Empresas que trabalham com Google olham para Portugal para se fixar, diz Governo

  • Lusa
  • 14 Junho 2018

Depois de anunciar a abertura da unidade de formação para Android da Google em Portugal, outras empresas do ecossistema desta tecnológica podem também decidir fixar-se no país, diz Caldeira Cabral.

O ministro da Economia afirmou esta quarta-feira que, na sequência da abertura da unidade de formação para Android da Google em Portugal, outras empresas do ecossistema desta tecnológica norte-americana podem também decidir fixar-se no país.

Manuel Caldeira Cabral falava aos jornalistas horas depois de o vice-presidente da Google, Kent Walker, na presença do primeiro-ministro, António Costa, ter anunciado a abertura em Portugal de uma unidade piloto para formação e desenvolvimento de aplicações para o sistema operativo Android, sendo até ao final deste ano aberto um concurso internacional para mil vagas.

Manuel Caldeira Cabral começou por referir que a Google começou por assumir a criação de cerca de 500 postos de trabalho no país e que agora “avançou para o investimento na formação de quadros em Portugal para a parte das aplicações para Android — um segmento que está a crescer muito como ramo de negócio”.

“Com esta linha, a Google está a atrair outras empresas que fazem parte do ecossistema e que trabalham com a Google. Estas 1000 pessoas que vão ser formadas pela Google — para ficarem como programadores em aplicações para Android — irão reforçar quer a própria Google, quer as empresas do universo desta multinacional norte-americana. Há empresas desse universo que neste momento estão a olhar para Portugal para se fixarem”, declarou o titular da pasta da Economia.

De acordo com o titular da pasta da Economia, em Portugal “está neste momento a reforçar-se um ecossistema, quer com empresas nacionais já reconhecidas por grandes investidores em projetos tecnológicos, quer com empresas tecnológicas internacionais que já abriram centros de excelência no país”.

“A afirmação internacional que Portugal fez com as empresas tecnológicas, o trabalho que realizou com as ‘startups’ está já a dar frutos muito interessantes para a criação de emprego qualificado”, sustentou.

Interrogado sobre onde vai ser dada a formação da Google em produtos Android, Manuel Caldeira Cabral referiu que terá diferentes componentes.

“Terá uma parte ‘online’, outra que será feita presencialmente. Uma parte poderá ser no Taguspark [Oeiras] e outra em colaboração com instituições portuguesas, nomeadamente universidades e politécnicos”, especificou.

No que respeita à formação feita através de instrumentos ‘online’, o ministro da Economia esclareceu que “é a forma como a Google trabalha sempre em termos de formação”.

“O mais importante é a certificação que estas pessoas terão em termos de formação, já que ficarão colocadas com uma enorme empregabilidade. As empresas internacionais é isto que procuram. Procuram qualificações viradas para o mercado e que as capacitam para fazer novas soluções”, defendeu Manuel Caldeira Cabral.

Costa “vende” regadio português a grandes investidores californianos

Já o primeiro-ministro salientou, perante alguns dos maiores investidores mundiais do setor agroalimentar, as potencialidades económicas resultantes do alargamento da área de regadio do país, particularmente do Alqueva, até 2022.

“Temos uma elevada área por explorar na zona do Alqueva. Com o novo plano nacional de regadios vamos alargar até 2022, significativamente, as áreas de exploração que podem atrair importantes investimentos no Alqueva, no centro e norte do país”, declarou António Costa.

O líder do Executivo falava em Napa Valley, no coração vitivinícola da Califórnia, num jantar com empresários californianos, parte dos quais com origem portuguesa, depois de ter visitado as instalações da Corticeira Amorim – um projeto industrial classificado como o maior investimento nacional nos Estados Unidos.

Neste jantar em Napa Valley – o maior centro de produção de vinho dos Estados Unidos – o primeiro-ministro teve a companhia de empresários e investidores como Rusty Areias, da ‘Califórnia Strategies’, que é neto de portugueses e que é considerado um próspero empresário agrícola.

Na mesa de António Costa sentou-se também Manuel Eduardo Vieira, açoriano, conhecido como o rei da batata-doce e um dos maiores produtores do mundo deste produto.

Esteve também presente Ângelo Garcia, presidente da Lucas Real Estate Holdings, que após ter vendido a ‘Lucas Films’ à Disney, investe agora em propriedades vitivinícolas e no enoturismo, inclusivamente na Europa.

Xavier Unkovic, presidente da ‘Amy’s Kitchen’ – empresa que produz refeições vegan congeladas e que equaciona um investimento total de 60 milhões de euros em Santa Maia da Feira, marcou igualmente presença no evento.

Outra presença em destaque foi a de Bill Duhamel, da ‘Route One Investment Company’, empresa de São Francisco que atualmente tem investimentos no Alvito e em Aljustrel.

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Bloco de Esquerda defende fim dos vistos gold, por serem fonte de corrupção e outros crimes

  • ECO
  • 14 Junho 2018

Os bloquistas vão apresentar uma proposta de lei na Assembleia, alegando que, dos mais de 5.000 pedidos de autorização de residência, apenas nove foram para criar emprego.

O Bloco de Esquerda (BE) defende o fim dos vistos gold, alegando que favorecem a criminalidade económica e são uma causa da especulação imobiliária e um privilégio injustificado. O deputado José Manuel Pureza, em declarações ao Diário de Notícias, explicou a razão: “Esta figura dos vistos gold apresenta um conjunto de traços profundamente negativos que, tudo ponderado, nos leva a dizer que deve ser eliminado“.

Num projeto de lei que dará entrada esta quinta-feira na Assembleia da República, os bloquistas defendem que estes vistos dourados são “fonte de corrupção, tráfico de influências, peculato, branqueamento de capitais, ilícitos fiscais e criminais e de discriminação entre quem tem dinheiro e quem não tem“. Na mesma proposta, o partido “revoga a autorização de residência para atividade de investimento”.

Em declarações ao DN, José Manuel Pureza, também vice-presidente da Assembleia, explica que em mais de 5.700 pedidos de vistos gold, “apenas nove foram para a criação de emprego“. De acordo com os números relativos aos meses de fevereiro e março, dos 5.717 pedidos, 5.553 foram para investimento imobiliário. “Em maio deste ano foram atribuídos 120 vistos, sendo 114 por via da aquisição de imóveis“, lê-se no projeto de lei.

É investimento imobiliário com a conhecida característica da especulação. Muito poucos são para recuperação ou reabilitação“, diz o deputado. Na lista de motivos apresentados para o seu término, estão ainda enumerados “práticas de corrupção, tráfico de influências, peculato e branqueamento de capitais, e a outros ilícitos fiscais e criminais”.

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Lisboa em queda antes da reunião do BCE

A bolsa nacional abriu em queda, revertendo a tendência das três últimas sessões. Os investidores aguardam pela reunião do banco central, que poderá fechar a torneira.

A bolsa nacional abriu em queda, invertendo a tendência das últimas três sessões, com a maioria das cotadas no vermelho. Na base deste desempenho estão as reações dos mercados às alterações apresentadas pela Fed, que decidiu acelerar a subida das taxas de juro, e a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE), na reunião desta quinta-feira, anuncie o final de programa de quantitative easing.

O PSI-20 abriu a perder 0,60% para 5.649,16 pontos, com apenas duas cotadas em terreno positivo. Na Europa o cenário é semelhante, com a maioria das praças a cotarem no vermelho. O Stoxx 600 cai 0,53% para 386,20 pontos, o espanhol Ibex-35 desliza 0,26% para 9.873,7 pontos, e o francês CAC-40 recua 0,45% para 5.427,84 pontos.

De entre as 18 cotadas nacionais, o BCP desliza 0,80% para 0,2718 euros, assim como as cotadas do setor energético: a EDP cai 0,59% para 3,37 euros, a EDP Renováveis perde 0,31% para 8,15 euros. Por sua vez, a REN desvaloriza 0,68% para 2,35 euros e a Galp Energia recua 1,05% para 16 euros.

A maior queda desta sessão cabe à Mota Engil, que afunda 4% para 3,12 euros. Destaque ainda para as papeleiras, com a Altri a recuar 2,04% para 8,65 euros e a Navigator a perder 2,17% para 5,86 euros. Os CTT acompanham o desempenho e deslizam 2,21% para 2,84 euros.

No lado das somas, ainda que o PSI-20 tenha aberto com duas cotadas no verde, a Sonae Capital é a única que se mantém neste cenário: sobe 0,65% para 0,94 euros. A empresa anunciou que a sua subsidiária Sonae IM vai receber esta sexta-feira 57,8 milhões de euros, pela distribuição de capital pelo Fundo FCR Armilar Venture Partners II.

A contribuir para este desempenho dos mercados europeus está a decisão da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), com Jerome Powell a colocar o preço do dinheiro na maior economia do mundo nos 2%. Esta foi a segunda subida da taxa diretora este ano, depois da realizada em março, suportada na expansão da economia norte-americana. Com este novo aumento, de 25 pontos, os juros passaram para o intervalo de 1,75% a 2%, mas vêm aí novas subidas.

Para além disso, os investidores aguardam pela reunião do BCE, que será realizada em Riga, na Letónia. O economista-chefe do banco central, Peter Praet, revelou que a instituição estava preparada para discutir o fim do chamado quantitative easing. Apesar de várias teorias, uma coisa parece certa entre os analistas: os estímulos não deverão ir além deste ano. E depois virão as subidas dos juros.

(Notícia atualizada às 8h31 com novas cotações)

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David Justino: “O tempo de carreira dos docentes deve ser respeitado”

  • ECO
  • 14 Junho 2018

O vice-presidente do PSD defende que o Governo deve cumprir com a contagem integral do tempo de carreira congelado aos professores.

David Justino, vice-presidente dos social-democratas, critica o Governo pela falta de cumprimento da promessa relativamente ao congelamento das carreiras dos professores. Para David Justino, “estar a limitar o tempo de carreira é algo que não tem sentido, é mutilar algo que… é real” e, caso o PSD chegue ao Governo, admite que contar esse tempo de carreira dos docentes é um “direito básico”, que custaria cerca de 400 milhões de euros.

“Um dos princípios que defendemos é que não se deve prometer o que não se pode dar — ou, pelo menos, que não se tenha a certeza de que se possa dar. E aquilo que o atual Governo fez foi criar expectativas ao longo de vários meses, junto dos sindicatos e da classe dos professores, de que era possível dar“, disse o vice-presidente do PSD, em entrevista ao Público (acesso pago) e à Renascença. O problema, diz, “é agora é saber como essas progressões devem contar”. A ideia de não prometer o que não se pode cumprir já tinha sido, aliás, defendida pelo vice-presidente do PSD, Manuel Castro Almeida, em entrevista ao Diário de Notícias/TSF, na qual frisava que “cumprir a promessa aos professores vale mais do que umas décimas do PIB”.

Questionado sobre o que o partido faria caso estivesse no Governo, o presidente do Conselho Estratégico do PSD responde que “teria começado por propor alterações no Estatuto da Carreira Docente”, nomeadamente “o problema da profissionalização, o problema da avaliação de desempenho e os próprios escalões de progressão, tentando adaptá-los — sem levar tudo pela mesma bitola –, a outras carreiras“.

Defendendo que contar o tempo de carreira dos professores é “um direito básico”, o antigo ministro da Edução acrescenta que “o Estado tem de ser uma entidade de boa-fé, não pode estar a prometer uma coisa e depois fazer outra”. Para além disso, diz ter dúvidas relativamente ao custo de 600 milhões de euros para tal, justificando que, pelas suas contas, “dá um valor nos 400 milhões de euros, talvez um pouco mais“. Neste sentido, diz, “o problema não está nisso, está no como repor gradualmente essa progressão. Esse é que é o problema”.

Por outro lado, David Justino admite que face à tensão à esquerda, “o natural” é o PSD votar “contra o Orçamento”. “De uma forma global e face àquilo que já está explícito no programa de estabilidade – e ao que vamos assistindo diariamente de pressões mútuas entre os partidos da geringonça – digamos que a nossa disponibilidade para viabilizar o Orçamento é muito, muito… só em situações muito excecionais, não estou a ver quais”, disse. O responsável frisa ainda que o PSD está apostado em criar uma alternativa: “O que compete ao PSD é não só fazer oposição, mas apresentar-se como alternativa”.

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Hoje nas notícias: Mundial, vistos gold e Pinho

  • ECO
  • 14 Junho 2018

O Mundial 2018 continua a dar que falar, mas há outras notícias em destaque esta quinta-feira. O BE quer acabar com os vistos gold e o Ministério Público avança com novas suspeitas contra Pinho.

O Governo vai gerir com cuidado as presenças no Mundial 2018, um tema que domina as capas de todos os jornais. E o Bloco de Esquerda quer acabar com os vistos gold. No âmbito do caso EDP, o próximo passo da investigação são os projetos PIN aprovados pelo Governo de José Sócrates nos quais o Grupo Espírito Santo tivesse um interesse direto. Veja as notícias que marcam esta quinta-feira.

Mundial: Depois da polémica das viagens pagas, Governo vai gerir presenças com máximo cuidado

O Mundial 2018 tem sido destaque um pouco por toda a comunicação social. Esta quinta-feira, o Jornal de Negócios escreve que o Governo vai gerir com máximo cuidado a presença dos seus membros em jogos. A ordem é para seguir à risca o Código de Conduta, depois da polémica em torno das viagens pagas pela Galp. Dos ministérios das Finanças e da Presidência, nenhum governante estará presente em jogos. Leia mais aqui. (acesso pago)

Bloco quer eliminar vistos gold. Só nove foram para criar emprego

O Bloco de Esquerda quer acabar com os vistos gold e já entregou um projeto de lei nesse sentido. De acordo com o deputado José Manuel Pureza, “esta figura dos vistos gold apresenta um conjunto de traços profundamente negativos”. E adianta ainda que apenas nove pedidos de vistos, em mais de 5.700, foram para a criação de emprego. Veja mais no Diário de Notícias.

Ministério Público avança com novas suspeitas contra Pinho

A classificação como Projeto de Interesse Nacional (PIN) da Herdade da Comporta e da Plataforma Logística do Poceirão vão ser vistos à lupa. O próximo passo da investigação do caso EDP são os projetos PIN aprovados pelo Governo de José Sócrates nos quais o Grupo Espírito Santo tivesse um interesse direto. A notícia é da revista Sábado. (acesso pago)

David Justino defende que o tempo de carreira dos decentes “deve ser respeitado”

David Justino entende que o tempo de carreira dos docentes deve ser respeitado e diz que, pelas suas contas, esta reposição custa “só” 400 milhões de euros, ou “talvez um pouco mais”, não 600. “Agora, o problema não está nisso, está no como repor gradualmente essa progressão”, acrescenta, recordando que a FNE propôs um processo gradual até 2023. “Essa é a parte negociável, não é o tempo. O tempo é um adquirido, portanto deve ser respeitado”, diz o vice-presidente do PSD. Leia a entrevista na Rádio Renascença.

Há menos alunos mas mais professores nas escolas

No espaço de um ano, entre 2015/2016 e 2016/2017, houve menos 20.281 alunos nas escolas do ensino não superior de Portugal continental. Já o número de professores registou um aumento de 3.228, indicam os dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC). O número de alunos tem vindo a cair desde o ano letivo 2007/2008, devido à descida da natalidade — e só não é mais expressiva a quebra por causa do alargamento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos, efetiva a partir de 2012/2013. Veja a notícia no Público. (acesso condicionado)

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Gestor cultural José Guirao é o novo ministro da Cultura e Desporto espanhol

  • Lusa
  • 14 Junho 2018

O gestor cultural e antigo diretor do Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia irá tomar posse no Palácio da Zarzuela na quinta-feira

O novo ministro da Cultura e do Desporto espanhol é José Guirao, que sucede no cargo a Màxim Huerta que apresentou a sua demissão esta quarta-feira, confirmaram à agência EFE fontes do Governo espanhol.

Guirao foi diretor-geral de Belas Artes e Arquivos do Ministério da Cultura de 1993 a 1994 e diretor do Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia entre 1994 e 2001.

O gestor cultural e especialista em arte irá tomar posse no Palácio da Zarzuela na quinta-feira às 11h00 horas locais (10h00 horas em Lisboa), segundo as mesmas fontes do Governo espanhol.

Licenciado em Filologia Hispânica, Guirao nasceu em 1959, tendo sido indigitado para o cargo de ministro uma semana depois de o novo Governo espanhol, liderado pelo socialista Pedro Sánchez ter tomado posse.

Girao sucede a Màxim Huerta que disse “estar inocente”, mas que decidiu demitir-se para não prejudicar o “projeto renovador” do presidente do Governo espanhol Pedro Sánchez. O ex-ministro da Cultura foi confrontado esta quarta-feira com notícias de que entre 2006 e 2008 terá defraudado em 256.778 euros o Fisco espanhol.

“Vou-me embora para não permitir que o avolumar do ruído prejudique o projeto de Sánchez, que criou tantas expectativas nas pessoas”, salientou.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Juliana Nogueira Santos
  • 14 Junho 2018

A comissão de inquérito dos CMEC vota os nomes dos convocados num dia que será marcado pela reunião do BCE. No Sporting a porta das saídas fecha-se, depois de 115 milhões terem já fugido.

Os convocados pelos partidos para se sentarem à mesa da comissão de inquérito dos CMEC vão ser votados, enquanto no plenário Francisca Van Dunem responde à convocação do PSD para falar sobre o estado da Justiça. No Sporting a porta das saídas fecha-se esta quinta-feira, depois de 115 milhões de euros já terem fugido. Isto tudo num dia marcado pela reunião do BCE.

Draghi fecha a torneira do BCE?

Será desta vez que a torneira do Banco Central Europeu se vai fechar? Os governantes do BCE vão estar reunidos para discutir os planos para a retirada dos estímulos económicos, mas a decisão final só deverá chegar no próximo mês. E qual é? Os estímulos não deverão ir para além deste ano. Já uma subida de juro estará nos planos de Mario Draghi para a segunda metade do próximo ano.

Qual é a lista final dos CMEC?

Após o Bloco de Esquerda ter iniciado a convocação dos nomes para serem ouvidos na comissão de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade (CMEC), os restantes partidos seguiram-lhe e propuseram nomes de governantes, ex-governantes, reguladores, ex-reguladores, entre outros. Ao todo são já 96 os nomes que foram propostos pelos vários partidos, sendo estes votados esta quinta-feira pelos membros da comissão liderada por Mercês Borges.

Van Dunem no Parlamento para falar da Justiça

Já no plenário vai estar presente outra convocação, desta vez feita pelo PSD. A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, vai ao plenário responder às questões dos deputados acerca do “Estado da Justiça”. Espera-se que entre os temas em cima da mesa estejam a esperada reforma do sistema judicial, nomeadamente as condições dos tribunais, e do que se pode esperar da pasta que lidera até ao final do ano.

Jogadores do Sporting têm até hoje para rescindir

Foram já seis os jogadores do Sporting que apresentaram o pedido de rescisão contratual, mas a debandada de ativos da SAD pode ainda não ter terminado. O prazo para apresentação da carta formal termina esta quinta-feira, dia em que se contam 30 dias após as agressões na academia de Alcochete. Até então, e com a saída de Rui Patrício, Podence, Gelson Martins, Bruno Fernandes, William Carvalho e Bas Dost, o clube leonino já perdeu 115 milhões de euros.

Pontapé de saída do Mundial 2018

Depois de tanta antecipação, dá-se o pontapé de saída para o Campeonato Mundial de Futebol, este ano na Rússia. O jogo inaugural da vigésima primeira edição desta competição vai pôr frente a frente a equipa da casa e a Arábia Saudita. Para ver os jogadores portugueses em campo terá de esperar até sexta-feira, dia em que a equipa das quinas irá defrontar a seleção espanhola.

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Compta cria centro de desenvolvimento na Maia para 36 colaboradores

A tecnológica portuguesa muda-se para a Maia onde inaugura, esta quinta-feira, um novo centro de desenvolvimento para 30 colaboradores. Até ao final do ano número aumenta para 36.

A tecnológica portuguesa Compta abre esta quinta-feira um novo centro de desenvolvimento no Parque da Ciência e Tecnologia da Maia (Tecmaia) para suporte de clientes empresariais e para uma unidade de I&D.

O novo centro, onde trabalham 30 pessoas, resulta de um investimento de 100 mil euros e traduz-se numa mudança de instalações de Alfena para a cidade maiata.

Para o novo centro serão ainda canalizados novos colaboradores num total de seis até ao final do ano. No total a Compta emprega 240 pessoas.

Jorge Delgado, presidente executivo da Compta, adianta em declarações ao ECO que na base da mudança estão “a melhoria de condições para os trabalhadores, a redução de custos e a maior proximidade com os centros de investigação e de saber”.

Jorge Delgado afirma ainda que “a juntar a esta razão acresce a maior centralidade, um aspeto importante na medida em que estamos a crescer na nossa base de clientes”.

De acordo com Delgado, o novo centro da Tecmaia representa 15% dos proveitos do grupo. A Compta, que detém cinco centros de inovação no país, fechou o ano de 2017 com proveitos de 32 milhões, mas tem perspetivas de crescimento.

Para Jorge Delgado serão os mercados internacionais a impulsionar o crescimento da Compta, devendo este crescer cerca de 20%, até 2019.

“A Compta continuar a desenvolver e a construir uma rede de parcerias que neste momento se estendem a 27 geografias”.

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Será desta que o BCE fecha torneira do dinheiro?

Draghi e companhia deverão discutir hoje os planos para a saída dos estímulos. Mas decisão final só virá no próximo mês, dizem os analistas. Subida dos juros? Só na segunda metade do próximo ano.

É desta que o Banco Central Europeu (BCE) fecha torneira do dinheiro barato? Talvez ainda seja cedo para Mario Draghi revelar quais os planos que tem para o futuro do programa de compra de dívida na Zona Euro, devido à recente incerteza com Itália e com a iminente guerra comercial entre EUA e resto do mundo. Mas uma coisa parece certa entre os analistas: os estímulos não deverão ir além deste ano. E depois virão as subidas dos juros.

As declarações do economista-chefe do BCE deixaram os mercados baralhados logo no início deste mês. Peter Praet revelou que o banco central estava preparado para discutir o fim do chamado quantitative easing já na próxima reunião, que tem lugar esta quinta-feira, em Riga, Letónia. Porém, com o staff técnico a atualizar as perspetivas para a evolução da economia nos próximos tempos, há duas incógnitas que podem atrapalhar as contas dos governadores: até que ponto o novo Governo italiano e a guerra no comércio internacional podem ameaçar a estabilidade económica na região da moeda única?

“Dada a menor visibilidade do BCE em eventos futuros, provavelmente é cedo demais para o banco central detalhar a sua estratégia de saída da política monetária ultra-acomodatícia, apesar de o programa de recompra de títulos vencer em setembro deste ano”, comenta Franck Dixmier, especialista da Allianz GI.

“O nosso cenário central pede uma extensão do programa de quantitative easing do BCE, com uma redução gradual até dezembro de 2018“, acrescenta Dixmier.

Atualmente, o BCE tem definido um ritmo de compras mensais de 30 mil milhões de euros em obrigações do Tesouro da Zona Euro até setembro. Há quem espere que o banco central reduza as compras mensais para os 10 mil milhões a partir dessa data, abrindo a porta para a normalização da política de estímulos já no novo ano. Aí, apenas os reinvestimentos do banco central (com dinheiro dos títulos que foram vencendo) vão ajudar a conter os juros na região.

Os analistas do Commerzbank partilham outra teoria relativamente àquilo que pode estar por detrás da decisão colocar um ponto final nos estímulos. “O BCE não pode deter mais de um terço de qualquer linha de obrigações para cumprir com a regra do Tribunal Europeu da Justiça de não ser o credor dominante dos Estados membros. Mas este limite vai ser alcançado brevemente na maioria dos países. Ou seja, o BCE está obrigado a terminar as compras de obrigações“, dizem.

De qualquer forma, há algum consenso no mercado: o tema do fim dos estímulos não deverá passar esta quinta-feira da simples discussão teórica no seio do Conselho de Governadores do BCE, como forma de preparar os investidores para uma decisão definitiva que só surgirá em julho.

Relativamente aos juros de referência, não se esperam novidades para hoje. O banco alemão aponta para subidas apenas para setembro do próximo ano, com a atual taxa de depósitos de -0,4% subir para -0,3%. “O que virá a seguir não será um ciclo de subidas dos juros num sentido mais substancial”, antecipa o Commerzbank.

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Partidos querem ouvir 96 pessoas. Quem é quem na comissão que vai investigar os CMEC?

Entre governantes, gestores e reguladores, vão ser chamadas 96 pessoas ao Parlamento, para prestar esclarecimentos sobre o seu envolvimento no caso dos CMEC.

A comissão parlamentar de inquérito às rendas excessivas pagas ao setor elétrico vai votar a lista de entidades a ouvir esta quinta-feira.Fotomontagem: Lídia Leão / ECO

Os deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Eletricidade aprovaram as propostas de audições a realizar no âmbito desta comissão. Entre governantes e ex-governantes, gestores e ex-gestores, reguladores e ex-reguladores, os seis partidos que integram esta comissão querem ouvir 96 pessoas que estiveram, de alguma forma, envolvidas no caso dos chamados CMEC (os Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual).

Entre as dezenas de pessoas que serão chamadas ao Parlamento, há alguns nomes que se destacam. Manuel Pinho e Ricardo Salgado estão no centro do caso que acelerou a constituição desta comissão de inquérito, depois de o antigo banqueiro ter sido constituído arguido, suspeito de ter pago mais de um milhão de euros a Manuel Pinho para que o Governo favorecesse a EDP, de quem o Banco Espírito Santo (BES) era acionista.

Um a um, estes são os 12 intervenientes-chave que serão ouvidos na comissão parlamentar.

Manuel Pinho

Manuel Pinho não foi o responsável pela criação dos CMEC, mas é um dos nomes no centro da investigação do Ministério Público a este caso. O decreto-lei que veio criar os CMEC foi publicado em 2004, mas foi só em 2007, durante o governo de José Sócrates e quando Manuel Pinho era ministro da Economia, que a fórmula de cálculo dos CMEC ficou definida.

O antigo ministro foi constituído arguido em julho de 2017, pela mesma altura em responsáveis como António Mexia e João Manso Neto também foram, mas o juiz de instrução da investigação determinou que Manuel Pinho deixasse de ser arguido, por considerar que houve irregularidades neste processos.

O antigo ministro é suspeito de ter recebido mais de um milhão de euros, da parte de Ricardo Salgado, entre 2006 e 2012. Deste montante, cerca de metade (508 mil euros) foi recebida enquanto era ministro da Economia. Os pagamentos terão servido para levar Pinho a favorecer a EDP no caso dos CMEC, numa altura em que o BES, então liderado por Ricardo Salgado, detinha uma participação de 3% da elétrica, pelo que o banco já falido, indiretamente, também beneficiaria deste favorecimento.

José Sócrates

O antigo primeiro-ministro não é arguido no caso dos CMEC, mas, para além de ser o primeiro-ministro quando este regime de rendas pagas às produtoras elétricas entrou em vigor, também está sob suspeita do Ministério Público.

Em março, o Público (acesso condicionado) escrevia que os procuradores que investigam atos de corrupção no caso dos CMEC querem provar que existiu “afinidade” entre Ricardo Salgado, Manuel Pinho e José Sócrates. Os procuradores deste caso sustentam a sua tese recorrendo à transcrição do depoimento do ex-presidente do antigo BESI, José Maria Ricciardi, no âmbito da Operação Marquês. Ricciardi, primo de Ricardo Salgado, referiu que era “voz corrente” que foi Salgado quem indicou Manuel Pinho para ministro.

Pedro Santana Lopes

O antigo primeiro-ministro não é investigado pelas autoridades, nem é apontado como um dos responsáveis com intervenção relevante na criação dos CMEC. Mas é com Pedro Santana Lopes que o caso começa.

Com a liberalização do mercado da eletricidade, a EDP, onde então o Estado português ainda detinha uma participação, aceitou por fim aos contratos de aquisição de energia (CAE) que tinha em cerca de três dezenas de centrais elétricas e que lhe garantiam uma receita para a eletricidade produzida nessas centrais.

Os CAE foram, assim, substituídos pelos CMEC, para que ficasse assegurada a neutralidade financeira da mudança da EDP para o mercado liberalizado. Os CMEC, que vieram garantir um pagamento adicional às receitas que as centrais da EDP obtivessem no mercado, foram juridicamente criados através do decreto-lei 2014/2005, quando Pedro Santana Lopes era primeiro-ministro.

Álvaro Barreto

Álvaro Barreto era o ministro das Atividades Económicas e do Trabalho do governo de Santana Lopes.

Carlos Tavares

Foi durante o governo de Santana Lopes que os CMEC foram criados, mas este regime começou a ser preparado ainda antes, em 2003, quando Carlos Tavares era ministro da Economia, durante o governo de Durão Barroso. Nesse ano, o decreto-lei 185/2003 veio definir as regras para a liberalização do mercado da eletricidade. O diploma já previa a criação dos CMEC, para compensar a cessão dos CAE.

Henrique Gomes

Henrique Gomes surge na lista não pela intervenção que teve nos CMEC, mas pela que tentou ter. Era secretário de Estado da Energia durante o governo de Pedro Passos Coelho e defendia que o Estado deveria “impor o interesse público ao excessivo poder da EDP”.

Quis implementar uma das medidas que constava do memorando de entendimento assinado com a troika, em 2011, que implicava a renegociação das rendas pagas à EDP e a introdução de uma contribuição especial sobre estas rendas. Mas a sua proposta foi travada pelo governo, primeiro porque estava a decorrer a fase final do processo de privatização da EDP e, depois, com o argumento de que não podiam alterar-se contratos de forma unilateral. Nos últimos dias enquanto governante, foi ainda impedido de fazer uma intervenção no ISEG sobre as rendas excessivas. Acabou, em março de 2012, por apresentar demissão.

João Talone

João Talone foi presidente executivo da EDP entre 2003 e 2006, o período durante o qual foi desenhada a legislação que criou os CMEC.

António Mexia

António Mexia era o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações do governo de Pedro Santana Lopes, quando o diploma que aprovou o regime dos CMEC foi publicado. Em 2007, quando Manuel Pinho assinou o despacho que colocou estas rendas em vigor, já era presidente executivo da EDP, cargo que ainda desempenha.

Foi constituído arguido em junho do ano passado, suspeito de corrupção ativa e passiva e participação económica em negócio. Mexia é ainda investigado pelo seminário sobre energias renováveis criado em 2010 pela Universidade de Columbia, patrocinado pela EDP e lecionado por Manuel Pinho. As autoridades investigam se este curso terá sido uma forma de a EDP compensar Manuel Pinho pelos CMEC.

João Manso Neto

João Manso Neto é o presidente executivo da EDP Renováveis, sendo também membro do conselho de administração da EDP. Tal como António Mexia, foi constituído arguido em junho do ano passado, suspeito de corrupção ativa e passiva e participação económica em negócio. O Ministério Público suspeita que o desenho dos CMEC terá contado com a participação da EDP, um processo no qual Manso Neto terá intervindo.

No final do ano passado, o Expresso (acesso pago) divulgou uma conversa por email entre Manso Neto e Mexia, datada de 15 de novembro de 2006, e que o presidente da EDP Renováveis envia a Mexia um rascunho da resolução do Conselho de Ministros relativa à aprovação dos CMEC.

Ricardo Salgado

É o mais recente visado do caso dos CMEC. Foi constituído arguido em abril, suspeito do crime de corrupção neste caso, que investiga o alegado favorecimento da EDP, por parte do Governo. Os alegados pagamentos a Manuel Pinho, suspeita o Ministério Público, terão sido feitos através da ES Enterprises, aquele que era o saco azul do Grupo Espírito Santo (GES).

João Conceição

João Conceição é o atual chief operating officer da REN. Mas, antes de integrar a elétrica que também beneficia do pagamento de rendas, João Conceição trabalhou, entre 2000 e 2007, na Boston Consulting Group. Em 2004, foi requisitado a esta consultora para trabalhar como consultor de Franquelim Alves, então secretário de Estado Adjunto de Carlos Tavares, por sua vez ministro da Economia do governo de Durão Barroso. Durante esse período, fez parte da equipa que trabalhou na elaboração da legislação que terminou com os CAE.

Em 2007, quando a lei que implementou os CMEC entrou em vigor, saiu da Boston Consulting Group e ocupou o cargo de assessor de Manuel Pinho. Em 2009, assumiu funções de administrador executivo na REN, onde se mantém, sendo responsável pelas áreas de negócio da eletricidade e do gás natural, regulação e apoio às concessões.

Rui Cartaxo

Em 2007, Rui Cartaxo, então adjunto de Manuel Pinho, terá tido um papel relevante na elaboração da lei que implementou os CMEC, bem como na legislação que definiu o cálculo destes contratos. Rui Cartaxo saiu diretamente do Governo para assumir o cargo de chief financial oficer da REN, onde se manteve até 2009. Nessa altura, e até 2014, foi CEO da REN.

(Notícia atualizada a 14 de junho com a informação de que os nomes foram aprovados)

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8º Congresso dos Advogados arranca esta manhã. É o primeiro sem ministro da Justiça presente

Pedro Siza Vieira irá representar o Governo. Ministra não está presente por questões de "agenda". Manifestação que estava agendada acaba cancelada.

Com o mote “Uma Advocacia Forte numa Sociedade Mais Justa”, aquele que é o 8º congresso da história da Ordem dos Advogados começa esta quinta-feira e decorre até sábado, em Viseu, com 309 Delegados eleitos para representarem os 31 mil advogados inscritos e votarem 200 comunicações.

A Ordem dos Advogados (OA), liderada pelo bastonário Guilherme de Figueiredo, chama este encontro de “um dos mais importantes momentos da Advocacia portuguesa, durante o qual serão debatidos os temas mais relevantes para o exercício da profissão, para a boa administração da justiça, bem como os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos” mas a reunião magna, que só se realiza de cinco em cinco anos, já carrega uma nuvem negra mesmo antes de começar.

Concretizando: uma recusa pelo secretariado de 26 comunicações –entre elas uma que versava sobre um dos temas mais quentes do momento: a Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores, decisão que acabou por ser rejeitada por alguns Conselhos Regionais e pelo Conselho Superior, o que motivou que a Comissão organizadora presidida pelo bastonário tivesse que as vir admitir. Ou a falta de logística para acolher todos os advogados que queriam participar no Congresso, ou ainda o facto de algumas propostas já serem consideradas inconstitucionais, como a de Pedro Alhinho, advogado do Porto, que versa sobre um rendimento mínimo de três mil euros líquidos obrigatórios para que um advogado pudesse exercer em nome da “dignidade da classe” são alguns dos exemplos.

Mas a mais marcante, politicamente, é mesmo a da ausência, pela primeira vez, de um titular da pasta da Justiça. A ministra Francisca Van Dunem fez saber dois dias antes do evento que não poderia, afinal, estar presente por questões de agenda. A titular da pasta, que estava encarregue de fazer a abertura do encontro, terá uma audição parlamentar, às 15.00, a pedido do PSD. O ministro Adjunto Pedro Siza Vieira será o membro do Governo presente, conforme fonte da OA garantiu ao ECO/Advocatus.

Inicialmente, o bastonário teria ainda de lidar com uma manifestação marcada para o primeiro dia do Congresso — com protestos contra o regime da CPAS e também contra a forma como as comunicações foram aceites — mas esta acabou por ser cancelada por falta de quorum.

Em declarações ao Diário de Notícias, Guilherme de Figueiredo, que faz igualmente parte da Comissão Organizadora do congresso, desvaloriza as polémicas, enquadrando-as no “dinamismo dos conteúdos” que sempre surgem por alturas desta reunião.

Tal como o ECO já tinha avançado, uma das propostas a ser discutida será a de equiparar o estatuto dos advogados ao dos juízes e magistrados do Ministério Público no momento em que estes são constituídos arguidos. “Considerando que tem sido crescente o número de advogados constituídos como co-arguidos em processos crime com os seus clientes, sem que existam indícios sérios e fortes da prática de qualquer ilícito penal, apenas para acobertar a angariação de prova contra os seus constituintes” e “considerando que que a constituição instrumental dos advogados como arguidos para obter prova contra os seus clientes, tem necessariamente como consequência impedi-los de exercer o mandato em processos nos quais tenham sido constituídos defensores, pondo em causa o direito de defesa dos cidadãos, além da dignidade e da integridade dos advogados”, é pedido e será discutido na reunião magna que “deve a constituição de advogados como arguidos com vista ao seu julgamento em processo penal, sempre que tal resulte do exercício da sua profissão, ser-lhes aplicado um regime de garantia em tudo idêntico ao dos magistrados judiciais e magistrados do Ministério Público”.

Uma proposta que será levada pelos advogados António Jaime Martins (líder da Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados), Paulo Sá e Cunha, João Massano, Rui Tavares, João Sampaio, Bernardo Seruca Mendes e Vasco Pais Brandão.

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Fed vai acelerar subida dos juros. Bolsas caem

A Fed não surpreendeu com a subida da taxa de juro. O preço do dinheiro subiu, mas Jerome Powell quer continuar a fazê-lo. E a um ritmo que não agradou aos investidores.

Wall Street já estava à espera de uma subida de juros. E a subida aconteceu mesmo, com Jerome Powell a colocar o preço do dinheiro na maior economia do mundo nos 2%. No entanto, perante a perspetiva de um crescimento mais acelerado do PIB dos EUA, a Fed quer mais subidas de juros este ano, o que não agradou aos investidores.

Esta foi a segunda subida da taxa diretora da Fed este ano, depois da realizada em março, suportada na expansão da economia norte-americana, tendo em conta a sólida criação de postos de trabalho. Com este novo aumento, de 25 pontos, os juros passaram para o intervalo de 1,75% a 2%, mas vêm aí novas subidas.

Se os investidores antecipavam este aumento da taxa diretora, não contavam que a Fed sinalizasse que em vez de mais uma subida este ano, o ritmo de aumento da taxa poderá acelerar, apontando para, pelo menos, mais duas revisões em alta da taxa.

Caso estas subidas sejam da mesma dimensão daquela que agora foi realizada, os EUA podem chegar ao final do ano com juros de 2,5%.

Perante este cenário, os investidores manifestaram os seus receios com o impacto que uma taxa de juro tão elevada num mundo de juros baixos possa ter na economia (que até vai abrandar em 2019) e, consequentemente, nas empresas.

Assim, Wall Street acabou por pintar-se de vermelho. O S&P 500 encerrou a sessão a cair 0,25% para 2.779 pontos, tal como o Dow Jones que acabou por perder 0,47%. O Nasdaq escapou às quedas, acelerando 0,02%, animado pelo negócio entre a AT&T e a Time Warner que recebeu luz verde.

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