Wall Street em alta. Investidores festejam fim do shutdown

Republicanos e Democratas chegaram a acordo e permitiram que Governo federal dos EUA conseguisse o financiamento necessário para funcionar normalmente. Os investidores aplaudiram.

O Governo federal dos EUA conseguiu o financiamento necessário para funcionar normalmente… e os mercados festejaram. As principais bolsas norte-americanas anularam as perdas e seguiram rumo aos ganhos no arranque da semana. Isto numa sessão em que os resultados das empresas ajudaram a animar os investidores.

Neste contexto, todos os principais índices norte-americanos tocaram máximos históricos. O S&P 500 subiu 0,66% para 2.828,77 pontos, à boleia dos ganhos das energéticas e tecnológicas. Já o tecnológico Nasdaq valorizou 0,98% para 7.408,03 pontos, enquanto o industrial Dow Jones somou 0,55% para 26.214,53 pontos, tendo tocado em recorde.

“O mercado já passou por isto várias vezes e percebe que os Republicanos e Democratas vão chegar a um acordo”, afirma Mark Heppenstall, CIO da Penn Mutual Asset Management, à Reuters.

"O mercado já passou por isto várias vezes e percebe que os Republicanos e Democratas vão chegar a um acordo.”

Mark Heppenstall

Penn Mutual Asset Management,

Após três dias de paralisação, o Governo federal dos Estados Unidos conseguiu o financiamento necessário para funcionar normalmente, pelo menos até 8 de fevereiro. O impasse entre republicanos e democratas foi resolvido no Senado, com os liberais a concordarem com outra solução temporária. A maioria dos deputados da Câmara Alta votaram a favor.

“Vamos votar para reabrir o Governo”, garantiu o democrata Chuck Schumer, apontando que viu no outro lado da bancada abertura suficiente para voltar à discussão. A votação encerrou com 81 votos a favor — eram necessários 60 para a extensão temporária passar –, 18 contra e dois em branco.

Os investidores também estiveram atentos à época de resultados. Esta segunda, o foco virou-se para a Halliburton, com a empresa a apresentar resultados acima do esperado. As ações subiram 3,7%.

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Portugal vai reembolsar mais 800 milhões de euros. Taxa a pagar ao FMI baixa

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2018

Com este novo reembolso antecipado, Portugal irá concluir o reembolso da tranche mais cara do empréstimo ao fundo liderado por Christine Lagarde.

O secretário de Estado das Finanças anunciou no Eurogrupo, em Bruxelas, que Portugal vai efetuar o pagamento antecipado de 800 milhões de euros ao FMI, concluindo assim o reembolso da tranche mais cara do empréstimo desta instituição.

“Tive oportunidade de informar os meus colegas de que Portugal ia fazer o pagamento dos 800 milhões de euros do empréstimo do FMI que correspondem à parte final daquilo que era a autorização concedida, mas também daquilo que era o empréstimo em condições menos favoráveis”, anunciou Ricardo Mourinho Félix, em declarações aos jornalistas após a primeira reunião do Eurogrupo presidida por Mário Centeno.

O secretário de Estado, que agora representa Portugal nas reuniões do fórum de ministros das Finanças da Zona Euro, precisou que este pagamento, que deverá ocorrer esta semana, “conclui a autorização que tinha sido pedida e que permitia pagar a totalidade daquilo que era a tranche mais cara do empréstimo do FMI”, no quadro do programa de assistência financeira a Portugal.

“É isso que é concluído agora: o pagamento dessa tranche mais cara”, disse, apontando que ficam ainda cerca de 4,5 mil milhões de euros de empréstimo do FMI por saldar, “mas a uma taxa muito mais baixa”.

Segundo o secretário de Estado, este é “um marco”, no sentido em que o país continua a ter empréstimos das instituições europeias e do FMI, mas neste último caso, “a uma taxa muito mais reduzida”, o que “é importante para o robustecimento da situação das contas públicas”, beneficiando “a consolidação orçamental e a redução da dívida pública”.

“A partir de agora, a gestão será feita comparando sempre aquilo que é o custo da dívida face a estas instituições e aquilo que é o custo de financiamento em mercado”, disse.

Relativamente à apresentação, pela Comissão Europeia, das conclusões da sétima missão de vigilância pós-programa a Portugal, apontou que foi “bastante bem recebida pelas instituições”.

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Taxa de Proteção Civil vai ser devolvida a 223 mil lisboetas até ao final de fevereiro

Autarquia espera que a "devolução das verbas da taxa municipal de proteção civil ocorra para a quase totalidade dos contribuintes já na segunda quinzena do próximo mês de fevereiro".

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) já identificou mais de 220 mil contribuintes a quem vai devolver as verbas da taxa municipal de Proteção Civil que cobrou nos últimos anos. A devolução desta taxa deverá ocorrer, para a quase totalidade dos contribuintes, “já na segunda quinzena do próximo mês de fe​vereiro”.

Em comunicado, a CML revela que “identificou já o universo de 223.467 contribuintes a quem vão ser devolvidas as verbas referentes à Taxa Municipal de Proteção Civil. Entre as soluções estudadas para este processo, a CML teve em conta a análises das diferentes situações envolvidas, nas quais há nomeadamente 2800 pessoas a viver no estrangeiro e 18.100 cabeças de casal de heranças, entre outras a ter em conta”.

“Até ao final da semana”, a autarquia presidida por Fernando Medina irá “apresentar os pormenores da solução adotada” para a devolução da taxa, procurando garantir “a maior segurança, rapidez e facilidade para os munícipes” durante este processo. Neste sentido, estão a “ser finalizados os processos de contratação pública necessários para serviços postais, aplicação informática específica e sistema de informação personalizada aos munícipes”.

“Espera-se que uma vez feitos estes passos a devolução das verbas da taxa municipal de proteção civil ocorra para a quase totalidade dos contribuintes já na segunda quinzena do próximo mês de fe​vereiro”, acrescenta o comunicado da autarquia. Serão devolvidos, ao todo, 58 milhões de euros, arrecadados entre 2015 e 2017 — a CML previa arrecadar mais 22 milhões este ano.

A taxa de Proteção Civil de Lisboa foi chumbada pelo Tribunal Constitucional. Na sua decisão, o Tribunal Constitucional assinala que “não há, pois, como negar o caráter extremamente difuso [na verdade, impossível de traçar] da relação entre a titularidade dos prédios e as prestações no âmbito da Proteção Civil a que [alegadamente] dá causa”.

Esta taxa começou a ser cobrada aos proprietários em 2015 e veio substituir a taxa de conservação e manutenção dos esgotos, que passou a ser associada à do saneamento.

(Notícia atualizada às 20h48 com mais informação)

 

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CES defende reavaliação do sistema de benefícios fiscais

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 22 Janeiro 2018

A Conta Geral do Estado 2016 continua a apontar para uma "forte concentração" da despesa fiscal "num número reduzido de benefícios e de beneficiários, nomeadamente no caso do IRC", diz o Conselho.

O Conselho Económico e Social (CES) entende que é preciso reavaliar o sistema de benefícios fiscais existente, no projeto de parecer sobre a Conta Geral do Estado de 2016 (CGE), a que o ECO teve acesso. O parecer será votado esta terça-feira no Parlamento.

Os conselheiros começam por notar que a CGE 2016 — o principal documento de prestação de contas do Estado — “não explicita os desvios” entre os valores previstos e os observados e apontam ainda para a ausência de informação, nomeadamente na área fiscal. O CES entende que “existirá uma subavaliação” da despesa fiscal e acrescenta: “Mesmo não relevando a totalidade da despesa fiscal, a CGE 2016 aponta para a manutenção de uma forte concentração desta despesa num número reduzido de benefícios e de beneficiários, nomeadamente no caso do IRC, o que vem reforçar a necessidade – já expressa pelo CES em momentos anteriores – de uma reavaliação do sistema de benefícios fiscais existentes, de modo a assegurar que os mesmos cumpram eficazmente os objetivos que justificaram a sua adoção”. No início do mês, o Correio da Manhã noticiou que o Ministério das Finanças concedeu benefícios fiscais a empresas, autarquias e fundações no valor de 2,4 mil milhões de euros ao longo de 2016.

Para o CES, liderado por Correia de Campos, a falta de elementos que permitam avaliar a execução orçamental “leva a que a CGE 2016 não cumpra satisfatoriamente o seu papel enquanto principal documento de prestação de contas do Estado português, o que importa corrigir na elaboração da CGE 2017”. O projeto, que tem como relator o conselheiro Ricardo Paes Mamede, aponta o dedo à ausência de “justificações explícitas e sistemáticas para grande parte dos desvios entre, por um lado, as previsões macroeconómicas e as rubricas orçamentais e, por outro lado, os valores efetivamente observados – o que constitui, na ótica do CES, uma forte limitação do documento em apreço”.

De acordo com o projeto, que ainda pode vir a sofrer ajustamentos, os dados sugerem que o Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado (PERES), as cativações e a contenção do investimento público “foram utilizados como mecanismos de ajustamento, contribuindo de forma decisiva para compensar os desvios negativos no saldo orçamental decorrentes dos valores acima do esperado das despesas com pessoas e prestações sociais, e dos valores abaixo do esperado da receita fiscal”.

Aliás, programas como o PERES têm de ser ponderados, alerta o CES: “Os programas de regularização de dívidas introduzem iniquidade e distorções na concorrência entre agentes e geram perdas potenciais de receitas, pelo que devem ser utilizados como instrumentos efetivamente extraordinários (evitando que, pela sua regularidade, se transformem em mecanismos de gestão orçamental e de tesouraria, seja por parte dos governos ou dos contribuintes)”. O ministro do Trabalho e da Segurança Social já disse que não conta lançar outro programa de regularização de dívida à Segurança Social como o PERES, avisando também que estas medidas não podem ser utilizadas de forma recorrente.

No âmbito da proteção social, o CES reitera que a proteção no desemprego “é insuficiente”, referindo a “elevada percentagem de desempregados” sem subsídios e o elevado risco de pobreza neste grupo.

Os atrasos na publicação da Conta da Segurança Social de 2016 também são alvo de crítica. E ainda que as despesas de administração tenham recuado, a escassez de pessoal “poderá estar na base das reclamações dos utentes sobre o atendimento e atrasos no deferimento de processos, bem como da atribuição de pensões com valores irregulares e ainda de avaliações frequentemente incorretas da situação contributiva das empresas”, notam os conselheiros.

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AdC passa compra da TVI pela Altice a investigação aprofundada

A Altice afirma que a decisão da AdC "é comum em transações envolvendo laços comerciais significativos entre as partes". E "reitera a sua vontade e intenção de efetiva cooperação".

A Autoridade da Concorrência (AdC) decidiu iniciar uma investigação aprofundada à compra da TVI. Uma decisão preliminar que “é comum”, afirma a Altice num comunicado enviado às redações. A empresa reitera “a sua vontade e intenção de efetiva cooperação” com as autoridades, mantendo a confiança na “independência do processo” e benefícios da transação.

“A decisão preliminar da AdC em iniciar uma investigação aprofundada é comum em transações envolvendo laços comerciais significativos entre as partes, como no caso em apreço, mostrando, no nosso entender, transparência de procedimentos, como é sempre desejado pelo Grupo Altice em todas as operações comerciais que esteve envolvida”, de acordo com o comunicado enviado pela Altice. Questionada pelo ECO, a AdC confirma a emissão de um “projeto de decisão que foi na semana passada unicamente comunicado à notificante. A AdC não divulga comunicados sobre projetos de decisão, apenas sobre decisões finais”.

"A decisão preliminar da AdC em iniciar uma investigação aprofundada é comum em transações envolvendo laços comerciais significativos entre as partes, como no caso em apreço, mostrando, no nosso entender, transparência de procedimentos, como é sempre desejado pelo Grupo Altice em todas as operações comerciais que esteve envolvida.”

Altice

A empresa liderada por Patrick Drahi “reitera a sua vontade e intenção de efetiva cooperação com a AdC (a única entidade competente para avaliar o impacto concorrencial da operação, como inclusive decorre da decisão de passagem a investigação aprofundada), mantendo-se totalmente confiante quanto à independência do processo, às vantagens e benefícios da transação e em relação a um desfecho final positivo que muito nos honrará, atento o investimento e empenho que temos tido na criação de valor em Portugal”.

A Altice, que comprou há três anos a PT Portugal por cerca de sete mil milhões de euros, anunciou em julho do ano passado que chegou a acordo com a espanhola Prisa para a compra da Media Capital, dona da TVI, entre outros meios, por 440 milhões de euros. Porém, foram várias as entidades que se opuseram ao negócio, incluindo partidos, empresas de telecomunicações e grupos de meios de comunicação social, com a Impresa e a Sonae a serem as mais contundentes.

O negócio teve parecer negativo da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) e o mercado ficou, então, a aguardar o parecer da ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social, considerado pela AdC como vinculativo.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social afirmou entretanto que não vai reavaliar compra da Media Capital pela Altice. “O anterior conselho regulador da ERC, nos termos das suas competências legais, por solicitação da Autoridade da Concorrência e por válida deliberação, pronunciou-se no âmbito da projetada venda da Media Capital à Altice, tendo o processo sido devolvido a essa entidade para a competente análise”, referiu o regulador dos media em resposta a um requerimento do CDS tornado público esta segunda-feira.

Ora, “considerando a natureza da ERC, órgão constitucional independente, entende o Conselho Regulador que, embora naturalmente atento à matéria, não é o momento oportuno para sobre ela se pronunciar”, concluiu a ERC na resposta.

(Notícia atualizada às 20h29 com confirmação da AdC)

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Moscovici sobre Centeno: “O Ronaldo das Finanças marcou golo logo na primeira reunião”

O comissário europeu para os Assuntos Económicos elogiou Mário Centeno na sua primeira reunião como presidente do Eurogrupo, recorrendo à comparação a Cristiano Ronaldo.

Pierre Moscovici, comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros.

Mário Centeno — que ao nível europeu tem sido comparado com Cristiano Ronaldo — teve sucesso na sua primeira reunião enquanto presidente do Eurogrupo. O elogio é de Pierre Moscovici, o comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros: “O Mário, que é o Ronaldo da economia portuguesa, marcou um golo logo na primeira reunião“. Esta segunda-feira, na conferência de imprensa após a reunião, Moscovici fez questão de dizer que a Comissão Europeia apoia a presidência de Centeno.

“Posso dizer que o Mário tem o meu apoio enquanto amigo, mas também da Comissão Europeia enquanto comissário”, começou por dizer Pierre Moscovici, elogiando o início da presidência de Centeno. A primeira reunião do ministro das Finanças português ficou marcada pelas “boas notícias” vindas da Grécia. “Chegamos a um acordo político”, anunciou Mário Centeno, relativamente ao terceiro programa de ajustamento cuja quarta tranche chegará aos 6,7 mil milhões de euros.

Contudo, o Eurogroup Working Group — que agora será presidido por Hans Vijlbrief — terá de verificar nas próximas semanas se a Grécia cumpriu as medidas acordadas. Olhando para o futuro, Centeno pediu “uma estratégia holística para o crescimento económico”, falou dos alívios à dívida grega e referiu que serão tomados os últimos passos para fechar o programa de ajustamento, o que deverá acontecer em agosto.

Além da Grécia, Portugal também esteve na agenda. Como Centeno tinha antecipado ao início da tarde — enquanto presidente do Eurogrupo tinha saudado os desenvolvimento da economia portuguesa –, os elogios também chegaram a Lisboa, mas pela voz de Moscovici. O comissário europeu diz que este é “outro golo” de Mário Centeno: a economia a acelerar, o desemprego a cair — está inferior à média da zona euro — e a melhoria do rating da República.

Isso não significa que está tudo terminado ou sob controlo“, alertou Pierre Moscovici, assinalando que o elevado rácio de crédito malparado, a contínua necessidade de consolidação orçamental e o rácio elevado de dívida pública continuam a ser desafios para a economia portuguesa. A ajudar esta trajetória estarão os pagamentos antecipados ao FMI que em 2018 deverão chegar aos 800 milhões de euros, uma medida elogiada por Klaus Regling, diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade, que estava ao lado de Centeno e Moscovici na conferência de imprensa.

Entre as novidades da reunião desta segunda-feira está a eleição de Hans Vijlbrief enquanto presidente do Eurogroup Working Group, liderado por Thomas Wieser desde 2012. O holandês começará a 1 de fevereiro o mandato de dois anos. Vijlbrief será responsável por preparar os encontros do Eurogrupo e coordenar os assuntos da Zona Euro.

Além disso, começou o procedimento para a eleição de um novo vice-presidente para o Banco Central Europeu que irá substituir o português Vítor Constâncio. Neste momento os países têm de apresentar os seus candidatos. Já é esperado que Espanha apresente o seu candidato, sendo que o tem de fazer até 7 de fevereiro.

Segundo Mário Centeno, a votação final será a 19 e 20 de fevereiro, seguindo-se depois audições no Parlamento Europeu. Constâncio termina o mandato a 31 de maio. Questionado sobre a posição do Parlamento Europeu sobre a necessidade de ter mulheres em cargos altos da União Europeia, o presidente do Eurogrupo destacou que o importante é a “competência” dos candidatos.

O Eurogrupo volta a reunir no dia 19 de fevereiro. No final da sua intervenção, Centeno fez questão de dizer que sente um “forte espírito de equipa” e um “objetivo comum” no grupo que preside. “Farei o meu melhor para ajudar a promover as mudanças que irão tornar a zona euro mais forte”, concluiu o presidente do Eurogrupo.

(Notícia atualizada às 20h14 com mais informação)

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A tarde num minuto

  • Rita Frade
  • 22 Janeiro 2018

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

Mário Centeno saudou esta segunda-feira, em Bruxelas, os “desenvolvimentos da economia portuguesa“. Por cá, Rui Rio decidiu manter Hugo Soares como líder da bancada do PSD, até ao congresso nacional.

“Vamos obviamente saudar os desenvolvimentos da economia portuguesa”. A frase é de Mário Centeno, mas enquanto presidente do Eurogrupo. À chegada da sua primeira reunião como líder do grupo informal de ministros das Finanças da Zona Euro, Centeno afirmou que esta é a altura de “pôr as mãos à obra”.

Rui Rio decidiu manter o atual líder parlamentar até ao congresso nacional, anunciou o PSD. Após a reunião com Hugo Soares no Porto, o presidente eleito disse que quer “evitar qualquer foco de agitação, decorrente do período de transição”.

A Anacom vai impor uma descida dos preços que as operadoras pagam umas às outras quando são feitas chamadas entre redes diferentes. A decisão abre a porta a chamadas com o mesmo preço independentemente da rede de destino, ou tarifários móveis com chamadas gratuitas para todas as redes.

Nasceu como a primeira concorrente portuguesa da Uber. Mas… o que é feito da Chofer? Apesar da cobertura mediática que a aplicação teve quando foi lançada em agosto, pouco mais se ouviu falar dela. Num breve contacto com a empresa, é indicado que plataforma está “com problemas a nível do Google Maps”. Mas a Chofer também diz que foi “alvo de fraude”.

Os preços das casas em Portugal devem crescer em 2018 e 2019, em torno de 5% por ano, prevê a agência de notação financeira Fitch no relatório divulgado esta segunda-feira sobre tendências do mercado de habitação.

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Garrigues e Cuatrecasas na compra do Dolce Vita Tejo

A Garrigues assessorou a AXA e a Cuatrecasas, Gonçalves Pereira assessorou juridicamente a BPI Xv S.à.r.l., que tem como acionistas os fundos Eurofund e Baupost,.

As equipas de Imobiliário, M&A e Fiscal da Garrigues, lideradas por Jorge Gonçalves, Marta Graça Rodrigues, Tiago Cassiano Neves e Miguel Menezes da Silva, assessoraram a AXA Investment Managers – Real Assets (“AXA IM – Real Assets”) na aquisição do centro comercial Dolce Vita Tejo, em Lisboa.

A Cuatrecasas, Gonçalves Pereira assessorou juridicamente a BPI Xv S.à.r.l., que tem como accionistas os fundos Eurofund e Baupost, nesta venda da Dolce Vita Tejo.

A transação envolveu uma equipa multidisciplinar da Cuatrecasas, dirigida pelo sócio responsável da área de Direito Imobiliário Nuno Sá Carvalho, integrando também os departamentos de Direito Societário (sendo a equipa para esta operação coordenada pelo sócio José Diogo Horta Osório e pela consultora Marta Pereira da Silva), de Direito Fiscal (sócio Diogo Ortigão Ramos e associada Marta Duarte Silva) e de Direito Bancário e Financeiro (sócia Maria João Ricou e associada sénior Margarida Leal Oliveira).

O Dolce Vita Tejo tem 274 lojas, uma área de 80 mil m2 actualmente em desenvolvimento e recebe 15 milhões de visitantes por ano.

Um negócio que representou um investimento de aproximadamente 230 milhões de euros. A AXA IM – Real Assets, um dos líderes globais em investimentos imobiliários e o maior em gestão de ativos imobiliários na Europa, concluiu para os seus investidores a aquisição deste centro comercial, o segundo maior de Portugal, o qual conta atualmente com 274 lojas distribuídas por uma área de 80 mil metros quadrados, e que recebe anualmente 15 milhões de visitantes.

O centro comercial será objeto de um significativo programa de reposicionamento, com vista torná-lo no principal destino de retalho e de lazer em Portugal, adiantou a AXA em comunicado. O ativo foi adquirido aos norte-americanos Baupost e aos britânicos Eurofund Group, que continuarão a atuar como operadores e gestores da implementação do programa de reposicionamento do centro comercial, até à sua conclusão.

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Governo ambiciona “forte competitividade externa” para Portugal na próxima década

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2018

Propostas que a Comissão Europeia apresentou como perspetivas estratégicas para a próxima década foram “significativas” para que Portugal pudesse começar a posicionar-se.

As opções estratégicas para Portugal na próxima década devem convergir para “uma forte competitividade externa ao lado de uma forte coesão interna”, afirmou esta terça-feira o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, destacando a “ambição” do atual Governo.

“No que respeita a Portugal, consideramos que o desafio crítico, mesmo para a política de coesão nesta fase, é o desafio da competitividade, e pensamos que uma convergência duradoura, por uma década como ambicionamos, só se consegue fazer com uma forte competitividade externa ao lado de uma forte coesão interna”, declarou o governante Pedro Marques, na reunião extraordinária do Conselho Regional de Lisboa e Vale do Tejo sobre o Portugal 2030, que decorreu em Lisboa.

De acordo com o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, as propostas que a Comissão Europeia apresentou como perspetivas estratégicas para a próxima década foram “significativas” para que Portugal pudesse começar a posicionar-se para o próximo ciclo de programação, “nomeadamente porque está agora em curso um debate importante sobre a questão da possibilidade da criação de uma capacidade orçamental europeia”.

“O destino possível dessa capacidade orçamental europeia, neste momento, parece fazer mais consenso, a nível europeu, o apoio ao investimento e à competitividade dos países europeus”, adiantou Pedro Marques, acrescentando que Portugal está “confortável e preparado” para acompanhar esta evolução em direção ao investimento e à competitividade dos países de coesão e da Europa em geral.

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Cerca de 160 viaturas Audi em Portugal podem ter que alterar ‘software’ do motor

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2018

Cerca de 160 automóveis da marca Audi poderão ter que alterar os softwares dos seus motores, na sequência do escândalo de emissões poluentes da Volkswagen.

Cerca de 160 viaturas Audi poderão ter que alterar o software dos seus motores nas oficinas portuguesas, na sequência de uma decisão da autoridade de transporte alemã (KBA) e à qual a marca de automóveis do grupo Volkswagen está a responder.

À agência Lusa, Ricardo Tomaz, diretor de Marketing Estratégico e Relações Externas da SIVA, representante da marca Audi em Portugal, explicou haver um trabalho “em permanência com as autoridades de transporte alemãs (KBA) no sentido de realizar inspeções sistemáticas aos seus motores com vista a detetar eventuais irregularidades”. “O KBA decidiu que o software de alguns motores V6 TDI devia ser modificado, pelo que a Audi vai rever e testar o software de gestão destes motores e submetê-lo ao KBA para aprovação“, acrescentou a mesma fonte, referindo que quando houver aprovação os clientes serão informados.

Em caso de aprovação, em Portugal a medida técnica vai envolver “cerca de 160 viaturas equipadas com aqueles motores“. No passado dia 5, a importadora de marcas do grupo Volkswagen (VW) informava que a atualização de software, no âmbito do ‘dieselgate’, foi feita até ao final de 2017 em quase 79% de veículos Volkswagen, Audi, Skoda, e previu que as intervenções possam terminar até março.

Na apresentação de resultados do ano passado, em Lisboa, a SIVA – Sociedade de Importação de Veículos Automóveis explicou estar em causa um universo de 101.600 viaturas e que a solução de software está disponível para 99,9% de veículos das marcas que representa. Uma investigação nos EUA descobriu em 2015 que a Volkswagen manipulou o dispositivo das emissões poluentes em veículos a gasóleo (‘dieselgate’). A empresa alemã admitiu a fraude, que envolveu 11 milhões de carros vendidos em todo o mundo.

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Sócio da Cuatrecasas fala sobre direito da Energia

Lourenço Vilhena de Freitas, vai participar no 29º Seminário Europeu de Direito da Energia, que decorre na cidade holandesa de Haia.

O sócio de Direito Público da Cuatrecasas, Lourenço Vilhena de Freitas, vai participar no 29º Seminário Europeu de Direito da Energia, que decorre na cidade holandesa de Haia.

Lourenço Vilhena de Freitas irá falar na terça-feira, dia 23 de Janeiro, sobre a revisão da legislação da energia hidroelétrica em Portugal, inserido num painel que se debruçará sobre a re-regulação das concessões hidroelétricas na União Europeia.

O seminário é organizado pela Associação Holandesa de Direito da Energia, Universidade de Groningen, Universidade de Direito de Oslo e Instituto Escandinavo de Direito Marítimo.

O sócio da Cuatrecasas será o único participante português, incluindo o programa a participação de altos representantes de instituições como o Parlamento Europeu, Tribunal de Justiça da União Europeia, Direção-Geral da Energia da Comissão Europeia, Agência de Cooperação dos Reguladores da Energia da União Europeia, Autoridade de Proteção de Dados e Autoridade da Concorrência holandesas ou Ministério do Petróleo e Energia da Noruega.

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EUA: Três dias depois, o shutdown resolveu-se no Senado

  • Juliana Nogueira Santos
  • 22 Janeiro 2018

Após três dias de paralisação, o Senado aprovou a quarta extensão temporária do financiamento federal. Se os dois partidos não chegarem a acordo até 8 de fevereiro, poderá haver outro shutdown.

Após três dias de paralisação, o Governo federal dos Estados Unidos conseguiu o financiamento necessário para funcionar normalmente, pelo menos até 8 de fevereiro. O impasse entre republicanos e democratas foi resolvido no Senado, com os liberais a concordarem com outra solução temporária. A maioria dos deputados da Câmara Alta votaram a favor.

“Cada dia que passamos a discutir sobre manter as luzes acesas é outro dia em que não podemos passar a negociar o DACA, as despesas com a defesa ou qualquer outra das nossas prioridades partilhadas”, afirmou o republicano Mitch McConnel, em declarações citadas pelo New York Times. Os democratas, em minoria no Congresso e no Senado, já tinham afirmado antes da votação que não se iam opor.

“Vamos votar para reabrir o Governo”, garantiu o democrata Chuck Schumer, apontando que viu no outro lado da bancada parlamentar abertura suficiente para voltar à discussão. A votação encerrou com 81 votos a favor — eram necessários 60 para a extensão temporária passar –, 18 contra e dois em branco.

Nos mercados, a reação foi instantânea. Após ter iniciado a sessão desta segunda-feira a ceder 0,22% para 26.014,20 pontos, o industrial Dow Jones reverteu para ganhos, renovando máximos históricos. O Nasdaq também reverteu de perdas para ganhos de 0,61%.

O plano de financiamento temporário do Governo federal volta agora para as mãos dos congressistas, que têm de o aprovar para que o Governo federal abra oficialmente. Estes têm até ao princípio do próximo mês para acertar pontos de vista e elaborar um orçamento federal que consiga angariar a maioria dos votos.

A travar o acordo bipartidário estão questões relacionadas com a imigração. Os democratas garantem que não vão votar em nenhum projeto-lei que não inclua fundos para proteger os imigrantes sem documentos que chegaram ao país menores de idade — os Dreamers — e que viram o DACA, o programa criado por Obama, cessado pela administração atual.

Por outro lado, os republicanos — leia-se o presidente — insistem não só no financiamento para o muro que poderá vir a dividir a fronteira entre os EUA e o México, mas também que o alargamento por seis anos do CHIP, o programa de saúde dedicado às crianças que permite o acesso aos cuidados por parte de mais nove milhões, é a cedência suficiente às exigências dos democratas.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h10)

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