Recondução de Frasquilho na TAP posta em causa pelo Bloco de Esquerda

  • ECO
  • 25 Janeiro 2018

Os bloquistas estão a questionar o Governo no sentido de perceberem se Costa sabia das suspeitas sobre alegados pagamentos ilícitos a Miguel Frasquilho, através do saco azul do Grupo Espírito Santo

A recondução de Miguel Frasquilho na TAP, está a levantar dúvidas no Bloco de Esquerda, devido às notícias de que o agora chairman da companhia aérea terá alegadamente recebido dinheiro através do saco azul do Grupo Espírito Santo (GES).

A notícia publicada esta quinta-feira, pelo Público, dá ainda conta de que o partido de Catarina Martins terá dirigido uma pergunta ao Ministério do Planeamento e Infraestruturas sobre esta matéria, com o intuito de saber se o Governo tinha conhecimento das suspeitas que recaem sobre Frasquilho.

“Atendendo às suspeitas por parte do Ministério Público relativas aos motivos das transferências para contas offshore tituladas pela ES Enterprises, e à presença de Miguel Frasquilho nas listas de beneficiários registados nas contas bancárias da referida instituição, preocupa-nos a atual intenção de recondução de Miguel Frasquilho como presidente do Conselho de Administração da TAP”, lê-se em parte da pergunta feita pela deputada Mariana Mortágua.

Para logo a seguir, questionar: “Tem o Governo conhecimento das suspeitas de que Miguel Frasquilho recebeu transferências ilícitas do saco azul do GES?”.

Mas as dúvidas não se ficam por aqui, com os bloquistas a perguntarem se o Governo considera que “estão reunidas as condições que garantam a idoneidade do atual presidente do conselho de administração da TAP, que pretende reconduzir no cargo?”

A recondução de Miguel Frasquilho na TAP, nomeado pela Parpública, deverá acontecer no próximo dia 31 de janeiro, durante a próxima assembleia-geral da companhia aérea.

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3 em 1. Cada visto gold corresponde a três entradas em Portugal

  • ECO
  • 25 Janeiro 2018

Número de vistos gold diminuiu em 2017, mas entradas por esta via aumentaram. Cada vez mais estrangeiros que investem em Portugal trazem familiares para viverem no país.

5.553. É este o número de estrangeiros que investiram em Portugal e adquiriram o visto gold, mas este número triplica (14868) quando se olha para o número de entradas no país. É que, os que aderiram à medida estão a trazer cada vez mais familiares, segundo avança o Diário de Notícias, na edição desta quinta-feira.

Os imigrantes que chegam a Portugal à procura do visto gold são pessoas que compram imóveis por 500 mil ou mais euros e, cada visto corresponde, em média, ao investidor e a mais duas pessoas, um sinal de que estão a imigrar e não a circular por outros países, escreve o DN. Entre as nacionalidades destacam-se os chineses e os brasileiros, com estes últimos a quase duplicarem, segundo os últimos dados.

Mas se as entradas no país estão a aumentar, o mesmo não se verifica com o número de imigrantes que obtiveram autorização de residência em Portugal, que terá diminuído em 2017. Segundo os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), foram dadas 1.351 autorizações de residência para atividade de investimento (visto gold) no ano passado, um ligeiro decréscimo face aos 1.414 ocorridos um ano antes. Só que agora, segundo o SEF estão a trazer mais familiares, mais concretamente 2678, uma subida de 14%, o que faz com que as entradas por via dos visto gold tenha aumentado.

A lei permite o reagrupamento familiar para os titulares do visto gold a descendentes e ascendentes, desde que sejam seus dependentes.

De resto, o presidente da Liga dos chineses em Portugal, em declarações ao DN, considera estes dados naturais. “As pessoas vêm primeiro e depois trazem a família. Ficam cá, desenvolvem outros investimentos e atividades. Trazem primeiro a mulher e os filhos e, se as coisas, continuarem a correr bem, também os pais e os sogros querem vir para Portugal”, afirma.

Desde que começaram a ser concedidos, em outubro de 2012, os vistos gold já deram origem à entrada no país de 3,5 mil milhões de euros, a esmagadora maioria através da compra de imóveis.

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Bolsa regressa ao verde com ganhos da energia. Europa à espera do BCE

A valorização das cotadas do setor energético e a recuperação do BCP estão a compensar as perdas de alguns pesos pesados. Em dia de BCE, as praças europeias negoceiam em alta.

A bolsa de Lisboa regressou esta quinta-feira ao verde, depois de, na última sessão, ter interrompido um ciclo de cinco sessões consecutivas de ganhos. A valorização das cotadas do setor energético e a recuperação do BCP estão a ser suficientes para compensar as perdas de alguns pesos pesados. Em dia de reunião do Banco Central Europeu (BCE), as bolsas europeias negoceiam em alta.

O PSI-20 abriu em alta ligeira, a valorizar 0,04%, para os 5.753,03 pontos, com oito cotadas em alta, quatro inalteradas e cinco em quedas.

A contribuir para este desempenho está o setor energético, com a EDP a avançar 0,52%, para os 2,89 euros por ação, e a Galp a ganhar 0,21%, para os 16,46 euros por ação. Já a REN sobe 0,16%, enquanto a EDP Renováveis contraria a tendência perde 0,57%, para os 7,02 euros por ação.

Também a impulsionar o PSI-20 está a Sonae, que regista a maior subida da bolsa, ao valorizar 1,3%, para 1,24 euros por ação. Isto depois de, na quarta-feira, ter anunciado que as vendas aumentaram 7% no ano passado, superando os 5,5 mil milhões de euros, um valor recorde.

Destaque ainda para o BCP, que voltou a abrir a sessão em queda mas já está a recuperar e segue agora a valorizar 0,37%, para os 32,77 cêntimos por ação. O banco negociou em máximos de 2015 esta semana, depois de o JPMorgan ter considerado os seus títulos como “top pick” do setor ibérico, mas acabou por corrigir destes ganhos na quarta-feira, quando desvalorizou mais de 2%.

A impedir maiores ganhos estão a Jerónimo Martins, que perde 0,37%, para os 17,31 euros por ação, a Nos, que cai mais de 0,5%, e a Navigator, que desvaloriza perto de 0,4%.

Lisboa acompanha, assim, a tendência do resto da Europa, numa altura em que as principais praças negoceiam em alta ligeira. Isto no dia em que os investidores aguardam por novidades por parte do BCE. A expectativa é que não sejam tomadas grandes decisões na primeira reunião do ano do BCE, mas o mercado espera que Mario Draghi dê sinais de que se prepara para retirar os estímulos à economia da Zona Euro.

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Exército não dá mais informações sobre Tancos

  • ECO
  • 25 Janeiro 2018

Ramos das Forças Armadas alega que os processos disciplinares contêm informação pessoal dos militares.

O Exército português não vai dar mais nenhuma informação sobre o roubo de material militar de Tancos de junho passado, alegando que os processos disciplinares contêm informação de índole pessoal revela o jornal Público na edição desta quinta-feira.

A informação surge depois de o Exército ter concluído, na semana passada, os processos disciplinares instaurados a quatro militares.

Vicente Pereira, porta-voz do Exército refere, em declarações aquele diário, que os processos disciplinares contêm “matéria pessoal dos militares” pelo que mais “nenhuma informação será desclassificada“. O porta-voz disse ainda que o Exército já enviou toda a informação que lhe foi pedida sobre a matéria para o Ministério Público lembrando que a Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos (CADA) estipula que a documentação que contenha informação de ordem pessoal não seja publicamente divulgada.

Já a semana passada, o chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte tinha afirmado que o furto do material de guerra de Tancos era um “assunto encerrado”.

O Exército abriu quatro processos disciplinares internos, sendo a pena mais grave aplicada a um sargento do regimento de Engenharia 1, com uma punição de 15 dias sem sair da unidade militar, depois de ter sido provado que não mandou fazer as rondas como previsto.

O material roubado dos Paióis nacionais de Tancos, em junho passado, viria a ser recuperado em outubro na Chamusca, a cerca de 20 quilómetros do local furtado, após uma denúncia anónima.

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Expansão em Portugal trava lucros do Bankinter

  • Rita Atalaia
  • 25 Janeiro 2018

O banco espanhol conseguiu registar lucros de 495 milhões, superando o recorde atingido no ano passado. Os maiores custos em Portugal impediram um resultado ainda melhor.

O Bankinter registou lucros recorde em 2017. Superou as estimativas dos analistas com um resultado líquido de 495 milhões de euros, 1% superior ao do ano anterior, de 490 milhões. O saldo do ano só não foi ainda mais positivo por causa do aumento dos custos em Portugal, tendo em conta que o banco liderado por Maria Dolores Dancausa só finalizou a compra da atividade do Barclays em território nacional em abril de 2016.

Sem o negócio em Portugal, o resultado líquido do Bankinter teria crescido 20%, explica o banco. Em relação à operação portuguesa, o lucro antes de impostos fixou-se nos 31,4 milhões de euros. Os custos operacionais aumentaram 24,7% para 87,1 milhões de euros só na atividade em Portugal.

Mas o Bankinter está otimista. “A margem bruta do Bankinter Portugal atingiu a 31 de dezembro de 2017 os 133 milhões de euros e um resultado antes de impostos de 31,4 milhões de euros, confirmando a contribuição positiva da operação em Portugal para os resultados do Grupo”, nota a instituição financeira. “Apesar de o total dos custos operacionais ter crescido 4,7%, ou 3% sem considerar Portugal, as maiores receitas verificadas levam a uma melhoria do rácio de eficiência da atividade bancária com amortizações”, acrescenta.

Sobre a possibilidade de o banco vir a fazer novas aquisições, a CEO do Bankinter, Maria Dolores Dancausa, explicou na apresentação dos resultados que “não estamos a pensar comprar em Portugal” e esclareceu ainda que não estão interessados na compra do Deutsche Bank.

"Apesar de o total dos custos operativos ter crescido 4,7%, ou 3% sem considerar Portugal, as maiores receitas verificadas levam a uma melhoria do rácio de eficiência da atividade bancária com amortizações.”

Bankinter

A dar força aos resultados esteve a subida da margem financeira — diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos. Esta rubrica registou um crescimento de 7,8% para os 1.851,3 milhões de euros, graças “sobretudo, à boa performance das comissões que cresceram 11,7% em termos líquidos”. O rácio de crédito malparado também diminuiu. Passou de 8,5% para 7,5%.

Já o rácio de capital CET1, totalmente implementado, fixou-se nos 11,46%, uma subida em comparação com os 11,2% registados nas contas referentes ao ano anterior, “resultado de uma gestão rigorosa dos riscos”.

(Notícia atualizada às 13h38 com mais informação)

jornalista viajou para Madrid a convite do Bankinter.

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Total de ativos em Portugal sobe para quase 93 milhões de euros

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2018

De acordo com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, valor total dos ativos, no quarto trimestre de 2017, foi maior que no período homólogo e que no trimestre anterior.

O valor total dos ativos sob gestão individual e coletiva em Portugal subiu para 92.487,5 milhões de euros no quarto trimestre do ano passado, mais 1.703,4 milhões do que no período homólogo de 2016. Os dados foram divulgados esta quarta-feira.

De acordo com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o valor registado entre outubro e dezembro de 2017 também é superior em 303,3 milhões ao verificado no trimestre anterior.

A CMVM indica, em comunicado, que o montante referente à gestão individual de ativos “aumentou 0,4% face a setembro, para 63.463,4 milhões de euros, e subiu 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado”.

Nestes ativos encontravam-se, essencialmente, os valores mobiliários cotados e as unidades de participação, representando 86,7% das aplicações, refere.

“O segmento de ações nacionais cresceu 2,6% face ao trimestre anterior e caiu 3,2% em relação ao quarto trimestre de 2016, para um total de 1.046 milhões de euros”, informa a CMVM, referindo que “as ações em carteira emitidas por entidades não residentes ascendiam a 2.304,6 milhões de euros no final de dezembro, valor praticamente inalterado face a setembro e inferior em 3,6% ao do período homólogo”.

Por seu lado, as aplicações em dívida pública nacional desceram 1% em relação ao final de setembro, para 18.555,9 milhões de euros, enquanto os montantes aplicados em dívida pública estrangeira subiram 16,7% face ao trimestre anterior e 37,5% em relação ao período homólogo, de acordo com a mesma informação.

No último trimestre de 2017, as aplicações em obrigações emitidas por entidades nacionais valiam 1.461,2 milhões de euros, enquanto as emitidas por entidades não residentes equivaliam a 11.949,6 milhões de euros.

O principal destino destes investimentos foi Portugal (33,2% do total), seguido de Itália e da Alemanha.

Quanto às entidades com mais ativos sob gestão, a CMVM destaca a Caixagest, que no final do ano passado tinha uma quota de 34,4%, correspondente a 21.814,4 milhões de euros, bem como a F&C Portugal (23,2%) com 14.728,7 milhões de euros, e a BPI Gestão de Activos (11,1%) com 7.039,2 milhões de euros.

Na gestão coletiva de carteiras, o montante total gerido pelos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários e por fundos de investimento – alternativo, imobiliário, património imobiliário e da titularização de créditos – ascendeu a 29.024 milhões de euros no quarto trimestre. Este valor representa um acréscimo de 0,2% face ao trimestre anterior e de 2,7% relativamente ao período homólogo.

No que toca aos principais destinos de investimento em valores mobiliários no exterior, a CMVM aponta o Luxemburgo (que captou 17,6% do total aplicado), a Alemanha (14,4%) e o Reino Unido (13,9%).

“Portugal captou 10,9%, tendo 43,5% do valor das aplicações sido efetuado em dívida pública, 28,3% em ações e 26,5% em dívida privada”, precisa aquela entidade.

Cerca de um terço (32%) destes ativos eram geridos, no último trimestre de 2017, pela Caixagest, enquanto os restantes estavam sob responsabilidade da BPI Gestão de Activos (25,2%) e da IM Gestão de Activos (18,3%).

Já o montante total dos investimentos coletivos em valores mobiliários comercializados por entidades registadas na CMVM atingiu 4.109,1 milhões de euros no quarto trimestre, mais 10,7% do que nos três meses anteriores e mais 38,2% do que no período homólogo.

Nesta data, o Deutsche Bank tinha a quota de mercado mais elevada (32,2%), seguido do Bankinter (16,6%) e do Banco Best (15,9%), adianta a CMVM.

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Vistos gold caem, mas trazem mais imigrantes para Portugal. Esta e outras notícias nos jornais nacionais

  • ECO
  • 25 Janeiro 2018

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O número de imigrantes que obtiveram vistos gold para Portugal está a diminuir, mas quem os obtém está a trazer mais familiares para o país. No Governo, as sagas “apagão das transferências para offshore” e “assalto de Tancos” continuam. Estas são algumas das notícias que marcam esta quinta-feira.

Há menos vistos gold, mas vêm mais imigrantes

O número de imigrantes que obtiveram um visto gold, a autorização de residência atribuída a quem investe em Portugal, diminuiu no ano passado. Ao todo, foram concedidos 1.351 destes vistos, abaixo dos 1.414 que tinham sido atribuídos em 2016. Ainda assim, quem consegue a autorização está a trazer mais pessoas consigo. Contando com os familiares destes investidores, entraram em Portugal, no ano passado, 2.678 imigrantes, no âmbito dos vistos gold, o que representa um aumento de 14%. Leia a notícia completa no Diário de Notícias.

Inquérito contra agentes da PSP acusados de agressões é arquivado

O inquérito que decorria contra um subcomissário e dois agentes da PSP da Brandoa, na Amadora, foi arquivado. O juiz de instrução criminal desconsiderou “todos os factos” da acusação do Ministério Público, que indiciou os agentes e o subcomissário por terem agredido violentamente um homem, em março de 2017. Para além da acusação por ofensa à integridade física qualificada, o subcomissário foi ainda acusado de falsificação de documento e de denúncia caluniosa, uma vez que o Ministério Público considerou que o oficial mentiu quando redigiu o auto de notícia. Contudo, o único facto que foi considerado provado foi que os arguidos, as vítimas e as testemunhas se encontravam no local e hora referidos na acusação. Leia a notícia completa no Diário de Notícias.

Caso de Tancos está fechado

O Exército concluiu, na semana passada, os processos disciplinares instaurados a quatro militares, no âmbito do caso de roubo de material militar de Tancos, e não vai revelar mais nenhuma informação sobre este assunto. O tenente-coronel Vicente Pereira explica que os processos disciplinares contêm “matéria pessoal dos militares”, pelo que “mais nenhuma informação será desclassificada”. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

PJ está a investigar “apagão” das transferências para offshore

Afinal, o caso do “apagão” das transferências para territórios offshore não está esquecido pelo Governo, garantiu o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, na quarta-feira. A Polícia Judiciária foi envolvida na investigação que está a ser liderada pelo Ministério Público e, enquanto decorrerem as investigações judiciais, o Fisco não vai avançar com autos para apurar eventuais responsabilidades dos serviços. Em causa estão transferências realizadas para paraísos fiscais, entre 2011 e 2014, no valor global de 10 mil milhões de euros, que não foram contabilizadas pela Autoridade Tributária e Aduaneira. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Estado falha no controlo da segurança e saúde no trabalho

Portugal falha nas medidas de controlo da segurança e saúde no trabalho, alerta o Conselho da Europa, num relatório em que conclui que a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) faz muito pouco. A entidade aponta ainda que há cada vez menos inspetores e que os trabalhadores abrangidos por ações de inspeção caíram a pique. Leia a notícia completa na TSF.

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Há 10 milhões de euros para melhorar hospital de Santa Maria

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2018

No dia em que Marcelo Rebelo de Sousa visita o Santa Maria, hospital anuncia investimento de 10 milhões na melhoria da Unidade de Queimados, Urgência Geral e Cuidados Intensivos.

O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Lisboa Norte anunciou, esta quarta-feira, um investimento de 10 milhões de euros para intervir na Unidade de Queimados, Urgência Geral e Cuidados Intensivos do hospital de Santa Maria.

“Temos um projeto de relocalização da nossa Unidade de Queimados, que ficará junto à urgência. Essa relocalização vai permitir passarmos das atuais cinco para as dez camas e criarmos seis camas de intermédios, camas que no fundo são quartos atendendo que estamos a falar de queimados”, disse Carlos Martins, no dia em que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, visitou o hospital de Santa Maria.

O presidente do Conselho de Administração defendeu que as obras vão melhorar a capacidade de resposta do hospital.

Será um aumento muito significativo da nossa capacidade instalada, mas sobretudo da capacidade instalada para o país, em matéria de situações de catástrofe ou de rotina, dada a dimensão de responsabilidade que temos, que é nacional”, frisou.

Carlos Martins referiu que as obras não vão ficar pela Unidade de Queimados, estando também previsto um aumento da área de Cuidados Intensivos e requalificação da Urgência Geral.

“Vamos ter uma obra de 10 milhões de euros, que vai durar cerca de um ano, e mais que uma obra do hospital de Santa Maria ou do Centro Hospitalar, é uma obra que fica ao serviço do país, dadas as áreas críticas que estamos a falar”, salientou.

O responsável garantiu que as obras não vão afetar a capacidade de resposta da urgência.

“A Unidade de Queimados é uma deslocalização, os Cuidados Intensivos é uma ampliação e a Urgência são obras de requalificação. Em vez de oito meses, vamos demorar 12 meses para não causar constrangimentos, mas vamos ter estas modernas unidades ao serviço do país”, conclui.

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Grupo Pestana viveu “melhor ano de sempre” em 2017

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2018

Administrador do Grupo Pestana garante que 2017 foi o "melhor ano de sempre" para a cadeia hoteleira e avança que 2018 poder ser ainda melhor. Roquette acredita que tendência de crescimento é sólida.

O administrador do Pestana Hotel Group José Roquette disse que, embora as contas não estejam fechadas para divulgar, 2017 “foi o melhor ano de sempre” para o grupo, antecipando crescer em 2018.

“É um momento muito positivo o que estamos a viver”, começou por dizer José Roquette, em conferência de imprensa, em Lisboa, fazendo alusão não só aos resultados do grupo, como ao crescimento Turístico que se vive em Portugal.

O administrador abordou a conjuntura muita favorável ao nível do Turismo internacional e em Portugal, acreditando que a tendência no país é sólida e com razões para se manter. “Estamos [Portugal] onde achávamos há muito que devíamos estar. Temos uma relação qualidade-preço muito boa, um clima fantástico (…) e acreditamos que esta é uma tendência que vai continuar”, afirmou.

José Roquette, que lembrou que o grupo vai a caminho dos 100 hotéis em 20 países, acrescentou então, sem poder quantificar ainda, que 2017 “foi um ano recorde para o grupo, o melhor ano de sempre” e que “2018 ainda poderá ser melhor”.

“Estes quase 50 anos têm sido de estabilidade. Seguimos rumo a alcançar o Top 25 europeu e o Top 100 mundial. Temos o plano de expansão mais ambicioso de sempre. Não conheço outra cadeia igual que, sendo detentora dos seus hotéis, com um único acionista, sem recurso a mercado de capitais, estar no Top 25 europeu e Top 100 Mundial”, sublinhou o administrador responsável pelo desenvolvimento.

Nos últimos seis anos, o grupo inaugurou 20 hotéis em Portugal e no estrangeiro e a maior multinacional hoteleira de origem portuguesa prevê abrir 20 novos hotéis nos próximos três anos, foi anunciado, aumentando a sua capacidade em 3.000 novos quartos até 2020. O investimento global nesta expansão será de cerca de 200 milhões de euros, afirmou.

Também hoje, dentro deste plano de expansão, José Roquette anunciou a abertura de mais uma unidade Pestana CR7 Lifestyle Hotels em Marraquexe, a inaugurar em 2019.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Marta Santos Silva
  • 25 Janeiro 2018

Quanto valem as casas em Portugal? Como fechou a execução do Orçamento de 2017? O que vai decidir o BCE em termos de política monetária? Tudo perguntas que terão resposta esta quinta-feira.

Esta quinta-feira vem cheia de revelações, desde os resultados da atividade do Banco Europeu de Investimento no país até à execução orçamental de dezembro, que permite conhecer como o Governo fechou o ano. O INE também revela os dados da avaliação bancária na habitação relativamente ao último mês do ano passado, e a EasyJet mostra o seu novo avião, mais “verde”.

2017 encerra: Execução orçamental de dezembro divulgada

A Direção-Geral do Orçamento vai mostrar como é que Centeno controlou as contas no último mês de 2017. Quando já se fala num défice de 1,2% e num ano de excelência para o Governo, este documento permitirá tirar as teimas e saber como correu a execução orçamental em 2017.

Draghi e os estímulos na Zona Euro

Olhos postos no Banco Central Europeu esta quinta-feira, com o Conselho de Governadores do BCE a reunir-se para tomar decisões de política monetária. Mario Draghi deverá manter a taxa de juro, mas as atenções recaem sobre os sinais que o presidente da autoridade monetária do euro vai deixar sobre o fim do programa de estímulos, o que poderá impactar no desempenho dos juros da dívida soberana.

Quanto custam as casas portuguesas?

Mês após mês, a avaliação dos imóveis em Portugal tem vindo a aumentar, estando em níveis recorde. Essa tendência deverá ser confirmada, mais uma vez, pelo Instituto Nacional de Estatística, que vai revelar o Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação de dezembro de 2017, permitindo assim perceber quanto valorizaram, aos olhos dos bancos (na hora de concederem crédito para a compra de casa), os apartamentos e moradias adquiridos durante o ano passado.

Banco Europeu de Investimento presta contas

O Banco Europeu de Investimento apresenta os resultados da sua atividade em Portugal. O BEI vai mostrar como correu a aplicação do Plano Juncker em 2017, conhecido como Plano de Investimento para a Europa. O BEI, com capital dos Estados-membros, financia investimentos de longo prazo em vários países, e esta quinta-feira vai prestar contas do trabalho feito, com a presença do seu vice-presidente, Román Escolano, em Lisboa.

Novo EasyJet mais verde apresentado em Lisboa

O easyJet A320neo é o novo avião da empresa low cost EasyJet. Com este avião, o plano é reduzir a pegada ambiental da empresa com emissões de CO2 15% inferiores. O novo avião que vai ser apresentado hoje em Lisboa também é muito mais silencioso.

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Afinal, o que querem os partidos dos próximos fundos comunitários?

O Parlamento discute hoje o pós-2020 depois de o Conselho de Estado ter analisado quais devem ser as prioridades do novo quadro comunitário que se avizinha. O ECO foi saber o que pensam os partidos.

Da esquerda à direita o próximo quadro comunitário de apoio gera consenso alargado. Os partidos querem um amplo debate sobre as prioridades que o país deve assumir para a utilização das verbas de Bruxelas entre 2021 e 2027 e todos destacam a importância da coesão, ou seja, reduzir as assimetrias que ainda persistem no país ao fim de cinco quadros comunitários. Assimetrias que levaram Marcelo Rebelo de Sousa a falar de “Portugais demasiadas vezes esquecidos”, este verão, após os trágicos incêndios.

A discussão do tema está à partida garantida, já o pedido de consensos lançado pelo Executivo vai depender dos detalhes. Carlos César anunciou que nas jornadas parlamentares do PS, na terça-feira, que o partido ia avançar com uma proposta para criar uma comissão eventual de acompanhamento do processo de definição da “Estratégia Portugal 2030”. O projeto de resolução vai ser discutido esta quinta-feira na interpelação ao Executivo, na Assembleia da República. Segundo uma nota do partido enviada às redações, a “comissão funcionará por um período de seis meses, prorrogável até à conclusão dos trabalhos”.

Os partidos estão genuinamente preocupados com o rumo que as negociações podem assumir em Bruxelas, isto porque com a saída do Reino Unido da União Europeia, o orçamento comunitário vai ser necessariamente mais pequeno e nada garante que os fundos continuem a ser estruturados e organizados como até aqui. As políticas setoriais, decididas pela Comissão, poderão assumir maior peso face às políticas transversais, decidas por cada país; poderá passar a haver um fundo único estrutural e o novo quadro pode até deixar de ser por sete anos. Há muito em aberto.

Portugal deve defender uma aposta contínua em termos de crescimento e emprego, mas exigir que os valores subjacentes a essa política não são destruídos”, sugere Luís Leite Ramos. O deputado social-democrata está convicto que “haverá um largo consenso” no país sobre esta matéria.

Carlos César sublinha “a dimensão do que está em jogo nas negociações em curso e o que representam para o futuro próximo do país, na perspetiva desejada de uma convergência real”. Nas jornadas parlamentares, o líder parlamentar do PS lembrou que “em causa não só estarão envelopes financeiros, como opções que respondam a considerandos e objetivos de necessidade, de reprodutividade e de racionalidade”.

Portugal tem de ser muito inteligente nestas negociações“, defende o deputado centrista, Pedro Mota Soares. “Tem de negociar a coesão e os temas que queremos, como o investimento, que implica alguma dimensão do ponto de vista das infraestruturas que permitam ser mais competitivo. As infraestruturas têm de ser abordadas de forma inteligente”, sugere, numa alusão à prioridade negativa definida no atual quadro comunitário, o Portugal 2020, para os investimentos em estradas e que tem gerados muitos constrangimentos, já que são permitidos apenas financiamentos de pequenas ligações das autoestradas a fábricas e parques empresariais.

A eurodeputada do Bloco de Esquerda, Marisa Matias reconhece que “Portugal não precisa de mais estradas”. “Talvez em dois distritos para garantir uma rede mais equilibrada”, admite. “Mas há sempre necessidade de investir em infraestruturas, ao nível dos serviços públicos, como escolas e hospitais. Para a eurodeputada, o problema reside no facto de Bruxelas estar a “transformar a política de investimento europeia numa Parceria Público Privada gigante”.

Presentemente essa política de investimento é assegurada através do Fundo Europeu de Investimento Estratégico (EFSI), que consiste em cinco mil milhões de euros de capital do Banco Europeu de Investimento (BEI) alavancados em 16 mil milhões de euros de garantias da Comissão Europeia, que permitem gerar mais financiamento, num total de 61 mil milhões de euros, só dentro do grupo BEI. Mas estes 61 mil milhões podem desbloquear 315 mil milhões de investimento graças a outros investidores privados.

O PCP também está contra o peso excessivo que o setor financeiro tem vindo a assumir nos fundos. “É necessária uma rutura na estratégia política em relação à filosofia de aplicação das verbas comunitárias”. Uma aplicação que, segundo o deputado comunista Bruno Dias, é feita numa “lógica mercantil”. E queixa-se que, nos vários programas operacionais “houve uma menor afetação de recursos para o investimento na qualificação do território”. Um território que este verão mostrou uma ferida aberta com os incêndios que vitimaram mais de 100 pessoas e uma seca extrema que deixou partes do país com o abastecimento de água comprometido.

“O principal ponto de partida é aprendermos com a experiência destes 30 anos e cinco quadros comunitários de apoio e dos resultados que tiveram na nossa economia principalmente em termos de desigualdades e assimetrias territoriais”, frisa o parlamentar, que lamenta ainda o facto de não haver hoje “um debate político estratégico na sociedade que seja concretizado nos mecanismos próprios da Administração Pública”.

Todos juntos pela coesão

A nível comunitário, com a saída do Reino Unido da União Europeia há várias correntes de discussão do que deve ser o próprio quadro comunitário. Uma delas sugere que os três fundos que servem de pilares à política europeia — Feder, Fundo Social Europeu e Fundo de Coesão — devem ser unidos num só. Em Portugal, a ideia é chumbada à partida porque isso seria o fim da coesão.

“Sem mais contribuições dos Estados-membros e sem mais orçamento comunitário a junção dos fundos faz parte da otimização dos recursos, mas isso vai afetar os países da coesão, onde se inclui Portugal. A lógica da coesão é haver redistribuição”, sublinha Marisa Matias, lembrando que “a coesão social e territorial é fundamental para promover a qualidade de vida”. “Esta vai ser a grande batalha na Europa”, antecipa.

Carlos César, nas jornadas parlamentares, lembrou que “Portugal é um beneficiário líquido do orçamento da UE“. “Entre 2009 e 2015 contribuiu anualmente, em média, com 1.617,5 milhões de euros e recebeu 4.728 milhões a título de transferências. Em 2015, as transferências da UE para Portugal concentraram-se na Coesão, em 46,8%, e na PAC, 42,3%”, disse. Mas ainda assim, “em 2000, tinha um PIB per capita de 84% da média europeia e, em 2014, de 77%”.

O CDS atira as culpas para o Governo por não ter “alimentado ou fomentado a ligação, muito importante, aos países amigos da coesão”. “Está mais preocupado com novos grupos: como o Grupo de Fundadores, dos Países do Sul, Grupo de Visegrado. Há cada vez mais jarras, jarrinhas e jarrões“, defende Mota Soares, reiterando que “o Governo tem estado mal nesta matéria”.

Também o PCP assaca responsabilidades ao Executivo em conseguir mais dinheiro. “Quem decide qual o montante e a dimensão efetiva do Orçamento comunitário destinado ao investimento e coesão?”, questiona Bruno Dias. “É uma questão de debate político do financiamento comunitário”, garante.

Pressão para a ação

Mas Marcelo Rebelo de Sousa, que dedicou o seu último Conselho de Estado a esta discussão, já foi deixando avisos à navegação: é preciso começar já. É preciso passar da reflexão à ação. “As melhores ideias, se não influenciarem já, ficarão à margem de Portugal”, disse o Chefe de Estado no encerramento da conferência promovida pela Plataforma do Crescimento Sustentável, este fim de semana. Para Marcelo, o calendário é mesmo os próximos dois anos, até às eleições em 2019, porque terá de ficar tudo fechado em 2018 em Portugal e em 2019 na Europa.

O CDS promete levar já para o debate quatro propostas sobre esta matéria. Uma relativamente ao desenvolvimento sustentável, às alterações climáticas e dificuldades de acesso à água, porque “o fenómeno da seca já é estrutural”, garante Mota Soares, acrescentando que soluções para transportes ais amigos do ambiente e que promovam a mobilidade também estarão aqui enquadrados. Outra das propostas incidirá sobre coesão territorial e a qualificação dos portugueses. Uma terceira para tentar resolver o problema de desequilíbrio demográfico do país, passando por definir políticas de envelhecimento ativo. E finalmente, uma quarta proposta relativa ao investimento para que “Portugal seja capaz de atrair investimento nacional e estrangeiro e de base industrial” e é neste ponto que Mota Soares inclui os investimentos em infraestruturas, nomeadamente portos, para manter o país competitivo.

O investimento e as empresas estão presentes nas preocupações de todos, mas com nuances. Luís Leite Ramos defende que “é necessário dar continuidade à aposta na competitividade da economia, fundamentalmente em prosseguir o esforço de dar mais capacidade de investimento competitivo”. No entanto, o deputado lembra que esta tem sido a orientação do partido até agora, mas é necessário ainda aguardar as diretrizes do novo líder, Rui Rio, que só assume oficialmente a liderança do partido após o congresso de Lisboa que se realiza de 16 a 18 de fevereiro.

Embora nenhum partido avance para já com metas para as percentagens do novo quadro comunitário que devem ser dedicadas às empresas — recorde-se que o presidente da CIP, António Saraiva, sugere que metade do novo quadro deveria ser para o tecido empresarial — todos reconhecem a sua importância. Até o PCP defende que “para a modernização das estruturas do tecido empresarial é essencial garantir o acesso aos fundos das micro e pequenas empresas”.

Esta quinta-feira os dados são lançados e a discussão do próximo quadro comunitário soma mais um passo no longo caminho que terá de fazer, até Portugal iniciar formalmente as negociações com Bruxelas do seu Acordo de Parceria.

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Governo fará balanço trimestral na AR de ações contra fogos

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2018

Os membros do Governo que estiverem envolvidos nas medidas contra fotos terão de ir ao Parlamento de três em três meses a partir de fevereiro.

A comissão parlamentar de Agricultura e Mar aprovou esta quarta-feira, por unanimidade, um requerimento apresentado pelo PCP para ouvir trimestralmente o Governo, a partir de fevereiro, sobre as medidas em curso relacionadas com os incêndios florestais.

Em declarações à agência Lusa, o deputado comunista João Ramos explicou que “a perspetiva do PCP foi propor que se definissem audições regulares sobre matérias relacionadas com os incêndios, como os apoios e a implementação de políticas e de legislação, nomeadamente a do pacote florestal”.

Apontando que a ideia teve o acolhimento dos outros partidos representados na comissão de Agricultura e Mar, o político apontou que se prevê que “as audições sejam trimestrais e comecem já em fevereiro”. “A ideia é que os responsáveis da pasta da Agricultura [Capoulas Santos] e de outras, como é o caso do ministro-Adjunto [Pedro Siza Vieira], possam vir ao parlamento falar sobre estes assuntos”, acrescentou João Ramos.

O deputado do PCP salientou ser necessário “acompanhar estas matérias”. “Acreditamos que é preciso transparência nestes processos, até porque nem sempre é fácil aceder a portarias e a despachos”, sublinhou.

Também neste âmbito, João Ramos referiu que o PCP apresentou um projeto de resolução, que ainda terá de ser apreciado pela Assembleia da República, que recomenda ao Governo que crie, disponibilize e mantenha atualizado um portal eletrónico onde seja divulgada informação relacionada com as respostas criadas na sequência dos incêndios florestais de 2017.

O objetivo é que “haja uma plataforma eletrónica para haver informação sobre esta matéria, desde logo sobre a legislação, sobre resultados e candidaturas”, adiantou.

Tendo em conta os incêndios no ano passado, registaram-se pelo menos 116 vítimas mortais em fogos de origem florestal. Face a estes acontecimentos, o Governo criou algumas medidas de apoio aos agricultores e às empresas das regiões atingidas, visando, entre outros fins, assegurar a reposição das explorações agrícolas e o restabelecer as condições destas companhias.

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