Sem roaming, turistas europeus duplicam uso dos dados móveis

Os cidadãos da União Europeia que viajaram após 15 de junho - dia em que o roaming acabou - duplicaram o uso dos dados móveis face aos meses anteriores.

O primeiro verão sem roaming na União Europeia registou uma maior utilização dos dados móveis pelos turistas europeus. A percentagem de viajantes que utilizou esses serviços de forma frequente, tal como fazem no país de origem, duplicou após 15 de junho (31%). No período anterior essa percentagem era de 15%, revelou esta terça-feira um inquérito do Eurobarómetro.

Os primeiros resultados da abolição do roaming foram celebrados pela Comissão Europeia. “Os clientes estão contentes, o consumo está a aumentar e a procura de serviços móveis em viagem na UE é muito elevado”, sintetizou a comissária europeia Mariya Gabriel. Em comunicado, o vice-presidente responsável pelo Mercado Único digital, Andrus Ansip, garante até que “os operadores móveis estão a investir em redes para fazer face ao aumento da procura“.

O inquérito revela ainda que a percentagem de viajantes que nunca utilizou dados móveis no estrangeiro desceu para metade (21 %) a partir de 15 de junho, em comparação com os meses anteriores a essa data (42 %). Mais de dois terços dos europeus tem conhecimento da extinção das tarifas de itinerância — o conhecimento das novas normas aumentou para 86% após 15 de junho.

A Comissão Europeia refere que vários operadores assistiram a um aumento do tráfego de dados, o que reflete uma mudança de comportamentos nos consumidores europeus que viajaram. “Vários operadores comunicaram um aumento importante no tráfego de dados devido aos viajantes, multiplicado várias vezes durante este verão, em comparação com o verão de 2016 (de cerca de três a seis vezes e, em alguns casos, ainda mais)”, lê-se no comunicado da Comissão

O inquérito do Eurobarómetro foi realizado no final de agosto, cerca de dois meses e meio após a aplicação das novas regras.

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Nestlé reforça metas de crescimento. Foco está no café e nos animais de estimação

A empresa pretende aumentar a sua rentabilidade através do reforço de negócios com níveis de crescimento mais rápidos, onde se inclui o café e os cuidados dos animais de estimação.

A Nestlé definiu, nesta terça-feira, metas para os próximos anos para aumentar a sua rentabilidade. A estratégia da gigante mundial da industrial alimentar passa por apostar nas áreas de negócio de mais rápido crescimento, tais como o café e os cuidados alimentares dos animais.

A empresa suíça definiu pela primeira vez um objetivo fixo de rentabilidade, apontando uma margem comercial para o ano de 2020, superior em 2,5 pontos percentuais face à alcançada no ano passado.

A definição de uma meta de lucros sinaliza uma grande alteração na estratégia dos gigantes mundiais da indústria alimentar, após décadas em que a prioridade era ganhar escala. Atualmente, perante as dificuldades que as suas marcas vocacionadas para mercados de massas enfrentam em resultado do ceticismo dos consumidores que procuram soluções mais saudáveis e alternativas, o crescimento das vendas do setor está a abrandar e os gigantes da indústria estão a ser pressionados pelos investidores a baixarem custos e apostarem em nichos de mercado mais rentáveis.

Essa pressão está a ser exercida na Nestlé sobretudo por Daniel Loeb, fundador do hedge fund Third Point, que é um dos maiores acionistas da empresa. A meta de crescimento de 2,5 pontos percentuais para a margem operacional traçada para 2020, coloca-a no intervalo entre 17,5-18,5%.

“A pressão do mercado para uma meta para a margem era enorme, perante o crescendo da sombra do Third Point. O objetivo não parece impressionante, mas configura uma tendência para a empresa”, afirmou Jean-Phillippe Bertschy, analista da Vontobel, citado pela Reuters.

A Nestlé disse ainda que uma forte geração de caixa lhe iria permitir acelerar o ser programa de recompra de ações de até 20 mil milhões de francos suíços (17,43 mil milhões de euros). As ações da Nestlé valorizam 1,23% na bolsa suíça, para os 71,71 francos.

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Descer impostos e cortar o défice, o exercício do OE francês

  • ECO
  • 26 Setembro 2017

O Orçamento do Estado francês para 2018 vai ser apresentado esta quarta-feira e promete trazer uma reforma fiscal e um corte significativo na despesa pública para descer o défice para 2,8% do PIB.

O Governo francês vai apresentar esta quarta-feira a proposta de Orçamento do Estado para 2018 que vai tentar conciliar a redução de impostos prometida por Emmanuel Macron com a redução do défice orçamental. Um quebra-cabeças para o Bercy, que terá de fazer pesados cortes orçamentais.

Um “orçamento de transformação”, assente no “poder de compra” e o “respeito pelos compromissos”: é assim que o Governo tem apresentado, nas últimas semanas, o seu primeiro Orçamento do Estado, que tem por objetivo garantir que França cumpre as regras e mantém o défice orçamental num valor inferior a 3% do PIB, pelo segundo ano consecutivo.

A equação é complicada tendo em conta os múltiplos objetivos que o Governo pretende honrar. “Há uma tripla ambição: baixar consideravelmente os impostos aumentar as despesas de alguns setores e reduzir o défice. Isso cria, obrigatoriamente, uma tensão”, sublinhou à AFP, Alain Trannoy, diretor do departamento de investigação do EHESS.

O Orçamento, que será debatido no Outono, no Parlamento, prevê um conjunto de medidas fiscais, como a reforma do imposto patrimonial, a criação de uma flat tax para as receitas de capital e uma redução do imposto sobre a habitação para 80% das famílias. Estas medidas serão completadas, através do projeto-lei de financiamento da Segurança Social, por uma supressão das contribuições para o subsídio de desemprego e doença para os trabalhadores do setor privado cujo custo será compensado por um aumento de 1,7 pontos da Contribuição Social Geral.

Com estas várias reformas, dez mil milhões de euros serão dadas às empresas e às famílias. “É um esforço considerável”, que representa “mais de metade” da redução de impostos prometidos pelo Executivo pelo conjunto dos cinco anos, insistiu o primeiro-ministro Edouard Philippe.

O Orçamento também terá de refletir as promessas de campanha de Macron, nomeadamente, o reforço da segurança, acompanhamento das crianças com deficiência e incentivos ao trabalho. Por isso, várias pastas deverão ter um aumento da dotação como a Justiça, que deverá aumentar 3,8%, ensino superior que vai ganhar 700 milhões de euros ou a Defesa, com mais 1,8 mil milhões de euros.

Estes aumentos têm de ser conciliados com cortes orçamentais inéditos — 16 mil milhões de dólares — para cumprir as regras europeias em termos de Pacto de Estabilidade. Segundo o Bercy, o défice, em 2018, deverá ficar em 2,6% do PIB, uma descida de 0,1 pontos percentuais face ao previsto para este ano. As finanças públicas francesas continuam a ser vigiadas de perto por Bruxelas uma vez que o país continua a estar no Procedimento por Défice Excessivo.

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Costa diz que relação entre Portugal e Angola está “ótima”

  • Lusa
  • 26 Setembro 2017

Novo Presidente angolano toma posse, esta terça-feira, numa cerimónia que contará com a presença de 30 chefes de Estado e de Governo, entre os quais Marcelo Rebelo de Sousa.

O primeiro-ministro e líder do PS, António Costa, declarou, esta terça-feira, ser “manifesto” que as relações entre Portugal e Angola “estão ótimas”, como se atesta pela presença portuguesa na tomada de posse do novo Presidente angolano.

Questionado em Lisboa à margem de uma iniciativa autárquica em que participava como secretário-geral do PS, António Costa começou por declarar que quando pusesse a gravata e estivesse “como primeiro-ministro”, responderia a questões nesse âmbito, mas de todo o modo definiu como “ótimas” as relações entre os dois países.

“É manifesto que [as relações] estão ótimas, pela forma como o senhor Presidente da República e o ministro dos Negócios Estrangeiros estão a representar Portugal na tomada de posse do Presidente João Lourenço”, sustentou, antes de desejar felicidades para o mandato do Presidente angolano, que, lembrou, foi por si recebido na sede do PS “muito recentemente”.

O novo Presidente angolano, João Lourenço, toma, esta terça-feira, posse em Luanda, numa cerimónia com mais de mil convidados nacionais e estrangeiros, incluindo 30 chefes de Estado e de Governo, entre os quais o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa.

A cerimónia, que corresponde também à saída do poder de José Eduardo dos Santos, Chefe de Estado angolano desde 1979, vai decorrer durante a manhã no centro da capital, começando com a leitura da transcrição da declaração da Comissão Nacional Eleitoral que proclama João Manuel Gonçalves Lourenço como Presidente da República de Angola eleito.

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Consórcio japonês de bancos cria nova moeda digital

  • ECO
  • 26 Setembro 2017

Um consórcio de bancos japoneses está a preparar-se para criar uma nova moeda digital. A 'J Coin' tem como objetivo diminuir a forte dependência do Japão ao dinheiro vivo.

Os bancos japoneses vão introduzir uma nova moeda digital que deverá estar operacional nos Jogos Olímpicos de 2020 em Tóquio. Segundo o Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês), esta é a resposta do setor bancário à ameaça da Alibaba, empresa chinesa que lançou um serviço de pagamentos via smartphone no Japão. O novo projeto é liderado pelo Mizuho Financial Group e pelo Japan Post Bank e tem o apoio do banco central e do regulador financeiro.

Chama-se J Coin e deverá estar no mercado nos próximos dois anos. Esta moeda digital servirá para pagar bens e transferir dinheiro entre telemóveis. A J Coin deverá ser convertível em ienes numa base de um-para-um, segundo o jornal britânico. A ideia dos bancos é criar uma aplicação e QR codes de forma a facilitar as transações.

O serviço será gratuito. O que ganham os bancos? Vão recolher mais dados sobre os padrões de consumo dos seus utilizadores. “O dinheiro eletrónico está bem à frente dos cartões de crédito e de débito porque, quando se usa o cartão em lojas, estas têm de pagar uma taxa”, o que não acontece com a moeda digital, argumenta Yasuhiro Sato, o presidente executivo do Mizuho Financial Group, ao Financial Times.

O jornal teve acesso a uma apresentação usada pelos principais bancos japoneses para fazer lóbi junto do Governo e do regulador. O objetivo é desenvolver o projeto até aos Jogos Olímpicos de 2020 em Tóquio, altura em que poderão mostrar a capacidade de tecnologia financeira do país aos turistas. A estimativa dos bancos é que este novo sistema crie riqueza na ordem dos dez mil milhões ienes ao reduzir os custos com taxas.

Atualmente, 70% das transações feitas pelos japoneses são em cash — uma percentagem superior à da maioria dos países desenvolvidos, cuja taxa de utilização de dinheiro vivo fixa-se nos 30%.

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Netflix chinês pode valer dez mil milhões no mercado americano

  • ECO
  • 26 Setembro 2017

Com 30 milhões de subscritores pagos, a iQiyi é a plataforma que lidera o mercado de streaming chinês. As conversações para a sua oferta pública inicial no mercado americano estão prestes a começar.

O Netflix chinês pode lançar-se no mercado de ações norte-americano já no próximo ano. A oferta pública inicial da iQiyi pode chegar a valer entre oito e dez mil milhões de dólares (entre 6,7 e 8,4 mil milhões de euros), confirmaram, esta terça-feira, fontes citadas pela Bloomberg.

Essa não é ainda uma avaliação fechada. As conversações com os bancos e negociadores americanos estão prestes a começar, o que significa que o valor final da oferta pode ainda mudar. Em comparação, a equivalente americana, a Netflix, está avaliada em 80 mil milhões de dólares.

O iQiyi é um serviço de streaming que fornece uma variedade de séries de televisão, filmes e documentários (pagos e gratuitos) aos seus utilizadores. A empresa que é detida pela Baidu, um dos maiores motores de busca chineses, é a única companhia deste tipo com licença para difundir os produtos originais da Netflix, na China.

Num momento em que os seus concorrentes — plataformas geridas pelo gigante grupo Alibaba e pela Tencent Holdings — estão a crescer, a compra e a produção de mais conteúdo são apontadas como chaves para que a iQiyi consiga manter a sua liderança do mercado de streaming.

Ambos os rivais já garantiram que investirão mais nos programas que oferecem. A qualidade mantém-se, assim, uma das estratégias principais da iQiyi para ultrapassar a sua marca atual dos 30 milhões de subscritores pagos (em 2016, o serviço registou 481 milhões de utilizadores ativos mensais) e gerar mais receitas publicitárias, mantendo-se no topo.

A iQiyi já é parceira da Netflix e pretende reforçar a sua ligação à Alphabet (holding que detém a Google), partilhando com essa empresa uma porção maior das suas receitas e dados. O acesso a muitos dos serviços da Google, como o Youtube, continuam barrados na China.

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Popular investigado por dar informação falsa sobre as suas contas no aumento de capital

  • ECO
  • 26 Setembro 2017

O Procurador Anticorrupção fala em suposta prática de manipulação de mercado devido à prestação de informação falsa antes da alienação do Popular ao Banco Santander por um euro.

A investigação à queda do espanhol Popular é alvo de mais um episódio. O Procurador Anticorrupção, em Espanha, pediu ao juiz da Audiência Nacional, Fernando Andreu, que está à frente da investigação à queda do Banco Popular que separe a causa em dois processos. Um processo relacionado com o aumento de capital solicitado pelo banco que visou angariar 2.505 milhões de euros e outro por suporta prática de manipulação de mercado devido à prestação de informação falsa antes da alienação ao Banco Santander por um euro, segundo avança o Cinco Dias (acesso grátis).

O jornal espanhol diz que num pedido enviado por escrito em que é pedida a admissão de cerca de trinta queixas interpostas contra os ex-presidentes do banco — Angel Ron e Emilio Saracho — e contra o auditor PWC, o procurador alega que os factos são passíveis de serem considerados um delito de mercado e contra os consumidores. O Procurador Anticorrupção alega que para angariar capital, o Popular disponibilizou através do prospeto de investimento, informações relativas às suas contas que “não refletiam a verdadeira situação económica da instituição”.

Refere ainda que a manobra relativa ao exercício de 2016 teve uma “grave repercussão na segurança da transação” não só pelo montante solicitado pela entidade, mas também pelo “descrédito e desconfiança” que gerou no sistema financeiro e por milhares dos acionistas “potencialmente afetados”.

O procurador relata que o banco lançou uma campanha de difamação através da publicação de notícias contendo dados ou informações falsas, a fim de reduzir o valor de suas ações e assim obter lucros significativos.

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Serviços do WhatsApp bloqueados na China

  • Lusa
  • 26 Setembro 2017

Primeiro vieram as dificuldades em enviar ficheiros, depois os bloqueios intermitentes, agora a aplicação de comunicação está completamente bloqueada na China, poucos dias do congresso do PC chinês.

O serviço de mensagens instantâneas WhatsApp passou a estar inacessível na China, num sinal de reforço da censura, nas vésperas do congresso do Partido Comunista Chinês, o mais importante evento na agenda política do país.

Desde a semana passada, os servidores do WhatsApp no país começaram a sofrer bloqueios intermitentes. No fim de semana, a aplicação passou a estar permanentemente bloqueada.

O WhatsApp, que encripta as suas mensagens, dificultando a monitorização por terceiros, é utilizado na China por dissidentes e ativistas, como forma de evitar os serviços de mensagens domésticos, obrigados a partilhar informação com o regime.

Casos envolvendo mensagens enviadas a partir do Wechat — equivalente chinês ao WhatsApp — resultaram já em prisão.

Num caso difundido esta semana pela imprensa chinesa, um homem que escreveu “junta-te comigo ao EI” (Estado Islâmico) num grupo de chat, em jeito de brincadeira, foi condenado a nove meses de prisão, por promover o terrorismo.

O Wechat, que pertence à gigante chinesa da Internet Tencent, censura frequentemente mensagens contendo palavras politicamente sensíveis, como 4 de junho de 1989 (data do massacre de Tiananmen).

A18 de outubro, arranca o XIX Congresso do Partido Comunista Chinês, no qual se escolhe a liderança do país para os próximos cinco anos.

Em julho, os usuários do WhatsApp começaram a registar problemas na partilha de fotos e vídeos. Este mês, a Administração do Ciberespaço da China publicou um regulamento, no qual estabelece que as empresas do setor devem verificar as identidades reais dos membros em grupos de conversação no espaço ‘online’ e reforçar o controlo sobre os comentários feitos ‘online’. A censura chinesa bloqueia o Facebook, Youtube e Google ou ferramentas como o Dropbox e o WeTransfer. As versões eletrónicas de vários órgãos de comunicação estrangeiros também estão bloqueadas no país.

Desde de que ascendeu ao poder, em 2012, o Presidente chinês defende a noção de um “ciberespaço soberano”, ou o direito de Pequim de ditar o que os 730 milhões de internautas podem fazer ou ver na rede.

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Revista de imprensa internacional

Dois dias depois da reeleição de Angela Merkel para o seu quarto mandato e do clima de tensão que se tem vivido na Catalunha, conheça as notícias que marcam a atualidade internacional.

Os jornais internacionais não deixam escapar a reeleição de Angela Merkel para o seu quarto mandato, enquanto isso, Emmanuel Macron prepara-se para anunciar medidas para a UE e, para isso, espera contar com o apoio da chanceler alemã. Ao mesmo tempo, a Catalunha aguarda pelo referendo de 1 de outubro, para saber se vai ou não tornar-se num Estado independente. Conheça aqui as seis notícias que marcam a atualidade mundial.

Le Monde

Emmanuel Macron apresenta os “projetos-chave” para a União Europeia

O Chefe de Estado francês vai anunciar esta terça-feira um conjunto de “medidas emblemáticas” para desenvolver um roteiro de dez anos para a União Europeia. Medidas essas que envolvem os restantes parceiros europeus, incluindo Angela Merkel. Emmanuel Macron vai apresentar, em Paris, as tão aguardadas propostas. Espera contar com o apoio da chanceler alemã, mas tem noção de que não vai ser tarefa fácil depois da difícil reeleição. O Presidente centrista vai ainda falar aos estudantes, num debate onde serão debatidas as condições dos alunos no ensino e no acesso à universidade. Leia a notícia completa no Le Monde. (Conteúdo em francês / Acesso gratuito)

El País

Presidente da Catalunha quer período transitório depois do referendo

O presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, anunciou no final do dia desta segunda-feira que, caso vença o “sim” no referendo de 1 de outubro, pretende abrir um período transitório no qual dialogará com a Espanha e com a União Europeia. Segundo as palavras do político, será apresentada a hipótese de um diálogo a partir do dia 2 de outubro, para gerir a transição para a nova República. “A primeira coisa que vai acontecer é um apelo formal ao diálogo com o Estado espanhol e com a UE. Será fundamental que o Estado procure estar de acordo na forma de o gerir [Estado independente]”, disse. Leia a notícia completa no El País. (Conteúdo em espanhol / Acesso gratuito)

Telegraph

Banco de Inglaterra alerta para os 27 mil milhões de euro em risco em contratos derivados

O Banco de Inglaterra solicitou que fossem realizados acordos especiais para proteger o mercado de derivados do Reino Unido quando este sair da União Europeia. O banco alertou para a importância de proteger os 20 mil milhões de libras (27 mil milhões de euros) em contratos derivados existentes entre o Reino Unido e a UE. A instituição liderada por Mark Carney adiantou que será “complexo e difícil” para as empresas financeiras manterem os seus contratos com parceiros britânicos e os restantes da UE. “Deficiências nos serviços destes contratos poderão prejudicar o funcionamento do mercado e encarecer os seguros contra risco para empresas e agregados familiares”, segundo um comunicado divulgado esta segunda-feira, citado pela Bloomberg. Leia a notícia completa no The Telegraph. (Conteúdo em inglês/ Acesso gratuito)

CincoDías

Estragos dos furacões do Caribe custarão 200 milhões à seguradora Mapfre

Os furacões Harvey, Irma e Maria, e ainda os terramotos de Chiapas e Puebla vão custar à Mapfre cerca de 150 a 200 milhões de euros, avançou a empresa em comunicado esta segunda-feira. A multinacional explica que, para calcular os custos, foram tidos em conta os impactos nas zonas afetadas sobre as suas carteiras de risco, bem como o negócio de seguros nos Estados Unidos, Porto Rico, República Dominicana e México. “Este aumento extraordinário de custos faz com que a Mapfre modere as suas expectativas de cumprimento dos seus objetivos públicos para o período 2016-2018“, lê-se no comunicado. Leia a notícia completa no CincoDías. (Conteúdo em espanhol / Acesso gratuito)

Financial Times

Nestlé muda de estratégia e estabelece uma nova meta de lucro

Pela primeira vez, a empresa Nestlé estabeleceu uma nova meta para conseguir aumentar os lucros, o que representa uma mudança bastante significativa no seu modelo tradicional de vendas. A maior empresa de alimentos e bebidas do mundo disse que seria alvo de margens de lucro operacional subjacentes entre 17,5% e 18,5% em 2020 – em comparação com 16% no ano passado. As medidas fazem parte de uma atualização estratégica revelada em Londres por Mark Schneider, ex-chefe grupo do grupo alemão Fresenius. O crescimento orgânico das vendas da Nestlé diminuiu de 6% em 2012 para 3,2% no ano passado, a taxa mais lenta em duas décadas. Leia a notícia completa no Financial Times. (Conteúdo em inglês / Acesso condicionado)

Reuters

Alibaba investe 12 mil milhões para criar a maior rede logística do mundo

A empresa chinesa de comércio eletrónico Alibaba Group anunciou esta terça-feira que vai investir 5,3 mil milhões de yuans (679 milhões de euros) para aumentar a sua participação na empresa Cainiao Smart Logistics, dos 47% para os 51%. A Cainiao Smart Logistics é uma das principais empresas chinesas na área da logística e o objetivo passa por criar a maior rede logística global do mundo. “O nosso compromisso com a Cainiao demonstram o compromisso da Alibaba em construir a rede logística mais eficiente da China e do mundo”, disse o presidente-executivo da Alibaba, Daniel Zhang. A empresa adiantou ainda que pretende investir 100 mil milhões de yuans (12,7 mil milhões de euros) durante os próximos cinco anos para impulsionar essa rede de logística. Estima-se que o acordo esteja concluído em outubro. Leia a notícia completa na Reuters. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

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Guindos: “Independência [da Catalunha] seria suicídio económico”

  • ECO
  • 26 Setembro 2017

Ministro espanhol da Economia critica as aspirações independentistas da Catalunha, argumentando que já está a ser prejudicial nas negociações com uma empresa de carros que deveria instalar-se na zona.

O ministro da Economia, Indústria e Competitividade deixou vários avisos aos catalães, esta terça-feira, num ciclo de conferências, citado pelo Cinco Días. Luis de Guindos revelou que está a negociar com uma fabricante de automóveis que deverá instalar-se na zona franca de Barcelona, mas que a reivindicação dos catalães pela independência é um fator que não está a ajudar nas negociações.

“A independência seria um suicídio do ponto de vista económico e financeiro”, argumenta uma das principais caras do Governo espanhol, referindo que o Executivo “não vai deixar que isso aconteça”. Entre as potenciais consequências para o povo catalão está a saída do euro, a fuga do setor financeiro e a imposição de taxas comerciais.

A independência seria um suicídio do ponto de vista económico e financeiro.

Luis de Guindos

Ministro da Economia espanhol

O ministro da Economia espanhol considera que a possibilidade de referendo refletiu-se “muito pouco” na economia catalã, mas porque o Governo central tomou medidas e fortaleceu as exportações, que são um dos principais motores da Catalunha. Segundo o Expansión, 80% das exportações catalãs dependem da União Europeia.

De acordo com Guindos, as exportações da Catalunha representam 75% do PIB da região. Caso avançasse com a independência, as empresas catalães poderão vir a ser taxadas — no caso do setor automóvel pode chegar aos 10%. Neste momento “esta é uma das comunidades autónomas mais aberto ao exterior”, argumentou o ministro.

Guindos disse ainda que não prevê que a Catalunha mantenha a sua riqueza se deixar a União Europeia, criticando os independentistas porque quererem “instrumentalizar” as eleições. O ministro da Economia argumentou ainda que “nem todas as decisões são tomadas pelo Governo”. “Muitas decisões sei pela imprensa porque são tomadas por juízes que se baseiam no Estado de Direito e no cumprimento da lei“, afirmou.

Líder catalão abre porta a um período transitório após referendo

Em entrevista ao canal francês LCI, citado pelo El País, Carles Puigdemont garantiu que, após o referendo, quer garantir um período de transição para a Catalunha em que abrirá o diálogo a Espanha e à União Europeia. O presidente da região autónoma assegurou que quer continuar a ajudar as regiões espanholas mais pobres, mas confirmou que “se a vontade da Catalunha é ser um país independente, a Catalunha começará a ser um país independente”.

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Um ano depois, Unlock já gere seis hotéis independentes

  • ECO
  • 26 Setembro 2017

A ideia é criar uma rede de hotéis independentes, que representam a maior parte dos hotéis em Portugal. A Unlock Boutique Hotels nasceu em 2016.

O grupo de Miguel Velez expandiu-se desde a sua fundação em maio do ano passado. Desde então, o Unlock Boutique Hotels assumiu a gestão ou passou a gerir a marca de seis hotéis independentes. Segundo o Jornal de Negócios desta terça-feira, os hotéis dividem-se entre Caminha, Viana do Castelo, Amarante, Lisboa, Lagos e em Évora, cidade onde a empresa criou um hotel próprio.

O jornal refere que em Portugal existem, no total, cerca de dois mil hotéis, 1.400 dos quais independentes. Ou seja, que não estão associados a uma cadeia de hotéis. Esta característica do setor turístico levou Miguel Velez a criar o Unlock Boutique Hotels, uma empresa que pretende agregar vários hotéis de pequena dimensão e, em conjunto, ganhar competitividade.

Isso reflete-se, por exemplo, numa ida a uma feira internacional: “Um hotel pequeno não consegue ir a uma feira internacional porque é muito dispendioso. Custa entre dez e 15 mil euros. Quando temos quatro ou cinco juntos, já é possível”, afirma Velez, em declarações ao Negócios. Mas esta união também se reflete nos custos diários: “Acabamos por conseguir preços e condições melhores porque estamos a negociar para vários hotéis“, revela.

Segundo o empresário, os investimentos da empresa nos hotéis que gere passam pela melhoria das instalações, mas também dos recursos humanos. A estratégia passa pela personalização dos espaços consoante a cidade onde estão situados. “Podíamos ter muito mais hotéis em gestão, se quiséssemos. Mais importante do que crescer depressa, é fazer um bom trabalho em todos os hotéis, aumentando a rentabilidade e a receita“, considera.

A intenção de Miguel Velez e dos seus sócios é “criar um cluster de hotéis boutique em Portugal, entre os 20 e os 120 quartos”, abrindo dez hotéis nos próximos dois anos.

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BCP e EDP Renováveis ditam perdas na bolsa de Lisboa

O índice PSI-20 abriu em queda ligeira, condicionado pelo recuo dos títulos da energética e do banco. Energia da Galp ajuda a impedir perdas maiores.

A praça lisboeta arrancou em queda, após três sessões consecutivas de ganhos para o PSI-20. O índice de referência da praça bolsista lisboeta está a ser condicionado pelo recuo dos títulos da EDP Renováveis e também do BCP.

A praça lisboeta acompanha o rumo das pares europeias que também seguem com sinal negativo, sofrendo perdas modestas.

Por cá, o índice PSI-20 arrancou a perder 0,19%, para os 5.302,88 pontos, com dez dos seus 18 títulos a negociarem no vermelho. O desempenho do índice está a ser influenciado pelo recuo de 0,54%, para 7,15 euros, da EDP Renováveis. Mas também pelo deslize de 0,22%, para os 22,69 cêntimos dos títulos do BCP.

Contudo, é à Pharol que compete liderar as perdas neste arranque da sessão bolsista lisboeta. As suas ações recuam 2%, para os 34,3 cêntimos.

As perdas do índice de referência da bolsa nacional só não são mais acentuadas em resultado da subida dos títulos da Galp Energia. As ações da petrolífera avança 0,47%, para os 15,02 euros, após a forte aceleração das cotações do petróleo nos mercados internacionais na sessão anterior.

O preço do “ouro negro” valorizou mais de 2% na segunda-feira, com o brent londrino a namorar a barreira dos 60 dólares. Na sessão desta terça-feira, a cotação do petróleo segue a aliviar ligeiramente.

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