Wall Street treme com guerra comercial à vista

Saída do conselheiro de Trump que defende o comércio livre deixa investidores à beira de um ataque de nervos. Wall Street abriu sessão em queda com guerra comercial à vista.

A saída do conselheiro de Trump que defende o comércio livre veio adensar os receios de que a Administração norte-americana poderá dar um passo em frente na guerra comercial ao impor taxas alfandegárias nas importações de metal. É neste cenário que as bolsas norte-americanas iniciam o dia em terreno negativo.

O S&P 500, índice de referência em todo o mundo, abriu a sessão em Wall Street a cair 0,55% para 2.713,05 pontos. Acompanhava nesta toada negativa os outros dois índices importantes: o industrial Dow Jones e o tecnológico Nasdaq, que se apresentam em baixa de 0,73% e 0,41%, respetivamente.

“São os mesmos receios que tivemos recentemente… Os investidores estão avessos ao risco para verem qual poderá ser o dano na Administração que esta saída vai causar”, explicou Andre Bakhos, diretor da New Vines Capital, à Bloomberg.

Em causa está o abandono de Gary Cohn da equipa de conselheiros do Presidente norte-americano. Apresentou a sua demissão esta terça-feira, naquilo que os analistas consideram ser uma batalha perdida por Cohn contra as taxas sobre as importações propostas por Trump.

Ainda durante o dia de hoje, os investidores vão estar atentos ao Livro Bege da Reserva Federal norte-americana, um documento que permite avaliar o estado da economia.

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Escritórios: uma nova geração

  • ADVOCATUS + CUSHMAN & WAKEFIELD
  • 7 Março 2018

Podem as empresas de advocacia trabalhar em espaço de co-working?

O CEO da Uber disse recentemente que vamos ver carros voadores dentro de 10 anos. Poucos acreditarão, da mesma forma que poucos acreditaram que o mercado de escritórios se ia transformar. A verdade é que a forma de trabalhar das pessoas está diferente. O local de trabalho pode e deve oferecer mais. A economia continua a acelerar e as pequenas empresas estão a crescer. Muitas entidades, mesmo as de grande dimensão, por ganharem projetos pontuais, precisam de garantir espaços sem assumir compromissos de longa duração. A flexibilidade é essencial.

Tudo isto levou ao aparecimento e criação de empresas de co-working e centros de escritórios.

A ideia não é nova e evoluiu. A IWG – mais conhecida por Regus – oferece estes serviços e espaços há bastante tempo em todo o mundo e adquiriu há poucos anos um novo conceito (holandês) mais adaptado aos dias de hoje, a Spaces. Outras empresas surgiram e, em Lisboa – a cidade que está na moda –, vários espaços de co-working foram, entretanto, criados. Há muitos conceitos já bem estabelecidos na capital Portuguesa, como a Second Home no Mercado da Ribeira, a Cowork Lisboa no Lx Factory, o LACS em Santos ou a IDEIAhub no Palácio Sottomayor. Com perspetivas de entrada no mercado nacional está, por exemplo, a WeWork, o gigante internacional avaliado em mais de $20b com mais de 200 centros abertos em todo o mundo e em contínuo crescimento. Não há dúvida de que esta nova geração de escritórios veio para ficar.

Focam-se, geralmente, em zonas com bons transportes públicos e de fáceis acessos, oferecendo desde postos de trabalho em regime de hot desking por um dia até pisos inteiros para empresas globais que podem comprometer-se com contratos de vários meses. Aos seus membros são oferecidos espaços comuns modernos e confortáveis, bebidas, fruta e até apps, que permitem a fácil ligação entre associados, podem estar incluídas no contrato.

As palavras-chave são Comunidade, Colaboração e Criação: aquilo a que podemos chamar “os três C’s do co-working”.

Estes modelos fazem com que os ocupantes de escritórios abandonem os moldes tradicionais em que assumiam um compromisso de longa duração num espaço com uma dimensão pouco variável. Qualquer setor pode ser alvo de inovação disruptiva e este não é exceção. A ‘Uberização’ ou os ‘Airbnb’ dos escritórios já começam a aparecer e uma das apps mais conhecidas é a Croissant.

Muitos deverão ter visto imagens dos novos escritórios da Vieira de Almeida, da Abreu Advogados ou da Uría Menéndez – Proença de Carvalho. Brevemente a PLMJ irá também mudar-se e ocupará a moderna torre de escritórios FPM41. O formalismo próprio da atividade de advocacia refletia-se no espaço de trabalho, tradicional e “cinzento”, mas os exemplos referidos contradizem esta imagem e aliam modernidade com espaços criativos, incentivando a colaboração.

Será que, tendo em conta estes novos centros de co-working, as restantes empresas do sector da advocacia poderiam considerar esta como uma opção válida? A resposta instintiva seria “não, por questões de confidencialidade”. Em todas as empresas existem assuntos que têm de ser tratados dentro de portas fechadas, mas o co-working oferece, não só espaços em regime de hot desking, mas também salas fechadas e até pisos completos de uso exclusivo, que resolvem estas questões.

Empresas como a Cushman & Wakefield começaram já a reavaliar a forma de atuar e ajudar os proprietários a adaptar-se e a conhecer estas novas realidades, estabelecendo novos modelos de negócio e permitindo mais flexibilidade aos ocupantes dos seus ativos.

Artigo desenvolvido por Vera Roquette Geraldes

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A manhã num minuto

  • Rita Frade
  • 7 Março 2018

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

O Novo Banco mantém algumas das práticas que contribuíram para a falência do BES, conclui Bruxelas. Há processos de crédito inteiros sem qualquer análise de risco e créditos concedidos “por favor”. A Comissão Europeia divulga esta quarta-feira o Pacote de Inverno do Semestre Europeu, com relatório por país e apreciações sobre os países com desequilíbrios macroeconómicos como é o caso de Portugal.

A Comissão Europeia está muito mais pessimista do que o Lone Star quanto à viabilidade do Novo Banco. Num documento divulgado recentemente, Bruxelas faz uma avaliação da viabilidade da instituição bancária em que, no cenário mais adverso, os capitais do Novo Banco chegam aos 2,6 mil milhões de euros negativos, o dobro do estimado pelo Lone Star.

Portugal registou melhorias nos desequilíbrios macroeconómicos excessivos. O elogio é deixado pelo Bruxelas no Country by Country Report divulgado esta quarta-feira pela Comissão Europeia no âmbito do Pacote de Inverno do Semestre Europeu. Apesar de continuar a precisar mais esforços, o país está no bom caminho. Portugal saiu da lista de países que têm desequilíbrios macroeconómicos excessivos.

No ano passado todos os países da UE registaram crescimento económico. Uns mais do que outros: a Irlanda e a Roménia lideram a tabela enquanto Grécia e Itália estão no fundo. Portugal foi o nono Estado-membro que menos cresceu, à frente da Alemanha, França ou Reino Unido.

As discrepâncias salariais continuam. De acordo com os dados do Eurostat, na União Europeia, as mulheres receberam salários 16,2% inferiores aos dos homens em 2016. Mas em Portugal, nesse período, a diferença foi de 17,5% — a sétima maior da UE. Além disso, foi em Portugal que, entre 2011 e 2016, essa discrepância mais se agravou (4,6 pontos percentuais).

Foram cerca de 600 pessoas, de todo o tipo de serviços do Estado, que responderam ao apelo do Bloco de Esquerda para que partilhassem os seus problemas com o Programa de Regularização Extraordinária de Vínculos Precários na Administração Pública, conhecido como PREVPAP, que agora está a decorrer.

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Anacom vai sondar o mercado por causa do 5G

Entidade quer saber qual a melhor faixa para a nova geração da internet e definir a melhor forma de atribuição de licenças. Trabalho deverá arrancar "em meados de 2020".

A Anacom prepara-se para dar um passo importante no caminho em direção ao 5G, a quinta geração de redes móveis. O regulador português das comunicações “vai auscultar o mercado para avaliar o interesse” das operadoras e outras entidades nas frequências eletromagnéticas que vão permitir este tipo de redes de nova geração.

Além disso, o regulador liderado por João Cadete de Matos quer apurar qual a melhor forma de atribuição do espetro — se por leilão ou concurso público, se através de um regime de “acessibilidade plena”. Outro dos objetivos é “saber em que condições o espetro deverá ser atribuído, bem como as condições de utilização”.

A faixa eletromagnética em causa é a dos 700 MHz, onde funciona atualmente a Televisão Digital Terrestre (TDT). Assim, um dos passos essenciais para a instalação do 5G em Portugal é a libertação desta faixa eletromagnética, o que, segundo a Anacom, deverá ser concretizado “em meados de 2020”. No entanto, outras hipóteses estão em cima da mesa.

“A passagem para o 5G reveste-se de grande relevância pelas enormes potencialidades que acarreta em termos de inovação e desenvolvimento do setor [das telecomunicações] e do país”, sublinha a entidade num comunicado enviado esta quarta-feira à comunicação social. O 5G deverá abrir novas possibilidades para novas tecnologias como a internet das coisas, os automóveis conectados e autónomos, entre muitas outras.

"A passagem para o 5G reveste-se de grande relevância pelas enormes potencialidades que acarreta em termos de inovação e desenvolvimento do setor [das telecomunicações] e do país.”

Anacom

Fonte oficial

O 5G é também uma das bandeiras do mercado único digital. A Comissão Europeia, por exemplo, pretende começar a instalar este novo tipo de redes móveis já no início da próxima década, um prazo considerado apertado para a generalidade das operadoras. Atualmente, em Portugal, já começaram a ser feitos alguns testes com tecnologias que poderão vir a ser usadas na quinta geração da internet móvel.

Apesar de ainda não estarem definidos muitos dos parâmetros através dos quais vai funcionar o 5G, a nova rede representa um leque de desafios para as empresas de telecomunicações, uma vez que será necessária uma rede bem maior de torres de transmissão para garantir a cobertura — ou seja, requer um maior investimento.

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Primeiro soaram os alarmes, agora vêm as contas. Lucros dos CTT caem para quase metade

Francisco Lacerda presta contas esta quarta-feira depois do fecho da bolsa. Analistas não auguram boas notícias: o lucro anual terá afundado 40% em 2017 com queda nas receitas do correio postal.

Foi em outubro que Francisco Lacerda lançou o profit warning aos investidores: os lucros dos CTT CTT 0,87% estão a derrapar face ao previsto devido à deterioração do negócio do tráfego postal. Hoje é dia de prestação de contas anuais e os analistas estão à espera que a empresa “confirme o difícil enquadramento em que opera”. Estimam uma queda de lucro de 40% em 2017.

Os analistas sondados pela Reuters apontam para um lucro de cerca de 38,7 milhões de euros no exercício do ano passado. Isto traduz uma queda de 39,4% face ao resultado obtido um ano antes e ajudam a perceber por que razão a administração lançou um plano de reestruturação nos últimos meses para contornar a crise. Entre as medidas contam-se saídas de trabalhadores, fecho de lojas, cortes nos salários da administração e redução do dividendo.

Do lado do CaixaBI, as perspetivas são até mais pessimistas quando Lacerda anunciar as contas ao mercado após o fecho da bolsa de Lisboa. O lucro anual terá caído para metade: 30,6 milhões de euros. E isto depois de um quarto e último trimestre num ambiente operacional bastante desafiante, explicam os analistas daquele banco de investimento.

“De uma forma geral, e uma vez mais, antecipamos que os resultados do último trimestre do ano não tragam grandes novidades, confirmando o difícil enquadramento em que os CTT operam, nomeadamente no correio — volumes endereçados a caírem 6,2% em 2017 face ao período homólogo”, contextualiza a equipa de research do CaixaBI.

“Foco no Correio”

Os CTT têm sobretudo quatro áreas de negócio: Correio, Expresso & Encomendas, Serviços Financeiros e Banco CTT. Para os analistas do CaixaBI, “o foco está no correio”.

“As receitas de correio no quarto trimestre deverão ser de 130,3 milhões de euros (-3,9% em termos homólogos e +5,4% face ao trimestre anterior), com os volumes de correio endereçados a caírem 6% em termos homólogos em igual período. Para 2017, estimamos que as receitas desta área de negócio sejam de 523,7 milhões (-1,8% em termos homólogos), com os volumes de correio transportados a acumularem uma queda de 6,2% face ao ano passado”, estima o banco de investimento.

Pressionado por um segmento de correio que representa 75% do negócio dos CTT, Lacerda também não deverá contar com bons números na atividade de Serviços Financeiros, que compreende a comercialização dos certificados de poupança do Estado. Aqui as receitas terão recuado 12,7%, segundo as estimativas do CaixaBI.

Por outro lado, reforçando a aposta da administração naqueles que são considerados os dois pilares de crescimento do futuro, os CTT deverão registar subidas nas receitas do Expresso & Encomendas e Banco CTT para 131 milhões e oito milhões, respetivamente.

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CTT mudam chefia de topo nas operações para dar a volta à crise

CTT deverão anunciar hoje uma quebra histórica nos resultados. E o ECO sabe que a empresa vai mudar a chefia de topo na área core de tratamento e distribuição de correio. Substituto vem de fora.

É uma mudança sensível que ocorre bem no coração de um negócio em plena crise nos correios. O diretor nacional de operações dos CTT está de saída para dar início a um novo ciclo de gestão dentro da empresa. Para substituir Hernâni Santos, responsável pela área de distribuição e tratamento de correio, que responde por 70% da força de trabalho da empresa, está em curso um processo de recrutamento externo. A transição, que está a gerar desconforto entre os trabalhadores, vai ocorrer ainda na primeira metade do ano.

Foi o próprio Francisco Lacerda, presidente dos CTT, quem cuidou de anunciar esta mudança aos trabalhadores numa comunicação interna enviada a 12 de fevereiro e à qual o ECO teve acesso.

Como justificação para esta substituição numa área vital no negócio dos CTT CTT 0,87% está a nova realidade do mercado e a fraca procura no segmento de correio postal, circunstâncias que têm afetado de forma particular a atividade da empresa que deverá anunciar esta quarta-feira uma descida acentuada do lucro de 2017.

“Como anunciámos nos últimos meses, a reengenharia e readaptação das operações a uma nova realidade de mercado e dimensão de procura será absolutamente central na Estratégia dos CTT. Temos um objetivo de, a par com reforçar a qualidade no cumprimento dos critérios definidos, introduzir no médio prazo cerca de 25 milhões de euros de poupança nos custos operacionais associados a um ambicioso programa de investimentos. O momento em que estamos aparece assim como o adequado a uma transição de um ciclo de gestão“, explicou Lacerda no comunicado interno.

E o momento para os CTT é este: o grupo terá fechado 2017 com um lucro de 38,66 milhões de euros, menos 40% face ao resultado líquido obtido um ano antes, segundo as estimativas os analistas sondados pela Reuters.

A reengenharia e readaptação das operações a uma nova realidade de mercado e dimensão de procura será absolutamente central na Estratégia dos CTT. (…) O momento em que estamos aparece assim como o adequado a uma transição de um ciclo de gestão.

Francisco Lacerda

Presidente dos CTT

Para fazer face a esta deterioração das contas, perante o abrandamento no tráfego postal, a empresa avançou em dezembro com um plano de reestruturação que, entre outras medidas, inclui a saída de trabalhadores, o fecho de lojas e cortes salariais e de prémios na administração. Tudo com o objetivo de chegar a 2020 com poupanças anuais de 45 milhões de euros.

Parte da nova estratégia passa por reforçar o segmento de Encomendas & Expresso, atividade onde o operador tem vindo a anunciar novidades e parceiras, e ainda o Banco CTT, lançado em março de 2016.

O ECO tentou obter mais esclarecimentos acerca desta mudança na gestão de topo da empresa mas não obteve uma resposta em tempo útil da parte dos CTT.

“Sucessão muito particular”

Na comunicação enviada aos trabalhadores, Francisco Lacerda fez questão de sublinhar o “contributo ímpar [de Hernâni Santos] para a evolução e afirmação dos CTT como um operador de referência no panorama internacional”. E por isso se percebe o cuidado com uma transição na chefia da área de operações, que tem o pelouro dos transportes, tratamento e distribuição de correio, e que o próprio CEO espera que seja “suave” e que promova uma “passagem de conhecimento” para o sucessor.

Esta é uma sucessão muito particular e o Hernâni terá nela um papel fundamental”, ressalvou Lacerda, isto depois de adiantar que “está a decorrer um processo de recrutamento externo para a sua substituição”. O ECO sabe que o facto de a empresa estar à procura de um substituto externo aos CTT está a causar desconforto entre os trabalhadores.

Lacerda finaliza a comunicação aos trabalhadores dizendo que, “como é óbvio, a autoridade Hernâni nas suas funções manter-se-á intacta até à sua saída efetiva, que prevemos que ocorra neste primeiro semestre de 2018“.

A empresa CTT tem cerca de 10.000 trabalhadores. Cerca de 7.000 trabalham precisamente na área dos transportes, tratamento e distribuição. Além de diretor das Operações, Hernâni Santos ocupa ainda vários cargos enquanto vogal no conselho de administração de várias empresas do grupo: CTT Contacto, Mailtec Comunicação e Mailtec Consultoria. Abandona agora o operador postal 38 anos depois.

"Está a decorrer um processo de recrutamento externo para a sua substituição, assegurando uma coincidência temporal de lideranças que promova essa transição suave e uma passagem de conhecimento. Esta é uma sucessão muito particular e o Hernâni terá nela um papel fundamental”

Francisco Lacerda

Presidente dos CTT

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Coca-Cola prepara-se para lançar a sua primeira bebida com álcool

  • Rita Frade
  • 7 Março 2018

Com mais de um século de existência, a Coca-Cola prepara-se agora para lançar a sua primeira bebida com álcool, no Japão.

Depois de mais de 125 anos de existência, a Coca-Cola prepara-se para quebrar a tradição e produzir a sua primeira bebida com álcool.

Esta nova bebida vai ser lançada no Japão, num mercado bastante competitivo e em crescimento, onde as bebidas gaseificadas, com um toque de álcool são muito apreciadas. Atualmente, é dominado por marcas como a Strong Zero, Highball Lemon ou a Slat.

A Coca-Cola pretende, assim, criar a sua própria versão da Chu-Hi, bebida enlatada, efervescente, com uma pequena quantidade de álcool, e que é bastante popular no Japão.

De acordo com o Financial Times, no mês passado a Coca-Cola enviou um texto, no qual o presidente da unidade de negócios japonesa, Jorge Garduño, disse que a empresa iria testar um novo produto, inserido na categoria Chu-Hi, tradicionalmente feito a partir de uma bebida destilada, chamada shochu, água gelada e aromatizante.

Nesse mesmo texto, Jorge Garduño disse que a “Coca-Cola sempre se concentrou única e exclusivamente em bebidas não alcoólicas, e esta é uma experiência para uma fatia específica do mercado“, acrescentado, ainda, que este é um exemplo de como a marca “continua a explorar oportunidades fora das suas áreas de atuação principais“.

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Empresa de Navegação Madeirense comprou maior porta-contentores a operar em Portugal

  • Lusa
  • 7 Março 2018

A Empresa de Navegação Madeirense (ENM), do Grupo Sousa, a mais antiga de Portugal, anunciou hoje ter adquirido o maior navio porta-contentores detido por armadores nacionais.

A Empresa de Navegação Madeirense (ENM), do Grupo Sousa, a mais antiga de Portugal, a operar desde 1907, anunciou esta segunda-feira ter adquirido o maior navio porta-contentores detido por armadores nacionais.

Numa nota informativa hoje divulgada, o grupo adianta que este navio, o ‘Raquel S’ (ex Windhoek) foi inscrito no Registo Internacional de Navios da Madeira.

A embarcação foi construída no Japão em 2009, tendo capacidade para transportar até 1.577 contentores de 20 pés.

No mesmo documento, o grupo acrescenta que o navio tem 172 metros de comprimento, 27,6 de boca, 9,51 de calado, 17.280 tons de tonelagem bruta e desloca 21.443 tons.

O ‘Raquel S’ tem uma tripulação composta por 20 elementos e está previsto iniciar a sua primeira viagem com bandeira portuguesa, rumo a Tanger (Marrocos), menciona.

O Grupo Sousa “passa a ter o maior e mais moderno navio porta-contentores detido por armadores nacionais e será operado pela PCI – Portusline Containers International (PCI) do Grupo Sousa, na linha marítima entre Portugal, Marrocos, Canárias, Cabo Verde e Guiné-Bissau”, pode ler-se na mesma informação.

Sublinha ainda que esta nova embarcação vem “reforçar a frota de navios próprios do Grupo Sousa”, que detém, neste momento, os porta-contentores “Laura S” e “Funchalense 5”, além do ‘ferry’ “Lobo Marinho”, o qual assegura a ligação marítima de passageiros e carga rodada entre as ilhas da Madeira e Porto Santo.

Além destes quatro navios próprios, o Grupo Sousa opera ainda outros quatro fretados, tendo sob a sua gestão um total de oito embarcações.

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Moody’s avisa Itália: direção económica será “chave”

  • Lusa
  • 7 Março 2018

"Uma estratégia credível para trazer o elevado rácio da dívida pública para uma tendência descendente clara será positiva para a trajetória do crédito italiano", diz a agência de notação financeira.

A agência de notação financeira Moody’s considera que a estratégia do próximo Governo italiano para fazer descer o rácio da dívida pública e lançar reformas estruturais serão determinantes para a avaliação da qualidade do crédito.

A direção económica e a política orçamental do próximo Governo, que agora vai surgir ao longo dos próximos meses, serão a chave para a avaliação sobre a qualidade do crédito de Itália“, escrevem os analistas da Moody’s num comentário aos resultados eleitorais italianos. A Moody’s escreve também que “o outro foco está em saber se uma agenda de reformas estruturais vai emergir de um novo Governo”.

Na nota divulgada na sequência das eleições de domingo, a Moody’s enfatiza que “uma estratégia credível para trazer o elevado rácio da dívida pública para uma tendência descendente clara será positiva para a trajetória do crédito italiano, ao passo que a falta de uma política orçamental deste género colocaria a Itália numa rota de colisão com a União Europeia“. Para os analistas desta agência de ‘rating’, “mais que a exata composição do novo Governo, as suas políticas económicas serão a chave para determinar o perfil de crédito da Itália”, atualmente em Baa2 com Perspetiva de Evolução Negativa.

As forças políticas conhecidas como antissistema, eurocéticas e de extrema-direita alcançaram uma votação histórica nas eleições legislativas italianas de domingo: o Movimento 5 Estrelas (M5S, populista) tornou-se no partido mais votado com cerca de 32,6% dos votos, enquanto a coligação formada pela Forza Italia (FI, direita) do antigo primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi e a Liga de Matteo Salvini (extrema-direita) obteve 37%.

No entanto, no seio desta coligação, a Liga, a formação eurocética e anti-imigração de Salvini, conseguiu superar significativamente a Forza Italia de Berlusconi, 17,4% contra 14%. Tanto o M5S como a Liga reivindicaram hoje o direito de formar Governo, excluindo qualquer aliança “eurocética” entre as formações políticas. Uma vez que nenhuma das forças obteve uma maioria absoluta parlamentar, os líderes políticos vão ser forçados a negociar e antevê-se um período longo e complexo que pode durar meses. Esta situação naquela que é a terceira economia da zona euro deixa na expectativa toda a Europa, nomeadamente os parceiros na União Europeia (UE).

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Lisboa mandou recolher as bicicletas, mas a oBike promete voltar “em breve”

A oBike recebeu ordem da Câmara Municipal de Lisboa para recolher todas as bicicletas amarelas e cinzentas. Mas a empresa promete voltar às ruas "em breve".

A rede privada de bicicletas partilhadas oBike promete voltar ao ativo na cidade de Lisboa. Numa mensagem publicada no Facebook, a startup explica que os serviços “não estão disponíveis” de momento, mas reitera o compromisso de regressar: “Estamos a melhorar o serviço em Lisboa e, em breve, estaremos de volta.”

Esta mensagem da oBike surge na mesma semana em que terminou o prazo dado pela Câmara Municipal de Lisboa para que a empresa retire as bicicletas amarelas e cinzentas das ruas. A rede oBike permitia aos utilizadores circularem em bicicletas partilhadas que podiam ser deixadas em qualquer sítio da cidade.

No entanto, o facto de não terem uma estação fixa, como acontece com a rede pública de bicicletas da EMEL (Gira), levou a que começassem a surgir bicicletas oBike no meio das ruas, muitas vezes tombadas ou amontoadas em sítios aleatórios. Desta forma, e até porque a empresa não terá licença da autarquia para exercer este tipo de atividade, o executivo camarário decidiu dar ordem de retirada.

Ao jornal Público (acesso condicionado), Miguel Gaspar, vereador com a pasta da Mobilidade, justificou a decisão com uma “ocupação abusiva do espaço público” e alegada falta de licenciamento por parte da empresa. Além do mais, a própria Câmara Municipal terá tido dificuldades em notificar os responsáveis. A Polícia Municipal também já terá instruções para recolher as bicicletas, embora esta quarta-feira o ECO ainda tenha visto uma bicicleta oBike estacionada numa rua.

O ECO tentou contactar a oBike no sentido de apurar para quando está previsto o regresso das bicicletas às ruas de Lisboa e se a empresa já está, ou não, a tratar do licenciamento junto da Câmara Municipal de Lisboa. Contudo, não obteve resposta em tempo útil. Contactado, o gabinete do vereador Miguel Gaspar também não estava imediatamente disponível.

A oBike é uma startup com raízes na Singapura e problemas semelhantes já tinham sido registados noutros países onde a empresa tem atividade. A empresa foi criada em janeiro do ano passado e, segundo o site da startup, terá garantido um financiamento de 45 milhões de euros em agosto do mesmo ano. No Twitter, são várias as contas que partilham imagens de bicicletas da empresa em localizações caricatas nas cidades. A empresa chegou espontaneamente a Portugal há menos de um mês, com cerca de 350 bicicletas.

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Ministro das Finanças de Cabo Verde sob investigação

  • Lusa
  • 7 Março 2018

O ministro das Finanças cabo-verdiano e vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, está sob investigação do Ministério Público de Cabo Verde por alegado favorecimento a empresa de que é acionista.

Bandeira de Cabo Verde.Contando Estrelas/Flickr

O Ministério Público de Cabo Verde confirmou esta quarta-feira que decorre na Procuradoria-Geral da República um “processo de averiguação” no âmbito do alegado favorecimento do ministro das Finanças a uma empresa de que é acionista e foi administrador.

“Na sequência de notícias públicas e veiculadas em como o aumento da taxa de direitos de importação do leite, produtos lácteos e sumos naturais, entrado em vigor com a Lei do Orçamento de Estado para o ano económico de 2018, teve como finalidade específica favorecer uma concreta empresa da qual o ministro das Finanças e vice-primeiro-ministro foi administrador e acionista, foi determinado, na Procuradoria-Geral da República, a abertura de um processo de averiguação”, adiantou a PGR em resposta a uma pergunta da agência Lusa. No âmbito do processo, adianta a PGR, têm sido “realizadas diligências de recolha de elementos com vista à apreciação e decisão final”.

O ministro das Finanças e também vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, tem 10% de ações repartidas por duas empresas de um mesmo grupo e está a ser acusado pelo Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), na oposição, de favorecimento, nomeadamente através do aumento das taxas alfandegárias para os laticínios e sumos de frutas e do arrendamento de um imóvel para a instalação de um serviço dependente do Ministério das Finanças.

Na origem das acusações, está o facto de, coincidindo com o aumento dos direitos de importação dos laticínios, ter surgido no mercado cabo-verdiano uma nova marca de leite e sumos produzida pela Tecnicil Indústria, uma das empresas do referido grupo, no qual Olavo Correia também foi administrador até ir para o Governo. O maior partido da oposição pede a demissão do ministro, mas o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva garantiu, na terça-feira, que Olavo Correia não sai.

Abordado por diversas vezes pela agência Lusa, o ministro das Finanças e vice-primeiro-ministro vem remetendo explicações sobre este assunto para mais tarde. O jornal Nação tinha noticiado há duas semanas a existência de uma investigação do Ministério Público a este caso.

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Bruxelas pressiona Governo a resolver pagamentos em atraso na Saúde

No relatório que dedica a Portugal, a Comissão Europeia aponta que não houve melhorias na diminuição dos pagamentos em atraso no setor da saúde.

“Progresso limitado”. É assim que a Comissão Europeia classifica os desenvolvimentos registados em Portugal no que toca aos pagamentos em atraso no setor da saúde. O alerta é deixado no relatório sobre o país divulgado esta quarta-feira por Bruxelas no âmbito do Pacote de Inverno do Semestre Europeu. O documento refere que existe “sub-orçamentação” em alguns hospitais.

Esse documento mais pormenorizado refere que Portugal “fez alguns progressos” na implementação das recomendações feitas por Bruxelas em 2017. De tal forma que retirou o país da categoria de desequilíbrios macroeconómicos excessivos. Contudo, nem tudo melhorou. “Na área das finanças públicas houve um progresso limitado na melhoria da sustentabilidade das empresas estatais e na diminuição nos pagamentos em atraso do setor da saúde“, assinala a Comissão.

Evolução dos pagamentos em atras de janeiro de 2017 a janeiro de 2018

Fonte: Direção-Geral do Orçamento.

Este é um problema que continua a verificar-se nas sínteses de execução orçamental das Administrações Públicas em Portugal, mas o Governo diz que em março a questão vai começar a ser resolvida. Em janeiro, os pagamentos em atraso — cuja maior parte se deve ao setor da saúde — aumentaram 276 milhões de euros face ao mesmo mês do ano passado. O gabinete de Mário Centeno disse na altura que “é esperada uma redução pronunciada dos pagamentos em atraso ao longo de 2018, também por via do reforço de capital nos Hospitais E.P.E. de 500 milhões de euros realizado no final de 2017 e que começará a produzir efeitos a partir de março”.

Bruxelas assinala que a própria dívida pública poderá sofrer não só com a falta de sustentabilidade do sistema de pensões como no “desafio particular” dos pagamentos em atraso dos hospitais. “Uma área onde existe um desafio de sustentabilidade é o setor da saúde e, em particular, os permanentes e elevados pagamentos em atraso“, aponta o documento, explicando que “apesar de haver progresso na revisão da despesa, os pagamentos em atraso dos hospitais continuam a aumentar, com a implementação de medidas de redução dos custos ainda pendente”.

Apesar de haver progresso na revisão da despesa, os pagamentos em atraso dos hospitais continuam a aumentar, com a implementação de medidas de redução dos custos ainda pendente.

Comissão Europeia

Relatório sobre Portugal do Pacote de Inverno do Semestre Europeu

“Os pagamentos em atraso dos hospitais continuaram a aumentar em 293 milhões de euros em 2017 apesar de um extraordinário pagamento de cerca de 400 milhões de euros” em dezembro, refere Bruxelas, destacando também que o período de pagamento aumentou nove dias em 2017 para 112 dias no primeiro semestre. “A contínua acumulação de pagamentos em atraso em certos hospitais expõe os problemas com a sub-orçamentação” dessas instituições, diz a Comissão, destacando que os custos com pessoal também são uma pressão. Bruxelas assinala que a injeção de capital pode diminuir os pagamentos em atraso, mas não resolve os problemas estruturais da orçamentação da gestão dos hospitais.

Este é um dos vários pontos avaliados por Bruxelas face às recomendações dadas no ano passado. A Comissão Europeia assinala que houve também “progresso limitado” nas medidas para promover a contratação a prazo, mas refere que houve progresso nas medidas de apoio aos desempregados de longa duração. O documento destaca que, por outro lado, houve “algum progresso” na revisão da despesa pública e no sistema de pensões.

“No setor financeiro houve algum progresso na implementação de uma estratégia para resolver o crédito malparado e nas melhorias do acesso a capital”, lê-se no mesmo relatório. Houve ainda “progresso limitado” na burocracia administrativa e na resolução de barreiras regulatórias à construção e aos serviços. Mas houve “algum progresso” na melhoria dos processos de insolvência e nos procedimentos do Fisco.

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