Pestana investe 50 milhões em novo hotel em Alvor

  • Lusa
  • 26 Setembro 2017

O novo hotel de cinco estrelas será o primeiro projeto do grupo em Portugal concebido de raiz para o segmento "all inclusive" (tudo incluído).

O grupo Pestana vai construir um hotel de luxo na Quinta da Amoreira, em Alvor, prevendo investir 50 milhões de euros naquela que será a sétima unidade do grupo em Alvor, concelho de Portimão, revelou hoje fonte do grupo.

Em comunicado, a mesma fonte adiantou que o novo hotel de cinco estrelas tem uma “forte vocação sustentável”, tratando-se “de um projeto pioneiro em Portugal”, concebido de raiz para o segmento “all inclusive” (tudo incluído).

“Fruto de um investimento de 50 milhões de euros, o futuro Pestana Quinta da Amoreira irá gerar 300 postos de trabalho diretos na região”, lê-se na nota hoje divulgada.

No ano passado, o grupo investiu seis milhões de euros na renovação de um dos primeiros hotéis de cinco estrelas no Algarve, o Pestana Alvor Praia, que reabriu em maio de 2016, após seis meses em obras.

O Alvor Praia, inaugurado em 1967 e com 202 quartos, localizado sobre a praia dos Três Irmãos, passou, desde então, a estar aberto todo o ano.

Em 2015, o grupo abriu o Pestana South Beach, também em Alvor, num investimento de oito milhões de euros, resultado da requalificação de uma estrutura inacabada do antigo empreendimento da Torralta, iniciado na década de 1970.

Classificado com 4 estrelas, o Pestana Alvor South Beach conta com 79 unidades de alojamento, das quais 57 são ‘suites’, com vista sobre a praia, três piscinas exteriores, um bar e um restaurante.

Ambos os projetos incluíram também a requalificação dos acessos à praia, nomeadamente a continuação e conclusão do passadiço em madeira que faz a ligação de toda a frente de mar de Alvor, numa extensão de seis quilómetros.

O passadiço pedonal é o maior da região do Algarve e um dos maiores do sul do país, ligando a praia dos Três Irmãos à Ria de Alvor, ao longo do cordão dunar.

A cerimónia que marca o início da construção do novo hotel Pestana Quinta da Amoreira está marcada para quinta-feira.

No Algarve, o grupo Pestana possui 17 unidades hoteleiras, sendo esta a sétima a ser construída em Alvor.

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Sonae Sierra investe 300 milhões de euros em shoppings

A Sonae Sierra está confiante no futuro e diz que crescimento passa por África e América do Sul. Investimentos da empresa rondam os 300 milhões de euros num total de 14 novos projetos.

A Sonae Sierra, participada do grupo Sonae que gere ativos imobiliários comerciais, que fechou o primeiro semestre do ano com lucros de 64,2 milhões de euros, tem 14 novos projetos em desenvolvimento a que se juntam ainda a expansão do NorteShopping e do centro Comercial Colombo, num investimento, que números redondos, ronda os 300 milhões de euros.

A revelação foi feita por Fernando Guedes de Oliveira, presidente executivo da Sonae Sierra durante um almoço que a empresa realiza anualmente com a imprensa.

O CEO da Sonae Sierra destaca que: “estes 300 milhões são a parte relativa à Sonae porque no total, tendo em conta as diferentes parcerias estamos a falar de 800 milhões de euros de investimento, se contabilizarmos também os 50 milhões referentes os investimentos com renovações“.

Entre os projetos em desenvolvimento, a Sonae Sierra destaca:

  • Jardín Plaza Cúcuta (Colômbia), um centro que terá cerca de 43 mil metros quadrados, 150 lojas e 2300 lugares de investimento num investimento de 47 milhões de euros em parceria com a Central Control.
  • McArthurGlen Designer Outlet Málaga (Espanha), um centro feito em parceria com a McArthurGlenm que contará com 30 mil metros quadrados de área bruta alocável, 100 lojas e 1200 lugares de estacionamento e um investimento de 115 milhões de euros.
  • Zenata Shopping Centre (Marrocos), um centro comercial com 90 mil metros quadrados, 250 lojas e 3650 lugares de estacionamento. Este centro representa um investimento de 100 milhões, onde a Sonae Sierra detém uma participação de apenas 11%.
  • Projeto de Nuremberga (Alemanha), que envolve a reabilitação de um edifício de 250 mil metros quadrados e que está em fase de licenciamento.

A estes há que juntar a fase de expansão do NorteShopping num total de 60 milhões e a do Centro Colombo cujo montante também deverá rondar os 60 milhões de euros.

Guedes de Oliveira diz que “estas duas expansões são contabilizadas com os novos projetos devido à sua dimensão”.

A somar a estes projetos, a Sierra tem ainda algumas renovações em curso, quer em Portugal, quer em Espanha, quer no Brasil no total de 50 milhões de euros (20 milhões que dizem diretamente respeito à Sonae Sierra e os restantes 30 aos parceiros envolvidos).

Ao nível da prestação de serviços, onde a Sonae Sierra atua já em 14 países. Guedes de Oliveira diz que as receitas são atualmente de 70 milhões de euros e que”o objetivo é duplicar este valor nos próximos cinco anos”.

Na ótica da prestação de serviços, a holding da Sonae está presente em quase toda a África (Angola, Moçambique, Argélia, Egito, entre outros).

Já na ótica do investimento, a Sierra está apenas presente em Marrocos. Fernando Guedes de Oliveira diz no entanto que: “estamos a estudar outras geografias no continente africano, mas vai demorar ainda algum tempo”.

Para o CEO da Sonae Sierra não há dúvidas de que: “o crescimento da Sonae Sierra passará por África e pela América do Sul, mercados emergentes contrariamente à Europa que é um mercado maduro”.

Guedes de Oliveira explica no entanto: “que obviamente não vamos sair da Europa, mas o nosso crescimento passará por esses dois continentes”.

A Sonae Sierra, controlada em 50% pela Sonae SGPS e 50% pelo grupo Grosvenor do Reino Unido, detém e co-detém 48 centros comerciais, com um valor de mercado de 7 mil milhões de euros. Em Portugal a Sierra detém 23 centros e retail parks, 7 em Espanha, 3 em Itália, 3 na Alemanha; 1 na Grécia, 2 na Roménia e 9 no Brasil.

Atualmente a Sonae Sierra trabalha anualmente com mais de 20 coinvestidores a nível de ativos e gere quatro fundos imobiliários para um número significativo de investidores em todo o mundo.

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SocialTech: Estes são os dez projetos que o Montepio vai acelerar

  • ECO
  • 26 Setembro 2017

Programa de incubação, formação e aceleração, o SocialTech oferecerá preparação a dez projetos, durante 12 semanas, para o contacto entre empreendedores e investidores.

Da saúde ao ambiente, passando pela educação, já estão apurados os dez projetos que passarão à fase de incubação e aceleração do Montepio SocialTech.

Lançado pela Caixa Económica Montepio Geral, o programa oferecerá, ao longo de 12 semanas, preparação para um demo day (encontro no qual as startups apresentam os seus produtos aos investidores) e para uma sessão de pitch (apresentação rápida da ideia) com investidores, eventos que marcarão o encerramento desta primeira edição.

O melhor pitch levará, no final do percurso, 10 mil euros da Caixa Económica. Os restantes projetos podem, ainda, ganhar 3.500 euros numa menção honrosa oferecida pela Santa Casa da Misericórdia. O nível de compromisso da equipa, o conhecimento técnico e o potencial de geração de receitas e impacto social foram os critérios de seleção. Estes foram os dez selecionados.

1. SimVitae

A SimVitae é uma plataforma online que apoia os cuidados continuados e capacita cuidadores informais.

2. Cura

Facilitar o acesso de migrantes à saúde – através da assistência de médicos voluntários credenciados – é o objetivo desta aplicação móvel.

3. Couch

A Couch é uma plataforma de apoio psicológico e consultas.

4. EcoRefurb

Diminuir e recondicionar o desperdício gerado pelos materiais eletrónicos é o que pretende este projeto.

5. Escolas Spot

Este é um jogo que quer combater o abandono e insucesso escolar.

6. Aid Hound

A Aid Hound facilita a partilha de dados e as operações das entidades da economia social.

7. Polis

Aproximar os políticos dos cidadãos (sobretudo, millenials) é a motivação desta aplicação móvel.

8. Estúdio de Impacto

A Estúdio de Impacto desenvolve soluções de comunicação “chave-na-mão” para as entidades da economia social.

9. Food Central Market

Esta plataforma prima pela promoção de produtos dos artesãos, associações e cooperativas regionais.

10. Sustainable Urban Farm

Aproveitar áreas urbanas, transformando-as em zonas de cultivo agrícola sustentável é a proposta desta startup.

 

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Vendas de automóveis vão chegar aos 100 milhões em 2019

  • ECO
  • 26 Setembro 2017

Um estudo concluiu que em 2019 serão vendidos 100 milhões de automóveis. A China e a Índia são os principais responsáveis pelas vendas.

Daqui a dois anos serão vendidos 100 milhões de automóveis, de acordo com as conclusões de um estudo. A China e a Índia foram os fortes impulsionadores dessas vendas, compensando o declínio dos Estados Unidos e do Reino Unido.

As conclusões são de um estudo da Euler Hermes (EH) – The Auto World Championship, uma acionista da COSEC e líder nacional em seguro de créditos. Prevê-se que sejam vendidos 95,8 milhões de veículos este ano, representando um crescimento anual de 2,1%. Em 2018 espera-se vender 98,3 milhões, um aumento de 2,5% e, por fim, em 2019, deverão ser atingidos os 100 milhões de veículos.

No panorama mundial do setor, podem destacar-se oito mercados: China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos. A China lidera as vendas, com o maior mercado automóvel do mundo, crescendo 3,2% em 2018 e ultrapassando os 30 milhões de veículos vendidos em 2019. O país lidera ainda no que toca aos veículos elétricos.

Por sua vez, a Índia é um dos mercados em maior crescimento, estando previsto um aumento de 13,5% das vendas em 2018, “em grande parte devido à harmonização fiscal do Imposto sobre os Bens e Serviços, lançado em julho de 2017 e que reduziu os preços em alguns segmentos do setor”, pode ler-se no estudo.

O cenário não é assim tão positivo para o Reino Unido e para os Estados Unidos que veem as suas vendas cair. No Reino Unido verifica-se uma queda de 5% em 2017, “depois de cinco anos de crescimento sustentado, devido à incerteza e redução da confiança dos consumidores provocados pelo Brexit”.

Já nos Estados Unidos, “as mudanças extremas levarão a uma contração nas vendas de -2,5% em 2017 e -1,8% em 2018, com um mercado de usados a crescer de forma galopante e a reduzir a procura por carros novos”, de acordo com o estudo.

O estudo alerta ainda para os riscos que o mercado automóvel enfrenta, nomeadamente a interrupção da isenção fiscal automóvel da China no início de 2017, as condições financeiras que estão a tornar-se mais densas nos Estados Unidos e a iminência do Brexit que está a afetar o poder de comprar no Reino Unido.

O mercado de automóveis usados continua em crescimento, principalmente nos Estados Unidos e no Reino Unido. Juntamente com a expansão dos automóveis em segunda mão no mercado chinês, isto contribui “para a desaceleração das vendas de veículos novos a uma escala global”.

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Bolsa avança. Sobe em 12 das últimas 13 sessões

Mais um dia de baixa volatilidade na bolsa nacional. A tendência das últimas sessões é positiva em Lisboa. BCP e Galp tiveram os ganhos mais acentuados.

Há quase uma semana que a bolsa nacional fecha sem grandes variações, traduzindo-se num cenário de baixa volatilidade em Lisboa por estes dias. A sessão desta terça-feira terminou com uma subida ligeira, a exemplo do que tem acontecido nos últimos dias. Mas, seja como for, a tendência tem sido positiva: o PSI-20 ganha em 12 das últimas 13 sessões.

O principal índice português encerrou hoje em alta de 0,07% para 5.311,88 pontos, depois de pouco ter avançado nas três sessões anteriores. Foram os desempenhos do BCP e da Galp que sustentaram a bolsa acima da linha de água. O banco somou 1,32% para 0,2304 euros. A petrolífera avançou 0,77% e tornou-se assim na maior cotada nacional com um valor de mercado de 12,4 mil milhões de euros, à frente da EDP (11,8 mil milhões)

No total, foram oito as cotadas a encerrar com sinal mais. Destaque ainda para os títulos da Semapa (+0,83%) e da EDP Renováveis (+0,13%). Do outro lado, o comportamento negativo da Mota-Engil (-1,83%), Navigator (-1,24%) e EDP (-0,37%) travaram uma maior ambição altista na praça nacional.

A Europa também não escapou a uma sessão de algum marasmo. Por exemplo, Madrid caiu 0,26% e foi a praça que apresentou uma variação mais extrema entre os pares europeus. Paris e Frankfurt alinharam-se com Lisboa e apresentaram ganhos entre 0,3% e 0,8%.

“Os mercados europeus encerraram com variações contidas, num ambiente marcado pelas crescentes tensões na Península Coreana (alimentadas pelas mais recentes declarações das autoridades de Pyongyang) e pelas incertezas em relação à situação política na Alemanha”, comentaram os analistas do BPI.

"Os mercados europeus encerraram com variações contidas, num ambiente marcado pelas crescentes tensões na Península Coreana (alimentadas pelas mais recentes declarações das autoridades de Pyongyang) e pelas incertezas em relação à situação política na Alemanha.”

Analistas do BPI

Comentário de Fecho

(Notícia atualizada às 16h59)

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Equipa da Agência do Medicamento relutante com nova sede

  • ECO
  • 26 Setembro 2017

A Agência Medicamento refere que a má escolha da nova localização da sede poderá levar a uma "crise de saúde pública" na UE. Da lista onde consta o Porto, apenas cinco destinos convencem os quadros.

Apenas cinco destinos atraem mais de 65% dos quadros da Agência Europeia do Medicamento (EMA), entre os 19 candidatos. “No melhor cenário, a EMA poderia manter até 81% da sua mão-de-obra”, pode ler-se num comunicado emitido esta terça-feira.

A sondagem interna que reuniu 92% dos trabalhadores da agência também apurou que, em oito destinos, menos de 30% dos funcionários estaria disposto a mudar-se. Tais cenários levantam “sérias preocupações” para a Agência Europeia do Medicamento. “Isto pode levar a graves consequências para a saúde pública na UE”, avança o comunicado.

Resultados do inquérito conduzido entre a equipa da Agência Europeia do Medicamento

Nos casos das cinco cidades acima dos 65% de retenção da atual mão-de-obra, a agência poderá levar entre dois a três anos a completar uma “recuperação total”, avança o Financial Times.

A Agência Europeia do Medicamento tem vindo a conduzir vários inquéritos internos desde novembro do ano passado, de forma a preparar a sua saída de Londres e a assegurar que os seus serviços não são interrompidos durante o processo.

Para o final deste mês espera-se que seja feita uma avaliação aos vários destinos a concorrer para a nova sede a EMA. A votação final ocorrerá em novembro.

Os possíveis destinos para a agência europeia percorrem praticamente todo o território do continente, mas foram os países do sul que mereceram atenção na semana passada. Em causa esteve a proposta do ministério dos Negócios Estrangeiros Grego de formar uma aliança mediterrânica, em que os países votariam uns nos outros para aumentar a probabilidade de ficar com o órgão europeu.

A cidade do Porto é um dos candidatos à nova localização da agência. Segundo um estudo da Deloitte, a vinda da EMA para a cidade do norte do país poderá ter um impacto direto estimado de 1.130 milhões de euros e criar mais de cinco mil postos de emprego.

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Marcelo perspetiva relações muito boas com Angola

  • Lusa
  • 26 Setembro 2017

Presidente da República diz que é preciso aproveitar "ambiente muito caloroso" vivido entre Angola e Portugal.

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, perspetivou, esta terça-feira, relações entre Angola e Portugal “muito boas”, demonstradas na ovação dada a Portugal na cerimónia de investidura do novo chefe de Estado angolano, João Lourenço.

Em declarações à imprensa, no final do ato de tomada de posse de João Lourenço, o chefe de Estado português destacou o “ambiente muito caloroso” entre os dois países, “que é preciso aproveitar”.

Marcelo Rebelo de Sousa, que chegou na segunda-feira a Luanda para participar desta cerimónia, considerou “impressionante” a ovação dada a Portugal, que “foi de longe a maior”.

“E não foi a mim, foi a Portugal”, salientou, destacando os laços de fraternidade entre os dois povos.

João Manuel Gonçalves Lourenço foi hoje investido Presidente da República de Angola, na sequência das eleições gerais angolanas, realizadas a 23 de agosto deste ano, da qual foi vencedora o partido Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).

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Credores do GES reclamam 9 mil milhões. ESI e Rioforte só conseguem pagar 3%

Os credores do universo Espírito Santo que queiram reclamar créditos à ESI, à Rioforte ou à Espírito Santo Control têm até este sábado, 30 de setembro, para fazê-lo.

As reclamações de créditos às empresas insolventes do Grupo Espírito Santo (GES) continuam a aumentar. Até 31 de agosto, os credores da Espirito Santo Internacional (ESI), da Rioforte e da Espírito Santo Control tinham reclamado mais de 9 mil milhões de euros. O valor fica muito acima do montante que as duas empresas insolventes têm disponível para cobrir estas dívidas. A Espírito Santo Control tem zero; a Rioforte e a ESI têm pouco mais de 247,4 milhões de euros depositados, o equivalente a menos de 3% do montante que é reclamado pelos seus credores.

Os valores constam do sétimo relatório dos gestores de insolvência das empresas que tinham sede no Luxemburgo, datado de 31 de agosto. No caso da ESI, a casa mãe do grupo que colapsou em 2014, os credores reclamaram, até agora, 4,9 mil milhões de euros. Contudo, a empresa só tem depositados 137,6 milhões de euros, além de que a grande maioria deste montante são fundos “mantidos por precaução”, isto é, não estão garantidos. Feitas as contas, a ESI só dispõe de 2,8% do dinheiro que é reclamado pelos credores.

Na Rioforte, a situação é semelhante. Os credores da empresa do ramo não financeiro do GES reclamaram um total de 3,9 mil milhões de euros até 31 de agosto, mais 200 milhões do que as contas do relatório anterior, datado de abril. Por outro lado, a Rioforte tinha depositados 109,8 milhões de euros para cobrir estas dívidas, o equivalente a 2,8% do total reclamado. “Este montante não inclui 43 reclamações retiradas que representam, aproximadamente, 750 milhões”, ressalva o relatório.

Em conjunto, os credores das duas empresas exigem 8,8 mil milhões de euros, mas os depósitos só cobrem 2,8% do montante total reclamado. No último relatório, de 30 de abril, o montante solicitado era de 8,6 mil milhões, com a taxa de cobertura a ser também de 2,8%.

Resta ainda a Espírito Santo Control, que era detida por vários membros da família Espírito Santo e que controlava a ESI e a Rioforte. Mas, neste caso, continua a não haver desenvolvimentos. “A sociedade não tem depósitos líquidos”, referem os curadores. Mas tem reclamações de créditos: a 31 de agosto, tinham dado entrada 10 reclamações de crédito (embora uma tenha sido retirada) relativas à Espírito Santo Control, no valor global de 267 milhões de euros.

Os credores do universo Espírito Santo que queiram reclamar créditos à ESI, à Rioforte ou à Espírito Santo Control têm até este sábado, 30 de setembro, para fazê-lo. O prazo para reclamar créditos tem sido sucessivamente prolongado, mas desta vez o relatório sublinha que a data termina no final deste mês.

Se venda falhar, Comporta arrisca insolvência

No capítulo dedicado à Rioforte, os curadores de insolvência admitem que, se a venda do fundo imobiliário da Comporta falhar, a herdade poderá ser obrigada a pedir insolvência.

O contrato de venda do Herdade da Comporta — Fundo Especial de Investimento Imobiliário (FEIFF), o fundo de investimento que gere os projetos turísticos e imobiliários naquela zona, ficou fechado em julho. Foi o empresário Pedro Almeida, dono da holding de investimentos Ardma, que comprou 59,09% desse fundo imobiliário, pretendendo comprar ainda a Herdade da Comporta — Atividades Agrosilvícolas e Turísticas, parte agrícola da Comporta.

Contudo, a operação ainda está dependente da luz verde do Ministério Público. Na semana passada, fonte da Procuradoria-Geral da República disse ao Jornal de Negócios que “o Ministério Público ainda não se pronunciou sobre a autorização” desta venda. Falta também a aprovação das autoridades da Suíça e da Caixa Geral de Depósitos, junto de quem o FEIFF tem uma dívida de 110,5 milhões de euros, que está em incumprimento.

Ora, se estas autorizações não vierem a ser concedidas, “a Herdade da Comporta deve submeter-se a um processo de insolvência“, refere os curadores da Rioforte, acrescentando que o valor líquido resultante desta venda será depositado numa conta que está bloqueada pelas autoridades portuguesas.

O relatório lembra ainda, que recentemente, foi lançado o processo de venda da empresa brasileira Luzboa, que detém barragens hidroelétricas. Os curadores dizem, contudo, não esperar “recuperar os fundos líquidos desta venda”, que também resulta da falência da Rioforte.

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Macron quer orçamento comum de defesa para a União Europeia

Emmanuel Macron, a falar na Universidade de Sorbornne, pediu aos Estados-membros para criarem um orçamento comum de defesa. E quer um imposto europeu para as transações financeiras.

O Presidente francês pediu esta terça-feira que os líderes europeus se juntem para criar um orçamento de defesa para a União Europeia. Num discurso sobre a reforma da UE, Emmanuel Macron afirmou ainda que quer uma força europeia de resposta rápida até 2020. Anunciou ainda que quer criar um imposto europeu nas transações financeiras, que já existe no seu país e no Reino Unido.

Num discurso focado na segurança, mas também na economia europeia, Macron anunciou várias propostas. Entre as medidas está a criação de um orçamento europeu para a defesa. A ideia é que haja uma “academia europeia” que reforce a cooperação nesta área entre os Estados-membros. Além disso, o Presidente francês falou numa força policial europeia que atuasse nas fronteiras e num Ministério Público Europeu capaz de investigar os casos de terrorismo.

Essa vontade está relacionada com o compromisso que fez de ajudar quem é afetado pelas guerras. “A crise dos refugiados não é uma crise, é um desafio”, afirmou Macron, referindo que é preciso “acelerar e harmonizar os procedimentos, criar finalmente uma base de dados para todas as pessoas que chegam e tratar dos pedidos de asilo”. No discurso pediu que os Estados-membros dividem os esforços deste que é um “dever comum”.

Macron também dedicou parte do seu discurso com o sistema fiscal. O Presidente francês anunciou que quer criar um imposto europeu para as transações financeiras. Segundo Macron, este é um imposto que só existe em França e no Reino Unido. Além disso, o Presidente de França comprometeu-se a “evitar a evasão fiscal” — nomeadamente taxando as gigantes tecnológicas onde estas têm os lucros — e a usar esse “dinheiro para investir no bem comum”. Quanto ao IRC, o imposto das empresas, Macron propôs que se crie limites — um mínimo e um máximo — entre os quais os Estados-membros podem definir o seu próprio imposto.

Num discurso dirigido à Alemanha — que recentemente teve eleições –, Macron disse querer reforçar a zona euro para que esta possa competir com a China e os EUA. Uma das prioridades do Presidente francês é lutar contra o desemprego jovem que ainda persiste na Europa. Uma das ideias de Emmanuel Macron é criar universidades europeias.

Quando toca às alterações climáticas, Macron pediu aos líderes europeus para estarem na frente da transformação ecológica. Uma das propostas passa por ter um “programa industrial europeu” para apoiar a construção de carros amigos do ambiente. “É necessário agravar os impostos no carvão nas fronteiras da Europa“, argumentou. Além disso, quer promover uma agricultura mais responsável.

O Presidente francês prometeu também “ajudar as indústrias mais expostas às mudanças tecnológicas”. Reiterou ainda a proposta que já tinha feito: criar um orçamento comum para a zona euro gerido por um ministro das Finanças europeu. “Não tenho linhas vermelhas, só tenho horizontes”, garantiu Macron.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h57)

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Europeus viajam cada vez menos, diz o Eurostat

  • ECO
  • 26 Setembro 2017

As viagens de negócios são as que registam uma maior queda nos últimos anos entre os europeus. Numa altura em que viajam cada vez menos, as deslocações pessoais por ano são cerca de mil milhões.

Os europeus já não viajam como antes. Os dados apresentados esta terça-feira pelo Eurostat revelam que as viagens de negócios desceram cerca de 40% nos últimos anos, de 206 milhões de deslocações em 2007 para 123 milhões em 2015. Por outro lado, as viagens pessoais somam cerca de mil milhões por ano.

Evolução no número de viagens de residentes da UE, por propósito, entre 2007 e 2015

A descida nas viagens de negócios, de acordo com o Eurostat, deve-se a uma redução nos orçamentos das empresas, bem como ao desenvolvimento de novas formas de comunicação à distância mais eficientes em termos de custos e tempo.

No entanto, olhando para o cenário intra-anual de 2015, a UE regista variações entre os dois propósitos para viajar. Os meses de julho e agosto representam o pico das viagens a título pessoal. Já as viagens de negócios predominam em março, junho, setembro e novembro.

Percentagem das viagens dos residentes da UE, por propósito, em 2015

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300 queixas contra a Ryanair em menos de uma semana

  • Lusa
  • 26 Setembro 2017

A Deco recebeu mais de 300 queixas contra a Ryanair, em menos de uma semana. Depois de uma reunião com a companhia aérea, esta firmou o compromisso de assumir as responsabilidades.

A Deco recebeu mais de 300 queixas de passageiros portugueses afetados pelo cancelamento de voos pela companhia aérea irlandesa Ryanair para setembro e outubro, informou esta terça-feira a associação de consumidores.

“As primeiras reclamações surgiram há uma semana e já temos 301 reclamações até à manhã de hoje”, afirmou à Lusa o jurista da associação Paulo Fonseca, explicando que o motivo das queixas se relaciona com o pedido de indemnizações e compensação por outros danos sofridos pelos passageiros, alguns no estrangeiro sem poder regressar e que pedem agora que a companhia suporte essas despesas de assistência.

A Deco diz ainda que, como resultado de uma reunião com a Ryanair na segunda-feira, a companhia irlandesa firmou o compromisso de assumir todas as suas responsabilidades.

No entanto, a Deco lembra que a transportadora não cumpriu os seus deveres de informação, ao dar a conhecer no seu site, o único canal disponível para os consumidores, que os passageiros prejudicados tinham direito a uma troca de voo, sem custos, mas sem referir o direito a qualquer indemnização por ter informado do cancelamento do voo sem respeitar o prazo mínimo de sete dias que a lei impor.

A Deco apela a todos os consumidores, associados ou não, que reencaminhem para a associação as suas reclamações, adiantando que cobra apenas aos não associados dez euros pelo processo, sendo grátis para os associados.

Continuamos a aguardar junto da ANAC o agendamento de uma reunião. Houve violação dos deveres da companhia irlandesa, devido a publicidade enganosa das suas obrigações face aos cancelamentos, no entanto ainda não foi aplicada nenhuma sanção”, criticou Paulo Fonseca, defendendo que a aplicação de coimas é devida pela violação de direitos fundamentais dos passageiros.

Entre as três centenas de reclamações há casos de passageiros que tiveram de pagar alojamento, nomeadamente em países estrangeiros, outros que tinham comprado voos com escala, ambos da Ryanair, mas a companhia não assume a responsabilidade por ambos os voos, e até um grupo de estudantes estrangeiros que, devido ao cancelamento de voo, ultrapassaram o prazo do visto necessário para poderem viajar.

A companhia aérea irlandesa cancelou 2.100 ligações até ao final de outubro, afetando 315.000 passageiros em todo o mundo.

Os passageiros da Ryanair afetados pelos cancelamentos têm direito a indemnizações, até cerca de 400 euros por viagem cancelada, além do reembolso ou remarcação da viagem e refeições/alojamento.

Mas o aviso publicado na página de internet da transportadora aérea não faz referência ao direito de ser compensado pelo cancelamento, facultando como solução a solicitação do reembolso, a processar em sete dias úteis, ou a alteração do voo cancelado de forma gratuita, mas sujeito a disponibilidade de lugares.

Na segunda-feira, a Ryanair anunciou ter processado já 305 mil remarcações de voos ou reembolsos, até ao passado domingo, o que abrange 97% dos clientes afetados pelo cancelamento de 2.100, dos seus 103 mil voos programados para setembro e outubro.

Em comunicado, a Ryanair especifica que os restantes 3% de clientes afetados, num total inferior a 10 mil clientes, ainda não terão entrado em contacto com a companhia.

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Yellen deixa Wall Street em suspense

Coreia do Norte merece a atenção dos investidores em Wall Street, que têm hoje novo fator a condicionar as suas estratégias. Janet Yellen fala sobre inflação e poderá deixar pistas sobre juros.

Enquanto digerem as tensões entre Coreia do Norte e EUA, depois de Pyongyang ter anunciado que poderá vir abater aviões norte-americanos mesmo que não estejam no seu espaço aéreo, considerando que Donald Trump declarou guerra ao país através da sua conta de Twitter, os investidores norte-americanos têm hoje novo fator a condicionar as suas estratégias: Janet Yellen. As subidas em Wall Street são ligeiras no arranque.

A presidente da Reserva Federal norte-americana discursa esta terça-feira sobre “Inflação, Incerteza e Política Monetária” no encontro anual da National Association for Business Economics, o que poderá deixar novas pistas acerca da política monetária na maior economia do mundo.

Neste cenário, o índice de referência mundial S&P 500 avança 0,2% para 2.501,65 pontos, ao mesmo tempo que o industrial Dow Jones soma 0,18%. Já o tecnológico Nasdaq recupera 0,44%, depois de na última sessão ter caído quase 1%.

“Estamos perante uma situação clássica de mudanças nas estratégias de risco nos mercados”, declarou John Hardy, estratego cambial do Saxo Bank.

No mercado petrolífero, o barril de ouro negro corrige em baixa após a forte valorização desta segunda-feira. O Brent cede 1,36% para 58,23 dólares. Entre as moedas, destaque para a moeda única europeia: o euro cede terreno, cai para mínimos de um mês abaixo dos 1,18 dólares.

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