Cópia privada gerou recorde de 9,6 mil milhões de direitos em 2017

  • Lusa
  • 8 Novembro 2018

A cobrança mundial de direitos autorais sobre cópia privada atingiu 9,6 mil milhões de euros, em 2017, revela estudo da Cisac. Em Portugal, foram gerados cerca de 44 milhões.

A cobrança mundial de direitos autorais sobre cópia privada atingiu 9,6 mil milhões de euros, em 2017, segundo o relatório anual da Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores (Cisac), que sublinha a fraca redistribuição do Youtube.

Os direitos de autor resultantes da cópia privada aumentaram 6,2%, no ano passado, em comparação com 2016, para o valor recorde de 9,6 mil milhões de euros, segundo o relatório divulgado esta quinta-feira pela Cisac, que inclui 239 sociedades de autores em 121 países, representativas de quatro milhões de criadores.

Em Portugal, segundo os números da Cisac, a cópia privada gerou cerca de 44 milhões de euros, em direitos, acusando um crescimento de 5% em relação a 2016 e a um ‘share’ de 0,5% do total gerado a nível mundial.

O setor musical concentra a fatia mais importante das receitas (87%), com autores, compositores e editores de música a verem as suas coletas atingirem os 8,3 mil milhões de euros no ano passado (mais 6%, do que em 2016).

Portugal reflete a repartição global, com cerca de 39 milhões de euros gerados em direitos de cópia privada, em 2017, mais 5,5% do que no ano anterior.

Os outros setores estiveram igualmente em alta, em 2017. O audiovisual atingiu um crescimento global de 6,8%, em relação a 2016, com 611 milhões de euros, a literatura, os 5,2%, com 227 milhões de euros, as artes visuais os 19%, com 208 milhões de euros, e os espetáculos ao vivo obtiveram 3,7%, com 196 milhões de euros.

Em Portugal, após a música, destacam-se os setores do audiovisual (2,1 milhões) e literário (1,3 milhões), com crescimentos de 0,3% e 0,6%, respetivamente, no ano passado, sobre as receitas de 2016, de acordo com a Cisac.

Com um aumento de 24%, atingindo os 1,27 mil milhões de euros, a cópia digital, na combinação de todos os setores, aparece como o verdadeiro motor do crescimento global, de acordo com a Cisac. Contudo, não gera mais de 13,2% das coletas de direitos, com plataformas como o Youtube a pagarem apenas uma pequena parte, sublinha o Cisac.

Os utilizadores de TV e de rádio continuam a ser a principal fonte de receita, com 40,6% das coletas globais (3,89 mil milhões de euros, em 2017, um aumento de 2,9%, sobre números de 2016), seguidos de diretos e ao vivo (2,74 mil milhões, um aumento de 3,4%).

Os países em que o setor digital pesou mais foram a Suécia, o México e a Coreia do Sul, com cerca de um terço de coletas nacionais. No caso da Suécia, o digital tornou-se mesmo na primeira fonte de direitos.

Europa lidera nos direitos. Portugal é 27.º

Quanto à receita por regiões, a Europa continua a liderar, com 5.401 milhões de euros (6.100 milhões de dólares) de direitos cobrados, representando 52,2% do total mundial, seguida pelo Canadá (mais 7% do que a Europa) e pelos Estados Unidos (com mais 3%).

A América Latina e o Caribe tiveram um crescimento proporcionalmente mais acelerado, com um aumento de 22,7% para 609 milhões de euros, graças ao impulso do Brasil e ao uso da música no campo audiovisual.

Finalmente, em África, houve um aumento de 11,4% na cobrança de direitos, em 2017, para 75 milhões de euros.

Em termos de coleta ‘per capita’, Portugal encontra-se na 27.ª posição a nível mundial, com um pagamento de 4,3 euros de direitos sobre cópia privada. Ou seja, cada cidadão residente assumiu encargos inferiores a cinco euros, ao longo de todo o ano de 2017, no âmbito da cópia privada.

A Suíça está no topo do ‘ranking’ mundial, com 27,33 euros ‘per capita’, seguida da Dinamarca, com 25,07 euros, e da Finlândia, com 18,41 euros.

Em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), Portugal ficou na 22.ª posição, em 2017, com uma percentagem de 0,023% (o PIB, em Portugal, a preços correntes, em 2017, foi de 193,07 mil milhões de euros).

França lidera este ‘ranking’ de 2017 com os direitos sobre cópia privada a representarem 0,053%.

O compositor Jean-Michel Jarre, presidente da Cisac, numa alusão ao Youtube, disse que “não é aceitável proteger os monopólios da indústria de novas tecnologias e manter uma injustiça sistemática para com os criadores”, na mensagem que acompanha a divulgação dos resultados.

“Em setembro, o Parlamento Europeu tomou uma decisão importante a favor de uma nova diretiva sobre direitos de autor no Mercado Único Digital (…). Temos de levar este processo legislativo a uma conclusão e alargar este precedente importante além das fronteiras da União Europeia. Se a Europa decide corrigir a transferência de valor, é altura de os líderes de outros países seguirem o seu exemplo”, sublinhou o também compositor, pioneiro francês da música eletrónica.

A reforma dos direitos autorais deve forçar os gigantes da Internet, incluindo o YouTube, a verificar o conteúdo artístico e os itens que usam, defende a Cisac.

A confederação destacou ainda que as receitas da cópia privada poderiam impulsionar o crescimento dos mercados se os países melhorassem o seu quadro jurídico e reforçassem a sua aplicação, já que 78 países dispõem de uma lei sobre cópia privada, mas apenas 38 a aplicam.

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Bruxelas vê PIB a desacelerar. Em que carruagem vai a economia portuguesa no comboio europeu de 2018?

Bruxelas prevê que Portugal cresça 2,2% este ano. Nas Previsões de Outono da Comissão Europeia divulgadas esta quinta-feira, o Executivo comunitária revela ser mais pessimista do que o Governo português no que se refere ao desempenho da economia nacional. Na proposta de Orçamento do Estado para 2019 é reiterada a projeção de crescimento de 2,3%, uma previsão que é partilhada pelo Banco de Portugal e pelo Fundo Monetário Internacional.

E os restantes países da União Europeia? Em que carruagem seguem no comboio do crescimento?

As previsões revelam que a campeã é a Irlanda, com um crescimento de 7,8%. Um desempenho muito acima da média da zona euro (2,1%) e da própria União Europeia (2,2%). Portugal está nesta carruagem.

Quem vem depois? Só mesmo Itália (1,1%), Dinamarca (1,2%), Bélgica (1,5%), França e Alemanha (1,7%) e Grécia (2%).

 

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FMI deixa receita para conter preços das casas na Europa. Política fiscal também é solução

Fundo, atento à subida de preços no imobiliário e aumento no crédito à habitação na Europa, lembra que existem receitas para travar o movimento. Aponta soluções ao nível fiscal.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) defende que medidas dirigidas a quem empresta e a quem pede dinheiro ao banco na hora de comprar casa podem ser “úteis” para evitar riscos financeiros na economia, mas lembra também que existem países que estão a aplicar outro tipo de soluções de caráter mais fiscal.

No Regional Economic Outlook for Europe, publicado esta quinta-feira, a instituição liderada por Christine Lagarde recorda um conjunto de soluções usadas em vários países do ponto de vista das políticas macroprudenciais. No caso português, o Banco de Portugal impôs um limite à taxa de esforço nos empréstimos à habitação, que limita a 50% o peso da prestação mensal do empréstimo no rendimento familiar.

No entanto, o Fundo identifica um conjunto de outras soluções — no campo da política fiscal — adotadas em alguns países europeus, que têm como objetivo conter a subida de preços no imobiliário e evitar incumprimentos futuros na amortização de hipotecas. Por exemplo, em Israel foi proposto um imposto para os proprietários com mais de um apartamento – uma medida que “resultou numa redução das transações imobiliárias em 2017”.

Ao mesmo tempo que dá este exemplo, o FMI elabora sobre este leque de soluções. “Outra questão em aberto é até que ponto os países devem contar com políticas macroprudenciais mais do que com instrumentos complementares de políticas (que são, a política fiscal, a dedutibilidade dos juros do empréstimo, fixação de zonas, construção e restrições à construção), que também podem ter um efeito forte nos mercados de crédito e imobiliário”. “A resposta, presumivelmente, deve ser dada em função do dos fatores específicos que estão a motivar o crédito excessivo e o aumento dos preços das casas”, acrescenta o Fundo.

Apesar de Portugal ser um dos países onde os preços das casas sobem e onde se debatem soluções para travar a especulação imobiliária — como foi o caso da Taxa Robles –, o país não é referido no relatório do FMI de forma específica (a não ser para referir que já foi tomada a medida do teto dos 50% para a taxa de esforço). O Fundo não avança com recomendações concretas, optando antes por dar exemplos de soluções já adotadas ou áreas em que ainda podem ser tomas medidas.

Até porque, no relatório o Fundo chama a atenção para duas questões: a política acomodatícia do Banco Central Europeu, que mantém os juros em níveis historicamente baixos, impede uma leitura clara sobre a relação causa-efeito que estas medidas podem ter na concessão de crédito e nos preços das casas e, além disso, o Fundo alerta também a para a necessidade de testar estas soluções num ciclo económico completo (e não só na atual fase de crescimento económico).

No Regional Economic Outlook, o Fundo prevê que a Europa cresça este ano 2,3% e 1,9% no próximo. Estas foram as previsões que o FMI fez em outubro quando divulgou o World Economic Outlook. “A procura interna, suportada pelo emprego robusto e pelos salários, permanece como o principal motor do crescimento. Porém, o ambiente externo tornou-se menos favorável e é expectável que abrande em 2019 devido ao abrandamento da procura global, às tensões comerciais e a preços da energia mais altos”.

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Ministério Público pediu esclarecimentos à Câmara de Lisboa sobre requalificação de Entrecampos

  • Lusa
  • 8 Novembro 2018

A câmara de Lisboa recebeu uma carta do Ministério Público com pedidos de informação relativamente à Operação Integrada de Entrecampos, confirmou Fernando Medina.

O Ministério Público enviou uma carta à Câmara Municipal de Lisboa, onde pede esclarecimentos ao município relativamente à Operação Integrada de Entrecampos, anunciou esta quinta-feira o presidente, Fernando Medina, apontando que decorrem das questões já colocadas pelo CDS-PP.

Na reunião pública da Câmara Municipal de Lisboa, que decorre esta manhã nos Paços do Concelho, Fernando Medina (PS) foi questionado pelo CDS-PP se teria recebido alguma “intimação, ofício, a propósito da hasta pública de Entrecampos”, e se ia dar conhecimento do conteúdo do documento aos restantes vereadores.

O presidente confirmou que a Câmara recebeu “ontem [quarta-feira], ao final da tarde”, uma “carta do Ministério Público, junto do Tribunal Central Administrativo, com pedidos de informação relativamente à Operação Integrada de Entrecampos, referindo expressamente a questões colocadas pelo CDS”.

“Isto é, o que o Ministério Público vem colocar são as questões que o CDS colocou, do ponto de vista das suas dúvidas sobre a operação de Entrecampos, e a Câmara naturalmente vai dar resposta a essas questões ainda durante o dia de hoje, e prestará todos os esclarecimentos que forem necessários para o esclarecimento de tudo quanto lhe é colocado”, afirmou o líder do executivo.

Segundo Medina, este foi “um pedido de informação que é normal, que decorre obrigatório daquilo que o CDS decidiu fazer, que foi questionar os vários instrumentos da operação”.

Já o vereador centrista João Gonçalves Pereira, que levantou a questão no período antes da ordem do dia da reunião, não concorda com esta teoria.

“Se há dúvidas e questões que agora o próprio Ministério Público vem levantar à câmara, é porque não serão dúvidas assim tão descabidas. Se fossem descabidas, como é evidente, qualquer procurador responsável o que fazia era arquivar, percebendo que não havia qualquer substância ou qualquer matéria”, advogou.

Em resposta, Fernando Medina garantiu que vai “responder com toda a diligência” às questões colocadas, e que “dará conhecimento público à Câmara e à Assembleia Municipal”.

O autarca apontou também que este processo foi gerado por uma “irresponsabilidade na gestão da cidade”, pela mão do então presidente Carmona Rodrigues, e que o CDS mudou de opinião sobre estes terrenos “para tentar compensar os problemas da sua líder relativamente à habitação”, acusando o partido de “oportunismo político”.

Sobre isto, Gonçalves Pereira reiterou à Lusa que “o CDS continua a defender habitação em detrimento dos serviços”, apontando que a “opção da Câmara é errada numa cidade que tem carências de habitação”.

Em meados de outubro, os vereadores do CDS-PP apresentaram, junto da Procuradoria-Geral da República, um pedido de sindicância sobre o projeto de requalificação que envolve os terrenos da antiga Feira Popular, e que foi batizado pela câmara como Operação Integrada de Entrecampos, alegando que a edificabilidade do projeto contraria a lei.

“Particularmente em causa está o modelo de loteamento adotado”, apontavam os vereadores do CDS-PP, alegando que “o índice de edificabilidade só pode ser aplicado às parcelas a lotear e não, como pretende o executivo socialista da Câmara de Lisboa, ao domínio público circundante”.

Sobre esta iniciativa, o presidente da Câmara de Lisboa apontou hoje ser um comportamento que “mais tarde” iria “adjetivar da forma própria”.

Por esclarecer, ficou a questão se este pedido de esclarecimentos iria ter alguma implicação no leilão dos terrenos da antiga Feira Popular, na segunda-feira, mas à Lusa o vereador João Gonçalves Pereira mostrou-se “preocupado com as consequências que isto pode vir a ter para o município”.

Se a operação vier a ser anulada, isso pode implicar futuras indemnizações àqueles a quem foram criadas expectativas”, considerou o autarca.

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Morais Leitão faz homenagem a João Soares da Silva

No próximo dia 14 de novembro, pelas 17h30, a Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (Morais Leitão) homenageará o seu sócio fundador honorário, João Soares da Silva.

No próximo dia 14 de novembro, pelas 17h30, a Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (Morais Leitão) homenageará o seu sócio fundador honorário, João Soares da Silva, por ocasião da apresentação da sua obra A propósito de Corporate Governance e do Direito das Sociedades e dos Valores Mobiliários – Escritos Vários.

A abertura da sessão será às 17h45, pelo Bastonário da Ordem dos Advogados, Guilherme Figueiredo, e pelo Managing Partner da Morais Leitão, Nuno Galvão Teles. Seguir-se-á uma evocação do homenageado, por António Menezes Cordeiro e por António Lobo Xavier. O livro será apresentado por Manuel A. Carneiro da Frada, que o prefaciou.

No âmbito desta sessão de homenagem, serão ainda apresentadas por Carlos Osório de Castro iniciativas futuras, que visam o reconhecimento e memória de um grande Advogado, que marcou a prática do Direito em Portugal. O encerramento será feito por António Pinto Leite.

João Soares da Silva, chairman da Morais Leitão, faleceu em agosto passado, pouco tempo depois de ter sido publicada a obra agora apresentada. Enquanto advogado, foi responsável por um importante número de operações inovadoras e projetos de grande dimensão e complexidade em Portugal e no estrangeiro, sendo justamente reconhecido pela excelência e extrema elegância do seu trabalho jurídico.

João Soares da Silva marcou várias gerações de advogados. Começou como estagiário de Miguel Galvão Teles, de quem foi aluno, e tornou-se seu sócio durante 30 anos. A história e a cultura da Morais Leitão foram indelevelmente vincadas pela sua personalidade e pela sua visão sobre a advocacia, defendendo a dedicação absoluta na defesa do interesse alheio, tendo sempre presente a exigência permanente norteada pelos valores da integridade, da independência, da lealdade para com a justiça e os tribunais e do respeito pelos colegas e contrapartes. João Soares da Silva deixa como legado uma marca irrepetível na advocacia nacional, onde imprimiu um estilo muito próprio e admirado, com uma capacidade estratégica notável e uma expressão de uma síntese e clareza verdadeiramente distintas.

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Science4you quer entrar em bolsa “ainda este ano”. “É uma vida nova”, diz Miguel Pina Martins

Miguel Pina Martins diz que o período de subscrição das ações no âmbito do IPO deverá arrancar, no máximo, daqui a dois meses. Isto dependendo do que "disser o mercado".

A Science4You quer chegar à bolsa lisboeta “ainda este ano” ano. Em declarações aos jornalistas no quarto dia do Web Summit, o CEO da empresa adiantou que o período de subscrição das ações da empresa deverá acontecer, no máximo, daqui a dois meses.

Miguel Pina anunciou entrada em bolsa no Web Summit.

Numa breve apresentação no stand da Startup Portugal, Miguel Pina notou que a entrada em bolsa da Science4You deverá acontecer “ainda este ano, dependendo do que disser o mercado”. Em conversa com o ECO, o empreendedor acrescentou que o período de subscrição deverá arrancar, no máximo, daqui a dois meses, ou seja, no início de 2019. “Dois meses seria extremamente positivo. Obviamente vai ser sempre depender do mercado e do regulador”, disse. “Vamos trabalhar para que seja o mais rápido possível”, sublinhou, referindo que não há ainda período fechados.

De acordo com Pina, a maior parte dos investidores atuais da empresa vai “sair um bocadinho”, mas nenhum vai vender “mais de 50% da sua posição”. “A maior parte dos investidores vão sair um bocadinho, mas nenhum vai sair na totalidade”, reforçou o português.

Quanto ao timing do anúncio (isto é, a pouco mais de um mês do Natal), o empreendedor confirmou que está relacionado com o pico de vendas implicado na época natalícia, uma altura em que “as pessoas estão mais despertas para a importância dos brinquedos”.

Além disso, Miguel Pina enfatizou que o “sucesso muito grande” do IPO da Raize, uma “operação parecida” àquela que a Science4You quer levar a cabo, serviu de “gatilho” para esta decisão, deixando-o otimista. Ainda assim, o empreendedor revela que a conversa com a Euronext começou “há cerca de três anos”.

A Science4You anunciou, esta manhã, a intenção de lançar uma Oferta Pública de Distribuição de ações correspondentes a até 45% do seu capital. Na operação serão vendidos títulos já existentes, mas também novas ações a emitir no âmbito de um aumento de capital.

De acordo com Miguel Pina, a operação tem como objetivo “dotar a empresa de uma estrutura de financiamento mais diversificada” que permitirá “continuar a apostar no e-commerce”. Além disso, acabará por “permitir que as pessoas participem de uma forma diferente, isto é, “ajudem a empresa a crescer”.

“É um vida nova”, assinalou, por fim, o CEO, esperando que a sua decisão sirva para mudar o “paradigma dos últimos anos” e levar mais startups à praça bolsista nacional.

(Notícia atualizada às 13h43 com informação atualizada sobre arranque do período de subscrição)

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Eurodeputado alemão Manfred Weber é o candidato do PPE à Comissão Europeia

  • Guilherme Monteiro
  • 8 Novembro 2018

O eurodeputado alemão derrotou o finlandês Alexander Stubb. Obteve cerca de 80% dos votos

O Partido Popular Europeu — da família do PSD e CDS — já escolheu o seu candidato à Comissão Europeia. O alemão Manfred Weber foi eleito, esta manhã, no congresso de Helsínquia, com 79,2% dos votos, ao recolher 492 votos, contra os 20% do finlandês Alexander Stubb, que teve o apoio de 127 delegados.

O eurodeputado alemão da Baviera contou com o apoio da maioria dos partidos e chefes de Governo da maior família europeia. Também o presidente do PSD, Rui Rio, tinha declarado apoio a Weber. Já os centristas não apoiaram nenhum dos candidatos, acabando Assunção Cristas por dar liberdade de voto aos seus delegados ao congresso.

No debate de ontem entre Weber e o finlandês Alexander Stubb, no congresso da direita europeia, Weber admitiu haver “uma revolução em curso” no que toca aos desafios da economia. Ainda assim, o alemão disse que a situação na União Europeia era melhor do que há cinco anos, quando o presidente da Comissão Jean-Claude Juncker tomou posse.

A segunda maior família Europeia, os Socialistas e Democratas, vão escolher o seu candidato à Comissão a 1 de dezembro, no Congresso, em Lisboa.

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SRS apoia e recebe comitiva do Brasil na Web Summit

A SRS Advogados e a Câmara de Comércio e Indústria Luso Brasileira organizaram uma manhã de apresentações para a comitiva brasileira, que conta com 180 empresários, investidores e startups.

A SRS Advogados e a Câmara de Comércio e Indústria Luso Brasileira (CCILB) organizaram uma manhã de apresentações para a comitiva brasileira, que conta com 180 empresários, investidores e startups no âmbito da Missão Web Summit. De salientar que esta missão é a maior de sempre. Em 2017, contou com 80 participantes e, em 2016, apenas com 30 participantes.

A comitiva teve oportunidade de ver abordados temas como os “Players do mercado Português, oportunidades e caso de sucesso de brasileiros em Portugal” (Rock in Rio), “Doing Business in Portugal: regime societário e tributário para startups”, “Incentivos Portugal 2020” e ainda o “regime do Golden Visa e Startup Visa”.

A SRS Advogados acolhe ainda o jantar com as entidades oficiais e os mais relevantes empresários e investidores brasileiros que integram a comitiva. Neste encontro, marcarão também presença o Secretário de Estado da Economia, João Correia Neves, o Secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, o Presidente da AICEP, Luis Filipe Castro Henriques, o Presidente da Federação das Câmaras Portuguesas no Brasil, Nuno Rebelo de Sousa, e o Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso Brasileira em Portugal (CCILB), Francisco Murteira Nabo.

“Para nós, é fundamental promover esta conexão de empresários e startups brasileiras com o ecossistema empreendedor português”, realça Paulo Bandeira, Sócio da SRS Advogados, responsável pela área de Startups e pelo projecto Startup Lab, a primeira incubadora de Startups criada por uma sociedade de Advogados.
“É uma honra voltar a receber a Comitiva Brasileira, pelo terceiro ano consecutivo, na SRS Advogados“, acrescenta Pedro Rebelo de Sousa, Managing Partner da SRS Advogados.

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Bruxelas espera que ida de Centeno a Itália “dê resultados”

  • Lusa
  • 8 Novembro 2018

Pierre Moscovici diz esperar que a reunião do presidente do Eurogrupo, na sexta-feira com o Governo italiano, “dê resultados” sobre o diferendo orçamental.

O comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, disse esta quinta-feira esperar que a reunião do presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, na sexta-feira com o Governo italiano, “dê resultados” sobre o diferendo orçamental.

“Mário Centeno vai amanhã [sexta-feira] a Roma, tenho a certeza que o encontro será útil e que dará resultados”, disse Moscovici, questionado sobre as negociações com o Governo italiano sobre a proposta de orçamento apresentada e que Bruxelas rejeita por incumprimento das regras do “semestre europeu”.

O comissário, que falava na conferência de imprensa sobre as Previsões Económicas de Outono, salientou que “Centeno leva uma mensagem clara, a de que os ministros apoiam a análise da Comissão Europeia”.

O presidente do Eurogrupo vai ainda “explicar a posição de todos os países da zona euro”.

Reiterando a necessidade do cumprimento das regras e procedimentos, Moscovici adiantou que irá manter uma “atitude de diálogo” para com Roma.

Não há futuro da Itália fora da Zona Euro nem futuro da União Europeia sem a Itália”, considerou.

A Comissão Europeia previu hoje que o crescimento da economia italiana deverá acelerar moderadamente a partir deste ano, mas a incerteza das políticas governamentais e o planeado recuo das reformas estruturais são um mau presságio, segundo as previsões da Comissão Europeia hoje divulgadas.

Depois de ter atingido 1,6% em 2017, Bruxelas prevê que o crescimento do PIB de Itália seja de 1,1% este ano, 1,2% em 2019 e 1,3% em 2020.

Para o rácio da dívida pública face ao PIB, Bruxelas prevê que este atinja 131,1% este ano, desça para 131% em 2019 e volte a subir para 131,1% em 2020.

O rácio do défice do Estado face ao PIB deverá agravar-se de 1,9% este ano para 2,9% em 2019 e 3,1% em 2020.

Os números de Bruxelas diferem dos de Roma, que estima um défice de 2,4% em 2019 e de 2,1% em 2020.

A Comissão Europeia rejeitou em 23 de outubro o plano orçamental de Itália para 2019 e deu ao Governo italiano três semanas para apresentar um novo orçamento, tendo Roma recusado fazê-lo.

A Itália é o primeiro país a ver o seu projeto orçamental “chumbado” pela Comissão Europeia desde a implementação do “semestre europeu” de coordenação de políticas económicas e orçamentais, instituído em 2010.

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Siemens vai criar 400 postos de trabalho em Portugal

Depois de anunciar um investimento de 5 milhões, a Siemens Portugal adiciona 20 milhões de euros à aposta em digitalização, durante os próximos dois anos.

A adicionar a um investimento de cinco milhões anunciado em junho deste ano, a Siemens Portugal vai investir mais 20 milhões de euros em digitalização, até 2020. Com esta iniciativa, serão criados 400 postos de trabalho no país.

A maior fatia do reforço de investimento, cerca de 15 milhões de euros, será destinada à contratação de profissionais altamente especializados, na área de tecnologias de informação (TI), explica a empresa em comunicado. O restante vai ser alocado para a renovação e modernização integral de um edifício. O Lisbon Tech Hub, um centro de competências internacional de TI da empresa, está na origem desta aposta. A Siemens quer expandir este centro, onde já trabalham 600 pessoas.

É um total de 25 milhões de euros vinculados à digitalização, um investimento que beneficiará muito a economia nacional”, aponta Pedro Pires de Miranda, presidente executivo da Siemens, citado em comunicado. O líder da empresa acrescenta ainda que é uma “enorme satisfação poder anunciar que vamos investir cinco vezes mais”.

O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, acompanhou o anúncio do investimento no Web Summit, onde referiu que este investimento “numa área tão importante como é a da digitalização”, contribui para que Portugal possa ter uma “forte capacidade exportadora também nesta área, criando valor na nova economia”.

A maioria dos postos de trabalho criados serão nas áreas de programação mobile e ‘cloud backend‘, gestão de projeto, cibersegurança e ‘big data‘. A empresa tem também já abertas 81 vagas para a equipa em Portugal.

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Governo aprova novo modelo de gestão de slots para escapar a multa de 1,84 milhões

Governo aprovou hoje um novo modelo para a gestão da atribuição de slots nos aeroportos para evitar multa de 1,84 milhões de euros por desrespeitar a anterior decisão do Tribunal de Justiça.

A Comissão Europeia decidiu instaurar uma ação no Tribunal de Justiça da UE contra Portugal, por não ter executado integralmente o acórdão do tribunal de 2016 e pede que sejam aplicadas multas pesadas a Portugal. Em causa está o facto de Portugal não apresentar as “garantias necessárias relativas à independência funcional e financeira da ANA, enquanto entidade coordenadora das ‘slots’ nos aeroportos. Na sequência desta decisão, o Governo aprovou esta manhã, em Conselho de Ministros, um novo modelo para a gestão da atribuição de faixas horárias, esperando assim escapar às sanções previstas por Bruxelas.

“A Comissão solicitou ao Tribunal de Justiça da UE a imposição de uma quantia fixa correspondente a 1.849.000 euros. A Comissão propõe igualmente uma sanção pecuniária diária de 7.452 euros se o Estado-membro não executar o acórdão na sua integralidade até à data em que o Tribunal emitir o seu segundo acórdão”, revela o comunicado da Comissão Europeia desta quinta-feira. No entanto, a decisão final quanto à aplicação destas sanções cabe ao tribunal.

A Comissão solicitou ao Tribunal de Justiça da UE a imposição de uma quantia fixa correspondente a 1.849.000 euros. A Comissão propõe igualmente uma sanção pecuniária diária de 7.452 euros se o Estado-membro.

Comissão Europeia

Na conferência de imprensa no final da reunião do Conselho de Ministros, a ministra da Presidência disse que o Governo espera e “tudo fará” para que o problema “fique sanado” tendo em conta o diploma aprovado. Maria Manuel Leitão Marques explicou que o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, contactou na quarta-feira passada a comissária europeia responsável pela área “informando que o Governo português aprovaria com uma grande brevidade, e foi hoje aprovado, o seu modelo para esta regulação”.

Admitindo que o Governo estava “atrasado na produção legislativa sobre esta matéria, e daí a posição da Comissão Europeia”, a ministra da Presidência afirmou esperar que “se resolva e que isso não signifique o pagamento de uma multa pelo atraso”.

O Tribunal de Justiça da UE tinha dado razão, em junho de 2016, a Bruxelas que acusava Portugal de não garantir a independência da ANA -Aeroportos de Portugal enquanto coordenadora do processo de atribuição de faixas horárias (‘slots’) nos aeroportos de Lisboa, Porto, Madeira e Faro. “Mais de dois anos depois, a questão permanece por resolver e as autoridades portuguesas não adotaram as medidas nacionais para assegurar o estatuto de independência do coordenador” da atribuição das slots, argumenta a Comissão Europeia.

O coordenador das faixas horárias é responsável pela atribuição de faixas horárias de aterragem e de descolagem, de um modo não discriminatório, imparcial e transparente, um dos pilares fundamentais de um sistema de aviação que permite uma concorrência leal, explica a Comissão. Os Estados-membros são responsáveis por separar funcionalmente o coordenador das faixas horárias de qualquer parte interessada, facto que não se verifica em Portugal, segundo a Comissão. Além disso, o sistema de financiamento do coordenador deve garantir a sua independência, outra das regras comunitárias que Bruxelas considera que Portugal está a violar.

O ECO precisou junto de fontes oficiais da Comissão que o que está em causa não é o comportamento da ANA, mas sim do Estado português. “É um processo em curso no Tribunal por isso não podemos avançar muito mais”, sublinhou ao ECO fonte oficial.

No entanto, fonte da Presidência do Conselho de Ministros precisou à Lusa que será criada uma nova entidade coordenadora sem fins lucrativos que reunirá as entidades já existentes no setor, ANA – Aeroportos de Portugal, NAV, companhias aéreas e “outras que possam vir a manifestar interesse em fazer parte”. De acordo com o novo modelo, caberá à ANAC [Associação Nacional de Aviação Civil] o papel de regulador e fiscalizador, adiantou a mesma fonte.

(Notícia atualizada com mais informação)

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“Sólida procura” de papel puxa pelos lucros da Europac

  • Lusa
  • 8 Novembro 2018

A empresa viu os lucros crescerem 36%, para 79 milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano apoiados na “sólida procura” de papel, na alta dos preços de venda e baixos custos da matéria-prima.

O lucro da Europac aumentou 35,8% para 79,1 milhões de euros, de janeiro a setembro em termos homólogos, impulsionado pela “sólida procura” de papel, alta dos preços de venda e baixos custos da matéria-prima, anunciou a empresa.

Em comunicado, a Europac reporta hoje uma subida de 7,6% das vendas agregadas, para 943,6 milhões de euros, e uma evolução de 27,0% e de 50,9% dos EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) consolidado e recorrente, respetivamente para 150,2 e 157 milhões de euros.

O EBIT (resultados operacionais) consolidado no período foi de 113,6 milhões de euros, um crescimento de 45,7% face aos nove primeiros meses de 2017.

“Num quadro de crescimento moderado da atividade económica, a evolução dos resultados continua favorecida pela sólida procura de papel, pela estabilidade dos preços de venda em níveis altos após as subidas acumuladas ao longo deste ano e da manutenção dos preços baixos da matéria-prima”, refere a Europac.

“Estas circunstâncias – acrescenta – juntamente com o aumento dos preços de venda das embalagens em linha com as previsões do grupo, traduzem-se numa margem de EBITDA consolidado de 21,1%, o que representa um aumento de 2,6 pontos percentuais em relação aos primeiros nove meses do último exercício”.

Citado no comunicado, o presidente da Europac afirma que estes resultados “respondem à subida dos preços de venda de papel num contexto de preços baixos da matéria-prima e ao esforço realizado pela divisão “Packaging” (papel para embalagens) para repercutir no mercado as subidas de preços da sua matéria-prima”.

“Tanto os projetos de gestão executados nos últimos exercícios como o modelo de negócio integrado que define a Europac permitem-nos otimizar os resultados num contexto de mercado favorável como o que se viveu entre janeiro e setembro deste ano”, refere José Miguel Isidro.

Na divisão “Papel”, as receitas cresceram 11% no período, em resultado da subida dos preços de venda em relação a 2017 e do aumento do volume de produção de 7% para o papel ‘kraftliner’ e de 1% para o papel reciclado.

Segundo a empresa, entre 1 de janeiro e 30 de setembro o preço de venda do papel ‘kraftliner’ (Papel para fabrico de cartão ondulado) cresceu 43 euros por tonelada e 25 euros por tonelada no papel reciclado, enquanto a matéria-prima baixou em 40 euros por tonelada no mesmo período.

Já na divisão “Packaging” as receitas cresceram 2%, devido ao incremento dos preços de venda face aos primeiros noves meses do exercício anterior.

“Em linha com a previsão da empresa, o negócio continua a repercutir no mercado as subidas do preço do papel, a sua matéria-prima”, remata a Europac.

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