Luís Amado e Mexia vão liderar a EDP nos próximos três anos

O principal acionista da EDP, a China Three Gorges, vai propor aos acionistas a renovação do mandato de António Mexia como CEO. Luís Amado vai ser o novo chairman.

É oficial. Luís Amado e António Mexia vão ser os nomes propostos para chairman e para presidente executivo no próximo mandato da EDP, para o período 2018/2020, segundo um comunicado divulgado há minutos na CMVM.

Os acionistas da EDP são convidados a votar uma nova composição dos órgãos sociais na próxima assembleia-geral agendada para 5 de abril pela China Three Gorges, Oppidum Capital, Senfora, Fundo de Pensões do Grupo Millennium BCP e Sonatrach, de acordo com o comunicado publicado esta segunda-feira pela CMVM.

Estas alterações decorrem do facto de o mandato dos atuais membros do conselho de administração executivo da EDP ter terminado a 31 de dezembro e por isso é necessário eleger novos elementos. O conselho conta com nove elementos, sendo que Manso Neto continua a ser proposto para números dois de António Mexia, mas passa a haver uma presença feminina no board: Maria Teresa Isabel Pereira e Vera Pinto Pereira. Esta é uma novidade, tendo em conta que no anterior conselho de administração não havia mulheres, mas a elétrica tenta assim responder às exigências em termos de quotas de género que se impõem às empresas cotadas, ou seja, tem de haver 20% de mulheres.

Mas há mais novidades: o atual administrador financeiro, Nuno Alves, não consta das nomeações para integrar o conselho de administração executivo, no próximo triénio.

Apesar de a continuidade de António Mexia à frente da EDP ter sido posta em causa por este ter sido constituído arguido na investigação do Ministério Público aos contratos entre o Estado e a EDP sobre rendas garantidas (os CMEC, como são conhecidos), a China Three Gorges tem publicamente reiterado a sua “total confiança” no ainda CEO e volta agora a propor a sua continuação num cargo que ocupa há mais de 11 anos. Contudo, houve rumores de que o principal acionista chinês — tem 23,3% do capital — andava à procura de hipóteses para substituir Mexia na liderança da empresa.

Também o Conselho Geral de Supervisão passa a ser constituído, no mínimo, por nove elementos, mas sempre por mais elementos do que o número de administradores e que devem ser, preferencialmente, independentes. O cargo máximo deste órgão passará a ser ocupado pelo ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de José Sócrates que vem assim substituir o histórico do PSD, Eduardo Catroga. O antigo ministro social-democrata desaparece assim das listas. Continuam a ser propostos 21 nomes, tal como presentemente. João Carvalho das Neves, Celeste Cardona, Ilídio Pinho, Augusto Mateus ou ainda António Vitorino, que é presidente da Assembleia Geral. O antigo ministra das Finanças do PSD, Braga de Macedo também sai, assim como António Gomes Mota.

Mas as mudanças não se ficam por aqui. De acordo com os vário comunicados publicados na CMVM, os acionistas vão ser chamados a votar a PwC como Revisora Oficial de Contas (ROC), já que a KPMG, por lei tinha de ser substituída, já que é ROC da elétrica há 13 anos. A PwC foi a empresa que terá apresentado a proposta mais competitiva.

A assembleia-geral tem ainda mais uma incumbência, eleger os cinco membros do Conselho de Ambiente e Sustentabilidade para o triénio 2018/20. Nanota enviada à CMVM, o conselho de administração executivo propõe, além de José Manuel Viegas para presidente, António Gomes de Pinho, Joana Pinto Balsemão, Joaquim Poças Martins e Pedro Oliveira para vogais. Nomes de “personalidades de reconhecida competência na área da defesa do Ambiente”, segundo o conselho de administração.

Artigo atualizado com mais informação

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Número de professores que vai progredir será definido após negociações

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2018

Para o ministro da Educação o número de professores a aceder aos quinto e sétimo escalões da carreira docente é “um trabalho subsequente” à negociação do diploma.

O ministro da Educação disse esta segunda-feira que a definição do número de professores que vai progredir ao abrigo da portaria de acesso aos quinto e sétimo escalões da carreira docente é “um trabalho subsequente” à negociação do diploma.

“Esse é o trabalho subsequente. Agora negociámos com os sindicatos este instrumento absolutamente fundamental para que o descongelamento de carreiras acontecesse. Esse é um trabalho subsequente que estamos a fazer”, disse o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, à margem de uma cerimónia de apresentação dos vencedores da primeira edição do Orçamento Participativo Jovem Portugal (OPJP) 2017.

Esse é o trabalho subsequente. Agora negociámos com os sindicatos este instrumento absolutamente fundamental para que o descongelamento de carreiras acontecesse. Esse é um trabalho subsequente que estamos a fazer.

Tiago Brandão Rodrigues

Ministro da Educação

O ministro recusou que a portaria resultante da negociação com os sindicatos, e cujo texto final não mereceu o acordo dos professores, represente a imposição de “um garrote” para acesso a estes dois escalões da carreira, afirmando sobre esta matéria que “o Governo põe em prática o Estatuto da Carreira Docente”.

Os sindicatos exigiam a inclusão de quotas anuais para acesso a estes escalões, que desde 2010 estava pendente da publicação de uma portaria que só agora foi negociada e concluída, e que acabou por não ir ao encontro das exigências dos professores.

Questionado sobre se antecipa contestação nas escolas até ao final do ano face às matérias que ainda vão ser negociados e perante as ameaças da Federação Nacional de Professores (Fenprof) de voltar a trazer os professores para a rua já em fevereiro, Brandão Rodrigues respondeu que “a contestação é natural e que faz parte do trabalho que fazem habitualmente os sindicatos”. “Fazemos a nossa parte do trabalho, que é fazer com que as comunidades educativas tenham o seu dia-a-dia o mais normalizado possível”, acrescentou.

O ministro aproveitou ainda a cerimónia, onde foi entrevistado para o programa de entrevistas online ‘Maluco Beleza’, do humorista e apresentador Rui Unas, para anunciar que o OPJP vai ter uma segunda edição, já em 2018, cujo período de candidaturas arranca em maio, e que terá um orçamento reforçado, passando dos 300 mil euros desta primeira edição, para 500 mil euros.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Singapura como destino

  • ECO
  • 8 Janeiro 2018

Há um risco que corremos ao falar com Eduarda van den Berg sobre Singapura: é querermos mudar-nos também para lá o mais rapidamente possível.

O entusiasmo com que Eduarda van den Berg, 48 anos, fala de Singapura é contagiante. Cada palavra que usa para descrever a vida naquela cidade-estado do sudeste asiático aumenta em nós a vontade de fazer as malas e partir. A sua atração por este destino foi instantânea e ainda hoje recorda o que sentiu quando, em 2006, ali chegou pela primeira vez: “O que realmente me cativou de imediato foi a vegetação exuberante que nos acompanhou o caminho todo até chegarmos ao hotel. Lembro-me de olhar através da janela do táxi e de sentir uma grande frescura e tranquilidade.” E esta sensação que lhe ficou registada na memória tem uma justificação. Afinal, Singapura é conhecida como a “cidade jardim”.

A trabalhar como secretária na Australian International School, Eduarda van den Berg mudou-se para Singapura depois de ter vivido vários anos na África do Sul, de onde o marido é natural. Quando este foi convidado pela empresa onde trabalhava para mudar de país, não hesitaram e, juntos, decidiram ser “aventureiros e explorar novas fronteiras”. “Tivemos a sorte de poder ir primeiro dar uma vista de olhos a ver se nos sentíamos bem. Na altura, o meu marido já conhecia bastante bem Singapura, devido a viagens de trabalho, e ele sabia que eu ia apaixonar-me. E apaixonei-me mesmo.”

Cosmopolitismo e acolhimento

“Muito cosmopolita e repleta de diferentes culturas e nacionalidades.” É desta forma que descreve Singapura. E é isso que, nas suas palavras, acaba por tornar mais rápida a integração de quem vai de fora: “A adaptação foi muito fácil, até porque a influência ocidental é muito visível, o que acaba por funcionar como um catalisador para que os imigrantes se sintam imediatamente em casa.” A ajudar também está aquilo que designa por “grupos de apoio” de diferentes nacionalidades, resultado da miscelânea cultural existente.

A somar a tudo isto encontramos ainda a simpatia do povo. “As pessoas são extremamente amigáveis e acolhedoras, têm muito orgulho naquilo que são e adoram mostrar e partilhar a sua cultura”, diz. Admite que existem “uns poucos que olham para os estrangeiros como uma ameaça”, mas o que conta é que “a maioria encara-nos como família, como parte do clã”.

E se soubermos que os singapurenses têm, na sua génese, três grandes e distintas culturas – chinesa, malaia e indiana – mais facilmente compreendemos como esta hospitalidade é natural e genuína.

“Tudo funciona aqui!”

Talvez por ser natural de um país de personalidade mediterrânica como Portugal, Eduarda van den Berg exalta a “funcionalidade” de Singapura: “Tudo funciona aqui! Existem magníficas infraestruturas, os transportes públicos são bons e em conta, de tal forma que a maior parte das pessoas os usa.” Por outro lado, destaca a segurança que se sente nas ruas, onde é possível circular “em qualquer lado a qualquer hora da noite”. E diz que este aspeto é, para si que antes morou na África do Sul, “o paraíso”.

“É uma ilha muito moderna onde facilmente encontramos tudo aquilo que se possa imaginar”, aponta ainda em relação ao país asiático com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), ocupando o quinto lugar a nível mundial, sendo apenas ultrapassado por países como a Noruega, Austrália, Suíça ou a Alemanha.

Na sua perspetiva, outro motivo de atração em Singapura é a localização geográfica, acabando por ser “muito fácil voar a preços acessíveis para outros destinos na Ásia e assim conseguir fazer férias fantásticas”.

O único senão parece ser o “elevado custo de vida”, que nas suas palavras “pode ser um problema para os locais e para alguns imigrantes”. Mas até para isso há soluções: “Há muitas praças de alimentação com comida local – os food courts – e mercearias onde é possível comer e fazer compras a preços baixos.”

Choque cultural

Tanto a nível profissional como pessoal, poucos foram os desafios que enfrentou na adaptação a Singapura. O marido foi recolocado pela empresa para a qual já trabalhava e ela beneficiou daquilo que designam por Letter of Consent, um documento passado pelo Governo com renovação a cada dois anos, que autoriza pessoas na sua situação a trabalhar.

Mas embora a adaptação tenha sido simples, reconhece que teve de aprender a lidar com alguns hábitos culturais que lhe eram estranhos. “Hoje compreendo completamente o significado de choque cultural’”, diz com sentido de humor, enumerando alguns exemplos. Um deles é o “singlish”, ou seja, o inglês falado com sotaque local e que é “muito difícil de entender por quem acaba de chegar”.

Outro aspeto que destaca passa pela proibição de pastilhas elásticas: “Não pensem sequer em trazer pastilha elástica para Singapura. Se forem apanhados no aeroporto podem acabar metidos em grandes sarilhos.” Cuspir na via pública também não é permitido, ao invés de arrotar depois da refeição, “que é sinónimo de satisfação para os chineses”. Da mesma forma, mastigam ruidosamente e cruzam as pernas em cima cadeira, enquanto estão à mesa, “mesmo quando comem fora”.

Outro hábito que a surpreendeu em Singapura foi a frequente utilização de táxis. “Ainda que haja carros particulares a circular nas estradas, os táxis são mesmo muito comuns e acessíveis, pelo que acabam por ser uma opção conveniente para muita gente. Por isso, onde quer que se vá, há sempre uma paragem de táxi e muita gente na fila à espera de um”, salienta.

Eduarda van den Berg demorou também a habituar-se às enchentes nos centros comerciais aos fins de semana, o programa preferido da maior parte das famílias locais. E ainda ao facto de ser considerado normal ter uma ou várias empregadas domésticas: “Para a maior parte das famílias locais é um símbolo de status.”

Da mesma forma, o clima de Singapura exige algum tempo de adaptação, já que “durante o dia as temperaturas atingem os 35° e 100% de humidade e à noite baixam apenas para os 28° com os mesmos 100% de humidade”. Ou seja, “é verão ano inteiro”. “As roupas andam sempre coladas ao corpo e o cabelo fica impossível de domar, por isso, as mulheres acabam por optar por cabelos curtos”, justifica. Também por isso, os singapurenses adoram ar condicionado, estando estes aparelhos disseminados por todo o lado, incluindo a generalidade das casas particulares.

Este é mesmo um dos temas que mais nostalgia lhe provoca: “Vindo eu de um país com quatro estações, imagine as saudades que tenho da neve e do tempo frio e de tudo o que está relacionado com isso.”

A não perder em Singapura

  • Museus – National Museum of Singapore, Singapore Arts Museum e National Gallery Singapore.
  • Chinese Peranakan Culture – Saber mais sobre a cultura dos descendentes de imigrantes chineses visitando a Baba House, a Katong Antique House e o Peranakan Museum.
  • China Town – Onde é possível passar horas sem nunca cansar.
  • Haw Par Villas – Ficar a conhecer algumas histórias associadas ao folclore e mitologia de Singapura.
  • Boat Quay e Clarke Quay – Experimentar a variedade de comida ocidental e oriental, bem como testemunhar a combinação da moderna e antiga arquitetura de Singapura
  • Sentosa Island – Com praias maravilhosas e garantia de diversão para todas as idades. Não esquecer de visitar o museu de história local – Images of Singapore.
  • Botanical Gardens e Gardens by the Bay – Jardins magníficos onde é possível fazer um piquenique ou apenas passear e apanhar ar puro.
  • Bukit Timah Nature Reserve – Fazer uma caminhada num dos muitos trilhos disponíveis. Orchard Road – Lojas de luxo, espaços de outlet, centros comerciais e hotéis de cinco estrelas.

Viaje diariamente de Lisboa para Singapura via Dubai.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Se Santana ganhar, “a probabilidade de voltarmos a ter a geringonça é brutal”

O candidato à liderança do PSD admite que a formação de um "bloco central" só deve acontecer numa "situação absolutamente extraordinária". Por exemplo, para evitar nova legislatura de esquerda.

“Se o meu adversário ganhar as eleições, a probabilidade de voltarmos a ter a geringonça é brutal”. A previsão é de Rui Rio, candidato à presidência do PSD, que foi entrevistado, esta segunda-feira, pela SIC. O social-democrata está seguro de que a viabilização de um Governo minoritário dos socialistas, se esse cenário vier a acontecer nas próximas eleições legislativas, é a atitude que os militantes do PSD esperam de si, ainda que possam não admiti-lo, e critica Pedro Santana Lopes por este reconhecer que faria a António Costa o mesmo que o atual primeiro-ministro fez a Pedro Passos Coelho, em 2015.

Questionado sobre a polémica das suas afirmações ao Público e à Antena 1, na entrevista publicada esta segunda-feira em que admite não impedir a formação de um Governo minoritário do PS, Rui Rio garante que essa posição não afasta os militantes do PSD. “É isso que os militantes do PSD esperam de mim. Não é isso que, eventualmente, esperam que eu diga hoje. Mas, se estou na política, é para fazer diferente”, disse o candidato à liderança do partido.

E explicou: “O que é que o PSD anda a dizer? Que o PS não permite que o PSD governe em Governo minoritário. O que é que o meu adversário diz? Que faria o mesmo que António Costa fez a Pedro Passos Coelho. Isto não é coerente. As pessoas podem, num momento mais emotivo, não compreender isto, mas percebem, depois, quem é genuíno ou não é”. Exemplo disso, apontou, são os governos de António Guterres e o primeiro Executivo de Aníbal Cavaco Silva, ambos minoritários e viabilizados pela oposição, embora Cavaco tenha sido rapidamente confrontado com uma moção de censura que o derrubou e levou à convocação de novas eleições, que venceu com maioria absoluta. “O que digo é que estou disponível para analisar a situação e, em coerência com aquilo que o PSD fez, deixar governar. Depois no Parlamento, votar diploma a diploma”, detalhou.

O que é que o PSD anda a dizer? Que o PS não permite que o PSD governe em Governo minoritário. O que é que o meu adversário diz? Que faria o mesmo que António Costa fez a Pedro Passos Coelho. Isto não é coerente.

Rui Rio

Candidato à presidência do PPD-PSD

Quanto a uma possível uma coligação com o PS, clarifica que um “bloco central só se faz numa situação absolutamente extraordinária”, como a que aconteceu depois do 25 de Abril. E esta é, para Rui Rio, uma situação extraordinária, para evitar nova legislatura de esquerda. Com Santana à frente do PSD, Rui Rio tem dúvidas de que essa nova legislatura seja evitada. “Ou Santana Lopes tem maioria absoluta, ou o PS é atirado para os braços da geringonça e vamos ter mais quatro anos de políticas de esquerda”.

Crescimento económico e descida do IRC são prioridades

Do lado económico, Rui Rio voltou a falar da política fiscal e frisou, mais uma vez, que os impostos sobre as empresas são para baixar, como forma de fomentar o investimento e a criação de emprego. “O modelo económico tem de assentar nas exportações e no investimento. Para isso, temos de assegurar o melhor ambiente para os empresários. As políticas deste Governo vão em sentido contrário daquilo que Portugal precisa para o futuro”, considera Rui Rio, dando como exemplo a subida da derrama do IRC para as empresas com maiores lucros, medida aprovada no âmbito do Orçamento do Estado para 2018.

Se pensassem no futuro, em vez de subir, desciam o IRC, para que haja mais investimento e criação de emprego“, afirmou.

Questionado sobre quais as suas prioridades se vencer as eleições internas do PSD e as próximas legislativas, Rui Rio evitou responder se a descida de impostos é uma prioridade e focou-se no crescimento económico. “A minha prioridade é o crescimento económico, sem ele não há saída airosa”, disse, salientando ainda que “as contas devem ter um ligeiro superavit quando a economia está a subir, para poderem défice quando a economia está a cair”.

As contas devem ter um ligeiro superavit quando a economia está a cair, para poderem défice quando a economia está a cair.

Rui Rio

Candidato à presidência do PPD-PSD

Isto, ressalvou, sem colocar em causa o investimento social. “Não digo que devemos vir de um défice de 5% para um 0%, porque isso desequilibra tudo. Tem de ser uma descida de forma cadenciada”.

Sobre o anterior Governo, Rui Rio admitiu ainda alguns erros, mas salientou o papel difícil durante a era da troika. “Tive algumas discordâncias com o Governo PSD/CDS, que raramente foram públicas. A combinação das medidas podia ser diferente. Não é que tenha havido falta de respeito pelos pensionistas, mas poderia ter havido mais cuidado com os pensionistas, por exemplo”, apontou. Mas sublinhou: “O PSD, durante o período da troika, com erros ou sem erros, teve um papel muito relevante”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Navigator ganha 16,6 milhões de euros com venda de negócios de pellets nos EUA

Numa informação ao mercado, a Navigator anunciou o valor da venda do seu negócio de pellets nos EUA -- 135 milhões de dólares.

A Navigator anunciou que vendeu o seu negócio de pellets nos Estado Unidos por 135 milhões de dólares, ou seja, 112,179 milhões de euros, o que permite à empresa portuguesa lucrar cerca de 20 milhões de dólares (16,6 milhões de euros). Um montante que poderá ainda sofrer ajustamentos, nomeadamente depois da aplicação dos impostos devidos.

A operação já tinha sido comunicada ao mercado no final de dezembro, mas eram desconhecidos os montantes envolvidos.

“Em complemento à informação publicada pela Navigator no dia 29 de dezembro de 2017, relativa à celebração de um contrato de compra e venda do seu negócio de pellets com uma joint-venture gerida e explorada por uma entidade associada da Enviva Holdings, LP, informa-se que o valor global da transação é de 135 milhões de dólares, um montante que pode vir a sofrer ajustamentos usuais neste tipo de operações, e que representa um ganho estimado de cerca de 20 milhões de dólares (antes de impostos), face ao valor em livro dos ativos alienados”, pode lê-se no comunicado emitido esta segunda-feira aos investidores.

O valor global da transação é de 135 milhões de dólares, um montante que pode vir a sofrer ajustamentos usuais neste tipo de operações, e que representa um ganho estimado de cerca de 20 milhões de dólares (antes de impostos), face ao valor em livro dos ativos alienados.

Comunicado da CMVM

A notícia de investimento na fábrica de pellets em Greenwood, Estado da Carolina do Sul, foi conhecida em dezembro de 2014 e ficou concluída no segundo semestre de 2016. Um ano depois, a fábrica com capacidade de produção de 500 mil toneladas por ano, a Navigator vende o negócio por se tratar de “uma oportunidade financeiramente atrativa de desinvestimento”, “libertando assim capital”.

“Os últimos três anos constituíram um período de grande aprendizagem, durante o qual o grupo projetou e construiu uma fábrica de dimensão mundial e adquiriu uma valiosa experiência de gestão de pessoas e bens nos Estados Unidos”, sublinha o comunicado inicial enviado ao mercado pela empresa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tecnológicas ajudam Wall Street a inverter tendência e fechar novamente com ganhos

Os investidores parecem estar ainda a premiar o impacto do corte de impostos enquanto aguardam os resultados das empresas que começam a ser divulgados no final da semana.

E à tarde a maré virou. Wall Street arrancou a sessão em baixa ligeira, depois de, na semana passada, terem registado o melhor arranque de ano em mais de uma década. Mas ao longo da tarde a tendência inverteu e as ações norte-americanas registaram ganhos, terminando em terreno positivo, graças, sobretudo, ao comportamento das tecnológicas. A banca e o setor da saúde impediram que os ganhos fossem mais significativos.

O S&P 500 fechou a ganhar 0,17% nos 2.747,71 pontos, o tecnológico Nasdaq fechou a ganhar 0,29% nos 7.157,39, enquanto o industrial Dow Jones fechou a cair, mas quase na linha de água, 0,05% fixando-se nos 25.283,00 pontos.

Os investidores parecem estar ainda a premiar o impacto do corte de impostos antes de começarem a ser divulgados os resultados das empresas, mais para o final da semana, resultados que vão ditar as próximas movimentações nos mercados de ações. Inclusivamente o dólar valorizou após três semanas consecutivas de quedas.

Mas, num dia de poucas notícias, os investidores pareceram mais focados em fazer movimentos marginais nas suas carteiras depois dos ganhos significativos e antes do início da earning season. “As notícias vão surgir mais tarde em termos de relatórios económicos, resultados e alertas. Entretanto, aproveita os preços de mercado”, defende Jim Paulsen, responsável pela estratégia de investimento do The Leuthold Group em Minneapolis, citado pela Reuters.

As ações norte-americanas estão na maior sessão de ganhos desde o início de novembro, sublinha a Bloomberg.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo vai disponibilizar 10 milhões para a criação de parques de madeira

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2018

O objetivo é garantir que a madeira de pinho é retirada dos terrenos ardidos durante os incêndios de 2017, de forma a “salvaguardar um património” que pode deteriorar-se, disse o ministro.

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, disse hoje que o Governo vai apoiar a criação de parques de madeira, com um montante total de 10 milhões de euros.

“O Governo irá apoiar a criação de dois tipos de parques de madeira. Um, aquele que é a nossa principal prioridade neste momento, dedicado à madeira de serração e, para isso, [será concedido] um apoio financeiro de quatro euros por tonelada aos produtores […] e um apoio de três euros por tonelada aos parqueadores, desde que, quer no pagamento ao produtor, quer na entrega no parque, sejam respeitados preços mínimos de 25 e 46 euros, respetivamente”, referiu.

Em declarações aos jornalistas, no Ministério da Agricultura, em Lisboa, Capoulas Santos adiantou que também será atribuído um montante para a criação de parques para a madeira que se destina à trituração, no valor de um euro e meio por tonelada, até um limite de 250 mil euros por parque.

O objetivo desta medida é garantir a retirada de madeira de pinho dos terrenos ardidos durante os incêndios de 2017, de forma a “salvaguardar um património”, que se deteriorará se não for tratado, adiantou o ministro.

“[Através] dos contactos que têm vindo a ser estabelecidos concluímos que, pelo interesse manifestado pelos representantes desta fileira, autarquias, organizações de produtores e associações podemos aspirar vir a criar, a curto prazo, entre 25 a 30 parques de madeira no caso da serração e, pelo menos, seis no que diz respeito à madeira de trituração”, acrescentou.

Por sua vez, o secretário de Estado das Florestas, Miguel de Freitas, indicou que o período de candidaturas se prolonga durante o mês de janeiro.

“Durante o mês de janeiro vão estar abertas, em contínuo, as candidaturas aos parques de serração, isto é, cada vez que um parque [se candidatar], será feita a vistoria para aprová-lo. Para os parques de trituração, temos um prazo até ao dia 30 de janeiro, para a apresentação das candidaturas”, concluiu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo decide tema do debate quinzenal: prioridades de 2018

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2018

O Partido Socialista também escolheu falar sobre as prioridades políticas. Já o Bloco optou pelos temas de saúde e energia. O primeiro debate quinzenal do ano acontece já amanhã.

O Governo escolheu as prioridades políticas para 2018 como tema para o primeiro debate quinzenal do ano com o primeiro-ministro, na terça-feira à tarde, disseram à Lusa fontes parlamentares.

O debate de terça-feira, na Assembleia da República, será aberto pelo primeiro-ministro, que já abordou as suas prioridades políticas de 2018 na mensagem de Natal, em dezembro, e acontece numa altura em que o parlamento tem pendente a resolução de um veto presidencial à lei de financiamento dos partidos. No debate, o PS também irá falar sobre as prioridades políticas, enquanto o BE optou pelos temas de saúde e energia.

Na sua tradicional mensagem de Natal, António Costa afirmou que a prioridade do Governo em 2018 será “mais e melhor” emprego e prometeu, “naquilo que é humanamente possível”, total empenhamento para evitar novas tragédias com incêndios.

Os assuntos económico-financeiros estiveram em destaque na segunda parte da mensagem, com o primeiro-ministro a congratular-se com os resultados alcançados em 2017, apontando que o país saiu do Procedimento por Défices Excessivos na União Europeia, que o crescimento será “o maior” desde o início do século e sustentando que foram criados 242 mil novos postos de trabalho.

António Costa disse ainda que o emprego “é a prioridade” que o Governo definiu para 2018, considerando que “emprego digno, salário justo e oportunidade de realização profissional são condições essenciais para os jovens perspetivarem o seu futuro em Portugal”.

Numa altura em que está por dias a escolha entre Pedro Santana Lopes e Rui Rio para líder do PSD, o debate político nas últimas semanas tem-se centrado em torno do veto do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, à lei do financiamento dos partidos “com base na ausência de fundamentação publicamente escrutinável quanto à mudança introduzida no modo de financiamento dos partidos políticos”.

O veto presidencial obriga os deputados a duas opções: ou alteram o diploma, aprovado em dezembro por PSD, PS, BE, PCP e PEV e votos contra de CDS-PP e PAN, para ultrapassarem as dúvidas do chefe do Estado ou confirmam a lei com uma maioria alargada de dois terços.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Junta em Penafiel dá instalações e contrata funcionário para manter CTT

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2018

A Junta de Freguesia de Termas de São Vicente, em Penafiel, vai contratar funcionar e disponibilizar instalações para manter serviços dos CTT naquela localidade.

A Junta de Freguesia de Termas de São Vicente, Penafiel, vai contratar pessoal e disponibilizar instalações para manter os serviços dos CTT naquela localidade, revelou o presidente. José Barbosa Soares explicou que a junta terá de contratar um funcionário que se vai juntar a outra pessoa que já presta serviços na loja do cidadão das Termas de São Vicente.

O autarca referiu que aquela foi a solução encontrada para o problema, depois de os CTT terem informado que a estação da localidade estaria entre as 22 que a empresa pretendia encerrar.

A freguesia e os CTT vão celebrar um protocolo que definirá os termos concretos do entendimento, estando garantido que, frisou o presidente, todas as valências vão funcionar.

“Fizemos um acordo com os CTT e vamos ter os serviços, com todas as valências, a funcionar na loja do cidadão, no edifício da junta de freguesia”, realçou José Barbosa Soares.

Questionado sobre o esforço financeiro que a junta terá de suportar, o autarca das Termas de São Vicente admitiu que “terá de ser feito um acerto aqui ou ali e um esforço da junta”.

A loja dos CTT das Termas de São Vicente, localizada a cerca de 18 quilómetros da sede do concelho, é muito importante para a população do sul do município de Penafiel, servindo muitos milhares de habitantes.

Conforme o ECO avançou em primeira mão, além da loja das Termas de São Vicente, os CTT preveem fechar os seguintes balcões: Junqueira, Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Socorro (Lisboa), Riba d’Ave (Famalicão), Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde, Filipa de Lencastre (Belas), Olaias (Lisboa), Camarate (Loures), Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprelas (Porto), Areosa (Porto), Araucária (Vila Real), Alpiarça (Santarém), Alferrarede (Abrantes), Aldeia de Paio Pires (Seixal) e Arco da Calheta (Madeira).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rui Leão Martinho: “Todos são necessários, todos são bem-vindos”

  • Juliana Nogueira Santos
  • 8 Janeiro 2018

Na tomada de posse como bastonário da Ordem dos Economistas, Rui Leão Martinho definiu as prioridades para os próximos quatro anos: dignificar a profissão, atrair membros e aproximar-se da Academia.

Rui Leão Martinho na cerimónia de tomada de posse como bastonário da Ordem dos Economistas.Paula Nunes/ECO

Após cumprir um mandato de quatro anos à frente da Ordem dos Economistas, Rui Leão Martinho foi reeleito para a posição de bastonário. Cabeça da lista que foi a única candidata, o economista definiu, no seu discurso de tomada de posse, as prioridades para os próximos quatro anos: dignificar a profissão, atrair mais membros e aproximar-se da Academia.

“Entre os muitos objetivos está o aumento do número de membros através dos novos profissionais e dos que já trabalham”, apontou Leão Martinho do seu discurso. “Todos são necessários, todos são bem-vindos”. Só assim será possível “continuar e aprofundar o trabalho que foi feito no mandato anterior”.

A lista, que contava com nomes como Joaquim Miranda Sarmento, Ricardo Arroja ou Pedro Fontes Falcão, candidatou-se sob o tema “Avançar no fortalecimento da Ordem e no reforço do prestígio dos economistas ao serviço de Portugal”. Ao ECO, e à margem da cerimónia, o bastonário reeleito considerou como prioridade “tornar a profissão de economista cada vez mais dignificada”.

Aproximação à Academia

Tal como já tinha afirmado numa declaração à agência Lusa, aquando da vitória, Rui Leão Marinho sublinhou, esta segunda-feira, a necessidade de estreitar as ligações entre a Ordem e a realidade económica e social do país. Sublinhando vários sinais de melhoria da economia portuguesa, como a desalavancagem da banca e a redução do desemprego, Leão Martinho deixa o alerta: “As causas profundas do nosso desequilíbrios continuam por resolver”.

“Cumprimos escrupulosamente as regras europeias mas, no Parlamento, temos a dificuldade de aprovar as reformas necessárias para o bem-estar da população e o avanço da economia”, considerou no discurso de tomada de posse, apontando a demografia e os hábitos de poupança como aspetos a ter em conta. E nos quais a Ordem pode intervir.

“Através não só das nossas publicações, como do nosso think tank e de outras iniciativas, queremos desenvolver a ciência económica em temas que afetem mais as pessoas”, detalhou ao ECO. A Ordem continuará assim a trabalhar para desenvolver medidas que possam ser apresentados aos órgãos de soberania, “porque eles é que têm a capacidade de, sobre esses temas, regular e legislar”.

Ainda assim, e segundo as palavras do bastonário reeleito, o esforço tem de começar ainda na Academia, onde se encontra o futuro da profissão. “Queremos aprofundar a relação com a Academia, principalmente ir aos últimos anos e tentar perceber quais são os anseios e as expectativas desses alunos, tanto das licenciaturas como dos mestrados. E que que maneira é que a Ordem pode ajudar”, concluiu o bastonário reeleito ao ECO.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pensionistas podem ver online declaração de rendimentos

  • ECO
  • 8 Janeiro 2018

A partir de dia 11 de janeiro vai estar disponível no portal da Segurança Social a declaração de rendimentos dos pensionistas para 2017. Alguns vão continuar a recebê-la por correio.

Os pensionistas que estão registados e utilizam a Segurança Social Direta vão poder ver a partir de dia 11 de janeiro a sua declaração anual de rendimentos de 2017 online, segundo um comunicado enviado esta segunda-feira às redações. No entanto, os pensionistas que não estejam registados no site ou não o tenham usado nos últimos dois anos receberão a declaração por via postal, como habitualmente.

“A declaração poderá ser consultada de forma permanente e segura ou poderá ser impressa, evitando assim uma deslocação aos serviços da Segurança Social para emissão de uma segunda via”, lê-se no comunicado.

A situação aplica-se àqueles que estejam registados e tenham utilizado o portal da Segurança Social Direta nos últimos 24 meses, desde dezembro de 2015.

“Os pensionistas que ainda não se encontram registados na Segurança Social Direta, ou que não acederam a este serviço nos últimos 24 meses, continuarão a receber a Declaração Anual de Rendimentos por via postal“, continua o comunicado enviado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Descobriram falhas no seu computador. Cinco razões para ter atenção ao assunto

Engenheiros da Google encontraram duas vulnerabilidades que afetam a generalidade dos computadores, telemóveis e tablets. Não é preciso entrar em pânico, mas deve manter-se de olhos postos neste tema.

Há cinco boas razões para se manter com atenção ao Meltdown e Spectre, duas vulnerabilidades que afetam a generalidade dos computadores, smartphones e tablets.Pixabay

Já deverá estar a par. Ou talvez não. Pois bem: foram descobertas duas vulnerabilidades que afetam o seu computador, telemóvel e tablet. Certeza? Temos quase. Porque os problemas de que lhe vamos falar envolvem, por um lado, todos os dispositivos com processador e, por outro, todos os aparelhos com processador da marca Intel, de 1995 em diante. Ou seja, a esmagadora maioria de todos nós.

Meltdown e Spectre. Decore estes nomes. São problemas de segurança descobertos por engenheiros da Google e que podem comprometer os dados pessoais dos utilizadores. Normalmente, quando este tipo de falhas é detetado, o caso só vem a público já depois de estarem corrigidas. Desta vez foi diferente. Terá ocorrido uma fuga de informação pelo que, não só o público ficou a saber do problema, como potenciais hackers foram alertados para estas brechas. E isso é tudo menos positivo.

Não deve entrar em pânico, mas deve tomar atenção ao caso e estar alerta para novos desenvolvimentos. Neste artigo, não só lhe explicamos o que está em causa como lhe sugerimos o que deve fazer — que é… muito pouco. Eis os cinco motivos pelos quais deve ter atenção a este caso.

1. Há probabilidade de estar entre os afetados

Dizemos isto sem grandes reservas: a probabilidade de os seus dispositivos estarem entre os afetados é muito alta, a não ser que use um computador muito antigo ou qualquer outro aparelho fora do normal (não, computadores e telemóveis da Apple não contam — também estão entre os afetados). Se não é o caso, então, o facto de ser um potencial alvo será mais do que suficiente para se manter a par dos desenvolvimentos acerca das falhas Meltdown e Spectre. Troquemos por miúdos.

O Meltdown é um problema que está a ser associado aos processadores da marca Intel, lançados de 1995 em diante. Está num PC portátil? Tem um selo azul a dizer “Intel”, “Core” e “Inside”? Diz “i5”? Talvez diga “i7”. Não interessa: é um potencial alvo. Em linhas muito gerais, o processador é o centro de qualquer aparelho eletrónico minimamente inteligente. É como o cérebro. Ora, os engenheiros da Google descobriram que é possível a um processo com baixos privilégios no computador quebrar as barreiras e aceder ao núcleo dos processadores.

Ou seja, é como se qualquer programa do computador, ou um site aberto no browser, pudesse “ler os pensamentos” ao processador. Sabe o que lá está? Provavelmente, os seus dados. Palavras-chave. Ou informação menos importante, como aquele pequeno trecho de texto que copiou de uma página para enviar pelo WhatsApp. De qualquer forma, a brecha é um problema mais significativo em sistemas que guardem informação sensível. Até porque os servidores da Google e da Amazon, entre outros, usam este tipo de processadores. É uma fração grande da cloud. Logo, também são potenciais alvos.

O Spectre é uma falha mais matreira. Mais difícil de explorar, mas também mais complicada de resolver. Como resume o jornal El Economista, esta falha afeta a generalidade dos processadores, independentemente da marca — seja Intel, AMD e por aí em diante. Em suma, os engenheiros da Google descobriram que, através desta via, um processo é capaz de “enganar” o núcleo do processador para que mova as informações para uma zona que possa controlar.

2. Os utilizadores estão de mãos e pés atados

Leu bem. Há pouco a fazer neste momento, a não ser… atualizar o sistema. As principais marcas e sistemas operativos já começaram a trabalhar em pacotes para resolver, por via de software, estas raras falhas descobertas no hardware. No caso do Meltdown, já começaram a ser lançadas algumas atualizações de segurança, as quais recomendamos, desde já, que instale logo que tenha oportunidade (para começar, procure por novas atualizações nas definições de sistema do seu aparelho).

No caso do Spectre, como é uma falha mais complexa, as primeiras atualizações começaram a ser feitas aos servidores e a chegar ao público muito recentemente. O problema é que alguns utilizadores têm feito queixas de que estas atualizações estão a provocar instabilidade nos seus sistemas. Aliás, é outra desvantagem das atualizações que estão a ser lançadas: poderão resultar em alguma lentidão nos sistemas. Segundo o jornal especializado Motherboard, não há razões para entrar em pânico, mas confirma-se que as atualizações podem provocar problemas de desempenho em alguns data centers.

Em suma, o melhor é atualizar. Mas se tem dúvidas ou receios, então contacte um especialista. Ou vá diretamente falar com a marca ou o vendedor do seu aparelho. Tendo em conta que este ainda é um assunto em desenvolvimento, esta é mais uma boa razão para se manter de olhos postos nestas duas vulnerabilidades. Não vá o diabo tecê-las.

3. Pode durar anos a resolver o problema

Não fazemos futurologia, mas o certo é que estas duas falhas podem só estar totalmente mitigadas daqui a uns anos, quando as marcas lançarem novas gerações de processadores já com as vulnerabilidades corrigidas de fábrica. Também é quase certo que as grandes empresas, para além de estarem a trabalhar na proteção dos sistemas atuais, também tenham este problema em conta no desenvolvimento das novas versões dos componentes.

Convém perceber que ainda não há qualquer prova de que as falhas tenham sido exploradas para fins criminosos, como aceder aos seus dados bancários ou outra coisa do género. Mas é como lhe indicámos: este tipo de erros é chamado de zero day. Ou seja, são problemas que nunca tinham sido explorados antes. E é relativamente incomum um zero day chegar ao domínio público antes de os sistemas estarem protegidos por via das atualizações. Ainda para mais quando se tratam de falhas dos componentes físicos, ao invés de vulnerabilidades no código dos programas.

4. Um ataque por estas vias não deixa rasto

Outra particularidade deste problema tão suis generis é que qualquer ataque que explore estas falhas não deixa rasto, pelo menos em teoria. Num conjunto de perguntas e respostas, o portal MeltdownAttack, que esclarece as principais dúvidas relativamente a este dossiê, lê-se: “A exploração destas vulnerabilidades não deixa qualquer rasto nos ficheiros de registo tradicionais”. É música para os ouvidos de qualquer pirata.

Se é geek — como nós — e quer ver uma demonstração de um ataque através destas falhas, deixamos-lhe aqui dois vídeos, que constam no portal que indicámos no parágrafo acima:

5. Há suspeitas de insider trading na Intel

A última razão para se manter com atenção a este caso são as suspeitas de insider trading que pairam sobre o presidente executivo da Intel, Brian Krzanich. Insider trading acontece quando um investidor realiza transações de ações estando na posse de informação que não é do conhecimento público.

De acordo com a CNBC, que cita documentos do regulador norte-americano dos mercados, o líder da fabricante de processadores exerceu cerca de 644.000 opções de compra de ações da empresa, juntou-as a outras 245.700, e vendeu tudo de seguida. Contas feitas, Brian Krzanich terá obtido uma mais-valia líquida de cerca de 25 milhões de dólares, mantendo apenas 250.000 ações na sua posse, o mínimo requerido pela companhia. Mas nada está provado.

O gestor tem-se escudado num plano criado no final de outubro, normalmente feito por gestores de topo para não serem acusados de negociar com base em informação privilegiada. E o problema só foi conhecido no final de dezembro. Mas as notícias de que o aviso da Google terá chegado a 1 de junho de 2017 levantaram novamente as suspeitas, pelo que este será mais um capítulo que poderá vir a marcar este imbróglio.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.