Presidente catalão responde a “pior ataque desde Franco”

  • Marta Santos Silva
  • 21 Outubro 2017

Puigdemont anunciou que vai pedir uma discussão no parlamento regional para debater "a intenção de liquidar a autogovernação e democracia [catalãs], e agir em consequência".

Carles Puigdemont, o presidente da Generalitat da Catalunha, rejeitou e criticou amplamente as medidas tomadas este sábado em Madrid pelo Governo de Mariano Rajoy para limitar a autonomia da Catalunha mais ainda, afirmando que se trata do “pior ataque” à Catalunha “desde o ditador Francisco Franco”. Em declarações à região, em catalão, Puigdemont disse: “O que os catalães decidem nas urnas, o Governo anula em despachos”. Puigdemont planeia agora convocar uma sessão especial do parlamento regional para decidir o que fazer a seguir.

“O Governo espanhol proclamou-se de forma ilegítima representante” dos catalães, disse Puigdemont, apelidando o ato de Madrid como “um golpe” às autoridades regionais.

O Parlamento regional deverá então reunir-se, a pedido de Puigdemont, para debater “a intenção de liquidar o nosso autogoverno e democracia, e agir em consequência”. As declarações dão a entender que a Catalunha pode preparar uma declaração de independência unilateral.

No final das suas declarações, Puigdemont falou inglês para se dirigir aos cidadãos europeus, afirmando que se havia risco para os princípios catalães, o mesmo risco afetava os valores europeus, recordando que a Catalunha é uma antiga democracia europeia que luta pelos seus direitos fundamentais.

As declarações do presidente Regional, que Madrid tenciona destituir através da aplicação do artigo 155 da Constituição espanhola, chegam em reação às de Mariano Rajoy esta manhã.

O primeiro-ministro tornou claro que os atuais líderes da Generalitat (governo regional) catalã vão ser afastados, e que as suas responsabilidades deverão ser assumidas pelos ministérios do Governo em Madrid. A decisão do Governo de acionar o artigo 155 deverá ser agora aprovada no Senado com o apoio dos partidos da oposição PSOE e Ciudadanos, a quem Mariano Rajoy agradeceu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trump autoriza publicação de documentos sobre assassínio de Kennedy

  • Lusa
  • 21 Outubro 2017

O Presidente norte-americano, Donald Trump, autorizou a publicação em breve de novos documentos sobre o assassínio de John F. Kennedy, mantidos em segredo durante décadas.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, autorizou hoje a publicação em breve de novos documentos sobre o assassínio de John F. Kennedy, mantidos em segredo durante décadas.

“Sob reserva de receber novas informações, vou autorizar, como Presidente, que os dossiês JFK há muito bloqueados e classificados como secretos sejam abertos”, escreveu Donald Trump na rede social Twitter.

Cinco milhões de documentos sobre o assassínio de John F. Kennedy, provenientes essencialmente dos serviços de informações, da polícia e do Ministério da Justiça, têm sido mantidos em Washington nos Arquivos Nacionais. A grande maioria destes documentos já foi revelada ao público.

Na quinta-feira, 3.100 documentos que nunca foram divulgados podem finalmente ser publicados, segundo os ‘media’ norte-americanos, bem como a versão completa de milhares de documentos que tinham sido divulgados mas só parcialmente.

A morte de John F. Kennedy, a 22 de novembro de 1963, em Dallas, no Texas, alimenta desde há décadas teorias de conspiração, com alguns a duvidarem que Lee Harvey Oswald, o autor dos disparos, seja o único responsável.

As teorias da conspiração ganharam novo fôlego com o filme “JFK”, realizado por Oliver Stone, em 1991. Uma lei assinada em 1992 impunha a divulgação de todo os documentos, mantendo, no entanto, em sigilo uma parte até à data limite de 26 de outubro de 2017.

O Presidente norte-americano pode ainda decidir manter alguns secretos, por razões de segurança, uma opção que Donald Trump não descarta na mensagem que hoje divulgou.

Citando membros da administração, o jornal Politico avançava na sexta-feira que Trump estava a ser pressionado, nomeadamente pela CIA, para impedir a divulgação de alguns documentos, como os que remontam aos anos de 1990 e que podem expor agentes e informadores da CIA e do FBI ainda em atividade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dezenas de milhares manifestam-se contra decisão de Madrid

  • Lusa
  • 21 Outubro 2017

O presidente do Governo regional, Puigdemont, todos os membros do seu executivo e outros dirigentes regionais catalães estiveram na concentração com o lema “Em defesa dos direitos e liberdade".

Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se esta tarde em Barcelona contra a decisão do Governo de intervir na Catalunha e pela libertação de dois líderes da região presos por suspeitas de sedição. O presidente do Governo regional, Carles Puigdemont, todos os membros do seu executivo e outros dirigentes regionais catalães estiveram na concentração com o lema “Em defesa dos direitos e liberdades”.

Os presentes gritaram palavras de ordem a pedir a “independência” e a “liberdade” da Catalunha e tinham bandeiras e cartazes a condenar aquilo que consideram ser uma atitude contra os valores democráticos por parte de Madrid.

A manifestação foi inicialmente marcada para pedir a libertação dos líderes das associações ANC (Assembleia Nacional Catalã) e Òmnium Cultural, que defendem a independência da Catalunha. Jordi Sánchez e Jordi Cuixart foram presos na passada segunda-feira depois de o Ministério Público os acusar de terem incitado manifestantes a atos violentos contra agentes do Estado.

Mas a decisão tomada esta manhã pelo Governo espanhol de propor a ativação do artigo 155.º da Constituição para repor a legalidade institucional da Catalunha acabou por alargar o âmbito da concentração. Madrid quer a destituição do presidente da Catalunha e de todos os membros do seu executivo, limitar as competências do parlamento regional e marcar eleições num prazo de seis meses na região.

Carles Puigdemont faz hoje às 21:00 (20:00 de Lisboa) uma intervenção televisiva, onde deverá responder à decisão de Madrid.

As medidas avançadas deverão ser aprovadas definitivamente pelo senado espanhol (câmara alta) na próxima sexta-feira, 27 de outubro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fogos: Manifestantes envolvem-se em desacatos em Lisboa

  • Lusa
  • 21 Outubro 2017

As altercações foram um tom dissonante de um protesto calmo e sem grandes palavras de ordem. No local concentraram-se centenas de pessoas, algumas empunhando a bandeira nacional e cartazes.

Vários manifestantes envolveram-se hoje em cenas de pancadaria na Praça do Comércio, em Lisboa, onde, pelas 16h15, teve início um protesto em defesa da floresta e homenagem aos mortos nos incêndios deste ano. No local, a agência Lusa testemunhou vários cidadãos a envolverem-se em confrontos, junto à estatua do Rei D. José I, tendo obrigado à intervenção de cerca de uma dezena de agentes policiais.

Agentes da PSP tentam acalmar os ânimos enquanto vários manifestantes se envolveram em protestos durante a “Manifestação Silenciosa Portugal Contra os Incêndios”, promovida por Rui Maria Pêgo, no Terreiro do Paço, em Lisboa. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Pedro Fortunato, um dos envolvidos hoje nos confrontos na Praça do Comércio, explicou que estes começaram quando foi impedido por um outro grupo de cidadãos de desenrolar uma faixa, onde se lia “os culpados são os governos PS e PSD/CDS”. Segundo Fortunato, um dos seus amigos, que também participava na manifestação, foi pontapeado e lançado ao chão por um grupo de pessoas que contestavam o facto de ele culpabilizar o governo PDS/CDS. Pedro Fortunato afirmou aos jornalistas que “é tanto culpado o atual Governo, como o anterior”, relativamente à situação trágica dos incêndios, que este ano assolou o país.

Depois dos incidentes, o protesto prosseguiu em silêncio. As altercações foram um tom dissonante de um protesto calmo e sem grandes palavras de ordem. No local concentraram-se centenas de pessoas, algumas empunhando a bandeira nacional e cartazes com frases como: “Incêndios já basta”, “eucaliptização/combustão” e “exigimos responsabilidades e exigimos proteção”.

Uma das manifestantes, Isabel Vale, em declarações à Lusa, afirmou que participa na ação de protesto por ser apartidária e “na defesa de um país verde que não deve ficar cinzento”, considerando que “há responsabilidade dos vários governos”. Carolina Covelas pediu por sua vez “silêncio e respeito pelos mortos”, lembrando ainda a devastação não só do verde, como também dos muitos animais que morreram.

Para hoje estão agendas manifestações para uma dezena de distritos do país contra os incêndios e as políticas florestais, mas também de homenagem às vítimas dos fogos, iniciativas organizadas nas redes sociais e por grupos de cidadãos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo torna-se acionista do SIRESP e reforça rede

  • Marta Santos Silva
  • 21 Outubro 2017

"No futuro poderemos mesmo tomar uma posição de controlo" do SIRESP, disse o ministro das Infraestruturas. O Estado encomenda ainda quatro novas estações de satélite e um novo sistema de redundância.

O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros a decisão de passar a ser acionista do SIRESP, para passar a ter uma palavra a dizer enquanto acionista da rede, além do seu papel enquanto utilizador. “No futuro poderemos mesmo tomar uma posição de controlo”, disse Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, na conferência de imprensa transmitida pelas televisões.

Enquanto utilizador do SIRESP, o Governo decidiu ainda, neste Conselho de Ministros extraordinário dedicado aos incêndios, encomendar mais quatro estações móveis com ligação satélite, assim como a contratação de um sistema de redundância adicional, para evitar que o sistema de comunicações de emergência, conhecido como SIRESP, volte a mostrar falhas graves como aconteceu nos incêndios de junho e outubro.

Pedro Marques anunciou ainda outras decisões do Governo relativamente à prevenção e proteção contra incêndios, incluindo, por exemplo, o incentivo ao enterramento dos cabos de telecomunicações nas condutas das rodovias. Citando o protocolo já assinado entre as Infraestruturas de Portugal e a Altice, o ministro referiu a sua intenção de incentivar as restantes empresas a fazer o mesmo, através de descontos. Nos primeiros três anos, as empresas poderão ter isenção da taxa paga para utilizar as condutas sob a rodovia e ferrovia portuguesa, e nos cinco anos seguintes ter 30% de desconto. As empresas sem rede no interior poderão ter durante oito anos os 30% de redução de custos.

Ainda na área das Infraestruturas, foi determinado que a Infraestruturas de Portugal faça uma limpeza até dez metros nas faixas de gestão de combustíveis, nos 2.500 quilómetros de rede ferroviária e nos 16 mil de redes rodoviárias.

Novidades no Ambiente e na Economia

Mais dois ministérios apresentaram resoluções tomadas hoje nas suas áreas nesta conferência de imprensa. O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes anunciou duas medidas principais. Desde logo, o Estado vai financiar a contratação de 100 novas equipas de Sapadores, “estamos a falar de 500 pessoas”, destacou, assim como a aquisição do material necessário para estas equipas. Além disso, será replicado em mais quatro parques naturais o projeto piloto que reduziu a área ardida no Parque Natural da Peneda Gerês. O projeto vai agora para Douro Internacional, Montesinho, Tejo Internacional e Malcata.

Na Economia, explicou Caldeira Cabral, o Governo decidiu implementar um conjunto de biorefinarias por todo o país, “que se juntam às centrais de biomassa já em desenvolvimento para valorizar a recolha de resíduos”. A recolha de resíduos florestais, explicou, “é uma necessidade e reforça a segurança das florestas, e este modelo cria um incentivo e ao mesmo tempo uma valorização desses resíduos, um sistema de recolha com incentivos próprios”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bloco fala em “ataque terrível” à autodeterminação catalã

  • Lusa
  • 21 Outubro 2017

A coordenadora do Bloco de Esquerda criticou a decisão de Mariano Rajoy de tirar direitos à Catalunha, considerando que "a repressão não é um caminho aceitável em estados democráticos".

A coordenadora do BE, Catarina Martins, criticou hoje o “ataque terrível” do Governo espanhol “ao mais básico direito à autodeterminação de um povo” na Catalunha, considerando que “a repressão não é um caminho aceitável em estados democráticos”.

No discurso da sessão de abertura da quinta cimeira por um “Plano B” para a Europa, que decorre até domingo em Lisboa, Catarina Martins afirmou que o encontro europeu começa no dia em que “o Reino de Espanha decide dizer à Catalunha que não tem direito à sua autonomia” e “decide ativar o artigo da Constituição que substitui às autoridades regionais, num ataque terrível ao mais básico direito à autodeterminação de um povo”.

“Há uma coisa em que eu julgo que estamos unidos e em que a nossa solidariedade e determinação é essencial que é o direito à autodeterminação da Catalunha”, afirmou, declaração que gerou uma grande ovação pela audiência. Na opinião da líder do BE, “interessa pouco” aquilo que cada um “acha sobre a independência da Catalunha (…) mas interessa tudo dizermos que o povo catalão tem direito a ter uma palavra e a repressão não é um caminho aceitável em estados democráticos”, apelou.

Catarina Martins admite que pode haver “opiniões diferentes sobre a independência da Catalunha” – salientando que audiência “haverá pessoas com várias opiniões” – e podem também existir “visões diferentes sobre como o Governo regional da Catalunha está a dirigir o processo”.

“Bem e à esquerda há divergências claras, com um Governo maioritariamente de direita da Catalunha, não é novidade para ninguém”, realçou. Para a coordenadora do BE, cabe a todos dizer que “a repressão não pode ser um caminho do Estado espanhol”. “Somos assim: solidários, democratas, internacionalistas”, concluiu.

O Governo espanhol propôs hoje destituir o presidente da Catalunha e todos os membros do seu executivo, limitar as competências do parlamento regional e marcar eleições num prazo de seis meses.

Estas foram as principais medidas de aplicação do artigo 155.º da Constituição espanhola para repor a legalidade na Catalunha que agora têm de ser aprovadas pelo senado (câmara alta), muito provavelmente na próxima sexta-feira, 27 de outubro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Luísa Amorim quer Quinta Nova a faturar seis milhões

A filha mais nova de Américo Amorim quer que a Quinta Nova duplique o valor da faturação no prazo de três anos. Luísa Amorim não descarta a hipótese de adquirir mais quintas no Douro.

A Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo tem como objetivo estar a faturar seis milhões de euros no prazo de três anos. Luísa Amorim, administradora da Quinta Nova, adianta ao ECO que “em termos globais, o nosso objetivo é estarmos a faturar seis milhões de euros dentro de 3 a 4 anos, ou seja duplicarmos o nível de faturação que temos hoje“.

Para a filha mais nova de Américo Amorim, “a consolidação do projeto é agora a nossa prioridade”. Questionada sobre os lucros do projeto, Luísa Amorim recusou-se a responder.

A Quinta Nova assume-se como uma produtora de vinhos do Douro e do Porto e produz atualmente 500 mil garrafas. Para atingir a meta dos seis milhões, a produção terá também que crescer para as 700 mil garrafas. Luísa Amorim, diz que isso não é um problema porque “a adega tem condições para suportar esse aumento de produção”.

Com cerca de 50% da produção a ser exportada e repartida por mais de 30 mercados, a Quinta Nova tem-se assumido também como um projeto de enoturismo. O hotel de luxo, Quinta Nova Luxury Winery House, conta apenas com 11 quartos, o restaurante, a loja e o centro de visitas. O negócio é responsável por uma faturação que ronda o milhão de euros.

O hotel foi inclusivamente distinguido pela publicação Luxury Travel Guide como Luxury Country Retreat Award em 2017.

A estes, e tentando complementar a oferta, juntou-se recentemente o Wine Museum Centre Fernando Ramos Amorim. O novo museu do Douro reúne um espólio único que reflete a tradição secular do Douro. O acervo representativo do ciclo produtivo do vinho do Porto tem peças dos séculos XIX e XX.

Para Luísa Amorim, este “projeto museológico vem transformar a Quinta Nova num dos projetos de enoturismo mais completos do panorama nacional e vai complementar a visita aos mais de 12 mil turistas que recebe anualmente, reforçando também a sua visibilidade no mercado internacional”.

Sobre projetos futuros, a filha mais nova de Américo Amorim não adianta grandes pormenores, mas vai dizendo que, “se aparecer alguma quinta interessante, não nos vamos colocar de lado.” Mas garante: “Tem de ser uma boa oportunidade”. “A grande prioridade é consolidar este projeto onde empregamos mais de 40 pessoas. Em 2001 compramos uma outra quinta no Douro, a Quinta de São Cidrão, com cerca de 200 hectares e que ainda não começou a ser desenvolvida“.

A Quinta Nova foi adquirida pelo grupo Amorim em 1999. Situada no coração do Douro, a quinta tem uma história superior a 250 anos. Em 2005 nasceu um novo projeto que vai além dos vinhos do Porto tradicionais e que aposta nos grandes vinhos do Douro. A ideia era que os vinhos produzidos refletissem o seu terroir, com elevada elegância e concentração de cor, de estrutura clássica e uma fruta genuína. Com o tempo, a gama foi-se alargando para vinhos diferenciadores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo promulga transferência da Carris para a Câmara

  • Lusa
  • 21 Outubro 2017

O Presidente vetou o diploma no início de agosto, alegando considerar abusiva uma proibição da concessão futura da Carris, mas agora o artigo foi emendado.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou o diploma que transfere a gestão da rodoviária Carris para a Câmara Municipal de Lisboa, indica uma nota hoje divulgada na página de internet da presidência. O Presidente vetou o diploma no início de agosto, alegando considerar abusiva uma proibição da concessão futura da Carris, e justifica agora a promulgação com a emenda do artigo que motivou o veto.

“Atendendo à deliberação parlamentar traduzida no decreto […] de 04 de outubro de 2017, e sem embargo de ficar aquém da mais ampla consagração da autonomia do poder local, o Presidente da República promulgou o diploma”, lê-se na nota publicada no ‘site’ da presidência.

A 03 de outubro, PS, PCP, BE e PEV acordaram uma solução para ultrapassar o veto do Presidente da República, aprovada na Assembleia da República no dia seguinte pela esquerda parlamentar e o PAN, com a oposição do PSD e do CDS-PP.

O deputado do PS Luís Testa afirmou que a solução passou por permitir “a possibilidade de haver alienação de capital ou de concessão da Carris”, mas limitando-a “a entidades públicas ou de capitais públicos”.

O diploma promulgado atribui ao município de Lisboa a assunção plena das atribuições e competências legais do serviço público de transporte coletivo de superfície de passageiros na cidade de Lisboa, transferindo a posição contratual do Estado no contrato de concessão de serviço público celebrado com a Carris, e transmitindo a totalidade das ações representativas do capital da Carris do Estado para o município de Lisboa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fogos: Conselho de Ministros aprova 400 milhões em medidas

  • Marta Santos Silva
  • 21 Outubro 2017

Entre os ministérios do Trabalho e Segurança Social, da Agricultura e das Infraestruturas, criar-se-ão linhas de crédito e de investimento para responder à situação de urgência.

O Conselho de Ministros extraordinário deste sábado aprovou quase 400 milhões de euros em medidas de urgência para reagir aos incêndios deste mês de outubro, que devastaram largas zonas do país. As medidas, distribuídas entre os ministérios das Infraestruturas, da Agricultura, e do Trabalho e da Segurança Social, visam resgatar empresas e manter postos de trabalho, assim como apoiar as famílias afetadas e os agricultores, animais, silvicultores e florestas que foram atingidos pelos fogos.

Numa conferência de imprensa transmitida pela SIC Notícias, Pedro Marques, ministro das Infraestruturas, começou por anunciar que o levantamento no terreno continua a ser efetuado e que será dada primazia à ativação dos seguros das habitações e empresas que possam cobrir os danos. Nos restantes casos, o Estado entrará em ação e reconstruirá as primeiras habitações.

No caso das empresas — cerca de 300 foram afetadas diretamente segundo um levantamento provisório — o Governo desenvolveu vários instrumentos. Deste logo, foi aprovada uma dotação de 100 milhões de euros para reconstruir empresas, e será criada uma linha de crédito de outros 100 milhões de euros para investimentos necessários. Além disto, haverá um sistema de apoios e incentivos ao novo investimento privado na zona, com a ajuda de 50 milhões de euros de Fundos Comunitários, que servirão para apoiar 100 milhões de euros em investimento. “Queria também destacar que foi definida a estruturação de apoio de saúde e apoio psicológico às populações afetadas”, acrescentou Pedro Marques.

Do lado do emprego e da Segurança Social, o ministro Vieira da Silva anunciou medidas em três dimensões fundamentais, incluindo uma medida totalmente nova. “O Governo inclui neste pacote de medidas o apoio às empresas para, durante um período de três meses que será prorrogável, apoiar o pagamento dos salários de trabalhadores”, no caso em que a atividade esteja paralisada, para evitar despedimentos, explicou o ministro. É uma “medida de natureza excecional que se justifica pela excecionalidade da situação”, e que deverá custar cerca de 13 milhões de euros.

Além desta medida, serão reforçados os apoios sociais às famílias afetadas, assim como o apoio às instituições sociais que trabalham nas zonas atingidas pelos incêndios, quando necessário. Para apoiar e manter o emprego, o Ministério vai ainda promover medidas de defesa dos postos de trabalho, que incluem a redução ou mesmo a possibilidade de diferir o pagamento das contribuições para a segurança social, e a possibilidade de suspender postos de trabalho com o apoio de fundos da Segurança Social.

Finalmente, o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, anunciou as medidas para o setor agrícola e florestal, cujas empresas estão incluídas nas iniciativas referidas anteriormente por Pedro Marques. Concretamente, porém, o Governo já começou uma linha de apoio à alimentação animal, cuja distribuição conta com a ajuda das forças armadas para fazer chegar ração de produção portuguesa a meio milhão de cabeças de gado ovino e mais 100 mil bovinos.

No setor florestal, 15 milhões foram aprovados hoje para a estabilização de emergência, ou seja, esclarece o ministro, para “acudir aos problemas mais graves de erosão e contaminação das águas”. Serão ainda abertas duas linhas de crédito: uma primeira, de três milhões de euros, para ajudar a comercializar madeira, desde que sejam respeitados os preços mínimos fixados, e uma segunda de cinco milhões para criar condições para a instalação de parques de receção desta madeira, com a mesma restrição: respeitar o limiar mínimo de preço de compra fixado. No total, são 35 milhões de euros em dotação para o Ministério da Agricultura neste momento de emergência.

Ainda este sábado, a ministra da Justiça Francisca Van Dunem também já anunciara uma outra medida aprovada neste Conselho de Ministros extraordinário: a criação de um mecanismo extrajudicial para a indemnização das famílias das vítimas mortais dos incêndios de Pedrógão Grande mas também dos do mês de outubro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Incêndios: Altice vai enterrar cabos de rede sob as estradas

  • Marta Santos Silva
  • 21 Outubro 2017

A Altice/PT e a Infraestruturas de Portugal EP celebraram um protocolo para avançar com o enterramento dos cabos de rede na região dos fogos de Pedrógão, e mais tarde em todo o país.

A Altice/PT anunciou este sábado que celebrou um protocolo com a Infraestruturas de Portugal EP para enterrar os cabos de comunicação de rede na zona dos incêndios de junho que deflagraram em Pedrógão Grande e nas regiões circundantes, segundo um comunicado enviado este sábado às redações. Os cabos deverão ser colocados debaixo dos eixos rodoviários, “na extensão possível naquela região”.

Depois disso, a Altice/PT espera ainda avançar, dentro do mesmo protocolo com a Estradas de Portugal, integrada na Infraestruturas de Portugal, para vir a estender este modelo a outras regiões com igual risco de incêndio, “numa extensão que poderá ir até aos 1.000 quilómetros de Canal Técnico Rodoviário e num horizonte temporal até 2019″.

“Esta é uma parceria que as duas entidades – Altice/PT e Infraestruturas de Portugal EP – entendem ser relevante no combate contra os impactos causados pelos incêndios”, lê-se no comunicado, “constituindo uma solução que permite contribuir e reforçar as medidas e meios de resposta de emergência e de prevenção, em particular quanto às redes e serviços de comunicações eletrónicas”.

O Governo informara, após os incêndios de junho, que era “essencial garantir a utilização de infraestruturas subterrâneas” para as comunicações, que falharam na região na altura dos fogos.

“Nas últimas semanas, a Altice/PT e a Infraestruturas de Portugal EP (IP), promoveram a realização de um levantamento exaustivo de todas as infraestruturas aptas a alojar elementos de rede naquela área”, lê-se no texto enviado, “bem como uma análise técnica detalhada dos trabalhos de construção e adaptação a realizar para atingir aquele objetivo, de onde resulta o investimento a realizar pela Altice/PT, que nesta fase cobrirá uma extensão de 265 Km de condutas, na Região do Pinhal Interior”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rajoy aciona o artigo 155 para realizar eleições na Catalunha

  • Marta Santos Silva
  • 21 Outubro 2017

Os principais objetivos de Madrid? "Voltar à normalidade", "continuar com a recuperação económica" e também realizar novas eleições na região, já planeadas para janeiro.

Mariano Rajoy, primeiro-ministro espanhol, anunciou este sábado que Madrid vai acionar o Artigo 155 da Constituição espanhola em relação à crise catalã, que retira certos privilégios e autoridades ao Governo da região autónoma e permite ao Governo central realizar eleições.

Numa conferência de imprensa transmitida pela SIC Notícias, Mariano Rajoy tornou claro que os atuais líderes da Generalitat (governo regional) catalã vão ser afastados, e que as suas responsabilidades deverão ser assumidas pelos ministérios do Governo em Madrid. A decisão do Governo de acionar o artigo 155 deverá ser agora aprovada no Senado com o apoio dos partidos da oposição PSOE e Ciudadanos, a quem Mariano Rajoy agradeceu na conferência de imprensa.

Mariano Rajoy explicou que o Governo decidiu acionar o artigo 155 da Constituição espanhola por quatro razões principais: a primeira era voltar à legalidade, já que o referendo realizado a 1 de outubro foi considerado inconstitucional, a segunda é “recuperar a normalidade e a convivência que se deterioraram demasiado na Catalunha, a terceira era “continuar com a recuperação económica” — frisando que a independência, na perspetiva de Madrid, seria má para a economia catalã e espanhola — e finalmente, “o quarto grande objetivo” é a celebração de eleições na região.

O partido de Rajoy, o PP, juntamente com o partido socialista que se lhe opõe no parlamento em Madrid, o PSOE, acordaram esta semana convocar eleições antecipadas na Catalunha para janeiro, o que terminaria mais cedo o mandato de Carles Puigdemont, que só tomou posse em janeiro de 2016. Em resposta, o vice-presidente da Generalitat, Oriol Junqueras, manifestou-se contra a convocação de eleições para novo governo na Catalunha neste momento. “Não é a melhor maneira de avançar”, declarou Junqueras, numa altura em que o Executivo catalão acusa Madrid de não aceder ao diálogo.

Na conferência de imprensa, Mariano Rajoy foi crítico de todo o processo que se tem desenvolvido na Catalunha, que considerou “unilateral e contrário ao que diz a lei”, após a realização de “um referendo que todos sabíamos que o Governo não podia aceitar”.

 

“Preferimos agir, como penso que se deve fazer nestes casos, com prudência, responsabilidade”, continuou, referindo-se ao processo na Catalunha como “profundamente antidemocrático”. “Nenhum Governo de nenhum país democrático pode aceitar que se viole a lei, que se mude a lei, e que tudo isso se faça para impor os seus critérios”, acrescentou o presidente do Governo espanhol.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fogos: Governo assume indemnizações às famílias das vítimas

  • Marta Santos Silva
  • 21 Outubro 2017

O Governo assume a responsabilidade pelas indemnizações devidas às vítimas mortais quer dos incêndios de Pedrógão quer dos fogos mais recentes, e definiu um mecanismo extrajudicial para as atribuir.

O Conselho de Ministros aprovou este sábado uma resolução para criar um mecanismo voluntário extrajudicial através do qual assumirá a responsabilidade de indemnizar as famílias das vítimas mortais dos incêndios de Pedrógão Grande, em junho, mas também dos fogos mais recentes do mês de outubro, anunciou esta manhã a ministra da Justiça Francisca Van Dunem aos jornalistas, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.

O Conselho de Ministros extraordinário que decorre este sábado debruça-se sobre a prevenção de incêndios e a resposta aos fogos deste verão. Este primeiro briefing feito pela ministra da Justiça focou-se no mecanismo voluntário extrajudicial, “que será usado pelas pessoas que assim entenderem”, afirmou — os familiares das vítimas poderão decidir se querem ou não requerer a ele.

Referindo que se pretende que o processo decorra o mais rapidamente possível, a ministra da Justiça afirmou que existem duas fases. Primeiro, será formada uma comissão com alguém nomeado pelas organizações representantes das vítimas dos fogos, alguém nomeado pelo Conselho Superior da Magistratura e ainda um nomeado do Conselho de Reitores. O papel da comissão será de definir os critérios de atribuição das indemnizações, e terá um mês para o fazer.

“Na segunda fase serão definidos e concretizados os montantes indemnizatórios a atribuir aos familiares das vítimas que o venham a requerer”, continuou a ministra, que disse não poder, para já, dizer qual o período em que tal vai acontecer, já que depende também da disponibilidade e da decisão dos requerentes.

Quanto ao custo desta decisão, Francisca Van Dunem referiu que “o Governo não tem neste momento nenhum cálculo, porque os montantes finais vão depender do número de requerentes”, mas que “no âmbito do OE existem sempre verbas para cobrir as responsabilidades do estado a nível processual”, incluindo no que diz respeito a estas indemnizações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.