Marcelo promulga o Orçamento do Estado para 2018 com quatro avisos

O Presidente da República já promulgou o Orçamento do Estado para 2018. No ano passado, Marcelo quis uma promulgação rápida. Este ano aponta quatro avisos.

Marcelo Rebelo de Sousa já deu luz verde à versão final do Orçamento do Estado para 2018 que resultou das negociações na Assembleia da República. Termina assim o processo que começou a 13 de outubro com a proposta de OE2018 do Governo. O Presidente da República esteve a analisar o documento e aponta esta sexta-feira quatro chamadas de atenção e quatro motivos para promulgar o documento.

“Tendo acompanhado a redação final da Lei do Orçamento do Estado para 2018 nas últimas semanas, e confrontando as sucessivas versões com o correspondente ao Decreto da Assembleia da República n.º 176/XIII, publicado no Diário da Assembleia da República em 15 de dezembro de 2017, decidiu o Presidente da República proceder à sua promulgação”, avança o comunicado divulgado pela Presidência da República, explicando em detalhe os quatro pontos:

  1. Apesar do panorama positivo na economia europeia e mundial, a sua evolução em 2018 pode não ser tão favorável como em 2017.
  2. A existência de duas eleições em 2019 não pode, nem deve, significar cedência a eleitoralismos, que, além do mais, acabem por alimentar surtos sociais inorgânicos, depois difíceis de enquadrar e satisfazer.
  3. O debate em torno das despesas de funcionamento do Estado não pode deixar de atender à igualdade de situações, sensatez orçamental e liberdade de escolha nas eleições parlamentares que definirão o Governo na próxima legislatura, em domínio em que não é aconselhável haver mudanças todos os quatro anos.
  4. A necessidade de garantir duradouramente crescimento e emprego, e redução das desigualdades sociais, deve apontar para o papel crucial do investimento interno e externo, que o mesmo é dizer para o incentivo ao determinante tecido empresarial, em particular, às micro, pequenas e médias empresas, assim como para a prudência do sistema financeiro, nomeadamente quanto ao crédito imobiliário e ao consumo”.

“Irei ver a versão final, logo que a receba, com todo o cuidado e com toda a atenção e interesse”, avisou nos dias anteriores à promulgação. No domingo, Marcelo tinha dito que já viu “praticamente tudo” em relação ao conteúdo do Orçamento do Estado para 2018. Anteriormente, o Chefe de Estado referiu que queria que o próximo ano fosse “descontaminado” do “clima eleitoral” de 2019.

Esta segunda-feira o primeiro-ministro disse que não esperava algum tipo de problema constitucional na promulgação do OE2018. António Costa sublinhou que Marcelo Rebelo de Sousa “tem todas as competências pessoais e institucionais para apreciar essa matéria”, sendo que o Governo agirá “em conformidade”.

O Orçamento do Estado para 2018 foi aprovado a 27 de novembro com os votos favoráveis do PS, BE, PCP e PAN, e os votos contra do PSD e CDS-PP. A sessão ficou marcada pela fricção entre o Bloco de Esquerda e o Partido Socialista relativamente à taxa extra para as renováveis.

No ano passado, o Presidente da República fez uma promulgação relâmpago para assegurar a estabilidade interna do país. Mas apontou quatro recados sobre os desafios para 2017.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Economia e consumo estão a abrandar pelo segundo mês consecutivo

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2017

Em novembro, de acordo com os dados do Banco de Portugal, a actividade económica e o consumo privado abrandaram pelo segundo mês consecutivo.

A atividade económica e o consumo privado diminuíram em novembro, pelo segundo mês consecutivo, de acordo com os indicadores coincidentes divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

Segundo os dados do BdP, a atividade económica diminuiu ligeiramente pelo segundo mês consecutivo, após a trajetória ascendente observada entre o terceiro trimestre de 2016 e o terceiro trimestre de 2017, para os 2,6% em novembro (2,8% em setembro e outubro).

O indicador coincidente mensal para o consumo privado também registou “uma ligeira diminuição”, baixando dos 2,2% de setembro e outubro para os 2,0%.

Os indicadores coincidentes são indicadores compósitos que procuram captar a evolução subjacente da variação homóloga do respetivo agregado macroeconómico.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Wall Street sem tendência antes do Natal

Wall Street abre a última sessão da semana em terreno misto, ao mesmo tempo que os investidores se preparam para o feriado de Natal.

O Wall Street abriu a última sessão em subida ligeira, com os investidores a prepararem-se para o feriado do Natal. O mesmo desempenho foi registado pelos índices Dow Jones e Nasdaq que abriram abaixo da linha de água.

O índice de referência mundial, S&P 500, abre esta sessão a subir 0,01% para os 2.684,57 pontos, depois de a economia dos EUA ter crescido no terceiro trimestre, ao ritmo mais acelerado dos últimos dois anos. O bom desempenho não foi acompanhado pelos seus pares. O industrial Dow Jones segue a perder 0,06% para os 24.765,45 pontos e o tecnológico Nasdaq a recuar 0,14% para os 6.955,50 pontos.

No fecho desta semana, o clima é tranquilo enquanto os investidores se preparam para o feriado de Natal, dia em que as bolsas norte-americanas estarão encerradas. De acordo com a Reuters, o destaque desta semana vai para a revisão histórica do código tributário dos Estados Unidos, que deverá beneficiar as empresas devido ao corte insignificante nos impostos.

Os investidores também se mostram tranquilos depois de o Congresso norte-americano ter evitado o encerramento do Governo esta quinta-feira, um dia antes do fim do financiamento federal.

Estamos numa fase de alta e os investidores têm vários fatores para se sentirem bem — uma economia forte, que testemunhou um crescimento de 3,2% do PIB e um plano de impostos que está quase assinado”, disse Andres Bakhos, diretor-gerente da Janlyn Capital LLC em Bernardsville, à Reuters.

O plano tributário irá acrescentar mais credibilidade ao governo republicano e será usado como alavanca para fazer mais coisas”, acrescentou.

O dia foi marcada pela queda da bitcoin, que mergulhou abaixo dos 13 mil dólares, perdendo cerca de um terço do seu valor de mercado em cinco dias.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Incêndios: Governo paga 40 milhões de euros a 20 mil agricultores até final do ano

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2017

O Governo vai pagar mais 40 milhões de euros a mais de 20 mil pequenos agricultores afetados pelos incêndios de outubro. Candidaturas apresentaram prejuízos superiores a cinco mil euros.

O Governo vai pagar 40 milhões de euros até final deste ano a mais de 20.000 pequenos agricultores afetados pelos incêndios de outubro, os quais apresentaram candidaturas com prejuízos até 5.000 euros, anunciou esta sexta-feira o ministro da Agricultura.

Os mais de 6.000 agricultores que entregaram prejuízos até 1.053 euros vão receber na totalidade o valor apresentado (3,7 milhões de euros no total), enquanto os mais de 14.600 agricultores que apresentaram prejuízos entre 1.054 a 5.000 euros vão receber 75% do valor total das candidaturas (valor global de 49,8 milhões de euros) até ao final deste ano (37,3 milhões de euros relativos aos 75%) e os restantes 25% no início do próximo ano, após validação dos controlos.

Em conferência de imprensa realizada no Ministério da Agricultura, Luís Capoulas Santos explicou que estes mais de 20.000 pequenos agricultores vão receber entre 27 e 29 de dezembro, através de transferência bancária, vale dos correios ou cheque carta. O ministro sublinhou que mais de 11.000 destes agricultores não dispõem de conta bancária.

Balanço das candidaturas ao regime simplificado

Até hoje, dia em que termina o prazo para apresentação de candidaturas de agricultores com prejuízos entre 5.001 e 400.000 euros deram entrada 199 destes processos, no valor de quase dez milhões de euros. “Trata-se de um grande esforço financeiro, mais de 50 milhões de euros, só para estes agricultores, a que se junta uma dotação disponível de mais 25 milhões para aqueles que tiveram prejuízos superiores a 5.000 e até 400.000 euros. O prazo para essas candidaturas, que são processos mais complexos, terminam hoje e começarão a ser analisadas imediatamente. Pensamos, num curto prazo de tempo, ter também estes montantes mais elevados com os pagamentos efetuados”, disse Capoulas Santos.

O ministro explicou que os 40 milhões de euros “é um apoio apenas para os pequenos agricultores” e, no imediato, “para os muito pequenos agricultores”, atingidos pelos incêndios de 15 e 16 de outubro, que tiveram de preencher “um formulário muito simples” para apresentarem a candidatura relativa aos prejuízos provocados pelos incêndios. “Neste momento, o número total de agricultores afetados pelos incêndios são 23.709. Destes, cerca de 2.800 são dos incêndios de Pedrógão e dos incêndios de julho, agosto e setembro. Estamos agora a atingir por estas medidas, apenas [os agricultores afetados] pelos incêndios de outubro, que são os únicos que faltam pagar”, apontou o ministro.

Modos de pagamento

Capoulas Santos acrescentou que o ministério também disponibilizou alimentação para os animais. “Além destes apoios, disponibilizámos ainda outros para a alimentação animal. O Ministério da Agricultura disponibilizou 4.500 toneladas de alimentos para animais, sobretudo para ruminantes, cabras, ovelhas, vacas, e também cerca de 200 toneladas de açúcar para as abelhas que irão beneficiar cerca de 400.000 colmeias”, declarou o ministro da Agricultura.

Este ano, os incêndios florestais provocaram mais de 100 mortos, 66 dos quais em junho em Pedrógão Grande e 45 em outubro na região Centro, cerca de 350 feridos e milhões de euros de prejuízos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Esta manhã, o ministro das Finanças anunciou que o défice, até setembro, caiu para 0,3%. E lá fora já há resultados oficiais das eleições na Catalunha: o bloco independentista obteve uma maioria absoluta. Mas há mais.

O défice orçamental dos primeiros nove meses do ano caiu para 0,3%, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). O valor mostra uma redução significativa face ao primeiro semestre de 2017, compara favoravelmente com a meta e parece ir ao encontro da expectativa já adiantada pelo primeiro-ministro de fechar o ano com um défice abaixo de 1,3% do PIB. Centeno diz que se trata de um “prémio merecido” para os portugueses.

Os partidos que defendem a independência da Catalunha obtiveram na quinta-feira uma maioria absoluta no parlamento catalão e prometem manter o desafio secessionista a Madrid. A vitória independentista travou a bolsa espanhola.

Os trabalhadores dos armazéns dos super e hipermercados iniciam esta sexta-feira uma greve a que se juntará o pessoal das lojas no sábado e no domingo, mas as empresas preveem o normal funcionamento dos estabelecimentos.

Nos primeiros seis meses de 2017, a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes recebeu 8.158 reclamações, representando uma redução de 20,7% face ao semestre anterior, onde foram registadas 10.289 queixas. A CP e o Metropolitano de Lisboa são alguns dos alvos.

A Apple enfrenta, em território norte-americano, dois processos judiciais por ter deliberadamente abrandado o desempenho dos seus smartphones mais antigos para prevenir que estes se desliguem inesperadamente. Os clientes argumentam que esta operação foi feita sem o consentimento dos próprios.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Na Europa, não há correios tão generosos com os acionistas como os CTT

Francisco Lacerda garante que "dividendo dos CTT não é exagerado". Ainda assim, não há correios na Europa tão generosos como os CTT. Payout deverá chegar aos 133%.

Não há empresa de correios na Europa tão generosa com os seus acionistas como os CTT, que atravessam uma fase de profunda reestruturação que vai obrigar a saída de 1.000 trabalhadores até 2020. A cotada liderada por Francisco Lacerda até baixou o dividendo como primeira reação à crise. Mas não vai conseguir gerar lucro em 2017 para remunerar os acionistas como pretende. É caso único no Velho Continente. Ainda assim, o CEO diz que dividendos não são exagerados.

Com o final de outubro veio o profit warning dos CTT: os lucros em 2017 vão ficar muito abaixo do esperado e tudo por causa da atividade postal que vai contrair acima das expectativas. É que há menos cartas para entregar. Por isso, Lacerda anunciou imediatamente um corte de 20% do dividendo dos 0,48 cêntimos para os 0,38 cêntimos, tendo prometido para mais tarde um plano de reestruturação. Foi anunciado esta semana e ninguém saiu ileso, nem mesmo a administração que quer dar o exemplo e vai ver o seu salário cortado entre 15% e 25% e ainda os prémios suspensos. Objetivo passa por alcançar uma poupança anual de 45 milhões de euros até 2020.

Para os acionistas, as perspetivas também pioraram com os CTT a admitirem mais reduções do dividendo nos próximos anos. Ainda assim, em 2018, o dividendo de 38 cêntimos está garantido e Lacerda prevê distribuir um total de 57 milhões de euros aos acionistas. Isto é mais, muito mais do que aquilo que a empresa terá em lucros este ano.

Os analistas apontam para um resultado líquido de cerca de 43 milhões de euros. E, feitas as contas, o payout — a parte dos lucros destinada à remuneração acionista — dos CTT deverá ficar nos 133%. É o maior rácio entre todas os correios postais cotados na Europa, segundo as estimativas dos analistas compiladas pela agência Bloomberg.

Payout no setor dos correios postais na Europa

Fonte: Bloomberg

O gráfico acima mostra o rácio de payout no setor dos correios postais na Europa, tendo em conta os lucros e os dividendos esperados no exercício de 2017. Os CTT destacam-se, sendo a única empresa a ter de recorrer as suas reservas para cumprir a sua palavra com os acionistas. O Royal Mail, que foi para a bolsa poucos meses antes dos CTT, em 2013, apresenta-se com um rácio de 88%, o segundo maior no Velho Continente. Mas a empresa britânica vai ter lucro suficiente para remunerar os acionistas.

“Dividendos não são exagerados”

A verdade é que a política de remuneração acionista depende também do compromisso assumido pela gestão com o mercado e ainda pela sua posição financeira. Cada caso é um caso. Foi isto mesmo que fez questão de referir Francisco Lacerda, quando esta quinta-feira foi questionado pelos deputados sobre os dividendos que os CTT pagam. “São os que, em cada momento, pareçam mais adequados… não são exagerados”, respondeu o CEO.

E explicou de seguida: “Temos nos CTT uma situação financeira forte. Não temos passivo bancário e temos disponibilidade de caixa. Os nossos resultados do exercício são afetados pelo esforço de investimento. Se for mais para trás, encontram-se outros anos em que a distribuição de dividendos foi superior aos lucros”, afirmou Francisco Lacerda, durante a audição no Parlamento para explicar a situação da empresa. “Esta distribuição de dividendos é possível porque temos uma situação financeira muito sólida”, defendeu.

Em entrevista ao ECO24, esta quarta-feira, Lacerda foi questionado se havia um equilíbrio para partilha de custos e de participação no esforço que está a pedir a todos nos CTT para levar a cabo o plano de reestruturação. “O conceito de equilibrado e justo é muito subjetivo. O que eu posso dizer é que o que procuramos com este programa é que todas as frentes [façam um esforço]”, respondeu o presidente.

"Temos nos CTT uma situação financeira forte. Não temos passivo bancário e temos disponibilidade de caixa. Os nossos resultados do exercício são afetados pelo esforço de investimento. Se for mais para trás, encontram-se outros anos em que a distribuição de dividendos foi superior aos lucros.”

Francisco Lacerda

Presidente dos CTT

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rajoy não quer eleições antecipadas nem encontro com Puigdemont

O primeiro-ministro espanhol disse esta sexta-feira que não pretende convocar eleições antecipadas e que apenas se encontrá com a vencedora das eleições.

O presidente do Governo espanhol afirmou que não pretende convocar eleições antecipadas e já recusou o convite de Puigdemont.

Esta sexta-feira, o ex-líder da Generalitat catalã disse que estaria disponível para se reunir com Mariano Rajoy, numa reunião que poderia acontecer em qualquer país da UE e onde seria discutido o futuro da Catalunha. No entanto, Mariano Rajoy já recusou o convite, acrescentado que apenas se reunirá com a vencedora das eleições. “Tenho que me sentar com quem ganhou as eleições, que foi a senhora Arrimadas“, disse.

Esta manhã, durante uma conferência, Rajoy começou por dizer: “Conseguimos votos suficientes para nos levar a bom porto“, lamentando o facto de os independentistas terem conseguido a maioria absoluta. “O negativo foi não termos tido os números que queríamos”, afirmou.

Acrescentou ainda que não pretende convocar eleições antecipadas, pois não tem “nenhuma intenção de adiantar as eleições gerais”. Face aos resultados destas eleições, Rajoy afirmou que fica comprovada que “a Catalunha não é monolítica, surgindo, assim, uma Catalunha plural”, que deve ser respeitada e cuidada.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CTT dizem que adesão à greve dos trabalhadores continua a ser de 17%

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2017

Sindicato dos trabalhadores afirma que adesão à greve foi de 80% no segundo dia, no entanto a empresa continua a contradizer, dizendo que se fixa apenas nos 17%.

A adesão dos trabalhadores dos CTT no segundo dia da greve é de 17%, encontrando-se apenas a loja de Óbidos encerrada, adiantou esta sexta-feira a empresa, salientando que a paralisação não está a ter grande impacto junto da população.

Em comunicado, os CTT indicam que, depois de ter procedido ao registo no sistema de processamento de ordenados dos trabalhadores aderentes à greve nos dois dias, foi apurada uma taxa média de adesão de apenas 17%, a mesma alcançada na quinta-feira e que contraria, mais uma vez, os números avançados pelos sindicatos, que dão conta de 80%.

Na nota, a empresa indica que a “distribuição postal continua a ser prestada durante o dia de hoje, não tendo esta paralisação cumprido o seu objetivo de interromper o serviço aos clientes”. No que diz respeito às lojas, na quinta-feira estavam encerradas duas, na Madeira e em Óbidos, hoje só esta última está fechada devido à paralisação.

Das 608 lojas CTT, apenas uma aderiu à greve, destaca a empresa, salientando que a maioria da população não deverá sentir os efeitos da ação de protesto. “Nos locais onde eventualmente se sentirem constrangimentos, os CTT, caso seja necessário, procederão a uma distribuição extraordinária de correio este sábado, 23 de dezembro”, adianta ainda a empresa.

Hoje de manhã, Vítor Narciso, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), adiantou à Lusa que a adesão no segundo dia de greve dos trabalhadores dos CTT nos três turnos da noite rondou os 80% nas centrais de Lisboa, Porto e Coimbra.

Na quinta-feira, o presidente dos CTT, Francisco Lacerda, justificou numa audição no parlamento a necessidade de reduzir pessoal com a “queda acentuada” do correio tradicional, com a digitalização, o que considerou que “poderá agravar-se nos próximos anos com a digitalização dos serviços governamentais”, e considerou que com o plano de reestruturação anunciado a empresa continuará sustentável e sem degradação do serviço prestado.

Francisco Lacerda recusou ainda falar em despedimentos, referindo que o que estão em causa são saídas naturais de trabalhadores (por reformas), processos de rescisão por mútuo acordo e o não prolongamento de contratos a termo.

Na terça-feira os CTT, que empregam 12 mil trabalhadores, dos quais cerca de sete mil são da área operacional (rede de transportes, distribuição e carteiros), divulgaram um plano de reestruturação que prevê a redução de cerca de 800 postos de trabalho nas operações da empresa ao longo de três anos, devido à queda do tráfego do correio.

De acordo com o SNTCT, a Comissão Executiva dos CTT informou os representantes dos trabalhadores de que pretende reduzir o número de trabalhadores, entre 600 e 700, durante os próximos três anos, com especial incidência em 2019 e 2020. A paralisação foi também convocada pelo Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações, Media e Serviços (SINDETELCO), filiado na UGT.

Os CTT – Correios de Portugal, que foram completamente privatizados em 2014, tiveram lucros de 19,5 milhões de euros até setembro deste ano, menos 57,6% dos 46 milhões de euros conseguidos nos primeiros nove meses de 2016.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo relança venda do banco Efisa em janeiro

  • Rita Atalaia
  • 22 Dezembro 2017

É no início do ano que a Parparticipadas vai relançar a venda do banco Efisa. Depois do falhanço em abril, a previsão é de que este processo esteja concluído num prazo de três a quatro meses.

A Parparticipadas vai relançar a venda do banco Efisa durante o mês de janeiro. A informação é avançada pela entidade num comunicado enviado à CMVM. A previsão é de que este processo deva estar concluído “num prazo de três a quatro meses”. Isto depois de a venda do banco à Pivot, empresa detida pela Aethel Partners e Miguel Relvas, ter falhado em abril deste ano.

“Na sequência dos pedidos de informação recebidos, a Parparticipadas informa os interessados que prevê lançar o procedimento de alienação do Banco Efisa durante o mês de janeiro de 2018 com a publicação do anúncio respetivo”, refere a Parparticipadas no comunicado enviado à CMVM. “A alienação deverá ser realizada por concurso público, limitado a entidades que preencham determinados requisitos e que venham a ser selecionadas de acordo com os critérios definidos no respetivo programa de concurso”, acrescenta.

"Na sequência dos pedidos de informação recebidos, a Parparticipadas informa os interessados que prevê lançar o procedimento de alienação do Banco Efisa durante o mês de janeiro de 2018 com a publicação do anúncio respetivo.”

Parparticipadas

No mesmo comunicado, o Estado refere ainda que prevê que este procedimento possa estar concluído “com a adjudicação da proposta vencedora, num prazo de três a quatro meses”.

Foi em setembro que o Governo reabriu o processo de privatização do Banco Efisa. O secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, deu luz verde à Parparticipadas para tentar novamente alienar a instituição financeira. Isto depois de a venda do banco à Pivot, empresa detida pela Aethel Partners e Miguel Relvas, ter falhado em abril.

O Estado vendeu o banco Efisa à Pivot, mas o processo estava pendente da aprovação do Banco Central Europeu (BCE). Mas o prazo para a conclusão desta aprovação chegou ao fim sem que o BCE se tenha pronunciado e a venda falhou. A Pivot, detida por Ricardo Santos Silva e Aba Schubert, e que conta com Miguel Relvas como acionista, ia pagar cerca de 38 milhões de euros à entidade pública pelo antigo banco de investimento do BPN.

(Notícia atualizada às 12h38 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Centeno: défice é um “prémio merecido para todos os portugueses”

  • Margarida Peixoto
  • 22 Dezembro 2017

O défice orçamental registado entre janeiro e setembro caiu para 0,3% do PIB, um valor que indicia uma superação da meta que tinha sido definida para 2017. Mas os objetivos para 2018 são para manter.

“Este é um prémio merecido para todos os portugueses”, disse Mário Centeno, ministro das Finanças, esta sexta-feira, depois de o Instituto Nacional de Estatística (INE) ter revelado que, até setembro, o défice orçamental caiu para 0,3%. Com estes dados, o Governo prepara-se para superar a meta do défice que tinha definido inicialmente para o ano, mas não quer ainda rever o objetivo para 2018.

“Estamos a falar de um superavit do défice orçamental no terceiro trimestre de 2017″, sublinhou Mário Centeno. Num comunicado enviado às redações depois das declarações do ministro, o Ministério das Finanças adianta que o excedente do terceiro trimestre foi de 2,6% do PIB desses três meses e que “este é o maior valor trimestral para o excedente das contas públicas desde 1995, quando se iniciou a nova série estatística.”

Como está a evoluir o défice orçamental?

Fonte: INE

Aos jornalistas, o ministro das Finanças notou que os bons resultados foram conseguidos com um aumento da formação bruta de capital fixo (investimento) de 13% até setembro. Mas lembrou que, do lado da despesa, os dados agora revelados estão influenciados positivamente pela alteração do perfil de pagamento dos subsídios de Natal dos pensionistas e dos funcionários públicos.

Os números, diz Centeno, justificam assim um otimismo quanto ao cumprimento da meta, que foi sucessivamente revista ao longo do ano. No Orçamento do Estado para 2017 começou por ser de 1,6% do PIB, em abril foi revista para 1,5%, em outubro para 1,4% e, ontem, o primeiro-ministro apontou para um valor “abaixo de 1,3% do PIB”. Esta sexta-feira Mário Centeno reafirmou as palavras de António Costa, mas não quis ir mais longe.

“O resultado que posso sublinhar é o de que o saldo orçamental em 2017 não excederá o valor de 1,3%, ficando claramente dentro da margem orçamental que tínhamos previsto desde o início do ano”, disse Centeno.

O ministro argumentou ainda que os números “justificam a redução da dívida” que se tem vindo a observar e reafirmou que o rácio da dívida sobre o PIB ficar em torno de 126% em 2017, “a maior redução em 19 anos”. O valor vai ao encontro da projeção de 126,2% do PIB inscrita no Orçamento do Estado para 2018.

Impacto do empréstimo aos lesados do BES já estava previsto

Mário Centeno garantiu ainda que na projeção do défice apresentada em outubro, aquando da entrega do Orçamento do Estado para o próximo ano, já tinha incluído “a incidência de custo” do empréstimo realizado pelo Estado para pagar aos lesados do BES.

[A expectativa do Governo é a de que] estes valores sejam recuperados ao longo do tempo, em sede dos processos que correm nessas participações.

Mário Centeno

Ministro das Finanças

“Estamos a otimizar, a atuar da forma a minimizar a incidência orçamental desta medida aprovada na Assembleia da República, em resoluções votadas por unanimidade por todos os partidos,” assegurou o ministro. Centeno defendeu que a opção tomada pelo Executivo de fazer um empréstimo direto em vez de prestar uma garantia pública é a “financeiramente mais vantajosa”. E ainda garantiu que a expectativa do Governo é a de que “estes valores sejam recuperados ao longo do tempo, em sede dos processos que correm nessas participações.”

Meta para 2018 mantém-se

Mas se o défice ficará em 2017 abaixo da meta inicial, a de 2018 não será revista? Não, diz o ministro. “A meta para o próximo ano está definida há bastante tempo”, respondeu, apontando para um valor “em torno de 1%”. No relatório do Orçamento do Estado para 2018 está inscrito um valor de 1%, mas com as medidas para reforçar a política de prevenção e combate a incêndios o número passou para 1,1%.

Vamos executar esse orçamento [o de 2018] para que as metas sejam cumpridas. Elas são para serem mantidas.

Mário Centeno

Ministro das Finanças

“Neste momento, o que gostaríamos de manter é esse número. Temos um cenário bastante conservador de crescimento da economia. Vamos executar esse orçamento para que as metas sejam cumpridas. Elas são para serem mantidas”, reafirmou Mário Centeno.

O ministro sustentou ainda que a solidez da melhoria das finanças públicas e do crescimento económico “está precisamente relacionada com a redução dos custos de financiamento”. “Temos uma economia que é sustentada no seu financiamento, o financiamento tem um custo, temos de trabalhar tudo o que podemos e sabemos para estabilizar e reduzir as condições de financiamento”, frisou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Apple processada por abrandar desempenho dos iPhones mais antigos

  • Juliana Nogueira Santos
  • 22 Dezembro 2017

O processo exige que os donos de iPhones anteriores ao modelo 8 nos EUA sejam compensados não só pelas despesas, mas também por terem pago demasiado por um produto com defeito.

A Apple enfrenta, em território norte-americano, dois processos judiciais por ter deliberadamente abrandado o desempenho dos seus smartphones mais antigos para prevenir que estes se desliguem inesperadamente. Os clientes argumentam que esta operação foi feita sem o consentimento dos próprios.

Os processos, apresentados nos estados da Califórnia e do Illinois, apontam que as atualizações foram desenhadas de forma a que os aparelhos ficassem mais lentos, “forçando os donos de iPhone a comprar os modelos mais novos oferecidos pela Apple”. Os clientes exigem assim indemnizações pela substituição dos antigos aparelhos, pela perda de valor, a compra de novas baterias e todas as perdas associadas à desvalorização destes.

E por considerarem que a marca não cumpriu com as obrigações, os processos apontam para que todos os donos de iPhones anteriores ao modelo 8 nos EUA sejam compensados por terem pago demasiado por um produto com defeito, visto que estes pagaram demasiado por aquilo que receberam.

O assunto ocupou os tópicos das redes sociais quando, no Reddit, um utilizador afirmou que a forma de acelerar o desempenho de um iPhone mais antigo é substituir a bateria. Aí começou uma discussão à escala global acerca das motivações da marca criada por Steve Jobs, com muitos a revoltarem-se contra este negócio que quer que os clientes renovem o telemóvel a cada edição que passa.

Após linhas e linhas de texto escrito, a Geekbench, uma plataforma de análise tecnológica, confirmou as suspeitas e a Apple não teve outra opção senão admitir que era intencional. Em declarações oficiais aos meios de comunicação, a tecnológica justificou que, para prevenir encerramentos inoportunos e perda de dados, vai reduzindo a velocidade de desempenho dos seus dispositivo à medida que a saúde da bateria se deteriora.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Maternidade. Advogadas isentas de pagar dois meses de quotas

Bastonário dos advogados anuncia isenção de quotas para mulheres que acabam de ser mães. Medida entra em vigor em Janeiro. São 75 euros que deixam de pagar caso exerçam há mais de quatro anos.

A partir já do dia 1 de janeiro de 2018, as advogadas que acabam de ser mães estão isentas do pagamento de quotas à Ordem dos Advogados (OA) por dois meses. Ou seja: o valor de 75 euros (caso sejam advogadas há mais de quatro anos) ou o valor de 37,5 euros (caso sejam advogadas há menos tempo). Atualmente, as advogadas recém mães não têm direito a qualquer licença de maternidade pelo facto de exercerem uma profissão liberal e são obrigadas a pagar o valor mensal de quotas.

Esta medida já foi anunciada internamente pelo bastonário Guilherme de Figueiredo e pelo Conselho Geral da OA para ter efeitos imediatos já em Janeiro. “Foi assumido pelo atual Conselho Geral da Ordem dos Advogados o propósito de, por medidas de discriminação positiva, proceder a reajustamentos no regime de pagamento de quotas pelos associados da nossa Ordem”, explica o comunicado a que o ECO teve acesso.

“Neste primeiro ano de mandato, e pese embora a difícil situação financeira do Conselho Geral com que nos confrontámos, é já possível atuar em concreto no sentido de se deliberar que vigore a partir de 2018 uma medida de discriminação positiva das nossas Colegas que venham a ser mães”, sublinha a mesma fonte. “Sem perder de vista a matriz da profissão liberal em que todos, mulheres e homens, exercemos a nossa atividade, e também por isso percebendo que a situação de maternidade não afasta as advogadas do exercício da profissão por um período tido por regra como normal, reconhece o Conselho Geral que, por ocasião da maternidade, as colegas forçosamente interrompem temporariamente a sua atividade profissional ou, pelo menos, a reduzem expressivamente”.

Por isso, entende o Conselho Geral que é “justo que sejam as nossas colegas as primeiras a beneficiar da sua atenção no âmbito do que genericamente designamos por medidas de discriminação positiva”.

O Regulamento que orientará a aplicação desta medida será divulgado em breve mas a OA alerta desde já que a mesma não significa qualquer interrupção ou suspensão da obrigação de pagamento da quota.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.