Integração de precários arrasta-se até 2019. Deveria estar concluída no final deste ano

  • ECO
  • 18 Setembro 2018

O Governo reconhece, pela primeira vez, os atrasos no Programa de Regularização Extraordinária de Vínculos Precários da Administração Pública (PREVPAP), que deveria estar concluído no final deste ano.

A integração de trabalhadores precários nos serviços e organismo do Estado não estará concluída este ano, vai arrastar-se para o 2019, avança esta terça-feira o jornal Público (acesso pago). O Governo reconhece, pela primeira vez, os atrasos no Programa de Regularização Extraordinária de Vínculos Precários da Administração Pública (PREVPAP), que deveria estar concluído no final de 2018 — compromisso assumido por vários ministros.

Vieira da Silva, ministro do Trabalho, foi o último membro executivo a abordar o tem, no final do passado mês de agosto, tendo assumido que o “compromisso” era terminar as integrações até ao final de 2018. “É isso que vamos tentar cumprir”, disse na altura.

Agora, nas Grandes Opções do Plano (GOP), o Governo português lembra que lançou um conjunto de políticas que “permitiram iniciar o percurso de valorização e dignificação do trabalho público”, quer através do descongelamento das carreiras da Administração Pública, quer através da “consolidação da operacionalização do PREVPAP, através do qual o Governo assume a linha da frente no combate à precariedade, começando por assegurar a regularização da situação dos trabalhadores de serviços públicos que se encontrem em situação irregular”.

De acordo com o documento enviado na passada sexta-feira ao Conselho Económico e Social, “ambos os processos continuarão em execução em 2019”.

Confrontado com o texto das GOP, Daniel Carapau, membro da plataforma Precários do Estado, lembra que os sinais já apontavam para atrasos e vê o arrastar do processo para 2019 “com muita preocupação”.

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5 coisas que vão marcar o dia

Termina a visita oficial de António Costa a Angola com a assinatura de vários acordos entre os dois países. Lá fora, as duas Coreias iniciam encontro histórico rumo à paz entre os dois países.

Esta terça-feira fica marcada pelo fim da visita oficial de António Costa a Angola, numa iniciativa que marca o reatamento das relações entre os dois países. Lá fora, as duas Coreias iniciam encontro histórico. No setor energético, dois temas dominam: as ações da Galp já não dão direito ao dividendo e os CMEC voltam ao Parlamento com audições a antigos presidentes da EDP e REN.

Galp destaca dividendo

A Galp vai pagar o dividendo intercalar de 27,5 cêntimos no próxima dia 20 de setembro. Isto significa que as ações da petrolífera portuguesa vão deixar de dar direito à remuneração acionista a partir desta terça-feira, implicando um ajuste técnico no valor da ação.

Costa termina visita a Angola

O primeiro-ministro português, António Costa, termina a sua visita oficial a Angola, marcando presença esta terça-feira no Fórum Económico “Angola-Portugal: Por uma Parceria Estratégica”. Do lado português, o evento vai contar ainda com a participação do presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, e do secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias. O último dia da visita oficial fica marcada pela assinatura de vários acordos entre os dois países, entre eles a parceria entre Lusa e RTP e Televisão Pública de Angola.

Ex-CEO da EDP e REN no Parlamento por causa dos CMEC

No Parlamento português, o tema dos CMEC volta à agenda dos deputados. Pela manhã, às 10h00, há audição a José Penedos, ex-presidente da REN, a gestora da rede elétrica portuguesa. À tarde será a vez de João Talone, antigo CEO da EDP, ser questionado sobre as rendas atribuídas ao setor energético nacional.

Imobiliário na ribalta

Até ao dia 19, o Hotel Palácio Estoril vai receber o Portugal Real Estate Summit. O evento inicia-se esta terça-feira pelas 14h30, contando com a presença do ministro Adjunto Pedro Siza Vieira.

Coreias a caminho da paz?

Inicia-se hoje a Cimeira Norte/Sul entre as duas Coreias, com os líderes de ambos os países a reunirem-se para discutir a “completa desnuclearização da península coreana”. O encontro entre as duas Coreias prolongar-se-á até ao dia 20.

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Crédito às famílias já ultrapassa os dez mil milhões este ano. Metade vai para comprar casa

As instituições financeiras disponibilizaram 11,03 mil milhões de euros em empréstimos às famílias nos primeiros sete meses do anos. Mais de metade foi para comprar casa.

Foi quebrada uma nova barreira psicológica no crédito às famílias. O montante dos empréstimos concedidos já ultrapassa os dez mil milhões de euros, no acumulado deste ano, superando os níveis de concessão registados em períodos comparáveis dos anos anteriores. Por cada dia que passou, os portugueses foram buscar, em média, mais de 50 milhões de euros por dia ao setor financeiro.

As estatísticas do Banco de Portugal mostram que, entre habitação, consumo e outros fins, os bancos e as financeiras disponibilizaram um total de 9.369 milhões de euros entre o início de janeiro e o final de junho, ou seja, no semestre. Com os dados de julho, o valor disparou. Passou os dez mil milhões, cifrando-se em 11.026 milhões de euros em novo crédito.

Crédito às famílias nos primeiros sete meses de cada ano

Fonte: Banco de Portugal

Este volume representa um aumento de 18%, ou de 1.696 milhões, quando comparado com os 9.331 milhões de euros concedidos em igual período do ano passado. De salientar que, em 2017, ano em que foi concedido um total de 16,9 mil milhões, apenas em setembro foi possível atingir os níveis de concessão acumulados nos primeiros sete meses deste ano.

Mais de metade dos montantes disponibilizados este ano têm como destino a compra de casa. Até julho, os bancos cederam 5.693 milhões de euros com essa finalidade. Trata-se de 52% do total do financiamento às famílias, representando ainda um acréscimo de 26% quando comparado com a quantia disponibilizada no mesmo período do ano passado.

Já no que respeita ao consumo, os empréstimos concedidos pelos bancos e pelas financeiras ascenderam até julho a 4.283 milhões de euros. Este montante representa um aumento de 17% face ao verificado nos primeiros sete meses do ano passado.

A categoria de outros empréstimos é a única a contrariar o movimento de subida nos níveis de concessão de empréstimos às famílias. Entre o início de janeiro e o fim de julho, os bancos concederam 1.050 milhões de euros em empréstimos com essa finalidade. Ou seja, 9% abaixo do verificado em igual período do ano passado.

Acelerador a fundo no crédito mantém-se

Assiste-se a um crescimento acelerado na concessão de novo crédito às famílias que tem gerado preocupação a várias entidades, entre as quais o Banco de Portugal. A entidade liderada por Carlos Costa avançou mesmo com um conjunto de recomendações aos bancos no sentido de terem em conta três tipos de limitações na hora de dar crédito à habitação e consumo. Esses limites incidem sobre as maturidades dos empréstimos, os rácios de financiamento e o serviço da dívida.

Julho foi o primeiro mês em que entraram em vigor essas recomendações por parte dos bancos, mas ainda não parecem estar a surtir grande efeito. Nesse mês, ocorreu uma quebra ligeira nos montantes do crédito disponibilizado, tanto para a compra de casa como para consumo face a junho, mas, numa base homóloga, a tendência de crescimento manteve-se.

As instituições financeiras concederam 919 milhões de euros em empréstimos para a compra de habitação, em julho. Este montante representa uma diminuição de 71 milhões (1,2%) face aos 990 milhões registados em junho — o valor mais elevado em mais de oito anos –, mas é o segundo mais alto do ano. Face ao ao mesmo mês do ano passado, o nível de concessão registado no último mês de julho aumentou 34,8%.

no caso do crédito ao consumo, em julho, os bancos e as financeiras disponibilizaram 595,3 milhões de euros. Este valor representa um decréscimo de 35,6 milhões (-5,6%) quando comparado com o nível de concessão registado em junho. Mas, em termos homólogos, corresponde a uma subida de 52 milhões de euros (9,6%).

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Quase metade das empresas vai recrutar mais no próximo ano. Salários sobem acima da inflação

Estudo da Mercer analisa todos anos a intenção de recrutamento das empresas portuguesas. Antecipa mais contratações no próximo ano, à boleia da economia. E vê os salários a crescerem.

Há cada vez mais empresas a quererem contratar. Só este ano, 53% das empresas admitem recrutar novos colaboradores, sendo que a tendência vai manter-se no próximo ano, apesar de uma percentagem ligeiramente menor. A explicação está, segundo a Mercer/Jason Associates, no bom momento da economia nacional.

A intenção de recrutar mais colaboradores está a aumentar há três anos, de acordo com os dados do estudo “Total Compensation Portugal 2018”, realizado pela Mercer/Jason Associates, que analisa todos anos milhares de postos de trabalho e centenas de empresas do mercado português.

Se em 2017, 41% das empresas admitiam que queriam recrutar mais, este ano, com a amostra do estudo a chegar a 397 empresas (num total de 148.332 postos de trabalho, essa percentagem aumentou para 53% este ano.

Já a previsão para 2019 aponta para um ligeiro decréscimo: 48% de empresas demonstram intenção de recrutar mais pessoas. Ainda assim, a tendência de recrutamento tem-se mantido elevada. Por outro lado, 45% das organizações afirma que irá manter o número de colaboradores e 2% prevê a redução do seu número, em 2018 e 2019.

Economia dá confiança às empresas

Esta tendência de aumento do recrutamento verifica-se num contexto de crescimento da economia, o que oferece alguma visibilidade às empresas quanto ao futuro. Tiago Borges, responsável pela área de rewards da Mercer salienta que “em 2017, o PIB real cresceu 2,7%. Em 2018, as estimativas apontam para uma ligeira redução no crescimento, prevendo-se para 2019 uma estabilização nos 2% do crescimento económico em Portugal”.

“Este comportamento da economia tem contribuído para as melhorias verificadas na intenção de contratação de colaboradores por parte das organizações”, explica, o especialista, “o que tende a refletir-se na descida da taxa de desemprego de 9%, em 2017, para 7,7% em 2018, com uma previsão de 6,8% para o próximo ano”. Em julho, a taxa de desemprego era de 6,8%, a mais baixa desde 2002.

Salários mais altos. Aumentos superam a inflação

Com a economia a mostrar sinais positivos, a taxa de desemprego encolhe. E os salários? Vão aumentar, especialmente os de topo. O estudo da Mercer/Jason Associates aponta para atualizações acima da taxa de inflação estimada para 2019 (de 1,5%), isto depois de já terem subido 2% para quase todos os níveis de responsabilidade dentro das empresas.

“No que diz respeito aos incrementos salariais por níveis funcionais em Portugal, estes são influenciados por diversos fatores, sendo que as funções de maior nível de responsabilidade têm sido as mais penalizadas em fases de contração da economia, mas sendo também as que mais recuperam mais rapidamente em períodos de crescimento económico”, adianta.

 

Em 2018, os aumentos salariais variaram, em média, entre 1,37% (direção geral ou de administração) e 3,11% (quadros superiores) e o número de empresas que tem intenção de congelar salários diminui em 2019 para todos os grupos funcionais. Para o próximo ano, a atualização mais baixa será de 1,86% para os diretores gerais/administradores, chegando a 3,06% nos quadros superiores.

O salário-base anual dos recém-licenciados, no seu primeiro emprego, este situa-se tendencialmente entre os 14.000 e os 18.725 euros, diz a Mercer. Já o valor médio de subsídio de refeição, atribuído a cada colaborador, seja aos mais novos, seja aos quadros de topo, situa-se nos 171 euros por mês.

Além da remuneração mensal, o estudo revela que 88% das empresas também concede bónus à totalidade ou a parte da sua estrutura anual. E há mais complementos, sendo os planos médicos o benefício mais atribuído por parte das empresas participantes no estudo da Mercer — são cerca de 94% –, seguido da atribuição de viatura (91%), para uso total, e dias de férias extra (56%) aos colaboradores.

Quanto a outros benefícios, 53% atribui seguro de acidentes pessoais, cerca de 43% das empresas atribui um plano de pensões e 41% oferece complementos de subsídio de doença.

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Tensões comerciais pressionam tecnológicas. Nasdaq cai 1,4%

As negociações estiveram condicionadas esta segunda-feira em Wall Street, com os investidores à espera que Donald Trump implemente as tarifas contra a China. O índice tecnológico derrapou 1,42%.

As bolsas norte-americanas acentuaram as perdas registadas no arranque da sessão e fecharam em queda, com os investidores na expectativa de que Donald Trump implemente o pacote de tarifas sobre as importações chinesas, no valor de 200 mil milhões de dólares. Os receios da escalada das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo condicionaram mais as negociações no setor tecnológico.

O S&P 500 encerrou a cair 0,55%, para 2.888,87 pontos, enquanto o industrial Dow Jones recuou 0,35%, para 26.063,24 pontos. Já o tecnológico Nasdaq derrapou 1,42%, para 7.896,61 pontos, à medida que os investidores vão recolhendo mais-valias, temendo que as tarifas aduaneiras sobre as importações chinesas penalizem o desempenho das grandes tecnológicas.

O destaque vai para a queda da Apple. A fabricante do iPhone desvalorizou 2,66%, para 217,88 dólares, depois de ter admitido que os impostos sobre as importações chinesas poderão ter impacto numa “vasta gama” de produtos da marca, de acordo com a Reuters. Nota também para os títulos da Amazon. A gigante do comércio eletrónico fundada por Jeff Bezos derrapou 3,16%, para 1.908,03 dólares.

A Netflix também esteve sob pressão em Wall Street, assim como a Alphabet (dona da Google). Respetivamente, a primeira caiu 3,90%, enquanto a segunda perdeu 1,54%.

Segundo a Reuters, os investidores estão na expectativa de que Donald Trump, Presidente dos EUA, anuncie a qualquer momento o passo em frente na proposta de tarifas aduaneiras, de 200 mil milhões de dólares, sobre produtos importados da China. Pequim já ameaçou retaliar, fazendo escalar as tensões comerciais entre os dois países.

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“Dívida portuguesa não segue a italiana”, diz Mário Centeno. “Estamos mais próximos da Alemanha e Espanha”

O ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo diz ainda acreditar que a economia da Zona Euro, a crescer há 21 trimestres, ainda poderá "expandir-se" para lá de 2020.

A tensão política em Itália, que tem colocado pressão sobre a dívida do país, pode ter contagiado momentaneamente as dívidas dos países vizinhos, mas a tendência não é essa. Para Mário Centeno, a dívida portuguesa é vista pelos mercados de forma diferente da de Itália. “Estamos muito mais perto da Alemanha e da Espanha“, considera o ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo.

A participar numa conferência sobre os dez anos que passaram desde a queda do Lehman Brothers, a 15 de setembro de 2008, Mário Centeno partilhou uma visão positiva sobre o atual estado da União Europeia. Questionado sobre o efeito que a instabilidade em Itália poderá provocar sobre Portugal, o ministro das Finanças desvalorizou o cenário.

“A parte boa da dívida portuguesa, atualmente, é que não está a seguir a Itália nos mercados. Estamos muito mais perto da Alemanha e da Espanha do que de Itália. Isso é um sinal de que os mercados avaliam a dívida diferente da italiana”, afirmou.

Estamos muito mais perto da Alemanha e da Espanha do que de Itália. Isso é um sinal de que os mercados avaliam a dívida diferente da italiana.

Mário Centeno

Ministro das Finanças

Quanto aos desenvolvimentos em Itália, Mário Centeno diz esperar que os próximos tempos sejam de alívio para os mercados. “Itália está prestes a apresentar o orçamento para 2019 e há uma grande expectativa de que a apresentação do Orçamento do Estado possa contribuir para uma correção deste movimento dos juros da dívida italiana“, antecipou.

Europa ainda pode crescer

Durante a conferência, o presidente do Eurogrupo foi ainda questionado sobre até onde poderá ir o atual ciclo económico de crescimento. 2020 será o ponto de inversão? “É muito difícil dizer, mas acredito que a Zona Euro ainda pode expandir-se no processo de recuperação por que estamos a passar“, disse, lembrando que a área do euro cresce há 21 trimestres consecutivos.

“Claro que nunca podemos esquecer-nos de que começámos de um ponto muito baixo, por causa da crise, mas que, ainda assim, é difícil que as economias cresçam no contexto atual. Mas, se os mercados e agentes económicos estiverem confiantes, este ciclo poderá ser estendido“, considera.

Sobre os anos da crise, Mário Centeno reconhece que a Europa “não estava preparada” para enfrentá-la e que países como Portugal foram “apanhados” pela conjuntura, com “um leque incompleto de instituições” para dar resposta à crise.

Contudo, acredita, foi feito “um progresso enorme na Europa. Para além do crescimento económico que se verifica há 21 trimestres consecutivos, foram também criados milhões de postos de trabalho desde 2008.

Ainda assim, há caminho por fazer, diz Centeno, salientando a conclusão da união bancária. “Temos de completar o que começámos após a crise”, salientou.

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Paulo Gonçalves sai do Benfica

  • Lusa
  • 17 Setembro 2018

Até aqui assessor jurídico do Benfica, Paulo Gonçalves chegou a acordo com a SAD para "a cessação do seu contrato de trabalho". Arguido no caso e-toupeira, vai dedicar-se "à sua defesa".

O Benfica anunciou ter celebrado “um acordo para a cessação do contrato de trabalho” do assessor jurídico Paulo Gonçalves, arguido no caso e-toupeira, por “razões de natureza pessoal”, e elogiou o antigo dirigente.

“A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD vem comunicar que, por proposta de Paulo Gonçalves, celebrou hoje [segunda-feira] um acordo para a cessação do contrato de trabalho”, pode ler-se numa nota da sociedade encarnada à comunicação social.

Segundo as águias, a proposta partiu do assessor jurídico e na base da decisão estão “razões de natureza pessoal, em especial a necessidade de se dedicar à sua defesa num processo judicial” e “em nada” relacionadas “com o exercício de funções que lhe estavam confiadas”. O Ministério Público (MP) acusou dois funcionários judiciais, a SAD do Benfica e um colaborador de vários crimes, incluindo corrupção, favorecimento pessoal, peculato e falsidade informática, no caso ‘e-toupeira’.

Na mesma nota, a SAD do Benfica agradece o trabalho de Paulo Gonçalves “ao longo de 12 épocas desportivas e até hoje”, realçando “o profissionalismo, a lealdade, a integridade e a dedicação” do agora ex-assessor jurídico.

Em 13 de setembro, o vice-presidente dos lisboetas Varandas Fernandes defendeu, em conferência de imprensa, a ligação entre as duas partes, e manifestou acreditar na inocência de Gonçalves. “Até prova em contrário, acredito na sua inocência. Não está julgado, está acusado. A justiça vai encarregar-se de apurar se tem ou não responsabilidade de ser acusado”, frisou.

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MoviePass prepara-se para entrar em Portugal

  • Lusa
  • 17 Setembro 2018

Mitch Lowe, que foi um dos fundadores da Netflix, admitiu que pode trazer o serviço para Portugal.

O CEO do serviço de subscrição de cinema MoviePass, Mitch Lowe, disse, no Porto, que pode trazer o serviço para Portugal, numa altura de queda generalizada de espetadores, nas salas de cinema.

Mitch Lowe, que foi um dos fundadores da Netflix e agora lidera a empresa de subscrições, adiantou, à margem da conferência Vertex, organizada pela Porto Business School, que o objetivo deste serviço, que para já funciona apenas nos EUA, é fazer face às necessidades de “quem gosta de cinema” e que tem assim mais opções para escolher os filmes que pretende, por dez dólares por mês.

O MoviePass, serviço de subscrição de bilhetes de cinema, tem estado nas notícias, nem sempre “pelas melhores razões”, admitiu, em declarações à Lusa, referindo-se ao facto de o serviço ter ficado sem dinheiro (e sem bilhetes) repentinamente, numa questão que já foi resolvida.

O empresário culpou os donos dos cinemas e as produtoras “que têm feito o possível para [os] parar”.

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Nobel da Economia alerta que imobiliário em Portugal está “quente”

  • Lusa
  • 17 Setembro 2018

Richard Thaler diz que “não sabe se a próxima crise será imobiliária ou no mercado financeiro”. Alerta foi deixado no Porto.

O prémio Nobel da Economia de 2017, Richard Thaler, disse no Porto que o mercado imobiliário em Portugal está “quente” e deixou alguns alertas.

O co-autor do livro “Nudge”, que influenciou a presidência Obama, está no Porto no âmbito da conferência “Vertex”, promovida pela Porto Business School, disse que “não sabe se a próxima crise será imobiliária ou no mercado financeiro”, mas alertou para o mercado da habitação em Portugal, que diz estar “quente”.

“Acho que quem está a pagar pouco de entrada [por uma casa] está a correr demasiados riscos”, afirmou.

“Eu sou um otimista por natureza, por isso não vou dizer que a catástrofe está aí ao virar da porta, mas certamente pode acontecer”, salientou, à margem do evento.

"Acho que quem está a pagar pouco de entrada [por uma casa] está a correr demasiados riscos.”

Richard Thaler

Nobel da Economia de 2017

“O nosso presidente atual [Trump] não é competente no seu trabalho. E no Reino Unido, onde passo muito tempo, isto do Brexit é uma loucura. Há muita coisa que pode correr mal”, afirmou.

O Nobel da Economia salientou, durante a sua intervenção na conferência, que é muito importante a ligação entre comportamento e economia, até porque, sem isso, as previsões não correm bem.

“Nos dias de hoje, o campo que é dominante é o da economia empírica. A base de tudo o que eu tenho feito diz que, previsivelmente, as pessoas cometem erros. E, porque são previsíveis, podemos ajudar”, salientou.

Thaler não se escusou a falar de política: “Tudo o que posso dizer é que os votantes do Trump e os do ‘Brexit’ votaram emocionalmente, estavam zangados e queriam dizer não. É como um miúdo de dois anos a fazer uma birra. E as pessoas que elegeram Trump não beneficiaram dos cortes nos impostos e, dos que votaram para sair da União Europeia, só beneficiam os que não têm agora casas”, garantiu.

Durante a conferência “Vertex”, a área da economia foi também o foco da apresentação de April Rinne, consultora de empresas como a Nike e o AirBnb, e que se focou na economia partilhada.

No caso de Portugal, a especialista salientou que já está implementada na área dos transportes e alojamento, “mas que ainda há muito a fazer”. Rinne chamou a atenção para áreas ligadas aos idosos e aos cuidados de saúde, como tendo futuro no país.

Jean-François Manzoni, que lidera o Instituto Internacional de Desenvolvimento de Gestão, na Suíça, falou dos temas da liderança e de como os gestores conseguem sabotar o trabalho de funcionários competentes.

Mitch Lowe, um dos fundadores da Netflix, contou a história da empresa e detalhou as razões para o seu sucesso.

A conferência “Vertex” continua na terça-feira, no Centro de Congressos da Alfândega.

(Notícia atualizada às 20h27 com mais informação)

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Fundos: Juncker diz que Portugal não percebeu os números. Mas a culpa é da Comissão

O presidente da Comissão Europeia diz que os números que tem visto na imprensa e nos debates sobre o próximo Orçamento da UE estão errados. José Manuel Fernandes aponta o dedo à própria Comissão.

O presidente da Comissão Europeia considera Portugal “não percebeu” os números da proposta do próximo quadro financeiro plurianual. Jean-Claude Juncker garante que “vai haver cortes”, mas os números de que se fala estão todos errados. E a culpa é de quem? “O erro é nosso”, admitiu. “Temos de explicar melhor”, disse numa entrevista conjunta a dez órgãos de comunicação social europeus, entre os quais o Expresso (acesso pago)

Em causa está um corte de 7% na Política de Coesão, uma redução das taxas de comparticipação dos projetos de 85% para 70% e um corte de 15% para o desenvolvimento rural. “A Comissão comunica a preços constantes, com os quais o Parlamento Europeu funciona, outras vezes a preços correntes“, frisa o eurodeputado José Manuel Fernandes, o único português que integra o grupo do Parlamento Europeu que negoceia o Orçamento da União Europeia.

“Foi a Comissão que avançou com o corte de 7% na Política de Coesão usando preços constantes, mas na Política Agrícola Comum (PAC) e noutros programas usa preços correntes”, acrescenta o eurodeputado, justificando a alternância de lentes consoante a Comissão está a falar para “os grandes contribuintes líquidos, para os quais quer demonstrar que há cortes, ou para os outros países e aí usa os preços correntes”.

Foi a Comissão que avançou com o corte de 7% na Política de Coesão usando preços constantes, mas na Política Agrícola Comum (PAC) e noutros programas usa preços correntes.

José Manuel Fernandes

Eurodeputado

Sobre a mesa está uma proposta de um corte médio de 9,9% da Política de Coesão a nível europeu, sendo que a Portugal tocaria um corte de 7% (21,2 mil milhões de euros contra os 22,8 mil milhões que teve entre 2014 e 2020). A Comissão tem desvalorizado este corte, sublinhando que Portugal tem o quinto maior pacote, não só em termos absolutos como também na divisão das verbas comunitárias por cidadão. No total, a Comissão Europeia defende uma dotação de autorizações orçamentais de 373 mil milhões de euros (a preços correntes) para a futura Política de Coesão para 2021-2027.

Mas a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, já disse que o corte de 7% para Portugal “poderá não ser tão significativo”, porque está em discussão pôr de lado a obrigação de alocar um terço do Fundo de Coesão as novos Estados membros. “O assunto está em discussão e Portugal poderá vir a beneficiar do mesmo”, sublinhou a secretária de Estado.

Jean-Claude Juncker não parece estar muito disponível para negociaçõs: “Se se quer lançar as chamadas ‘novas políticas’, mas os Estados-membros não estão disponíveis para aumentar o orçamento em conformidade, tem de se cortar nas ‘velhas políticas’, ainda que a Política de Coesão e também a Política Agrícola devam continuar a ter uma importância crucial”, disse citado pelo Expresso. “Os números que tenho lido na imprensa portuguesa, e mesmo na de outros países, estão todos errados”, frisou.

“Não vamos mudar a proposta mas vamos ter de a explicar melhor, de facto. Foi o que fiz ao telefone, vezes sem conta, ao meu bom amigo António Costa”, acrescentou taxativo o presidente da Comissão Europeia.

Mas Portugal não desiste. Esta semana, o eurodeputado José Manuel Fernandes vai atacar o novo plano Juncker. “Esta semana vamos apresentar propostas de alteração ao InvestEU, nomeadamente insistir na coesão territorial. Mas não substitui de forma alguma a Política de Coesão”, conta ao ECO. “Vamos também insistir na necessidade de acomodar pequenos projetos e o objetivo de alcançarmos a correta distribuição regional e temática, assim como a necessidade de haver um apoio forte para a estruturação de projetos”, acrescentou.

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iOS 12 já chegou aos iPhones e iPads. Saiba o que muda e como atualizar com segurança

O ECO preparou um guia com as principais novidades do iOS 12, que chegou aos iPhones e iPads esta segunda-feira. Saiba também como atualizar com segurança.

A Apple começou a disponibilizar o novo iOS 12 a partir desta segunda-feira. A nova versão do sistema operativo móvel deverá melhorar o desempenho dos iPhones e iPads, adiciona novas ferramentas para controlar o tempo que passa a olhar para o ecrã destes aparelhos e atualiza o aspeto de algumas aplicações, entre várias outras coisas que o ECO resumiu no final deste artigo.

A atualização deverá chegar ao seu dispositivo sob a forma de uma notificação nas definições gerais do sistema. Mas, antes de atualizar, importa criar uma cópia de segurança dos seus dados. Se a atualização não correr como o esperado, é crucial ter uma cópia de tudo o que tem no telemóvel ou tablet, sob pena de perder fotos, mensagens e outros dados, informação que pode perder-se para sempre.

Criar uma cópia de segurança do seu iPhone ou iPad é muito simples. Basta ligar o aparelho a um computador com o iTunes instalado. Na aba principal, verá um botão azul, com a indicação “Back up now“. É esse o botão que dá início ao processo. Recomenda-se que crie mais do que uma cópia, para evitar casos em que a cópia principal fica corrompida por algum erro no sistema.

Dependendo da quantidade de espaço que tem na sua conta do iCloud, também é possível criar uma cópia de segurança na “nuvem”. Entre nas definições do aparelho, carregue na aba que tem o seu nome, depois em “backup” e, por fim, em “Backup now“. Em ambos os casos, usando o iTunes e o iCloud, tem de esperar algum tempo até terminar o processo.

Feito isto, pode atualizar o seu dispositivo móvel de marca Apple para o iOS 12. Pode dar início à atualização nas Definições do aparelho, onde deverá estar pendente uma notificação a vermelho, que significa que o iOS está pronto a atualizar. Se não aparece a notificação, talvez o seu aparelho já não seja elegível. Isso acontece com os modelos mais antigos da marca da maçã.

O que tem o novo iOS 12?

  • Mais controlo sobre o seu tempo. A nova atualização trás ferramentas que lhe permitem, em teoria, ter mais controlo sobre quanto tempo passa com o telemóvel ou tablet nas mãos. Conte com uma nova aplicação que conta quanto tempo passou a usar o dispositivo e que aplicações usa mais. A aplicação Screen Time também regista dados detalhados sobre o tipo de uso que dá ao iPhone ou iPad. E conta o número de notificações enviadas por cada aplicativo. Vai ainda poder definir limites de tempo de uso para cada aplicação.
  • Notificações agrupadas. A inteligência artificial vai permitir ao iPhone agrupar em blocos conjuntos de notificações que estejam relacionadas, ou que tenham alguma ligação entre elas. Vai poder também controlar que aplicações podem enviar notificações mais intrusivas, que fazem tocar (e vibrar) o aparelho, ou definir notificações silenciosas, que não são prioritárias.
  • Videochamadas em grupo. A aplicação FaceTime permite agora fazer chamadas de vídeo em grupo com até 32 participantes (a mesma funcionalidade passa a estar disponível também no sistema operativo dos computadores Mac).
  • Fita métrica com realidade aumentada. A Apple criou uma aplicação nova que serve de régua. Usa a câmara traseira do iPhone e o potencial da realidade aumentada para que possa apontar para um objeto e saber quanto mede de um lado ao outro, por exemplo.
  • É mais fácil encontrar e partilhar fotos. A galeria de fotos do iOS foi melhorada e oferece sugestões de pesquisa, para que seja mais fácil encontrar fotografias antigas, bem como sugestões de partilha. Por exemplo, se esteve com alguém num evento e houve fotos em conjunto, a aplicação vai sugerir que partilhe essas fotos automaticamente com as outras pessoas que aparecem na imagem. Há ainda uma nova aba, “Para si”, na qual a aplicação é capaz de aplicar filtros e outros efeitos às suas fotografias, de forma automática.
  • Aplicações com melhorias. A aplicação Stocks foi totalmente redesenhada. A Apple News vai ter uma nova aba para que encontre mais fontes e notícias. O iBooks passa a chamar-se Apple Books. A aplicação Voice Memos também foi redesenhada, chega também ao iPad e é capaz de se manter sincronizada entre dispositivos. Há novos Animoji (emojis animados pela câmara) que detetam a língua dos utilizadores e Memojis, que são emojis personalizados para que se pareçam com quem os envia.
  • Melhor desempenho em modelos anteriores. O novo iOS promete trazer melhorias de desempenho, sobretudo nos dispositivos mais antigos, como o iPhone 6 ou 6 Plus.
  • Siri está mais esperta. A assistente virtual da Apple consegue interligar-se a um conjunto mais alargado de aplicações, e vai poder definir conjuntos de tarefas que são ativados se disser um determinado comando de voz.

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Visita de Costa a Angola é “oportuníssima”, diz Jorge Coelho

  • Lusa
  • 17 Setembro 2018

Jorge Coelho mostrou-se otimista quanto à "saúde" da Mota Engil em Angola e frisou que a visita de António Costa é "oportuníssima", uma vez que Portugal precisa muito de Angola e vice-versa.

O conselheiro da construtora portuguesa Mota Engil Jorge Coelho remeteu esta segunda-feira para o primeiro-ministro português, António Costa, a questão das dívidas do Estado angolano às empresas.

“Não me meto nisso. Está cá o primeiro-ministro para tratar dessas coisas”, afirmou o antigo ministro português, salientando que a visita de António Costa é “oportuníssima, uma vez que Portugal precisa muito de Angola e vice-versa, disse à Lusa Jorge Coelho, à margem de um encontro do governante, que chegou hoje a Luanda para uma visita de trabalho de dois dias, com empresários portugueses que operam em Angola.

A visita é “oportuníssima. Há oito anos que não vinha cá um primeiro-ministro a Angola. Ser feita esta visita e anunciada, de imediato, a do Presidente angolano a Portugal é importantíssimo, porque este é um país que tem uma relação histórica extraordinária com Portugal, tem uma capacidade de desenvolvimento notável, precisa muito de Portugal como Portugal também precisa muito de Angola”, referiu.

Para Jorge Coelho, os trabalhadores e técnicos portugueses em Angola “não são substituíveis”, pois já mostraram a sua “capacidade de inserção na sociedade” e o “conhecimento do país”, fatores que considerou “muito importantes”.

“Como também é muito importante o investimento que os empresários angolanos fazem em Portugal. São dois países que têm tudo a ganhar pelo facto de terem relações políticas e económicas boas como acontece neste momento, e isso é bom”, salientou.

Sobre a “saúde” da Mota-Engil em Angola, Jorge Coelho mostrou-se otimista, destacando que a construtora tem 70 anos de presença no país e que, como tal, já passou por bons e maus momentos. “A Mota Engil em Angola está bem, está cá há 70 anos, tem muitos anos de permanência de Angola, e está numa situação normal, quer a empresa quer as centenas de quadros portugueses que cá tem aqui a trabalhar. E tem uma perspetiva, tal como disse José António Mota [presidente da empresa] ao primeiro-ministro [António Costa], positiva face a esta nova era que se está a criar em Angola. Temos uma visão muito positiva do país e daquilo que vai ser o futuro, que é o que importa agora”, afirmou.

Admitindo que a crise angolana “afetou todas as empresas” que estão em Angola – “o país teve aqui alguns dissabores” -, Jorge Coelho referiu que a Mota Engil soube “ajustar-se” à situação, pelo que está “preparada” para o futuro.

A situação da Mota Engil é “normal. A empresa está habituada a passar em Angola momentos melhores e piores e é por isso que os grandes grupos têm de ter uma estratégia para todos os momentos que os países onde estão têm, com respeito por um país soberano, independente, com um Governo próprio. A nós, empresa cujo capital acionista tem capital significativo angolano, tem sempre uma estratégia que nos permite estar a acreditar num futuro melhor”, terminou.

(Nota: Título foi corrigido às 20h45)

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