” e que tem dado confiança aos investidores.

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Rocha Andrade disponível para ir à AR esclarecer transferências para paraísos fiscais

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2017

Depois da notícia do Público, Azevedo Pereira e Paulo Núncio já se vieram defender a público. Agora é a vez do atual secretário de Estado dos Assuntos Fiscais mostrar-se disponível para ir à AR.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, manifestou-se esta quarta-feira disponível para ir ao parlamento prestar esclarecimentos sobre fuga de capitais para paraísos fiscais, caso o órgão confirme “essa convocatória”.

“Se o Parlamento confirmar essa convocatória lá estarei para esclarecer todas as questões da informação de que disponho, sobre a situação que existia e sobre as decisões que este Governo foi tomando”, afirmou o governante à margem do primeiro balanço Simplex+ 2016, quando questionado pelos jornalistas sobre a “fuga de dez mil milhões de euros” para paraísos fiscais.

PSD, PCP e Bloco de Esquerda (BE) pediram a audição parlamentar de Rocha Andrade e do ex-secretário do Estado Paulo Núncio para prestar esclarecimentos sobre as transferências de capitais para ‘offshore’ (paraísos fiscais), enquanto o PS quer ouvir só o atual secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

Se o parlamento confirmar essa convocatória lá estarei para esclarecer todas as questões da informação de que disponho, sobre a situação que existia e sobre as decisões que este Governo foi tomando.

Rocha Andrade

Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais

Instado a confirmar o valor de dez mil milhões de euros, Rocha Andrade declinou fazer comentários: “Não quero neste momento fazer outras considerações relativamente a essa matéria” que, “além disso, deve ser esclarecida com alguma serenidade e não assim nestas circunstâncias”.

O jornal Público noticiou na terça-feira que quase dez mil milhões de euros em transferências realizadas entre 2011 e 2014 para contas sediadas em paraísos fiscais não foram nesse período alvo de qualquer tratamento por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira, embora tenham sido comunicadas pelos bancos à administração fiscal, como a lei obriga.

Citado pelo Público, o Ministério das Finanças confirmou que as “omissões” foram detetadas quando, entre finais de 2015 e o início de 2016, foi “retomado o trabalho de análise estatística e divulgação” dos valores das transferências para os centros ‘offshore’ e os chamados “territórios com tributação privilegiada”.

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PS não descarta inquérito parlamentar mas diz que ainda não há informação suficiente

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 22 Fevereiro 2017

O deputado João Paulo Correia entende que ainda não há informação suficiente para dar esse passo.

João Paulo Correia entende que ainda não há informação suficiente para perceber se é ou não necessário “avançar com um inquérito parlamentar”, mas não fecha essa porta. O deputado socialista reagia assim a notícia do Público, que esta terça-feira indicou que o Fisco não controlou transferências para offshores no valor de dez mil milhões de euros entre 2011 e 2014.

“Temos de ser responsáveis no trabalho parlamentar que fazemos. Não podemos andar a anunciar todos os dias inquéritos parlamentares. Isto é confuso e polui o ambiente político”, afirmou o deputado em declarações aos jornalistas no Parlamento, transmitidas pela SIC Notícias.

Se a “informação que o atual Governo nos vai dar acerca daquilo que encontrou da administração tributária e aquilo que nos vai dizer o anterior secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, do anterior Governo PSD/CDS, for insuficiente ou for de facto demasiado grave para passar só pela apreciação política, não podemos fechar essa porta. Mas, neste momento, não temos informação suficiente, nenhum grupo parlamentar tem informação suficiente, para dizer que é necessário ou não avançar com um inquérito parlamentar”, acrescentou.

O deputado frisou que o PS já apresentou uma “primeira proposta” para ouvir o atual Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, para “posteriormente confrontar o anterior” governante, Paulo Núncio.

Ao ECO, José Azevedo Pereira, que liderou a administração fiscal entre 2007 e julho de 2014afirmou ao ECO que “a Autoridade Tributária efetuou em devido tempo, quer o tratamento e o acompanhamento inspetivo que lhe competia, quer a preparação dos elementos necessários à efetiva divulgação pública dos elementos em causa”.

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Crescimento de 2016 não faz FMI mudar de ideias

  • Marta Santos Silva
  • 22 Fevereiro 2017

Fragilidades como a baixa taxa de poupança das famílias e o fraco investimento privado fazem com que o Fundo Monetário Internacional mantenha previsões conservadoras para o crescimento a médio prazo.

O FMI mantém as suas previsões de crescimento a médio prazo para Portugal, apesar do salto “bem-vindo” no terceiro trimestre de 2016. Embora suba ligeiramente a previsão para 2016 e 2017 para 1,3%, a quinta avaliação pós-programa do Fundo Monetário Internacional assinala que, a médio prazo, o endividamento das empresas e a fraca taxa de poupança das famílias vão pôr um travão no aumento sustentado do crescimento.

“A médio prazo, o sobre-endividamento das empresas e níveis baixos de concessão de empréstimos deverão continuar a dificultar o investimento, enquanto os níveis baixos de poupança das famílias limitam as hipóteses de o consumo continuar a mover o crescimento”, lê-se no documento produzido pelos técnicos da instituição que é uma das credoras de Portugal. “Sendo assim, a projeção de crescimento a médio termo mantém-se inalterada, nos 1,2%”.

No entanto, o FMI também reconhece que a curto prazo os riscos para o crescimento são moderados e que há sinais positivos “da recuperação do emprego e modesta melhoria no investimento” que se verificaram no final de 2016. Para o Fundo Monetário Internacional, o setor do turismo mantém-se “um ponto brilhante”, embora com um crescimento apenas moderado no resto das exportações. A curto prazo, assim, os técnicos do FMI consideram que em 2016 e 2017 as perspetivas de crescimento deveriam ser revistas em alta.

O Governo português, assinala o relatório, acredita que a aceleração do PIB no terceiro trimestre de 2016 é sinal de uma “mudança sustentável para um caminho de maior crescimento”. Para o Executivo de António Costa, o começo mais fraco do ano devia-se a circunstâncias externas e a fatores que não se repetiriam. “As autoridades [portuguesas] assinalaram que a aceleração do crescimento fornecia uma base mais forte para as presunções macroeconómicas que sustentam o Orçamento do Estado para 2017 — crescimento de 1,2% em 2016 e de 1,5% em 2017”.

Os números mais recentes do INE já mostraram que a economia portuguesa cresceu mais do que o esperado, chegando aos 1,9% no último trimestre do ano e fechando 2016 com um crescimento de 1,4% — mais do que o que previam tanto o Governo como a Comissão Europeia.

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FMI: Atrasos nos pagamentos dos hospitais vão pressionar despesa em 2017

  • Marta Santos Silva
  • 22 Fevereiro 2017

As dívidas do Estado aos fornecedores dos hospitais aumentaram 93 milhões de euros 2016, algo que preocupa o Fundo Monetário Internacional na sua quinta avaliação.

Os atrasos nos pagamentos dos hospitais aos fornecedores valeram ao Governo português uma crítica do Fundo Monetário Internacional (FMI) na quinta avaliação pós-programa de resgate. O Fundo acredita que estes atrasos não só são nocivos para os privados como poderão aumentar a pressão do lado da despesa em 2017.

No documento que resume as conclusões da avaliação pós-programa do FMI, lê-se que, no campo orçamental, o aumento nos pagamentos em atraso, em especial no setor da saúde, entre janeiro e novembro de 2016 “tem um impacto adverso nos fornecedores privados e irá provavelmente fazer subir as pressões na despesa em 2017”.

Neste documento o Fundo prevê que a despesa pública aumente 0,6% em 2017, exatamente o mesmo desempenho registado em 2016, cuja estimativa representa uma revisão em alta para o dobro face ao avançado na quarta avaliação pós-programa.

Entre janeiro e novembro de 2016, os pagamentos em atraso aumentaram 176 milhões de euros face ao período homólogo, de acordo com os dados revelados em dezembro pela Direção-geral do Orçamento, em especial no caso dos hospitais EPE. O ano de 2016 fechou com 544 milhões em dívida aos fornecedores dos hospitais, o que representa um aumento de 93 milhões face a 2015 — embora os números evidenciem que foi feito um esforço acrescido para saldar dívidas em dezembro, os valores permanecem elevados.

No documento da avaliação pós-programa o FMI destaca as justificações do Governo, que considerou que a larga adesão ao PERES “seria mais do que suficiente para contrabalançar quaisquer pressões adicionais na despesa e também ajudariam a reduzir os atrasos que se acumularam no setor da saúde“.

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FMI: Banca pode fechar mercados a Portugal

Portugal tem reembolsado antecipadamente o FMI. E a capacidade para pagar o resto da dívida é "adequada", mas a dinâmica da dívida pública deixa o país "vulnerável a choques". Um dos riscos é a banca.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) confia na capacidade de Portugal pagar o que lhe deve, isto depois dos sucessivos reembolsos antecipados que têm sido feitos. No entanto, continua alertar para o risco de perda de acesso aos mercados. O “cocktail” entre fraco crescimento, elevadas necessidades de financiamento e uma banca problemática pode impossibilitar a captação de financiamento nos mercados.

Enquanto a capacidade de Portugal reembolsar [o que ainda deve ao FMI] deverá ser “adequada”, no cenário base de uma “gradual redução da política acomodatícia” do BCE. Mas mesmo neste cenário, há riscos. “Este cenário está vulnerável a surpresas negativas, tais como a rápida deterioração das perspetivas macroeconómicas ou risco externos que podem fazer disparar o spread da dívida” portuguesa face aos restantes parceiros europeus.

"As compras de dívida do BCE no mercado secundário foram mais do dobro dos valores emitidos em 2016. No final do ano passado, a detenção de dívida portuguesa pelo BCE aumentou para quase um terço do total.”

FMI

O FMI dá especial destaque ao potencial impacto da banca. “Uma surpresa negativa vinda do setor financeiro poderá ser particularmente penalizadora“, alerta o fundo liderado por Christine Lagarde. “Enquanto a melhoria da estrutura da dívida pública tornou Portugal mais resiliente a juros mais altos, uma forte subida das taxas pode reforçar um ciclo em que o financiamento através do mercado se torna mais restritivo, puxando ainda mais pelas taxas”.

A dívida portuguesa está em cerca de 130% do PIB (em termos brutos). A taxa média suportada pelo país com os mais de 240 mil milhões de euros em títulos emitidos ronda os 3,2%, mas os custos estão a aumentar. Nas emissões de longo prazo realizadas este ano, o país tem sentido um agravamento dos juros, sendo que no mercado a taxa a dez anos continua em torno dos 4%. Parte desta subida, diz o FMI, traduz os sinais dados pelo Banco Central Europeu (BCE) relativamente ao programa de compra de dívida.

O Fundo nota que o “acesso de Portugal aos mercados parece estar significativamente influenciado pelo apoio dado pelas compras do BCE”, isto numa altura em que esse programa vai começar a ser revertido. “As compras de dívida do BCE no mercado secundário foram mais do dobro dos valores emitidos em 2016. No final do ano passado, a detenção de dívida portuguesa pelo BCE aumentou para quase um terço do total“, nota.

“O programa de compras foi estendido até ao final do ano, mas o limite de compra de 33% não. Para Portugal, isto implica uma redução mensal nas compras do BCE de cerca de 40% face a 2016“, refere o FMI, apontando esta revisão do programa como a explicação para a subida das taxas portuguesas no mercado secundário para níveis acima dos 4% no prazo a dez anos. “Esta taxa compara com a de 3,5% no final do programa da troika“.

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Como o FMI vê Portugal em cinco pontos

Portugal cresce mais, mas o potencial é limitado. A dívida pública continua elevada, bem como os riscos de manutenção de acesso aos mercados especialmente se houver surpresas na banca.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) diz que o crescimento económico acima do previsto é “bem-vindo”, mas alerta para o potencial limitado da economia nacional. A dívida é elevada, pelo que os encargos são um travão ao PIB. E o endividamento acima de 130% deixam o país vulnerável. Surpresas negativas podem fechar os mercados de financiamento, alerta o fundo. Conheça em cinco pontos como a entidade liderada por Christine Lagarde vê o país na quinta avaliação pós-programa.

  • BCE garante melhoria no perfil da dívida

O FMI diz que Portugal beneficiou de condições relativamente favoráveis desde o final do programa de assistência financeira. “O regresso aos mercados refletiu a bem-sucedida estabilização da economia portuguesa no âmbito do programa e tem sido suportado pela política acomodatícia do Banco Central Europeu desde o início de 2015”, refere. Este apoio “facilitou a melhoria constante no perfil da dívida pública que permitiu ao país fazer reembolsos antecipados de 12,9 mil milhões de euros ao fundo, mais de 40% do total”, nota. Desde então, Portugal já reembolsou mais, ficando saldado mais de metade do empréstimo do FMI.

  • Um crescimento “bem-vindo”

“Depois de uma primeira metade do ano fraca, a economia portuguesa mostrou um bem-vindo salto no crescimento no terceiro trimestre suportado pelas exportações”, salienta o FMI. “Apesar do trimestre positivo”, a que se seguiu mais um em que o PIB acelerou para 1,9%, o fundo diz que as “perspetivas de médio prazo para a economia portuguesa continuam a ser travadas pelo elevado nível de endividamento”.

  • Crescimento-banca-crescimento. O circulo vicioso

O FMI diz que as “perspetivas modestas de crescimento, o elevado endividamento público e privado, e a debilidade do sistema financeiro, estão a agravar-se mutuamente”. Como assim? “À medida que os bancos continuam a ser penalizados pelo malparado, a baixa rentabilidade e os elevado custos operacionais, são incapazes de conceder crédito suficiente para novos investimentos. O fraco crescimento, por sua vez, torna mais difícil aos bancos darem uma resposta ao malparado e melhorarem, assim, a sua rentabilidade, isto ao mesmo tempo que travam os esforços de consolidação orçamental“.

  • Financiamento? Portugal está “vulnerável”

O FMI acredita que Portugal será capaz de reembolsar o empréstimo ao fundo, mas mantém reticências quanto à capacidade de o país manter acesso aos mercados. “As dinâmicas da dívida pública portuguesa deixam o país vulnerável a alterações nas condições de financiamento”, nota. “Um ambiente menos benigno de financiamento acentuará o risco de uma subida mais rápida nos custos da dívida caso as surpresas negativas se materializem”, refere. Que surpresas? Tanto a nível externo, como o Brexit e as políticas de Trump, como interno, com foco na banca.

  • É preciso aumentar a resistência da banca

“Esforços ambiciosos para melhorar a resiliência do sistema financeiro, garantir uma consolidação orçamental duradoura e aumentar o crescimento potencial são necessários para reduzir os riscos”, nota o FMI. “As interligações entre perspetivas de crescimento modestas, grandes necessidades de financiamento anuais, e um sistema financeiro desafiante deixam Portugal vulnerável a um leque de choques que podem levar a uma mudança no sentimento [dos investidores perante o país] e puxar pelos custos de financiamento”, alerta.

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