Queixas na saúde disparam. Do público ao privado, conheça os hospitais com mais reclamações

  • ECO
  • 8 Junho 2018

Hospitais da Amadora, Lisboa e Algarve são os que receberam o maior número de reclamações. Queixas de utentes de serviços de saúde dispararam quase 20% no ano passado.

As reclamações no setor da saúde dispararam no ano passado. Ao todo, foram feitas 70.120 reclamações pelos utentes dos serviços de saúde, o que representa um aumento superior a 18% em relação a 2016. Hospitais da Amadora, Lisboa e Algarve lideram no número de reclamações, de acordo com o relatório do Sistema de Gestão de Reclamações.

O “procedimentos administrativos” foram o principal motivo das reclamação, respondendo por 20,3% das queixas, superando os tempos de espera que lideram no ano anterior. Foi “particularmente reclamada a qualidade da informação institucional disponibilizada“, refere o documento divulgado, esta quinta-feira, pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

Seguem-se os “tempos de espera” (19,5% das reclamações), “em especial o tempo de espera para atendimento clínico não programado superior a uma hora”. Por fim, a “focalização do utente” mereceu 17% das queixas, “salientando-se as questões relacionadas com delicadeza/urbanidade do pessoal clínico”.

Entre os hospitais, no setor público, o Hospital Professor Dr. Fernando Fonseca, na Amadora, foi o mais reclamado na categoria de estabelecimentos com internamento, com um total de 2.185, o equivalente a quase 15% das reclamações neste segmento. Segue-se a Unidade Hospitalar de Faro, com 1.940 reclamações, e o Hospital Garcia de Orta, com 1.710 reclamações.

Fonte: Entidade Reguladora da Saúde.

Quanto aos estabelecimentos sem internamento, ainda no setor público, a Unidade de Saúde de Portimão, o centro de saúde de Paço d’Arcos e a Unidade de Saúde de Faro foram os mais reclamados.

Já no setor privado, o Hospital da Luz, o Hospital CUF Descobertas, o Hospital Lusíadas e o Hospital CUF Infante Santo, todos os em Lisboa, foram os mais reclamados entre os estabelecimentos com internamento.

Fonte: Entidade Reguladora da Saúde.

A ERS ressalva que, em todos estes casos, o número de reclamações refere-se aos valores brutos, “sem qualquer ponderação ou rácio quanto à sua dimensão, produção ou população alvo”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ao oitavo dia, BCP perde força. Arrasta bolsa de Lisboa

  • Juliana Nogueira Santos
  • 8 Junho 2018

Esta sexta-feira, as ações do banco caem mais de 1%, arrastando consigo o PSI-20. Na Europa, o sentimento também é negativo.

Após sete dias de ganhos e uma valorização acumulada de mais de 13% o BCP trava. Está a perder mais de 1% nesta última sessão da semana. A pressão do banco está a levar para terreno de perdas o PSI-20, que desliza 0,5%, que acompanha assim o sentimento europeu.

Eram apenas três as cotadas que, no início desta sessão, registavam desempenhos positivos, sendo estas a F. Ramada, com um avanço de 1,55% para 9,85 euros, a Sonae Capital, que sobe 0,52% para 97 cêntimos, e a EDP, que no dia em que é conhecido o relatório sobre a oportunidade da OPA, ganha uns tímidos 0,12% para 3,37 euros.

Alguns minutos após o princípio da negociação, juntaram-se a estas as papeleiras, que somam a segunda sessão de ganhos. A Altri e a Navigator renovam máximos históricos em bolsa, com a primeira a avançar 1,53% para 8,65 euros e a segunda a ganhar 0,79% para 5,74 euros.

O avanço destas três cotadas não é suficiente para travar as perdas das restantes. No outro prato da balança destacam-se então o BCP, que perde 1,15% para 26,74 cêntimos depois de sete sessões consecutivas de ganhos, e os CTT, que desvalorizam 1,69% para 1,79 euros.

A praça lisboeta segue, ainda assim a tendência europeia, afetada pelas yields da dívida italiana. Após a Liga e o Movimento 5 Estrelas terem formado Governo, as taxas de juro da dívida soberana do país têm avançado, pressionando também as yields dos países do Sul da Europa, nomeadamente Espanha e Portugal.

Só esta semana, a taxa das obrigações italianas a dez anos já avançou 37 pontos base, encaminhando-se assim para a maior subida semanal desde 2015. Já na maturidade a dois anos, a variação semanal é de 79 pontos base, a maior desde 2012.

(Notícia atualizada às 8h35 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: Trabalho, rendas e taxistas

  • ECO
  • 8 Junho 2018

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O dia ficará marcado pela pronúncia da EDP relativamente à oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela China Three Gorges. Os chineses querem ficar com 60% da elétrica e prometem colocar o restante em bolsa. No campo laboral, os contratos verbais, de muito curta duração, vão ser alargados a mais setores. E uma estatística pouco animadora: este ano, já foram detidos 30 taxistas por suspeita do crime de especulação.

Contratos verbais vão ser alargados a mais setores

Os contratos de muito curta duração, que não têm de ser escritos e apenas têm de ser comunicados à Segurança Social, vão ser alargados a mais setores. Atualmente, este tipo de contratos está limitado a empresas do setor do turismo ou da agricultura. Na proposta apresentada ao Parlamento, o Governo alarga estes contratos a setores como a indústria de gelados, indústrias que servem o setor da hotelaria, como as lavandarias, ou as pequenas lojas e cafés. Para além disso, estes contratos passam a poder durar 35 dias, em vez de 15 dias, mantendo-se o limite de 70 dias por ano com o mesmo empregador. Leia notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

China Three Gorges quer, no máximo, 60% da EDP

A EDP irá pronunciar-se esta sexta-feira sobre a OPA lançada no mês passado pela China Three Gorges. A elétrica quer mais dinheiro para aceitar a operação, mas os chineses não deverão ceder nesse campo. Fazem outro tipo de promessas para convencer os acionistas a vender as suas participações: querem ficar, no máximo, com 60% da EDP e prometem colocar o restante capital em bolsa. Para além disso, o projeto industrial visa alcançar a liderança mundial no setor das renováveis. Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

30 taxistas detidos por especulação

Só este ano, e apenas no distrito de Lisboa, a PSP já deteve 30 taxistas por suspeita de crime de especulação, ou seja, por cobrarem valores acima do que o taxímetro marca ou quando são cobradas indevidamente taxas. Este ano deverá, assim, bater-se um recorde, já que a PSP tem detido uma média de 42 taxistas por ano pelo crime de especulação. A quase totalidade dos casos teve como ponto de origem o Aeroporto Humberto Delgado e cidadãos estrangeiros como vítimas. Nos últimos cinco anos, já foram detidos em Lisboa 210 taxistas. Leia a notícia completa na Rádio Renascença.

Tribunal de Contas só vetou 2,6% dos pedidos de despesa

O Tribunal de Contas (TdC) recusou visto a 39 contratos em 2017 devido a várias ilegalidades detetadas, inviabilizando uma despesa pública de 118 milhões de euros. A taxa de recusas foi assim de apenas 2,6% no ano passado, um dos níveis mais baixos dos últimos anos. Significa que a maioria das entidades que submeteu pedidos de autorização de despesa pública cumpria a lei. Leia a notícia completa no Diário de Notícias e no Dinheiro Vivo.

Estudantes pagam mais de 500 euros por quarto

Os preços dos alojamentos para estudantes universitários estão a aumentar e já quem pague mais de 500 euros apenas por um quarto. Apesar de alguns investimentos recentes para aumentar o número de alojamentos disponíveis, a procura é cada vez mais, até pela atratividade de Portugal enquanto destino para estudantes estrangeiros, e a oferta continua escassa. O preço médio das rendas no Porto e em Lisboa já atingiu recordes e ainda vai aumentar, e mesmo em cidades como Coimbra e Braga já se sofre com a especulação. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trinta taxistas detidos este ano por especulação

  • ECO
  • 8 Junho 2018

Na prática, os taxistas detidos cobravam valores superiores aos que o taxímetro marcava ou cobravam indevidamente taxas extra por malas, distância ou até por a corrida ser feita de dia ou de noite. 

Desde o princípio do ano já foram detidos 30 taxistas no distrito de Lisboa por suspeita de crime de especulação. Os casos acontecem, na sua maioria, com cidadãos estrangeiros que têm como origem ou destino o aeroporto Humberto Delgado.

Os números a que a Renascença teve acesso mostram que, a este ritmo, o ano de 2018 vai ser de recordes no que diz respeito à cobrança indevida, uma vez que a PSP tem detido, só em Lisboa, 42 taxistas por ano.

Na prática, os taxistas detidos cobravam valores superiores aos que o taxímetro marcava ou cobravam indevidamente taxas extra por malas, distância ou até por a corrida ser feita de dia ou de noite.

Segundo os dados da PSP, nos últimos cinco anos foram presos 210 taxistas em Lisboa. O crime de especulação é punido com penas de prisão entre seis meses e três anos ou com uma multa de, no mínimo, 100 dias.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo e Costa juntos com tochas na mão nos EUA para celebrar o Dia de Portugal

  • Lusa
  • 8 Junho 2018

Depois dos Açores, Presidente da República e primeiro-ministro vão estar juntos, entre domingo e segunda-feira, em Boston e Providence, nos EUA, para as celebrações do 10 de junho.

Presidente da República e primeiro-ministro vão estar juntos, entre domingo e segunda-feira, em Boston e Providence, em três momentos com comunidades portuguesas que fazem parte do programa de comemorações do Dia de Portugal nos Estados Unidos.

Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa chegam a Boston no domingo, a meio da tarde, num voo proveniente de Ponta Delgada, nos Açores, onde começam as comemorações do Dia de Portugal.

O primeiro ponto do programa de Marcelo Rebelo de Sousa e de António Costa, pelas 18h00 locais, terá um caráter solene, com o hastear da bandeira nacional na Praça do Município de Boston, partindo depois os dois para uma festa com a comunidade portuguesa em Providence (Estado de Rhode Island), o “Waterfire”.

Nesta romaria de luzes e fogo junto à água, que é considerada a maior festa portuguesa realizada na costa leste dos Estados Unidos, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa vão levar tochas acesas a partir de dois dos 16 barcos a remos, juntamente com outras 14 personalidades que se destacaram na comunidade portuguesa no último ano.

Na manhã seguinte, na segunda-feira, António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa têm programas separados, com o Presidente da República a participar numa sessão institucional na “State House” de Boston, enquanto o primeiro-ministro se desloca ao MIT (Massachusetts Institute of Technology).

O MIT tem parceiras com a Fundação para a Ciência e Tecnologia, abrangendo várias instituições universitárias nacionais, desde o segundo Governo em que o falecido Mariano Gago foi ministro da Ciência (2005/2009).

A parceria com Portugal, segundo fonte diplomática nacional, é considerada “uma das que tem dado mais resultados em todo o mundo” e, por essa razão, o MIT está interessado em aprofundá-la.

António Costa chega ao MIT acompanhado pelo ministro da Ciência e do Ensino Superior, Heitor de Sousa, onde permanecerá cerca de duas horas, estando previsto que faça uma breve intervenção e que, depois, tenha uma breve conversa com alunos da instituição.

O primeiro-ministro reencontra-se ao fim da manhã com o Presidente da República a bordo do Navio Escola Sagres, durante um almoço volante com a presença de personalidades portuguesas locais e com representantes da Associação de Pós-Graduação Portugal/Estados Unidos, entidade que está a comemorar o seu 20º aniversário.

Ao início da tarde, a comitiva do primeiro-ministro parte para São José, na Califórnia, Estado norte-americano onde permanecerá três dias, seguindo depois para a etapa final em Nova Iorque, de onde regressará a Lisboa no próximo dia 16 pela tarde.

Em 2016, ano em que tomou posse como chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa lançou um modelo inédito de comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, acertado com o primeiro-ministro, António Costa, em que as celebrações começam em território nacional e se estendem a um país estrangeiro com comunidades emigrantes portuguesas.

Nesse ano, o Dia de Portugal foi celebrado em Lisboa e Paris e, em 2017, no Porto e nas cidades brasileiras do Rio de Janeiro e São Paulo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

FMI vai emprestar 50 mil milhões de dólares à Argentina

  • Juliana Nogueira Santos e Lusa
  • 8 Junho 2018

O empréstimo a três anos é mais avultado do que se previa. As críticas a Macri persistem, com os argentinos a recordarem más memórias da última intervenção do FMI no país, em 2001.

A Argentina e o Fundo Monetário Internacional (FMI) chegaram a acordo para a criação de um programa de assistência à economia sul-americana no montante de 50 mil milhões de dólares. Este empréstimo a três anos acabou por ser bem maior do que aquilo que os argentinos estavam à espera. Apontava-se para que fossem apenas necessários 30 mil milhões de dólares.

Depois de uma forte desvalorização da moeda nacional e perante perspetivas económicas preocupantes, Mauricio Macri foi obrigado a pedir a intervenção do FMI. No entanto, para além do financiamento no âmbito da intervenção, o país vai também receber seis mil milhões de dólares de outras instituições financeiras no próximo ano.

O acordo foi amplamente criticado pela oposição de Macri, que afirma que este plano traz de volta más memórias para os argentinos, que responsabilizam as políticas do FMI pela pior crise económica do país, em 2001. Mas Macri disse que este acordo era necessário para evitar outra implosão económica, sendo “um ponto de partida muito importante”.

Já Christine Lagarde afirmou-se “satisfeita” por o FMI poder contribuir para este “esforço” de recuperação do país. A instituição que lidera estabeleceu ainda metas económicas apertadas, como a redução da inflação para 17% em 2019, 13% em 2010 e 9% em 2021 — está agora nos 28% — e o ajustamento do défice fiscal para 1,3% no próximo ano.

Com pedido de ajuda de Macri a chegar ao FMI no principio de maio, as negociações desenrolaram-se mais depressa do que era previsto. Os oficiais do Fundo esperavam chegar a um acordo em seis semanas e este foi atingido em quatro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tribunal de Contas recusou visto a 39 contratos no valor de 118 milhões em 2017

  • Lusa
  • 8 Junho 2018

No ano anterior, tinham sido recusados vistos a 41 processos, com um volume financeiro de 156 milhões de euros.

O Tribunal de Contas (TdC) recusou visto a 39 contratos em 2017 devido a várias ilegalidades detetadas, inviabilizando uma despesa pública de 118 milhões de euros, segundo o relatório de atividades divulgado esta sexta-feira.

No ano anterior, o TdC tinha recusado visto a 41 processos, com um volume financeiro de 156 milhões de euros.

Entre as ilegalidades detetadas pelo TdC que levaram à recusa de visto em 2017 estão a realização de despesa sem autorização ou demonstração da existência de fundos disponíveis, procedimento por ajuste direto “sem que se verificassem os respetivos pressupostos legais” ou “ilegalidade dos modelos de avaliação de propostas, designadamente favorecendo as de preço mais elevado”.

O TdC detetou ainda a contratação de seguros de saúde proibidos por lei, aumento do capital social de empresa local e aquisição de participações sociais ilegais, transformação de serviços municipalizados em empresa local “sem a demonstração da viabilidade económico-financeira e racionalidade económica exigida” bem como violação das regras de atribuição de subsídios à exploração a empresa local.

No ano passado, entraram para apreciação do tribunal 4.304 processos, mais 29,4% do que em 2016, tendo sido controlados 3.538 atos e contratos (processos decididos), referentes a 518 entidades, com um volume financeiro de 4,6 mil milhões de euros. Foram visados 3.499 processos, dos quais 18% foram alvo de recomendações correspondendo a um volume financeiro de 755,8 milhões de euros.

O TdC fez ainda 822 recomendações, “a maioria das quais continuou a respeitar a ilegalidades praticadas no âmbito dos procedimentos de contratação, por deficiente aplicação do Código dos Contratos Públicos”. No total, o tribunal controlou 1.459 entidades no ano passado, envolvendo 228.500 milhões de euros de despesa pública.

Para assegurar o seu funcionamento em 2017, o tribunal gastou 26 milhões de euros, dos quais 78% respeita a dotações do Orçamento do Estado e 22% a dotações dos cofres privativos. No final de 2017 exerciam funções no TdC, o presidente, Vítor Caldeira, e 17 juízes conselheiros e, nos serviços de apoio, 494 efetivos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Concorrência quer acabar com os preços de referência dos combustíveis. Não têm utilidade para os consumidores

  • Lusa
  • 8 Junho 2018

A Autoridade da Concorrência defende que a divulgação dos preços grossistas apenas é "útil para os operadores de mercado, podendo ser utilizados como pontos focais de colusão".

A Autoridade da Concorrência (AdC) quer que a Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC) deixe de publicitar os preços de referência dos combustíveis rodoviários, por não ter utilidade para o consumidor final.

“Recomenda-se, à entidade supervisora dos combustíveis líquidos rodoviários [ENMC], que não publicite os preços de referência, já que não incluem a componente de retalho, e consequentemente não contribuem com maior informação nas escolhas aos consumidores”, lê-se na análise ao setor “Fair Play – Com concorrência todos ganhamos”, divulgada na quinta-feira.

Para a AdC, a divulgação dos preços grossistas apenas é “útil para os operadores de mercado, podendo ser utilizados como pontos focais de colusão”.

Os preços disponibilizados diariamente na página eletrónica da ENMC, desde 2014, são decompostos pelas várias componentes da cadeia de valor, excluindo a distribuição para as redes de postos de abastecimento, a margem de comercialização e ainda a segunda fase de liquidação do IVA.

Os preços de referência têm sido muito criticados desde a sua disponibilização, desde logo pela Deco – Associação de Defesa do Consumidor que em 2015 apelou “a uma melhoria do sistema” já que “ao deixarem de fora a logística, a margem do retalho e o IVA não se aproximam do preço de venda ao público”.

"A divulgação dos preços grossistas apenas é útil para os operadores de mercado, podendo ser utilizados como pontos focais de colusão.”

Autoridade da Concorrência

Na altura, o diretor da ENMC para a área petrolífera e atual presidente da direção, Filipe Meirinho, admitiu que “não há dia” em que o organismo não receba queixas de cidadãos relativamente aos preços de referência nos combustíveis, publicados diariamente, uma vez que o valor divulgado se afasta do praticado nos postos de abastecimento.

“O preço de referência em nada se relaciona com o preço de venda final. Há uma linha que separa o preço de referência e o de venda ao público que inclui logística, retalho e IVA”, declarou então o responsável, explicando que os preços de referência correspondem ao preço à saída da refinaria.

Já nessa altura, o então presidente da AdC, António Ferreira Gomes, manifestou no parlamento “muitas reservas” em relação aos preços de referência nos combustíveis, considerando que “podem funcionar ao contrário do seu objetivo”.

Em contrapartida, a Concorrência propõe ao Governo que desenvolva ações de publicitação do portal de preços de combustíveis da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), em http://www.precoscombustiveis.dgeg.pt/, de forma a promover a sua utilização pelos consumidores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

Arranca esta sexta-feira a cimeira de líderes do G7. É também um dia marcado pela presença do ministro Vieira da Silva no ECO Talks e pela divulgação de dados do comércio internacional pelo INE.

Os líderes do G7 começam hoje um encontro de dois dias no Canadá, onde irão falar de crescimento económico e até de alterações climáticas. O dia fica ainda marcado pela divulgação, por parte do INE, de dados relativos às importações e exportações. Depois do acordo na concertação social, é também hoje que o ministro Vieira da Silva vai falar sobre as alterações à lei laboral, num evento promovido pelo ECO.

Vieira da Silva no ECO Talks

O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social vai estar esta sexta-feira no ECO Talks, onde será questionado acerca das recentes alterações à lei laboral. Isto depois do acordo de mudança do Código de Trabalho alcançado em sede de concertação social no final do mês que vem, acordo esse que só não foi subscrito pela CGTP.

Arranca a cimeira de líderes G7

Arranca, em Charlevoix (Canadá), a cimeira do G7, que reúne líderes de algumas das maiores economias do mundo, como Estados Unidos, França, Reino Unido e Alemanha. O crescimento económico é um dos temas a marcar este dia num evento que decorre até este sábado. Entre os outros assuntos a serem debatidos estão as alterações climáticas e os oceanos.

INE publica estatísticas do comércio internacional

O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica esta sexta-feira dados acerca das exportações e importações, relativas ao mês de abril de 2018. Em março, as exportações de bens caíram 5,7% em termos homólogos, enquanto as importações subiram 0,1%.

Reúne-se primeiro conselho de ministros do Governo de Sánchez

Pedro Sánchez formou Governo em tempo recorde e a equipa do novo primeiro ministro espanhol reúne-se esta sexta-feira no primeiro conselho de ministros do novo Executivo. O líder do PSOE escolheu maioritariamente mulheres para integrarem as equipas ministeriais e, até um astronauta está incluído nas preferências do sucessor de Rajoy. Da reunião, escreve o El País, não sairá um anúncio “espetacular imediato” mas primeiras medidas deverão ser de impacto social.

Baker Hughes atualiza dados sobre o petróleo

A Baker Hughes vai esta sexta-feira fazer a atualização semanal do número de novos poços de petróleo em exploração, um dado que surge depois de algumas sessões em que o valor da matéria-prima esteve a recuperar. O barril negoceia acima dos 77,3 dólares, tendo valorizado mais de 2,6% esta quinta-feira, depois de atingir um mínimo de 75,29 dólares na última segunda-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“É preciso acabar com a deriva estratégica que tem assombrado Montepio”

Está lançada a lista de oposição a Tomás Correia? Ribeiro Mendes voltou a defender mudanças na Associação Mutualista. "É preciso acabar com a deriva estratégica que tem assombrado o Montepio", disse.

Fernando Ribeiro Mendes, administrador Associação Mutualista Montepio Geral.Paula Nunes/ECO

Está lançada a lista de oposição a Tomás Correia na Associação Mutualista Montepio Geral? A julgar pela intervenção de Fernando Ribeiro Mendes nas Jornadas de Reflexão Mutualista, parece que sim. Administrador dissidente na atual gestão da mutualista — e da qual faz parte –, Ribeiro Mendes voltou a defender mudanças profundas na instituição. “É preciso acabar com a deriva estratégica que nos tem assombrado de grandiosos sonhos que hoje sabemos que foram irrealistas”, frisou o responsável.

Foi na primeira sessão das Jornadas de Reflexão Mutualista – Juntos pelo Montepio, que teve lugar esta quinta-feira, em Lisboa, que se realizou um primeiro ensaio público para a formação de uma lista única alternativa ao atual presidente da Associação Mutualista nas eleições de dezembro. Ribeiro Mendes foi um dos oradores do debate. E não se coibiu de manifestar profundas divergências que tem com Tomás Correia, apesar destas divergências já lhe terem valido castigos no passado.

“O que temos vindo a experimentar recentemente indica que é preciso mudar de rumo, é preciso acabar com a deriva estratégica que nos tem assombrado de grandiosos sonhos que hoje sabemos que foram irrealistas e que levam as poupanças dos associados sem uma monetização consistente e sem que haja uma consciência disso”, declarou Ribeiro Mendes na sua intervenção inicial.

“No Montepio temos vivido uma crise que tem contornos próprios. As dificuldades vêm de termos sonhado que o Montepio podia transformar-se num grande grupo financeiro através de fusões e aquisições. Mas entrámos nisso já tarde. E quando o sistema financeiro nacional desabou também sofremos com isso”, explicou o administrador.

O que temos vindo a experimentar recentemente indica que é preciso mudar de rumo, é preciso acabar com a deriva estratégica que nos tem assombrado de grandiosos sonhos que hoje sabemos que foram irrealistas.

Fernando Ribeiro Mendes

Administrador da Associação Mutualista Montepio Geral

Ribeiro Mendes recusou o rótulo de dissidente dentro do conselho de administração liderado por Tomás Correia. “Sou uma pessoa como as outras, que pensa pela sua cabeça. Houve um momento em que tinha de expressar a minha opinião, não por estar contra, mas por achar que tinha alguma coisa a dizer de uma forma positiva”, disse a propósito de um artigo de opinião e onde defendeu um “virar de página inadiável” na gestão do Montepio. Por causa desse artigo, o administrador viu Tomás Correia retirar-lhe os pelouros. Mas voltou a recuperá-los, poucos dias depois.

Mais tarde, questionado sobre a falta de informação acerca das remunerações dos administradores da mutualista, Ribeiro Mendes revelou que aufere uma remuneração mensal bruta de 24 mil euros, uma informação que indignou alguns dos presentes. O responsável argumentou que esse nível de remuneração vem do tempo em que Associação Mutualista e Caixa Económica estavam juntas. E defendeu que é preciso rever a tabela salarial dentro da associação para torná-la mais adequada ao mutualismo.

Da direita para a esquerda: Eugénio Rosa, Alexandre Abrantes, Campos e Cunha, Lúcia Gomes e Fernando Ribeiro Mendes.Paula Nunes/ECO

No Auditório do Montepio Geral, em Lisboa, estiveram cerca de 50 pessoas a assistir ao debate que teve moderação do ex-ministro das Finanças, Luís Campos e Cunha, e que contou ainda com os contributos do vice-presidente da Cruz Vermelha, Alexandre Abrantes, o economista Eugénio Rosa e ainda da advogada Lúcia Gomes.

Entre as várias interpelações dos que estavam a assistir, houve quem se achasse enganado por considerar que uma jornada de reflexão sobre o mutualismo era, afinal, uma campanha eleitoral para as próximas eleições. Também houve quem manifestasse esperança de que a iniciativa fosse um embrião que desse origem a uma lista alternativa a Tomás Correia. Será?

“Há muito caminho para andar. Se hoje demos um pontapé de saída em relação a algo para as eleições de dezembro, fico satisfeito por ter dado o meu contributo”, considerou Ribeiro Mendes.

Campos e Cunha declarou publicamente que não fará parte de qualquer lista.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tecnológicas travam. S&P 500 e Nasdaq recuam

O vermelho imperou no fecho da praça bolsista norte-americana. Apenas o Dow Jones escapou às perdas num dia em que os títulos das tecnológicas fizeram uma pausa nos ganhos das sessões anteriores.

Wall Street decidiu fazer uma pausa após os ganhos que marcaram as últimas quatro sessões. O dia foi de perdas para o S&P 500 e para o Nasdaq, que aliviou dos máximos históricos da última sessão, num dia em que as tecnológicas fizeram uma pausa nos ganhos. Os investidores mantêm-se de olho nas tensões comerciais.

O S&P 500 desvalorizou uns ligeiros 0,09%, para os 2.769,84 pontos, rumo que foi seguido mas com mais intensidade pelo Nasdaq que sofreu uma quebra de 0,72%, para os 7.633,76 pontos. Apenas o Dow Jones escapou às perdas, avançando 0,35%, para os 25.233,8 pontos, apoiado na subida do Mcdonald’s.

As ações da cadeia de fast food valorizaram mais de 4%, após ter sido conhecido um relatório que dá conta da sua intenção de avançar com uma nova ronda de despedimentos.

O rumo das ações norte-americanas acabou por ser condicionado pelos receios dos investidores relativamente à “guerra comercial” entre os EUA e os seus parceiros, à medida que se aproxima a reunião do G7 que se realiza esta sexta-feira e no sábado.

Há uma cautela associada com o encontro do G7 que, historicamente, é neutral para o mercado. Este encontro do G7 não se encaixa no modelo, especialmente no que diz respeito ao comércio”, alertou Quincy Krosby, responsável pela estratégia de mercados da Prudencial Financial, citado pela Reuters.

"Há uma cautela associada com o encontro do G7 que, historicamente, é neutral para o mercado. Este encontro do G7 não se encaixa no modelo, especialmente no que diz respeito ao comércio.”

Quincy Krosby

Prudencial Financial

Em termos setoriais, as tecnológicas acabaram por ser uma das principais referências negativas da sessão bolsista norte-americana. Tanto a Microsoft como a Apple aliviaram após a recente toada de ganhos que durou seis sessões e lançou o Nasdaq para novos máximos históricos. As ações da Microsoft recuaram mais de 1%, enquanto as da Apple deslizaram perto de 0,5%.

No mesmo sentido terminou também o Twitter, que se estreou esta semana no S&P 500, tendo sido noticiado nesta quinta-feira que a rede social pretende avançar com uma emissão de mil milhões de dólares em dívida convertível. As ações do Twitter recuaram também acima de 1%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Meio carro voador, meio drone. Conheça o Kitty Hawk Flyer

  • ECO
  • 7 Junho 2018

A Kitty Hawk, empresa financiada por Larry Page, um dos fundadores do Google, deu a conhecer o Flyer, uma mistura de drone com carro voador para um ocupante.

A Kitty Hawk, com sede em Mountain View, na Califórnia, é a empresa responsável pelo Flyer. Trata-se de uma mistura de drone com carro voador, mas quem entrar no veículo vai ter de voar sozinho, porque o Flyer só tem capacidade para transportar uma pessoa.

A pilotagem faz-se através de um joystick, o que, pela sua facilidade, faz com que qualquer pessoa, apenas com uma hora de instruções, consiga voar, de acordo com a fabricante. O Kitty Hawk Flyer possui 10 hélices, movidas a bateria, e parece um drone gigante. No início percorrerá 20 milhas por hora, em voos até 20 minutos.

O Flyer é, neste momento, uma das principais iniciativas da companhia americana financiada por Larry Page, um dos fundadores do Google. Muito diferente do Cora, outro veículo desenvolvido pela Kitty Hawk, que é um avião elétrico de dois lugares e foi projetado como uma alternativa de transporte nas cidades.

Os testes abertos a jornalistas e influenciadores digitais começaram esta semana, nos EUA. A empresa ainda não disse quanto vai custar cada exemplar, mas já está, segundo a Fox News, a aceitar pré-encomendas do Flyer.

O sonho da ficção científica de aeronaves pessoais está a espalhar-se por algumas empresas em todo o mundo, como a Airbus, a Uber e uma startup chamada Joby Aviation. O plano destas empresas, ao contrário das aeronaves desenvolvidas pela Kity Hawk, é construir veículos com capacidade entre quatro a seis pessoas, que sejam uma nova forma de transporte, uma espécie de táxi voador.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.