Bolsa regista maior ciclo de ganhos do ano

Foi a melhor sessão de semana para o PSI-20 em 2017. Lisboa regista o maior ciclo de ganhos desde meados de dezembro. Ajudou hoje o trio composto por BCP, Nos e Jerónimo Martins.

A bolsa nacional avançou esta sexta-feira pela quarta sessão seguida, naquele que é o melhor ciclo de ganhos desde meados de dezembro de 2016. Contas feitas, o PSI-20 acumulou uma valorização de cerca de 0,8% esta semana, um desempenho ímpar este ano em Lisboa.

O principal índice português avançou hoje 0,26% para 4.640,85 pontos. Ajudaram nesta performance o BCP (+2,44%), Nos (+1,13%) e Jerónimo Martins (+0,44%). Mas mais cinco cotadas fecharam a última sessão da semana em terreno positivo, com destaque para a EDP, cujas ações avançaram 0,14% para 9,62 euros, depois do jornal espanhol Confidencial ter adiantado que a elétrica já decidiu que sempre vai avançar com a venda da espanhola Naturgas, num negócio avaliado em 2.000 milhões de euros.

Fora do índice de referência, os títulos da Novabase aceleraram 3,41% para 2,73 euros, depois de a tecnológica ter adiantando esta quinta-feira que vai propor a distribuição de um dividendo de 15 cêntimos por ação, cerca de metade dos lucros que obteve em 2016.

No mercado de dívida secundário, os juros da dívida a 10 anos voltaram para valores acima dos 4%, num movimento de correção altista depois do afundanço na sessão de quinta-feira, após as atas do Banco Central Europeu (BCE) terem revelado que os responsáveis de política monetária estão preparados para aliviar as regras do programa de compra de ativos públicos na Zona Euro.

Entre as principais praças europeias, o dia foi de perdas. Madrid e Paris caíram mais de 0,5%. O DAX-30 de Frankfurt registou uma variação nula. Milão caiu 0,42%.

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Guarda Nacional poderá ser destacada para combater imigração ilegal. Casa Branca desmente

A Associated Press teve acesso a uma proposta para pôr 100 mil oficiais a Guarda Nacional dos EUA a combater o imigrantes ilegais. Casa Branca nega informações "irresponsáveis".

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estará a considerar pôr 100 mil oficiais da Guarda Nacional norte-americana a combater a imigração ilegal no país. A notícia é da Associated Press, que teve acesso ao rascunho de um memorando de 11 páginas elaborado pelo secretário de Estado da Segurança Nacional, John Kelly.

Com base no documento, a agência explica que a ideia passa por apertar a fiscalização para detetar e deter cidadãos estrangeiros sem documentos. Entre eles, milhões de pessoas que vivem junto da fronteira com o México. Ou seja, “apela a uma militarização sem precedentes das detenções de imigrantes”, escreve a Associated Press.

Apesar destas informações, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, garante que “não há qualquer esforço para usar a Guarda Nacional na fiscalização de imigrantes não autorizados”, disse à agência, classificando-as de “irresponsáveis”.

O esboço do plano explica em detalhe como a medida, a avançar, será implementada. Além disso, os governadores dos 11 estados abrangidos, que incluem os quatro estados norte-americanos que fazem fronteira com o México, poderão optar por destacar as próprias tropas para o mesmo efeito.

A agência garante que o documento tem circulado internamente no Departamento de Segurança Nacional há já algumas semanas. A medida poderá afetar até metade das mais de 11 milhões de pessoas que se estima estarem a viver ilegalmente nos estados abrangidos: Califórnia, Arizona, Novo México, Texas, Oregon, Nevada, Utah, Colorado, Oklahoma, Arcansas e Luisiana.

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Banco da Noruega alerta para perdas acentuadas no fundo soberano

  • ECO
  • 17 Fevereiro 2017

A Noruega está confiar cada vez mais nas receitas do petróleo para tapar buracos. Banco central alerta para perdas acentuadas do fundo soberano caso governo mantenha alto nível de dependência.

O governador do Banco Central da Noruega reforçou os avisos sobre o aumento da despesa pública com recurso às receitas petrolíferas e indicou que o maior fundo soberano do mundo poderá registar perdas na ordem dos 50% nos próximos dez anos.

Oystein Olsen sublinhou que é necessário contrariar o aumento continuado dos gastos com dinheiro proveniente da exploração petrolífera, que representa atualmente 20% do orçamento do Governo e 8% do Produto Interno Bruto (PIB), para proteger o fundo de 900 mil milhões de euros.

“Com este elevado nível de gastos das receitas petrolíferas, há o risco de uma redução acentuada no capital do fundo”, referiu Olsen, num encontro anual. “Isto pode, por exemplo, acontecer se uma recessão global desencadear tanto uma queda das receitas de petróleo e rendimentos baixos ou negativos do capital do fundo”.

Os resgates do Governo deverão subir 25% este ano depois de uma saída de fluxos histórica observada em 2016, ano em que o Executivo foi obrigado a recorrer ao fundo soberano pela primeira vez para fazer face ao défice orçamental e para animar uma economia atingida pela baixa dos preços do petróleo.

O fundo é gerido pelo banco central. Estimativas aponta para 1% de probabilidade de uma queda de 50% do capital do fundo se se mantiver o atual nível de despesas de cerca de 3% do fundo. Se os gastos aumentarem para 4%, essa probabilidade sobe para cerca de 5%. Se a alocação do fundo em ações aumentar dos 60% para 70%, como está a ser discutido pelo governo, o risco é ainda maior.

O Governo baixou Oslen considera que as mudanças propostas pelo executivo são razoáveis mas diz que é mais importante olhar para os gastos em função da percentagem do PIB. Algo que serviria para disciplinar os políticos.

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Candidato do PS francês veio estudar “Brinquebalante” de Costa

  • Marta Santos Silva
  • 17 Fevereiro 2017

Fraco nas sondagens, Benoît Hamon quer uma aliança à esquerda, e vai reunir com Costa e os partidos da esquerda para melhor perceber como o modelo pode funcionar.

Benoît Hamon continua a ficar para trás nas sondagens das eleições presidenciais francesas, mas o candidato do Partido Socialista francês está a pesar hipóteses que possam ajudá-lo a vencer. Se as previsões atuais não veem Hamon a chegar à segunda volta, o candidato prepara-se para experimentar uma solução à portuguesa. Hamon já estendeu a mão a dois partidos mais à esquerda para criar uma aliança, e encontra-se esta sexta e sábado em Portugal, para reunir com os partidos do arco governativo, ou da “Briquebalante“, a alternativa francesa à alcunha “Geringonça” que tem sido usada para falar do acordo parlamentar entre o PS, o Bloco de Esquerda, o PCP e Os Verdes.

O jornal francês Libération exemplifica as razões que poderiam trazer Benoît Hamon a Portugal: É “um país onde os socialistas governam com o apoio da esquerda radical e dos comunistas”, onde o Governo “tira os cidadãos da austeridade e aplica o seu programa à letra ao mesmo tempo que reduz o défice e a dívida”. Portugal pode, assim, ser um modelo político para o que Hamon pretende fazer em França: juntar-se a Jean-Luc Mélenchon, da esquerda radical e com apoiantes comunistas, e ao ecologista Yannick Jadot.

Benoît Hamon em cartazes de campanha colados em Pierrefitte-sur-Seine.Chris93 / Wikimedia Commons

Já em agosto do ano passado, poucos dias depois de anunciar a sua candidatura às primárias francesas, Benoît Hamon elogiava a solução portuguesa num discurso em Paris, no subúrbio de Saint-Denis. “O falhanço do Syriza na Grécia no seu braço de ferro com a Europa é o do seu isolamento no coração de uma esquerda europeia fragmentada. Falhanço também em Espanha onde a esquerda, apesar de ser maioritária nas urnas, não foi capaz de encontrar o compromisso que lhe permitira governar. Mas não nos fiquemos por estas derrotas”, afirmou Hamon. “A aliança das esquerdas em Portugal sob a égide do primeiro-ministro Costa mostra-nos o caminho”.

Esta sexta-feira à tarde, Hamon começa a visita a Portugal pelo Liceu Francês de Lisboa. Depois, encontra-se com os partidos da esquerda e com a UGT, e só no sábado se encontrará com António Costa, por volta das 16h00. Costa, segundo disse o deputado socialista Pascal Cherki que tem preparado a viagem de Hamon a Lisboa, “esvaziou a sua agenda para receber o candidato”.

Em termos ideológicos, a proximidade entre Benoît Hamon e os seus vizinhos à esquerda Jean-Luc Mélenchon e Yannick Jadot pode mesmo ser maior do que entre o PS, o Bloco e o PCP em Portugal. Tanto Hamon como Mélenchon pretendem uma União Europeia com maior poder para os cidadãos, uma revisão das leis constitucionais para criar uma democracia mais participativa, um maior investimento na energia verde e a legalização da canábis e da eutanásia. Hamon já estendeu a mão, dizendo num discurso de campanha que todos “os que se reveem na ecologia política”, e sublinhando em especial Jean-Luc Mélenchon e Yannick Jadot, constituíssem juntos “uma maioria governamental coerente e durável, para o progresso social, ecológico e democrático”. Mélenchon também já se mostrou aberto a este tipo de parceria, embora nada esteja ainda formalizado.

O Libération aproveita para sublinhar, no seu artigo sobre a visita de Hamon a Portugal, que não só os socialistas franceses veem com bons olhos uma solução portuguesa, também os portugueses devem ter interesse nisso. “Os portugueses querem a vitória de Hamon em maio, isso interessa-lhes a nível local e à escala europeia”, afirmou Pascal Cherki ao jornal, que destaca que “os países da Europa do Sul (Espanha, Itália, Portugal) não guardam boas memórias do mandato de François Hollande, em quem depositavam esperanças de uma reorientação da Europa”.

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Governo aprova 5,5 milhões de euros para comprar 170 carros elétricos

  • Lusa
  • 17 Fevereiro 2017

A primeira fase do Programa de Apoio à Mobilidade Elétrica na Administração Pública contempla financiamento da aquisição de 170 veículos em regime de aluguer operacional de veículos.

O Governo aprovou hoje, por diploma, a compra de 170 carros elétricos por 5,5 milhões de euros, arrancando com a primeira fase do programa de mobilidade elétrica na Administração Pública (Eco.mob), depois de concluída a fase piloto.

“Pretende-se agora dar início à primeira fase do Programa de Apoio à Mobilidade Elétrica na Administração Pública”, afirmam os ministérios do Ambiente e das Finanças, na portaria hoje publicada em Diário da República, a qual contempla financiamento da aquisição de 170 veículos em regime de aluguer operacional de veículos (AOV) durante um período de quatro anos e o financiamento de pontos de carregamento.

Os 170 novos automóveis do Parque de Veículos Estado (PVE) vão substituir veículos com mais de 10 anos, pretendendo o Governo uma melhoria do desempenho ambiental e a descarbonização dos veículos daquele parque, e ainda promover a mobilidade elétrica e reduzir custos operacionais.

Os ministérios estimam, com estes 170 novos veículos, poupar 1,3 milhões de euros só em custos de combustível.

O Programa de Apoio à Mobilidade Elétrica pretende financiar 1200 veículos elétricos, num total de 23,34 milhões de euros, sendo a principal fonte de financiamento o Fundo Ambiental (FA), que transitou do extinto Fundo Português de Carbono (FPC).

O programa desenvolve-se de forma faseada, com uma fase piloto com 30 veículos em regime de aluguer operacional de veículos: 30 VE Peugeot iOn para 12 entidades do Ministério das Finanças (MF) e do Ministério do Ambiente e 25 pontos de carregamento e a respetiva operação, bem como o acompanhamento e monitorização do programa durante a sua execução.

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Altice Labs, tecnologia de Portugal para o mundo

Lançado há um ano, o projeto que decorre da PT inovação tem exportado tecnologia para os cinco continentes. Agora abre portas ao mundo, com o Future Labs.

Em Aveiro, o futuro é agora. A Altice Labs decidiu comemorar o primeiro aniversário do projeto do laboratório de inovação, inaugurado em Aveiro, para lançar o Future Lab, uma espécie de incubadora de prototipagem rápida que abre a empresa ao exterior. A ideia é que, tanto trabalhadores da PT como estudantes, empreendedores e outros interessados em áreas como a eletrónica ou a robótica possam usar a infraestrutura dos laboratórios de Aveiro para criarem e desenvolverem ideias e projetos.

“Esta é uma oportunidade para abrirmos o espaço a estudantes e ao exterior. Temos já programação para o próximo semestre, incluindo makers e programadores que nos permitam uma maior ligação a estas comunidades e, quem sabe, a implementação de novas ideias na nossa rede”, explica Alcino Lavrador, diretor geral da Altice Labs, durante a visita ao espaço um dia antes da inauguração.

O espaço, uma sala quadrada onde os makers podem desenvolver e testar ideias, tem disponíveis quatro áreas de atuação. As equipas de domótica, eletrónica, realidade aumentada e inteligência artificial são geridas por um chefe — responsável por uma mesa — e é ali que a magia acontece, dia após dia. O Future Lab conta com mentores da Altice Labs e de comunidades de makers para “ajudar a apreender e a testar ideias com concretização em protótipos, tirando partido das oportunidades criadas pela transformação digital na indústria e na sociedade”, explica a PT em comunicado.

Aqui é possível experimentar rápido e falhar rápido.

Alcino Lavrador

Diretor geral Altice Labs

“Achamos que Aveiro, por todas as razões, pode ser embrião de algo maior”, disse Pedro Queirós, da Ericsson Portugal, antes da assinatura do memorando de entendimento entre as duas empresas, que dá origem ao laboratório de desenvolvimento 5G em Portugal. A Altice faz parte da iniciativa europeia 5G PPP, que serve de base à estratégia de liderança da Europa para a tecnologia 5G a nível mundial. “O processo envolve um esforço muito grande porque se trata de uma disrupção face às estruturas de rede existentes atualmente”, assinala Alcino Lavrador, que garante que antes de 2020 não será possível fazer experiências deste novo tipo de malha de rede.

Holograma entre quatro paredes

Em Aveiro, até o diretor serviu de cobaia. Alcino Lavrador foi uma das pessoas filmadas para uma das experiências desenvolvidas, ao longo dos últimos meses, na Altice Labs. O diretor geral do laboratório foi filmado por quatro câmaras de telemóveis: as imagens foram processadas, programadas e transformadas num projeto de um holograma, em exposição na sala onde está a Future Labs, o projeto recém-criado da Altice Labs.

Holograma desenvolvido na Altice Labs.Mariana de Araújo Barbosa/ECO

“É a arte da inovação. Quando soubemos da existência deste centro de inovação quisemos concentrar todas as inovações do grupo em Aveiro e inovar para o mundo a partir Portugal. Estamos muito orgulhosos porque os produtos desenvolvidos na Altice Labs e estamos, não só na vanguarda da fibra em Portugal como em muitos outros países do mundo. Isso torna a Altice Labs um ativo valioso para o grupo. Temos mais de 1000 engenheiros a trabalhar em vários centros para trazer inovação ao grupo”, referiu Michel Combes, CEO do grupo Altice, acrescentando que o laboratório de Aveiro é o garante de que o grupo internacional, presente em todos os continentes, continua a funcionar também segundo uma lógica de startup, “com um mindset de empreendedores”.

“É a única forma de continuarmos a liderar a indústria e a ser inovadores”, garante o responsável.

"A Altice Labs mostrou-nos como as coisas precisam de ser feitas, como devemos investir em novas ideias e projetos e pensar fora da caixa.”

Michel Combes

CEO grupo Altice

Inaugurada em janeiro de 2016, a Altice Labs é um projeto de desenvolvimento de inovação que decorreu da PT Inovação (criada há 22 anos). A ideia é que, a partir de Aveiro, o grupo Altice possa inovar de Portugal para o mundo e exportar tecnologia pensada, criada e desenvolvida inteiramente no país. E essa expansão tem sido uma das marcas do laboratório: no último ano, as tecnologias desenvolvidas na cidade portuguesa chegaram a mercados como França, Israel ou Estados Unidos. Dos cerca de mil engenheiros envolvidos no processo, 650 trabalham a partir de Portugal, focados em criar e exportar tecnologia made in Portugal para mais de 250 milhões de pessoas em 34 países do mundo onde o grupo tem negócios.

“A Altice Labs tem três vetores fundamentais de atuação: inovação para criar negócio, valor; exportação de hardware e tecnologia e criação de emprego”, explicou Alexandre Fonseca, CTO do laboratório de inovação.

O elemento verdadeiramente diferenciador da Altice Labs é a sua metodologia de inovação. Ter boas ideias é relativamente fácil. Difícil é pensar a inovação de forma sistemática e isso a Altice Labs fá-lo de tal forma eficiente e eficaz, ao ponto de ser desafiada um pouco por todo o mundo ao desenvolvimento de soluções de hardware para infraestruturas de telecomunicações, cujo impacto nos mercados locais, quer ao nível operacional, quer financeiro e de negócio, é completamente estruturante”, assinala Alexandre Fonseca.

Até 2018, e por normativas europeias, testes com 5G serão mandatórios para os operadores e, em 2020, cada país terá uma cidade em 5G. Cinco anos depois, em 2025, os planos são para que as principais cidades europeias já funcionem com tecnologia 5G. “5G é o próximo passo em termos de tecnologia. Garante velocidades maiores, inteligência maior e uma latência — tempo de resposta — menor”, explicou Pedro Queirós, da Ericsson Portugal, na conferência de imprensa, esta manhã.

Alcino Lavrador é diretor geral da Altice Labs, os laboratórios de inovação do grupo em Aveiro.Mariana de Araújo Barbosa/ECO

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PS: “Não descansam enquanto não matarem a CGD”

Carlos César, o presidente do PS, critica os partidos da oposição por causa da criação da nova comissão. Diz que tanto PSD como CDS "não descansam enquanto não matarem a CGD".

 

PSD e CDS vão avançar com uma nova comissão de inquérito sobre o envolvimento do ministro das Finanças, Mário Centeno, na polémica da Caixa Geral de Depósitos. Carlos César critica. Diz que o “essencial não é o SMS. É defender a CGD”. E diz que os partidos da oposição “não descansam enquanto não matarem a CGD”.

O “essencial não é o SMS. É defender a CGD”, disse o presidente do PS, em declarações à RTP3. O PSD entrou numa “guerra partidária desesperada. E o resultado disso é o enfraquecimento da CGD. Não descansam enquanto não matarem a CGD“, acusou Carlos César. “É um comportamento irresponsável”.

Carlos César mostrou, assim, a sua oposição relativamente à constituição de uma nova comissão de inquérito. Mas se “a constituição da comissão de inquérito responder a todos o requisitos, o PS não se opõem como não se pode opor”, salientou. Esta nova comissão não implica, contudo, que a atual acabe.

“Esta comissão deve continuar a trabalhar para produzir o seu relatório. É isso que deve ocorrer. Continuaremos a trabalhar até ao limite temporal no final de março, isto se o PSD e CDS não desistirem de saber o que queriam saber que era o que levou à recapitalização” do banco público, atirou o responsável.

(Notícia atualizada às 15h58 com mais declarações de Carlos César)

 

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Porque é importante Mike Butcher ter falado de Portugal

  • ECO
  • 17 Fevereiro 2017

Pode não saber quem Mike Butcher é, mas ele certamente sabe quem são os portugueses e os fatores que tornam o país o novo centro da inovação europeia... e até mundial.

Mike Butcher Noam Galai/Getty Images for TechCrunch

Mike Butcher é um guru da tecnologia e dos media. É comentador assíduo das áreas da tecnologia e dos negócios na BBC News, na Sky News, no Channel 4 e na Bloomberg. Enquanto jornalista, já passou por algumas das mais conceituadas publicações britânicas, do The Guardian ao The Financial Times ou ao The Daily Telegraph. Já foi editor da revista New Media Age, a revista semanal líder a nível de media e tecnologia no Reino Unido, e atualmente é editor da TechCrunch Europe, uma revista online especializada em conteúdos sobre tecnologia, media e negócios. Como se já não bastasse, ainda está envolvido num projeto que tem como objetivo juntar empresários e investidores europeus num espaço comum chamado TechHub, inicialmente localizado em Londres, mas que pretende expandir para outros pontos da Europa.

Quando se trata de novas tecnologias, de inovação e de startups, ele está envolvido no assunto. E sabe do que fala. Por isso, é bastante relevante que tenha falado de Portugal, e mais especificamente de Lisboa, neste contexto.

No seu mais recente artigo, publicado no site da TechCrunch, com o título “Em 2016, Lisboa ligou os motores das suas startups. Em 2017, vai ouvi-los rugir”, analisou a evolução de Portugal desde a crise financeira de 2008 até que as startups e o empreendedorismo voltaram a levar o país a bom porto. A analogia ao mar e à navegação não é inocente: Butcher utiliza o exemplo da glória alcançada na época dos Descobrimentos como justificação para o sucesso alcançado a expandir os produtos nacionais, a mentalidade inovativa e a cultura além-mar.

“Procurar novos territórios faz parte do ADN dos portugueses”, afirma, e acrescenta que o conhecimento geral da língua inglesa também é “um ingrediente crucial”: “É algo que os seus primos do sul da Europa não têm. O inglês não só é ensinado nas escolas, como, ao contrário da sua vizinha Espanha, que tem uma população mais vasta e pode suportar o custo económico de traduzir todos os filmes e programas televisivos do inglês para o espanhol, o pequeno Portugal não o pode fazer”. Por isso, os portugueses não tiveram remédio a não ser aprender a língua. “Esta familiaridade com o inglês é uma vantagem por duas razões. Em primeiro lugar, tornou mais fácil para Portugal negociar a nível internacional. E em segundo, um condutor de táxi ou de Uber consegue falar inglês da mesma forma que um membro do Governo, algo que não se encontra em Barcelona ou Madrid. É muito mais fácil para um empresário estrangeiro chegar a Portugal e criar um negócio sob o seu clima solarengo”.

O clima, as praias, as paisagens, os bairros históricos, a boa rede de transportes, a mistura de antiguidade com inovação, tudo é elogiado por Butcher, que coloca Lisboa no pedestal da “nova Berlim do sul da Europa”. Mais: compara a ponte 25 de abril à Golden Gate Bridge de São Francisco, na Califórnia.

Sem surpresas, o Europen Digital City Index coloca o baixo custo e a alta qualidade de vida de Lisboa como os seus dois maiores trunfos.

Mike Butcher

TechCrunch

Butcher refere outra grande vantagem dos empresários e empreendedores portugueses: “Devido à pequena dimensão do país e da sua população, os portugueses lançam as suas startups a pensar na expansão internacional desde o primeiro dia, mantendo a tradição de olharem além mar. Nesse aspeto, a sua mentalidade está muito próxima da do Reino Unido”.

Butcher também explica que, em 2016, as venture capitals investiram uns “meros” 18,5 milhões de dólares (17,4 milhões de euros) em nove acordos com startups portuguesas, de acordo com os dados do Preqin, uma companhia internacional de pesquisa de investimentos. Mas, na verdade, não são “meros”: este valor, embora possa ser considerado baixo em comparação aos que outros países conseguiram alcançar neste último ano, é seis vezes maior do conseguido em 2015. Um estudo da Allianz Kulturstifftung, a fundadora da companhia alemã de seguros, colocou Lisboa no quinto lugar das melhores comunidades para startups na Europa, à frente de outros centros de inovação como Estocolmo ou Dublin.

Os incentivos que o Governo português, em especial a Câmara Municipal de Lisboa, têm dado aos empreendedores e aos fundadores de startups também estão em destaque no artigo. Ao abrigo do programa Startup Lisboa, surgiram iniciativas como o Programa Semente, um incentivo ao empreendedorismo e, ao nível do IRS, através de uma dedução de 25% dos investimentos individuais em startups, e também uma forma das pequenas empresas atraírem investidores individuais. É aplicável a empresas com um número máximo de 20 trabalhadores e cujo valor de bens imóveis detidos não exceda os 200 mil euros, segundo o Jornal Económico.

“O município de Lisboa tem vindo a curvar-se e a dar a mão à palmatória para incentivar empreendedores a começarem as suas companhias na cidade”, afirmou Butcher. “Há uns anos, quando uma aceleradora lisboeta pediu ao presidente da Câmara que facilitasse o acesso a espaços de escritório, e ele simplesmente ofereceu-lhe licenças de 30 anos para arrendar edifícios municipais em desuso”.

E além da aposta do Governo, quer através de programas específicos, quer da redução de impostos ou de outros benefícios fiscais, Butcher também realça a importância das principais empresas investidoras sediadas em Lisboa: a Beta-i, a Faber Ventures, a InterCapital, os Busy Angels, a Portugal Ventures, e a Caixa Capital.

Mas, no fundo, o especialista em tecnologia defende que tudo é possível devido ao talento e ao esforço dos portugueses. “Depois de recusar um trabalho na Google, Jaime Jorge fundou a Codacy com João Caxaria, uma empresa que produz algoritmos que conseguem corrigir automaticamente erros nos códigos de software para uma larga gama de negócios a nível mundial. Agora eles trabalham com gigantes internacionais como a PayPal ou a Adobe”.

Os melhores e mais promissores portugueses costumavam trabalhar para consultoras em grandes cidades como Londres. Mas agora estão a produzir o seu dinheiro aqui e a lançá-lo para o resto do mundo

Mike Butcher

TechCrunch

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EUA: mercados no vermelho em vésperas de feriado

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 17 Fevereiro 2017

Falta de dados económicos, mas também a pausa prolongada devido ao feriado no arranque da semana, afastam investidores de novas decisões.

As bolsas norte-americanas abriram como encerraram a última sessão. Estão em queda na última sessão de uma semana em que Wall Street bateu recordes consecutivos.

O índice de referência norte-americano, o S&P 500, cai 0,29%, para 2.340,59 pontos. O industrial Dow Jones perde 0,36%, para 20.545,95 pontos, isto ao mesmo tempo que o tecnológico Nasdaq recua 0,17%, para 5.805,17 pontos.

Na segunda-feira, os mercados norte-americanos não abrem porque é feriado nos Estados Unidos. A pausa prolongada e a falta de dados económicos afastam os investidores de novas decisões, indica a agência Reuters. O presidente norte-americano continua sem apresentar grandes detalhes relativamente à sua política.

Art Hogan, da Wunderlich Equity Capital Markets, antecipa que a reforma do sistema fiscal vai ser muito complicada “e os mercados podem bem pensar que o timing” pode vir a arrastar-se.

Ontem, Donald Trump prometeu apresentar na próxima semana um novo decreto sobre imigração, que vai “proteger totalmente” o país, depois de o juiz federal James Robart ter bloqueado provisoriamente a decisão de suspender a entrada de refugiados e a emissão de vistos para cidadãos de sete países de maioria muçulmana.

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Parlamento aprova criminalização de informações falsas no sistema financeiro

  • Lusa
  • 17 Fevereiro 2017

Este é "um passo decisivo para aperfeiçoar e reforçar a regulação dos mercados financeiros", acredita Ricardo Mourinho Félix.

O Parlamento aprovou, esta sexta-feira, por unanimidade, a proposta de lei do Governo que revê o regime sancionatório do direito dos valores mobiliários, criminalizando o uso de informação falsa ou enganosa na captação de investimento.

No debate da proposta de lei, esta manhã, o secretário de Estado adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, salientou que “o comportamento desonesto de alguns causou perdas irreparáveis a muitos portugueses que confiaram no sistema financeiro e na sua supervisão adequada para aplicarem as suas poupanças”, referindo-se aos casos do BPN, BES e Banif.

“A revolta de quem foi enganado pela conduta desonesta de alguns e investiu as suas poupanças em produtos financeiros, que manifestamente não compreendia, é a nossa revolta”, defendeu, salientando que o atual enquadramento legal estava “aquém da complexidade da realidade financeira” atual.

"O comportamento desonesto de alguns causou perdas irreparáveis a muitos portugueses que confiaram no sistema financeiro e na sua supervisão adequada para aplicarem as suas poupanças.”

Ricardo Mourinho Félix

Secretário de Estado adjunto e das Finanças

Em concreto, explicou, a iniciativa legislativa agora aprovada, que transpõe diretivas europeias, “reforça o combate à criminalidade financeira, alargando as práticas e realidades definidas como crime e aumentando significativamente as penas previstas“.

“Esta proposta legislativa caracteriza um novo tipo de crime — o uso de informação falsa ou enganosa na captação de investimento“, disse, considerando que “a partir de hoje fica muito claro que práticas agressivas de angariação de poupança com base na manipulação de informação são crime”.

A proposta de lei aumenta ainda as sanções pecuniárias para este tipo de crimes e alarga o período de proibição de negociar instrumentos financeiros para aqueles que adotem “condutas impróprias e pouco escrupulosas”.

“Ao contrário do que surge do outro lado do Atlântico, em que a nova administração norte-americana parece enveredar pela desregulação financeira, o pacote legislativo que propomos é um passo decisivo para aperfeiçoar e reforçar a regulação dos mercados financeiros”, defendeu.

No debate, PS, PSD e CDS-PP sublinharam a importância da melhoria do quadro legal como forma de prevenção, enquanto PCP e BE consideraram que o problema só será totalmente resolvido com a propriedade pública da banca.

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Blair critica esquerda e lança campanha: É preciso recuo no Brexit

  • Marta Santos Silva
  • 17 Fevereiro 2017

"As pessoas votaram sem conhecer os termos do Brexit. À medida que os termos se tornam mais claros, estão no direito de mudar de ideias. E é a nossa missão persuadi-los", disse o ex-primeiro-ministro.

O antigo primeiro-ministro britânico, Tony Blair, anunciou que um instituto com o seu nome vai servir para fazer campanha contra o Brexit, num discurso em que acusou a esquerda de não fazer oposição à saída da União Europeia, ainda que o povo britânico tenha “o direito de mudar de ideias”. Para Blair, a “debilitação do Partido Trabalhista é a facilitadora do Brexit”.

Numa intervenção junto do grupo pró-europeu Open Britain, que já tinha sido antecipada através de excertos entregues aos jornais britânicos ontem à noite, Tony Blair defendeu a importância de fazer pressão para que a saída do Reino Unido da União Europeia seja interrompida. Blair afirmou que o Instituto Tony Blair, cuja criação anunciou em dezembro com o objetivo de combater o populismo, teria como uma das suas funções combater a saída da UE, fazendo contraponto ao Governo de Theresa May, que considerou, no discurso desta sexta-feira, “um Governo para o Brexit, do Brexit e dominado pelo Brexit”.

Numa altura em que o discurso político no Reino Unido reflete frequentemente a ideia de que pôr em causa a saída da União Europeia, aprovada em referendo em junho, é pôr em causa a vontade dos britânicos, Tony Blair optou por se distanciar dessa visão. “As pessoas votaram sem conhecimento dos verdadeiros termos do Brexit. À medida que estes termos de tornam claros, está no seu direito mudar de ideias”, afirmou. “A nossa missão é persuadi-los a fazê-lo.

A decisão, acrescentou, é a “mais importante que este país tomou desde a Segunda Guerra Mundial e não se pode encerrar agora o debate acerca dela”.

O ex-primeiro-ministro também não poupou críticas ao seu próprio partido. Os Trabalhistas, afirmou, estão a facilitar um Brexit desastroso pela sua inatividade. Sem um partido político para os defender, os pró-europeus precisam de criar um movimento interpartidário, afirmou Blair, propondo que o seu Instituto Tony Blair pudesse ter um papel nesse processo.

O discurso de Tony Blair já foi amplamente criticado pela direita britânica. O ministro dos Negócios Estrangeiros Boris Johnson chamou à estratégia uma “campanha condescendente” e o gabinete da primeira-ministra reforçou que o Governo está “absolutamente determinado” a levar o Brexit até ao fim, escreve a BBC.

A legitimidade de Blair para falar sobre este assunto também foi posta em causa, por ter defendido a Guerra do Iraque. Confrontado com a questão na Bloomberg, o ex-primeiro-ministro respondeu: “Este país é livre. Tenho o direito de falar e vocês têm o direito de ouvir ou não”.

O processo de saída da União Europeia poderá ser iniciado em breve, quando o Governo britânico acionar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa, que desbloqueia as negociações com a Comissão Europeia. Theresa May já conseguiu autorização no Parlamento para o fazer, e agendara o início do processo para março deste ano.

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Altice vai investir nos media em Portugal? “Veremos”, diz CEO

Em Aveiro para comemorar o primeiro aniversário da Altice Labs, Michel Combes, CEO e chairman do grupo, deixa a porta aberta a investimentos em grupos de comunicação em Portugal.

Uma coisa é inovação, outra é investimento. E Michel Combes deixou bem claro, esta manhã em Aveiro, a razão pela qual está em Portugal: “Hoje estou aqui para falar de inovação, que é a maior prioridade da Altice de momento. Quando Patrick [Drahi] veio [há um ano] disse coisas diferentes. O nosso primeiro objetivo é investir no país em termos de infraestruturas. Acho que nunca investimos tanto como este ano em mecanismos ligados à fibra e vamos continuar”, garantiu o CEO do grupo Altice, dono da PT, na comemoração da Altice Labs, o laboratório de inovação do grupo.

Questionado sobre se o negócio dos media seria um dos objetivos de próximos investimentos do grupo francês em Portugal, Combes deixou a porta aberta ao futuro: “No conteúdo, é outro tipo de assunto. Como sabe, temos ativos [de media] noutros países. Veremos”, sublinhou, sem adiantar mais detalhes.

Acho que nunca investimos tanto como este ano em mecanismos ligados à fibra e vamos continuar.

Michel Combes

CEO grupo Altice

“Vamos continuar a desenvolver capacidades de inovação, tanto do ponto de vista tecnológico como do ponto de vista do utilizador e cliente. Acho que podemos inovar com ofertas diferentes para o mercado português”, disse ainda.

Esta manhã, o laboratório de inovação do grupo internacional, em Aveiro, comemorou o primeiro aniversário. Da Altice Labs têm saído, no último ano, soluções tecnológicas pensadas, desenvolvidas e exportadas a partir de Portugal.

Em dezembro, Paulo Neves, CEO da PT, dava conta de que os rumores de interesse da Altice em comprar empresas de media em Portugal — nomeadamente a Media Capital — não seriam garantia de que o negócio estivesse iminente. “Rumores existem sempre”, dizia, na altura, o responsável, em entrevista ao Público.

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