EDP tomba 4% e leva bolsa a liderar perdas na Europa

A investigação aos CMEC está a ter um efeito devastador nas ações da elétrica que são as principais responsáveis pelo deslize de 1% do PSI-20. As restantes energéticas também pesam no desempenho.

As ações da EDP mantêm as quedas registadas no arranque de sessão, sendo as principais responsáveis pelo tombo de 1% do índice PSI-20 que lidera as perdas na Europa. As ações da elétrica deslizam em torno de 4%, depois do Ministério Público ter anunciado que há suspeitas de corrupção ativa na EDP e REN e ter constituído o seu CEO arguido num processo de corrupção ativa. O desempenho do índice está a ser ditado também pelas energéticas REN e EDP Renováveis, ambas também envolvidas na investigação aos CMEC, mas também pela Galp Energia.

As ações da EDP abriram a derrapar 3,73%, para os 3,12 euros. No mesmo sentido seguem os títulos da REN e da EDP Renováveis, também envolvidas na mesma investigação, com os títulos de ambas a recuarem 1,75% e 0,75%, respetivamente, para os 2,80 euros e 6,90 euros. Além de Mexia, também Manso Neto, CEO da EDP Renováveis, é alvo de investigação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal. Em causa, estão suspeitas de prática de corrupção ativa, corrupção passiva e participação económica em negócio. Ambos foram constituídos arguidos.

É perante estas quedas que o índice PSI-20 recua 0,99%, para os 5.264,86 pontos, aliviando assim de máximos de dezembro de 2015 registados na sessão anterior. O índice luso acompanha o sentimento negativo dos pares europeus, mas com perdas mais extensas. O Stoxx Europe 600 recua 0,19%, para os 391,79 euros, num dia em que diversas bolsas europeias estão encerradas devido a feriados nacionais. É o que acontece, com a alemã, por exemplo.

A ajudar a arrastar a bolsa nacional para o vermelho está também a Galp Energia, cujas ações recuam 0,8%, para os 13,62 euros, em contraciclo com as cotações do petróleo que aceleram no dia em que um conjunto de cinco países árabes cortou relações diplomáticas com o Qatar que acusam de apoiar o terrorismo.

No mesmo sentido segue o BCP, que após uma abertura positiva, vê as suas ações recuarem 0,93%, para os 23,53 cêntimos. Mais extensas são as quedas das unidades de participação do Montepio Geral que lideram as quedas em Lisboa. O título cai 4,31%, estendendo o tombo de quase 13% registado na sessão anterior.

No vermelho, de salientar ainda a Semapa, cujas ações recuam 2,91%, para os 16,36 euros, um desempenho que está a ser condicionado pelo facto de a cotada negociar a partir de hoje sem direito ao dividendo de 45 cêntimos que vai pagar na próxima quarta-feira.

 

Em alta, destaque para as ações da Jerónimo Martins que impedem perdas mais acentuadas do índice nacional. Somam 0,57%, para os 17,70 euros. No mesmo sentido, segue também a Sonae, cujas ações avançam 0,22%, para os 92 cêntimos.

(Notícia atualizada às 10 horas, com novas cotações)

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Sete países árabes cortam relações diplomáticas com Qatar

  • Lusa e ECO
  • 5 Junho 2017

Bahrein, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Iémen, Líbia e Maldivas romperam relações diplomáticas com o Qatar, acusando o país de apoiar o terrorismo.

A contagem já vai em sete. O Bahrein, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Iémen, Líbia e as Maldivas anunciaram esta segunda-feira o rompimento de relações diplomáticas e o corte de ligações aéreas e marítimas com o Qatar, acusando o país de ingerência e de apoiar o terrorismo.

A Arábia Saudita afirmou querer “proteger a sua segurança nacional dos perigos do terrorismo e do extremismo”, enquanto o Bahrein sustentou a sua decisão acusando Doha de “minar a segurança e estabilidade” do país e de “interferir nos seus assuntos” internos. “A Arábia Saudita tomou esta medida decisiva devido à série de abusos por parte das autoridades de Doha ao longo dos últimos anos (…), por incitar à desobediência e prejudicar a sua soberania”, afirmou um responsável saudita, citado pela agência noticiosa oficial SPA.

Além disso, prosseguiu, “o Qatar acolhe diversos grupos terroristas para desestabilizar a região, como a Irmandade Muçulmana, o Daech [acrónimo em árabe do grupo autoproclamado Estado Islâmico]”. O Bahrein, por seu turno, culpou o Qatar pelo “incitamento dos ‘media’, apoio a atividades terroristas armadas e financiamento ligado a grupos iranianos para levar a cabo atos de sabotagem e semear o caos no Bahrein”.

Na mesma linha, o Egito, também por via de um comunicado do ministério dos Negócios Estrangeiros, justificou o rompimento de relações com o Qatar acusando-o de apoiar “o terrorismo” e de “insistir em adotar um comportamento hostil relativamente ao Egito”.

Decisões “injustificadas e baseadas em falsidades”

O Governo do Qatar já reagiu à notícia do corte de relações. Num comunicado publicado online pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do país, lê-se que o Governo “expressa o seu profundo arrependimento e surpresa pelas decisões” tomadas pelos vários países de “fechar as fronteiras e o espaço aéreo e cortar as relações diplomáticas”. O Governo considera ainda que as medidas são “injustificadas e baseadas em falsidades”.

“O Estado do Qatar tem sido sujeito a uma campanha de mentiras que chegaram ao ponto da completa invenção. Revela um plano para prejudicar o Estado do Qatar”, surge indicado. “As alegações contidas nos comunicados enviados pelas três nações do Conselho de Cooperação do Golfo a anunciar a cessação das relações claramente confirma a existência de um campanha mediática clandestina e planeada, que inclui invenções e notícias falsas”, acrescenta o ministro.

“Estas medidas não vão afetar o normal curso de vida dos cidadãos e residentes no Qatar. O Governo vai tomar todas as medidas necessárias para garantir isto e impedir todas as tentativas de influenciar e prejudicar a sociedade e economia do Qatar”, conclui.

Mais três países cortam relações com o Qatar

Entretanto, também o Iémen, a Líbia e as Maldivas decidiram juntar-se a esse conjunto de quatro países no corte de relações diplomáticas com o Qatar. O Iémen acusa aquele país de trabalhar com os seus inimigos do Houthi, movimento alinhado com o Irão, informou a agência de notícias estatal Saba, citada pela Al Jazeera.

“O Qatar tem sido a principal fonte de fornecimento de armas ao ramo líbio da Irmandade Muçulmana e a outros grupos islâmicos armados desde 2012, e representa uma ameaça à segurança nacional do mundo árabe”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros líbio, Mohammed Dairi, citado pela Sky News Arabia, no seguimento da adesão da Líbia ao boicote dos restantes cinco países árabes.

As nações anunciaram ainda a retirada dos diplomatas do Qatar dos seus territórios, a par com planos para cortar as ligações aéreas e marítimas, sendo que a Arábia Saudita deu ainda conta de que também pretende encerrar a sua fronteira terrestre com o Qatar, deixando-o o efetivamente isolado do resto da península arábica.

Neste âmbito, a transportadora Qatar Airways, uma das maiores companhias de longo curso da região, que cruza frequentemente o espaço aéreo saudita, já anunciou a suspensão de todos os voos com destino à Arábia Saudita. O mesmo aconteceu com outras três companhias áreas que também suspenderam os voos na península. Designadamente, a FlyDubai, a Etihad Airways e a Emirates que anunciaram que vão suspender todos os voos rumo e com origem em Doha, capital do Qatar.

Na sequência dos anúncios de corte de relações diplomáticas, a coligação internacional liderada pela Arábia Saudita que intervém no Iémen anunciou a exclusão do Qatar devido ao “seu apoio ao terrorismo”.

Além da Arábia Saudita, Bahrein, Egito, Emirados Árabes Unidos, integram a coligação internacional a Jordânia, Kuwait, Marrocos, Paquistão e Sudão. Este sismo diplomático tem lugar 15 dias depois de uma visita a Riade do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o qual pediu aos países muçulmanos para agirem de forma decisiva contra o extremismo religioso. Estes desenvolvimentos representam um grave revés para o Qatar que, independentemente do seu papel regional, vai acolher o Mundial de Futebol de 2022.

Portugal condena o corte de relações

O ministro português dos Negócios Estrangeiros qualificou, hoje em Madrid, de “perturbadora” a decisão do Bahrein, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Iémen de cortarem relações diplomáticas com o Qatar. “Haver cortes de relação entre países é sempre um elemento perturbador”, disse Augusto Santos Silva, acrescentando ser necessário uma “boa concertação política e diplomática entre todos, e não de perturbação”.

Para o chefe da diplomacia portuguesa, “este caso é ainda mais perturbador porque ocorre poucos dias depois de uma reunião de todos os países do Golfo com a nova administração norte-americana”. Desse encontro “parecia ter saído uma mensagem de unidade e de envolvimento de todos no combate ao terrorismo”, disse Augusto Santos Silva.

(Notícia atualizada às 15h00 com mais informações.)

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Fisco tem 120 processos em “elevado risco” de prescrição

  • ECO
  • 5 Junho 2017

O Fisco português tem várias falhas e uma delas passa pelo desentendimento dos serviços sobre os prazos de prescrição. O alerta é dado pela Inspeção-Geral das Finanças.

O Fisco português está a deixar aumentar o risco de prescrição de dívidas ao Estado devido às falhas de uniformização. A crítica é feita pela Inspeção-Geral das Finanças (IGF) numa auditoria concluída há um ano, mas que só foi tornada pública recentemente, avança esta segunda-feira o Público. As falhas da Autoridade Tributária e Aduaneira levaram a que, no período da análise, fossem identificados 120 processos em “elevado risco” de prescrição.

São vários os fatores que levaram os processos a chegar a esse estado. A primeira razão simples é que os processos são instaurados tardiamente, comprometendo a data da sua conclusão. Mas também existem casos de processos que pararam no tempo, “suspensões indevidas” e “apresentação de recursos judiciais”.

Para resolver este problema, a IGF aconselhou a Autoridade Tributária a elaborar instruções administrativas para uniformizar os procedimentos, o que não acontece atualmente, nem a nível central nem a nível regional ou local. Além disso, a auditoria recomenda ainda a criação de um mecanismo que monitorize periodicamente as pendências, consoante o risco de prescrição, trazendo para a mesma mesa as várias direções de Finanças.

Em geral, a IGF considerou que o Fisco português tem “fragilidades e insuficiências” no acompanhamento dos processos, nomeadamente por existirem entendimentos diferentes sobre os prazos de prescrição aplicáveis, mas também por questões relacionadas com os sistemas informáticos.

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Economia mundial vai crescer entre 2,7% e 2,9% até 2018

  • Lusa
  • 5 Junho 2017

A economia mundial registará um crescimento este ano e no próximo impulsionada pela estabilização do preço das matérias-primas e por uma retoma do comércio global, estimou o Banco Mundial.

A economia mundial registará um crescimento este ano e no próximo impulsionada pela estabilização do preço das matérias-primas e por uma retoma do comércio global, estimou hoje o Banco Mundial.

De acordo com as previsões da organização, a economia mundial crescerá 2,7% este ano e 2,9% em 2018.

Este ano, nos 19 países da Zona Euro a economia crescerá globalmente 1,7%, enquanto nos Estados Unidos o crescimento será de 2,1% e no Japão de 1,5%.

O Banco Mundial prevê uma desaceleração da economia na China, de 6,7% em 2016 para 6,5% este ano e 6,3% em 2018.

O comércio global deverá registar um crescimento expectável de 4% em 2017.

Ainda assim, o Banco Mundial diz que esta recuperação da economia ainda é “frágil” e avisa para os riscos de políticas protecionistas, para as situações de conflitos geopolíticos e para as repercussões financeiras do possível aumento das taxas de juro nos Estados Unidos.

De acordo com o economista Ayhan Kose, que assina estas previsões do Banco Mundial, os países devem aproveitar para promulgar reformas que possam melhorar a produtividade, nomeadamente que eliminem burocracia e promoção uma maior concorrência entre empresas.

“Este é um bom momento para empreender políticas que tornarão essas economias mais resilientes”, disse.

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5 coisas que precisa saber antes de abrirem os mercados

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 5 Junho 2017

Do Parlamento português à conferência anual da Apple, passando por indicadores internacionais. O que marca o dia?

Por cá, o dia é marcado pela audição de Carlos Costa no Parlamento, a propósito da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Lá fora, a conferência anual da Apple promete centrar atenções. Mas os investidores também vão estar de olhos postos noutros indicadores.

Carlos Costa responde aos deputados sobre António Domingues

O Governador do Banco de Portugal é ouvido esta segunda-feira no Parlamento, na comissão de inquérito relacionada com a nomeação e demissão de António Domingues da Caixa Geral de Depósitos. Hoje é o dia de Carlos Costa falar aos deputados mas não será o único. Mourinho Félix e Mário Centeno também serão ouvidos durante a semana nesta comissão, que quer apurar se o ministro das Finanças negociou a dispensa da apresentação da declaração de rendimentos de António Domingues.

Como avança o setor dos serviços nos EUA?

Em abril, o índice dos gestores de compras no setor dos serviços norte-americano avançou para 53,1 pontos. E em maio? Os dados do IHS Markit são conhecidos hoje, tendo por base um questionário mensal que abrange mais de 400 empresas americanas. É mais um indicador que toma o pulso à economia e ao qual os investidores estão atentos.

EUA: investidores aguardam novos dados sobre o mercado de trabalho

Ainda nos Estados Unidos, a Reserva Federal divulga o Índice de Condições do Mercado de Trabalho relativo a maio. Aqui está incluído um conjunto de indicadores que permitem fazer o ponto de situação do mercado de trabalho norte-americano, uma informação de relevo para os investidores.

Conferência Apple: o que há de novo?

A WWDC — conferência anual que reúne programadores que desenvolvem aplicações para o sistema da Apple — tem início esta segunda-feira e estende-se até sexta, em San Jose. O CEO Tim Cook vai discursar, e deverá apresentar mais uma atualização para o sistema iOS. Além disso, virão aí novos produtos? A Apple vendeu menos iPhones no trimestre terminado em março, mas isso não impediu a tecnológica de aumentar o volume de negócios para 52,9 milhões de euros.

Semapa entra hoje em ex-dividend

A Semapa negoceia a partir de hoje sem direito ao dividendo de 45 cêntimos que vai pagar na próxima quarta-feira. Deste modo, as ações da holding liderada por Pedro Queiroz Pereira deverão arrancar a sessão desta segunda-feira fortemente condicionadas. Desde o início do ano, os títulos valorizam 26%.

 

 

 

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Santa Casa pode ficar com 10% do banco Montepio

Marques Mendes, no seu comentário semanal na SIC, diz que “é muito provável que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa entre no capital do Montepio”.

A forte valorização das unidades de participação da Caixa Económica Montepio Geral, que chegaram aos 95 cêntimos, foi um dos temas que marcou a semana nos mercados financeiros em Portugal.

No seu comentário na SIC, Marques Mendes revela que “é muito provável que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa entre no capital do Montepio”, não da Associação Mutualista, mas do banco Caixa Económica Montepio Geral.

O comentador afirma que, a acontecer este cenário, “a participação poderá chegar a 10%”, acrescentando que, ao longo desta semana, Pedro Santana Lopes, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, deverá ter uma reunião com Manuel Lemos, o Presidente da União das Misericórdias, no sentido de aferir a possibilidade de outras instituições de cariz social poderem também entrar no capital do banco.

Marques Mendes refere ainda que os “órgãos de soberania estão empenhados” nesta solução.

O Público já tinha noticiado que os responsáveis da Santa Casa de Lisboa e do Montepio estiveram reunidos com o Banco de Portugal para discutirem os termos de uma parceria. O Expresso noticiou ainda que o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, estará a pressionar Pedro Santana Lopes para que este dê luz verde à entrada da instituição no capital do Montepio Geral.

Depois de uma semana de subidas e correções acentuadas na bolsa, as unidades de participação da Caixa Económica Montepio Geral fecharam nos 65 cêntimos, amealhando um ganho acumulado de 55%.

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Os zombies estão de volta… e vêm de comboio

  • Juliana Nogueira Santos
  • 4 Junho 2017

A terceira temporada da série Fear The Waking Dead estreia esta segunda-feira e os zombies vão andar à solta em Lisboa.

Prepare os machados e tacos de basebol. Os zombies estão de volta e não vão ficar apenas pela sua televisão. A terceira temporada da série americana Fear the Walking Dead estreia esta segunda-feira em Portugal, no canal AMC, e tem direito a episódio duplo. Esta temporada será dividida em duas partes, sendo a primeira metade será composta por oito episódios.

Este spin-off da série de sucesso The Walking Dead que, tal como a sua antecessora, desenvolve a sua narrativa em torno de um cenário pós-apocalíptico em que os mortos vivos tomaram conta do que restou. Como seria de esperar, não foram desvendados muitos pormenores em volta daquilo que se vai passar dentro do pequeno ecrã, sendo que apenas se sabe que as duas famílias resistentes, os Clark-Manawa e os Salazar, se vão reunir na violenta fronteira entre os Estados Unidos e o México para, a partir daí, reconstruírem a sociedade.

De sublinhar que, quando estreou, em 2015, a série contava com mais de dez milhões de espetadores. Ao longo dos episódios, os seguidores foram diminuindo, sendo que agora a audiência da Fear The Walking Dead estabilizou nos três milhões de pessoas.

Segunda-feira pode vir a cruzar-se com uma destas criaturas pouco amigáveis.AMC Networks

Ainda assim, não se surpreenda se, durante o dia de segunda-feira, vir algumas criaturas à procura de cérebros frescos pela cidade de Lisboa. A AMC Networks preparou um comboio zombie que vai partir às 11h00 da estação de Coina e vai chegar a Sete Rios meia hora depois, recheado de terror e pouca vida. Esta será, com certeza, uma viagem emocionante para os fãs da série — se conseguirem guardar bem os seus cérebros.

A nova temporada estreia esta segunda-feira, 5 de junho, às 22h10, em episódio duplo, no Canal AMC– posição 84 na Nos, posição 86 na Meo e posição 38 na Nowo.

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Dos escândalos à proximidade. Como a banca quer chegar a si

Depois de tantos escândalos, de uma crise que forçou a banca a encolher, a palavra de ordem é, agora, proximidade. É possível? Saiba como os bancos querem reencontrar-se com os clientes.

Enquanto estenderam a mão para receberem a ajuda dos portugueses em resultado da crise que atingiu o setor, com a outra, os bancos vão encolhendo (e muitos acabaram mesmo por desaparecer). Fecham balcões ao mesmo tempo que apregoam proximidade com os clientes. Como é que se conjuga tudo isto? Como é que depois de tudo – incluindo tantos escândalos – os bancos podem reconciliar-se com os portugueses?

BPN, BES, Banif, são apenas os exemplos maiores de bancos que passaram à história. Casos de polícia, mas também de como a crise derrubou instituições que durante anos se expuseram em demasia aos riscos. Mas mesmo outros grandes nomes do setor não ficaram imunes à turbulência que se fez, e continua a fazer, sentir no setor financeiro. Obrigaram a injetar milhares de milhões de euros, parte desses milhões vindos do bolso dos contribuintes.

Sai dinheiro dos bolsos dos portugueses para os rácios da banca, mas também das contas dos clientes para as comissões cada vez mais elevadas cobradas por um setor que precisa de negócio para ser sustentável. Daí que a palavra de ordem seja proximidade. A CGD realça a portugalidade que lhe é inerente no meio de corações de Viana e peças de Bordalo Pinheiro — até o logótipo já tem as cores da bandeira nacional. A história repete-se no Santander, que recupera um velho chavão para chamar as famílias, “Quem quer casa vai ao Totta”. O Novo Banco e Montepio inovam para estar mais perto, com remodeladas instalações e maior interatividade nos serviços.

 

Mas as tentativas de proximidade parecem confinar-se ao espaço dos cartazes. É que fechar balcões virou “moda”. Não há banco que não tenha encerrado espaços de atendimento aos clientes. Se os privados fazem-no sem grande celeuma, a CGD não. Está a fechar e vai continuar a fazê-lo, sempre sob grande escrutínio da população. Não ajuda a passar a mensagem de proximidade, mas é necessário.

Os encerramentos justificam-se “na medida em que Portugal tem uma taxa de agências por cliente que está muito acima da média da União Europeia“, afirma a CGD. Na mesma linha, o Montepio, considera que a atual rede de balcões permite uma “boa cobertura do território nacional“. Para mais, os bancos contactados pelo ECO, os mesmo que constam do gráfico, são unânimes: é preciso reduzir custos para aumentar a rentabilidade.

Quais as soluções que poderão então garantir a proximidade?

A CGD quer lançar-se à estrada e bater à porta das populações rurais a bordo de uma rede de balcões móveis. Mas não é esta a abordagem mais comum. Na maioria dos bancos, quando se fecha uma porta, abre-se uma janela… No computador dos clientes. A aposta agora é no digital.

O Santander Totta acredita que o digital “também é uma forma de proximidade” que se adapta àquilo que “o cliente quer”. Por isso mesmo, o Montepio defende que “o digital nunca será sinónimo de impessoalidade” e afirma que está a “dotar o online de uma maior capacidade de conhecimento do cliente para poder personalizar ainda mais a relação”.

Mas serão estas soluções eficazes?

Elizabete Cardoso, professora na lisboeta Nova SBE e na inglesa Coventry University, é especialista em marketing e a experiência que teve na banca centrou-se na relação com o cliente. O seu percurso permite-lhe concordar com esta nova visão dos bancos. “O valor proximidade não é contraditório com o fecho dos balcões porque hoje em dia estar perto da minha geração ou das gerações mais novas não implica ter um balcão aberto. Pelo contrário, é com orgulho e “carinho” que afirma só ter visitado o balcão do banco que escolheu um par de vezes nos últimos doze anos. “Criar proximidade foi fazer a minha vida mais fácil e não precisar de me deslocar à agência.”, explica Elizabete.

Porém, a professora reconhece que “Há aqui um foco claro em privilegiar as necessidades dos clientes que gostam de self-service em relação aos outros“. Mas e as gerações mais antigas? A verdade é que “o potencial de relação de um banco com um cliente mais velho não oferece o mesmo tipo de rentabilidade de um cliente mais novo“, o que justificará a opção estratégica dos bancos.

E suficientes, são?

O digital tem portanto o seu quê de eficácia. Mas uma última questão: será suficiente para recuperar uma relação tão tumultuosa com os clientes? Elizabete Cardoso considera que não: existe ainda “um caminho épico a trilhar” para que os bancos se tornem “aquilo que a sociedade precisa que eles sejam”.

"Frisaria que esta transição que os bancos estão a fazer do físico para o digital é apenas uma de muitas transformações que teremos de ver na banca, que terão de começar na própria filosofia de gestão e que vão obrigar a repensar o que a banca quer ser no futuro.”

Elizabete Cardoso, especialista em Marketing e professora na Nova SBE e na Coventry University

Construir de novo, sem telhados de vidro

Um lar desfeito precisa de novos alicerces. Como em qualquer relação, um deles é a confiança, mas no caso da banca este é especialmente pertinente. Segundo Elizabete Cardoso, o que define o cliente médio da banca é uma “falta de conhecimento sobre os produtos“, incluindo aqueles que escolhe para si. Numa altura em que tudo na banca é dúbio, mais do que nunca, confiança é sinónimo de clareza.

Elizabete apostaria uma campanha com base no “saiba tudo o que precisa de saber, preto o branco. Sem letras pequeninas”. Uma comunicação assente no “dizer o que vai fazer, fazer o que disse que ia fazer e explicar que fez aquilo que disse que ia fazer“.

“Não é novidade nenhuma que os bancos não gozam dos maiores níveis de confiança”, acrescenta, mas algo mudou: a capacidade dos clientes de manifestarem a sua insatisfação. A tinta que corre nas redes sociais pode ser mais uma mancha na reputação dos bancos. Mas a partilha espontânea de opinião não tem que ser uma pedra no sapato. “Parte grande da estratégia de um banco tem de ser ter boas críticas“, esclarece a professora.

Mas quando Elizabete afirma que “a banca tem de se repensar por dentro”, refere-se a um nível mais profundo: alterações na própria estrutura. A questão da confiança tem que ser “genuína” e “transpirar da empresa para fora” caso contrário, a banca será sempre “gato escondido com rabo de fora”, garante.

No âmbito da apresentação do estudo “Who cares” que avalia a empatia das marcas em Portugal, Manuela Botelho, secretária geral da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN), reconheceu que esta é uma “fase difícil para trabalhar no marketing dos bancos” mas defende que uma atuação ao nível do departamento de marketing não será suficiente, numa posição alinhada com a de Elizabete Cardoso. É necessária uma reorientação em termos de valores e propósito que “tem de vir de cima”.

Editado por Paulo Moutinho

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Subida do Montepio deixou investidores perto de anular perdas

As unidades de participação do Montepio aproximaram-se de um euro, o valor com que começaram a negociar. Ficaram a escassos cinco cêntimos de anular as perdas.

O Montepio já esteve a valer quase tanto quanto valia quando entrou em bolsa. Numa semana louca em bolsa, as unidades de participação chegaram aos 95 cêntimos, deixando muitos pequenos investidores que participaram na oferta pública de subscrição, realizada no final de 2013, perto de conseguirem anular as perdas acumuladas desde então. Mas a correção que se seguiu derrubou o “sonho”.

Foi em dezembro de 2013 que as unidades de participação do banco Montepio começaram a negociar em bolsa. Unidades que surgiram a partir de dois aumentos de capital realizados pela instituição liderada por Félix Morgado. A primeira operação aconteceu em 2013 apenas para clientes de retalho. O segundo aumento de capital já decorreu em 2015 e foi exclusivo para a Associação Mutualista, a dona do Montepio.

De acordo com os resultados da operação, foram negociados ao todo 400 milhões de títulos. Entre os 23.916 investidores que participaram, a maioria comprou até mil unidades. Mas mais de 200 investidores aplicaram mais de 100 mil euros.Euronext

Os 23.916 pequenos investidores deram um euro por cada título — a maioria comprou até mil unidades, mas mais de 200 aplicaram mais de 100 mil euros. Um valor que nunca mais foi recuperado desde as primeiras sessões. Mas na última semana aproximaram-se deste valor. As unidades atingiram os 95 cêntimos, o valor mas elevado desde 23 de dezembro de 2013, após mais uma subida vertiginosa, de mais de 50%, que se seguiu à escalada de 46% na sessão anterior.

Depois de chegarem a ganhar um máximo de 53,23%, os títulos acabaram por corrigir, voltando a afastar-se do preço de entrada no mercado. As unidades de participação da Caixa Económica Montepio Geral perderam valor nas últimas duas sessões da semana para encerrarem nos 65 cêntimos. Ainda assim, a subida acumulada foi de 55%.

Unidades do Montepio tocaram máximo de 2013

A forte valorização registada fez acionar por várias vezes o mecanismo que interrompe automaticamente a negociação sempre que se registam variações superiores a 10%. E fez soar os alarmes no regulador do mercado de capitais, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, que foi interrogando o banco sobre a existência, ou não, de algum facto relevante a comunicar ao mercado. Isto ao mesmo tempo que analisa as transações realizadas com os títulos da instituição.

“A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) informa que não tem, nesta data, qualquer informação privilegiada ou materialmente relevante que, em seu entender, possa ter influenciado de forma sensível a cotação ou o volume de transações de unidades de participação, nos termos verificados nos dias 30 e 31 de maio de 2017, ou possa vir a influenciar essa mesma cotação ou volume de transações”, afirmou o Montepio em comunicado enviado à CMVM.

O Montepio não tem nada a comunicar, mas por detrás do movimento estará a expectativa de que possa surgir, em breve, um novo investidores para a instituição que está prestes a passar a sociedade anónima, abrindo o capital a novos acionistas além da Associação Mutualista. Quem? A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML).

"A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) informa que não tem, nesta data, qualquer informação privilegiada ou materialmente relevante que, em seu entender, possa ter influenciado de forma sensível a cotação.”

Montepio

Comunicado enviado à CMVM

A possível parceria entre a SCML e o Montepio está a conhecer novos desenvolvimentos. Os responsáveis de ambos os lados estiveram reunidos com o Banco de Portugal para discutir os termos desta parceria, revelou o Público. E o Expresso diz que o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, está a pressionar Pedro Santana Lopes, provedor da SCML, para que este dê luz verde à entrada da instituição no capital do Montepio Geral.

Há uma crescente pressão para que haja um novo acionista ao mesmo tempo que o regulador do setor financeiro está a avaliar as contas do Montepio, antes de decidir se o banco terá de fazer um aumento de capital para reforçar rácios.

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Carros autónomos vão valer sete biliões de dólares por ano

A partir de 2050, os carros autónomos irão contribuir com sete biliões de dólares por ano para a economia global. Até 2035, serão um mercado de 800 mil milhões, estima a Intel.

As empresas poderão vir a desenvolver serviços para serem usados enquanto os carros se conduzem sozinhos, estima a Intel.Wikimedia Commons

A partir de 2050, o mercado dos carros autónomos deverá contribuir com sete biliões de dólares anuais para a economia global (7.000.000.000.000 de dólares). A estimativa é da Intel, que antevê um futuro repleto de novas oportunidades de negócio para aproveitar as 250 milhões de horas de tempo livre que se estimam que os carros sem condutor libertem todos os anos.

Em 18 anos, o mesmo mercado deverá valer 800 mil milhões de dólares, estima a empresa. O jornal The Telegraph, que avançou a notícia, sublinha que a tecnologia irá transformar condutores em passageiros com tempo livre, num conceito que a Intel batizou de “economia dos passageiros”. Antecipa ainda um novo segmento de aplicações e funcionalidades para os automóveis, tais como salões de beleza a bordo, ou clínicas médicas. Tudo isto para usufruir durante a deslocação automática do ponto A ao ponto B.

Outra disrupção antecipada pela Intel prevê que muitos carros autónomos estacionados lado a lado poderão servir de autênticas unidades de alojamento, como se fossem parques de caravanas. Por tudo isto, o presidente executivo da empresa, Brian Krzanich, alerta que as empresas que não forem capazes de se adaptar irão ser extintas.

“As empresas devem começar a pensar numa estratégia autónoma agora mesmo. Há menos de uma década, ninguém falava do potencial da economia da partilha ou das aplicações, que estava prestes a emergir, porque ninguém se apercebeu dela. Por isto é que começámos ainda cedo a falar da economia do passageiro, para alertar as pessoas para os filões de oportunidade que vão emergir quando os carros se tornarem nos nossos dispositivos mais capazes de gerar dados, e as pessoas trocarem o conduzir pelo viajar”, defende Krzanich, citado pelo jornal britânico.

No fundo, o que a Intel prevê é um futuro em que, tal como acontece hoje com os telemóveis, as empresas poderão desenvolver serviços e aplicações para os próprios veículos. Serão eles os aparelhos a levar a tecnologia até aos utilizadores e um dos principais meios de consumo, impulsionando a economia de forma direta e indireta.

"As empresas devem começar a pensar numa estratégia autónoma agora mesmo. Há menos de uma década, ninguém falava do potencial da economia da partilha ou das aplicações, que estava prestes a emergir, porque ninguém se apercebeu dela.”

Brian Krzanich

Presidente executivo da Intel

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Famílias com filhos terão IRS automático em 2018

  • ECO
  • 4 Junho 2017

Ainda não está definida a data concreta para que isto aconteça. De fora ficam os trabalhadores independentes.

As famílias com descendentes a cargo, e com rendimentos de trabalho dependente ou pensões, terão direito à declaração automática de IRS já no próximo ano. A informação é confirmada pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1.

Segundo o secretário de Estado, quem quiser ter direito a este modelo terá de aceder ao seu cadastro, no Portal das Finanças, e registar o número de contribuinte dos filhos.

“O Simplex para o ano de 2018 incluirá essa extensão do IRS automática, não a todos os casais com dependentes, mas, pelo menos, à maioria que, tendo rendimentos do trabalho dependente ou pensões, tenham também dependentes. Na segunda metade deste ano as pessoas poderão preencher o seu cadastro familiar e, a partir desse pré-preenchimento, o IRS poderá calcular automaticamente também as deduções e despesas que correspondem aqueles dependentes”, explica Rocha Andrade.

Ainda não há uma data certa para que isto seja possível. O secretário de Estado refere ainda que “o IRS automático poderá ser alargado” conforme os serviços tributários consigam “automatizar mais dados”. Assim, no futuro, “rendimentos de capitais, rendimentos prediais e de mais valias” também poderão ser incluídos no IRS automático.

De fora fica, para já, o trabalho independente. “Não creio que alguma vez possamos dizer que toda a gente estará no IRS automático, mas chegará a um ponto, se o processo continuar a bom ritmo, em que serão residuais as situações em que se não fará o pré-preenchimento”, admite Rocha Andrade.

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Marcelo pede mais cooperação entre UE Reino Unido

  • Lusa
  • 4 Junho 2017

"Se queremos lutar pela democracia, não podemos aceitar o esvaziamento dos nossos ideais", defende o Presidente da República.

O Presidente da República afirmou este domingo que, face a atentados como os de Londres, perto de eleições, é preciso defender a democracia e reforçar a cooperação em matéria de segurança entre União Europeia (UE) e Reino Unido.

Em declarações aos jornalistas, no Aeródromo da Graciosa, nos Açores, Marcelo Rebelo de Sousa manifestou-se preocupado com “uma repetição de atentados em curtíssimo lapso de tempo” e “coincidindo com calendários eleitorais”, o que no seu entender “significa uma forma de pressão relativamente às democracias”.

“Se queremos lutar pela democracia, e temos de lutar pela democracia, não podemos aceitar o esvaziamento dos nossos ideais: a liberdade, o pluralismo, os direitos das pessoas. Mas temos de, ao mesmo tempo, respeitando isso sempre, pensar a sério na segurança europeia. E aí muito obriga à convergência entre a UE e o Reino Unido“, acrescentou.

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