Wall Street à beira de um ataque de nervos com Trump

De polémica em polémica, Trump pode ter comprometido a sua agenda altamente expansionista, deixando investidores norte-americanos à beira de um ataque de nervos.

Foi um dia mau para os mercados acionistas e Wall Street não escapou à maré de aversão ao risco que atirou as bolsas europeias para uma das piores sessões do ano. Tudo por causa da polémica em torno de Donald Trump, que tentou interferir com investigações do FBI. Escândalo pode comprometer a agenda política do Presidente, nomeadamente a reforma fiscal que tem levado as bolsas para máximos históricos.

Do outro lado do Atlântico, depois dos recordes alcançados nos últimos dias, os três principais índices fecharam no vermelho carregado. O índice de referência mundial S&P 500 perdeu 1,82%, naquela que é a maior queda desde 9 de setembro, ao mesmo tempo que o tecnológico Nasdaq e o industrial Dow Jones cederam 2,57% e 1,78%, respetivamente.

Trump tem estado em evidência nos últimos dias e não pelos melhores motivos. A imprensa norte-americana avançou esta quinta-feira que o Presidente norte-americano terá pedido ao diretor do FBI, James Comey, entretanto demitido, que encerrasse a investigação ao seu anterior assessor de Segurança Nacional, Michael Flynn. Antes deste caso, a polémica em torno de Trump já havia estalado quando se ficou a saber que partilhou informação sensível com o governo russo sobre o Estado Islâmico.

Para os investidores, o acumular de casos polémicos pode comprometer a agenda altamente expansionista que Donald Trump pretende implementar: além de baixar os impostos às empresas, a Administração pretende aumentar os gastos públicos em infraestruturas como estradas e pontes.

“Penso que o principal problema neste momento tem a ver com o que é que estes casos podem significar para o plano que pensávamos que estava em marcha”, referiu Jeremy Bryan, gestor da Gradient Investments, à Reuters. “Está atrasado ou já morreu?”, questionou.

O setor financeiro foi o mais penalizado. O Bank of America afundou mais de 6%, enquanto o JPMorgan Chase caiu mais de 3%.

"Penso que o principal problema neste momento tem a ver com o que é que estes casos podem significar para o plano que nós pensávamos que estava em marcha. Está atrasado ou já morreu?”

Jeremy Bryan

Gradient Investments

Perante esta crise o mercado também já está a começar a duvidar se a Reserva Federal norte-americana vai continuar o caminho de subida das taxas de juro. Segundo a Bloomberg, as probabilidades de um novo aumento este ano desceram de 80% para 60%, uma quebra de 20 pontos percentuais no espaço de uma semana. E, a probabilidade dessa mexida vir a acontecer em setembro também está a diminuir revelam os mesmos dados.

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Sonaecom passa de prejuízo a lucro de 4,5 milhões no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 17 Maio 2017

Volume de negócio cresceu 21,3% para 36,1 milhões de euros, mas os custos operacionais também subiram 20,5% para 36,9 milhões de euros. O EBITDA subiu 2,5% para 6,8 milhões de euros.

A Sonaecom registou um resultado líquido de 4,5 milhões de euros entre janeiro e março, que compara com o prejuízo de 12,7 milhões de euros em igual período do ano passado, anunciou a empresa esta quarta-feira.

O volume de negócio cresceu 21,3% para 36,1 milhões de euros, impulsionado por um crescimento de 3,1% nas receitas de serviço e de 61,2% nas vendas, enquanto os custos operacionais subiram 20,5% para 36,9 milhões de euros.

“Os custos com pessoal cresceram 15% refletindo o aumento do número médio de colaboradores”, revelou a Sonaecom no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Os custos com pessoal cresceram 15% refletindo o aumento do número médio de colaboradores.

Comunicado da Sonaecom

Já o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) aumentou 52,5% para 6,8 milhões de euros.

Quanto aos resultados financeiros, passaram de 15,9 milhões de euros negativos nos primeiros três meses do ano passado para 100 mil euros positivos no final do primeiro trimestre deste ano.

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70% dos jovens portugueses qualificados emigrados querem voltar

  • Lusa
  • 17 Maio 2017

O estudo da Fundação Associação Empresarial de Portugal revela que os 30% que não querem voltar é devido aos baixos salários, às poucas oportunidades de carreira, à falta de oferta de emprego.

Um estudo da Fundação Associação Empresarial de Portugal (AEP) revelou esta quarta-feira, no Porto, que 70% dos jovens portugueses qualificados e emigrados nos últimos anos querem regressar ao país, sendo a saudade dos familiares e dos amigos o principal motivo.

Outros das razões apontadas para o regresso a Portugal são as oportunidades de carreira, as possibilidades de criar o próprio negócio e o rendimento a obter.

Por seu lado, 30% dizem não pretender voltar devido aos baixos salários, às poucas oportunidades de carreira, à falta de oferta de emprego na área de experiência e à instabilidade do país.

O Reino Unido é o país que acolhe mais portugueses qualificados, seguido da Alemanha, França, Holanda e Suíça, tendo o pico da emigração sido em 2012.

Relativamente à sua situação laboral, o inquérito mostra que 59,9% deles estão empregados com um contrato sem termo, 20,6% com contrato a termo, 7,2% são estudantes, 5,8% trabalha por conta própria sem empregados, 2,8% são empresários e têm funcionários, 2,1% estão noutra situação e 1,3% estão no desemprego.

Quanto às suas habilitações académicas, 38,1% tem Mestrado, 31,1% uma Licenciatura com quatro ou cinco anos, 15,1% um Doutoramento, 9,6% um Bacharelado ou Licenciatura de três anos e 6,1% o Ensino Secundário.

Questionados sobre o desejo de investir em Portugal, 53% responderam afirmativamente e 47% negativamente, sendo que a maioria que pretende ter um negócio apenas pensa nisso daqui a mais de cinco anos.

Já quanto à origem dos inquiridos, o estudo mostra que a maior parte, 40,0% são do distrito de Lisboa, e 18,7% do Porto.

O professor da Universidade de Coimbra Pedro Góis, coordenador do estudo, explicou, na apresentação destes dados preliminares, que a maioria dos jovens emigrantes veem de locais do litoral, algo que poderá estar relacionado com a sua ida para aí para estudar ou trabalhar.

Outro das conclusões é que existem mais mulheres a emigrar e cada vez mais novas, situação que poderá estar relacionado com a profissão, sublinhou.

O docente revelou ainda que os inquéritos, realizados entre janeiro e abril, mostraram que o desemprego é “muito residual” entre a comunidade portuguesa “fora de portas”.

O questionário ‘online’ lançado pela Fundação AEP, no âmbito do programa “Empreender 2020 – Regresso de uma geração preparada”, pretendeu estudar a emigração de jovens qualificados e a forma de os cativar a voltar. O projeto pretende também identificar as condições que favoreçam o retorno e desenhar cenários concretos de atuação com vista ao regresso desta geração e, ainda, debater um modelo de desenvolvimento capaz de acolher estes jovens.

 

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Crescimento da economia é “positivo”, mas é preciso “agenda reformista”, alerta Passos

  • Lusa
  • 17 Maio 2017

Passos considerou “muito positivo” o crescimento da economia, mas, para que os resultados perdurem, o Governo deve perder a sua “quase obsessão” pelo “curto prazo” e ter uma “agenda reformista".

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, considerou esta quarta-feira “muito positivo” o crescimento da economia, mas, para que os resultados perdurem, o Governo deve perder a sua “quase obsessão” pelo “curto prazo” e ter uma “agenda reformista”.

“Foi um desempenho no primeiro trimestre muito positivo. É importante que toda a recuperação da economia, que se iniciou em 2014, possa tornar-se mais vigorosa”, afirmou o líder social-democrata, em Évora.

À margem da sessão de apresentação do candidato do PSD à Câmara de Évora, António Costa da Silva, Passos Coelho disse aos jornalistas, aliás, que “seria absurdo” que o PSD visse o desempenho da economia, quando é positivo, como uma contrariedade política”.

O presidente do PSD reagia ao crescimento homólogo de 2,8% da economia portuguesa, no primeiro trimestre do ano, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), na segunda-feira.

“Em 2016, com a mudança de Governo e com a reorientação de política, abrandou o crescimento da economia”, mas, neste primeiro trimestre do ano, “cresceu mais intensamente”, o que “é positivo”.

Agora, continuou Passos Coelho, “é importante consolidar essas perspetivas de crescimento e, sobretudo, ancorar as perspetivas de crescimento futuro numa agenda reformista que possa dar-nos balanço para crescer num patamar superior”.

Só assim, defendeu, será possível “transformar este crescimento, não num crescimento cíclico, conjuntural, mas num crescimento que traga um efeito estrutural que perdure na economia”.

Questionado se este crescimento significa que o Governo está a trabalhar bem, Passos Coelho disse ver no Executivo de António Costa “uma quase obsessão” pelo “curto prazo”.

“E isso, normalmente, tira profundidade às políticas. Pode ser bom enquanto dura, mas, como sabemos bem de experiência feita, quando passa esse efeito”, depois fica “aquilo que é mais estrutural e que não é tão agradável”, afirmou.

Este Governo, segundo o presidente do PSD, “se quiser fazer perdurar estes resultados, tem de ficar também associado a uma agenda reformista”.

“Não pode ser de outra maneira. Não podemos viver sempre dos efeitos das decisões que foram feitas no passado. É sempre preciso, quando queremos passar para um patamar superior, transformar alguma coisa. Não podemos viver apenas dos efeitos cíclicos da própria economia”, argumentou.

Mas, com o atual Executivo, “essa agenda não é conhecida” e Passos Coelho disse não ter “muito essa expectativa” de a ver, devido à “quase obsessão” pelo “curto prazo”.

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Gmail: Vai bastar um toque no ecrã para responder a um email

  • ECO
  • 17 Maio 2017

A Google inicia esta quarta-feira a conferência anual I/O. A tecnológica apresenta alguns números de utilização dos seus equipamentos e serviços bem como algumas novidades.

Mais um ano, mais uma leva de novidades. A Google deu o tiro de partida na conferência I/O de 2017 com uma série de anúncios de melhorias nas suas ferramentas, com destaque para o Gmail e para o assistente pessoal.

No caso do correio eletrónico, a Google estende a partir desta quarta-feira a possibilidade de se responder automática e de forma “inteligente” a um email, dando aos utilizadores três hipóteses de resposta. A funcionalidade está disponível, para já, em inglês e, nas próximas semanas, em espanhol, avança a empresa. Não se sabe quando será possível responder em português.

Funcionalidade “resposta inteligente” do Gmail.

 

A tecnológica de Mountain View divulga também que o seu assistente pessoal já está nas mãos de 100 milhões de utilizadores, chegando também esta quarta-feira ao iPhone e entrando numa clara competição com a Siri, a assistente pessoal da Apple. O ‘Google Assistant’ vai estar disponível, dentro de semanas, em português do Brasil, segundo a empresa.

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PGR investiga venda de obrigações do Novo Banco

A PGR abriu dois inquéritos, depois de a CMVM ter comunicado suspeitas de crime num negócio feito dias antes de o Banco de Portugal transferir 2,2 mil milhões de obrigações do Novo Banco para o BES.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o polícia do mercado de capital em Portugal, enviou ao Ministério Público uma comunicação com suspeitas de um crime de abuso de informação privilegiada envolvendo a compra e venda de obrigações do Novo Banco. A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou ao ECO a “receção de duas participações da CMVM, as quais deram origem a dois inquéritos”.

O caso remonta a 29 dezembro de 2015, quando o Banco de Portugal decidiu transferir cinco séries de obrigações do Novo Banco para o BES no valor total de 2,2 mil milhões de euros. Nessa altura, as autoridades começaram a recolher informação sobre uma transação suspeita, realizada dias antes, no valor de 64 milhões de euros, culminando agora nos inquéritos da PGR, que é quem tem a responsabilidade de investigar este tipo de crime.

O Ministério Público confirmou ainda ao ECO que “estes inquéritos encontram-se em investigação e não têm, de momento, arguidos constituídos“.

Em causa está um alegado crime de abuso de informação privilegiada, que envolveu uma seguradora portuguesa que poderá ter tido acesso — e tê-la utilizado de forma ilegal — a informação que, nessa altura, só estaria na posse do Banco de Portugal.

Contactada, a CMVM e o Banco de Portugal escusaram-se a fazer comentários.

Uma venda lucrativa três dias antes do Natal

A história começa no dia 22 de dezembro, uma terça-feira, três dias antes do feriado de Natal. Nesse dia, segundo informação recolhida pelo ECO, uma seguradora em Portugal vende um bloco de 64 milhões de euros de obrigações do Novo Banco com maturidade em 2018. As obrigações em causa, que pagavam um cupão de 4,75%, foram vendidas a um grande investidor institucional fora de Portugal, numa operação que foi intermediada por um banco de investimento com sede em Londres.

O problema é que, uma semana depois, na terça-feira de 29 de dezembro, o Banco de Portugal emite um comunicado ao mercado, anunciando a transferência de cinco séries de obrigações (incluindo esta de 2018, com cupão de 4,75%) do Novo Banco para a esfera dos ativos do banco mau, o BES. Isso implicou, para quem tinha comprado a obrigação uma semana antes, a perda da quase totalidade do capital investido.

Um tombo de milhões: evolução das obrigações de cupão 4,75% de 2018

Fonte: Bloomberg

Este investidor já tinha alertado as autoridades para a situação em 2015 e, segundo apurou o ECO, na semana passada, formalizou uma nova denúncia do caso à CMVM, que entretanto já o reenviou a quem de direito, ou seja, à PGR.

A operação em causa pode configurar um crime de abuso de informação privilegiada, caso o vendedor tenha negociado com base em informação que, na altura, não era pública. Isto porque o anúncio da transmissão das obrigações do Novo Banco para o BES só foi feito pelo Banco de Portugal no dia 29 de dezembro, e a venda desse bloco de obrigações aconteceu no dia 22.

Código prevê pena de prisão até 5 anos ou multa

O Código de Valores Mobiliário tipifica e prevê uma punição para os crimes de abuso de informação privilegiada.

Quem disponha de informação privilegiada:

a) Devido à sua qualidade de titular de um órgão de administração ou de fiscalização de um emitente ou de titular de uma participação no respetivo capital; ou

b) Em razão do trabalho ou do serviço que preste, com caráter permanente ou ocasional, a um emitente ou a outra entidade; ou

c) Em virtude de profissão ou função pública que exerça; ou

d) Que, por qualquer forma, tenha sido obtida através de um facto ilícito ou que suponha a prática de um facto ilícito;

e a transmita a alguém fora do âmbito normal das suas funções ou, com base nessa informação, negoceie ou aconselhe alguém a negociar em valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros ou ordene a sua subscrição, aquisição, venda ou troca, direta ou indiretamente, para si ou para outrem, é punido com pena de prisão até 5 anos ou com pena de multa.

Por que razão o Banco de Portugal passou as obrigações para o banco mau?

Este caso acontece porque no final de 2015, depois de falhada a primeira tentativa de venda do Novo Banco, o Banco Central Europeu (BCE) exigiu um reforço de capitais da instituição, na altura ainda presidida por Eduardo Stock da Cunha.

Foi então que o Banco de Portugal decidiu transferir cinco séries de obrigações do Novo Banco para o BES, que entrou depois em processo de liquidação: “O Banco de Portugal determinou retransmitir para o BES a responsabilidade pelas obrigações não subordinadas por este emitidas e que foram destinadas a investidores institucionais”, lia-se num comunicado da instituição presidida por Carlos Costa.

O valor investido nessas obrigações era de 1.985 milhões de euros e a perda da maior parte desse dinheiro já levou alguns obrigacionistas, incluindo gigantes como BlackRock e Pimco, a avançarem com um processo no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa para tentarem travar a venda do Novo Banco.

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Prémio Internacional VdA Academia vai distinguir trabalhos sobre redes sociais

  • ECO
  • 17 Maio 2017

O Prémio Internacional VdA Academia 2017 em 26 países é subordinado a um tema que está na ordem do dia: "Redes Sociais: Liberdades e Limites". Prémio é de 3.000 euros.

A VdA Academia volta a realizar uma edição do seu Prémio Internacional, já com sete anos de existência, desta vez com o tema “Redes Sociais: Liberdades e Limites“, que se encontra na ordem do dia, nacional e internacionalmente.

O Prémio Internacional VdA Academia, lançado em parceria com a Editora Almedina, visa distinguir trabalhos de investigação jurídica elaborados por alunos das faculdades de Direito de qualquer país de língua oficial portuguesa e também de países membros da OHADA (Organização para a Harmonização em África do Direito dos Negócios).

Com a extensão, em 2017, aos 17 países que fazem parte da OHADA, o Prémio Internacional VdA Academia passa a abranger 26 países, em quatro continentes.

Ao vencedor do Prémio VdA Academia 2017 será atribuído o valor de 3.000 euros, podendo também ser atribuídas menções honrosas no valor de 1.000 euros.

As candidaturas ao Prémio Internacional VdA Academia 2017 encontram-se abertas até 31 de maio.

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Paulo Núncio sobre offshores: “Nunca estive envolvido nesse tipo de esquemas”

O ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais volta esta quarta-feira ao Parlamento para audição sobre a polémica das offshores. Em causa estão os dez mil milhões de euros transferidos sem controlo.

Ex-secretário de Estados dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, em audição na COFMA.Paula Nunes / ECO

O ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais garante que entregou uma lista de incompatibilidades, incluindo uma cláusula com todas as empresas para as quais prestou serviços, e que nunca esteve envolvido em operações de transferências para paraísos fiscais enquanto advogado. Paulo Núncio está esta quarta-feira de tarde em audição na Comissão de Orçamento e Finanças a pedido do Partido Socialista.

Nunca tive qualquer tipo de conhecimento de transferências fiscais dessa empresa [Petróleos da Venezuela].

Paulo Núncio

Ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais

Nunca estive envolvido nesse tipo de esquemas ou estruturas“, afirmou Núncio, em resposta às perguntas do deputado socialista Eurico Brilhante Dias. O ex-responsável pelos Assuntos Fiscais do Governo PSD/CDS garantiu ainda não saber se a Petróleos da Venezuela fez ou não transferências para offshores. “Nunca tive qualquer tipo de conhecimento de transferências fiscais dessa empresa”, afirmou, referindo que o secretário de Estado não deve ter informação específico de um contribuinte.

Além disso, Paulo Núncio garante que desde dezembro de 2010 que nunca mais teve algum contacto com a empresa para a qual foi advogado, através do seu escritório. “Desde dezembro de 2010 até aos dias de hoje nunca mais tive qualquer contacto nem com a empresa nem com os representantes da empresa“, acrescentou. Núncio rejeitou as “insinuações” de Eurico Brilhante Dias, deputado socialista que questionou o ex-secretário de Estado sobre uma eventual participação nestas operações.

O ex-responsável pelos Assuntos Fiscais diz que a empresa em causa constava da lista de incompatibilidades que entregou junto do então ministro das Finanças, Vítor Gaspar. “Tive muito cuidado na lista de incompatibilidades que estabeleci quando exerci as minhas funções“, declarou, referindo que foi além da lei “para que não houvesse qualquer réstia de suspeição”. Nessa lista incluiu todas as empresas clientes do seu escritório e ainda uma cláusula com todas as empresas com que trabalhou no passado.

Esta terça-feira foi a vez de a ex-ministra das Finanças ser ouvida pelos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças. Maria Luís Albuquerque disse que não publicar estatísticas de transferências para offshores “foi uma decisão errada”. “O que me preocupa é que essa decisão esteja a ser ligada a uma impossibilidade de verificação, porque nada tem a ver”, alertou a atual deputada do PSD.

O presidente do Sindicato dos Trabalhos dos Impostos foi ouvido esta quarta-feira de manhã e manteve a sua tese de que houve intervenção humana nesta falha informática. Paula Ralha afirmou que “ um conjunto de coincidências que não podem ser ignoradas”. Além disso, Ralha alertou que o Fisco atualmente não investiga “sinais exteriores de riqueza” porque os inspetores temem represálias quando inspecionam.

Entre 2011 e 2015, quando o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais era Paulo Núncio, a Autoridade Tributária não publicou as estatísticas com os valores das transferências para offshores. Neste período, houve 20 declarações de operações transfronteiriças, realizadas entre 2011 e 2014, no valor global de quase 10 mil milhões de euros, que não tiveram qualquer tratamento estatístico por parte da Autoridade Tributária.

A publicação dessas estatísticas eram feitas desde 2010, mas só voltaram a ser publicadas por decisão do atual secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade. A partir de agora, com a entrada em vigor de uma lei aprovada em março pela Assembleia da República, o valor total e o destino das transferências de dinheiro de Portugal para paraísos fiscais passam a ter de ser publicados anualmente, no site da Autoridade Tributária

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Fábrica portuguesa da Bosch fecha projeto de 2 mil milhões

  • ECO
  • 17 Maio 2017

A partir de meados de 2018 todos os modelos da Renault e Nissan terão incorporado uma plataforma desenvolvida pela Bosch Portugal. Dos 2 mil milhões do contrato, 1,3 mil milhões ficam em Portugal.

As soluções de mobilidade estão ao volante do crescimento da Bosch. O maior projeto de sempre da empresa está previsto para o início de 2018 e 2 mil milhões é o valor total do contrato. A fábrica portuguesa, de sede em Braga, vai ser responsável por 65% da produção e receberá, assim, 1,3 mil milhões.

Os veículos da Renault e da Nissan serão produzidos com tecnologia made in Portugal. Este projeto de grande envergadura pesa 1,3 mil milhões no balanço da Bosch em Portugal e está assinado para os próximos 5 anos. A China e a Malásia também assinam, sendo os responsáveis pelos restantes 35% da produção. Este projeto ganha em volume, mas não é o único previsto. A Audi, por exemplo, está a pedir uma duplicação da linha de produção.

As autoestradas portuguesas serão palco para o teste de soluções de condução autónoma já nos próximos meses. A Brisa vai libertar dois troços de autoestrada, um próximo de Braga e outro no centro (ainda por definir), para fazer o teste. “A Tesla funciona apenas com câmaras, não é suficiente. Isso também nós temos” diz Carlos Ribas. A Mercedes e a Renault vão ceder os veículos para testar tecnologias de realidade aumentada e de estabilidade baseada em sensores.

“Portugal e a Bosch estão largamente à frente da maior parte dos países”, garante Carlos Ribas, referindo-se à indústria 4.0. Revela ainda que o secretário de estado da indústria acredita bastante neste desenvolvimento pelo que “faz uma pressão muito forte” e “está a convencer muitos parceiros estrangeiros a virem instalar-se em Portugal”.

A unidade de Braga, responsável pelas soluções de mobilidade, cresceu 36% em 2016. Mas o investimento continua: 38 milhões serão investidos na aquisição de um terreno e na construção de novos edifícios. Outros 9 milhões serão aplicados ao desenvolvimento de novas soluções, já entre 2019 e 2020. Enquanto as novas instalações não estão prontas, parte do negócio de Braga (o que não está ligado à mobilidade) vai migrar para Ovar, libertando espaço para crescer na área automóvel mesmo antes dos novos edifícios estarem completos.

O talento é então convidado a entrar, porque “queremos inventar para depois podermos produzir”, e os resultados da Bosch só vêm das mãos dos trabalhadores, “os melhores do mundo” para Carlos Ribas. A Bosch vai investir 55 milhões de euros até meados de 2018 na parceria com a Universidade do Minho, e 25 milhões na parceria com a Universidade de Aveiro.

Nos primeiros quatro meses do ano foram feitas 500 novas contratações, que deverão ser duplicadas até ao final do ano. Parte dos engenheiros que contrataram foram recuperados do estrangeiro: portugueses que abandonaram o país no início dos tempos de crise. “Acredito que vão haver problemas mas ainda não os sentimos” afirma Carlos Ribas relativamente às contratações.

Apesar de “100% apartidária” a Bosch diz estar a unir esforços com o Governo para impulsionar a economia nacional. O acordo é o seguinte: A Bosch responsabiliza-se pela coordenação e formação dos fornecedores nacionais e o Governo financia este programa. Foram contactadas 40 possíveis empresas interessadas em ingressar no programa; as respostas positivas foram as mesmas 40, sendo que mais queriam entrar. Um programa que levou apenas meses a ser planeado, entrará em vigor igualmente rápido: em princípio, ainda este ano.

Tendo em conta as novas perspetivas de negócio, Carlos Ribas acredita que em 2017 a Bosch Portugal supere os lucros de 1,1 mil milhões do ano passado. Para já, o crescimento de 18% verificado em 2016 já supera largamente as projeções para a Bosch a nível internacional, que está apontado para cerca dos 5% este ano. As unidades portuguesas destacam-se assim na vanguarda não só da tecnologia mas também da família Bosch.

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Dívida portuguesa na moda. Trump retira glamour às ações

As yields nacionais a dez anos aliviaram até mínimos de outubro, com os sinais positivos da economia. Já o PSI-20 teve a pior sessão desde janeiro, perante os receios em torno das políticas de Trump.

Do mercado da dívida às ações, assistiu-se ao melhor e ao pior nesta quarta-feira. Os juros da dívida nacional a 10 anos aliviaram até novos mínimos de outubro no mercado secundário, a beneficiar dos sinais positivos sobre a economia portuguesa, no mesmo dia em que o Tesouro emitiu dívida de curto prazo a juros ainda mais negativos. Na bolsa o cenário foi oposto. O PSI-20 teve a pior sessão desde janeiro, a acusar os receios em torno das políticas de Donald Trump que arrastaram os principais mercados acionistas para o vermelho.

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Marcelo digitalizado em 3D

Marcelo Rebelo de Sousa aceitou ser digitalizado pela CODI, uma empresa de Leiria que presta serviços de impressão. Empresa vai fazer uma estatueta do Presidente da República.

O serviço chama-se Mini Me e mais não é do que a digitalização de uma pessoa para posterior impressão a três dimensões. É fornecido pela CODI, uma empresa de Leiria que esteve no encontro da COTEC desta terça-feira e convenceu Marcelo Rebelo de Sousa a deixar-se digitalizar. A ideia é imprimir uma estatueta com a imagem do Presidente e enviar o objeto para Belém. Veja o vídeo:

Durante a digitalização, o Presidente teve de permanecer imóvel enquanto uma plataforma ia girando e o scanner ia gerando o modelo tridimensional no computador. Agora, como explicou ao ECO Francisco Aguiar, responsável de marketing da empresa, é possível “a partir deste momento” fazer “a impressão de um objeto, neste caso, do Presidente”.

Com o modelo tridimensional, a CODI é capaz de fazer “um busto, ou fazer mesmo a figura completa como a estatueta”. “Vamos fazer uma estatueta à escala, não iremos fazer na escala real. Iremos fazer um boneco de 20, 25 centímetros, para que se possa depois perceber o processo. Vamos depois contactar a Presidência para fazer a entrega do objeto”, explicou.

Neste momento, a empresa encontra-se a “dar alguns retoques” ao modelo tridimensional de Marcelo Rebelo de Sousa. “Temos de perceber, em termos de captação de imagens, se está tudo OK ou se é preciso algum tipo de melhoria e de correção”, acrescentou Francisco Aguiar.

A CODI é uma empresa do grupo inCentea, com experiência na área da prestação de serviços ligados à modelagem e impressão 3D. “A CODI tem 22 anos. É de 1995 a data de fundação. Comprámos a primeira impressora 3D em 1997. Depois entrámos no grupo em 2010″, explicou o responsável pela comunicação desta empresa. E desde o primeiro instante que operou nas áreas “da impressão 3D, do fabrico aditivo, dos CADs e do software de modulação”.

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Concursos para reabilitação prolongados até dezembro

O limite para a apresentação de candidaturas, por exemplo, para a regeneração dos centros urbanos era 31 de maio. Mas as datas foram prorrogadas até 31 de dezembro.

No mercado já corria o rumor. E confirma-se. Os concursos para a reabilitação dos centros urbanos com apoios comunitários vão ser prolongados. No caso do Norte e do Centro a prorrogação do prazo de entrega das candidaturas será até 31 de dezembro, apurou o ECO, mas no caso do Algarve a data ainda não está definida.

Estas alterações vão ser comunicadas nos próximos dias, sabe o ECO, mas não há uma concertação ao nível das alterações entre os vários Programas Operacionais regionais. Assim, no PO Norte são oito os concursos prorrogados até ao final do ano que vão desde a reabilitação urbana, mobilidade, a projetos de inclusão social e combate à pobreza, na sua maioria integrados nos Planos Estratégicos de Desenvolvimento Urbano (PEDU).

No Centro são nove concursos prolongados: um ao nível dos Planos de Ação de Regeneração Urbana dos Centros Urbanos Complementares (PARU); três para as operações enquadradas nos PEDU; um para o património cultural e outro para património cultural Unesco; um concurso para património natural; outro para o desenvolvimento das infraestruturas de formação e ensino, ou seja escolas do pré-escolar ao secundário; e ainda o concurso para os investimentos nas infraestruturas de saúde.

Já no caso do Programa Operacional Regional do Algarve o prolongamento é só para a reabilitação urbana, sendo que, neste caso ainda não está decidido o prazo de prorrogação.

“O objetivo é dar mais tempo aos promotores para apresentarem as suas candidaturas”, explicou uma das fontes ouvidas pelo ECO.

No Alentejo ainda está decorrer a reunião da Comissão Diretiva que decidirá sobre esta matéria, apurou o ECO. E não foi possível, até ao momento, obter informações sobre o Programa Operacional de Lisboa.

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