Mais crédito? Bancos avisam que vão ser mais exigentes

Em causa estão novos requisitos relativos a fundos próprios, alavancagem, liquidez ou constituição de provisões de correntes de medidas regulamentares que os bancos vão ser obrigados a cumprir.

O acesso ao crédito poderá tornar-se mais difícil para as famílias portuguesas. Os bancos estão a antecipar maior exigência na hora de disponibilizar crédito a este segmento, numa altura em que também antecipam um aumento da procura. O alerta surge no último inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito do Banco de Portugal. Na base do esperado agravamento das exigências estarão alterações no âmbito da regulação do setor financeiro europeu.

Foram duas as instituições financeiras, de um conjunto de cinco inquiridas pela entidade liderada por Carlos Costa, a antecipar para o primeiro semestre de 2018 a aplicação de critérios mais restritivos na concessão de crédito às famílias. Este alerta surge numa altura em que a concessão de crédito às famílias está em máximos anteriores à crise.

Crédito à habitação é o que mais sobe

“Para os próximos seis meses, um banco antecipa que, na sequência das medidas, os critérios a aplicar nos empréstimos concedidos a particulares se tornem ligeiramente mais restritivos, enquanto outro banco prevê critérios consideravelmente mais restritivos na concessão de crédito a esse setor. Os restantes bancos não antecipam alterações”, lê-se no inquérito do Banco de Portugal. Um alerta que surge numa altura em que os bancos antecipam que a corrida ao crédito por parte da famílias continue.

A reação desses dois bancos surgiu no âmbito de duas questões colocadas pelo Banco de Portugal que tiveram como intenção avaliar o impacto sobre os bancos, e em concreto sobre as suas políticas de crédito, dos novos requisitos relativos a fundos próprios, alavancagem, liquidez ou constituição de provisões, decorrentes de medidas regulamentares ou prudenciais recentemente aprovadas ou que se espera venham a ser aprovadas num futuro próximo.

"Para os próximos seis meses, um banco antecipa que, na sequência das medidas, os critérios a aplicar nos empréstimos concedidos a particulares se tornem ligeiramente mais restritivos, enquanto outro banco prevê critérios consideravelmente mais restritivos na concessão de crédito a esse setor. Os restantes bancos não antecipam alterações.”

Banco de Portugal

Uma das medidas neste âmbito poderá relacionar-se com a intenção do Banco Central Europeu (BCE) de pedir aos bancos da Zona Euro que comecem a colocar mais dinheiro de parte para cobrir o crédito malparado. Essa possibilidade foi colocada em cima da mesa no final do ano passado, quando a entidade liderada por Mario Draghi pôs em consulta pública uma proposta que pretende dar aos bancos um prazo de dois anos para estes cobrirem 100% do novo crédito malparado. O objetivo passa ainda por estipular que as instituições financeiras tenham, no prazo de sete anos, coberta a totalidade da dívida considerada incobrável.

O documento colocado em consulta pública até ao passado dia 8 de dezembro, suscitou oposição do Parlamento Europeu que acusou o BCE de ter ultrapassado as suas competências na definição das novas regras para o crédito malparado. Críticas que foram recusadas por Danièle Nouy, presidente do conselho de supervisão do BCE, apesar de admitir que a implementação dessas novas regras que deveriam entrar em vigor em janeiro de 2018 pudessem ser adiadas.

Independentemente de tal, acontecer ou não, a pressão sobre os bancos aperta, com estes a começarem a sinalizar mais cautelas. Uma necessidade que diversos responsáveis de relevo nacional já tinham alertado face aos elevados montantes da concessão de novo crédito que se registam. Foi o que aconteceu no final do ano passado tanto com o Presidente da República, como com o primeiro-ministro. O Banco de Portugal também já tinha dado o mesmo alerta, ao dizer no Relatório de Estabilidade Financeira divulgado em dezembro que estava a ponderar apertar os critérios de avaliação por parte dos bancos na concessão de crédito.

Certo é que desde o início deste ano, os bancos também estão obrigados a cumprir um conjunto de novos requisitos normativos que poderão também motivar uma avaliação mais criteriosa na hora de dar crédito às famílias. Nomeadamente, no âmbito da avaliação da solvabilidade dos clientes, sendo para tal obrigados a recolher um conjunto de informação e avaliação prévia dos respetivos rendimentos, por exemplo.

Essa necessidade foi definida pelo Banco de Portugal, tendo em conta diretivas europeias nesse sentido. Essas novas exigências aplicam-se desde o início do ano no que respeita ao crédito à habitação. E passam também a aplicar-se ao crédito ao consumo a partir de 1 de julho este ano.

Esse tipo de controlo será feito por exemplo no que respeita à taxa de esforço exigida, apesar de não haver um valor específico a ser respeitado. Mas o Banco de Portugal vai também avaliar a qualidade dos modelos de avaliação de risco de crédito usados pelas instituições financeiras.

Tendo em conta este “apertar” da malha dos reguladores, não é de estranhar que os bancos comecem a antecipar uma maior restritividade nos empréstimos a conceder. Tal poderá ser visível na adoção de critérios de avaliação dos imóveis mais apertados, com impacto nos rácios LTV (rácio entre o montante do financiamento face à avaliação dos imóveis) e nos montantes da concessão.

Uma avaliação mais criteriosa que não terá na fórmula a aplicação de spreads mais agravados. Até porque, de acordo com o inquérito do Banco de Portugal, no primeiro semestre deste ano “não se antecipam, neste contexto, alterações significativas nos spreads“, referindo que “apenas uma instituição antevê uma ligeira redução dos spreads a aplicar aos empréstimos para aquisição de habitação”.

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Estados Unidos já não são um dos dez países mais inovadores

A Bloomberg já divulgou o ranking dos países mais inovadores e os Estados Unidos já nem sequer estão no top 10. Descubra em que posição ficou Portugal.

Os Estados Unidos estão, no geral, cada vez menos inovadores. Ou pelo menos é para isso que aponta o índice anual de inovação da Bloomberg. A maior economia do mundo até pode ser gigante mas, pela primeira vez, em seis anos o país nem sequer surge no top das dez nações mais inovadoras. Em causa estão sete critérios usados para definir as posições, entre os quais o investimento em investigação e desenvolvimento e a concentração de empresas públicas tecnológicas.

Em concreto, os norte-americanos recuaram duas posições na edição deste ano do Bloomberg Innovation Index 2018, praticamente trocando de lugar com França, que subiu dois degraus este ano. Uma vez mais, este ranking da inovação é encabeçado pela Coreia do Sul, seguida da Suécia. Já Singapura impressionou, ao dar um pulo de três lugares e a conseguir subir ao terceiro lugar no pódio este ano.

Outros países foram capazes de responder com políticas de inovação inteligentes e alicerçadas em investimento.

Robert Atkinson

Presidente da Fundação das Tecnologias da Informação e Inovação, EUA

Portugal subiu um lugar este ano e conquistou a 30ª posição na tabela, acima de países como Grécia e Luxemburgo, mas abaixo de Espanha, República Checa e Hungria. O Japão ficou na sexta posição e a China em 19º, enquanto o Reino Unido ficou no 17º lugar este ano. Lá fora, no entanto, é mesmo a queda dos Estados Unidos para um patamar abaixo do top 10 que está a gerar maior atenção.

À agência, Robert Atkinson, líder da Fundação das Tecnologias da Informação e Inovação, disse: “Não vejo evidências que sugiram que esta tendência vá parar.” Para o especialista, outros países foram capazes de dar resposta aos desafios “com políticas de inovação inteligentes e alicerçadas em investimento, como melhores incentivos à investigação e desenvolvimento, maior financiamento público à investigação e maior financiamento para as iniciativas comercializadoras de tecnologia”.

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Mariano Rajoy assume que quer ser candidato nas próximas eleições

  • ECO
  • 24 Janeiro 2018

O presidente do governo espanhol quer ser candidato nas próximas eleições. Sobre Puigdemont, garante que fará o possível para que este não seja investido presidente da Generalitat.

O presidente do Governo espanhol assume que quer recandidatar-se nas próximas eleições. Mariano Rajoy diz mesmo que caminha “em boa direção”.

O jornal espanhol El País cita uma entrevista de Mariano Rajoy, à rádio Onda Cero, na qual o governante sublinha que é preciso ver como evoluem os acontecimentos mas insistiu que vai tentar, isto numa altura em que alguns dirigentes do PP puseram, em privado, o debate da renovação do partido, depois do revés eleitoral nas passadas eleições catalãs.

“Na medida em que vá vendo como se vão produzindo os acontecimentos, tentarei repetir a eleição. À data de hoje, é minha convicção que serei candidato”, afirmou Rajoy.

Ainda na mesma entrevista, o presidente do Governo Regional pronunciou-se sobre Carles Puigdemont. Rajoy assegurou que tudo fará para que se cumpra a lei em Espanha, de forma a que o ex-presidente da Catalunha não seja investido presidente da Generalitat.

Rajoy afirma mesmo que está preparado para recorrer ao Tribunal Constitucional, após a decisão da mesa do Parlamento porque tem que “cumprir sempre os procedimentos”. “O Governo de Espanha fará tudo o que é possível para que cumpra a lei em Espanha, essa é a nossa obrigação. E irei cumpri-la, como quando pus em marcha o artigo 155.º”, assegurou Rajoy.

O primeiro-ministro espanhol confirmou ainda que já recebeu a carta do presidente do Parlamento, Roger Torrent, mas não quis adiantar qual o teor da sua resposta. Mas sublinha que Torrent não pode pretender que o Governo tome alguma decisão que “não pode tomar”.

Rajoy afirmou ainda que há que respeitar as decisões judiciais e que, por “sorte”, Espanha é “uma democracia com divisão de poderes”.

Perante a possibilidade de Puigdemont regressar a Espanha, limitou-se a dizer: “É bom que todo o mundo assuma as suas responsabilidades. Já sabe quais são as regras do jogo. Espanha é uma democracia e quando não se respeita a lei, há consequências”. Rajoy assegurou mesmo que, se Puigdemont regressar a Espanha, será detido.

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Dívida recua, mas Portugal mantém a terceira maior da UE

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2018

A dívida pública recuou na União Europeia, mas Portugal mantém-se com a terceira maior dívida entre os Estados-membros, revelou o Eurostat.

A dívida pública recuou no terceiro trimestre de 2017 na zona euro (88,1%) e na UE (82,5%), com Portugal a manter a terceira maior entre os Estados-membros (130,8% do PIB), apesar de ter baixado, segundo o Eurostat.

Na zona euro, o rácio da dívida pública em relação ao produto interno bruto (PIB) baixou para os 88,1%, quer face ao período homólogo (89,7%), quer na comparação com o segundo trimestre de 2017 (89,0%). Na União Europeia (UE), a dívida recuou para os 82,5% do PIB, face aos 82,9% homólogos e aos 83,3% registados entre abril e junho de 2017.

De acordo com o gabinete de estatísticas da UE, as maiores dívidas públicas foram registadas na Grécia (177,4% do PIB), em Itália (134.1%) e em Portugal, tendo esta última baixado para 130,8% do PIB, o que representa uma quebra de 2,0 pontos percentuais em cadeia e de 1,2 pontos na comparação homóloga. Os menores rácios da dívida em função do PIB observaram-se na Estónia (8,0%), no Luxemburgo (23,4%) e na Bulgária (25,6%).

Défice também recua. Portugal tem excedente

O défice público na zona euro recuou, no terceiro trimestre de 2017 para os 0,3% e na UE para os 0,6%, com Portugal a registar um excedente orçamental de 1,5%, segundo o Eurostat. O défice de 0,3% nos 19 países do euro compara-se com o de 1,6% no período entre julho e setembro de 2016 e com o de 1,0% registado no segundo trimestre de 2017.

Na União Europeia, o rácio do défice em relação ao produto interno bruto (PIB) baixou quer em termos homólogos (-1,7%), quer face ao segundo trimestre de 2017 (1,2%). Em Portugal, registou-se, no terceiro trimestre, um excedente orçamental de 1,5%, face ao défice de 3,0% do PIB homólogos e ao de 1,4% entre abril e junho de 2017.

O gabinete de estatísticas da UE assinalou, no boletim de hoje, que as contas para Portugal não incluem o impacto da recapitalização da CGD, prosseguindo as negociações com o INE sobre a questão qualificada como “complexa”.

A Bulgária e Malta (4,2%) registaram os maiores excedentes orçamentais no terceiro trimestre de 2017, seguindo-se a Alemanha (2,5%) e o Luxemburgo (2,4%). Já na Hungria (-3,9%), na França (-2,8%) e na Roménia (-2,5%) foram observados os défices mais altos.

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Tribunal brasileiro julga hoje recurso contra a condenação de Lula da Silva

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2018

O ex-presidente brasileiro, Lula da Silva, vai esta quarta-feira a julgamento, depois de os advogados de defesa terem apresentado recurso a pedir a absolvição do político.

O ex-presidente brasileiro Lula da Silva é julgado esta quarta-feira por um tribunal de apelações em que tenta reverter a condenação de nove anos e meio de prisão imposta contra si pelos crimes de corrupção e branqueamento de capitais.

O ex-chefe de Estado foi condenado num caso envolvendo um apartamento de luxo num condomínio do Guarujá, cidade do litoral de São Paulo. A decisão foi tomada pelo juiz federal Sérgio Moro, que tem a cargo a operação Lava Jato, que investiga a corrupção em várias empresas estatais. Segundo Sérgio Moro, o antigo presidente brasileiro ganhou um apartamento de luxo da construtora OAS, que também realizou obras de melhoria no imóvel em troca de conseguir vantagens em contratos com a petrolífera estatal Petrobras.

Para o Ministério Público Federal, a reforma foi oferecida pela empresa por troca de ações do ex-presidente no esquema de corrupção da Petrobras. Já os advogados de defesa alegam que Lula da Silva é inocente, que não é dono do apartamento citado no processo e que o juiz Sérgio Moro não deveria sequer ter analisado as denúncias já que elas não teriam ligação direta com os processos da operação Lava Jato. A defesa também argumenta que Sérgio Moro condenou Lula da Silva, mas não indicou quais os contratos firmados pela OAS com a Petrobras que teriam sido diretamente influenciados pelo ex-presidente, e que a sentença é resultado de uma perseguição política.

Agora caberá a três juízes desembargadores que integram a 8.ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) decidirem se mantém a condenação ou acatam o recurso dos advogados de defesa que pede a absolvição do ex-presidente brasileiro. O julgamento começa às 08h30 (10h30 em Lisboa) quando o presidente da 8.ª Turma, juiz desembargador Leandro Paulsen, abrir a sessão.

A decisão será tomada na somatória dos três votos, no entanto, qualquer um dos três juízes da 8.ª Turma do TRF4 poderá pedir para analisar os autos, na eventualidade de ter alguma dúvida, o que significaria um adiamento do julgamento. O resultado do julgamento será anunciado ao fim da sessão caso não haja nenhum pedido de análise dos autos.

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Lagarde quer tirar aos ricos para dar… aos jovens

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2018

A diretora do FMI quer reduzir as desigualdades entre gerações na Europa e pretende criar impostos sobre a riqueza para financiar programas sociais de apoio aos mais jovens.

A diretora-geral do FMI, Christine Largarde, defende impostos sobre a riqueza para financiar programas sociais de apoio aos mais jovens que, depois da crise, constituem o grupo etário com maior risco de pobreza na União Europeia.

Num artigo divulgado esta quarta-feira no blogue do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde defende medidas políticas para reduzir a pobreza e a desigualdade entre gerações na Europa: reduzir as contribuições sociais e os impostos sobre os trabalhadores com baixos salários e proteger melhor os jovens de situações de desemprego (através de apoios sociais). A diretora-geral do FMI, que discursa esta quarta-feira no Fórum Económico Mundial, em Davos (na Suíça), refere que entre as medidas está também o aumento da progressividade dos sistemas fiscais e a criação de impostos sobre a riqueza (incluindo impostos sobre as heranças), que “podem financiar os necessários programas de apoio social para os cidadãos mais jovens”.

A posição de Christine Lagarde surge no mesmo dia em que o FMI divulga um estudo no qual conclui que a desigualdade aumentou entre gerações, refletindo maior pobreza e desemprego entre os jovens (entre os 16 e os 34 anos), com “consequências adversas” para o seu futuro. Antes da crise, os jovens e os idosos tinham praticamente o mesmo risco de pobreza relativa na União Europeia, mas segundo o Fundo, “a crise exacerbou” o elevado desemprego jovem que já existia, trazendo um aumento significativo de pobreza dos mais jovens. “Os rendimentos caíram para os mais jovens depois da crise de 2007 devido ao desemprego. Embora tenham recuperado, ainda não subiram. Para aqueles com 65 anos ou não, os rendimentos cresceram cerca de 10% uma vez que as pensões foram mais bem protegidas”, afirma Christine Lagarde.

A diretora do FMI recorda que o desemprego jovem na Europa atingiu um pico em 2013, nos 24%, e que hoje cerca de um quinto da população mais jovem continua à procura de emprego. “Depois de longos períodos de desemprego e com experiencia limitada é menos provável que os jovens encontrem emprego. Se encontrarem, provavelmente serão de rendimentos baixos“, descreve Lagarde. Por outro lado, destaca a diretora do FMI, hoje um em cada quatro jovens na Europa são pobres – vivem com rendimentos abaixo de 60% da mediana. Além disso, os jovens têm a maior dívida em relação a património que detêm (49%) entre os diferentes grupos etários, estando por isso “mais vulneráveis” a choques financeiros.

Como o acumular de ativos é gradual ao longo do ciclo de vida, as gerações mais jovens, que o FMI considera entre os 16 e os 34 anos, têm menos de 5% da riqueza líquida na Europa e a mediana da sua riqueza é apenas um décimo da mediana da riqueza das pessoas com 65 anos ou mais. Por outro lado, o Fundo considera que os sistemas de proteção social na União Europeia “estão mal equipados para mitigar o impacto da crise na população ativa, sobretudo nos mais jovens”. Para o FMI, os sistemas de proteção social europeus protegeram melhor os idosos do impacto da crise financeira mundial do que os jovens, que “não foram protegidos adequadamente do risco de desemprego e do impacto de empregos precários”.

É neste sentido que a diretora-geral do FMI defende que reverter a tendência de pobreza entre os jovens requer “políticas concertadas, orçamentais e do mercado de trabalho, incluindo proteção social e redistribuição orçamental”. E dá o “bom exemplo” de Portugal, que criou reduções temporárias do pagamento das contribuições sociais devidas pelas empresas para jovens à procura do primeiro emprego até cinco anos e de desempregados de longa duração até três anos. “Embora o desemprego jovem continue elevado, esta medida [tomada em julho passado] vai na direção certa“, afirmou Christine Lagarde.

A diretora-geral do FMI admite que “nada disto é fácil”, até porque as políticas devem ser desenhadas tendo em conta “as necessidades individuais” dos diferentes países da União Europeia e as “metas orçamentais”. Ainda assim, para Lagarde, com um crescimento mundial mais forte (recorde-se que, esta semana, o FMI melhorou a estimativa para 3,9%) e a recuperação na Europa, “há uma oportunidade de fazer as coisas difíceis de que de outra forma não serão feitas”. “Isto não é sobre um grupo contra o outro. Criar uma economia que funciona para os mais jovens cria uma fundação mais forte para todos. A população jovem com carreiras produtivas pode contribuir para redes de segurança social. E reduzir a desigualdade entre gerações anda de mão dada com a criação de crescimento sustentado e da reconstrução de confiança na sociedade“, termina a diretora-geral do FMI.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 24 Janeiro 2018

Trudeau quer mostrar que pode ser tudo o que Trump não é. Prova disso são as críticas ao capitalismo agressivo e o renascimento do TPP. Musk aceita mais um desafio. A indústria solar sofre novo golpe.

Há dois tipos de líderes na América do Norte: os que pensam que as alterações climáticas são um mito, ameaçam a energia solar com impostos, desprezam os acordos comerciais e comem cheeseburgers, na cama, frente aos seus três ecrãs. E os que querem mostrar que são o completo oposto do primeiro: reanimando essas parcerias comerciais e criticando o capitalismo agressivo. Adivinha qual é qual? No setor automóvel, Elon Musk mostra, mais uma vez, que é um homem de desafios e aceita trabalhar de graça, na próxima década. O prémio em jogo? Um bónus que o colocaria no topo do pódio dos homens mais ricos do mundo. Ainda nos Estados Unidos, a gigante da brincadeira — Toys”R”Us — vive momentos muito pouco divertidos.

The Guardian

Elon Musk aceita desafio: vai trabalhar de graça

Elon Musk aprecia um bom desafio. Desta vez, colocou os olhos no topo do pódio dos homens mais ricos e… concordou em passar os próximos dez anos a trabalhar sem remuneração para a Tesla. Se, no fim desse período, conseguir que o valor da marca de automóveis que lidera atinja os 650 mil milhões de dólares (pouco mais de 529,8 mil milhões de euros), o empreendedor receberá um bónus de 55,8 mil milhões de dólares (quase 45,5 mil milhões de euros) e irá provavelmente consagrar-se o homem mais rico do mundo.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre / conteúdo em inglês).

Financial Times

Trudeau quer ser tudo o que Trump não é

Justin Trudeau quer mostrar que pode ser tudo o que Donald Trump não é. Em Davos, o primeiro-ministro canadiano revelou que está a tentar convencer os Estados Unidos dos benefícios do Tratado de Livre Comércio e confirmou que o Canadá está a terminar as negociações para um novo acordo com os países do Pacífico (agora que os norte-americanos romperam a sua aliança com essas nações). Trudeau criticou também o “capitalismo agressivo” e aconselhou os líderes presentes a encontrarem novas estratégias de negócio.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado / conteúdo em inglês).

CNN Money

Trump feriu TPP, mas acordo sobreviveu

Há um ano, Donald Trump disse ‘adeus’ à Parceria Transpacífica (TPP), mas os restantes onze países da aliança não querem afastar-se. Depois de dois dias de conversações em Tóquio, os líderes dessas nações aproximam-se do final das negociações para o “renascimento” do acordo. O novo tratado tem como nome ‘Acordo Compreensivo e Progressivo para a Parceria Transpacífica’ e inclui, entre outros países, o apoio do Canadá, do Japão, do México, da Austrália e de Singapura.

Leia a notícia completa na CNN Money (acesso livre / conteúdo em inglês).

The New York Times

EUA. Mais impostos sobre energia solar? Indústria revolta-se

Donald Trump acaba de decretar o aumento da carga fiscal sobre a importação de painéis solares e as críticas da indústria não param de chegar à Casa Branca. O presidente explicou que a medida tem como objetivo proteger o trabalho nos Estados Unidos, mas os fabricantes do setor afetado garantem que a nova lei vai, na verdade, custar milhares de empregos aos cidadãos e aumentar os preços dos artigos em causa.

Leia a notícia completa no The New York Times (acesso livre / conteúdo em inglês).

Reuters

Toys”R”Us fecha um quinto das lojas, nos EUA

Nos próximos meses, um quinto das lojas que a gigante Toy”R”Us tem nos Estados Unidos vão ser fechadas. O encerramento de 180 estabelecimentos acontece a par da tentativa da multinacional de superar uma das maiores falências registadas por um revendedor especializado. A empresa mantém-se, no entanto, focada em melhorar a experiência do consumidor, em loja e online.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre / conteúdo em inglês).

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177 horas, sete minutos e 48 segundos: Marcelo é o protagonista da televisão nacional

  • ECO
  • 24 Janeiro 2018

Os números são impressionantes. Desde que tomou posse, Marcelo é o protagonista da informação em canais abertos e, o ano passado, teve mais tempo de antena do que Cavaco e Sócrates juntos em 2007.

Os números são impressionantes. Desde que tomou posse há dois anos, o Presidente da República foi o político com mais protagonismo na informação nos canais generalistas (RTP 1 e 2, SIC e TVI).

O Público escreve esta quarta-feira que no total são 177 horas, sete minutos e 48 segundos, sendo o protagonista da informação com mais 16 horas do que o primeiro-ministro, que ocupa o segundo lugar do ranking elaborado mensalmente pela Marktest. O diário refere ainda que, se as notícias de que Marcelo Rebelo de Sousa é interveniente, passassem consecutivamente, seriam precisos sete dias completos, mais nove horas, cinco minutos e 29 segundos para as ver.

No seu segundo ano de mandato, o Presidente da República ocupou 88 horas em cerca de 2.000 notícias, mais do que, em 2007, alcançaram Cavaco Silva e o primeiro-ministro da altura, José Sócrates, juntos. Nesse ano, Sócrates foi o protagonista principal de 1.195 notícias, com mais de 50 horas de duração. Já Cavaco Silva foi o ator principal de 682 notícias, com mais de 26 horas de duração.

Para Felisbela Lopes, professora da Universidade do Minho, doutorada em Informação Televisiva “estes números documentam bem que Marcelo Rebelo de Sousa se tornou o centro da vida política”. A investigadora atribui também muito deste protagonismo de Marcelo a um conjuntura política muito particular, nomeadamente o de ter sido eleito dois meses após a tomada de posse de um governo minoritário.

De resto, a popularidade de Marcelo desde que tomou posse é também um sinónimo dessa supremacia na vida política nacional. O Presidente da República foi eleito com 52% dos votos e a sua popularidade mantém-se hoje entre os 70% e os 75%, segundo o barómetro da Eurosondagem para a SIC e Expresso.

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Construção de megacentral de Alcoutim derrapa

  • ECO
  • 24 Janeiro 2018

O investimento de 200 milhões de euros, da autoria de chineses e irlandeses, está a derrapar. Construção de uma das maiores centrais solares da Europa devia estar concluído em setembro,

A construção da megacentral solar projetada para Alcoutim, com 220 megawatts de potência, cuja primeira pedra foi lançada há quase um ano, está em risco de derrapar. O investimento sino-irlandês ronda os 200 milhões de euros.

O Jornal de Negócios, na edição desta terça-feira, adianta que o prazo inicial da construção da central dos chineses da China Triumph International Engineering Company (CTIEC) e dos irlandeses da Welink termina no fim do próximo setembro.

A autorização de construção é dada pela Direção-geral de Energia e Geologia (DGEG), tendo sido concedida a 16 de setembro de 2016, ficando o consórcio com dois anos para concluir o projeto a partir dessa data. O consórcio garantiu ao Negócios que vai pedir mais tempo à DGEG para construir uma das maiores centrais solares da Europa.

“Existe um número de fatores que está mais além do nosso controlo, o que nos levará a solicitar a extensão da licença de produção, como aliás é comum em projetos desta magnitude e complexidade. Este assunto está a ser tratado diretamente e em primeira mão com a DGEG”, refere àquela publicação, Hugo Paz, diretor do projeto.

Ainda assim, o diretor do projeto salienta que a construção deve arrancar em fevereiro, devendo estar concluída no final deste ano. “Estamos a realizar as últimas diligências administrativas para que o projeto Solara4 comece nos primeiros dias de fevereiro. É objetivo da Welink terminar a fase de construção até final de 2018”, afirma.

Por seu turno, a DGEG adianta que “o prazo pode ser prorrogado pela entidade licenciadora por mais um ano, mediante pedido devidamente fundamentado do titular da licença, desde que os fundamentos apresentados para a prorrogação do prazo não tenham por base factos imputáveis ao titular da licença ou à evolução das condições dos mercados de eletricidade e financeiros”.

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BCP interrompe ganhos e arrasta bolsa de Lisboa

Depois dos fortes ganhos registados na última sessão, o BCP está agora a corrigir e segue no vermelho. Lisboa acompanha e segue a tendência negativa do resto da Europa.

A bolsa de Lisboa registou na terça-feira a quinta sessão consecutiva de ganhos, à boleia do BCP, mas o ciclo está a ser interrompido esta manhã. O BCP corrige das fortes valorizações registadas nos últimos e Lisboa acompanha esta queda, seguindo a tendência negativa que também se verifica entre as suas pares europeias.

O PSI-20 abriu em queda ligeira, a desvalorizar 0,04%. Entretanto, já perde 0,2%, para os 5.780,43 pontos, com oito cotadas em queda, sete em alta e três inalteradas.

A penalizar a bolsa está o BCP, que inverte os ganhos registados nos últimos dias. O banco liderado por Nuno Amado disparou mais de 4% na terça-feira, para os 35 cêntimos, depois de o JPMorgan ter eleito o título do BCP como “top pick” no setor ibérico. Agora, o banco segue a cair 0,72%, para os 33 cêntimos, tendo já chegado a perder mais de 1% no arranque desta sessão.

Também a contribuir para as quedas do PSI-20 está o setor energético, com a EDP a recuar 0,03%, para os 2,88 euros por ação, e a EDP Renováveis a desvalorizar 0,56%, para os 7,065 euros por ação. A Galp também perde 0,12%, para os 16,37 euros, numa altura em que o petróleo desvaloriza nos mercados internacionais. O barril de Brent, que serve de referência para o mercado nacional, está a cair 0,24% e volta a negociar abaixo dos 70 dólares.

A impedir maiores quedas está a Sonae, que avança mais de 1%, para 1,22 euros, e a Sonae Capital, que ganha 0,38%, para 1,06 euros por ação.

No resto da Europa, o sentimento também é negativo. As principais praças abriram todas com quedas ligeiras, com destaque para a bolsa espanhola, que perde mais de 0,1%.

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Responsabilidade do Fisco no “apagão” dos offshore ainda por apurar

  • ECO
  • 24 Janeiro 2018

Um ano depois de ter sido conhecido o erro no sistema de controlo das transferências para offshore, o silêncio mantém-se. O papel do fisco continua por apurar e o Governo recusa comentar a demora.

Um ano depois, as responsabilidades pelo “apagão” dos dados relativos à transferência de 10 mil milhões de euros para offshore continuam por apurar. O Governo pediu, há sete meses, esclarecimentos ao fisco, mas continua a não ser conhecido o que está a ser feito pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) para esclarecer o caso internamente e eventualmente responsabilizar os serviços. Os representantes dos funcionários da instituição — ouvidos pelo jornal Públicocondenam este silêncio e demora.

As primeiras conclusões da Inspeção-geral das Finanças (IGF) sobre o caso, identificado no final de 2016, chegaram em junho do ano passado. Nessa altura, apesar de a auditoria ter considerado “extremamente improvável” que o problema informático se devesse a uma “intervenção humana deliberada”, o Executivo pediu à AT que se debruçasse sobre uma série de questões ausentes da análise. Fernando Rocha Andrade, então secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, justificou essa exigência com a necessidade de “esclarecer aspetos relevantes para a descoberta da verdade”.

Neste sentido, o Fisco deveria entretanto ter avançado com novas perícias informáticas e até mesmo com a contratação de serviços externos para tentar recuperar dados em falta, mas sete meses depois o trabalho que está a ser feito permanece uma incógnita. Além disso, também o atual responsável pela pasta dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, tem escolhido manter o silêncio.

As falhas no sistema de controlo das transferência para offshore foram conhecidas em fevereiro do ano passado, quando o Fisco publicou estatísticas com valores muito superiores aos montantes divulgados anteriormente. Internamente, o erro já tinha sido identificado meses antes da divulgação pública do “apagão”. No relatório do IGF, fica esclarecido que as discrepâncias foram detetadas no final de outubro de 2016.

O “apagão” impediu temporariamente os inspetores tributários de acederem a alguma informação bancária relativa às transferências realizadas entre 2011 e 2014, num total de 10 mil milhões de euros. Oitenta por cento desse montante corresponde a fluxos de dinheiro enviados a partir de contas sediadas no BES, garante o mesmo jornal.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal começou a analisar os elementos recolhidos e, em agosto, foi mesmo aberto um inquérito no DIAP de Lisboa. Segundo a Procuradoria-Geral da República até agora não foram constituídos arguidos. Mantém-se por explicar alguns procedimentos relativos à origem e aos contornos das falhas, bem como à atuação do fisco a partir do momento em que o erro foi identificado.

Funcionários condenam demora

“A transparência que se exige da administração pública tem de resultar em informação aos cidadãos sobre a resolução destas situações”, sublinha o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Inspeção Tributária. Nuno Barroso considera que “a informática é tratada por pessoas” e, portanto, se foi essa a origem da falha, “terá de haver responsáveis. O representante entende, por isso, que o Ministério das Finanças “já deveria ter dado informação” sobre os resultados do controlo dos 10 mil milhões de euros.

Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos lamenta a demora da AT. “Parece que se assobia para o lado à espera que toda a situação passe sem se incomodar absolutamente ninguém”, realça Paulo Ralha. O representante enfatiza que já passou tempo suficiente para que estes procedimentos sejam, por fim, concluídos.

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Subsídio extra chega a 13 mil desempregados de longa duração

  • ECO
  • 24 Janeiro 2018

Notificações serão enviadas ainda esta semana. Apoio extra corresponde a 80% do subsídio social de desemprego.

Mais de 13 mil desempregados de longa duração vão começar esta semana a ser notificados para beneficiarem do apoio extra, equivalente a 80% do subsídio social de desemprego.

Segundo avança o Diário de Notícias, esta terça-feira, os potenciais beneficiários desta medida serão notificados a partir desta semana e têm 90 dias para apresentar o pedido. A carta que chegará a casa dos potenciais interessados informa sobre os passos necessários para recorrer à medida e o requerimento que deve ser entregue a solicitar o pedido.

A não entrega, dentro do prazo indicado, implica a perda do direito a esta prestação que equivale a 80% do subsídio social de desemprego (cujo valor ronda os 343 euros para quem vive sozinho e 428,9 euros para quem vive com familiares).

Criado pelo Orçamento do Estado para 2016, o apoio extraordinário foi depois prorrogado em 2017 e 2018. O objetivo é conceder uma ajuda financeira a quem está desempregado há mais de um ano e que esgotou o subsídio social de desemprego há pelo menos 180 dias. Para se aceder à medida é ainda necessário que a situação de desemprego tenha sido involuntária.

O prazo de 180 dias é uma das alterações introduzidas pelo Orçamento do Estado para 2018, uma vez que até esta data o prazo era de 360 dias.

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