Mexia desvaloriza entrada de investidor ativista na EDP. E vai pagar a CESE?

Presidente da EDP diz que acionistas são livres de entrarem e saírem do capital da empresa. E vai pagar a contribuição especial sobre as elétricas? Ministro diz que está confiante que vai pagar agora.

António Mexia desvalorizou a recente entrada do fundo Elliot Management no capital da EDP, investidor conhecido por querer ter um papel ativo nas empresas. “Os acionistas são sempre livres de entrarem e saírem”, disse. O presidente executivo da EDP comprometeu-se ainda a pagar o imposto extraordinário sobre o setor elétrico (CESE) se ele for aplicado à redução do défice tarifário. Mas a EDP vai pagar mesmo? Mexia não respondeu de forma clara à pergunta, mas o ministro do Ambiente acredita que agora se encontram reunidas as condições para que as empresas energéticas passem a pagar a CESE.

Sobre o recente investimento do fundo abutre de Paul Singer, que adquiriu 2,3% do capital da EDP, António Mexia não receia que venha a desempenhar um papel mais ativo dentro da gestão da empresa. “Cada um faz o seu papel”, frisou o gestor à margem da assinatura de um contrato de financiamento de 60 milhões de euros entre a elétrica e o Banco Europeu de Investimento para a segunda fase do projeto Windfloat Atlantic, de produção de energia eólica na costa de Viana do Castelo.

“Estamos aqui de uma forma clara para defender os interesses da empresa, dos acionistas, dos trabalhadores e dos clientes. É essa a nossa missão. Sabendo o que temos de fazer, é fácil”, acrescentou ainda.

Mexia sobre a entrada do Elliot Management

Quanto ao pagamento da CESE (contribuição extraordinária sobre o setor energético), que a EDP e outras empresas do setor se tem recusado a pagar, António Mexia repetiu várias vezes que mantém a palavra de que vai pagar se se cumprirem os dois requisitos desse imposto (ser uma taxa transitória e cuja receita seja afeta à redução do défice tarifário).

“Quando os requisitos são cumpridos, nós cumprimos também. Quando toda a gente mantém a sua palavra, nós também mantemos a nossa palavra”, garantiu, sem responder de forma direta se a EDP iria finalmente pagar a CESE, tendo em conta que o Orçamento do Estado para 2019 prevê a afetação do imposto à redução do défice tarifário.

Mexia sobre a CESE

Minutos antes, e também à margem do mesmo evento, o ministro do Ambiente e da Transição Energética manifestou-se otimista em relação a esta matéria. “Temos a séria convicção de que estão criadas todas as condições para que a CESE possa ser paga a partir de agora, a partir do momento em que o Orçamento do Estado determina que uma parcela muito expressiva da receita da própria CESE é dedicada a reduzir o défice histórico do setor energética”, declarou João Matos Fernandes.

“Acreditamos que a proposta de Orçamento do Estado que foi apresentada pelo Governo é muito justa e não vejo nenhuma razão para que a CESE não seja paga a partir de agora”, sublinhou ainda o governante. “Com isso, ganham os consumidores, que vão ver a sua fatura reduzida. E ganha o próprio setor energético”, disse.

Matos Fernandes sobre a CESE

A CESE foi criada em 2014, quando o país atravessava uma grave crise financeira. O Estado previa arrecadar 655,4 milhões de euros até final de 2017, mas só veio a obter 317,4 milhões com este imposto. A Galp nunca pagou esta contribuição e a EDP recusou-se a pagar o imposto em 2017.

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Ministério da Justiça tem “absoluta confiança” no sorteio de processos aos juízes

A Secretária de Estado da Justiça afirmou hoje que o Ministério reconheceu que é necessário averiguar as suspeições lançadas pelo juiz Carlos Alexandre.

A Secretária de Estado da Justiça, Helena Mesquita Ribeiro, afirmou hoje que o Ministério tem “absoluta confiança” no sorteio de distribuição de processos aos juízes, mas reconheceu que é necessário averiguar as suspeições lançadas pelo juiz Carlos Alexandre.

Helena Mesquita Ribeiro afirmou que “perante as suspeições que foram lançadas pelo senhor juiz Carlos Alexandre, aquilo que se tem a fazer é averiguar e ver se, de facto, há algum problema. O que posso garantir é que, até hoje, não houve problema algum em termos de distribuição. E o Ministério da Justiça tem absoluta confiança no sistema“, disse.

“Aliás, essa distribuição foi visionada por várias pessoas. Não sei o que leva o senhor juiz Carlos Alexandre a fazer uma afirmação dessas. Veremos se tem razão ou não tem. De qualquer maneira, em nome do Ministério da Justiça, o que posso dizer é que temos absoluta confiança no sistema e em quem opera com o sistema”, acrescentou.

A Secretária de Estado da Justiça falava aos jornalistas depois de participar na sessão de abertura das Jornadas de Estudo de Solicitadores e Agentes de Execução, promovidas pela Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução (OSAE), que decorrem, até sábado, no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal.

“Eu também sou juíza de carreira e destinatária da distribuição de processos e nunca me apercebi que houvesse nenhum erro intencional na distribuição de processos. Obviamente que aquilo funciona com base em algoritmos e, portanto, é um processo totalmente eletrónico, mecanizado”.

Numa entrevista à RTP emitida na quarta-feira, o juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), lançou algumas dúvidas sobre o sorteio eletrónico para a fase de instrução da Operação Marquês, que será dirigida pelo outro juiz do TCIC, Ivo Rosa.Há uma aleatoriedade que pode ser maior ou menor consoante o número de processos de diferença que exista entre mais do que um juiz”, disse Carlos Alexandre.

Segundo o juiz, “se houver um número idêntico de processos distribuídos a cada um dos juízes, a situação pode-se alterar significativamente em poucos dias”.

O magistrado, há 13 anos naquele tribunal, referiu também que “o sentido da distribuição de processos é tentar igualar o trabalho, não em termos da gravidade de cada processo ou número de arguidos. Se houver um número idêntico de processos de cada juiz a aleatoriedade pode alterar-se.”

As dúvidas levantadas pelo juiz deram origem à abertura de um inquérito do Conselho Superior de Magistratura (CSM) “para cabal esclarecimento de todas as questões suscitadas pela entrevista em causa que sejam suscetíveis de relevar no âmbito das competências deste órgão de gestão e disciplina dos juízes”.

O sistema informático dos sorteios é gerido pelo Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ), tutelado pelo Ministério da Justiça. Contactado pelo ECO, que pediu uma reação ao presidente deste instituto, o próprio ministério respondeu que “a distribuição é um um processo jurisdicional” e que “o Ministério da Justiça e os seus organismos não se pronunciam sobre atos processuais”.

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Supremo admite voltar atrás. Banco espanhóis regressam aos ganhos em bolsa

  • Lusa
  • 19 Outubro 2018

Os títulos dos bancos espanhóis inverteram a tendência de queda, depois de o Supremo Tribunal ter anunciado ir rever a sentença.

Os títulos dos bancos espanhóis inverteram esta sexta-feira a tendência de queda, depois de o Supremo Tribunal ter anunciado ir estudar se retifica a decisão que os obrigava a pagar os impostos de registo de hipotecas.

O Supremo espanhol explica em comunicado que a decisão, de quinta-feira, foi tomada tendo em conta a “mudança radical” que a sentença anunciada anteriormente significava para a jurisprudência e a sua “enorme repercussão económica e social”.

A banca espanhola começou o dia com perdas significativas pelo segundo dia consecutivo na bolsa de valores, depois de o Tribunal Supremo ter decidido que tinham de pagar, e não os clientes, os impostos associados ao registo de uma hipoteca.

O Tribunal Supremo, numa sentença de 16 de outubro, decidiu que é o banco, e não a pessoa que pede o empréstimo, que tem interesse em registar a operação hipotecária e em realizar a escritura.

Em Espanha, o imposto de selo que tem de ser pago neste tipo de escrituras pode variar entre 0,5% e 2% do total do empréstimo, dependendo de cada uma das Comunidades Autónomas.

O setor bancário foi penalizado pelo possível impacto nas suas contas da decisão do Supremo que agora vai ser revista, apesar de ainda não ter ficado claro o seu alcance, nomeadamente do caráter da retroatividade da medida.

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As tecnologias digitais criam mesmo um mundo melhor? A resposta no IDC Directions 2018 foi “sim”

O meio e as ferramentas para efetuar a mudança são várias, mas todas culminam num objetivo maior: na melhoria da vida das pessoas.

A visão foi transversal a todos os oradores que passaram pelo palco do IDC Directions 2018. A transformação digital e as todas as tecnologias que surgem com ela podem, facto, criar um mundo melhor. O meio e as ferramentas para efetuar a mudança são várias, mas todas culminam num objetivo maior: na melhoria da vida das pessoas.

Ainda assim, alguns aproveitaram para relembrar que há, também, alguns aspetos que podem ser considerados mais negativos, como a perda de controlo e o desaparecimento de alguns empregos. Já para não falar das empresas, as que não estão a acompanhar a transformação digital “já estão fora do jogo”.

O lado bom da tecnologia

Na saúde, Thomas Meyer, group vice president do IDC European Research, falou das próteses 3D, que podem ser mais fáceis e rápidas de construir, bem como mais baratas. António Raposo de Lima, presidente da IBM Portugal, também reconhece o potencial da aplicação das tecnologias digitais à resolução de problemas concretos. Durante a sua intervenção no Centro de Congressos do Estoril mostrou um vídeo de uma pessoa invisual a enfrentar uma série de desafios do dia-a-dia que, graças à tecnologia, tornam-se agora mais fáceis de ultrapassar.

António Raposo de Lima diz que para enfrentar a transformação são precisas três coisas. “Tal como no ski, competências, equipamento e estratégia”Henrique Casinhas / ECO

À medida que a invisual se desloca, uma assistente de voz diz-lhe o caminho que deve seguir. Na rua, ao cruzar-se com outras pessoas, a mesma voz consegue identificar quem se aproxima — caso se trate de um conhecido — , tal como reconhecer a sua expressão, dizendo algo como: “aproxima-se a Maria, ela vem com uma cara triste”. No supermercado, por exemplo, basta passar um produto pelo scanner do telemóvel e a assistente de voz diz a um invisual de que produto se trata.

As possibilidades são várias. Nuno Fórneas, administrador da Glintt, falou também das pulseiras que tranquilizam os pais sobre o estado de saúde dos seus filhos. Contudo relembrou que “ou estas tecnologias nos fazem alterar os nossos comportamentos ou não servem para nada. “Eu tenho uma pulseira fit band que me diz que estou a dormir pouco, mas ainda não consegui que ela me fizesse dormir mais”, explicou.

A previsão é uma palavra que se aplica a todas estas tecnologias, que permitem também prever comportamentos e evitar danos maiores. No auditório do Estoril muito se ouviu falar dela, prever é algo determinante para o sucesso das empresas, defenderam vários oradores. E quando se fala em transformação digital, parece tornar-se ainda mais importante a antevisão.

Prever para calcular velocidade e evitar traumas

Segundo Raposo Lima, “para ganhar à avalanche da dados [que a transformação digital tem criado], temos de ir à frente dela”. Pedro Afonso, CEO da Axians, revela que já utiliza a previsão de comportamentos, através das neurociências, para conseguir implementar com sucesso a transformação digital na sua empresa.

"Para ganhar à avalanche da dados, temos de ir à frente dela.”

António Raposo de Lima

Presidente da IBM Portugal

A previsão torna-se importante quando, muitas vezes, a principal dificuldade em fazer com que todo o processo avance a outro ritmo está relacionada com a diversidade. “As pessoas não andam todas ao mesmo ritmo, nem têm todas o mesmo nível de adaptação”, afirma Miguel Fontes, CEO da Startup Lisboa. Sobre isto, Pedro Afonso, alerta que, às vezes, é preciso controlar a velocidade a que se avança, para que não se cause uma espécie de trauma nas pessoas.

O CEO da Startup Lisboa fala, por isso mesmo, na necessidade das empresas terem uma visão 360 graus, tendo sempre em conta a cultura da diversidade.

No meio de tanta informação e dados, há alguém que não pode, de maneira nenhuma, ser esquecido: o cliente. Agora mutante, na medida em que utiliza os vários canais, há que ouvi-lo, aumentando assim o relacionamento com ele.

A ideia que ficou é que este é o momento certo para as empresas abraçarem a transformação digital, assumindo que esta é uma oportunidade de melhorar, e não uma ameaça. Bruno Horta Soares, leading executive advisor da IDC Portugal, relembrou ainda que “as organizações ficam mais sérias e velhas quando deixam de inovar”.

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Debaixo de fogo, Facebook recruta antigo vice-primeiro-ministro do Reino Unido

Numa altura em que o Facebook está sob intenso escrutínio político e das autoridades, Mark Zuckerberg recrutou Nick Clegg, ex-vice-primeiro-ministro britânico. Fica com a pasta dos assuntos globais.

Nick Clegg foi vice-primeiro-ministro do Reino Unido entre 2010 e 2015.swiss-image.ch/Moritz Hager/WEF

O Facebook contratou Nick Clegg, ex-vice-primeiro-ministro do Reino Unido, para o cargo de líder para os assuntos globais e responsável máximo da equipa de comunicação. A notícia foi avançada pelo Financial Times (acesso pago), que sublinha que este foi o nome escolhido para substituir Elliot Schrage, que deixou recentemente o Facebook depois de ter passado uma década a trabalhar na empresa.

A contratação de um político como Nick Clegg surge numa altura em que a maior rede social do mundo está sob forte escrutínio político e das autoridades nos Estados Unidos e na Europa, depois de uma sucessão de escândalos que minaram a credibilidade da empresa aos olhos de milhares de milhões de utilizadores. O Congresso norte-americano está a ponderar avançar com medidas regulatórias que poderão limitar a forma como empresas como o Facebook fazem negócio com recurso aos dados pessoais dos cidadãos.

Nick Clegg tem 51 anos e foi vice-primeiro-ministro do Reino Unido entre 2010 e 2015 e presidiu o partido dos Democratas Liberais entre 2007 e 2015. Perdeu o lugar no Parlamento nas eleições gerais de 2017. Também já foi eurodeputado e jornalista do Financial Times.

Segundo o jornal britânico, a ida de Nick Clegg para o Facebook foi o resultado de meses de negociações com Mark Zuckerberg, que lhe prometeu um papel de liderança na construção da estratégia da empresa. O recrutamento de um político de peso para uma empresa como o Facebook está a ser recebido com surpresa por parte da classe política norte-americana e europeia. Nick Clegg deverá mudar-se para Silicon Valley em janeiro.

Certo é que o Facebook já teve melhores dias. Em março deste ano, a imprensa internacional revelou que a consultora Cambridge Analytica terá conseguido recolher dados pessoais de 87 milhões de utilizadores para desenvolver campanhas altamente direcionadas para ajudar a eleger políticos. Donald Trump, atual Presidente dos Estados Unidos, terá sido um dos beneficiários da tecnologia desenvolvida por aquela empresa privada.

Mais recentemente, em setembro, o Facebook anunciou ter descoberto que foi alvo de um ataque informático que pôs em risco os dados pessoais de 50 milhões de contas. Contudo, na semana passada, reviu o número em baixa para 29 milhões de contas potencialmente afetadas pela invasão.

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IOSCO escolhe Portugal para conferência internacional de reguladores dos mercados de capitais em 2021

A CMVM candidatou-se. E, agora, ganhou. Por isso, Portugal vai ser palco, em 2021, da conferência internacional de reguladores dos mercados organizada pela IOSCO.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) candidatou-se à organização da conferência dos reguladores dos mercados de capitais. Tinha concorrentes de peso, mas a International Organization of Securities Commissions (IOSCO) acabou por escolher Portugal como anfitrião do evento que terá lugar em 2021.

Trata-se de um regresso mais de vinte anos após a última vez em que Portugal acolheu o mais importante encontro de reguladores dos mercados de capitais, em 1999.

A IOSCO é o maior fórum internacional de reguladores dos mercados de instrumentos financeiros e reúne mais de 115 autoridades de regulação e supervisão que representam mais de 95% dos mercados a nível mundial.

Portugal suplantou assim três outros países que também se tinham candidatado à organização do evento: China, Cazaquistão e o Egito. “A decisão foi tomada a 18 de outubro pelo Board da IOSCO, o seu órgão decisório, através de votação em relação às quatro candidaturas apresentadas pela Comissão de Valores Mobiliários da China, pelo Banco Nacional do Cazaquistão, pela Autoridade de Supervisão Financeira do Egipto e pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários”, adianta a Comissão do Mercado de valores Mobiliários (CMVM) em comunicado.

“Será uma honra receber em Portugal os membros da IOSCO e os representantes da comunidade financeira internacional em 2021, ano em que a CMVM comemora o trigésimo aniversário”, reagiu Gabriela Figueiredo Dias, Presidente da CMVM. E explicou que “o encontro será uma oportunidade única para debater os mais relevantes temas que se colocam à comunidade regulatória, mas também para dar visibilidade ao mercado de capitais nacional”.

Também Mário Centeno, considerou este evento como “uma oportunidade única” para debater elementos centrais da supervisão e regulação dos mercados de capitais, contextualizando a “necessidade de promover padrões internacionais sólidos, modernos e sãos, bem como modelos financeiros inclusivos, que juntem mercados e países”. Numa mensagem que acompanhou a candidatura da CMVM, que mereceu o apoio do Governo português, o ministro das Finanças salientando ainda que a organização da Reunião em Portugal “também conferirá visibilidade e dinamismo acrescidos ao mercado de capitais nacional”.

(Notícia atualizada às 15h15 com mais informação)

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Resultados animam Wall Street. Bolsas em alta

Os três principais índices norte-americanos estão a recuperar na última sessão da semana, face à apresentação de resultados positivos pela Procter & Gamble e pela Honeywell.

As bolsas norte-americanas abriram em terreno positivo num dia em que os resultados satisfatórios apresentados por várias empresas estão a ofuscar os receios de novas subidas dos juros por parte da Fed, bem como dos riscos políticos na Europa e das tensões entre os Estados Unidos e a Arábia Saudita.

O S&P 500 avança 0,31%, para 2.777,29 pontos, enquanto o Dow Jones soma 0,28%, para 25.450,69 pontos. O tecnológico Nasdaq sobe 0,62%, para 7.531,68 pontos, num dia em que as ações do Facebook sobem 0,21%.

Os títulos da rede social estão a recuperar e a cotar nos 155,38 dólares, depois de se saber que Mark Zuckerberg contratou o ex-vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg, para o cargo de líder para os assuntos globais e responsável máximo da equipa de comunicação.

Entre os resultados positivos que estão a marcar as negociações esta sexta-feira está a subida nas vendas da Procter & Gamble no primeiro trimestre fiscal da empresa. As ações da empresa de bens de consumo estão a valorizar 6,82%, para 85,71 dólares. O crescimento nas vendas online também levou o conglomerado industrial Honeywell a registar um aumento nas vendas de maquinaria fabril, o que está a fazer os títulos da companhia subirem 0,26%, para 155,66 dólares.

As negociações na sessão desta quinta-feira estiveram fortemente condicionadas pela divulgação das minutas da última reunião da Fed. Os responsáveis estão confiantes de que ainda há margem para novas subidas da taxa diretora, mantendo-se as preocupações em torno da subida da inflação. A fatura foi passada aos três principais índices, que registaram perdas entre 1,27% e mais de 2%.

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5 startups que estão a revolucionar o setor dos seguros

O avanço tecnológico tem impulsionado a criação de cada vez mais ‘startups’ em Portugal, algumas com soluções totalmente inovadoras que prometem revolucionar os seguros tradicionais.

É cada vez maior o número de startups a surgir no mercado, algumas focadas em tecnologia associada ao setor da banca, conhecidas como fintech, e outras com tecnologia orientada para o setor segurador, as insurtech. Em Portugal, o desenvolvimento das insurtech tem sido mais lento e, na maioria dos casos, estas optam por se posicionarem a nível internacional, devido à maior abertura do mercado a este tipo de tecnologia e consequente potencial de crescimento.

“A indústria de insurtech em Portugal ainda é muito reduzida e não temos visto exemplos de uso em Portugal. Conhecemos alguns casos, mas que estão a posicionar-se a nível internacional”, admite Pedro Pinto Coelho, presidente da Associação de Fintech e Insurtech Portugal (AFIP), em declarações ao ECO.

Da parte das seguradoras, já existe uma perceção do valor que estas startups lhes podem trazer, preferindo trabalhar enquanto parceiros, em vez de concorrentes. Para Pedro Pinto Coelho esta parceria é vantajosa para ambos os lados: “O setor segurador deverá encarar as tecnológicas como aliadas permitindo reduzir os seus custos de aquisição de clientes e criar novos modelos de negócio mais ajustados às necessidades dos clientes”.

Porém, é necessário investir no desenvolvimento de mais projetos a nível das insurtech: “A nossa preocupação resulta de não haver mais iniciativas para oferecer soluções inovadoras tal como assistimos em outros mercados”, acrescentou o presidente da AFIP.

Para melhor compreender o impacto destas iniciativas, o ECO entrevistou os responsáveis de cinco startups para conhecer o trabalho que estão a desenvolver.

Ibshurance/Activetech

João Medina, CEO da IBSHurance/ ActiveTech explica que esta startup foi fundada por uma equipa de profissionais que trabalharam em diferentes áreas do setor segurador. Isso permitiu-lhes desenvolver uma solução “web/app altamente flexível” que agrega uma variedade de funções desde front office para apoio das equipas no terreno; backoffice, para apoio dos departamentos internos, que permite configurar processos e distribuir automaticamente tarefas às equipas; integração de dados de diferentes sistemas informáticos num só local; e ainda uma análise estatística aprofundada, com uma perspetiva 360º em tempo real.

Deste modo, esta solução permite às seguradoras aumentar em 65% a produtividade das suas equipas, reduzir os custos em 75% através da eliminação das tarefas redundantes e, consequentemente, melhorar a experiência de serviço dos seus clientes. Como explica João Medina, esta solução faz com que os processos de sinistros/assistência “sejam executados de forma mais célere e eficiente, informando em tempo real e de forma pró-ativa o consumidor sobre o andamento do seu processo de sinistro através de diversos canais disponíveis”.

MySeg

Duarte Leite de Castro, CEO da MySeg explica o conceito desta startup: “A MySeg é uma aplicação gratuita (iOS, Android e Web) que permite aos clientes gerir e otimizar os seus seguros através de um smartphone ou pc. Com a MySeg, pode aceder num só sítio e consultar toda a informação sobre os seus seguros, esclarecer dúvidas, melhorar as condições atuais ou contratar novos seguros.”

O grande objetivo desta startup é o de melhorar a experiência do cliente de seguros, reunindo toda a informação relativa aos diferentes seguros que possui num só local, facilitando todo o processo de gestão dos mesmos. Apesar de ser recente, os dados revelam que esta aplicação tem permitido aos clientes fazer poupanças diretas, otimizar as coberturas dos seguros que possuem e melhorar a sua experiência.

Paylink Solutions

Luís Filipe Moreira, Iberia country manager da Paylink Solutions dá a conhecer o potencial desta startup para o setor segurador: “A Paylink Solutions pertence ao grupo Totemic, especializado em diferentes serviços financeiros, enquadrados para todos o ciclo de vida de um crédito independentemente da indústria, e o exemplo são os vários clientes que temos no mercado imobiliário, bem como na indústria seguradora através da Building Block Insurance. A Building Block Insurance na prática é uma seguradora de nicho. Isto é, ao contrário das seguradoras tradicionais que têm vários produtos ‘standard’ já desenvolvidos, Vida, Automóvel, etc., na Building Block Insurance desenhamos e desenvolvemos toda a criação de um determinado seguro de acordo com os requisitos do nosso distribuidor em função das suas necessidades.”

Deste modo, as soluções desta startup concentram-se “na experiência do cliente – tornando mais fácil para os consumidores fornecer informações reais e precisas, o que permite tomar decisões rápidas e com menos risco”. Isto possibilita a criação de novos produtos feitos “à medida” e uma gestão mais rápida e eficiente do seguro.

UpHill

Eduardo Freire Rodrigues, CEO da UpHill, explica ao ECO como a melhoria da tecnologia no setor da saúde, poderá melhorar o atendimento do cliente, assim como otimizar processos relacionados com acidentes de trabalho: “A UpHill desenvolve software para treino clínico avançado e análise da compliance com protocolos de boas-práticas. Os nossos produtos estão nas unidades de saúde e, depois do Protechting (programa de aceleração para startups), estamos a desenvolver a aplicação do nosso software para otimização da avaliação de acidentes de trabalho, nomeadamente na determinação do nexo de causalidade.”

Tendo como clientes dois grandes grupos privados de saúde em Portugal, o software desenvolvido por esta ‘startup’ permite uma melhor performance dos profissionais de saúde, que terá diversos benefícios para o consumidor como o acesso a cuidados de saúde uniformes e “mais próximos das boas práticas internacionais”.

Visor.ai

Lançada em 2016 e vencedora do Protechting em 2017, esta startup dedica-se ao desenvolvimento de chatbots: “Na Visor.ai ajudamos grandes empresas a automatizar as suas interações retirando assim carga dos seus canais de atendimento. Fazemo-lo através de chatbots, que são assistentes virtuais e que simulam uma conversação humana com o cliente através de um canal de chat com recurso a inteligência artificial. Para isso utilizamos as nossas próprias plataformas que combinam Machine Learning e Processamento de Linguagem Natural”, explica fonte oficial da empresa.

Esta abordagem tecnológica é cada vez mais procurada por diversos setores, dos quais se destaca o setor segurador, pois “estes podem trazer valor de várias formas e em diferentes momentos da cadeia de valor, e prova disso são os vários projetos que estamos a desenvolver com duas das principais seguradoras a nível nacional”.

Num dos casos, estes chatbot estão a ser implementados tanto a nível interno, servindo de ponto de contacto entre a rede de mediadores e o contact center, e também a nível externo, aberto ao público, através de um webchat no website da empresa, que tem dois objetivos distintos: a geração de leads comerciais para captar mais negócio nos ramos automóvel e saúde, e ainda criar um apoio para responder às principais questões dos utilizadores como apoio do serviço ao cliente. Deste modo, o grande potencial desta inovação para o consumidor é este poder ter acesso a um assistente comercial, adaptado às necessidades de cada empresa e respetivos clientes, 24 horas por dia e 7 dias por semana.

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PS, PSD e CDS “chumbam” revogação da “lei da Uber”

  • Lusa
  • 19 Outubro 2018

Os cinco projetos foram rejeitados com os votos do PS, PSD, CDS e PAN, apesar dos votos favoráveis do BE, PCP e PEV.

PS, PSD e CDS-PP “chumbaram” as três propostas de alteração e duas de revogação de lei que regula as plataformas eletrónicas de transporte de passageiros. Os cinco projetos foram rejeitados com os votos do PS, PSD, CDS e PAN, apesar dos votos favoráveis do BE, PCP e PEV.

O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) apresentou três propostas, em debate na quinta-feira, para “evitar a morte a curto prazo do setor do táxi” que preveem o “regime de formação dos motoristas” das plataformas semelhante à formação dos taxistas, a atribuição às câmaras municipais da competência para “licenciamento das viaturas” e a definição de preços e tarifas através de um “tarifário homologado”.

O Partido Comunista Português e o Bloco de Esquerda apresentaram dois projetos de lei para a revogação da lei que regula a atividade das plataformas eletrónicas de passageiros, como a Uber e a Cabify, depois de um protesto de oito dias dos taxistas, entre 19 e 26 de setembro, contra a entrada em vigor da lei que as regula.

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Bruxelas já enviou ao Governo pedido de correcções à reprogramação do Portugal 2020

O Governo recebeu esta semana os reparos da Comissão Europeia ao exercício de reprogramação entregue em julho. Exercício deverá estar concluído no final do ano.

O Governo está em negociações com a Comissão Europeia para acomodar os pedidos de modificações, recebidos esta semana, à reprogramação do Portugal 2020, confirmou o ECO junto de várias fontes.

“Estamos em contacto com as autoridades portuguesas”, confirmou ao ECO uma fonte comunitária. Em causa está o exercício de reprogramação que o Executivo entregou oficialmente em Bruxelas a 20 de julho. Em causa está a reafetação de 2,93 mil milhões de euros, que passam de umas gavetas para outras, ou seja de áreas com pouca execução para outras onde já faltam fundos comunitários.

O Governo foi desenvolvendo o exercício de reprogramação sempre em estreita colaboração técnica com a Comissão Europeia — uma estratégia que tem sido usada há vários anos, sempre que é preciso negociar formalmente com Bruxelas — para evitar no final grandes acertos. Por isso, fonte comunitária disse ao ECO que “nada leva a crer que as modificações sugeridas não possam ser introduzidas pelo Executivo até ao final do ano, como sempre foi indicado pela Comissão”. Um reparo que visa responder às declarações do ministro do Planeamento, que disse em setembro esperar ter luz verde da reprograma no início de outubro.

“Temos a expectativa de que reprogramação seja aprovada nas próximas semanas, início de outubro”, disse a 12 de setembro Pedro Marques, na audição em comissão parlamentar.

O ECO questionou o gabinete do ministro sobre quais os pedidos de alteração propostos pela Comissão, mas não obteve resposta até à publicação deste artigo. No entanto, a 1 de outubro, a expectativa que existia no Ministério era de que o processo estivesse concluído este mês. “Não há ainda data para a conclusão formal da reprogramação, (em princípio, durante o mês de outubro)”, disse fonte oficial nessa data, a uma pergunta do ECO.

Do que se sabe, na reprogramação o Executivo pretende que:

  • As empresas tenham um reforço de dotação de 800 milhões de euros;
  • O ensino profissional e o programa qualifica um reforço de 500 milhões de euros;
  • Metros de Lisboa e Porto tenham 180 a 185 milhões de euros do fundo de Coesão;
  • O sistema de mobilidade do Mondego tenha 50 milhões de euros;
  • A linha de Cascais tenha reservados 50 milhões de euros de fundo de Coesão. As verbas para estas quatro obras (metros de Lisboa e Porto, Mondego e linha de Cascais) vão ser retiradas dos contadores inteligentes e da eficiência energética na habitação;
  • As chamadas last miles (as ligações entre os parques empresariais e as autoestradas) tenham mais 150 milhões de euros;
  • Ciclo urbano da água receba um reforço de verbas entre 150 e 300 milhões de euros;
  • Haja um adiantamento de 15% do incentivo aos projetos no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano.

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Carlos Guimarães Pinto é o novo presidente do partido Iniciativa Liberal

  • ECO
  • 19 Outubro 2018

O economista foi eleito para a presidência do partido Iniciativa Liberal no passado fim de semana, substituindo Miguel Ferreira da Silva, que se demitiu em agosto.

O partido Iniciativa Liberal (IL) tem um novo líder. Carlos Guimarães Pinto foi eleito presidente do partido no passado sábado, para substituir Miguel Ferreira da Silva, que se demitiu em agosto.

A votação decorreu no congresso do partido que se realizou em Montemor-o-Velho, distrito de Coimbra. Guimarães Pinto defende que o partido quer “fazer história” e ter “um partido liberal no boletim de voto” nas eleições do próximo ano, de acordo com um comunicado da estrutura partidária. Em 2019, o partido pretende concorrer às Eleições Europeias, Legislativas e Regionais na Madeira.

Economista de formação, viveu grande parte da sua vida adulta no Dubai, tendo trabalhado como consultor de empresas em mais de 20 países espalhados por quatro continentes. Atualmente, é investigador na área da Economia Internacional e dá aulas como professor convidado no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica e na National Economics University de Hanoi, Vietname

O anterior presidente, Miguel Ferreira da silva, demitiu-se em agosto após ter sido tornado público que a conta oficial da IL no Facebook foi, em 2014, uma página de apoio a António Costa.

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Galamba na Energia? “Escolhi-o porque completa melhor o meu saber”, diz ministro do Ambiente

João Matos Fernandes, ministro do Ambiente e agora também da Transição Energética, rejeitou que a saída de Jorge Sanchez da sua equipa tenha a ver com relação conflituosa com o setor.

João Matos Fernandes, o novo ministro do Ambiente e da Transição Energética, disse que foi sua a escolha de João Galamba para o cargo de secretário de Estado da Energia e justificou a opção com o facto de o ex-deputado socialista ser o melhor que completa o seu saber. E rejeita que a saída de Jorge Sanchez tenha a ver com a relação conflituosa com as empresas energéticas.

“Sou eu o novo ministro que tem esta pasta, escolhi o secretário de Estado porque achei que melhor completava aquilo que o meu próprio saber que foi o dr. João Galamba, com todo o respeito naturalmente o trabalho que foi feito pelo antecessor”, disse o ministro na sede da EDP, à margem da assinatura de um contrato de financiamento de 60 milhões de euros entre a elétrica e o Banco Europeu de Investimento para a segunda fase do projeto Windfloat Atlantic, de produção de energia eólica na costa de Viana do Castelo.

Ministro: Galamba “completa aquilo que o meu próprio saber”

Questionado sobre se a saída de Jorge Seguro da pasta da Energia tinha como objetivo o apaziguamento das relações entre o Governo e a EDP e ainda sobre as competências de João Galamba para o cargo, Matos Fernandes respondeu que “a pergunta não tem qualquer sentido nem na primeira parte nem na segunda parte”.

João Galamba, que também esteve presente na cerimónia mas sem prestar qualquer declaração aos jornalistas, tomou posse esta quarta-feira enquanto secretário de Estado da Energia, na sequência de uma remodelação do Executivo que transferiu a pasta da Energia do Ministério da Economia para o Ministério do Ambiente e agora também da Transição Energética.

A escolha do antigo porta-voz e deputado socialista foi criticada pela oposição, que acusou o Governo de promover para a tutela da secretaria de Estado da Energia alguém sem experiência no setor. Rui Rio, presidente do PSD, foi um dos críticos, tendo acusado o Executivo de estar a partidarizar a pasta da Energia.

(Notícia atualizada às 13h54)

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