Airbus confirma buscas judiciais em investigação sobre alegada corrupção

  • Lusa
  • 28 Novembro 2017

Em causa estão suspeitas de corrupção em contratos com o Cazaquistão. A gigante da aeronáutica confirma que as buscas decorreram nos seus escritórios na região francesa de Suresnes na semana passada.

Uma busca aos escritórios da Airbus na região francesa de Suresnes, ocorrida na semana passada, esteve enquadrada nas investigações sobre suspeitas de corrupção em contratos com o Cazaquistão, confirmou esta terça-feira a empresa aeronáutica.

A investigação “Cazaquegate” diz respeito a supostos atos de corrupção ocorridos durante a presidência de Nicolas Sarkozy em que foram celebrados vários contratos entre a Airbus e o Cazaquistão.

“Nós confirmamos que uma operação (policial) decorrer nos escritórios da Airbus no quadro das investigações judiciais relativas ao Cazaquistão”, disseram fontes da empresa à Agência France Presse.

“Como as investigações ainda se encontram em curso, não temos mais comentários a fazer sobre o assunto. A Airbus está a cooperar com as autoridades” acrescentou a mesma fonte sobre as buscas que foram realizadas na quinta-feira da semana passada às instalações da empresa, na região de Paris.

A investigação começou no dia 4 de abril de 2012, poucas semanas antes da derrota de Nicolas Sarkozy frente a François Hollande, nas eleições presidenciais francesas.

Na altura, o organismo francês contra o branqueamento de capitais (Tracfin) detetou movimentos suspeitos de capital nas contas de um antigo membro do gabinete de Sarkozy.

A investigação centra-se num contrato que foi anunciado em outubro de 2010 sobre a venda de 45 helicópteros militares franceses EC145 ao governo do Cazaquistão.

Os investigadores tentam apurar se o contrato incluiu o pagamento de comissões ilegais a intermediários.

A pedido dos juízes de instrução, o presidente da Airbus, Tom Enders, dois outros altos cargos do grupo aeronáutico e a advogada Noelle Lenoir foram interrogados no passada mês de outubro pela polícia francesa.

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Carlos César: “Não cedemos a lóbis de qualidade nenhuma”

  • Marta Santos Silva
  • 28 Novembro 2017

"Todos os partidos mudaram de orientações de voto", afirma o líder parlamentar do Partido Socialista confrontado com as acusações de "deslealdade" do Bloco de Esquerda após o voto da CESE.

Carlos César afirma que o Partido Socialista mudou de posição sobre a proposta do Bloco de alagar a CESE às empresas de renováveis tal como “todos os partidos políticos mudaram de posições de voto dezenas de vezes”. E reforça que não está “refém de nenhum lóbi”.

Entrevistado pela SIC Notícias, o líder parlamentar do PS disse que a avocação do voto afirmativo dos socialistas à proposta do Bloco representa uma vontade de, em 2018, “proceder a uma reflexão sobre o sistema regulatório da energia” de maneira a reduzir as rendas excessivas concedidas a certas energéticas e para reduzir o preço para os contribuintes.

Carlos César aproveitou o espaço de entrevista para se congratular pela aprovação de mais um Orçamento do Estado, votado ontem na sua versão final no Parlamento. “Conseguimos dar conta desse sinal de confiança que é o da estabilidade”, referiu, “resistindo às previsões falhadas da direita”.

Questionado sobre as acusações de “deslealdade” que vieram do Bloco de Esquerda após o Partido Socialista ter alterado o seu voto da especialidade para reprovar a proposta do Bloco de fazer chegar uma contribuição extraordinária de energia ao setor das renováveis, Carlos César afirmou que “todos os partidos políticos mudaram de posições de voto dezenas de vezes, alguns no espaço de uma hora, e outros tiveram votos condicionais, avocando de imediato essa decisão para a sessão seguinte”.

Para Carlos César, importa sublinhar que o PS não cede “a lóbis de qualidade nenhuma”. Referiu que concorda “em tese” que as rendas do setor energético são excessivas.

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Pedro Marques quer consensos para o Portugal 2030

  • ECO
  • 28 Novembro 2017

"A nossa perspetiva é que os grandes investimentos venham a ser aprovados por uma maioria de dois terços precisamente para que não sejam rasgados numa nova legislatura", disse o ministro.

Pedro Marques, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, espera que os investimentos para o Portugal 2030 e para o Programa Nacional de Investimentos sejam aprovados por uma larga maioria parlamentar, para garantir o seu prolongamento através de legislaturas, segundo explicou ao Diário de Notícias/Dinheiro Vivo.

Numa entrevista ao jornal, Pedro Marques explicou que a perspetiva do Governo “é que os grandes investimentos venham a ser aprovados por uma maioria de dois terços precisamente para que não sejam rasgados numa nova legislatura”. De que investimentos fala o ministro? Daqueles previstos para a preparação do plano Portugal 2030 e do Programa Nacional de Investimentos.

O debate para preparar estes programas deverá prolongar-se ainda através de 2018 e 2019. “No primeiro semestre de 2018 é muito importante que o país alinhe o mais possível as suas prioridades estratégicas, porque as negociações já sustentadas em propostas mais concretas da Comissão Europeia sobre o próximo quadro financeiro plurianual devem ser apresentadas no final do primeiro semestre de 2018”, afirmou, referindo assim que existe um prazo próximo.

O consenso parlamentar alargado é assim essencial para que “o país seja capaz de gerar consensos em relação a essas grandes prioridade e a esses grandes investimentos para que possam perdurar e para que verdadeiramente sejam as apostas para a década e não apostas circunstanciais deste ou daquele governo”.

“O país já pagou um preço muito caro por essa incapacidade de gerar consensos nestas matérias estruturantes”, acrescentou.

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Petróleo em queda à espera da reunião da OPEP

  • ECO
  • 28 Novembro 2017

Incerteza quanto aos resultados da reunião da OPEP marcada para esta quinta-feira está a gerar flutuações nos preços do barril de petróleo. Depois dos ganhos de sexta, os mercados voltam ao vermelho.

Com a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo marcada para esta quinta-feira, os preços deste recurso fóssil mantém uma trajetória descendente. No encontro da OPEP será discutida a manutenção ou aprofundamento dos cortes, a partir de março do próximo ano, o que tem gerado instabilidade nos mercados.

Esta terça-feira, na bolsa londrina, o Brent perde 0,14%, ficando o barril nos 63,75 euros. Já nos Estados Unidos, a queda é mais acentuada. O WTI, a referência no mercado norte-americano nos preços do barril de petróleo, desvaloriza 0,52% para 57,81 euros.

De acordo com o Goldman Sachs citado pela Bloomberg, a incerteza acerca dos resultados da reunião desta semana tem causado a flutuação dos preços, particularmente porque se prevê que os cortes em causa se mantenham nos próximos nove meses.

Na sexta-feira, os sinais de que a OPEP estaria focada na redução do excesso desta matéria-prima tinham levado as cotações a máximos de dois anos, mas já na segunda-feira o petróleo voltou ao vermelho.

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Oi: Regulador das telecomunicações trava acordo proposto com credores

O regulador brasileiro considera que a implementação do acordo proposto com os credores vai contra os interesses da empresa.

O processo de reestruturação da Oi sofreu mais um revês. O regulador brasileiro das telecomunicações ordenou à Oi que não avance com o acordo firmado com os seus credores por considerar que este vai contra os interesses da empresa.

A proposta acordada pela administração da Oi prevê o pagamento de uma taxa aos detentores de dívida em troca da participação no aumento de capital da empresa de telecomunicações. Enquanto alguns credores apoiam este acordo, grandes grupos de obrigacionistas da empresa afirmaram que é improvável que a proposta ganhe uma ampla aceitação, tendo em conta que os atuais acionistas mantêm-se no controlo. De recordar que a Oi fez um pedido de proteção contra credores por um período de 17 meses, com uma dívida avaliada no equivalente a 16 mil milhões de euros.

De acordo com um documento divulgado esta terça-feira pela Anatel citado pela Bloomberg, o regulador brasileiro das telecomunicações diz que a Oi enfrentará sanções caso dê seguimento ao acordo ou algo que se aproxime. Num outro comunicado, a Oi disse que tinha de submeter o acordo ao tribunal de falência antes do dia 7 de dezembro, data em que os credores votam o plano de restruturação proposto. Já no comunicado da Anatel não terá ficado claro se o regulador iria bloquear essa votação.

O caminho do processo de reestruturação da participada brasileira da Pharol tem sido muito acidentado. Um dos últimos desenvolvimentos foi a demissão do seu CEO no final da semana passada. Após rumores que, na passada sexta-feira, davam como garantida a saída de Marco Schroeder dos comandos da empresa, a sua demissão foi confirmada pela própria empresa já no sábado.

Marco Schroeder terá entregue a sua carta de demissão após desavenças com o conselho de administração da empresa. Na carta de demissão, Schroeder citava a falta de consenso e mudanças recentes no conselho de administração. “As últimas reuniões do conselho deixaram clara a necessidade da minha saída”, lia-se na carta, citada pela imprensa brasileira.

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EDP Renováveis puxa pela bolsa. Pharol acentua quedas

A bolsa nacional está a valorizar, acompanhando a tendência positiva das restantes praças europeias. A energia puxa pelo índice, com a EDP Renováveis a brilhar após o chumbo à taxa para as renováveis.

O Bloco de Esquerda queria, mas o PS chumbou a taxa sobre as energias renováveis. Uma decisão que gerou tensão no Parlamento, mas que está a ser bem recebida pelos investidores, na bolsa. A EDP Renováveis está a brilhar, puxando pelo índice de referência da bolsa portuguesa em mais uma sessão de quedas acentuadas para a Pharol.

O PSI-20 arrancou a sessão a ganhar 0,26% para cotar nos 5.276,10 pontos, recuperando da queda de 0,4% na primeira sessão da semana. Lisboa segue assim a tendência positiva das restantes praças europeias. O Stoxx 600, que agregas as 600 maiores empresas do Velho Continente, seguia a valorizar 0,1%.

Entre as 18 cotadas, a EDP Renováveis centra atenções. As ações seguem a valorizar 2,05% para 6,97 euros, depois do chumbo da proposta de uma taxa contributiva sobre as energias renováveis que tinha sido apresentada pelo Bloco de Esquerda no âmbito das discussões de especialidade e que estava acordada com o Governo. Estava acordada, mas acabou por não passar, aliviando os receios dos investidores.

Se a EDP Renováveis brilha, a EDP ajuda a bolsa ao somar 0,1% para 2,92 euros, isto ao mesmo tempo que a Galp Energia valoriza 0,22% para 15,86 euros, apesar da queda dos preços do petróleo. As cotações da matéria-prima recuam cerca de 0,5%, com os investidores a aguardarem o resultado da reunião da OPEP.

A puxar pela bolsa estão também a Jerónimo Martins e o BCP, com subidas em torno de 0,2%, bem como os CTT que soma mais de 1% para 3,08 euros. Uma subida de mais de 1% está a ser registada, também, pela Semapa, negociando nos 16,54 euros.

Nas quedas, destaque para a Pharol. Com o regulador brasileiro a travar os planos da Oi para a sua reestruturação, as ações da empresa portuguesa que detém 247% do capital da cotada brasileira a recuarem 1,61% para 30,5 cêntimos. Chegaram a perder um máximo de 6,13% durante o arranque da negociação.

(Notícia atualizada às 8h13 com mais informação)

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Banco francês Société Générale vai cortar mais 900 empregos até 2020

  • Lusa
  • 28 Novembro 2017

Banco francês anunciou os cortes na estrutura na véspera de apresentar aos investidores o plano estratégico para 2020. Nos próximos três anos, serão fechadas mais 300 agências do Société Générale.

O Société Générale vai reduzir mais 900 postos de trabalho em França até 2020, anunciou, esta terça-feira, o branco francês, reforçando os cortes na estrutura que já estavam previstos fazer. A anunciada saída de 900 trabalhadores soma-se ao corte de 2.550 funcionários que o banco já tinha anunciado, em 2015 e 2016.

Assim, o Société Générale deverá chegar a 2020 com menos quase 3.500 funcionários do que tem atualmente. O banco prevê ainda fechar mais 300 agências nos próximos três anos, passando das atuais 2.000 para 1.700 em 2020.

Este anúncio foi feito pelo Société Générale em vésperas da apresentação aos investidores do plano estratégico para 2020, que deverá incluir poupanças de 1.100 milhões de euros e planos para aumentar o negócio em 3% por ano.

O Société Générale é um dos bancos mais importantes de França e dos maiores do mundo. Em Portugal, a operação é pequena.

Nos últimos anos, os bancos têm vindo a reduzir consideravelmente as suas estruturas, desde logo com cortes de trabalhadores, com o objetivo de reduzir custos e melhorar resultados. A mesma tendência tem acontecido em Portugal, com a saída de milhares de trabalhadores, através de processos de rescisões formais levados a cabo pelos bancos (nomeadamente rescisões por mútuo acordo e reformas antecipadas, mas também despedimentos coletivos).

Em 2016, cerca de 2.000 funcionários saíram dos cinco principais bancos a operar em Portugal (Caixa Geral de Depósitos, BCP, Santander Totta, Novo Banco e BPI), quase o dobro dos cortes de postos de trabalho feitos em 2015.

Já este ano, até setembro, mais de 1.300 trabalhadores saíram dos mesmos cinco principais bancos e pelo menos mais 500 ainda sairão até ao início de 2018, segundo contas feitas pela Lusa.

A maior vaga de saídas, entre janeiro e setembro, aconteceu no Novo Banco, com a redução em 390 do número de trabalhadores. Já do BPI saíram este ano 347 trabalhadores até setembro e da Caixa Geral de Depósitos foram 298 saídas de empregados. Do Santander Totta saíram 269 pessoas nos primeiros nove meses do ano. Já no BCP a redução foi menor, de 52 trabalhadores até setembro.

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Banif: Dois terços dos lesados arriscam ficar sem indemnização

  • ECO
  • 28 Novembro 2017

O prazo para reclamar o direito a indemnização termina a 19 de dezembro. Quase dois terços dos lesados não qualificados ainda não exerceram esse direito.

Quase dois anos após a resolução do Banif uma grande proporção dos lesados da instituição financeira arriscam a perder o direito a receber qualquer indemnização. Segundo avança o Público (acesso condicionado), perto de dois terços dos lesados não qualificados da instituição financeira ainda não formalizaram a respetiva queixa e quase não o façam nas próximas semanas perdem esse direito.

De acordo com o jornal, a Associação de Defesa dos Lesados do Banif (Alboa) estima que dos 3.500 obrigacionistas subordinados do banco, que tinha sede no Funchal, apenas 1.500 formalizaram junto das autoridades judiciais a respetiva reclamação. Os restantes 2.000 lesados têm apenas até 19 de dezembro para o poder fazer. Nessa data completam dois aos sobre o início do processo de resolução do Banif. Aquilo que a legislação estipula é que ao fim de dois anos após os lesados tomarem conhecimento do processo, a responsabilidade do intermediário financeiro — neste caso o Banif — prescreve.

“Ainda há muitas pessoas que não apresentaram queixa, e que correm o risco de ficar de fora de uma solução”, afirmou Jacinto Silva responsável pela Alboa ao Público, dizendo que continua a persistir muita falta de informação sobre este processo.

“Muitas pessoas não têm ainda a noção do que aconteceu e dos direitos que têm”, disse ainda o mesmo responsável, explicando que por isso dos 263 milhões de euros investidos em obrigações subordinadas, à data da resolução do banco, apenas 150 milhões de euros terão sido já reclamados.

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Trabalhadores da Autoeuropa contestam segundo pré-acordo sobre novos horários

  • Lusa
  • 28 Novembro 2017

Aprovação do pré-acordo assinado pela administração a 20 de novembro no referendo previsto para quarta-feira não é certa. Trabalhadores contestam termos e mantém-se conflito laboral.

O pré-acordo sobre novos horários de trabalho da Autoeuropa foi contestado nos plenários da semana passada e não é certo que seja aprovado no referendo que está previsto quarta-feira, disseram, esta terça-feira, à agência Lusa fontes conhecedoras do processo.

Segundo as mesmas fontes, que pediram anonimato, muitos trabalhadores contestaram os termos do pré-acordo que foi assinado pela administração e por todos os elementos da Comissão de Trabalhadores, pelo que se mantém o conflito laboral”.

O pré-acordo assinado no passado dia 20 de novembro estabelece os termos do trabalho ao sábado e da laboração contínua (três turnos diários), que deverá ter início depois das férias de agosto de 2018, questões que estiveram na origem da primeira greve na empresa por razões laborais e que provocaram a demissão da anterior Comissão de Trabalhadores, após a rejeição de outro pré-acordo.

Sinal de que a situação na fábrica de automóveis de Autoeuropa está longe da pacificação que o pré-acordo as poderia fazer prever, o SITESUL, Sindicato dos Trabalhadores das Industrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul defendeu, esta terça-feira, em comunicado distribuído aos trabalhadores “a retribuição de todo o trabalho extraordinário em conformidade com os valores atualmente praticados”.

No documento, a que a agência Lusa teve acesso, o SITESUL defende também que “o futuro regime de horário de trabalho a implementar após as férias (de agosto de 2018) seja de adesão voluntária” e que a “laboração contínua” seja discutida à margem do processo negocial sobre os horários que deverão vigorar de fevereiro a agosto de 2018 (fase transitória até ao arranque da laboração contínua).

A Autoeuropa estima produzir mais de 200.000 veículos Volkswagen T-Roc em 2018, quase triplicando a produção de 2016, o que levou a empresa a contratar cerca de 2.000 novos trabalhadores e a decidir a abertura de um sexto dia de produção aos sábados.

A agência Lusa tentou ouvir uma fonte oficial da empresa e a Comissão de Trabalhadores mas não foi possível.

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Até ao fim do próximo ano os exames médicos vão ser digitais

  • ECO
  • 28 Novembro 2017

Todos os exames e análises feitos para um doente estarão disponíveis no seu registo de saúde eletrónico. A digitalização no setor da saúde deve continuar a avançar no próximo ano.

O Serviço Nacional de Saúde deverá continuar o seu processo de digitalização em 2018, com todos os exames médicos em formato digital até ao final do próximo ano, segundo assumiu ao Jornal de Negócios (acesso pago) o presidente da Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Henrique Martins.

A SPMS é a entidade que se responsabiliza pela implementação de tecnologia no Serviço Nacional de Saúde, e Henrique Martins admitiu ao Jornal de Negócios que a digitalização dos exames é uma das principais prioridades para o próximo ano, esperando-se que seja total antes da entrada em 2019.

“Temos de conseguir chegar até final do ano já com todos os exames a serem disponibilizados no registo de saúde eletrónico. Essa meta é claríssima e posso assumi-la em público“, afirmou Henrique Martins. “Este ano, o objetivo é [integrar] os laboratórios, no próximo ano, as outras valências, estamos a falar de imagens ou anatomia patológica”.

Não é um trabalho simples, explica. “Os convencionados estão agora a ligar os seus softwares ao do Ministério, e falta-nos apenas uma peça jurídica, um despacho da tutela, para tornar obrigatória essa disponibilização”, descreve o dirigente da SPMS.

E a adesão dos convencionados não é o único desafio a superar. “É um processo que demora algum tempo, quer a adesão dos pequenos convencionados, que têm menos capacidade tecnológica, quer a adesão dos doentes – como vemos na receita, ainda há muitos doentes que preferem levar a receita em papel. Mas isto vai diminuindo ao longo do tempo”, afirmou, e deu um exemplo: “Já temos hospitais em que 50% das pessoas sai com SMS e não com folha de papel”.

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Moscovici: Centeno tem “as condições requeridas” para liderar o Eurogrupo

  • ECO
  • 28 Novembro 2017

O comissário dos Assuntos Económicos e Financeiros elogia Centeno, mas diz que há vários candidatos com as condições necessárias. E "pode não ser óbvio que seja um socialista a presidir o Eurogrupo".

Mário Centeno “está certamente entre” os candidatos com as condições requeridas para liderar o Eurogrupo. A afirmação é do comissário dos Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, que lembra, no entanto, que há vários candidatos que cumprem os critérios necessários para assumir o cargo que pertence, atualmente, a Dijsselbloem.

“Vários candidatos têm as condições requeridas. E, Mário Centeno está certamente entre eles. Mas, também penso que pode não ser óbvio que seja um socialista a presidir ao Eurogrupo. E, também não é o único que pode lá chegar. Isso terá de ser decidido antes de quinta-feira”, afirmou à TSF, em Bruxelas, Moscovici.

O prazo para a entrega das candidaturas à liderança do Eurogrupo termina esta quinta-feira, 30 de novembro, sendo tomada uma decisão a 4 de dezembro. Mário Centeno não assume, mas poderá ser um dos candidatos. Moscovici espera que entre os eventuais aspirantes ao Eurogrupo haja um “bom líder”.

“Penso que devia haver pelo menos um bom candidato para presidir ao Eurogrupo, porque este grupo precisa de liderança. Nunca é fácil. É muito importante ter um forte e bom líder, que esteja dedicado ao projeto europeu e que saiba que ao mesmo tempo é preciso ter seriedade e flexibilidade”, salienta o comissário, admitindo que “gostaria poder trabalhar com o Mário [mas também com] Pier Carlo [Padoan] ou quem quer que seja o presidente do Eurogrupo. Porque há [potenciais] candidatos muito bons”.

Quem quer que se torne presidente, gostaria que em princípio fosse apenas para um curto período, até ao momento que tenhamos uma nova comissão, o mais tardar”, defende Moscovici.

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Termina hoje o período de subscrição das obrigações de retalho

Quer investir em Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável? Tem até hoje para fazê-lo. Cuidado com as comissões dos bancos que arrasam a rentabilidade destes títulos de poupança do Estado.

Termina esta terça-feira o período de subscrição das Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV), um produto de poupança do Estado dirigido para as famílias e pequenos investidores. Estes títulos oferecem uma remuneração de 1,1%, sendo a taxa mais baixa de sempre entre as emissões de OTRV já emitidas. Vai investir? Cuidado com as comissões.

As simulações realizadas pelo ECO tendo como base a calculadora disponibilizada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) indicam que será preciso uma aplicação superior a 7.000 euros para extrair uma rentabilidade positiva destas OTRV. Uma vez que estes títulos são vendidos pelos bancos, estes cobram comissões que penalizam de forma severa a remuneração que se pode extrair daqui.

Embora tenha baixado a taxa para o nível mais baixo de sempre, o Governo espera atrair muitos pequenos investidores. De resto, ao elevar para os 1.300 milhões de euros o montante que pretende levantar com esta emissão (inicialmente contava emitir 500 milhões), o IGCP enviou já um sinal de que continua a existir um forte interesse nas OTRV.

Tenham em atenção que cada banco tem o seu preçário e as comissões variam consoante a instituição e terá de ter em atenção se compensa mais subscrever as OTRV num lado do que noutro. Por outro lado, poderá encontrar uma solução de poupança mais ajustada para a sua carteira dos que estes títulos, nomeadamente os Certificados do Tesouro Poupança Crescente (CTPC) lançados no início do mês.

Estas “OTRV dezembro 2022” têm data de vencimento a 5 de dezembro de 2022, com o montante mínimo de subscrição nos 1.000 euros. Os juros são pagos semestral e postecipadamente em 5 de junho e 5 de dezembro de cada ano.

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