Mário Ferreira vendeu 40% do negócio de cruzeiros por 250 milhões de euros

O dono da Douro Azul vendeu aos norte-americanos da Certares 40% da sua holding de cruzeiros que fica avaliada assim em 625 milhões de euros, segundo apurou a Exame.

O empresário Mário Ferreira vendeu 40% da sociedade do cruzeiros Mystic Invest Holding aos norte-americanos Certares. A operação estará avaliada em €250 milhões, valor que o empresário português ainda não confirmou, avança a revista Exame.

De acordo com a mesma fonte, dos 250 milhões obtidos com este negócio, 175 milhões servirão para capital e provisões da Mystic Invest Holding e os restantes 75 milhões serão destinados à empresa-mãe, a Mystic Invest SGPS. Com esta operação a Mystic Invest Holding fica avaliada em 625 milhões de euros.

À Exame, o dono da Douro Azul revelou o desejo de cotar o grupo na bolsa de Nova Iorque dentro de cinco anos, altura em que projeta uma avaliação de mais de dois mil milhões de euros, triplicando o valor da avaliação que resulta da compra pela Certares, fundo americano que investe em empresas de viagens, turismo e hotelaria.

O grupo de Mário Ferreira agrega ainda as empresas Douro, Nicko Cruises ou Mystic Cruises USA NEW.

 

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Vieira da Silva desafia esquerda a viabilizar alterações à Lei Laboral

Depois de António Costa, também Vieira da Silva desafiou a esquerda a viabilizar as alterações à Lei Laboral, aproveitando-se a "oportunidade histórica" de limitar a contratação a termo.

A pouco mais de uma semana da votação indiciária da revisão do Código do Trabalho, Vieira da Silva voltou a desafiar o Bloco de Esquerda a viabilizar o pacote legislativo apresentado pelo Governo, no qual se inclui a limitação dos contratos a termo. O ministro do Trabalho considerou que está em causa “uma oportunidade histórica” para reduzir as “causas e condições” da contratação a prazo e frisou que “a opção” cabe agora ao Parlamento.

Temos agora uma oportunidade histórica que é a de responder à segmentação como os trabalhadores precisam, reduzindo as causas e as condições da contratação a termo“, salientou o governante, na manhã desta sexta-feira, no debate de urgência sobre o mercado de trabalho pedido pelos socialistas.

No pacote legislativo apresentado pelo Executivo de António Costa, está incluída a limitação dos contratos a prazo, nomeadamente através da revogação da norma que permite a contratação a termo para postos de trabalho permanentes de jovens à procura do primeiro emprego. Apesar desta medida ser defendida também pelas bancadas de esquerda, PCP e BE já adiantaram que manterão a posição de voto defendida na generalidade, isto é, chumbarão o projeto de lei do Executivo, já que, na opinião desses partidos, na globalidade do pacote legislativo, o Governo não vai tão longe quanto deveria ir e introduz mesmo algumas normas negativas, como o alargamento do período experimental.

O Bloco de Esquerda chegou, no entanto, a garantir que votaria favoravelmente o projeto de lei de Vieira da Silva, se se deixassem cair três pontos desse pacote: O alargamento do âmbito e duração dos contratos de muito curta duração, a tal extensão do período experimental e o banco de horas fora da contratação coletiva. Em resposta, o primeiro-ministro desafiou a bancada de Catarina Martins a viabilizar a revisão à Lei Laboral mesmo que não seja “a dos seus sonhos”.

O mesmo apelo foi deixado, esta sexta-feira, pelo ministro do Trabalho, que disse: “Podemos não concordar em muitas coisas, mas temos de concordar em [aprovar] rapidamente essa e outras normas, como a duração dos contratos a termo, reduzindo-a para a mais baixa de sempre”.

Vieira da Silva reforçou que o “aspeto mais pesado da precariedade” é a “proliferação dos contratos a termo”, pelo que é urgente limitar esse tipo de contratação. “São dezenas de milhares de jovens que, só este ano, não deveriam ter tido um contrato a prazo só por serem jovens. Está nas vossas mãos”, desafiou o político. “Ou fazemos agora, ou vamos ter de aguardar”, disse.

Recorde-se que, em julho do ano passado, a revisão do Código do Trabalho baixou à especialidade, tendo recebido o voto favorável do PS, a abstenção do PSD e CDS e os votos desfavoráveis do PCP e do BE. Quase um ano depois, a esquerda mantém-se firma na sua posição, mas a direita confirma que “não será um obstáculo” à aprovação deste projeto de lei, desde que seja cumprido o acordo conseguido na Concertação Social. Tudo somado, não ainda é certo que o pacote do Executivo caia, mas é expectável que, a passar, será com o apoio das bancadas da direita e não dos parceiros político do Governo.

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Transportes lotados. “Em Londres, vai tudo sardinha em lata…”, diz secretário de Estado da Mobilidade

  • ECO
  • 31 Maio 2019

O secretário de Estado da Mobilidade acredita que a solução para compensar a procura dos transportes públicos pode passar pela redução do conforto. "Em Londres, vai tudo sardinha em lata", diz.

O secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade não vê problema se houver uma redução do conforto dos passageiros nos transportes públicos para compensar o aumento da procura por causa dos passes sociais mais baratos. “Porque não? Aumentam um pouco a oferta e os comboios aguentam perfeitamente”, disse José Mendes, em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago).

O passe único permitiu poupanças significativas às famílias portuguesas, na ordem das dezenas de euros, no que toca à despesa com transportes públicos. E perante a descida dos preços, houve um crescimento expressivo da procura. Dois meses depois da implementação das novas tarifas, o aumento da procura foi quase o dobro do que o Governo estava à espera.

“Já experimentou fazer uma viagem de metro em Londres? O tempo que demora, e vai tudo sardinha em lata…”, comparou o secretário de Estado, quando confrontado com a redução do conforto das viagens, numa altura em que surgem queixas dos utentes devido à reduzida oferta. “As pessoas vão apertadas nos metros em todo o mundo”, diz.

Face à decisão da Fertagus, que vai retirar bancos dos comboios para poder acomodar mais pessoas em pé, José Mendes respondeu: “As pessoas não andam de pé no autocarro? São viagens curtas, com durações até meia hora”

José Mendes reconhece, no entanto, que há melhorias a serem feitas do lado da oferta. “A Carris está a comprar 195 autocarros e a STCP 274, num investimento de 60 e 70 milhões de euros, respetivamente”, apontou.

O aumento da procura, que gera receitas superiores, deverá ajudar a fazer aumentar a oferta de transportes públicos. “Essa receita é para garantir a oferta. Se os operadores têm o dobro da procura, têm de ter o dobro da oferta.”

Questionado sobre se o Estado não tem de conceder mais compensações por garantir esse reforço da oferta, José Mendes referiu apenas que “o sistema funciona, do ponto de vista económico, como antes”. “Nós subsidiamos o transporte, que significa que como fica mais barato, as pessoas procuram mais. Com isso, os operadores têm mais clientes e têm de ir colocando mais meios no terreno”, afirmou.

As pessoas não andam de pé no autocarro? São viagens curtas, com durações até meia hora. As pessoas vão apertadas nos metros em todo o mundo.

José Mendes

Secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade

Procura foi o dobro do esperado em Lisboa

A procura dos utentes pelos novos passes sociais na Área Metropolitana de Lisboa foi muito superior ao que o Governo estava à espera, admitiu o secretário de Estado na mesma entrevista. O Executivo esperava um aumento na ordem dos 10%, líquido da subida “normal”, isto é, cerca de 100 mil novos passageiros em 2019. Os dados atuais apontam para um crescimento de 30%.

“A expectativa que tínhamos de aumento da procura no sentido de atração de pessoas para o transporte público com esta medida […] era de pelo menos 10%, ou seja, 100 mil novos passageiros”, começou por indicar. No entanto, na Grande Lisboa, excluindo o crescimento médio anual de 4%, que já era previsto, o número de passageiros já aumentou em “167 mil passes”.

 

José Mendes, o primeiro da foto, numa apresentação de novos autocarros da Carris, no final de 2018.”No Porto, tínhamos em 2018 um total de 149 mil passes, que em 2019 passaram para 179 mil passes. Crescemos 30 mil passes, o que dá 20%”, acrescentou ainda José Mendes. Para o governante, os números mostram “o caráter disruptivo desta medida”. “Estou felicíssimo com estes números”, indicou José Mendes.

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BES reconhece reclamações de cinco mil credores. Exigem mais de 5.000 milhões de euros

A comissão liquidatária do BES recebeu 32.500 reclamações deduzidas por quase 24 mil reclamantes. Mas só reconhece 20% dos credores, que exigem mais de 5.000 milhões de euros.

A comissão liquidatária do BES recebeu nos últimos três anos cerca de 32.500 reclamações deduzidas por quase 24 mil reclamantes, mas só reconheceu na lista final que foi apresentada esta sexta-feira no tribunal 20% dos credores. Ou seja, foram incluídos 5.000 credores que reclamam créditos num valor que supera os 5.000 milhões de euros.

“A apresentação destas listas é um marco relevante na evolução do processo judicial de liquidação da instituição”, refere a comissão liquidatária do banco falido. A resolução do BES aconteceu no dia 3 de agosto de 2014.

Foi possível apresentar reclamações entre 21 de julho de 2016 e 8 de março de 2019. À comissão de liquidação chegaram reclamações provenientes de 23.960 reclamantes. Só foram reconhecidos 4.955 credores, ficando de fora da lista mais de 21 mil reclamantes, que terão agora de contestar a decisão.

Do total dos créditos reconhecidos, que incluem capital, juros remuneratórios e moratórios, cerca de 2,2 mil milhões de euros são créditos comuns e cerca de 2,8 mil milhões são créditos subordinados, não havendo quaisquer créditos garantidos ou privilegiados.

Mais de 21 mil credores viram as suas reclamações não reconhecidas e para estes casos a comissão liquidatária indicou os motivos justificativos do não reconhecimento. E salientou que “quer o número total de credores reconhecidos, quer o valor total dos créditos reconhecidos e a sua graduação só ficarão definitivamente fixados com o trânsito em julgado da sentença”.

Aliás, após a entrega das listas dos credores reconhecidos, seguem-se agora duas fases:

  • Exame das reclamações e demais documentação: a decorrer entre os dias 3 de junho de 2019 e 1 de agosto de 2019 (inclusive);
  • Impugnação da lista dos credores reconhecidos: a decorrer entre os dias 2 de agosto de 2019 e 2 de setembro de 2019 (inclusive);

Todos os reclamantes foram notificados das decisões tomadas.

10 mil acionistas do BES de fora da lista

A comissão de liquidação do BES notou ainda que recebeu reclamações mais de 10 mil reclamantes em que o único fundamento invocado é a mera titularidade de ações representativas do capital social do BES. Ficaram de fora da lista por isso mesmo.

“Os acionistas do BES, pelo simples facto de serem acionistas do BES, não são titulares de qualquer crédito de natureza patrimonial sobre o BES ou garantido por qualquer bem integrante da massa insolvente do BES, pelo que não podem — em nenhum caso, nessa qualidade e apenas pela qualidade de acionista que invocam — ser reconhecidos como credores do BES”, indicou a comissão de liquidação do banco falido.

(Notícia atualizada às 13h36)

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A manhã num minuto

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Passageiros revoltam-se com falta de barcos no Barreiro

  • ECO
  • 31 Maio 2019

Ânimos exaltados esta manhã no terminal fluvial do Barreiro. Supressão de várias embarcações levam à revolta dos passageiros que estiveram quase três horas a aguardar pela travessia.

A supressão de vários barcos na ligação entre o Barreiro e Lisboa levou esta manhã à revolta dos passageiros que aguardaram desde as 9h40 para fazer a travessia até cerca do meio dia para fazer a travessia. A notícia é avançada pela TSF, que cita Ana Avoila, líder da Frente Comum, e fala da tentativa de invasão da sala de embarque do terminal por parte dos passageiros.

Ana Avoila diz que se encontra no terminal do Barreiro “para passar para Lisboa desde as 9h40” e descreve um cenário de “vidros partidos”, num local onde está já a Polícia Marítima. “Isto é o serviço público dos transportes aqui deste lado desde há uns meses. O primeiro-ministro sabe e o conselho de administração da Soflusa sabe que há insuficiência de mestres”, disse em declarações à TSF.

Em declarações à Lusa, Ana Avoila explicou que a situação “foi mais grave [esta sexta-feira], porque houve um comunicado da administração a dizer quais as carreiras que eram suprimidas por insuficiências de mestres, mas houve mais carreiras suprimidas além das anunciadas”.

As ligações fluviais entre o Barreiro e Lisboa, que são frequentadas diariamente por cerca de 30 mil pessoas, têm registado frequentes perturbações devido à falta de mestres. As sucessivas greves, mas também o aumento do número de passageiros, motivado pela redução do preço dos passes sociais, a partir de 1 de abril, não serão alheios às dificuldades acrescidas que se sentem nas ligações entre o Barreiro e o Terreiro do Paço.

De acordo com o representante dos utentes, citado pela Lusa, a empresa precisaria de 21 mestres para movimentar os navios, mas atualmente tem 16 e também os mestres e marinheiros estão a chegar a um limite, devido às horas extraordinárias que têm feito nos últimos meses.

A situação é igualmente reportada pelo jornal Diário do Distrito, que explica que além das supressões que vêm sendo habituais devido à falta de mestres, a Soflusa procedeu esta sexta-feira a supressões adicionais. O mesmo deverá acontecer amanhã, sábado. A informação sobre os barcos suprimidos está ainda disponível no site da empresa.

O incidente acontece no mesmo dia em que o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, pediu desculpa aos utentes pelas constantes perturbações nos serviços de transportes públicos.

[Notícia atualizada às 13H57 com novas declarações de Ana Avoila e da Comissão de Utentes da Soflusa]

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Metade da dívida da Zona Euro está com juros negativos. Valor não era tão elevado desde 2016

Fuga dos investidores para as obrigações está a levar as yields para terreno negativo. Em maio, o montante de dívida emitida por países da moeda única com juro negativo atingiu 3,71 biliões de euros.

Há três anos que não havia tanta dívida pública da Zona Euro com juros negativos. A volatilidade nos mercados, exacerbada pela guerra comercial entre EUA e China, a par das preocupações com o travão da economia tem levado a uma fuga dos investidores das ações para as obrigações. Também a política acomodatícia do Banco Central Europeu (BCE) tem beneficiado os países.

O universo de obrigações emitidas por países da moeda única com yields negativas atingiu os 3,71 biliões de euros, em maio. O valor aumentou 7,8% em comparação com os 3,44 biliões de euros de abril, segundo dados da Tradeweb citados pela Reuters.

O montante de dívida em que são os investidores a pagar juros (em vez dos emitentes) representa 48% do total de 7,69 biliões de euros em títulos vivos. É a proporção mais elevada desde setembro de 2016, quando os riscos de deflação e preocupações com o crescimento levaram a uma queda significativa nas yields.

Desta vez, as preocupações com o crescimento económico contribuíram, tal como a volatilidade nos mercados. Após 2018 ter sido um ano de perdas generalizadas nas bolsas, 2019 arrancou em recuperação, animando os investidores. No entanto, o sentimento positivo não transitou para o segundo trimestre. Por exemplo, o índice pan-europeu Stoxx 600 acumula uma perda de 6,13% este mês e o português PSI-20 de 6,97%.

Como alternativa às ações, os investidores têm procurado refúgio nas obrigações. É o caso das Bunds alemãs, cuja yield tocou esta sexta-feira -0,205%, em mínimos de sempre, enquanto o juro da Holanda a 10 anos entrou em terreno negativo pela primeira vez desde 2016.

Mesmo os países em que os juros da dívida não estão em terreno negativo têm beneficiado de diminuição nas yields. No caso de Portugal, os títulos a 10 anos também tem renovado mínimos históricos, tendo negociado esta sexta-feira nos 0,804%. O juro da Grécia caiu abaixo de 3% pela primeira vez.

Além da instabilidade acionista, o mercado de dívida beneficia ainda da política expansionista do BCE. O banco central liderado por Mario Draghi terminou, em dezembro do ano passado, o programa de compra líquida de ativos, mas entrou numa nova fase em que reinveste o montante das obrigações que atingem as maturidades. Não havendo perspetivas sobre o momento em que o BCE começará a subir taxas de juro de referência e deixará de estar no mercado como comprador de dívida, os soberanos têm beneficiado desta rede de segurança.

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Cavala bate sardinha nas capturas. Mas preço do polvo é o que mais dispara

De 1998 a 2009, a sardinha era a espécie com maior representatividade em termos do volume de capturas. Passados 20 anos, a cavala assume esse palmarés. Já o polvo tem o título de peixe mais caro.

A cavala já é mais capturada do que a sardinha. De 1998 a 2009, a sardinha era a espécie com maior representatividade em termos do volume de capturas. Passados 20 anos, a cavala assume esse título, com uma diferença que supera os 11 pontos percentuais, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE). Contudo, em termos de preço, o polvo lidera a corrida, com o preço médio de 2018 a atingir o seu nível mais elevado das duas últimas décadas.

Até 2009, não havia dúvidas, a sardinha era a espécie que ocupava grande parte das capturas. De 1998 a 2000, registava 41,4% das capturas, enquanto a cavala apenas 6,1%. Já de 2007 a 2009, a percentagem da pesca de sardinha encolheu para 37,8%, ainda que continuasse a liderar as capturas. No mesmo período, a pesca de sardinha aumentou para 12,3%, sendo a segunda espécie mais capturada.

Finalmente, o período de 2016 a 2018 foi determinante. Nas redes dos pescadores, 21,6% do pescado era cavala, enquanto apenas 10,2% era sardinha. Mas, entre os dois está, ainda, o carapau, cujas capturas foram na ordem dos 14,8%.

Já em termos de preço, o polvo entra em cena. “Em 2018, o preço médio do polvo no mercado de primeira venda ascendeu a 7,06 euros por quilo, o nível mais elevado das duas últimas décadas”, lê-se nas estatísticas do INE. O preço é, assim, superior em 8,2% ao registado em 2017. Isto acontece num momento em que as capturas do polvo são de apenas 6,3%, entre as principais espécies.

Quanto à sardinha, nos últimos 20 anos, o preço médio teve um crescimento médio anual superior em 4,1 vezes ao preço médio do pescado transacionado em lota. Evolução que seguiu a mesma tendência para outras espécies, como a cavala (mais 13,5 vezes) e o carapau (3,4 vezes).

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BCP oficializa compra de banco na Polónia por 430 milhões

O Millenium Bank, o banco polaco do BCP, fechou esta sexta-feira a compra do Euro Bank por cerca de 430 milhões de euros. Negócio vai permitir "acelerar crescimento na Polónia", diz Miguel Maya

O Bank Millennium, o banco do BCP na Polónia, oficializou esta sexta-feira a compra do Euro Bank. O preço final da compra de 99,8% do Euro Bank ainda não está fechado, estando sujeito à avaliação dos ativos do banco, mas rondará o 430 milhões de euros.

O negócio vai representar um encargo adicional de aproximadamente 900 milhões de euros para garantir a linha de financiamento ao Euro Bank que estava a ser concedida pelo anterior dono, o Société Générale.

Com esta compra, “damos um passo importante na concretização da ambição estratégica de acelerar o crescimento e de nos diferenciarmos na Polónia, um mercado ao qual atribuímos grande importância e que tem um contributo muito positivo para o futuro e rendibilidade do grupo BCP”, afirmou o Miguel Maya, CEO do BCP. O banco português detém 50,1% do Bank Millennium.

“Estou confiante que com esta aquisição e com a excelente equipa de profissionais do banco na Polónia, liderados por João Brás Jorge, iremos reforçar a criação de valor para os clientes, acionistas, colaboradores e demais stakeholders“, acrescentou.

Concluída a aquisição, o Bank Millenium prevê fundir o Euro Bank no seu negócio em setembro. Já a fusão operacional, incluindo a migração de clientes e a integração informação, será levada a cabo durante o mês de novembro.

Bank Millenium e Société Générale anunciaram o acordo de compra e venda do Euro Bank em novembro. A operação recebeu luz verde da autoridade da concorrência polaca no início de ano e, mais recentemente, no dia 28 de maio, a autoridade de supervisão financeira declarou que não se opunha ao negócio.

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Governo pede desculpa aos utentes afetados pelas supressões nos transportes públicos

  • Lusa e ECO
  • 31 Maio 2019

Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas, reconheceu que sistema ferroviário está a falhar em assegurar serviços à população. Promete plano de recuperação da CP.

O Governo pediu esta sexta-feira desculpa aos utentes afetados pelas supressões nos transportes públicos urbanos e suburbanos, avançando que está a trabalhar num plano para recuperar a CP – Comboios de Portugal para níveis que o povo “legitimamente exige”.

As minhas palavras vão no sentido de endereçar um pedido de desculpa às pessoas cujo dia-a-dia é afetado pelas supressões e atrasos nos comboios urbanos e suburbanos”, começou por referir Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e Habitação, aos deputados, no debate de urgência sobre as supressões nos transportes públicos urbanos e suburbanos, requerido pelo Bloco de Esquerda.

“O serviço público de transportes existe para servir o povo e ajudá-lo a organizar a sua vida com previsibilidade e conforto. Para isso, o sistema ferroviário deve ser desenhado para ser robusto e precisa de funcionar com redundâncias e reservas que garantam que, mesmo quando há imprevistos, os serviços possam ser mantidos”, considerou.

Pedro Nuno Santos admitiu ainda que em algumas linhas as “reservas são insuficientes”, pelo que há “poucos comboios de substituição prontos a entrar quando há falhas”, assim como existe “material circulante envelhecido”, que “precisa de paragens maiores de manutenção e de reparação”.´

“Os portugueses confiam nos transportes públicos no dia-a-dia para irem trabalhar, para levarem os seus filhos à escola, ou simplesmente para passear (…). Sabemos bem que é nossa obrigação servi-los com regularidade, pontualidade, qualidade e conforto. Sabemos bem que em alguns casos estamos em falta”, admitiu o ministro.

Em relação ao plano a ser trabalhado para a CP, Pedro Nuno Santos disse que este “pretende, antes de mais, atuar sobre o curto prazo, isto é, travar a degradação de material circulante através do aumento da capacidade de resposta oficinal da empresa e do recrutamento de trabalhadores para o efeito”.

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O governante avançou ainda que está a trabalhar “com o Ministério da Economia para planear novos investimentos que permitam recuperar capacidades industriais, tecnológicas e empresariais que o setor ferroviário já teve no passado” e que o Governo quer que volte “a ter no futuro”.

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Revista de imprensa internacional

Empresários britânicos deixam alerta a candidatos ao cargo deixado livre por Theresa May. Lamborghini quer crescer no mercado espanhol. E Filipinas devolvem toneladas de lixo ao Canadá.

Theresa May deixa a liderança do Executivo britânico na próxima semana, mas os empresários do Reino Unido já têm uma mensagem para quem quer que seja que a substitua: é preciso evitar a possibilidade de no deal Brexit. Do outro lado do oceano, o PIB brasileiro contraiu e o Canadá recebeu toneladas de lixo devolvido pelas Filipinas. A Lamborghini quer crescer no mercado espanhol e a Fiat deixa recado à Renault.

BBC News

Empresários britânicos deixam alerta a quem substituir Theresa May: Evite um no deal Brexit

Quem quer que venha a substituir Theresa May na liderança do Executivo britânico deve evitar uma saída sem acordo do Reino Unido da União Europeia, avisam os empresários. Se não o fizer, o partido conservador estará então a arriscar perder o estatuto de “partido do comércio”, alertou a Confederação da Indústria Britânica, lobby formado pelas maiores empresas do Reino Unido. Numa carta aberta enviada aos candidatos ao lugar de primeiro-ministro, os empresários deixaram claro que um líder de Governo tem de “restaurar” a reputação do Reino Unido enquanto país “estável e confiável” no qual se pode começar e crescer um negócio. Leia a notícia completa na BBC News (acesso livre / conteúdo em inglês).

G1

PIB brasileiro encolhe 0,2%. É a primeira contração desde 2016

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 0,2% no primeiro trimestre do ano, comparativamente ao último trimestre de 2018. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), esta é a primeira queda desde o quarto trimestre de 2016. Ainda que o resultado não tenha sido o melhor, os analistas já previam que tal acontecesse, confirmando o recuo da atividade económica no começo do ano. Leia a notícia completa no G1 (acesso livre).

Reuters

Filipinas devolvem toneladas de lixo ao Canadá

As Filipinas devolveram ao Canadá toneladas de lixo, numa altura em que os países do Sudeste Asiático têm deixado claro que querem deixar de ser a lixeira do Ocidente. Isto depois do Tribunal filipino ter declarado ilegal a importação de 2.400 toneladas de lixo canadiano, que tinha sido erradamente apresentado como plástico para reciclar. Em resposta, o Canadá disse que tal tinha sido uma transação comercial privada realizada com o consentimento do Governo, mas admitiu receber o lixo em causa. Rodrigo Duterte tem, contudo, acusado o Canadá de bloquear esse transporte, pressionando o país. A devolução de toneladas de lixo desta sexta-feira é um novo capítulo desta história. Leia notícia completa na Reuters (acesso livre / conteúdo em inglês).

Expansión

Lamborghini quer crescer no mercado espanhol

“Espanha é um país com muita tradição no mundo da competição” sobre rodas, começa por dizer Andrea Baldi, responsável da italiana Lamborghini para a Europa, Médio Oriente e África. No futuro, afirma Baldi, a fabricante de carros desportivos pretende crescer no mercado espanhol, nomeadamente com o aumento das vendas do Urus, o seu primeiro SUV produzido em série e cujo preço médio ultrapassa os 200.000 euros. A marca tem depositado imensa esperança neste modelo, que já trouxe cerca de 70% de novos clientes e dos quais 7% são mulheres. O número é significativo se pensarmos que, em 2010, “a participação de clientes femininas era zero”, explica Andrea Baldi. Agora, a Lamborghini está, também, “preocupada com o público feminino”. Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre / conteúdo em espanhol).

Les Echos

Fusão com Renault: FCA fecha a porta a negociação financeira

No início desta semana, a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) propôs um plano de fusão com a empresa francesa Renault, com o objetivo de criar o terceiro maior grupo global do setor. O conselho de administração da Renault depressa disse que iria “estudar com interesse a oportunidade” da proposta de fusão feita pelo grupo ítalo-americano. Agora, do lado francês, vários diretores consideram necessário rever as condições financeiras propostas, enquanto a FCA diz a oferta “não é negociável”. “Esta oferta parece justa, foi aprovada pelo conselho de administração. É pegar ou largar, e rapidamente”, disse um membro da comitiva da fabricante de Turim. Leia a notícia completa no Les Echos (acesso livre / conteúdo em francês).

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Esperança média de vida volta a aumentar. Fosso entre homens e mulheres encolhe

De acordo com o INE, a esperança média de vida à nascença voltou a aumentar, fixando-se agora nos 80,80 anos. As mulheres continuam a poder esperar viver durante mais tempo.

A esperança média de vida voltou a aumentar, fixando-se nos 80,80 anos, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE). “À nascença, os homens podem esperar viver 77,78 anos e as mulheres 83,43 anos, o que representa, relativamente aos valores estimados para 2015-2017, um acréscimo de 0,48 meses e 0,24 meses, respetivamente”, lê-se na nota, indicando-se assim uma atenuação da diferença entre géneros.

De acordo com o INE, na última década, a esperança média de vida à nascença dos portugueses aumentou 2,06 anos (2,29 anos para os homens e 1,62 anos para mulheres). “O acréscimo da esperança de vida à nascença das mulheres nos últimos dez anos resultou sobretudo da redução na mortalidade em idades iguais ou superiores a 60 anos. Nos homens, o aumento da esperança de vida à nascença foi maioritariamente proveniente da redução da mortalidade em idades inferiores a 60 anos, em particular entre os 35 anos e os 49 anos“, é explicado na nota divulgada esta manhã.

Esta sexta-feira, o INE confirmou também os dados provisórios da esperança média de vida aos 65 anos, que se fixou em 19,49 anos para ambos os géneros. Tal valor torna oficial a subida para 14,7% do fator de sustentabilidade aplicado às reformas antecipadas atribuídas em 2019 e deixa antever a evolução da idade normal de acesso à reforma, que se deverá manter nos 66 anos e cinco meses em 2020.

De notar que estão isentos do corte implicado no fator de sustentabilidade os beneficiários que se enquadrem no regime das muito longas carreiras contributivas (60 anos e 48 anos de descontos ou 60 anos e 46 anos de contribuições, tendo começado a trabalhar aos 16 anos) ou no novo regime de flexibilização de acesso à reforma (63 anos, se aos 60 já tivessem 40 anos de descontos; E a partir de outubro, 60 anos e 40 de contribuições).

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