Patent Box recebe Prémio Jurídico Nuno Cerejeira Namora, Pedro Marinho Falcão & Associados

A tese de mestrado de Catarina Martins de Sousa - "O Regime da Patent Box - em destaque, o caso português” - é a vencedora do “Prémio Jurídico Nuno Cerejeira Namora, Pedro Marinho Falcão & Associados"

A dissertação de mestrado de Catarina Martins de Sousa, intitulada “O Regime da Patent Box – em destaque, o caso português”, é a vencedora do “Prémio Jurídico Nuno Cerejeira Namora, Pedro Marinho Falcão & Associados”. A melhor aluna do Mestrado em Direito Fiscal da Universidade Católica, com classificação final de 18 valores, vai ser premiada com 1500 euros e a oportunidade de realizar um estágio na Nuno Cerejeira Namora, Pedro Marinho Falcão & Associados.

O trabalho premiado é sobre o regime da Patent Box, destacando o caso do regime português previsto no artigo 50.º-A do CIRC (Rendimentos de patentes e outros direitos de propriedade industrial). A Patent Box representa um incentivo fiscal à exploração de rendimentos provenientes de patentes e outros ativos de propriedade intelectual (output tax incentive).

“Este tema constitui uma matéria de elevada importância, dado que em agosto de 2016 foi alvo de alterações conforme as orientações emitidas pela OCDE na sequência do Modified Nexus Approach (MNA) introduzido pela Ação 5 do Projeto BEPS. Entendo que no ordenamento jurídico português a referida alteração foi pensada apenas para cumprir as vinculações internacionais, conduzindo a um regime sem respostas óbvias e que suscita vários problemas ao nível da sua aplicação prática”, adianta a aluna.

“Consideramos que o atual artigo 50.ºA do CIRC apresenta problemas ao nível da sua interpretação, suscitando várias incógnitas no momento da sua aplicação. Entendemos, assim, que este preceito legal deve ser alterado, constituindo a nossa dissertação um importante contributo para essa alteração, na medida em que refletimos compreensiva e criticamente o nosso regime da Patent Box na sua versão pré e pós-BEPS, fazendo algumas sugestões em termos legislativos”, remata.

Para Pedro Marinho Falcão, “esta dissertação distingue-se pela sua atualidade e pelo contributo que pode dar ao tema da exploração de rendimentos provenientes de patentes e outros ativos de propriedade”. “Os prémios jurídicos que temos instituído com as universidades têm sido marcados pela qualidade e pertinência das teses apresentadas e acredito que a investigação científica na área do Direito associada ao mercado de trabalho é um excelente método para formar bons profissionais na área”, refere.

O “Prémio Jurídico Nuno Cerejeira Namora, Pedro Marinho Falcão & Associados” galardoa anualmente o estudante de Mestrado em Direito Fiscal da Universidade Católica cuja qualidade e originalidade da dissertação seja reconhecidamente excecional e inovadora.

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Cuatrecasas marca presença no Legalize Blockchain

Andrea Ortega Villalobos, advogada e Project Manager de Inovação na Cuatrecasas, é uma das oradoras do evento e abordará o impacto do Blockchain no setor legal.

“Como o Blockchain vai mudar as relações jurídicas na Sociedade” é a questão que dá o mote ao evento Legalize Blockchain, que tem lugar nos próximos dias 24 e 25 de Julho no Porto.

Andrea Ortega Villalobos advogada e Project Manager de Inovação na Cuatrecasas, é uma das oradoras do evento e abordará o impacto do Blockchain no setor legal. “O papel dos advogados nesta tecnologia é crucial, por um lado, por afetar diversas áreas do direito; por outro, como toda a inovação, gera muitas questões perante a falta de regulamentação específica, o que supõe um desafio para os juristas. Desse modo, é possível que os smart contracts automatizem certos processos e tornem mais eficiente a execução de algumas cláusulas legais com uma componente objetiva”, segundo comunicado da Cuatrecasas enviado à Advocatus.

A Cuatrecasas junta-se, assim, ao debate sobre uma tecnologia que supõe uma mudança de paradigma social e económico no que diz respeito a transações entre pessoas e entidades, de uma forma segura, global e descentralizada. A Cuatrecasas está já familiarizada com o Blockchain, sendo esta tecnologia, entre outras iniciativas, um dos principais focos da terceira edição (em curso) do Cuatrecasas Acelera, o programa de aceleração de startups que é considerado uma referência no âmbito do LegalTech.

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Espanha chega a acordo para subir salário mínimo até 1.000 euros em 2020

  • ECO
  • 19 Julho 2018

O governo de Pedro Sánchez quer subir o salário mínimo para os mil euros em 2020. A verificar-se será uma subida histórica do ordenado mínimo espanhol.

O Governo espanhol quer subir o salário mínimo para os mil euros. A notícia está a ser avançada pelo site espanhol El Confidencial que adianta que os sindicatos e os patrões chegaram a um entendimento no Acordo para o Emprego e a Negociação Coletiva, prevendo alcançar este patamar em 2020.

A intenção é subir o salário mínimo em 36% até 2020, o que significa que os trabalhadores irão auferir um vencimento de 1.000 euros mensais, pagos em 14 prestações (12 meses, mais subsídio de férias e de Natal).

Atualmente o salário mínimo em Espanha é de 735,9 euros, que compara com os 580 euros pagos em Portugal. Antes da subida ao poder do socialista Pedro Sánchez, havia o compromisso por parte do governo de Mariano Rajoy de proceder a uma subida para os 850 euros até 2020.

A verificar-se a subida agora acordada, será o maior aumento da história do salário mínimo espanhol. Até agora a maior subida era de 25% e foi verificada entre os anos de 1981 e 1983.

O site espanhol avança ainda que o executivo de Pedro Sánchez quer negociar esta subida com os agentes sociais e que está confiante que não haverá nenhum problema para alcançar um acordo.

Com esta medida, o governo espanhol pretende diminuir a desigualdade salarial que existe atualmente no mercado de trabalho.

Pedro Sánchez regressa assim a uma tema que lhe foi caro durante os seus tempos na oposição e que tinha como principal objetivo recuperar o peso que tinham os salários no PIB espanhol, antes do início da crise.

A subida do salário mínimo é uma decisão exclusiva do governo, e que não precisa de apoio do parlamento, o que facilita a intenção do executivo, devido à debilidade parlamentar.

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Hotéis estão mais caros. Preço médio por noite em Lisboa é de 136 euros

  • Lusa
  • 19 Julho 2018

Uma noite num hotel em Lisboa está a custar, em média, 136 euros. Um estudo da AHP revela que o preço médio por quarto em Portugal aumentou 11% no mês de maio.

A hotelaria portuguesa registou em maio um aumento de 11% do preço médio por quarto ocupado, e as maiores taxas de ocupação em Lisboa (89%), Porto (88%) e Madeira (84%), revelou esta quinta-feira a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP). O indicador Tourism Monitors da AHP mostra que, nos primeiros cinco meses deste ano, a taxa de ocupação quarto atingiu os 79% ao nível nacional e que as categorias quatro e três estrelas registaram uma quebra, mais acentuada (1,8 pontos percentuais) na categoria mais elevada.

O preço médio por quarto ocupado, que se fixou em 97 euros, teve um aumento de 10% face a igual período de 2017, tendo sido Lisboa o destino turístico mais caro (136 euros), seguido do Grande Porto (101 euros) e de Estoril/Sintra (95 euros). Segundo a AHP, o preço médio por quarto disponível foi de 76 euros, traduzindo um aumento de 9% face a maio do ano passado, registando-se os maiores aumentos na Costa Azul (41%), Alentejo (33%) e Lisboa (17%). “A estada média registou uma quebra de 2%, fixando-se nos 1,90 dias”, lê-se na nota hoje divulgada pela associação hoteleira, precisando que essa quebra só não se registou na categoria de três estrelas, que cresceu 3%.

Os Tourism Monitors da AHP recolhem informação referente apenas aos hotéis, que representam 61% do total dos empreendimentos turísticos em Portugal e 67% dos quartos. A AHP, no comunicado hoje difundido, aproveita para informar sobre os resultados de um inquérito aos hoteleiros da região de Lisboa a propósito do Eurofestival da Canção, que decorreu entre 8 e 12 e maio, que apontaram para uma taxa de ocupação de 93% na cidade de Lisboa e de 91% na área metropolitana de Lisboa.

O mesmo inquérito revelou que o preço médio por quarto ocupado na cidade de Lisboa se fixou em 173 euros e na área metropolitana de Lisboa em 154 euros.

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Bruxelas quer que os residentes também paguem taxa aeroportuária em Lisboa

  • Lusa
  • 19 Julho 2018

Bruxelas considera que a aplicação da taxa aeroportuária em Lisboa a apenas os passageiros não residentes é um ato de discriminação, pelo que exige que seja alargada também aos residentes.

A Comissão Europeia enviou, esta quinta-feira, um parecer fundamentando a Portugal reclamando que a taxa do aeroporto de Lisboa passe a ser conforme com as regras da União Europeia (UE) e também aplicável a passageiros residentes.

Bruxelas deu um prazo de dois meses para que a taxa do aeroporto de Lisboa seja aplicável também a residentes em Portugal, considerando que a cobrança apenas a não residentes constitui uma discriminação em razão da nacionalidade, o que viola as leis da UE.

O envio de um parecer fundamentando é a segunda fase do processo de infração e se a situação não for regularizada, a Comissão Europeia pode levar o caso perante o Tribunal de Justiça da UE.

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Banco de Portugal aplica coimas de 273 mil euros no segundo trimestre

  • Lusa
  • 19 Julho 2018

O Banco de Portugal decidiu 39 processos durante o segundo trimestre do ano. A maioria diz respeito a infrações de natureza comportamental, seguidas de infrações de natureza prudencial.

O Banco de Portugal (BdP) divulgou esta quinta-feira que instaurou 34 processos de contraordenação e decidiu 39 durante o segundo trimestre de 2018, aplicando coimas de mais de 273 mil euros.

“Dos 39 processos decididos, 25 respeitam a infrações de natureza comportamental, 10 respeitam a infrações de natureza prudencial, duas respeitam a infrações a deveres relativos à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo, uma respeita a atividade financeira ilícita e uma respeita a infrações às regras em matéria de recirculação de numerário”, refere o BdP, em comunicado.

No contexto das decisões proferidas, acrescenta, foram aplicadas 18 admoestações e coimas que totalizaram os 273,250 mil euros, dos quais 20 mil foram suspensos na sua execução.

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Abstenção de última hora do PSD fez chumbar proposta do PCP para indemnizar donos de terrenos

Estava tudo alinhado para que o PSD ajudasse o PCP a aprovar uma lei para indemnizar donos de terrenos obrigados a ter faixas de gestão de combustível. Mas Rio ordenou a abstenção. E a medida caiu.

À última hora, o PSD mudou o sentido de voto e fez chumbar no Parlamento a proposta que visava obrigar o Estado e as empresas a indemnizarem quem tenha de ceder parcelas de terreno para a criação de faixas de gestão de combustível. Esta era uma proposta que os comunistas tinham conseguido aprovar na generalidade e na especialidade com o apoio do PSD, mas que caiu por terra na votação final global desta quarta-feira porque o PSD se absteve. O voto contra dos socialistas passou o cartão vermelho ao documento.

Como escreveu o ECO, a proposta visava restabelecer um regime que tinha sido revogado em 2017 e poderia representar uma nova maioria negativa no Parlamento, uma vez que o Governo e o PS sempre se mostraram contra a proposta ao longo de todo o processo. Aliás, o PS chegou mesmo a apresentar uma proposta de alteração que, na visão do PCP, iria retirar todo o efeito prático à lei, apurou o ECO.

As faixas de gestão de combustível são faixas limpas de vegetação e arvoredo para travar a propagação das chamas em caso de incêndio florestal. É uma forma de gestão da floresta que serve para proteger infraestruturas, além de poder servir de acesso a um determinado local. No entanto, estas faixas podem sobrepor-se em terrenos de pequenos proprietários, que ficam impedidos de utilizar essas parcelas para qualquer fim. Na visão do PCP, os proprietários ficam a perder. E, por isso, deviam ser indemnizados.

Ao ECO, um dia antes da votação final global da proposta, o deputado comunista João Dias assumia-se confiante de que a proposta de lei ia ser viabilizada, com a ajuda do PSD. “Temos boas relações com todos os partidos na comissão de agricultura”, garantia. Uma maioria negativa estava no horizonte. Mas não foi o que aconteceu. À última hora, o PSD absteve-se na votação do documento e o chumbo do PS fez os esforços desabarem.

Enquanto decorreu o trabalho na comissão, deputados do PSD somaram intervenções a favor da indemnização dos proprietários prejudicados pela criação das faixas de gestão de combustível. Contudo, revela o Observador, as instruções sobre o novo sentido de voto terão vindo de cima. Mais propriamente, do líder do partido, Rui Rio. A instrução era para que o partido se abstivesse.

A proposta do PCP estava a gerar desconforto nas empresas que gerem infraestruturas de utilidade pública, como estradas, caminhos-de-ferro ou linhas de transporte de energia. Num parecer enviado à Assembleia da República, a Infraestruturas de Portugal alertava que, caso a lei fosse aprovada, estas empresas incorreriam em custos elevados, sinalizando que poderiam recorrer aos cofres públicos para colmatar a perda de capital. Do lado dos municípios, a medida era vista com bons olhos, mas só se houvesse mais financiamento para as autarquias, pois poderiam existir custos “incomportáveis”. Segundo o Observador, o PS estimava uma despesa extra na ordem dos 900 milhões de euros.

Já o PCP argumentava que só teriam direito à indemnização os proprietários que comprovassem a perda potencial de rendimento devido à inutilização de parcelas de terreno onde passem faixas de gestão de combustível. Segundo contou o deputado João Dias ao ECO, seria o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) a entidade responsável por essa avaliação, sendo que o Governo teria de criar a fórmula de cálculo do valor da indemnização com base nas perdas potenciais.

Já esta quinta-feira, no rescaldo da votação, o ECO tentou contactar o deputado comunista João Dias e o deputado do PSD Maurício Marques, mas sem sucesso.

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easyJet: Mudanças ao subsídio de mobilidade na Madeira podem ser “muito perigosas”

  • Lusa
  • 19 Julho 2018

O Parlamento aprovou uma proposta para que os madeirenses paguem apenas o valor estipulado da viagem, não ficando à espera do reembolso do subsídio de mobilidade. EasyJet está contra mudança.

A easyJet considerou, esta quinta-feira, que as alterações em apreciação no parlamento para o subsídio de mobilidade da Madeira podem ser “muito perigosas” para a economia local, desde logo pondo em causa a operação destas companhias aéreas.

“Não é de todo algo que seja agradável, estamos perante uma situação muito perigosa para o futuro da Madeira, em termos económicos”, afirmou o diretor da easyJet em Portugal, José Lopes.

Falando aos jornalistas à margem da feira de aviação Farnborough Airshow, no Reino Unido, o responsável insistiu que a posição da companhia “é muito clara” e centra-se na recusa de substituir o Estado nos adiantamentos deste subsídio de mobilidade.

Na semana passada, o parlamento aprovou na generalidade uma proposta de lei para que os residentes e estudantes da Madeira, beneficiários de um subsídio de mobilidade, paguem apenas o valor estipulado da viagem e não fiquem à espera de reembolso posterior.

Até agora, os beneficiários deste subsídio tinham que, no ato da compra, pagar a totalidade do preço dos bilhetes, sendo posteriormente reembolsados.

O documento, que baixou à especialidade para depois voltar a ser votado em plenário, prevê assim que sejam as companhias aéreas a adiantar o subsídio atribuído a residentes e estudantes da Madeira.

De acordo com José Lopes, “esta tomada de decisão na Assembleia da República foi uma surpresa para todos”.

“A nossa posição é muito clara. Fomos extremamente frontais, sinceros e transparentes a expressar a nossa opinião sobre o tema, quer em reuniões com o Governo central, regional, quer na Assembleia da República”, referiu.

José Lopes disse esperar que agora “exista bom senso perante tudo aquilo” que esta e outras companhias aéreas expuseram sobre “as consequências que isto pode ter”, nomeadamente ao nível da operação.

“Espero que haja bom senso da classe política e que compreendam o impacto extremamente negativo que isto pode ter para a economia da Madeira”, caso as companhias aéreas decidam sair em oposição às alterações, reforçou.

Ainda assim, “estamos a analisar juridicamente todos os detalhes da questão, à luz não só da lei portuguesa, mas da lei comunitária e a analisar os vários planos B”, adiantou o diretor da easyJet em Portugal.

José Lopes escusou-se a revelar as medidas alternativas, dado a “fase muito embrionária” do processo.

“Vamos ver como é que as coisas evoluem nos próximos meses”, concluiu.

Em novembro passado, em declarações à agência Lusa, José Lopes disse que a easyJet “tudo fará para não ser empurrada” do aeroporto do Funchal, na região autónoma da Madeira, mas recusa-se a “substituir” o Estado no que toca ao subsídio de mobilidade.

Com o modelo de mobilidade em vigor, estas viagens para os residentes na Madeira custam 86 euros, pagando os estudantes 65 euros, tendo um teto máximo de 400 euros. Nos casos das ligações pagas com cartões de crédito, os reembolsos são efetuados apenas depois de 60 dias.

Já nas deslocações entre o arquipélago da Madeira e o dos Açores, o valor máximo é 119 euros para os residentes e equiparados e 89 euros para os estudantes.

Com esta alteração, os beneficiários passarão a pagar apenas o valor que lhes corresponde, não sendo necessário avançar com o total e ficar à espera do reembolso.

EasyJet contesta indemnizações

A easyJet afirmou ainda que vai contestar as indemnizações que foi obrigada a pagar devido às perturbações pela falha no abastecimento de combustível no aeroporto de Lisboa, tentando “recuperar esses valores” junto das petrolíferas.

Reagindo à decisão da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), conhecida há cinco meses, segundo a qual as companhias aéreas seriam obrigadas a compensar os passageiros pela situação ocorrida há pouco mais de um ano, o diretor da easyJet em Portugal, José Lopes, confirmou que a empresa foi notificada, mas “não concorda de todo”.

“É um fator externo às companhias de aviação, nós não controlamos as falhas de combustível nos aeroportos. Ainda por cima foi um erro técnico de quem gere os depósitos de combustível”, acrescentou o responsável. Ainda assim, José Lopes disse perceber “porque é que a ANAC o fez”.

“Se calhar, seria complexo porque a ANAC teria dificuldade em obrigar o gestor de combustível a fazer essa compensação aos passageiros e optou aqui por uma decisão salomónica, esperando que nós depois possamos recuperar esses valores e iremos fazer isso, logicamente”, adiantou, aludindo às exigências que a easyJet fará para ser ressarcida de tais montantes.

José Lopes afirmou ainda não saber quais o total das verbas envolvidas nas indemnizações aos passageiros. “A decisão da ANAC criou aqui um efeito pêndulo, obrigou-nos a assumir uma responsabilidade que não é nossa e […] nós iremos depois pedir contas a quem de direito”, concluiu.

Em meados de fevereiro passado, a ANAC divulgou que as companhias aéreas vão ter de indemnizar os passageiros devido às perturbações causadas pela falha no abastecimento de combustível no aeroporto de Lisboa em maio de 2017.

“Em resultado da análise da situação na ótica dos direitos dos passageiros, a ANAC conclui que as transportadoras aéreas são obrigadas a cumprir as obrigações de assistência, bem como a indemnizar os passageiros afetados […], não se enquadrando a ocorrência relativa à falha no abastecimento de combustível no conceito de circunstância extraordinária”, apontou o regulador da aviação num relatório sobre este caso.

Esta entidade justificou a decisão com o regulamento 261/2004 do Parlamento e Conselho Europeu, que determina a existência de indemnizações em casos que não se inserem no conceito de circunstância extraordinária.

Ainda assim, a ANAC referiu também este regulamento para assinalar que a obrigação de pagar indemnizações aos passageiros não proíbe as próprias companhias de pedirem para ser ressarcidas destes montantes ao Grupo Operacional de Combustíveis (GOC), estrutura que gere o sistema de abastecimento de combustível no aeroporto de Lisboa e que é composta pelas principais petrolíferas, sendo liderada pela Petrogal.

O regulamento 261/2004 indica que, “se a transportadora aérea operadora tiver pago uma indemnização ou tiver cumprido outras obrigações que, por força do presente regulamento lhe incumbam, nenhuma disposição do presente regulamento pode ser interpretada como limitando o seu direito de exigir indemnização, incluindo a terceiros”.

Além da easyJet, a Ryanair e a TAP também anunciaram que iriam pagar as indemnizações aos passageiros, determinadas pelo regulador, mas exigir uma compensação à Galp.

A falha no sistema de abastecimento de combustível ocorrida em 10 de maio no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, afetou 41.681 pessoas, levou ao cancelamento de 98 voos, 363 descolaram com atraso e 12 tiveram de divergir para outros locais.

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Sara Reis passa da Miranda para a CCA Ontier

A CCA ONTIER acaba de reforçar o seu departamento de Corporate/M&A com a integração de Sara Reis que passa a ser a nova coordenadora da equipa.

A CCA ONTIER acaba de reforçar o seu departamento de Corporate/M&A com a integração de Sara Reis que passa a ser a nova coordenadora da equipa. A advogada transita da Miranda & Associados onde integrava o departamento de Corporate/M&A na qualidade de associada principal.

Sara Reis, que passou ainda pela PLMJ e pela AAA, tem cerca de 15 anos de experiência em Corporate, com especial enfoque em operações cross-border, Fusões e Aquisições, na redação, análise e negociação de contratos de compra e venda de acções/quotas, contratos de sociedade e acordos parassociais, constituição de instituições de crédito, realização de due diligence jurídicas a diversos tipos de sociedades nacionais e internacionais. Possui ainda experiência em Direito Bancário e Financeiro, Direito dos Seguros e Direito do Turismo.

Para Domingos Cruz, managing partner da CCA ONTIER, “o track record da Sara, o seu conhecimento na área de Corporate/M&A e a experiência internacional que adquiriu ao longo destes anos serão certamente uma enorme mais-valia para a nossa equipa de corporate que tem vindo a crescer em função das necessidades dos nossos clientes.”

A nova coordenadora de Corporate/M&A da CCA ONTIER é Licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Lusíada e possui uma Pós-graduação em Direito de Valores Mobiliários pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

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Portugueses aplicam 708 milhões em certificados no primeiro semestre

O montante colocado nos primeiros seis meses do ano em produtos de poupança do Estado ascendeu a 708 milhões de euros. Certificados do Tesouro suportam subida. Certificados de aforro continuam a cair.

O montante colocado nos primeiros seis meses do ano em produtos de poupança do Estado ascendeu a 708 milhões de euros, mostram dados do Banco de Portugal. Este aumento continua a ser suportado pelo crescimento das aplicações em certificados do Tesouro, enquanto os certificados de aforro continuam a perder dinheiro.

De acordo com o boletim estatístico mensal da entidade liderada por Carlos Costa, o valor aplicado em certificados do Tesouro em junho aumentou em 154 milhões de euros. Já as aplicações em certificados de aforro voltaram a baixar pelo vigésimo mês consecutivo, registando-se uma saída de cinco milhões de euros. Esta quebra limita a 149 milhões de euros, o crescimento das quantias aplicadas globalmente por estes dois produtos naquele mês.

Os certificados de aforro continuam assim a condicionar o crescimento das aplicações em produtos de poupança do Estado. Nos primeiros seis meses do ano, o montante colocado em certificados de aforro encolheu em 68 milhões de euros, com o valor global a fixar-se em 11.873 milhões de euros. Ou seja, o montante mais baixo desde outubro de 2014. A esta diminuição não será alheia a fraca atratividade da remuneração que é oferecida.

Os valores investidos em certificados do Tesouro, pelo contrário, continuam a renovar máximos históricos, suportados pelos Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC). Este produto que oferece a remuneração mais atrativa entre as aplicações para o retalho disponibilizada pelo Estado subiu em 776 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano aos certificados. No final de junho, existiam 15.809 milhões de euros em certificados do Tesouro, um máximo de sempre.

Subtraindo a retirada de dinheiro registada nos certificados de aforro, o valor global aplicado em certificados cresceu em 708 milhões nos primeiros seis meses, para se fixar num recorde de 27.682 milhões de euros.

Entretanto, já neste mês de julho, o Tesouro reforçou o financiamento obtido junto dos investidores do retalho em mil milhões de euros. Este foi o montante angariado através de uma emissão de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável — OTRV — que suscitou muita procura por parte dos aforradores portugueses.

(Notícia atualizada às 11h40 com mais informação)

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Endividamento da economia atinge novo recorde. São já 724.703.000.000 de euros

O endividamento da economia voltou a aumentar em maio, tendo atingido um novo recorde. O total do endividamento do Estado, empresas e famílias superou os 724 mil milhões de euros naquele mês.

O endividamento da economia voltou a aumentar em maio, tendo atingido um novo recorde. O total do endividamento do Estado, empresas e famílias portuguesas superou os 724 mil milhões de euros naquele mês, o valor mais elevado de sempre, revelam os dados do Banco de Portugal.

“Em maio de 2018, o endividamento do setor não financeiro situava-se em 724,7 mil milhões de euros, dos quais 322,4 mil milhões respeitavam ao setor público e 402,3 mil milhões ao setor privado”, detalha o banco central na nota de informação estatística divulgada esta quinta-feira.

“Relativamente a abril de 2018, o endividamento do setor não financeiro aumentou mil milhões de euros, em resultado do incremento de 300 milhões de euros no endividamento do setor público e de 700 milhões de euros no endividamento do setor privado”, acrescenta ainda.

Endividamento da economia atinge novo recorde

Fonte: Banco de Portugal

O montante em dívida por parte do setor não financeiro representa quase cinco vezes o valor da riqueza bruta produzida pelos portugueses num ano. Os últimos dados disponibilizados pelo Banco de Portugal, relativos a março, colocavam o endividamento nos 369,6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

Maio marcou mesmo um recorde no que toca à dívida pública na ótica de Maastricht, a que conta para Bruxelas, tendo superado os 250 mil milhões de euros em termos brutos. Mas é expectável que o endividamento público venha a registar uma descida ao longo do ano — sobretudo depois do reembolso ao mercado de um montante de 6,6 mil milhões de euros em junho.

No que toca à dívida privada, o Banco de Portugal explica que houve um aumento do endividamento externo das empresas em 500 milhões de euros. Já as famílias e particulares registaram um crescimento do endividamento face ao setor financeiro de 200 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 11h30)

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Raize continua a crescer. Já ganhou dois milhões desde que entrou em bolsa

Entrou na bolsa de Lisboa esta quarta-feira e, ao segundo dia de negociação, a Raize já vale mais dois milhões de euros do que valia antes do IPO. Ações estão a cotar nos 2,40 euros.

A Raize já ganhou dois milhões de euros na bolsa de Lisboa. Ao segundo dia de negociações, a empresa está a subir 0,84% para 2,40 euros por ação. O preço do IPO foi de dois euros por título e a procura superou a oferta em quase quatro vezes. Nesta primeira chamada da sessão, foram transacionados mais de 36.500 títulos. A companhia tem agora um valor de mercado de 12 milhões de euros.

A empresa colocou 750 mil ações na bolsa de Lisboa esta semana, através do Euronext Access, e negoceia por chamada duas vezes por dia. A próxima atualização da cotação da empresa ocorrerá por volta das 15h30.

A Raize é uma startup portuguesa que junta investidores a pequenas e médias empresas (PME) que estejam à procura de crédito. Os investidores licitam juros e emprestam pequenos montantes até perfazerem o valor total pedido por uma PME. Cabe à PME aceitar os juros oferecidos pelos investidores inscritos na plataforma da Raize. A startup é responsável por avaliar o risco das empresas que recorrem a esta forma de financiamento e serve de mediadora nos contratos entre os investidores e as empresas.

Desde que foi criada em 2013, a Raize já foi responsável por 774 operações deste tipo, num montante global superior a 15,5 milhões de euros, de acordo com dados da Euronext Lisbon. Tem cerca de 31 mil investidores inscritos na plataforma.

(Notícia atualizada às 10h45 com mais informações)

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