Linklaters assessora em Moçambique projeto de financiamento de infraestruturas na África Subsariana

O negócio abrange a construção, remodelação e operação de uma linha ferroviária de 912 km que passa por Moçambique e pelo Malawi.

A Linklaters assessorou o Banco Japonês para Cooperação Internacional (JBIC) e a Seguradora de Investimento da Nippon (NEXI), o Banco Africano de Desenvolvimento (BAfD), a Corporação de Seguros de Crédito de Exportação da África do Sul (ECIC) – juntamente com outros bancos comerciais seguros pelo ECIC e pela NEXI – num financiamento de quatro mil milhões de dólares, para o Corredor de Nacala, naquele que já é considerado o maior projeto de desenvolvimento de infraestruturas nos setores ferroviário e portuário na África Subsariana.

Depois de, ainda este ano, ter assessorado os promotores no maior project finance de sempre em Áfricaque visa a construção do primeiro projeto flutuante de liquefação de gás natural (Área 4 Coral FLNG), orçamentado em mais de 4,6 mil milhões de dólares, a Linklaters acaba de fechar mais uma transação de enorme dimensão em África.

Francisco Ferraz de Carvalho, sócio da Linklaters em Lisboa, responsável pela equipa de Bancário e Projetos, sublinha que “é impressionante que, no mesmo ano, tenham sido assinados os financiamentos do projeto Corredor de Nacala e da Área 4 Coral FLNG. Isso mostra que é possível estruturar financiamentos em projet finance em larga escala numa variedade de setores em Moçambique”, diz o advogado, em comunicado enviado pela sociedade. “Projetos como estes constituem um contributo significativo para o desenvolvimento de Moçambique e da região, não só porque permitem monetizar os seus recursos naturais, mas também pelos benefícios colaterais que proporcionam. No caso do Corredor de Nacala, o transporte de carvão viabiliza o transporte de carga geral e passageiros para e de zonas remotas de Moçambique e do Malawi. Para a Linklaters é um enorme orgulho ter a confiança dos clientes nas transações mais inovadoras da África Lusófona, onde trabalhamos sempre com escritórios locais com os quais temos excelentes relações”, concluiu.

O projeto inclui a construção, remodelação e operação de uma linha ferroviária de 912 km através de Moçambique e do Malawi, bem como a construção e operação de um terminal de carvão no porto de Nacala-à-Velha, em Moçambique. O caminho-de-ferro irá ligar o projeto de carvão Moatize do Vale Moçambique na província de Tete, ao porto de Nacala.

A província de Tete, no oeste de Moçambique, tem alguns dos depósitos de carvão mais ricos do mundo, e nos últimos anos esta área conseguiu atrair empresas de mineração como a Vale do Brasil. No entanto, e até o momento, a capacidade de exportação foi restringida pela fraca infra-estrutura que liga os poços das minas aos portos.

Trata-se do primeiro acordo na região que reuniu investimento do setor público e privado com o objetivo de melhorar as infraestruturas ferroviária e portuária de Moçambique, apoiando assim o crescimento do setor mineiro no país, bem como todos os benefícios associados ao aumento do transporte de passageiros e carga para zonas até à data de difícil acesso. O acordo é único também por envolver financiamento por parte de quatro entidades diferentes e cinco concessões, abrangendo ainda o desenvolvimento mineral (greenfield) e industrial (brownfield).
Fiona Hobbs, sócia da Linklaters em Londres, comenta que “este projeto é significativo tanto como um grande projeto de infraestrutura de mineração, mas também como um catalisador para o que se espera que seja um desenvolvimento regional significativo. Ao implementar a experiência do setor, a cobertura geográfica e as nossas capacidades de financiamento em mercados emergentes líderes nos mercados. Estamos satisfeitos por termos sido capazes de assessorar este grande financiamento de projeto envolvendo vários fornecedores”.


Andrew Jones, responsável pela equipa global de África da Linklaters afirmou que “o projeto mostra a capacidade única da Linklaters de combinar recursos especializados para realizar transações complexas em África – neste caso, envolvendo colegas em Londres, Lisboa, Tóquio, Amsterdão e Dubai e nos escritórios da Webber Wentzel, nosso parceiro na África do Sul, apoiada pelos nossos relacionamentos profundos com os principais escritórios de advocacia no Malawi e em Moçambique”.

A equipa da Linklaters foi liderada por Fiona Hobbs e Andrew Jones em Londres, Francisco Ferraz de Carvalho em Lisboa e Hirofumi Taba em Tóquio e envolveu advogados de Londres, Lisboa, Tóquio, Joanesburgo, Amsterdão e Dubai.

Uma equipa da Webber Wentzel, parceiro da Linklaters em assuntos que envolvem África assessorou os credores comerciais sul-africanos.

A ABCC prestou apoio em questões de direito Moçambicano e a Savjani & Co, apoiou a transação a partir do Malawi.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A meio da crise, Allianz deixa de ser acionista de referência dos CTT

Alemães da Allianz venderam 3% das ações dos Correios, empresa que se encontra sob forte pressão dos investidores devido aos maus resultados. Já detém menos de 2% dos CTT em crise.

Em crise na bolsa, os CTT perderam esta semana um acionista de referência, depois de os alemães da Allianz terem alienado uma posição de quase 3% que detinham nos correios postais. Com isso, deixaram de ser o terceiro principal acionista para ficar com uma participação de apenas 1,85% na cotada liderada por Francisco Lacerda.

A redução da exposição dos alemães aconteceu esta segunda-feira, num dia em que as ações dos CTT atingiram um novo mínimo de sempre nos 3,043 euros, segundo o comunicado publicado esta terça-feira na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Atualmente, a Allianz detém uma participação de 1,85% nos CTT, relativa a uma posição em ações de 1,5% e ainda direitos de opção de recompra e 0,35%.

A empresa de correio postal encontra-se sob pressão do mercado, depois de no final do mês passado ter anunciado que vai cortar o dividendo em 20% dos 48 cêntimos para os 38 cêntimos, em reflexo da deterioração do negócio da distribuição de cartas e ainda do aumento dos custos operacionais.

As ações perdem mais de 50% desde o início do ano, estando a cotar atualmente nos 3,095 euros.

Face a esta turbulência nos mercados, vários fundos têm-se posicionado nos seio da estrutura acionista dos CTT. Foi agora o caso da Allianz, cuja alienação de ações torna os alemães o 10.º maior acionista da empresa, justamente atrás da Kairos Partners, o fundo italiano que entrou para o capital dos CTT há apenas duas semanas com mais de 2%, segundo dados da Bloomberg.

De resto, estas mudanças na estrutura acionista dos CTT já vinham sendo antecipada pelos analistas, devido ao período mais conturbado que atravessam na bolsa. Para travar a desconfiança do mercado, a administração liderada por Francisco Lacerda anunciou um plano de reestruturação da empresa: em vista estará a saída de 300 trabalhadores.

O maior acionista do grupo continua a ser a Gestmin, de Manuel Champalimaud, com 10,46%, seguida da Wilmington Capital (da Indumentaria Pueri, que detém 5%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Greve de comboios na véspera do feriado de sexta-feira

  • Lusa
  • 28 Novembro 2017

As organizações sindicais do setor ferroviário afirmam que “a esmagadora maioria” da circulação de comboios será afetada, não havendo serviços mínimos.

As organizações sindicais do setor ferroviário decidiram esta terça-feira manter a greve para dia 30, véspera do feriado de sexta-feira, e afirmam que “a esmagadora maioria” da circulação de comboios será afetada, não havendo serviços mínimos.

“Fomos informados pelo IMT [Instituto da Mobilidade e dos Transportes] de que não há resposta da tutela, não há nenhum elemento novo, e por isso mantemos a decisão de avançar com a greve”, disse à agência Lusa o dirigente da FECTRANS, José Manuel Oliveira.

A decisão surge depois da reunião desta terça-feira das organizações sindicais subscritoras do pré-aviso de greve que serviu, por sua vez, para analisar o resultado do encontro de segunda-feira com a CP.

"Fomos informados pelo IMT [Instituto da Mobilidade e dos Transportes] de que não há resposta da tutela, não há nenhum elemento novo, e por isso mantemos a decisão de avançar com a greve.”

Dirigente da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações

José Manuel Oliveira

Em causa está a nova regulamentação para o setor ferroviário, que deverá entrar em vigor em setembro, e que a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) considera que “diminui as condições de segurança no setor ferroviário”.

Segundo o dirigente da FECTRANS, a greve vai afetar “tanto o transporte de passageiros como o de mercadorias” e vai ter um “forte impacto, quer pela adesão, quer pela abrangência”.

José Manuel Oliveira diz que a greve “terá implicações na esmagadora maioria da circulação ferroviária do dia 30 e também nos comboios de longo curso que arrancam no final do dia 29 e que terminam já no dia 30”. O tribunal arbitral decidiu não marcar serviços mínimos, segundo a decisão publicada na página da internet do Conselho Económico e Social (CES).

“Não se afigura adequado, ao abrigo dos critérios constitucionais e legais, a definição de serviços mínimos relativos à circulação das composições de transporte de passageiros, por se tratar de uma greve de curta duração, de um dia apenas”, lê-se no acórdão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Grandes fundos lesados do BES boicotam emissão de dívida do BCP

Os grandes fundos vão boicotar a emissão de dívida do BCP, tal como já o tinham feito com a CGD. Estes investidores, entre os quais a Pimco e BlackRock, queixam-se do dinheiro perdido no BES.

O BCP está no mercado. Pretende emitir 300 milhões de euros em títulos de dívida para reforçar os seus rácios de capital, operação que não contará com a participação de grandes fundos de investimento internacionais, como é o caso da Pimco e da BlackRock. A explicação está no dinheiro perdido por estes investidores nas obrigações do Novo Banco que passaram para o BES.

“Não iremos participar na emissão de dívida” que o BCP está a realizar, refere um comunicado conjunto da Attestor Capital, BlackRock, CQS, Pimco, River Birch Capital e York Capital. O banco liderado por Nuno Amado pretende emitir 300 milhões de euros em obrigações a dez anos, que podem ser reembolsadas ao fim de um período de cinco anos. Contactado pelo ECO, o BCP não comenta.

“Decidimos [não participar] que os riscos associados ao investimento ativo em títulos de dívida pública ou privada portuguesa são proibitivos, já que o Banco de Portugal ainda não deu respondeu à decisão discriminatória de retransferir as obrigações do Novo Banco para o BES em 2015″, salienta. Em causa está a transferência de cinco séries de obrigações no valor de 2,2 mil milhões de euros do Novo Banco para o BES “mau”.

Estes fundos, que já tinham boicotado a emissão de dívida levada a cabo pela CGD, afirmam estarem “a aguardar para que sejam retomadas as conversações com as autoridades portuguesas de forma a encontrar uma solução rápida” e para que voltem a considerar “Portugal como um destino credível para os nossos investimentos”.

(Notícia atualizada às 17h47 com mais informações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo opôs-se a taxa sobre as renováveis para evitar riscos de litigância judicial

  • Lusa
  • 28 Novembro 2017

O Governo opôs-se à proposta para taxar os produtores de energias renováveis para evitar riscos de futura litigância judicial, adiantou fonte da secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares.

O Governo opôs-se à proposta do Bloco de Esquerda para taxar os produtores de energias renováveis para evitar riscos de futura litigância judicial, alegou hoje à agência Lusa fonte da Secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares.

Na sexta-feira, numa primeira votação no âmbito do processo de especialidade do Orçamento do Estado para 2018, o PS aprovou a proposta apresentada pelo Bloco, mas, depois, pediu a repetição da apreciação do diploma e na segunda-feira votou contra, chumbando-o.

A exceção foi o deputado socialista eleito por Vila Real Ascenso Simões, que furou a disciplina interna e manteve o voto favorável.

Uma mudança de posição que levou o Bloco de Esquerda a acusar o Governo de “deslealdade” e de “quebra da palavra”, com o dirigente bloquista Jorge Costa a considerar que esta atuação política dos socialistas terá consequências políticas a prazo.

Pela parte do Governo, no entanto, é rejeitada a tese de que a questão da taxa sobre os produtores de energias renováveis tenha sido matéria estruturante das negociações do Orçamento do Estado para 2018, e “muito menos” que tenha existido da parte do executivo e da bancada do PS qualquer rutura ao nível de um compromisso assumido com o Bloco de Esquerda.

Fonte da Secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares referiu à agência Lusa que, perante a proposta inicial apresentada pelo Bloco de Esquerda sobre “contribuição solidária” das elétricas a operar em Portugal, a bancada do PS iria votar contra.

Na passada quinta-feira à noite, porém, com a apresentação pelo Bloco de Esquerda de uma proposta de substituição da inicial sobre energias renováveis – uma proposta que teve “trabalho de articulação por parte de elementos do Ministério da Economia e sem que o Ministérios das Finanças levantasse qualquer obstáculo” -, foi então decidido que se abriria por parte do Governo um período de apreciação em relação à nova matéria introduzida”.

“Nesse sentido, apenas para viabilizar esse trabalho de análise por parte do Governo, o PS votou a favor da proposta do Bloco de Esquerda na sexta-feira, durante as votações da especialidade. Após o fim de semana, o Governo encerrou então o seu trabalho de análise e concluiu que seria imprudente a aprovação da proposta do Bloco de Esquerda, já que continha riscos graves de litigância jurídica” com as empresas produtoras de energias renováveis, justificou o mesmo elemento da Secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares.

Por essa razão, de acordo com o Governo, o Grupo Parlamentar do PS requereu nova votação e na segunda-feira chumbou a proposta de substituição do Bloco de Esquerda.

Ainda segundo o mesmo responsável do executivo, no trabalho de análise da proposta do Bloco de Esquerda, o Governo teve em consideração o caso espanhol, em que o executivo de Madrid está a enfrentar “uma séria litigância judicial” com as empresas elétricas, depois de adotar uma medida semelhante.

Na segunda-feira, momentos antes da votação final global do Orçamento, a dirigente do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua fez duras críticas ao Governo e ao PS.

“Não nos queixamos apenas da deslealdade de ter rasgado o compromisso com o Bloco, o que já não seria pouco, porque a lealdade parlamentar baseia-se na palavra dada. Queixamo-nos da oportunidade que o país perdeu”, afirmou.

Logo a seguir, também numa alusão à proposta do Bloco para criar uma “contribuição solidária” a incidir sobre as elétricas, o presidente do Grupo Parlamentar do PS, Carlos César, respondeu que os socialistas “não estão reféns de nenhuma empresa, nem de nenhum partido” na Assembleia da República.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Assunção Cristas diz estar pronta para ser primeira-ministra

  • ECO
  • 28 Novembro 2017

A líder do CDS-PP diz que o partido tem "as melhores ideias" e que os eleitores podem olhar para ele como "a primeira escolha". Estão prontos para governar, garante.

Assunção Cristas diz estar pronta para ser primeira-ministra de Portugal. Em entrevista ao Observador, a líder do CDS-PP afirma que o resultado nas últimas eleições autárquicas, que lhe valeu um lugar de vereadora em Lisboa, é “muito encorajador” e que o partido está preparado para “governar numa posição cimeira”.

É esta ambição, aliás, que tem sido promovida dentro do próprio CDS-PP. Os democratas-cristãos nunca conseguiram mais do 16% dos votos numas eleições legislativas, mas a mensagem que tem sido passada aos militantes é de confiança. “Neste momento, não encontro ninguém na política nacional que esteja mais bem preparada do que Assunção Cristas para poder ser primeira-ministra do nosso país”, disse Diogo Feio, no encerramento da Escola de Quadros do partido. “Se Deus quiser, em 2019, faremos de Assunção Cristas primeira-ministra de Portugal“, disse, por seu lado, Francisco Rodrigues dos Santos, o presidente da Juventude Popular.

E é também esse o discurso de Assunção Cristas. “O CDS está preparado para governar e governar numa posição cimeira. Estou preparada, hei de preparar-me para dizer aos portugueses que sou capaz de ser primeira-ministra“, declarou ao Observador.

"Temos as melhores ideias, os melhores protagonistas e as pessoas podem olhar para nós como a primeira escolha.”

Assunção Cristas

Líder do CDS-PP

A líder do CDS-PP não olha ainda para o PSD como um partido com o qual tenha “de fazer uma enorme competição” e reconhece até que “é um partido amigo, parceiro”, mas assegura que o objetivo “é fazer crescer o CDS”, independentemente de manter a parceria “de centro-direita” com o PSD. “Há um enorme espaço de crescimento, por exemplo, entre as pessoas que não votam (…). Temos as melhores ideias, os melhores protagonistas e as pessoas podem olhar para nós como a primeira escolha”.

Cristas defende ainda que o CDS-PP “não é o tal partido que ainda está na cabeça de algumas pessoas: o partido elitista, dos ricos ou da direita” e sublinha que quer ser “um grande partido de centro-direita”.

Sobre o Governo, a democrata-cristã critica a forma “ligeira, inconsequente, de vistas curtas” de António Costa, que se limita a manter “o poder pelo poder”. Ainda assim, admite que o primeiro-ministro “conseguiu governar com uma solução que muitos consideravam frágil”. Mas este, considera, é um “Governo do show-off“, que “não se preocupa a sério com as coisas mais profundas”.

Mesmo a evolução positiva da economia não melhora a fotografia: “Os motores da animação da economia são as exportações e o investimento privado. Não é o consumo privado. O Governo não fez nada, pelo contrário. O pouco que fez até foi para estragar”. Para além disso, argumenta, “o Governo continua a ter uma austeridade encapotada, com impostos indiretos e com a questão das cativações, que significam muitas vezes um corte gritante nos serviços que são prestados”.

Quanto ao que o CDS-PP faria de diferente se estivesse no Governo, Cristas foge à questão e não apresenta alternativas concretas. “Devíamos estar a baixar o IRC e apoiar as empresas, mas o Governo insiste na falácia de que é preferível baixar o IRS ao IRC”, diz apenas, lembrando que o partido apresentou “várias medidas, em matéria como Segurança Social e Educação”, e que o Governo “disse que não a tudo”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fed: Powell defende subida das taxas de juro

  • ECO
  • 28 Novembro 2017

O próximo presidente da Fed, Jerome Powell, manifestou-se a favor de um aumento das taxas de juro na maior economia do mundo, embora "não se possa prever o futuro".

No dia em que se espera a oficialização de Jerome Powell como próximo presidente da Reserva Federal dos EUA (Fed), o responsável afirmou, perante o Senado, que prevê um aumento nas taxas de juro. Powell segue desta forma a linha de ação da antecessora, Janet Yellen, passando uma mensagem de estabilidade.

Esperamos que as taxas de juro aumentem um pouco e que a dimensão do balanço diminua gradualmente“, afirmou Powell, citado pelo Financial Times (conteúdo em inglês/acesso pago). “Contudo, enquanto tentamos que as políticas sejam tão previsíveis quanto possível, não se pode prever o futuro com certezas”, acrescentou.

O sucessor de Yellen mostrou-se a favor de um “progresso continuado em direção a uma recuperação completa” para a economia americana, avança o jornal. Em relação a mudanças, mostrou-se aberto a reduzir as pressões regulatórias no setor financeiro. Comprometeu-se ainda com maiores níveis de transparência.

"Devemos estar preparados para responder decisivamente e com a força apropriada a ameaças novas e inesperadas”

Jerome Powell

“Devemos estar preparados para responder decisivamente e com a força apropriada a ameaças novas e inesperadas”, acrescentou. Apesar de afirmar que o sistema financeiro está “sem dúvida” mais forte e resiliente em relação há uma década, Powell salientou a necessidade de se continuar a aplicar reformas, que incluem “fortes níveis de capital e liquidez, testes de stress e planos de resolução“.

Powell deverá subir ao cargo de presidente da Fed no início de fevereiro — altura em que Yellen planeia abandonar por completo a instituição.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Valeu a pena reformar” em Portugal, diz Santos Pereira

O ex-ministro da Economia defende que uma das lições que Portugal aprendeu é que vale a pena fazer reformas estruturais. O atual economista da OCDE aconselha o país a pensar nas próximas reformas.

Álvaro Santos Pereira, diretor do departamento de Economia da OCDE e ex-ministro da Economia de Portugal.OECD/Marco Illuminati

O atual diretor do departamento de Economia da OCDE defende que o caso português mostra que “valeu a pena reformar”. Uma lição que se deve aplicar ao presente e ao futuro, preparando novas reformas estruturais. É esse o conselho de Álvaro Santos Pereira para a economia portuguesa, que a OCDE projeta que cresça mais do que a zona euro nos próximos dois anos. O aumento do consumo privado não é uma preocupação, mas o investimento e as exportações devem ser a prioridade do país.

“A economia portuguesa, antes das reformas que foram feitas no início desta década, desde a entrada no euro, estava a crescer a uma média abaixo de 1%”, explicou Santos Pereira, numa conferência de imprensa sobre o Economic Outlook lançado esta terça-feira, referindo que “depois das reformas, a economia portuguesa está a crescer a cerca de 2,5%, portanto, a primeira lição é que valeu a pena reformar e é importante continuar a reformar“. Além das reformas, o economista da OCDE atribuiu também o desempenho positivo da economia nacional ao aumento da confiança dos consumidores e empresários.

Uma das evoluções mais “impressionantes”, na ótica do ex-ministro da Economia, é a do mercado de trabalho: “Há muito poucas economias no mundo que tenham registado esta diminuição do desemprego”, garantiu, referindo-se à diferença entre a taxa de desemprego superior a 17% registada no pico da crise e os números mais recentes inferiores a 9%. Álvaro Santos Pereira atribui essa melhoria à reforma laboral que implementou quando esteve no Governo, entre 2011 e 2013, assinalando que esta “continuará a dar frutos” no país.

“A economia portuguesa, graças às reformas, está muito mais preparada para aproveitar a onda de crescimento que está a acontecer na Europa”, defende, em contraste com o que acontecia no início do milénio. Isso leva Álvaro Santos Pereira a crer que Portugal, durante os próximos anos, continuará a crescer acima da zona euro, ao contrário do que prevê a Comissão Europeia. A OCDE prevê que a economia portuguesa cresça 2,3% em 2018 e 2019. Já para o conjunto dos países a moeda única as subidas ficam-se pelos 2,1% em 2018 e 1,9% em 2019.

Álvaro Santos Pereira considerou que é de saudar quando o consumo privado cresce porque isso significa que há mais rendimento disponível. No entanto, alertou que isso não pode significar novamente uma subida da dívida pública ou privada. Além disso, o foco deve ser outro: “Obviamente os motores sustentáveis do crescimento económico são o investimento, mas também as exportações“, afirmou Santos Pereira, assinalando ser necessário que esses sejam “os motores que dinamizem o crescimento” nos próximos anos.

No entanto, Santos Pereira aconselha Portugal a pensar no futuro. “É importante começar a pensar nas próximas reformas estruturais para estimular o crescimento económico a longo prazo”, defendeu, assinalando que todos os países deviam ter as reformas no “estado de espírito”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Chumbo da taxa das renováveis dá energia à bolsa de Lisboa

O setor energético fechou esta sessão a valorizar, puxado pelo bom desempenho da EDP Renváveis após o chumbo à taxa para as renováveis. A Pharol e o BCP registam as maiores quedas desta sessão.

A bolsa de Lisboa fechou esta sessão em terreno positivo, um cenário que se manteve durante todo o dia. Ainda que a Pharol e o BCP tenham apresentado quedas acentuadas, o PSI-20 conseguiu fechar acima da linha de água, graças ao contributo do setor energético, depois de ontem o Parlamento ter voltado atrás na taxa sobre as energias renováveis.

O dia foi positivo para o principal índice de referência nacional que fechou esta sessão a valorizar 0,28% para cotar nos 5.276,95 pontos, após duas sessões consecutivas de quedas. Lisboa foi à boleia das restantes praças europeias, que mantiveram uma tendência positiva esta terça-feira. O Stoxx 600 fechou a somar 0,54%, o Ibex-35 a ganhar 0,73% e o francês CAC-40 a avançar 0,57%.

O bom desempenho da bolsa lisboeta deveu-se, sobretudo, ao setor energético. A EDP Renováveis fechou a somar 1,02% para os 6,9 euros, depois do chumbo da proposta de uma taxa contributiva sobre as energias renováveis que tinha sido apresentada pelo Bloco de Esquerda. A Galp também ajudou nas somas com o seu avanço de 0,47% para os 15,9 euros, apesar da queda dos preços do petróleo, consequência da incerteza do resultado da reunião da OPEP, onde será decidida a política de produção para o próximo ano.

No setor do retalho, as ações da Jerónimo Martins acompanharam a tendência de ganhos desta sessão, tendo somado 1,23% para os 16,46 euros e, no setor dos correios, os CTT subiram 1,71% para os 3,10 euros. Uma subida de mais de 1% foi registada também pela Sonae, negociando nos 1,020 euros.

As principais quedas desta sessão vieram da Pharol, depois de a Anatel ter travado o acordo firmado entre a Oi com os seus credores por considerar que este vai contra os interesses da empresa. A cotada liderada por Luís Palha da Silva fechou esta sessão a recuar 7,42% para os 0,287 euros.

Também o banco liderado por Nuno Amado fechou com quedas de 1,51% para os 0,2421 euros. Por fim, referir que os direitos de subscrição do aumento de capital da REN desvalorizaram pela terceira sessão consecutiva, estando a cotar agora nos 0,131 euros. Neste contexto, as ações da REN foram pressionadas, apresentando uma queda de 1,21% para os 2,419 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo: Divergência entre BE e Governo não põe em causa estabilidade

  • Lusa
  • 28 Novembro 2017

O Presidente da República diz não estar preocupado com que o que se passou no debate do Orçamento do Estado entre o Bloco de Esquerda e o Governo.

O Presidente da República considerou esta terça-feira que a divergência entre Bloco de Esquerda (BE) e Governo no debate orçamental não põe em causa a estabilidade e reiterou a convicção de que a legislatura vai até ao fim.

Em declarações aos jornalistas no Terreiro do Paço, em Lisboa, antes de um passeio de elétrico com a Presidente da Confederação Suíça, Marcelo Rebelo de Sousa declarou que o que se passou no debate do Orçamento do Estado para 2018 entre BE e Governo não o preocupa.

Não me preocupa. Há duas coisas diferentes. Uma coisa é, realmente, o pluralismo, a divergência, os debates parlamentares ou fora do parlamento. Isso tem de ser, são vivos, faz parte da essência da democracia. Outra coisa é pensar que não haverá, no essencial, na fórmula de apoio ao Governo, a estabilidade suficiente para durar a legislatura”, declarou.

O chefe de Estado desvalorizou “essa vivacidade ou intensidade dos debates”, neste caso concreto entre BE e Governo, e acrescentou: “Eu continuo a pensar que a legislatura vai até ao fim”. O Presidente da República referiu que já foram aprovados três dos quatro orçamentos desta legislatura, “falta votar um só”, no próximo ano.

“É verdade que é aquele que antecede as duas eleições [europeias e legislativas de 2019], mas, precisamente por isso, é aquele que ninguém está a ver que venha a provocar um problema pré-eleitoral antecipado”, sustentou.

Na segunda-feira, a deputada do BE Mariana Mortágua acusou os socialistas de “deslealdade” e de cederem ao “poder das elétricas”, “voltado com a palavra atrás” ao mudar o seu sentido de voto e chumbar uma nova taxa sobre as empresas de energias renováveis.

“Quando era preciso um primeiro-ministro com `nervos de aço´ para responder às empresas que pretendem manter rendas de privilégio, o Governo falhou”, lamentou Mariana Mortágua.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo: Cada pescador de sardinha vai receber 960 euros por paragem de 30 dias

  • Lusa
  • 28 Novembro 2017

Cada pescador de sardinha vai receber este montante pela paragem da captura de sardinha durante 30 dias, diz o Governo. O custo total deve ascender a três milhões de euros.

Cada pescador vai receber cerca de 960 euros pela paragem da captura de sardinha com artes de cerco durante 30 dias, estimando-se um custo total de três milhões de euros, segundo o secretário de Estado das Pescas.

A proibição temporária da captura de sardinha com artes de cerco, publicada esta terça-feira em portaria, vigora a partir de quarta-feira e até 30 de abril, período em que os pescadores podem escolher a paragem de atividade por 30 dias e solicitar o respetivo apoio social.

“Um mês de paragem significa três milhões de euros, mas o valor certo vai depender das candidaturas apresentadas”, afirmou José Apolinário, explicando que a estimativa se baseia nos dados de apoios sociais do ano passado, quando foram apoiados 1.400 pescadores e 130 embarcações.

"Um mês de paragem significa três milhões de euros, mas o valor certo vai depender das candidaturas apresentadas.”

José Apolinário

Secretário de Estado das Pescas

A interdição de pesca abrange as embarcações licenciadas para operar com artes de cerco na zona 9, desde a Galiza ao Golfo de Cádis, e que foi definida pelo Conselho Internacional para a Exploração do Mar (CIEM).

As medidas de apoio social hoje publicadas, e que entram na quarta-feira em vigor, integram-se num documento ainda mais amplo e que está a ser preparado com o país vizinho, segundo o governante. “Estamos a trabalhar com Espanha para termos um plano concertado, um conjunto de medidas de recuperação do ‘stock’ da sardinha, com gestão conjunta” dos dois países, afirmou José Apolinário, em declarações à Lusa.

O documento, que ainda está a ser preparado, deve ser enviado a Bruxelas dentro de uma semana, segundo o governante: “Estamos a trabalhar para ter tudo pronto em 04 de dezembro”, concluiu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sumol+Compal vota saída da bolsa a 21 de dezembro

  • ECO
  • 28 Novembro 2017

Acionistas vão votar saída da Sumol+Compal da bolsa de Lisboa no dia 21 de dezembro. Ações da cotada cedem esta terça-feira.

Os acionistas da Sumol+Compal vão votar a saída da empresa da bolsa de Lisboa a 21 de dezembro, dia para o qual foi convocada uma assembleia geral para deliberar sobre a proposta de perda da qualidade de sociedade aberta apresentada pelos dois principais acionistas do grupo.

A Refrigor e a Frildo propuseram esta segunda-feira que a Sumol+Compal deixe de estar cotada na bolsa, propondo-se a comprar as ações dos investidores que não votarem favoravelmente a essa intenção. A Refrigor detém 84,45% do capital da Sumol+Compal e 93,58% dos direitos de voto, enquanto a Frildo detém 1,40% da empresa.

Fonte próxima da Refrigor, acionista maioritária, disse ao ECO que a empresa entende que “com o baixo free float não se justifica a manutenção da Sumol+Compal na Euronext Lisbon”. E “estão reunidas as condições” para que isso aconteça, assegurou a mesma fonte. “Têm que haver acionistas disponíveis para adquirirem as ações daqueles outros acionistas que não votarem a favor da perda da qualidade de sociedade aberta”, indicou.

Na sessão desta terça-feira, as ações da Sumol+Compal desvalorizam 0,8% para 1,889 euros.

No pedido enviado esta segunda-feira à presidente da mesa, estes dois acionistas salientaram que há “uma clara concentração do capital social da Sumol+Compal, e dos respetivos de voto, na Refrigor”. “Da referida concentração resulta uma reduzida dispersão do capital da Sumol+Compal” e que essa concentração se manifesta “pelo aparente afastamento dos acionistas minoritários da vida societária e institucional” da empresa.

A Refrigor e a Frildo comprometem-se, aprovada a perda da qualidade de sociedade aberta, a “adquirir as ações dos acionistas que não tenham votado favoravelmente” a proposta. Na proposta, a Refrigor lembra que tem 93,58% dos direitos de voto da Sumol+Compal, empresa que está em bolsa desde 1987, havendo uma concentração neste acionista, que resulta numa “reduzida dispersão do capital”, ascendendo atualmente o free float a 6,42% do capital social.

A Refrigor revelou ainda que não pretende dispersar no mercado a participação por si detida na Sumol+Compal nem promover um aumento de capital da Sumol+Compal com recurso a subscrição pública.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.