Vila Galé no Brasil vão ter plataforma da Infraspeak

Startup portuguesa arranca com projeto na rede de sete hotéis do grupo nacional no Brasil. Unidades hoteleiras passam a usar a plataforma para gerir operações técnicas e de manutenção.

A startup portuguesa Infraspeak dá mais um passo na internacionalização da empresa. Depois da experiência bem-sucedida em 20 hotéis do grupo Vila Galé em Portugal, a empresa liderada por Felipe Ávila da Costa entra na operação das unidades hoteleiras do grupo no Brasil.

O software de gestão de operações e manutenção desenvolvido pela empresa com base no Founders Founders, no Porto, permite à equipa do hotel “ler com maior precisão as informações de cada equipamento ou local, e assim realizar ainda melhor o seu trabalho”, avança a empresa em comunicado.

“Com o Infraspeak no telemóvel, eles leem as etiquetas NFC e acedem todos os dados para a realização da tarefa, comunicam em tempo real os consumos, medições, fazem auditorias, entre outras funcionalidades na plataforma”, detalha a empresa.

Vila Galé Marés Resort, na Baía.D.R.

Só no grupo Vila Gale, a Infraspeak soma 1,5 milhões de tarefas registadas, o que significa uma poupança do mesmo número de impressão de folhas de serviço já que a agenda de trabalho fica disponível através de uma aplicação móvel. Essa informação é também enviada em tempo real para os gestores dos 28 hotéis.

“Ficamos orgulhosos de ver que os próprios clientes da Infraspeak querem expandir connosco. Eles veem que a plataforma pode fazer mais por eles e estão a investir nisso, e a nos levar junto em suas expansões. É uma excelente parceria”, diz Felipe Ávila da Costa, CEO da Infraspeak.

Com mais de 70 clientes em Portugal, Inglaterra, Angola e Brasil, a empresa cresceu 282% em número de clientes e 243% em faturação em 2016.

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Economia forte faz investidores baixarem a guarda, avisa o Bundesbank

O banco central da Alemanha receia que o forte crescimento da economia possa mascarar riscos. E com os juros baixos, os investidores podem "baixar a guarda".

O Bundesbank receia que o crescimento da economia europeia num contexto em que os juros se mantêm em níveis baixos, possa acarretar riscos para os investidores. Como? É que perante este contexto, os investidores tendem a “baixar a guarda”.

“Neste ambiente favorável, os participantes do mercado tornaram-se mais vulneráveis a desenvolvimentos inesperados”, afirmou nesta quarta-feira a vice-presidente do Bundesbank, Claudia Buch, em Frankfurt. “Os riscos decorrentes das reavaliações, mudanças das taxas de juro e as perdas nos créditos podem materializar-se simultaneamente e reforçarem-se mutuamente“, afirmou ainda a responsável do banco central alemão.

Este alerta acontece numa altura em que a maior economia da Europa acelera rumo ao ritmo de crescimento mais forte desde 2011, com a taxa de desemprego em níveis mínimos recorde e a confiança dos investidores em máximos de sempre.

Ao mesmo tempo, o facto de a inflação na Zona Euro e na Alemanha estar a recuperar apenas ligeiramente, faz com que o Banco Central Europeu esteja a levar a cabo uma redução de estímulos muito gradual, antecipando ainda que as taxas de juro se mantenham baixas por um período prolongado de tempo.

Essas taxas de juro persistentemente baixas podem fazer com que os investidores se sintam tentados a sobre-estimar a sustentabilidade da dívida, alerta o Bundesbank, acrescentando que o mercado imobiliário residencial, em particular, é uma área muito importante para estabilidade financeira. De acordo com as estimativas do banco central germânico, o mercado imobiliário pode estar sobreavaliado em entre 15% e 30% nas cidades, apesar de considerar que para já os riscos daí decorrentes para o segmento do crédito à habitação são limitados.

É perante todo este contexto que o relatório do Bundesbank alerta para o facto de uma subida abrupta das taxas de juro poder “atingir o sistema financeiro de forma forte”, e avisa ainda que os bancos podem não dispor de almofadas suficientes para amortecer qualquer choque económico, tendo em conta que reduziram de forma significativa as suas provisões para o risco de crédito nos últimos anos. “Acima de tudo, os bancos precisam de se preparar, em tempo útil, para subida de taxas de juro”, recomendou assim Claudia Buch, citada pela Bloomberg.

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CDS-PP sobre o OE: “Viver de fezadas corre mal”

  • ECO
  • 29 Novembro 2017

O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, criticou o Orçamento de Estado para o próximo ano por "dar com uma mão e tirar com outra", embora ressalve que "o CDS nunca chamou o diabo".

Nuno Magalhães, líder parlamentar do CDS-PP, criticou esta quarta-feira o Orçamento do Estado para 2018 por falta de gradualismo na recuperação de rendimentos, que poderá deixar o país em maus lençóis. Entrevistado na SIC Notícias, o deputado afirmou que “não estamos a ser preventivos como deveríamos ser”.

Relembrado das suas declarações, perante o primeiro Orçamento aprovado por este acordo parlamentar, de que se tratava do Orçamento da “fezada”, Nuno Magalhães afirmou que “a fezada já não está assim tão forte”, referindo-se à conjuntura internacional, e acrescentou: “Foi de fezada em fezada, e com muita festa, que chegámos à situação em que nos encontrámos em 2010”.

No entanto, ressalvou, não está a fazer uma previsão como a do líder do PSD Pedro Passos Coelho. “Eu não estou a chamar o diabo, o CDS nunca chamou o diabo”, afirmou. “Mas viver de fezadas corre mal”.

“Este Orçamento é manifestamente anti-empresário, anti-empresas”, afirmou o deputado. “Este Orçamento parte de um pressuposto ideológico de que as empresas são contrárias aos trabalhadores”. Criticou ainda a velocidade da recuperação de rendimentos realizada por este Governo, que deveria ser mais gradual, assim como as cativações.

“As cativações sempre se fizeram, e bem, mas não no valor de 30%”, declarou. “Em 17 anos, na ordem dos 30% houve este governo e o outro governo”, o de José Sócrates, exemplificou.

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Fintech? “Grau de preparação da banca é manifestamente insuficiente”

A vice-governadora do Banco de Portugal, Elisa Ferreira, considera que os bancos têm de se adaptar à nova realidade das fintech através de um ajustamento do modelo de negócio.

Elisa Ferreira considera que os bancos têm de se preparar para uma nova realidade: a concorrência das fintech. Isto deve passar pelo ajustamento dos modelos de negócio das instituições financeiras, que devem estar “no centro da inovação tecnológica”, afirma a responsável no Fórum Banca, promovido pelo Jornal Económico e PwC. Para a vice-governadora do Banco de Portugal, o grau de preparação do sistema financeiro ainda é insuficiente.

“É premente que o sistema bancário em Portugal ajuste os seus modelos de negócio de modo a integrar e reverter em seu benefício a inovação tecnológica em curso, com especial destaque para as fintech”, nota Elisa Ferreira, referindo-se ao aumento da concorrência com a presença cada vez mais forte das fintech no mercado. “Apesar de as fintech serem uma das principais fontes de disrupção para as instituições financeiras instaladas, o grau de preparação do setor é ainda manifestamente insuficiente”, salienta.

É premente que o sistema bancário em Portugal ajuste os seus modelos de negócio de modo a integrar e reverter em seu benefício a inovação tecnológica em curso, com especial destaque para as fintech.

Elisa Ferreira

Vice-governadora do Banco de Portugal

Elisa Ferreira considera que a melhor forma de os bancos anteciparem os desafios é colocarem-se no centro da inovação tecnológica, ajustando os modelos de negócio a esta nova realidade. “É importante que a banca integre a revolução tecnológica”, salienta, dizendo ainda que este tema já está a ser estudado, não só pela EBA e pelo Mecanismo Único de Supervisão, mas também pelo banco central liderado por Carlos Costa.

“Do lado do Banco de Portugal, foi criado um grupo de reflexão multidisciplinar, com o objetivo de estudar a evolução da banca digital e das fintech e de perspetivar, no horizonte 2020, os desafios que se colocam no contexto alargado da sua missão e no quadro específico das suas responsabilidades de regulação e supervisão”, diz a vice-governadora.

Para Fernando Faria de Oliveira é importante que bancos e fintech façam parcerias, uma vez que a “cooperação traz grandes vantagens a ambas as partes”. No entanto, “há que salvaguardar que as mesmas regras se aplicam a todos”, afirma o presidente da Associação Portuguesa de Bancos no mesmo evento.

Malparado? Esforços são para continuar

A vice-governadora do Banco de Portugal não deixa também de reconhecer os progressos feitos a nível da redução do crédito malparado. “Apesar de os ativos não produtivos permanecerem em níveis acima da média europeia, importa, também aqui, reconhecer o progresso alcançado desde o valor máximo observado em junho de 2016”, salienta.

Mas é preciso fazer mais. “Não obstante esta evolução positiva, o esforço ainda necessário para reduzir os ativos não produtivos para níveis mais sustentáveis é considerável”, afirma Elisa Ferreira no Fórum Banca.

(Notícia atualizada às 10h24 com declarações do presidente da APB)

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Sonangol. Isabel dos Santos nega nepotismo por ter sido nomeada pelo pai

  • Lusa
  • 29 Novembro 2017

Isabel dos Santos garante que não é "apropriado tentar estabelecer um vínculo entre relações familiares e os resultados do [seu] mandato", já que não está em causa a sua competência.

A empresária Isabel dos Santos afirma que a sua “competência não está em questão” e que não é “apropriado” relacionar ser filha do ex-chefe de Estado angolano e os resultados da liderança de 17 meses na Sonangol.

A posição está expressa num direito de resposta a um editorial do Jornal de Angola – assinado pelo seu novo diretor, Victor Silva -, divulgado pela ex-presidente do conselho de administração da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), nomeada para o cargo por José Eduardo dos Santos, em junho de 2016, e exonerada este mês pelo novo chefe de Estado, João Lourenço.

A sua afirmação, de que o meu estatuto de ‘filha de um chefe de Estado’ teria sido uma desvantagem para garantir o financiamento necessário para a reestruturação da Sonangol, é contrariada por factos facilmente verificáveis. De destacar que trabalhei ao longo da minha carreira profissional (20 anos) com esse estatuto, sendo que o mesmo nunca me impediu de desenvolver relacionamentos bancários com as principais instituições financeiras internacionais”, acusa a empresária, no direito de resposta que divulgou hoje.

“A palavra nepotismo significa a promoção de uma pessoa incompetente para um determinado cargo pelo único facto de ser membro da sua família. Como a minha competência não está em questão, não será apropriado tentar estabelecer um vínculo entre as minhas relações familiares e os resultados do meu mandato“, critica ainda.

Em causa está o primeiro artigo de opinião assinado pelo novo diretor do Jornal de Angola, publicado a 19 de novembro, poucos dias depois de ter sido empossado pelo chefe de Estado, João Lourenço, como presidente do Conselho de Administração da empresa “Edições novembro”, que publica aquele diário estatal.

No artigo, Victor Silva relacionava a exoneração de Isabel dos Santos da Sonangol por ser uma “pessoa politicamente exposta [PEP]”, recusando que haja um conflito político entre o Presidente angolano e o ex-chefe de Estado José Eduardo dos Santos, que se mantém como líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).

Afirmou ainda que “a questão não deve ser posta no facto de Isabel dos Santos ser filha do ex-Presidente da República”, o que dificultou que a petrolífera nacional conseguisse “os financiamentos externos necessários ao seu desenvolvimento por saber-se que no combate ao branqueamento de capitais há pessoas politicamente expostas” e que “estão sob o radar do mundo financeiro mundial”.

Críticas infundadas, segundo a posição divulgada por Isabel dos Santos, que acusa “haver uma profunda confusão entre o significado de nepotismo e o significado de PEP, tornando-se a mesma cada vez mais comum no debate público”.

“Deveria caber à comunicação social informar e educar a opinião pública sobre temas desta natureza de forma responsável, em vez de incendiar polémicas infames que têm em si motivações políticas. Esse é o papel desempenhado pelas redes sociais”, critica, por seu turno, a empresária. Refere ainda que o conceito de PEP é usado no editorial em questão “de uma forma tendenciosa”: Por definição, todos os membros dos Conselhos de Administração das empresas públicas, incluindo da Sonangol , são PEP’s, o que não afeta a sua capacidade de gerir relações bancárias em nome das empresas que representam”.

Neste direito de resposta – que segundo a empresária não foi publicado pelo Jornal de Angola, que alegou exceder, em tamanho, o artigo que lhe deu origem e factos não visados no mesmo -, Isabel dos Santos acrescenta que foi durante a vigência do Conselho de Administração que liderou que a Sonangol “conseguiu finalmente estabelecer ligações bancários e ter contas abertas nos Estados Unidos de América”. “Situação que não havia sido possível durante muitos anos”, enfatizou.

Isabel dos Santos foi substituída na administração da Sonangol, este mês, por Carlos Saturnino, indicado pelo novo chefe de Estado, João Lourenço.

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BCP ganha mais de 5%. JPMorgan vê ações nos 30 cêntimos

O banco liderado por Nuno Amado está a brilhar em bolsa. No dia em que se prepara para emitir 300 milhões em dívida, acelera mais de 5% à boleia da revisão em alta da avaliação do JPMorgan.

O BCP BCP 1,95% está a brilhar em bolsa, puxando pelo índice de referência nacional. As ações do banco liderado por Nuno Amado ganham mais de 5% impulsionadas pela nova avaliação do JPMorgan. O banco de investimento norte-americano vê potencial nos títulos da instituição, colocando-as no patamar dos 30 cêntimos.

Os títulos do BCP seguem a valorizar 4,83%, para os 25,38 cêntimos, depois de ter visto o JPMorgan melhorar tanto a recomendação como o preço-alvo. Chegaram a subir um máximo de 5,25% para os 25,48 cêntimos, elevando o ganho acumulado desde o início do ano para 37,8%. à cotação atual, o BCP está avaliado em 3.842 milhões de euros.

Ações do BCP aceleram

O banco de investimento norte-americano subiu a recomendação de “neutral” para “overweight”, isto ao mesmo tempo que elevou o preço-alvo das ações do BCP para os 30 cêntimos, acima dos anteriores 26 cêntimos. O novo target está 13% acima do consenso do mercado que aponta para os 27 cêntimos, ficando 17% acima da cotação atual.

Para o JPMorgan, o BCP deverá beneficiar do contexto favorável no que respeita aos preços do imobiliário, mas também ao cenário macro que deverá “fazer baixar os custos do risco”. Nota ainda a redução dos custos da instituição, numa altura em que o banco continua a reduzir a exposição aos créditos de risco — a meta é encolher essa exposição em mil milhões de euros.

“Aumentámos a nossa estimativa para os lucros do banco em 14% ao ano, em média, já que acreditamos que o BCP será capaz de demonstrar uma evolução favorável nos custos do risco e continuar a cumprir com a redução da exposição ao malparado“, refere a nota de investimento a que o ECO teve acesso.

(Notícia atualizada às 10h07 com mais informação)

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Hospital de Cascais renova contrato com Lusíadas Saúde por mais dois anos

  • ECO
  • 29 Novembro 2017

Atraso no concurso para uma nova parceria público-privada para gestão do Hospital de Cascais provocou prolongamento do contrato com Lusíadas Saúde por mais dois anos.

O contrato de gestão do Hospital de Cascais com o Lusíadas Saúde acaba de ser renovado por mais dois anos. O atraso no concurso para uma nova parceria público-privada (PPP), que deveria ser lançada até ao final deste ano, adiou para 2020 o fim da ligação com este grupo. De acordo com a presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), nos próximos 24 meses, o grupo de trabalho deverá assim definir o caderno de encargos, lançar o concurso público internacional e por fim um escolher novo gestor.

“Foi a partir do estudo da Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP), do Ministério das Finanças, que houve esta renovação por mais dois anos, para dar tempo a que a equipa prepare tudo o que devem ser as peças necessárias para a abertura do novo concurso“, explica Rosa Matos ao Público (acesso condicionado). Segundo a líder da ARSLVT, o trabalho está a ser feito por um grupo de trabalho com as Finanças, ARS, Administração Central do Sistema de Saúde, Ministério da Saúde.

Entretanto, até 2020, o Hospital de Cascais (a primeira PPP a terminar o contrato de gestão clínica) vai ganhar novas especialidades, como a oncologia, a infecciologia, a psiquiatria e a pedopsiquiatria. Além disso, a unidade irá alargar a área a que presta atendimento, recebendo mais 90 mil pessoas com a transferência de utentes que até agora pertenciam ao Hospital Amadora-Sintra. O número de consultas e cirurgias será igualmente revisto.

Uma PPP nunca vem só

Esta quarta-feira é lançado o concurso público internacional de parceria público-privada para a construção do Hospital de Lisboa Oriental, que ficará localizado em Chelas. Depois de ter ficado dez anos apenas no papel, o projeto arranca com um contrato cujo valor ronda os 415 milhões de euros, repartidos ao longo de 30 anos.

“Vai ser um hospital moderno, focado nas pessoas e organizado em prol dos doentes e não dos serviços”, explica Rosa Matos, ao mesmo jornal. A unidade terá 875 camas (80% destas em quartos individuais, o que permitirá um “maior controlo das infeções”) e 26 blocos operatórios.

A abertura do Hospital de Lisboa Oriental está prevista para o primeiro trimestre de 2021 e representará uma poupança ao Serviço Nacional de Saúde de 68 milhões de euros. Esta é a primeira vez que se faz, no continente, uma PPP só para construção — a gestão clínica vai ser pública.

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CEO da Bolsa de Londres demite-se com efeitos imediatos

  • Lusa
  • 29 Novembro 2017

Xavier Rolet, apresentou a sua demissão, com efeitos imediatos, a pedido da administração. Já o chairman da bolsa londrina -- Donald Brydon -- não se vai candidatar à reeleição em 2019.

O CEO da Bolsa de Valores de Londres (LSE), Xavier Rolet, apresentou a sua demissão, com efeitos imediatos, a pedido da administração, informou esta quarta-feira a praça financeira.

A bolsa também comunicou que o seu presidente, Donald Brydon, não se vai apresentar como candidato à reeleição em 2019.

A administração considera que é de interesse dos acionistas contar com uma “nova equipa” para dirigir o futuro progresso da empresa, comunicou o grupo LSE aos investidores.

O mercado financeiro londrino indicou ainda que o responsável financeiro, David Warren, vai assumir o cargo de conselheiro delegado até que seja encontrada uma pessoa para substituir Xavier Rolet.

Warren está “bem capacitado” para este trabalho, dado que passou nove anos como diretor financeiro no Nasdaq, na Bolsa de Valores de Nova Iorque, antes de se juntar à Bolsa de Valores de Londres.

Rolet, que em outubro revelou que sairia em finais de 2018, assinalou que desde esse anúncio, “houve muita publicidade não desejada, algo que não ajuda a empresa”.

A pedido da empresa, acordei demitir-me do cargo de CEO com efeitos imediatos. Não voltarei ao gabinete do CEO sob nenhuma circunstância. Estou orgulhoso do que conseguimos durante os últimos oito anos e meio”, afirmou o francês Xavier Rolet.

Segundo os media britânicos, o anúncio, em outubro, sobre a retirada de Rotel provocou aparentemente uma disputa interna na administração, dado que o fundo Children’s Investment Fund Management (TCI), que tem uma participação superior a 5% na LSE, acusou o presidente do grupo de impulsionar a saída do CEO.

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Costa trava taxa sobre renováveis para proteger investimento estrangeiro

  • ECO
  • 29 Novembro 2017

Primeiro-ministro fez PS avocar a plenário medida que já tinha sido aprovado por secretários de Estado para proteger investimento estrangeiro em Portugal.

Para proteger o investimento estrangeiro em Portugal, António Costa deu ele mesmo um passo atrás no acordo com o Bloco de Esquerda sobre a nova taxa sobre as energias renováveis. O primeiro-ministro fez o Partido Socialista avocar a plenário a medida que já tinha sido negociada e aprovada pelos seus secretários de Estado, o que acabou por significar o seu chumbo.

O problema é que esta medida atinge os investidores internacionais que são essenciais em Portugal, não só nos investimentos no setor energético e das energias renováveis, mas também em outros setores com investimentos já feitos ou em negociação”, explicou um responsável pelo Executivo ao Público. A fonte citada pelo jornal refere que a decisão em causa foi tomada ao mais alto nível do Governo e com concordância de Costa.

O mesmo membro do Governo sublinha que “alguns dos investidores nas energias renováveis são investidores e fundos essenciais para a economia portuguesa e que têm investido mesmo, por exemplo, na dívida pública”. Neste sentido, é importante preservá-los, porque “se a dívida pública portuguesa tem baixado não é por obra e graça do divino espírito santo, é porque tem havido quem compre dívida portuguesa a juros mais baixos”.

Além disso, a mesma fonte assinala que “os investimentos na área foram negociados com base em boa-fé e em condições estáveis para 20 ou 30 anos” e portanto “não se pode alterar as regras a meio do jogo”. Mais, enfatiza que “já estão em concretização alterações nas rendas pagas pelo Estado.”

Outro dos argumentos que levaram Costa a recuar foi o risco de litigância em tribunais internacionais com prejuízo para o Estado português, como tem acontecido em Espanha. “O exemplo dos outros Estados-membros onde a medida foi adotada, como é o caso espanhol, demonstra que se abre um processo de litigância em tribunal em que o Estado espanhol tem perdido sistematicamente”, reforça o membro do Executivo.

BE propõe, Governo aprova… e recua

A história da medida que acaba de cair não é longa. No início do mês, o Bloco de Esquerda apresentou na Mesa da Assembleia um projeto de lei para baixar a fatura da eletricidade ao consumidor, que viria a alterar quase uma semana depois, em negociações com o Governo. A mudança da proposta inicial mereceu, nessa ocasião, luz verde do Executivo, representado pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, e com envolvimento do secretário de Estado do Orçamento, João Leão, e o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches.

Nuno Santos acabou assim por anunciar à direção do grupo parlamentar socialista a indicação de voto a favor, já que além de não ter implicações orçamentais, a proposta aumentava a receita fiscal e baixava a fatura de eletricidade. No entanto, nessa mesma tarde, uma indicação no sentido contrário foi emitida pelo Governo, que entretanto se apercebeu das implicações e pediu a avocação a plenário do projeto.

Esta segunda-feira, a medida acabou por ser chumbada em plenário com votos contra do PS e CDS, abstenção do PSD e votos favoráveis do BE, PCP, PAN, PEV e do deputado Ascenso Simões. Ainda assim, o presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis adiantou, na terça-feira, que o projeto cria “instabilidade e desconfiança” nos investidores sobretudo internacionais. António Sá da Costa considerou que a medida iria representar “um roubo legalizado entre 25% e 30% da faturação bruta das empresas” e deixou claro que grande parte das companhias correria assim risco de entrar num processo de falência.

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Indemnização a vítimas dos fogos tem em conta rendimentos

  • ECO
  • 29 Novembro 2017

Filhos menores que tenham perdido um pai ou mãe receberão rendas pelo menos até aos 18 anos, numa lógica de indemnizações que é semelhante à desenhada pela portaria ligada aos acidentes de automóvel.

O Conselho que o Governo criou para definir os critérios das indemnizações às vítimas dos incêndios decidiu que estas terão um valor mínimo de 70 mil euros por vítima mortal, mas terão em conta ainda uma fórmula complexa para definir quem deve receber rendas pela perda de um familiar próximo, como é o caso de filhos menores, que as receberão pelo menos até aos 18 anos.

De acordo com a TSF, que teve acesso ao relatório do Conselho, “todos aqueles que à data da morte podiam exigir alimentos” terão direito a uma indemnização específica, além dos 70 mil euros referidos, pela perda de um ordenado de que eram dependentes. As famílias terão de provar dependência apresentando o rendimento mensal líquido da vítima mortal para terem acesso a esta indemnização. O pedido deve ser apresentado até 15 de fevereiro nas autarquias ou na Provedoria de Justiça.

Os cônjuges ou unidos de facto podem ter acesso a esta indemnização, assim como os filhos, para quem virá faseadamente até atingirem pelo menos os 18 anos, podendo ser prolongada se estudarem até aos 28 anos, no máximo.

A fórmula criada pelo Conselho para definir as indemnizações, que tem em conta os anos que a vítima teria vivido se não tivesse sido afetada pelo fogo e a taxa de crescimento dos seus rendimentos, é semelhante à que define o “dano patrimonial futuro” no caso de mortes em acidentes de automóvel.

Já no caso de danos morais, os 70 mil euros por vítima mortal permanecem a base, mas existem fatores agravantes que podem fazer subir este valor, por exemplo no caso de o requerente viver com a vítima, ter sobrevivido ao mesmo fogo, ou ter estado próximo da vítima no momento da morte.

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BCP acelera quase 4%. Puxa Lisboa para segundo dia de ganhos

O PSI-20 arrancou em alta, suportado pelo avanço das ações do BCP que aceleram perto de 4%, suportadas por uma melhoria de avaliação pelo JPMorgan.

A bolsa nacional arrancou em alta pela segunda sessão consecutiva. O avanço de perto de 4% das ações do BCP, após uma melhoria de avaliação pelo JPMorgan, suportam o PSI-20 em terreno positivo, com ganhos em torno de 1%. A bolsa de Lisboa segue em sintonia com o rumo positivo dos principais pares do Velho Continente.

O índice de referência da praça bolsista nacional abriu a valorizar 0,38%, para os 5.297,04 pontos, ganhos que entretanto reforçou até aos 1% à boleia da aceleração da valorização das ações do BCP. O título segue a valorizar 3,8%, para os 25,13 cêntimos, depois de ter visto o JPMorgan melhorar tanto a recomendação como o preço-alvo das ações do banco liderado por Nuno Amado.

O banco de investimento subiu a recomendação de “neutral” para “overweight” e elevou o preço-alvo das ações do BCP para os 30 cêntimos, acima dos anteriores 26 cêntimos. O novo target está 13% acima do consenso do mercado que aponta para os 27 cêntimos.

Ações do BCP disparam na sessão

No mesmo sentido segue a Jerónimo Martins que vê os seus títulos valorizarem 1,09%, para os 16,64 euros, movimento que é acompanhado pela Sonae. A empresa co-liderada por Paulo Azevedo e Ângelo Paupério soma 0,88% em bolsa, para os 1,029 euros.

Nota positiva ainda para a subida da maioria dos títulos do setor energético, que também suportam o PSI-20. As ações da EDP valorizam 0,28%, para os 2,92 euros, enquanto as da EDP Renováveis aceleram 0,67%, para os 6,946 euros, invertendo assim face à queda de 1% registada no arranque da sessão.

Referência positiva também para a REN que vê os seus títulos valorizarem 0,7%, para os 2,436 euros, em sintonia com a subida dos direitos ao aumento de capital da empresa liderada por Palha da Silva. Este avanço acontece também depois de o Haitong ter melhorado a sua avaliação do título, de “neutral” para “comprar”, justificando essa mudança com “os bastante apelativos níveis de avaliação” resultante da recente pressão negativa devido à queda dos valores dos direitos.

Já a Galp Energia desvaloriza 0,38%, para os 15,85 euros, em sintonia com as cotações do petróleo nos mercados internacionais. O preço do barril de brent recua 0,61%, para os 63,22 dólares no mercado londrino.

No mesmo sentido seguem os títulos dos CTT. As ações da empresa liderada por Francisco Lacerda recuam 0,97%, para os 3,07 euros.

(Notícia atualizada com novas cotações às 8h30)

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Penhoras: Nova lei travou venda das casas de 19 mil famílias devedoras

  • ECO
  • 29 Novembro 2017

A legislação criada em 2016 para impedir a venda pelo fisco de casas de família penhoradas para recuperar dívidas travou, este ano, o despejo de 7.457 famílias que viram suspensa a venda do imóvel.

A lei que impede o fisco de vender casas de habitação própria e permanente para recuperar dívidas impediu o despejo de 18.991 famílias em pouco mais de ano e meio. Só este ano, até outubro 7.457 imóveis viram ser suspensa a venda, avança o Diário de Notícias (acesso pago) nesta quarta-feira, com base em dados cedidos por fonte oficial do Ministério das Finanças.

E causa está a legislação aplicada desde 24 de maio de 2016, que prevê que a Autoridade Tributária e Aduaneira suspenda a venda de imóveis que correspondam a habitação própria e permanente do devedor e restante agregado familiar envolvidos em processos de dívidas fiscais de contribuintes que, na ausência de outros bens, viram a casa penhorada.

Aquilo que esta lei faz é estender aos impostos uma prática que, desde 2012, é aplicada na Segurança Social a quem tem dívidas contributivas. Ou seja, o bem é penhorado, mas a venda fica suspensa. No caso dos processo fiscais, a legislação não impõe um prazo para o pagamento da dívida, permitindo ainda que o devedor vá pagando à medida das suas possibilidades.

Nos primeiros dez meses de 2017, a Autoridade Tributária e Aduaneira penhorou 39.964 imóveis (entre edifícios comerciais, industriais, habitacionais, arrecadações ou garagens). Mas apenas concretizou 12.617 destas penhoras, porque teve de cumprir esta lei e, noutros casos, porque o devedor resolveu a sua situação, pagando, avança ainda o Diário de Notícias.

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