Cadeia de hotéis espanhola vai expandir-se e Portugal está nos planos

A cadeia hoteleira espanhola Room Mate vai construir 15 novos hotéis entre 2018 e 2020, totalizando mais de 3.000 habitações. Portugal é um dos destinos escolhidos.

A cadeia de hotéis espanhola Room Mate vai duplicar o seu tamanho entre 2018 e 2020, com a construção de 15 novos hotéis e mais de 3.000 habitações. Atualmente presente em 12 países, a empresa vai expandir-se além-fronteiras, com planos de entrada no mercado português e francês. Para além disso, será inaugurado em território espanhol o primeiro hotel-praia.

Fundada em 2001, a Room Mate tem planos para crescer fora da sua zona de conforto. A empresa liderada por Enrique Sarasola conta atualmente com 22 hotéis e 1.522 habitações. No entanto, para o futuro, esses números serão aumentados. Passará, então, a ter um total de 37 hotéis e 3.052 habitações, que chegarão a oito novas cidades — Lisboa, Paris, Roma, Roterdão, São Sebastião, Nápoles, Ilhas Canárias e Ilhas Baleares.

“Este crescimento supõe uma consolidação do grupo que nos permite cumprir os objetivos do plano de negócio, um ano antes do previsto”, disse Enrique Sarasola, presidente da Room Mate, em entrevista ao jornal Expansión. Os projetos vão arrancar em abril, a maioria são residencias que serão restauradas, à exceção dos dois hotéis em Paris, que já estão em funcionamento.

“Dos 15 novos hotéis, cinco serão em Espanha e dez fora”, explicava Sarasola. Atualmente, 56% dos lucros da empresa são provenientes de destinos internacionais, enquanto 44% vêm de território espanhol. Para além disso, a Room Mate vai inaugurar o seu primeiro hotel-praia, localizado em Palma de Maiorca, com um total de 39 habitações. “Será o nosso primeiro hotel-praia, mas estamos a olhar para outras oportunidades”.

A cadeia hoteleira fechou o ano de 2017 com lucros de 80 milhões de euros, um crescimento de 12,3% face ao ano anterior. Para este ano, prevê faturar mais de 100 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“CTT vão ter de investir mais no correio” por causa da Anacom, diz CaixaBI

Maiores exigências do regulador são negativas para os CTT, considera o CaixaBI. Isto porque vai obrigar o operador postal a investir mais no segmento Correio para evitar queda dos preços.

Os critérios mais ambiciosos da Anacom para a prestação do serviço postal universal vão exigir um maior investimento dos CTT CTT 0,64% no segmento de Correio, ou obrigar a empresa a realocar mais recursos a esta área de negócio, “sob pena de o não cumprimento da qualidade ter impacto na fixação de preços”, dizem os analistas do CaixaBI, que consideram que as novas exigências do regulador são negativas para o operador postal.

“Em matéria de indicadores de qualidade, numa primeira leitura salienta-se que o grau de exigência deverá ser agora maior, exigindo-se uma maior celeridade nos prazos de entrega e um maior grau de compliance com os mesmos”, nota o CaixaBI numa análise publicado esta segunda-feira.

Tal poderá significar que os CTT terão que investir mais no segmento de Correio, ou realocar mais recursos a esta área de negócio, sob pena de o não cumprimento da qualidade ter impacto na fixação dos preços a implementar em cada ano”, frisa ainda.

De acordo com o Sentido Provável de Decisão do regulador para o triénio 2018-2020, os CTT terão de cumprir 24 indicadores de qualidade de serviço, face aos atuais 11 indicadores que tem de cumprir. Já os preços do serviço postal universal deverá ser definida com base na inflação deduzida de 1,28 pontos percentuais, “tendo ainda em consideração fatores de correção para inflação e tráfego”.

Para o banco de investimento, são más notícias que vêm complicar o atual momento da cotada liderada por Francisco Lacerda, que viu o lucro cair 56% nos primeiros nove meses do ano, perante o impacto da queda da entrega de cartas e do aumento dos custos. Por causa disto, já apresentou um plano de reestruturação que vai levar à saída de 1.000 trabalhadores até 2020 e ao fecho de 22 lojas, conforme avançou o ECO em primeira mão.

"Tal poderá significar que os CTT terão que investir mais no segmento de Correio, ou realocar mais recursos a esta área de negócio, sob pena de o não cumprimento da qualidade ter impacto na fixação dos preços a implementar em cada ano.”

CaixaBI

Nota de research

As ações cedem esta segunda-feira 0,8% para 3,466 euros, depois do tombo de 9% observado na sessão da passada sexta-feira. Os analistas do Caixa BI mantiveram a recomendação de compra para o título, atribuindo-lhe um preço alvo de 4,7 euros. Ou seja, há um potencial de valorização de 35%.

Nas estimativas do banco, o tráfego postal deverá cair 7% ao ano entre 2018 e 2020, enquanto o preço subirá 1%, 2% e 2% nos respetivos anos.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Câmara de Tondela decreta três dias de luto pelas vítimas de incêndio

  • ECO e Lusa
  • 15 Janeiro 2018

O incêndio deflagrou numa altura em que se encontravam mais de 60 pessoas na associação, que nunca tinha sido alvo de uma vistoria.

A Câmara de Tondela decretou esta segunda-feira três dias de luto municipal, na sequência do incêndio ocorrido no sábado à noite na Associação Cultural, Recreativa e Humanitária de Vila Nova da Rainha, que provocou oito mortos e 38 feridos.

“A tragédia ocorrida nesta associação deixou o concelho de Tondela mergulhado num novo sentimento de dor e consternação”, refere a autarquia, numa alusão também aos incêndios florestais de há três meses, que percorreram quase 180 quilómetros quadrados do concelho, provocando três vítimas mortais (duas diretas e uma indireta) e muita destruição.

A tragédia ocorrida nesta associação deixou o concelho de Tondela mergulhado num novo sentimento de dor e consternação.

Câmara Municipal de Tondela

A autarquia aproveita para agradecer “a grande disponibilização de meios operacionais de todas as corporações de bombeiros, INEM, GNR e Proteção Civil, bem como toda a solidariedade manifestada por autarcas, Governo e Presidente da República”.

O incêndio deflagrou numa altura em que se encontravam mais de 60 pessoas na associação, muitas das quais a participar num torneio de sueca.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que visitaram o local, expressaram solidariedade aos familiares das vítimas.

De acordo com o Público (acesso condicionado), e edifício tinha portas trancadas, materiais perigosos e nunca tinha sido alvo de uma vistoria. A Associação de Vila Nova da Rainha tem mais de 30 anos e foi construída aos poucos com o voluntarismo dos sócios. Agora que ardeu muitos habitantes antecipam o pior já que este era um importante polo de convívio.

Já o Correio da Manhã falou com Jorge Mendes, da Associação de Comandos dos Bombeiros que sublinhou a falta de segurança do local. “O local não tinha condições de segurança”, disse, dando como exemplos o facto de as portas abrirem para dentro, de não existir um sistema de desenfumagem, a falta de iluminação de emergência ou ainda a existência de bilhas de gás no interior. “Não há quem faça a fiscalização destes espaços. Esteve prevista uma equipa de inspetores que nunca avançou”, afirmou. Contudo, o Presidente da República disse ontem que a autarquia de Tondela lhe garantiu que a coletividade em causa “tinha os licenciamentos e o que era preciso para este tipo de atividade”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EMEL não deve receber receita de multas, defende provedor adjunto de Justiça

  • ECO
  • 15 Janeiro 2018

Provedor adjunto de Justiça entende que a proibição deve ser estendida a entidades de natureza pública, dizendo que está em causa a "proteção dos particulares contra situações abusivas".

A Provedoria de Justiça entende que também nas empresas públicas municipais deve ser vedada a possibilidade de as concessionárias e os seus trabalhadores receberem o produto das multas de estacionamento, escreve o Jornal de Negócios.

Em Lisboa, a EMEL tem receitas de contraordenações, mas no Porto o consórcio EPorto só recebe os pagamentos voluntários dos avisos deixados aos condutores. Avisos que também já levantaram polémica e levaram a autarquia a garantir que não se tratam de autuações ou contraordenações.

Numa exposição remetida ao Governo ainda em 2017, e na sequência de queixas relativas a empresas ligadas ao estacionamento, o provedor adjunto de Justiça, Jorge Miranda Jacob, indica que “não se vê em que medida o âmbito dessa proibição não possa ser estendido a entidades de natureza pública, considerando estar em causa a proteção dos particulares contra situações abusivas”.

Jorge Miranda Jacob pronuncia-se ainda sobre os montantes das tarifas, questionando o Governo se admite “ponderar a aprovação de legislação, fixando limites mínimos e máximos dos valores cobrados e harmonizar os critérios subjacentes à concessão das isenções”. E também aborda a rapidez com que se procede às autuações e os problemas com os equipamentos.

A exposição defende que os agentes de fiscalização devem usar de “uma certa razoabilidade na autuação de viaturas estacionadas sem o comprovativo do pagamento da tarifa”, devendo começar por “afixar aviso ao automobilista de que se encontra prestes a cometer uma infração”, “de modo a conceder um período limitado de tempo – dez ou 15 minutos – que possibilite ao condutor obter meios para efetuar o pagamento”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de imprensa internacional

Brexit está a provocar uma queda nos preços dos arrendamentos. Fisco brasileiro tem apertado as igrejas e os clubes de futebol. E o grupo britânico da construção Carillion declarou falência.

Em Londres, o Brexit está a provocar uma queda nos preços dos arrendamentos. Para além disso, há quem alerte para o risco de afastamento entre o Reino Unido e a França, devido ao famoso divórcio. Ainda em território britânico, um gigante da construção declarou falência. No Brasil, o Fisco tem apertado as igrejas e os clubes de futebol. Em Espanha há problemas que preocupam os partidos, com o aproximar das eleições de 2019.

Reuters

Arrendar uma casa em Londres nunca foi tão barato desde 2009

Na capital londrina, este mês, os preços das casas para arrendar por particulares estão nos valores mais baixos desde 2009. O Brexit e o aumento dos impostos do ano passado prejudicaram a procura por compradores estrangeiros, aumentando os receios dos vendedores em perder ainda mais com a crise financeira. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

The Guardian

Reino Unido e França podem afastar-se depois do Brexit

Quem o diz é o ex-conselheiro de segurança nacional do Reino Unido e ex-embaixador francês, Lord Ricketts, que adverte para o risco de afastamento entre os dois países, algo que irá prejudicar a cooperação nos campos da defesa e da segurança. Para o evitar, ambos terão de trabalhar mais as suas relações, intensificando as reuniões bilaterais. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

Folha de S. Paulo

Fisco aperta o cerco a igrejas e clubes de futebol

O Fisco brasileiro apertou a fiscalização às igrejas, clubes de futebol e outras organizações, cobrando atualmente, cerca de 3,7 mil milhões de euros a essas entidades, por terem violado regras que lhes garantem imunidade do pagamento de contribuições. Já foram pedidas investigações para averiguar se essas entidades devem perder o direito à isenção. Leia a notícia completa na Folha de S. Paulo (acesso livre, conteúdo em português)

El País

Iglesias considera que Podemos se distanciou das “classes populares”

Pablo Iglesias, secretário-geral do Podemos, alertou para os riscos que o afastamento das “classes populares”, nomeadamente baixas estirpes sociais, podem trazer. “Vários setores das classes da Catalunha, desta vez, não se identificaram connosco. É algo que devemos ter muito em conta”, advertiu. O alerta surge a pensar nas eleições autónomas de 2019. Leia a notícia completa no El País (acesso livre, conteúdo em espanhol)

BBC News

Gigante britânico da construção e dos serviços Carillion declara falência

O grupo britânico da construção e dos serviços Carillion declarou falência, na sequência do fracasso das negociações com os bancos e o Governo para viabilizar esta sociedade fortemente endividada. Em comunicado, o presidente do grupo indicou que a única escolha é “entrar em liquidação com efeito imediato”, deixando no desemprego cerca de 43 mil trabalhadores em todo mundo, dos quais 19.500 no Reino Unido. Leia a notícia completa na BBC News (acesso livre, conteúdo em inglês)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Renault aumenta vendas em 2017 e espera novo crescimento este ano

  • ECO
  • 15 Janeiro 2018

No ano passado, a fabricante francesa vendeu 3,76 milhões de automóveis, o que representa uma subida de 8,5% comparando com 2016.

A Renault vendeu 3,76 milhões de veículos em 2017, mais 8,5% face ao ano anterior. E para 2018 espera novo avanço, apontando para a expectativa de mais vendas no exterior e para a sua gama renovada de modelos.

A fabricante francesa espera que o mercado automóvel avance 2,5% no próximo ano, noticia a Reuters. O mercado europeu deverá expandir 1%, enquanto o crescimento na Rússia deverá atingir 10%. Brasil, China e Índia deverão registar avanços entre 5% e 6%, adiantou a fabricante automóvel.

“Continuamos a aumentar volumes de venda e a quota de mercado em todas as regiões”, afirmou Thierry Koskas, do Comité Executivo do Grupo. “Em 2018, vamos continuar o nosso crescimento e a internacionalização das nossas vendas em linha com o plano Drive The Future”, acrescentou. Este plano, apresentado em outubro, prevê o aumento anual de vendas para cinco milhões de veículos até 2022.

Em outubro, a Renault apresentou o seu plano estratégico, de acordo com o qual pretende aumentar as vendas anuais para cinco milhões de veículos até 2022 e tem ainda o objetivo de obter uma margem de lucro de 7% assim como uma receita de 70 mil milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novo Banco viabiliza plano de recuperação da empresa que vendia os sapatos de CR7

  • ECO
  • 15 Janeiro 2018

O plano de recuperação da Portugal Footweare recebeu a aprovação graças ao voto do Novo Banco. CEO da empresa garante que, sem esse voto, o plano não teria sido aprovado.

A empresa responsável pela conceção, produção e comercialização dos sapatos de Cristiano Ronaldo avançou com Processo Especial de Revitalização, depois de ter ficado numa situação financeira “bastante frágil”. O plano que pretende viabilizar a Portugal Footweare foi agora aprovado com o voto decisivo do Novo Banco.

Em novembro do ano passado, a PTFTR (Portugal Footweare) perdeu a licença de produção da CR7 Footwear e entrou em Processo Especial de Revitalização (PER). Na altura, o CEO da empresa afirmava que o final do contrato, um ano antes, a tinha colocado “numa situação económico-financeira bastante frágil”.

Na sequência disto, em finais de dezembro, foi então proferido o despacho de homologação do plano de recuperação da empresa pelo Tribunal de Comércio de Guimarães. O Santander votou contra a aprovação do PER da empresa mas, o voto a favor do Novo Banco foi decisivo para o avançar do processo, de acordo com o Jornal de Negócios, que confirmou junto do CEO que, sem esse voto do herdeiro do BES, o plano não passaria.

O plano recebeu cerca de 70% de votos a favor”, disse o empresário Paulo Gonçalves, adiantando que os credores aceitaram o reembolso dos seus créditos “no prazo de oito ano, após dois anos de carência”. A dívida da empresa passa a rondar os 2,2 milhões de euros, de acordo com o CEO mas, o desejo é: “Voltar rapidamente aos anos pré-CR7, quando, curiosamente, faturávamos mais, sempre acima dos 3,5 milhões de euros”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cidadãos vão poder consultar todos os processos judiciais pela internet

  • Lusa
  • 15 Janeiro 2018

O Ministério das Justiça vai alargar o sistema informático de gestão processual 'Citius' ao processo penal, contraordenacional e de promoção e proteção de menores.

Os cidadãos vão poder consultar todos os processos judiciais pela internet à semelhança do que já era permitido desde maio de 2017 para os processos pessoais de cobrança de dívidas, anunciou esta segunda-feira o Ministério da Justiça.

A medida insere-se no plano de ação ‘Justiça + Próxima’ que estabelece um conjunto alargado de medidas de modernização, designadamente a possibilidade de consulta pelo cidadão do seu processo executivo e o alargamento do sistema informático de gestão processual ‘Citius’ ao processo penal, contraordenacional e de promoção e proteção de menores.

Desde que foi permitido o acesso aos processos executivos, de acordo com dados do Ministério da Justiça (MJ), foram realizadas mais de 5.000 consultas.

A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, participa esta segunda-feira na reunião de balanço e expansão do projeto Tribunal+, uma das medidas do plano de ação ‘Justiça + Próxima’, onde se insere este alargamento do acesso aos processos judiciais pela internet. A sessão será presidida pelo primeiro-ministro, António Costa.

Segundo o MJ, a funcionalidade concentrará todos os serviços digitais dos tribunais, incluindo a Certidão Judicial Eletrónica – com mais de 7.000 emitidas (2.500 de forma automática, ou seja, sem necessidade de intervenção de qualquer funcionário judicial ou juiz) – e o Simulador de Taxas de Justiça – com mais de 4.000 utilizações.

Em maio de 2017, uma portaria do Ministério da Justiça abriu a possibilidade aos cidadãos de poder consultar eletronicamente os seus processos pessoais de cobrança de dívidas, à semelhança do que já acontecia com os advogados e os solicitadores.

O plano “Justiça + Próxima”, que pretende agilizar os processos e diminuir as pendências, prevê duplicar o número de medidas aplicadas, segundo o Programa Nacional de Reformas (PNR), enviado ao Conselho Económico e Social em dezembro para emissão de parecer. No início de março de 2016, a ministra da Justiça apresentou o plano de ação Justiça + Próxima”, cujas iniciais 120 medidas assentavam em quatro pilares – eficiência, inovação, proximidade e humanização – e que seriam alinhadas com os programas de modernização administrativa, como o SIMPLEX.

Outra das medidas do Tribunal + que hoje será analisado na reunião é o alargamento da tramitação eletrónica a todos os tribunais até ao fim de 2018, passando a abranger os tribunais superiores (tribunais da relação, tribunais centrais administrativos, Supremo Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Administrativo), quer na jurisdição judicial quer na administrativa e fiscal. Igualmente prevista para este ano está a simplificação da linguagem das citações e notificações com origem nos tribunais dirigidas aos cidadãos e empresas.

Esta medida, segundo o Ministério, iniciou-se em 2017 com a simplificação da notificação em processos de injunção, tendo sido emitidas desde então mais de 90.000 comunicações, seguindo-se agora a intervenção nos mais de 5.000 modelos restantes utilizados nos tribunais. A comunicação eletrónica entre tribunais e a Autoridade Tributária é outra das medidas já em vigor desde 4 de janeiro.

Os tribunais administrativos e fiscais passaram a poder notificar por via eletrónica os mandatários e representantes das entidades públicas.
Segundo o Ministério da Justiça, desde 4 de janeiro foram já realizadas mais de 10.000 comunicações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CTT tombam 3% e colocam pressão na bolsa

Empresa de correios volta hoje a ser pressionada na bolsa de Lisboa, isto depois de a Anacom ter apertado os critérios de avaliação do serviço postal universal.

Pressão vendedora nos CTT, que voltam às quedas acentuadas na bolsa de Lisboa depois de o regulador ter apertado os critérios de avaliação do serviço postal universal que levou o título a afundar 9% na passada sexta-feira.

No arranque da sessão desta segunda-feira, as ações dos Correios apresentam-se em baixa de 3,38% para 3,37 euros, no pior desempenho na praça nacional que abriu a subir mas já cai cerca de 0,14% para 5.610,93 pontos.

“Os CTT continuarão a ser um dos principais temas da sessão nacional. Depois de na semana passada a ação ter sofrido uma desvalorização acentuada após a Ancacom ter determinado alterações aos critérios de qualidade de serviço aplicáveis à prestação do Serviço Postal Universal, surgem outras duas notícias sobre a empresa”, destacam os analistas do BPI referindo-se ao eventual interesse no Deutsche Bank Portugal e à integração da Payshop no Banco CTT.

São as dez as cotadas que registam perdas no PSI-20, com destaques ainda para o BCP (-0,07%), EDP Renováveis (-0,35%) e Jerónimo Martins (-0,72%), três dos pesos pesados nacionais. Do lado positivo, temos a Corticeira a subir 0,77% e a Nos a somar 0,45% e que de alguma forma amparam a queda do índice nos primeiros minutos de negociação da semana.

Lá por fora, Wall Street não abre por causa do feriado relativo ao Dia de Martin Luther King, o que deverá reduzir o volume de negociação nos mercados. No Velho Continente, os investidores acordaram com mau humor, pelo menos a julgar pela performance dos principais índices na abertura: em Frankfurt, o Dax-30 cede 0,3%; em Madrid e Milão, as quedas situam-se à volta de 0,2%.

“O feriado nos EUA deverá reduzir um pouco o volume, mas a atual conjuntura oferece diversos pontos de interesse mesmo quando Wall Street está encerrada. Um desses pontos é a valorização do euro, que ultrapassou a barreira técnica dos 1,21 face ao dólar, negociando na sessão asiática acima dos 1,22 dólares”, dizem os analistas do BPI.

CTT continuam em queda

(Notícia atualizada às 8h35)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revogada licença offshore do Banco BPI em Macau

  • Lusa
  • 15 Janeiro 2018

Ordem executiva foi publicada esta segunda-feira em Boletim Oficial. Autorização tinha sido concedida ao BPI em 2005.

A autorização concedida ao Banco Português de Investimento (BPI) para o estabelecimento de uma instituição financeira ‘offshore’ sob a forma de sucursal em Macau foi revogada, indica uma ordem executiva publicada hoje em Boletim Oficial.

A revogação da autorização, que tinha sido concedida ao BPI em 2005, entra em vigor na terça-feira.

O BPI e a Caixa Geral de Depósitos (CGD) eram os dois únicos bancos portugueses a operar uma licença ‘offshore’ no final do ano passado.

No verão passado, a CGD anunciou que pretendia fechar, até ao final de 2017, as sucursais ‘offshore’ em Macau e nas Ilhas Caimão, territórios considerados como paraísos fiscais.

O Banco Comercial Português (BCP) também chegou a operar como sucursal ‘offshore’ de 1993 até 2010, ano em que obteve licença plena de operação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Estado já pagou 4,6 milhões de euros a quase dois mil trabalhadores afetados pelos incêndios

  • ECO e Lusa
  • 15 Janeiro 2018

IEFP assegura 5,74 milhões de euros a 1.959 trabalhadores de 333 empresas afetadas pelos incêndios de junho e de outubro. Cerca de 4,6 milhões de euros já foram efetivamente pagos.

Na sequência da tragédia dos incêndios, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) assegurou a 1.959 trabalhadores salários no valor de 5,74 milhões de euros. Deste valor, 4,6 milhões já foram efetivamente pagos. Os dados são revelados esta segunda-feira pelo Diário de Notícias, que indica ainda que estão em causa 333 empresas, cujas candidaturas ao apoio foram aprovadas.

O incentivo garante o pagamento das retribuições mensais dos trabalhadores afetados pelos incêndios de junho e de outubro, com o objetivo de evitar que as empresas encerrem e despeçam os trabalhadores por terem ficado com a sua capacidade produtiva reduzida. O incentivo é pago mensalmente, por um período de três meses que pode ser renovado e equivale à retribuição mensal ilíquida do trabalhador, até ao limite de dois salários mínimos nacionais.

Das 333 candidaturas aprovadas, 90 dizem respeito aos incêndios de junho, na zona de Pedrógão — já foram aprovados apoios no valor de 738 mil euros, tendo sido pagos 55 mil. No caso das restantes 243 candidaturas — referentes aos incêndios de outubro — o incentivo ascende a cinco milhões de euros, dos quais 4,52 milhões já foram pagos.

Segurança Social atribuiu 63 mil euros em apoios imediatos

A Segurança Social prestou, entre 15 de outubro e 31 de dezembro, quase 7.400 atendimentos às vítimas dos incêndios da região Centro e atribuiu 63 mil euros em apoios imediatos e 3,9 milhões de euros a seis mil agricultores, avança por seu turno a Lusa.

Os dados foram avançados pela secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, no dia em que se assinalam três meses dos incêndios que deflagraram no dia 15 de outubro em vários distritos do centro do país, que provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos.

Durante os dias 15 e 16 de outubro as equipas do Instituto da Segurança Social (ISS) funcionaram em 33 postos de evacuação nos diversos concelhos, nos quais foi prestado apoio social a 2.431 pessoas retiradas, tendo estado envolvidos 111 técnicos do instituto, em articulação com as autarquias e outros parceiros.

Foi simultaneamente disponibilizado um atendimento informativo pela Linha Nacional de Emergência Social, através do número 144, que de 16 a 18 de outubro atendeu mais 500 chamadas face ao que é normal.

 

Até 31 de dezembro, foram atribuídos cerca de 63 mil euros em apoios imediatos para pagamentos de rendas, deslocações, produtos médicos, entre outras situações. De acordo com Cláudia Joaquim, estes “subsídios eventuais” são atribuídos em “função da avaliação social e da necessidade de cada família ou de cada pessoa em concreto”. “Podem ser desde pagamento de rendas para alojamento temporário de famílias que perderam as suas habitações, e que estão a ser recuperadas, até apoio para todas as despesas que seja necessário fazer perante uma situação de perda de rendimento”, explicou.

Relativamente aos agricultores, a governante disse que já foram pagos cerca 3,9 milhões de euros a seis mil agricultores, que tiveram prejuízos até 1.053 euros, para reposição da agricultura de subsistência, e que ainda estão a ser analisados “alguns pedidos”.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Setor automóvel vale 6% do PIB. Quer quinto fabricante em Portugal até 2020

  • ECO
  • 15 Janeiro 2018

Cluster do automóvel pretende quinto fabricante a trabalhar em Portugal até 2020. Estudo calcula que setor vale 11 mil milhões de euros, cerca de 6% da riqueza produzida no país.

A atividade do setor automóvel em Portugal valeu perto de 11 mil milhões de euros em 2017, o equivalente a cerca de 5,9% do Produto Interno Bruto (PIB), empregando 72 mil pessoas, segundo um estudo da Deloitte para a Mobinov — Associação do Cluster Automóvel, que quer um quinto fabricante no país até 2020.

De acordo com o Diário de Notícias, o estudo aponta que os construtores responsáveis por 85% da exportação representaram apenas uma “pequena fatia” do negócio gerado por todo o setor, no valor de dois mil milhões de euros. O que quer dizer que há espaço para mais um fabricante, defende o cluster que apresenta esta segunda-feira o documento na conferência Indústria automóvel: Relevância e tendências de futuro, que contará com a presença do primeiro-ministro e do ministro da Economia.

“O setor nunca tinha sido medido desta forma, considerando não só os fabricantes ou os fornecedores de primeira linha, mas também os produtores de têxteis, de moldes e ferramentas, os modificadores de veículos (como é o caso das ambulâncias), enfim, revelando um setor muito heterogéneo e transversal com um efeito multiplicador na economia portuguesa”, explicou José Couto, presidente da Mobinov.

O estudo surge num momento particularmente sensível para o setor, por causa do conflito laboral que se mantém há meses entre a administração da Autoeuropa (Volkswagen) e os trabalhadores.

Este fim de semana, o secretário-geral da UGT alertou para o “caminho perigoso” que se está a tomar naquela fábrica de Palmela e pediu para se lembrar que do que aconteceu com a Opel da Azambuja para garantir que os exemplos do passado não vão repetir.

"O setor nunca tinha sido medido desta forma, considerando não só os fabricantes ou os fornecedores de primeira linha, mas também os produtores de têxteis, de moldes e ferramentas, os modificadores de veículos (como é o caso das ambulâncias), enfim, revelando um setor muito heterogéneo e transversal com um efeito multiplicador na economia portuguesa.”

José Couto

Presidente da Mobinov

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.