Governo promete cumprir decisão de isentar de IVA donos de prédios desocupados

  • Lusa
  • 12 Março 2018

O Governo vai tomar as "medidas necessárias" para aplicar a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia, que determina que donos de prédios desocupados não estão obrigados a pagar IVA.

O secretário de Estado das Finanças disse esta segunda-feira que o Governo tomará as “medidas necessárias” para aplicar a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), que determina que donos de prédios desocupados não estão obrigados a pagar IVA.

“A Autoridade Tributária está a analisar essa decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia e, obviamente, que a seu tempo tomará as medidas necessárias para assegurar que é cumprida”, afirmou Ricardo Mourinho Félix à saída da reunião dos ministros das Finanças da zona euro, que decorreu esta segunda-feira em Bruxelas.

O secretário de Estado das Finanças, que representa Portugal na reunião dos ministros das Finanças da zona euro desde que Mário Centeno é presidente do Eurogrupo, reagia assim à notícia avançada pelo Jornal de Negócios, segundo a qual o TJUE decidiu que os proprietários de imóveis comerciais, industriais e de serviços para arrendamento não têm de devolver ao Fisco o IVA deduzido caso não consiga colocar os prédios no mercado.

O acórdão do tribunal europeu, publicado em fevereiro, abre também espaço a pedidos de restituição de IVA de vários milhões de euros por parte do setor imobiliário.

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Professores fazem abaixo-assinado contra Passos catedrático

  • ECO
  • 12 Março 2018

É uma "ofensa à dignidade dos profissionais da ciência e do ensino em Portugal", escrevem 28 professores universitários num abaixo-assinado que já foi subscrito por mais 725 pessoas.

Depois do abaixo-assinado de alunos, um grupo de 28 professores do Ensino Superior está a fazer circular uma nova missiva que critica a ida de Pedro Passos Coelho para o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, conhecido como ISCSP, enquanto professor catedrático convidado. Para os signatários do abaixo-assinado, que entretanto já foi subscrito por outras 725 pessoas, a entrada de Passos Coelho para esse cargo é “um atropelo flagrante ao estatuto da carreira docente universitária em Portugal”, e chega a ser “ofensiva”.

Os professores universitários que escreveram a petição “Queremos justiça, transparência e decência na política educativa e da ciência em Portugal”, disponível no site Petição Pública, consideram que a entrada de Pedro Passos Coelho para o ISCSP como catedrático é “duplamente ofensiva num momento em que milhares de investigadores e docentes com vínculo precário, cujo trabalho sustenta o regular funcionamento de tantas universidades em Portugal, se manifestam para que a mais elementar justiça seja observada no programa de regularização de precários no Estado (PREVPAP), e sublinham que o que está em causa não é uma reação corporativa face à glorificação de alguém ‘externo’, mas sim a luta pela preservação da transparência, da decência e da equanimidade na política educativa e da ciência em Portugal“.

Reconhecendo que é habitual que a experiência governativa seja invocada para “justificar convites a personalidades públicas para postos académicos”, o grupo considera “incompreensível e inaceitável” este caso concreto. “Acima de tudo, o que perguntamos é porque acontece uma contratação que achincalha de forma inaceitável tantos que, no curso de muitos anos de qualificação e trabalho científico imprescindível para as instituições universitárias portuguesas, buscam acesso às carreiras docente universitária e de investigação”, escrevem os subscritores do abaixo-assinado.

Os professores afirmam que a nomeação não é uma ilegalidade, mas é “uma ofensa à dignidade dos profissionais da ciência e do ensino em Portugal”, em especial numa altura em que “há doutorados a dar aulas sem remuneração e uma precariedade gritante na investigação, que está longe de encontrar o fim”.

Assim, terminam exigindo que haja um esclarecimento público “ao conselho científico do ISCSP, ao reitor da Universidade de Lisboa, ao atual Primeiro-Ministro e aos Ministros da Educação e da Ciência, bem como às forças da esquerda parlamentar que apoiam a atual solução governativa e, finalmente, ao Presidente da República”.

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Desmotivação nas empresas? Estratégia confusa é o problema, dizem os CEO

Duzentos gestores apontam as práticas das empresas que consideram responsáveis pela desmotivação dos trabalhadores. A estratégia é só a primeira das preocupações.

Duzentos gestores nacionais confessaram os maiores desafios que enfrentam na gestão das suas equipas e na comunicação. O estudo, realizado pela consultora QSP, nota que “a falta de clareza estratégica” é o principal motivo para a desmotivação entre os colaboradores, aos olhos dos CEO.

A falta de clareza estratégica é o primeiro dos fatores de desmotivação apontado pelos gestores, mas há mais: logo a seguir surgem a falta de objetivos e uma política salarial desajustada, a indefinição de funções e finalmente a sobrecarga de trabalho.

Enquanto os gestores identificam as inquietações dos seus colaboradores, têm dúvidas que seja fácil fazer a mesma análise no sentido inverso. “Ainda que os gestores portugueses se considerem próximos dos colaboradores, também reconhecem que as suas equipas não entendem as dificuldades que o cargo de liderança encerra“, assinala Sandra Marques, Head of Research da QSP, em comunicado.

Email: benção ou maldição?

O email é o meio de comunicação preferido dos diretores e administradores — 98% dizem utilizá-lo para falar com os colaboradores. Muitas outras plataformas eletrónicas se seguem — messaging, SMS, intranet e redes sociais são outras opções. Contudo, nada substitui a presença na hora de comunicar decisões importantes: nestes casos, o cara-a-cara é escolhido pela maioria dos inquiridos.

Infografia da autoria de Ana Raquel MoreiraInfografia/Ana Raquel Moreira

Apesar da popularidade do email entre os gestores, um terço dos inquiridos revela que este tipo de comunicação pode ocupar metade do dia de trabalho. Quase um quinto diz que o email consome entre 50% a 70% do horário laboral. Apesar da carga elevada, quase metade dos gestores consideram o número de emails que recebem “adequado”, contra os 57% que classificam a quantidade de mensagens de correio eletrónico “exagerada”.

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Tranquilidade renova imagem corporativa

  • Rita Frade e Lusa
  • 12 Março 2018

Tranquilidade apresenta nova imagem, "numa altura em que se encontra concluída grande parte do processo de fusão com a Açoreana".

A Tranquilidade vai renovar a sua imagem corporativa, “numa altura em que se encontra concluída grande parte do processo de fusão com a Açoreana“, anunciou a companhia de seguros em comunicado.

De acordo com o administrador comercial e de marketing, José Nogueira, “este rebranding acontece com grande parte da transformação da empresa já efetuada e antecede um novo ciclo na vida da Tranquilidade, que vai estar presente no mercado com serviços e produtos inovadores maximizando as vantagens tecnológicas atuais”.

Este rebranding acontece com grande parte da transformação da empresa já efetuada e antecede um novo ciclo na vida da Tranquilidade.

José Nogueira

Administrador comercial e de marketing

Recorde-se que as marcas, agora detidas pelo fundo norte-americano Apollo, vão ficar sob o âmbito da Tranquilidade. A Açoreana acaba em Portugal continental e no arquipélago da Madeira, mas vai continuar a estar presente no arquipélago dos Açores, “pela sua relevância local”.

José Nogueira acrescenta, ainda, que “não se trata apenas de uma alteração de imagem, é muito mais do que isso” e que estãoa trilhar um caminho que os levará a um estádio mais avançado no conhecimento e relacionamento com clientes e parceiros. A nova imagem corporativa é um dos reflexos dessa mudança”.

À Lusa, o diretor de marketing, Emmanuel Lesueur, disse que o investimento na mudança da marca é de seis milhões de euros e a Tranquilidade quer crescer, sobretudo, em seguros de risco de vida e em seguros de saúde.

O verde vai continuar “a ser a cor dominante, numa base de onde emergem 13 tonalidades diferentes”, revela a seguradora.

O site da Tranquilidade também vai ser totalmente renovado, apresentando-se mais simples e intuitivo, assim como a aplicação, lançada recentemente.

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Comprar casa em Londres nunca foi tão barato desde 2009

Comprar casa em Londres nunca esteve tão barato desde 2009. Os preços têm vindo a cair a um ritmo bastante acelerado, sendo o Brexit o culpado destas descidas.

O mercado imobiliário londrino não está a passar por uma boa fase, pelo menos para quem pretende vender. Os preços das casas estão a cair exponencialmente, ao ritmo mais acelerado desde os últimos nove anos. No passado mês de janeiros, os preços médios fixavam-se nas 593.396 libras, representando uma queda anual de 2,6%. Na causa desta descida está a saída do Reino Unido da União Europeia.

Em janeiro, o preço médio de uma casa em Londres era de 593.396 libras (667.540 euros), o valor mais baixo desde agosto de 2009, representando uma queda anual de 2,6%, de acordo com o relatório publicado esta segunda-feira pela plataforma Acadata. As áreas mais caras da capital são aquelas que mais estão a sofrer com estas descidas, e Londres será o “mercado mais fraco do país nos próximos cinco anos”, disse Lucian Cook, da Savills Plc, citado pela Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Ainda segundo o especialista, analisando estes números da quase última década, a capital londrina está bastante exposta à incerteza política e económica causada pelo Brexit. Os declínios registados nos preços dos imóveis estão a espalhar-se a outras zonas da cidade, com os preços em Londres a caírem 0,8% apenas no mês de janeiro.

As ofertas feitas a habitações têm sido 10% abaixo dos preços ditos normais, disse James Gubbins, parceiro da Dauntons. “A incerteza sobre o Brexit é o problema“, explica. Os bairros mais carros da capital foram os que mais sofreram com estas descidas o ano passado, cabendo a Wandsworth a maior queda (15%). É nessa zona que existe um número crescente de apartamentos a serem construídos e que, infelizmente, os londrinos não querem ou não têm possibilidades de pagar, escreve a Bloomberg.

Outro ponto que não melhora a confiança dos potenciais compradores são as sucessivas manchetes que saem diariamente sobre o estado do mercado imobiliário. O número de compradores que se registaram como agentes imobiliários caiu 11% em fevereiro, de acordo com dados do Royal Institute of Chartered Surveyors (RICS).

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Altice vende à Tofane Global negócio português de voz internacional

O grupo Altice anunciou que está a fechar a venda do seu negócio grossista internacional de voz aos franceses da Tofane Global. Venda inclui o negócio em Portugal.

A Altice ATC 0,00% está em negociações com a empresa francesa Tofane Global para fechar a venda do negócio de voz internacional em França e na República Dominicana, mas também no mercado português. A informação foi avançada pela companhia num comunicado e representa mais um capítulo na estratégia de alienação de ativos não estratégicos que está a ser levada a cabo pelo grupo. Não foi divulgado o valor envolvido nesta operação.

“A Altice anuncia hoje [12 de março] que entrou em exclusividade coma Tofane Global, uma empresa de telecomunicações e um player digital especializado no transporte internacional de telecomunicações sedeada em Paris, para a venda do seu negócio grossista internacional de voz em França, Portugal e República Dominicana”, escreve a empresa.

Entretanto, a Altice Portugal emitiu um comunicado para explicar os contornos em que se inserem esta operação. “Tal como já tinha sido anunciado, a Altice está em processo de alienar o seu negócio de tráfego internacional wholesale nos vários países em que opera. Este é um negócio não core, tem uma margem percentual muito reduzida e trata-se de um mercado sem crescimento.”, refere a companhia.

“A Altice iniciou agora negociações exclusivas com a Tofane, uma operadora que na semana passada anunciou estar em negociações também com a operadora holandesa KPN em relação à sua subsidiária iBasis, tratando-se, portanto, de um movimento que não é único neste mercado”, sublinha também. E conclui: “A alienação em causa apenas inclui contratos não core de voz internacional, não estando abrangida a rede de telecomunicações da Altice.”

A dona da operadora Meo em Portugal tem vindo a alienar ativos não estratégicos como forma de adquirir mais liquidez para tranquilizar os investidores face à dívida avultada, que chegou aos 50 mil milhões de euros. Em Portugal, a Altice encontra-se também a vender torres de telecomunicações. A 12 de fevereiro, o grupo internacional divulgou ter vendido o negócio das soluções de telecomunicações e operações de centros de dados na Suíça.

(Notícia atualizada pela última vez às 19h02 com esclarecimento da Altice Portugal.)

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Nuno Amado como chairman executivo? “Não me passa pela cabeça”, diz o presidente do IPCG

Maya vai agora ser CEO do BCP, enquanto Amado passa a chairman com poderes reforçados. O ECO foi falar com o presidente do IPCG, António Gomes Mota, que defende que esta função não deve ser executiva.

A gestão do BCP está em mudança. Miguel Maya vai agora assumir a presidência executiva do banco, enquanto António Monteiro vai deixar de ser chairman e será substituído por Nuno Amado. Mas o objetivo do banco é que seja um presidente do conselho de administração com poderes reforçados. Para António Gomes Mota, um chairman é cada vez mais “executivo dentro do não executivo”. Mas o presidente do Instituto Português de Corporate Governance (IPCG) diz que “não passa pela cabeça” que Amado seja um presidente com funções executivas.

“É preciso, antes de mais, perceber que poderes [reforçados] são estes”, afirma António Gomes Mota ao ECO. Mas, analisando em abstrato, o chairman tem cada vez mais uma “função executiva dentro do não executivo, acompanhando de muito perto” a atividade no banco, refere o presidente do IPCG e chairman dos CTT. Para Gomes Mota, não passa apenas por fiscalização, mas também por “supervisão, acompanhamento e desafio”.

"Não passa pela cabeça [que uma entidade como o BCP] tenha um chairman com funções executivas.”

António Gomes Mota

Presidente do Instituto Português de Corporate Governance

De qualquer maneira, o presidente do IPCG nota que “não passa pela cabeça” que uma entidade como o BCP tenha “um chairman com funções executivas”. Essa função deverá ser do CEO, um cargo para o qual Miguel Maya foi apontado, que era, até agora, vice-presidente da comissão executiva.

Segundo apurou o ECO, a discussão entre o Banco Central Europeu e os acionistas do BCP ainda decorre, nomeadamente quanto à terminologia dos cargos de Amado e Maya. Esta redistribuição de poderes entre as duas funções justificará, até, a designação de chairman executivo e de vice-presidente executivo. Mas mesmo que esta classificação venha a ser aceite, coisa para a qual o BCE parece pouco disponível, significa na prática uma mudança de funções dos dois gestores.

A assembleia geral de acionistas do banco, eletiva, será a 15 de maio, e os nomes dos órgãos sociais têm de passar ainda o teste ‘fit and proper’ do BCE. Questionado pelo ECO sobre quando deverá divulgar a lista de administradores, fonte oficial do banco central diz “que nunca comenta questões sobre instituições individuais”.

Afinal, qual é a diferença entre CEO e chairman?

O papel de um presidente executivo e de um chairman é diferente. Na prática, o CEO é que toma todas as decisões sobre produtos, clientes, funcionários e objetivos da instituição financeira. Decisões que são analisadas e supervisionadas pelo presidente do conselho de administração, que tem um papel de “fiscalizador”. Qual é, na prática, a diferença entre estas duas funções?

CEO, a “espinha dorsal”

  • Tem poder total para liderar e gerir a atividade da instituição financeira;
  • Propõe, implementa e reporta a estratégia do grupo, assim como as iniciativas e estratégias de cada área do banco;
  • O presidente executivo apresenta ao conselho de administração planos num horizonte a três anos, ficando depois responsável por implementá-los e mostrar progressos de forma frequente;
  • Segundo o BCE, para ocupar o cargo de presidente executivo, o CEO tem de ter dez anos de experiência prática em áreas relacionadas com o sistema bancário ou financeiro. Mas deve também ter no seu curriculum o desempenho de várias posições de relevo a nível de gestão.

Chairman, o “fiscalizador”

  • O presidente do conselho de administração deve ser independente e promover uma boa governance no banco;
  • O chairman deve orientar o conselho de administração nas discussões sobre as propostas apresentadas pela equipa executiva;
  • Deve focar-se nas questões estratégicas e avaliar e fiscalizar a atividade da instituição financeira;
  • Deve garantir que os administradores recebem toda a informação de forma correta e atempada de maneira a monitorizarem o desempenho, tomarem decisões acertadas e darem conselhos adequados que promovam o sucesso do banco.

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CP: Greve suprimiu 792 comboios até às 18h

Os trabalhadores da Infraestruturas de Portugal estão em greve, dificultando a circulação de comboios da CP e da Fertagus. Exigem aumentos salariais de 4%.

Até às 18h desta segunda-feira foram suprimidos 792 ligações ferroviárias, confirmou ao ECO fonte oficial da Comboios da Portugal (CP). A adesão à greve dos trabalhadores que exigem aumentos salariais a rondar os 4% está fixada nos 90%.

Dos 1.027 comboios que teriam de ter circulado num dia normal para transportar milhares de portugueses, apenas 235 iniciaram percurso. Entre as 00h e as 12h desta segunda-feira, já eram 584 os que tinham sido suprimidos.

À espera nas estações ferroviárias, as pessoas queixam-se de falta de serviços mínimos e de transportes alternativos, conforme avança a RTP. Em conversa com os sindicatos no Porto, estes referem que estão “numa empresa em que os trabalhadores não têm aumentos salariais desde 2009 e numa empresa que todos os anos anuncia lucros na ordem dos muitos milhões”. Os trabalhadores estão a exigir aumentos salariais na ordem dos 4%, o equivalente a 40 euros mensais por cada um, um valor bastante abaixo dos dois euros por mês oferecidos pela empresa.

Na próxima quarta-feira haverá novas reuniões da CP com os sindicatos dos trabalhadores, adianta a RTP.

(Notícia atualizada às 19h15 com atualização do número de comboios suprimidos)

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Comunistas exigem esclarecimentos sobre impostos pagos pela EDP em 2017

  • Lusa
  • 12 Março 2018

Reagindo à notícia de que a EDP terá pago apenas 0,7% de impostos sobre os seus lucros, o deputado comunista António Filipe apelou a "que sejam tomadas medidas para pôr cobro a esta evasão fiscal".

O deputado comunista António Filipe pediu hoje explicações do executivo socialista sobre o pagamento de impostos por parte da elétrica EDP, congratulando-se com as preocupações já manifestadas por PSD e PS sobre o assunto.

“Para já, é necessário obter um esclarecimento rigoroso por parte do Governo sobre essa situação, apurar da veracidade da notícia, saber quanto é que a EDP pagou de impostos relativamente aos lucros que obteve”, disse António Filipe à Lusa, no parlamento.

O tribuno do PCP admitiu a formalização de um requerimento a questionar o Governo relativamente à notícia veiculada pelo semanário Expresso no fim de semana. Segundo aquele jornal, a EDP teve uma taxa efetiva de impostos sobre os seus lucros de apenas 0,7% em 2017, a menor entre as empresas cotadas em bolsa portuguesa, ou seja, 10,3 milhões de euros relativos a um resultado 1,52 mil milhões de euros.

Entretanto, o presidente do PSD, Rui Rio, já anunciara que a sua bancada parlamentar iria agendar um debate parlamentar de atualidade sobre o assunto e o grupo parlamentar do PS questionou também o Governo sobre a notícia em causa.

“É legítimo que se assumam preocupações sobre esta matéria. A ser verdadeira esta notícia, que sejam tomadas medidas para pôr cobro a esta evasão fiscal. Que os outros partidos também estejam preocupados é algo que só temos de registar”, afirmou António Filipe.

O deputado comunista sublinhou que “é conhecida a posição do PCP de considerar que as empresas devem pagar os impostos de acordo com os lucros que geram no país”.

“Temos combatido quer benefícios fiscais aos grandes grupos económicos, quer a possibilidade de encontrarem estratagemas para ludibriarem a legislação nacional e não pagarem em Portugal os impostos que são devidos. Iremos pedir esclarecimentos sobre que impostos a EDP efetivamente paga e, caso se verifique, que está a pagar menos do que era suposto, saber por que isso se passa para que essa situação seja corrigida”, garantiu.

Os responsáveis pela EDP esclareceram depois que a referida taxa de 0,7% de Imposto sobre o Rendimento de pessoas Coletivas (IRC) é um registo contabilístico dos impostos de todo o grupo, assegurando que pagou 481 milhões em Portugal no ano passado, defendendo que o Expresso “confunde o reporte contabilístico refletido no relatório e contas com os valores efetivamente pagos em sede de IRC”.

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Eurogrupo aguarda medidas pró-crescimento de Atenas. “Será um grande teste à credibilidade da Grécia”, avisa Moscovici

É a terceira reunião enquanto presidente do Eurogrupo. Mário Centeno reuniu esta segunda-feira com os ministros das Finanças da Zona Euro. No horizonte está o Conselho Europeu a 22 de março.

O Eurogrupo desta segunda-feira voltou a falar dos desenvolvimentos da Grécia num tom positivo, mas deixou avisos para o futuro. Os ministros das Finanças da Zona Euro aguardam com expectativa o programa de medidas pró-crescimento que o Governo de Alexis Tsipras tem de apresentar até à Páscoa. Na conferência de imprensa após a reunião, Pierre Moscovici, comissário europeu para os Assuntos Económicos, foi claro: “Será um grande teste à credibilidade da Grécia“.

As instituições europeias estão empenhadas em transformar o atribulado programa grego numa “história de sucesso”. É este o compromisso repetido mais do que uma vez por Pierre Moscovici que quer que a Grécia “volte a ser um país normal” dentro da União Europeia. “A dolorosa história do programa grego tem de ficar para trás“, afirmou.

Mas o mesmo comissário europeu não tem dúvidas de que quer “ter compromissos para o futuro” que mostrem que a estratégia da Grécia é séria. Em causa está o futuro do país após o fim do resgate — o que acontecerá em agosto — dado que em cima da mesa estão várias medidas de alívio da dívida grega, mas também a vigilância que as instituições europeias continuarão a fazer em Atenas.

Na agenda de curto prazo está a estratégia que as autoridades gregas têm de apresentar ao Eurogrupo para promover o crescimento económico. Esse documento terá de ser enviado no início de abril e será uma “estratégia da Grécia”, uma expressão repetida várias vezes pelos responsáveis europeus para mostrar que a responsabilidade está, neste momento, do lado de Alexis Tsipras. A mesma menção tinha sido feita por Centeno que sublinhou que queria dar a oportunidade à Grécia de ter a “total posse do processo”.

Apesar de assinalar que o Eurogrupo não irá “liderar essa estratégia ou ordenar uma direção”, Pierre Moscovici afirmou que esse documento “será um grande teste à credibilidade” do país e para o resto das discussões técnicas que decorrem sobre o fecho do programa. O comissário europeu espera que essas medidas pró-crescimento tragam uma “indicação forte” para o futuro prospero do país. “A Grécia tem de construir as condições para o sucesso”, argumentou.

Também presente na conferência de imprensa, Klaus Regling, diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), garantiu que essas medidas serão importantes para aumentar o PIB potencial grego — algo ligado à sustentabilidade da dívida grega, cuja maior parte corresponde a empréstimos do Mecanismo. O diretor do MEE explicou ainda que a próxima tranche de 6,7 mil milhões de euros para a Grécia será dividida em duas: a primeira de 5,7 mil milhões de euros irá ser libertada na segunda quinzena deste mês e os restantes mil milhões de euros devem chegar a Atenas na primavera.

À entrada da reunião, Mário Centeno tinha dito que esperava estimular a economia grega com 5,7 mil milhões de euros da nova tranche e referiu que o Eurogrupo está a trabalhar numa saída “suave” da Grécia em agosto, mês em que termina o programa de assistência grego. A questão passa por saber se a Grécia terá uma “saída limpa”, como a de Portugal em 2014, ou irá recorrer a um programa cautelar, nomeadamente com a cedência de uma linha de crédito por precaução pelo MEE.

O Eurogrupo desta segunda-feira focou-se na situação grega numa altura em que se espera que seja libertada uma tranche de 5,7 mil milhões de euros, o que só deverá ocorrer a segunda quinzena de março. Além disso, os ministros das Finanças da Zona Euro prepararam a cimeira do Conselho Europeu de março e discutiram os desenvolvimentos da inflação.

Esta segunda-feira Mário Centeno aproveitou a ida a Bruxelas para se encontrar com o homólogo grego, Euclid Tsakalotos, tendo deixado no Twitter uma mensagem positiva sobre a implementação do programa grego. “Notável progresso”, classificou o presidente do Eurogrupo, que, anteriormente, se tinha reunido com Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, e Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, para preparar o próximo Conselho Europeu.

O jornalista viajou a convite da Comissão Europeia – Direção Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros (ECFIN).

(Notícia atualizada)

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EDP segura a bolsa. Energética dispara 3%

A bolsa nacional termina o dia com nota positiva, apesar da quebra de mais de 1% do BCP. EDP e Jerónimo Martins seguram, mas é a elétrica liderada por António Mexia que mais brilha.

A quebra expressiva do BCP não abala a praça lisboeta. A EDP puxa pelo PSI-20 com os títulos a disparar 3%, num dia de perdas nos mercados petrolíferos mas positivo para a maioria das bolsas europeias.

O PSI-20 fechou a sessão com nota positiva: subiu 0,27% para os 5.438,370 pontos, em consonância com a maioria das bolsas europeias. O Stoxx 600 registou uma subida de 0,15%.

A EDP impulsiona o desempenho de Lisboa ao disparar 3,05% para os 3,01 euros por título. A elétrica liderada por António Mexia destaca-se pela positiva num dia de perdas acentuadas no mercado de petróleo. O barril de Brent, referência para a Europa, encontra-se a desvalorizar 1,24% para os 64,68 dólares. A Jerónimo Martins ajuda aos bons resultados com uma subida de 0,23% para os 15,35 euros.

A Nos, que chegou a somar 2% ao valor dos títulos, termina o dia com ganhos mais modestos: sobe 0,30% para os 5,10 euros. O aumento de 37% nos lucros, que deu origem a um dividendo reforçado em 50%, animou os investidores. Os acionistas da empresa vão ser remunerados em 30 cêntimos por ação, acima do consenso do mercado — 28 cêntimos — mas abaixo do esperado pelos analistas do BPI, que apontavam para os 37 cêntimos.

A travar maiores ganhos esteve o BCP, que caiu 1,42% para os 28,51 cêntimos. A Galp, outro dos “pesos pesados” do índice nacional, também perde energia, com uma quebra de 0,13% para os 15,07 euros, alinhada com a tendência dos mercados de petróleo.

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Brexit: Tarifas podem custar à UE 35 mil milhões de euros

  • Lusa
  • 12 Março 2018

O impacto de tarifas e outras taxas após o Brexit pode ascender a 31 mil milhões de libras anuais para a União Europeia. Algumas regiões vão sofrer mais o impacto do que outras.

O impacto de tarifas e outras taxas após o ‘Brexit’ pode ascender a 31 mil milhões de libras anuais (35 mil milhões de euros) para a União Europeia (UE), segundo um estudo publicado esta segunda-feira pela consultora Oliver Wyman.

De acordo com a empresa, o custo para as exportadoras britânicas após a saída do Reino Unido da UE, o chamado ‘Brexit’, pode atingir 27 mil milhões de libras (30 mil milhões de euros), o que representaria 1,5% do valor acrescentado bruto do país. O estudo calcula o custo das barreiras comerciais que serão introduzidas na Europa depois do ‘Brexit’ em cada setor, segundo as taxas estabelecidas pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Foi ainda feita uma estimativa de outro tipo de custos, como atrasos nas fronteiras ou pagamento de certificações. Devido à tendência para as indústrias se agruparem geograficamente, algumas regiões sofreriam mais o impacto do que outras, como Londres, no Reino Unido, e a Baviera, na Alemanha. Foi também salientado o caso da Irlanda, onde o setor agrário está muito exposto ao mercado do Reino Unido.

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