“Gestão prudente” permitiu à RTP fechar 2018 com lucros marginais
As perspetivas eram de que a RTP fechasse 2018 com prejuízos. Mas uma "gestão prudente" das contas permitiu que a empresa pública fechasse o ano da Eurovisão e do Mundial com lucros de 330 mil euros.
A RTP conseguiu fechar o ano de 2018 com lucros de 330 mil euros, num ano marcado pela organização do Festival da Eurovisão e pelo Mundial de Futebol. A subida nos lucros surge ainda num ano marcado pelo impacto da reversão dos cortes na Função Pública e em contraciclo com as perspetivas económico-financeiras, que apontavam em maio para um regresso das contas ao vermelho, como avançou o ECO na altura.
Em comunicado, a administração liderada por Gonçalo Reis também dá conta da subida dos lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA), indicador que cresceu mais de 13% no ano passado, para 12,9 milhões de euros. “O balanço é claramente positivo”, refere, na mesma nota, a empresa pública de televisão e rádio.
“2018 foi um ano de acontecimentos especiais, como o Festival da Eurovisão e o Mundial de Futebol, eventos que geraram custos extraordinários não compensados totalmente pelas receitas adicionais”, reconhece a empresa, que garante que os números mostram a “capacidade de adaptação e sustentabilidade da estratégia da RTP”.
“A nível interno, neste ano foi reposta na íntegra a antiguidade na remuneração aos trabalhadores e foram descongeladas as progressões na carreira”, confessa também a empresa, falando numa “gestão prudente” das contas que “permitiu mesmo assim melhorar os resultados” em 2018.
A dívida da RTP subiu 1,3% face a 2017, para 101 milhões de euros, uma “estabilização” num “patamar historicamente baixo”, considera a empresa. Do montante da dívida, 55 milhões “correspondem ao edifício sede”.
“O plano da RTP para 2019, 2020 e 2021 mantém a trajetória de desempenho económico sustentável, ou seja, resultados operacionais no patamar dos dez milhões de euros, resultados líquidos positivos e estabilização da dívida, para além da valorização da prestação do serviço público nas suas várias dimensões, na rádio, televisão e digital”, conclui a empresa pública.
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