Pode Puigdemont ser investido por Skype? Governo espanhol diz que não

  • ECO
  • 11 Janeiro 2018

Auto-exilado na Bélgica, Puigdemont quer tomar posse do cargo de Presidente da Catalunha através do Skype ou de um representante. Governo espanhol rejeita essa opção e exige presença do político.

Enquanto Carles Puigdemont ensaia a possibilidade de ser investido Presidente da Catalunha a partir do seu exílio, na Bélgica, através do Skype ou de um representante, o Governo espanhol prepara argumentos para inviabilizar essa opção. Segundo avança o jornal El País, o executivo acaba de divulgar um relatório baseado no Estatuto da Autonomia da Catalunha e na regulação parlamentar que defende que para ter acesso ao cargo em causa o político terá de tomar posse presencialmente.

De acordo com o estudo, a lei parlamentar entende que o “caráter intransmissível desse ato” exige a presença do Governo, no momento referido. Além disso, o Estatuto da Autonomia da Catalunha estabelece que o Parlamento “pode ​​exigir a presença [física] do Governo e dos seus membros”. A delegação do voto só é permitida em caso de doença grave, incapacidade prolongada devidamente justificada, internação hospitalar, licença de paternidade ou licença de maternidade.

A sessão inaugural do Parlamento catalão acontece a 17 de janeiro, e nessa altura decidir-se-á quem terá a presidência desse órgão. O partido escolhido terá uma voz determinante na tomada de posse do Presidente da Catalunha (cerimónia que ainda não está marcada).

Nas eleições de 21 de dezembro, o partido liderado por Puigdemont conquistou 34 assentos parlamentares, o mesmo que a ERC, grupo comandado por Oriol Junqueras. O grande vencedor foi, contudo, o Cidadãos — partido encabeçado por Inês Arrimadas — com 36 assentos. Neste cenário, o Juntos pela Catalunha tem de se coligar com a ERC e com quatro deputados da CUP para formar Governo.

Recorde-se que o líder do Juntos pela Catalunha está em Bruxelas, em auto-exílio, uma vez que receia ser preso se voltar a Barcelona pelo seu papel na promoção do movimento independentista catalão.

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Bruxelas vai investir mil milhões em supercomputadores

  • Lusa e ECO
  • 11 Janeiro 2018

A Comissão Europeia apresentou esta quinta-feira um plano para criar uma rede europeia de supercomputadores, com Portugal incluído. Reino Unido está de fora.

A Comissão Europeia apresentou esta quinta-feira planos para investir mil milhões de euros, em conjunto com os Estados-membros, na construção de uma infraestrutura europeia de supercomputadores de craveira mundial. Segundo o projeto de Bruxelas, uma nova estrutura jurídica e de financiamento — a EuroHPC, Empresa Comum — vai adquirir, desenvolver e implantar em toda a Europa uma infraestrutura de computação de alto desempenho (HPC) e de craveira mundial.

Além disso, apoiará um programa de investigação e inovação para o desenvolvimento de tecnologias e máquinas (equipamento informático), bem como de aplicações (suporte lógico) que possam funcionar nesses supercomputadores. “Nenhum país, nenhuma universidade, nenhuma empresa, conseguiriam sozinhos o que nós hoje estamos a fazer”, disse, em conferência de imprensa, o comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas.

Segundo um comunicado, a contribuição da União Europeia (UE) para a EuroHPC será de cerca de 486 milhões de euros, no âmbito do atual Quadro Financeiro Plurianual, a que acrescerão as contribuições dos Estados-membros e de países associados, num montante total semelhante. Globalmente, até 2020, o investimento público ascenderá a cerca de mil milhões de euros, a que se juntarão contribuições em espécie das entidades privadas participantes na iniciativa.

UE vai comprar máquinas. Reino Unido de fora do plano

As verbas serão aplicadas na aquisição e utilização de duas máquinas de supercomputação a pré-exaescala (100 mil biliões de operações por segundo) de craveira mundial e de, pelo menos, duas máquinas de supercomputação intermédias (capazes de efetuar cerca de 1016 operações por segundo), bem como na concessão e gestão do acesso de um largo espetro de utilizadores públicos e privados a estes supercomputadores a partir de 2020.

A EuroHPC irá também apoiar o desenvolvimento de tecnologias europeias de supercomputação, incluindo a primeira geração europeia de tecnologia de microprocessadores de baixo consumo energético, a conceção colaborativa de máquinas à exaescala (um trilião de operações por segundo) europeias, e o desenvolvimento de competências e de uma utilização mais ampla da HPC.

A empresa conjunta EuroHPC estará ativa de 2019 a 2026, sendo a infraestrutura prevista propriedade conjunta dos seus membros — numa primeira fase, os países signatários da Declaração EuroHPC (13, incluindo Portugal) e os membros privados das universidades e da indústria – e por estes gerida. A esta iniciativa poderão aderir, em qualquer momento, outros membros, mediante contribuição financeira. No entanto, o Reino Unido não faz parte deste plano, de acordo com a Bloomberg.

EUA, Japão e China estão à frente

O tratamento de quantidades cada vez maiores de dados, em domínios como os cuidados de saúde e as energias renováveis à segurança dos veículos e à cibersegurança, requer supercomputadores.

A Comissão Europeia considera “cruciais” para a competitividade e a independência da UE na economia dos dados os planos apresentados esta quinta-feira, uma vez que a indústria e os cientistas europeus tratam, cada vez mais, os seus dados fora da UE porque a capacidade de computação disponível não é suficiente para satisfazer as suas necessidades de cálculo.

Bruxelas considera que “esta falta de independência compromete a privacidade, a proteção dos dados, os segredos comerciais e a propriedade dos dados, em particular os das aplicações sensíveis”. O objetivo deste investimento será também, segundo a Bloomberg, o de ir ao encontro de outros países que estarão à frente da União Europeia nesta matéria. Entre eles, os Estados Unidos, a China e o Japão.

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Pinto aterrou em Lisboa em 2000. O que fez nestes 17 anos?

  • Rita Atalaia
  • 11 Janeiro 2018

A companhia área reúne numa cronologia os principais momentos da empresa sob a liderança de Fernando Pinto, que está agora de saída.

1 de abril de 2004. O Presidente do Conselho de Administração da TAP, Cardoso e Cunha acompanhado pelo Administrador-delegado, Fernando Pinto e todos os outros membros da administração, durante a apresentação dos resultados da empresa no ano de 2003.Paulo Carriço / Lusa

Fernando Pinto vai deixar a presidência executiva da TAP, a companhia aérea portuguesa. A saída deverá acontecer no final de janeiro e já há substituto: Antonoaldo Neves, que é atualmente administrador da aérea portuguesa. Apesar de, em outubro, Fernando Pinto ter garantido que não iria sair “em breve” da empresa, o discurso mudou na segunda metade de dezembro, afirmando depois sentir-se “absolutamente realizado” com o trabalho levado a cabo na companhia durante os últimos 17 anos. É com base neste período que a TAP reúne os principais momentos numa cronologia.

Os 17 anos de Fernando Pinto à frente da TAP

2000 – Fernando Pinto chega à TAP, acompanhado por uma equipa de gestão constituída por Manoel Torres, Michael Conolly e Luiz da Gama Mór. TAP opera para 38 destinos, com 35 aeronaves. 5,4 milhões de passageiros transportados. O resultado da TAP nesse ano foi de 110 milhões de euros negativos;

2003 – Governo cria a TAP SGPS, no âmbito da reestruturação económico-financeira da companhia aérea portuguesa. Nesse ano, a TAP SA tem resultados positivos de mais de 19 milhões de euros;

2005 – TAP faz 60 anos. A 1 de fevereiro é apresentada a nova imagem que integra um novo logótipo, o quinto desde que a TAP foi fundada, e uma nova designação: “TAP Portugal”. A 14 de março, a TAP integra a Star Alliance, a primeira e maior aliança de companhias aéreas em todo o mundo. E fecha o ano com resultados positivos superiores a três milhões e 600 mil euros. O então ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mexia, garante que Fernando Pinto continua à frente da companhia. Fernando Pinto assume Presidência da Associação de Companhias Aéreas Europeias (AEA);

2006 – Nova imagem da empresa é distinguida com o prémio Melhor Branding e Re-Branding. A TAP compra e assume o controlo da Variglog e da VEM, do antigo Grupo Varig (hoje TAP Manutenção e Engenharia), o maior Centro de Manutenção da América do Sul. Número recorde de 47 frequências semanais diretas para o Brasil;

2007 – Integração operacional da PGA na TAP. A empresa recebe o primeiro A330 diretamente do fabricante. Fernando Pinto como Presidente do Conselho da IATA (entre 2007 e 2008). TAP considerada 10.ª Companhia Aérea Mais Segura do Mundo (revista Newsweek);

2008 – A TAP atinge o recorde de 33.464 passageiros transportados num só dia. Mais de 8 milhões de passageiros transportados, mais um milhão que no ano anterior. TAP considerada a Companhia Aérea do Ano (prémios “Os 10 Mais do Turismo de 2007”);

2009 – Prémio “Planeta Terra 2010” (atribuído pela UNESCO e União Internacional de Ciências Geológicas), em reconhecimento do Programa de Compensação de Emissões de CO2 da TAP, a primeira companhia aérea do mundo a lançar este programa. TAP cresceu 20% no mercado brasileiro. Eleita Companhia Aérea Líder Mundial para a América do Sul (16ª edição World Travel Awards);

2010 – TAP Manutenção e Engenharia Brasil S.A certificada como Centro Autorizado de Serviços Embraer (EASC). TAP eleita “Melhor Companhia Aérea do Mundo”, pela revista Condé Nast Traveller. TAP, S.A. obtém o melhor resultado de sempre, com lucros de 62,3 milhões, que permitem regressar a uma situação líquida positiva;

2011 – TAP classificada como a Mais Segura Companhia Aérea da Europa Ocidental e a quarta Mais Segura de todo o Mundo (relatório JACDEC);

2012 – TAP ultrapassa os 10 milhões de passageiros transportados num único ano, um valor nunca antes alcançado;

2014 – Somam-se 11 novos destinos. Em 2014 tornou-se líder de operação no Brasil, com voos diretos à partida de Lisboa e Porto, para 12 destinos com voos bidiários em algumas rotas. Em 2000, quando o Engenheiro Fernando Pinto chegou, a TAP servia apenas cinco destinos no Brasil, nenhum diário, e alguns deles em voos combinados. TAP distinguida pela Câmara de Comércio Americana em Portugal com prémios AmCham, reconhecendo a companhia como veículo para a aproximação entre Portugal e os EUA;

2015 – Privatização da companhia aérea, consórcio Atlantic Gateway como novo acionista. Compra de 53 novos aviões e investimento de 70 milhões de euros para atualização dos interiores da frota existente. Fernando Pinto distinguido como “Gestor do Ano do Setor Privado”, pelos Amadeu Brighter Awards;

2016 – Com a extinção da marca PGA, nasce a marca TAP Express e a frota é renovada (17 novos aviões, oito aviões ATR72 e nove Embraer 190). Nova estrutura acionista. Criação da Ponte Aérea, com ligações diárias de hora a hora entre o Porto e Lisboa. Lançamento do programa Portugal Stopover. Mais de 90 mil clientes de todo o mundo da eDreams destacaram a TAP no TOP 10 das melhores companhias aéreas do mundo;

2017 – TAP recupera a designação “TAP Air Portugal” (utilizada entre 1979 e 2005). Mais de 14 Milhões de passageiros transportados, um crescimento de 21,7% face ao ano anterior. As rotas dos Açores e da Madeira, no seu conjunto, ultrapassaram pela primeira vez a marca de um milhão de passageiros. Pela primeira vez, a TAP ultrapassou também um milhão de passageiros num único ano no conjunto das rotas de África.

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Rio: Apoio a Marcelo é uma “atitude popular”

  • ECO
  • 11 Janeiro 2018

No último debate antes das eleições para a liderança do partido, os dois candidatos divergem no apoio a Marcelo. Rio não se compromete.

Os dois candidatos à liderança do PSD defrontaram-se esta quinta-feira num último debate antes das eleições. Voltaram a discutir assuntos de interesse nacional, como as possíveis (ou no caso de Santana, impossíveis) coligações com o PS e a descentralização, assim como os problemas internos do partido. O ponto de “discórdia” esteve no apoio a Marcelo, sobre o qual Rio ainda não se tinha pronunciado. Santana garante que apoia uma eventual recandidatura à Presidência da República. Rio prefere não se comprometer, embora reconheça uma probabilidade de apoio “muito elevada”.

Santana já havia anunciado o apoio a Marcelo Rebelo de Sousa, no caso to atual Presidente da República decidir recandidatar-se em 2021. Esta quinta-feira, Rio diz que esta é uma “atitude popular” da parte do opositor, com a qual escolhe não alinhar.

Se houvesse eleições presidenciais amanhã eu apoiaria Marcelo para ser reconduzido na Presidência“, diz Rui Rio, para depois relembrar que não o são. Só em 2021 regressam a votos os candidatos para o cargo de presidente da República, e, assinala Rui Rio, nem é certo que Marcelo se recandidate. Nessa eventualidade, põe-se a ainda a questão de quem estará à frente do PSD em 2020, já que poderá não ser nenhum dos dois candidatos que agora se apresentam, Rio e Santana. Para além do mais, “dos cinco anos de mandato, só passaram dois”, acautela.

De qualquer forma, Rui Rio reconhece que, ultrapassados todos estes “ses“, a probabilidade de apoiar Marcelo “é muito elevada”. De resto, caso a vontade popular ditasse que Marcelo se mantivesse em Belém, Rio acredita que este “não terá dificuldade nenhuma” em lidar com Rio. “Tenho uma postura mais sóbria e há uma complementaridade maior”, defende o antigo presidente da Câmara do Porto, comparando-se a Santana.

Santana Lopes desvaloriza a crítica: “o Rui pode depois abrir um consultório de psicologia, que ele está cada vez mais especializado nesta matéria“. Ambos os candidatos à liderança do PSD mostram-se contudo unânimes na avaliação que fazem do Presidente. Santana acredita que Marcelo “está a fazer o que deve fazer” e Rio fala de uma “função cumprida” na ótica de promover a estabilidade nacional.

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Justiça faz pacto. “Será assim tão difícil partidos chegarem a consensos?”, pergunta Marcelo Rebelo de Sousa

Conheça aqui as 89 medidas que fazem parte do Pacto de Justiça. Marcelo agradece ao sector e faz o apelo aos partidos políticos, depois de considerar a iniciativa "exemplar".

Conheça aqui as 89 medidas que acabam de ser entregues a Marcelo Rebelo de Sousa do Pacto de Justiça. Medidas que resultam de acordos entre juízes, magistrados do Ministério Público, advogados, funcionários judiciais e agentes de execução. O grupo – que trabalhou quase ano e meio nestas conclusões – chama este consenso, inédito, de “Acordos para o Sistema de Justiça”. “É exemplar porque é original”, diz Marcelo Rebelo de Sousa, que acaba de receber o documento em Belém.

O Chefe de Estado assume que estas 89 propostas preparadas são um exemplo “para os partidos políticos estarem atentos”. Fazendo o apelo para o consenso: “será tão difícil assim que os partidos cheguem a consensos?”. O primeiro desafio “merece o meu agradecimento. E incito-os a continuarem”, diz Marcelo para os operadores judiciários. Agora, diz o PR, “o segundo desafio é para os partidos políticos”. E incita ainda outras áreas, como a Educação e a Saúde, a fazerem o mesmo. O documento foi entregue pela Associação Sindical dos Juízes Portugueses, pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, Sindicato dos Funcionários Judiciais e dos Agentes de Execução. A Ordem dos Advogados esteve representada mas não pelo bastonário Guilherme de Figueiredo.

O Presidente da República considerou ainda que estas propostas “são um desafio aos partidos políticos e ao Governo”. Dirigindo-se a representantes das instituições judiciárias, completou: “Um desafio no sentido de fazerem aquilo que os parceiros da justiça fizeram, acolhendo os vossos pontos de vista, debatendo-os, ponderando-os e tentando chegar ao máximo consenso possível”.

“Quando aqueles que trabalham no setor conseguem chegar a consenso, pergunto-me: será tão difícil assim que os partidos políticos cheguem a consenso, não direi nas 89 propostas, mas em muitas das propostas apresentadas?”, questionou o Presidente da República, reafirmando: “Esse é o próximo desafio”.

Uma das medidas mais de fundo ao longo das 39 páginas com as 89 medidas passa pela integração numa só jurisdição dos tribunais judiciais com os tribunais administrativos e fiscais. É, aliás, logo a primeira medida inscrita no documento: “Unificação de jurisdições: Estudo da unificação da jurisdição comum com a jurisdição administrativa e fiscal, criando uma ordem única de tribunais, um único Supremo Tribunal e um único Conselho Superior da Magistratura Judicial”.

Os operadores envolvidos no acordo – que agora vão rumo a Belém para apresentação desta reforma de fundo que reclamam para a Justiça – querem também uma justiça que comunique mais com os cidadãos: Os tempos estão a mudar e, quer as sentenças, quer os acórdãos, devem estar disponíveis em plataformas de acesso público, “salvaguardando obviamente os casos em segredo ou sigilo” e os cidadãos devem ter acesso direto às plataformas informáticas do sistema de justiça para consulta de dados processuais do próprio. E os gabinetes dos respetivos Conselhos Superiores devem prestar informações concretas sobre os processos.

Os tribunais de família e menores também são uma preocupação clara deste grupo de trabalho alargado com a proposta 2 a pedir uma especialização dos tribunais superiores – da Relação – na área de família e crianças. E ainda uma “cobertura nacional completa dos juízos de família e menores, com possibilidade de deslocalização aos tribunais de proximidade”.

Todas estas medidas até aqui elencadas referem-se ao resultado de um dos quatro grupos de trabalho criados para estes acordos: o da organização judiciária. Este junta-se ao grupo de trabalho relativo à Justiça Económica e Financeira, ao do Combate à criminalidade complexa (como a corrupção) e o do acesso ao direito. No passado, em 2006, já um primeiro acordo na Justiça foi tentando entre as duas principais forças parlamentares – PS e PSD – um ano depois da primeira eleição de Sócrates como chefe de Executivo, mas acabou por cair por terra. “Foi um modelo que não vingou”, diz agora este documento que juntou Associação Sindical dos Juízes Portugueses, Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, Sindicato dos Funcionários Judiciais, Sindicato dos Funcionários Judiciais, Ordem dos Advogados e Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução. “Não quer dizer que os pressupostos desse pacto não tivessem validade. Atesta apenas que, naquele momento, o sistema partidário não se encontrava em condições de tratar com estabilidade os temas da justiça. Outro caminho tinha que ser procurado”, dizem agora os autores do documento.

No contexto da justiça económica, o documento, ainda preliminar, pretende ainda proibir os administradores, gerentes e sócios maioritários de sociedades que não se apresentem à insolvência – ou que tenham sido liquidadas administrativamente – de constituir novas empresas durante cinco anos. E criar ainda um guia do investidor, que explique aos investidores nacionais e internacionais o sistema de cobrança de dívidas português e o que dele devem esperar.

Marcelo Rebelo de Sousa agradeceu ainda o trabalho conjunto da Associação Sindical de Juízes Portugueses, da Ordem dos Advogados, da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução, do Sindicato dos Funcionários Judiciais e do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público: “Saúdo a originalidade do vosso contributo”. “Assim fosse noutras áreas da sociedade portuguesa. Assim fosse na saúde, assim fosse na segurança social, assim fosse na educação”, acrescentou.

O documento pede ainda que o Citius não seja substituído por uma nova plataforma: “necessidade de manter e desenvolver o sistema Citius até ao limite das suas capacidades – exclusão da sua substituição completa por outro sistema no curto/médio prazo”, diz o Pacto.

Acesso ao direito

Criação de uma taxa moderada – equivalente ao que existe na Saúde – é uma das propostas basilares deste documento relativamente ao tema das elevadas custas judiciais. Porém, o grupo adia para mais tarde um estudo mais integrado de propostas no que toca ao método de como reduzir essas custas que são consideradas excessivas: “pretende-se uma redução generalizada de taxas e custas processuais (..). Neste ponto considera-se não caber nesta sede mais do que apresentação deste princípio, devendo ser o trabalho técnico posterior a concretizá-lo”.

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Humberto Pedrosa: “Antonoaldo Neves é conhecedor da aviação, tem trabalho feito”

Humberto Pedrosa, acionista de referência da TAP, diz que a saída de Fernando Pinto já era expectável. Reconhece o trabalho feito, mas confia no novo CEO para levar a TAP a atingir os objetivos.

A saída de Fernando Pinto “já era de esperar”. Quem o diz é Humberto Pedrosa, acionista de referência da TAP, que está confiante na capacidade do novo líder da companhia, Antonoaldo Neves. “É conhecedor de aviação, tem um trabalho feito no setor”, afirma em declarações ao ECO.

A saída de Fernando Pinto do cargo de CEO da TAP deverá acontecer no final de janeiro, mantendo-se como assessor da companhia. “A situação de Fernando Pinto era algo que se já se podia esperar. Esteve aqui 17 anos e, portanto, mais cedo ou mais tarde a sua saída iria acontecer“, afirma o empresário.

O Antonoaldo já está cá na TAP desde agosto, é conhecedor de aviação, tem trabalho feito no setor, é jovem, trabalhador. É a pessoa indicada.

Humberto Pedrosa

Acionista de referência da TAP

O sucessor é Antonoaldo Neves, de 42 anos, que é o antigo presidente executivo da companhia aérea brasileira Azul e atual administrador comercial da TAP. “Estou satisfeito porque o Antonoaldo já está cá na TAP desde agosto, é conhecedor de aviação, tem trabalho feito no setor, é jovem, trabalhador. É a pessoa indicada“, salienta. “O próprio Fernando Pinto também foi importante na escolha de Antonoaldo”, remata.

Na perspetiva do acionista de referência da companhia aérea nacional, “será uma transição que não vai ser difícil. Vai ser fácil”. “O que era importante era assegurar a continuidade” com a transição.

“A companhia está na realidade a atingir os objetivos que nos propusemos. 2017 já foi um ano de bons resultados. A TAP está no bom caminho, é esse caminho que precisamos de manter para continuar o percurso“, rematou Pedrosa.

A TAP transportou mais de 14 milhões de passageiros em 2017, mais 2,55 milhões que no ano anterior. Os números da companhia aérea nacional indiciam um aumento de 21,7%.

(Notícia atualizada às 12h25 com mais informação)

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“Hard” Brexit pode custar meio milhão de empregos a Londres

  • Lusa
  • 11 Janeiro 2018

Presidente da Câmara de Londres divulgou um relatório que mostra que quanto mais duro for o ‘Brexit’, maiores serão os impactos potenciais nos empregos, no crescimento e nos padrões de vida.

A capital britânica pode perder meio milhão de empregos se o país não conseguir chegar a acordo com a União Europeia antes de sair do bloco europeu, segundo um estudo encomendado pelo presidente da Câmara de Londres divulgado, esta quinta-feira.

O relatório alerta sobre o perigo de “uma década perdida” até 2030, composta por um crescimento económico significativamente mais baixo, que resulta em menos 482 mil empregos e 50 mil milhões de libras, cerca de 67 mil milhões de euros, em investimento perdido se o pior cenário se tornar uma realidade.

O ‘mayor’ de Londres, Sadiq Khan, instou a primeira-ministra, Theresa May, a fazer todos os esforços para garantir que este resultado não se concretize, defendendo uma negociação que resulte “num acordo que permita [ao Reino Unido] permanecer quer no mercado comum, quer na união aduaneira”.

Segundo o autarca, a análise divulgada esta quinta-feira “mostra que quanto mais duro for o ‘Brexit’, maiores são os impactos potenciais nos empregos, no crescimento e nos padrões de vida”.

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Passos Coelho sai do Parlamento após congresso do PSD

O ainda presidente do PSD vai deixar de ser deputado em fevereiro. As eleições diretas que vão escolher o seu sucessor acontecem este sábado.

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, discursa durante a festa anual do PSD no Algarve no Pontal, Quarteira, 13 de agosto de 2017. LUIS FORRA/LUSA

Pedro Passos Coelho anunciou ao grupo parlamentar do PSD esta quinta-feira que vai deixar de ser deputado após o congresso nacional do partido que acontece a 16, 17 e 18 de fevereiro, apurou o ECO. A renúncia ao mandato de deputado deverá acontecer quando houver uma nova comissão política e um novo conselho nacional. Este sábado os mais de 70 mil militantes com quotas pagas vão escolher entre Rui Rio e Pedro Santana Lopes.

Foi a 3 de outubro que o ex-primeiro-ministro anunciou que não se ia recandidatar à liderança do PSD na sequência do resultado das eleições autárquicas. Após um resultado negativo em 2013, os social-democratas continuaram em queda, tendo piores resultados nas principais câmaras do país como a de Lisboa e Porto. Pedro Passos Coelho reconheceu que o PSD teve “um dos piores resultados de sempre”.

O ainda líder dos laranjas irá assim deixar a política ativa após o congresso nacional de fevereiro. Logo após ter anunciado a sua decisão de não se recandidatar, o Conselho Nacional do PSD marcou eleições diretas para 13 de janeiro e o congresso para 16, 17 e 18 de fevereiro. A corrida à liderança do maior partido da oposição é entre Rui Rio e Pedro Santana Lopes. Os militantes decidem já este sábado.

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Coligação na Alemanha? Persistem “grandes obstáculos”, diz Merkel

  • Lusa
  • 11 Janeiro 2018

Merkel considera que persistem "grandes obstáculos" entre o CDU e SPD, mas diz-se preparada para "encontrar compromissos construtivos". Se acordo falhar, serão convocadas novas eleições.

A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou, esta quinta-feira, que persistem “grandes obstáculos” entre o seu partido conservador e os sociais-democratas, à entrada para o último dia da primeira fase de negociações para formar uma coligação de governo.

“Vai ser um dia difícil”, advertiu à chegada para a reunião, que só deve terminar à noite. Merkel disse-se, contudo, preparada para “encontrar compromissos construtivos” entre a sua União Democrata-Cristã (CDU) e o Partido Social-Democrata (SPD) de Martin Schulz. “As pessoas esperam que encontremos soluções e é nesse espírito que vou trabalhar hoje”, disse.

Depois do fracasso, em novembro, das negociações com os liberais e os ecologistas, um acordo com os sociais-democratas é a última oportunidade da chanceler para governar mais quatro anos. Se fracassar, serão convocadas eleições.

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E vão quatro: Uber chega a Braga

Desde 4 de julho de 2014 em Portugal, a Uber está em Lisboa, no Porto e no Algarve e, agora, também em Braga.

No dia em que um novo player chega a Lisboa, a Uber chega a Braga. A partir desta quinta-feira, bracarenses e visitantes poderão usar a aplicação de mobilidade para as deslocações dentro e para fora da cidade. O anúncio foi feito esta manhã, em Lisboa, por Rui Bento, diretor-geral da Uber para a Península Ibérica.

“Braga encabeça a lista de cidades com procura latente de cidades que procuram os serviços da Uber. E tem um perfil interessante: cidade mais antiga do país mas com a fatia mais jovem a nível nacional. Um centro, um polo de inovação e empreendedorismo em Portugal”, justificou Rui Bento.

Nesta fase, a Uber arranca no novo mercado com uma parceria com o primeiro clube de futebol nacional, o Sporting de Braga. “Para celebrar a chegada a Braga, Cidade Europeia do Desporto em 2018, a Uber quer tornar mais simples as deslocações de e para o Estádio Municipal de Braga, e vai oferecer descontos e vantagens exclusivas aos sócios do clube. O pontapé de saída é já no próximo sábado, 13 de janeiro, com o jogo Sporting Clube de Braga x SL Benfica a contar para a Liga NOS, no Estádio Municipal de Braga.”, explica a Uber em comunicado.

Estamos empenhados em melhorar a mobilidade nas cidades e também, no futuro“, disse ainda. Depois de Lisboa, Porto e Algarve, a Uber chega agora à segunda cidade no norte do país. De acordo com Rui Bento, a partir de hoje “50% dos portugueses têm um Uber a menos de cinco minutos.”

Com mais de um milhão de downloads da app em Portugal em 2017, a Uber conta com 5.000 motoristas parceiros em todo o país. De acordo com dados revelados pela Uber esta manhã, 1,2 milhões de estrangeiros abriram a app à chegada ao país.

UberEATS a crescer

Questionado sobre a evolução do serviço UberEATS, lançado em Portugal em novembro, Rui Bento não adianta números de entregas mas assegura que “existe uma procura crescente no número de restaurantes” e “pressão de zonas da cidade”. A possibilidade de o serviço ser prestado noutras zonas da cidade e, até noutras cidades, está também em análise, garante.

A UberEATS arrancou em algumas zonas da cidade de Lisboa há cerca de dois meses. No início, a app arrancou com 90 restaurantes parceiros, sendo que a rede já conta com 140 neste momento.

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Fernando Pinto escreve carta e diz que vai continuar como assessor da TAP nos próximos dois anos

De saída da presidência da TAP, Fernando Pinto adiantou em carta dirigida aos trabalhadores que vai continuar ligado à transportadora aérea como assessor nos próximos dois anos.

Fernando Pinto abandona funções como presidente executivo da TAP no final do mês. Mas vai continuar como assessor.Tiago Petinga / Lusa

“O nosso caminho é crescer. E irei acompanhar esse crescimento de perto, uma vez que continuarei ligado à companhia nos próximos dois anos enquanto assessor da TAP. Não é assim, nem jamais será, um adeus”. Em carta aos trabalhadores a que o ECO teve acesso, Fernando Pinto informou que está de saída da liderança da transportadora aérea portuguesa. Mas não é um adeus definitivo já que vai continuar como assessor da empresa nos próximos dois anos.

Numa longa missiva de despedida enquanto CEO da TAP, que acontecerá a 31 de janeiro, Fernando Pinto faz um balanço do que foram os últimos 17 anos da sua vida à frente da operadora aérea nacional. Esse balanço é “muito positivo” ainda que 15 anos desses 17 anos tenham sido “de sobrevivência” para a empresa, sublinha. De “sobrevivência à falta absoluta de capital, às imensas flutuações cambiais, à reestruturação da frota e por fim à chegada das low cost. Lembro-me de momentos de grandes desafios mas, acima de tudo, momentos de superação, em que foi possível, com a ajuda de todos, acreditar que a empresa tinha futuro”, conta o responsável brasileiro.

Por isso, diz que todos se devem “sentir felizes ao ver aquilo em que a TAP se transformou: numa empresa notável que em 17 anos triplicou o seu tamanho: três vezes mais receitas, três vezes mais passageiros, três vezes mais rotas e três vezes mais aviões”. “Hoje a companhia está presente em 85 destinos, em 35 países. Reconhecida com múltiplos prémios”, regozija-se.

É com grande orgulho que comunico que em breve estarei a afastar-me da direção executiva da nossa Empresa. Estes 17 anos na TAP foram a experiência mais enriquecedora da minha carreira. Não teria conseguido fazê-lo sem cada um de vós, de todos, os que já cá estavam quando cheguei e de todos os que foram entrando e que vi crescer profissionalmente com o passar dos anos, tal como a companhia.

Fernando Pinto

CEO cessante da TAP

Lembra que aterrou em Lisboa no início do milénio com a “missão de privatizar a empresa”, “um processo difícil, feito de muitos obstáculos e dificuldades”. Hoje em dia cerca de metade do capital da TAP pertence a investidores privados (consórcio Atlantic Gateway, de David Neeleman e Henrique Pedrosa) e o sentimento de Fernando Pinto é de “absoluta realização profissional e pessoal. De missão cumprida.”

Deixou a empresa no bom caminho e diz que cabe agora aos acionistas iniciarem um novo ciclo com a eleição do seu sucessor para o lugar de presidente executivo da TAP, o que deverá acontecer na próxima assembleia geral, a realizar no dia 31 de janeiro.

Sobre o seu sucessor, Antonoaldo Neves, as palavras não podia ser mais positivas. Considera que é a “pessoa certa” e que”Não podia estar mais contente e entusiasmado com a escolha para assumir os destinos da TAP. (…) É um profissional com grande know how no setor”, frisa Fernando Pinto. “Estou absolutamente seguro de que com a liderança de Antonoaldo, a TAP continuará neste incrível processo de crescimento”, diz ainda.

Estou absolutamente seguro de que com a liderança de Antonoaldo, a TAP continuará neste incrível processo de crescimento.

Fernando Pinto

CEO cessante da TAP

Despede-se dos trabalhadores com carinho e orgulho. Diz que são os melhores profissionais com quem teve o gosto de trabalhar e que também eles devem orgulhar-se do “contributo que deram para o crescimento do nosso país”.

(Notícia atualizada às 12h24)

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Quem é Antonoaldo Neves? Da Odebrecht, à McKinsey até chegar à presidência da TAP

  • Rita Atalaia
  • 11 Janeiro 2018

A administração da TAP está em processo de renovação. Fernando Pinto, o presidente executivo da companhia aérea, está de saída. E já tem substituto. Mas quem é Antonoaldo Neves?

A administração da TAP está em processo de renovação. Fernando Pinto, o presidente executivo da companhia aérea, está de saída. E já tem substituto: Antonoaldo Neves. Há vários anos ligado ao setor da aviação, o engenheiro de 42 anos foi, até ao ano passado, presidente da brasileira Azul e passou depois a ocupar um cargo de administrador na área portuguesa.

Com dupla nacionalidade, brasileira e portuguesa (o avô era de Oliveira de Azeméis), Antonoaldo Neves abandonou a presidência da Azul, de David Neeleman, em julho do ano passado. Passou depois a ser Chief Commercial Officer da TAP, ajudando a tomar as decisões estratégicos na empresa.

Neves, que começou sua carreira na Odebrecht como Engenheiro de Montagem de Obras Eletromecânicas, tem no currículo dez anos de experiência na McKinsey, onde chegou a ser sócio. Após um estudo da consultora sobre o setor aéreo, o Governo brasileiro, através do Secretariado da Aviação Civil do Brasil, nomeou-o membro do Conselho de Administração da Infraero, a empresa brasileira de aeroportos, ficando responsável pelo planeamento do setor aéreo brasileiro entre 2011 e 2012. Foi também diretor executivo da construtora Cyrela.

O executivo é formado em engenharia pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, tem um MBA pela Darden School of Business da Universidade de Virgínia, EUA, e um mestrado em finanças corporativas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Antonoaldo Neves, natural de Salvador, na Baía, é casado, tem três filhos e mora atualmente em Cascais. Quando não está a gerir equipas, tem como hobbies o futebol, a corrida e o ciclismo.

Fernando Pinto vai deixar a presidência executiva da TAP no final de janeiro, de acordo com o Expresso. Apesar de, em outubro, Fernando Pinto ter garantido que não iria sair “em breve” da empresa, o discurso mudou na segunda metade de dezembro. Num encontro com jornalistas, disse que sentir-se “absolutamente realizado” com o trabalho levado a cabo na companhia durante os últimos 17 anos.

(Notícia atualizada às 12h com mais informação)

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