Allianz e Microsoft juntam-se para transformar os seguros

  • ECO Seguros
  • 17 Novembro 2019

As duas companhias de alcance mundial reúnem esforços para melhor aproveitar os desenvolvimentos digitais de cada um e aplicá-los à indústria seguradora.

A Allianz e a Microsoft anunciaram uma parceria estratégica focada na transformação digital do setor de seguros. O objetivo é facilitar processos e criar uma melhor experiência para as companhias de seguros e os seus clientes.

Aliança de gigantes: Jean-Philippe Courtois, EVP and president da Microsoft Global Sales, Marketing & Operations e Christof Mascher, COO da Allianz

Num comunicado publicado no seu site, a Microsoft afirma que fará uma parceria com a Syncier, a insurtech B2B2X fundada pela Allianz, para oferecer soluções personalizadas de plataforma de seguros e serviços.

Na prática, a Allianz transferirá as partes principais da sua plataforma global de seguros Allianz Business System (ABS) para a nuvem Azure da Microsoft e partes de código aberto do núcleo da solução para melhorar e expandir os recursos.

A Syncier oferecerá uma versão configurável da solução chamada ABS Enterprise Edition aos fornecedores de seguros como um serviço, permitindo que “beneficiem de uma das plataformas de seguros mais avançadas e abrangentes do setor, reduzindo custos e centralizando a gestão do seu portfólio de seguros”.

“A parceria com a Microsoft e o aproveitamento da plataforma de nuvem segura e confiável do Azure vão apoiar-nos na digitalização do setor de seguros“, disse Christof Mascher, COO e membro do conselho de administração da Allianz SE.

Para Jean-Philippe Courtois, vice-presidente executivo e presidente de vendas globais da Microsoft, as duas empresas “estão a propor uma solução que combina o profundo conhecimento da Allianz do setor de seguros com a confiável plataforma de nuvem Azure da Microsoft”.

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Brasil extingue seguro auto obrigatório de danos pessoais

  • ECO Seguros
  • 17 Novembro 2019

O liberalismo económico e o custo das fraudes levam o governo brasileiro a extinguir o DPVAT, o seguro automóvel obrigatório contra danos pessoais de terceiros. Seguradoras vão ficar com este negócio.

Evitar fraudes e eliminar custos de supervisão foram os principais motivos que levaram o governo do Brasil a extinguir, com efeitos a partir do próximo dia 1 de janeiro, o seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automóveis, conhecido como Seguro do Trânsito – Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre ou ainda como DPVAT.

O DPVAT era pago de uma só vez em conjunto com o Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), mas a Superintendência de Seguros Privados (Susep) afirma que a decisão de extinguir está em linha com a Lei de Liberdade Económica, que estabelece garantias de livre mercado e de livre escolha à população. O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, comentou a este propósito “Quem quiser fazer um seguro pode procurar a seguradora; tudo o que é obrigatório não é bom”.

O Seguro era administrado pela Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT, que reembolsava despesas com eventuais acidentes ocorridos dentro do território brasileiro envolvendo veículo a motor, observados os limites de valores. O DPVAT garantia indemnizações em caso de morte e invalidez permanente e o reembolso de despesas médicas e hospitalares, devidamente comprovadas.

No Brasil, o seguro automóvel completo obrigava ao DPVAT agora extinto e à contratação de seguro facultativo, mais conhecido como seguro de automóveis. Este último funcionou como complementar assegurando a cobertura de danos materiais e serviços. Estes têm como vantagem, nas apólices oferecidas pela maioria das seguradoras, com validade para os países do Mercosul, permitindo sem outros encargos ou trabalhos que os veículos circulem na Argentina, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Equador.

Segundo a imprensa brasileira esta decisão tem um impacto direto no financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil, que recebia 45% das receitas do DPVAT. Entre 2008 e 2018, foram transferidos R$ 33,4 bilhões (7,2 mil milhões de euros) para o Sistema.

O ministério da Economia brasileiro justificou a decisão com o objetivo de evitar fraudes e eliminar os custos de supervisão, seguindo uma recomendação do Tribunal de Contas da União. Em 2018, foram identificadas 12 mil fraudes e o Governo estima que seriam necessários seriam necessários 4,2 bilhões de reais (900 milhões de euros) para cobrir os valores pagos às vítimas.

A imprensa brasileira refere que, segundo o governo federal, as vítimas e acidentados no trânsito brasileiro (só de mortes são mais de 36 mil por ano), continuarão a ser assistidos pelo SUS, pelo INSS e pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC).

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Portugal vence no Luxemburgo e celebra apuramento para o Euro2020

  • Lusa
  • 17 Novembro 2019

Portugal garantiu o segundo lugar do Grupo B, com 17 pontos, ao vencer o Luxemburgo por duas bolas a zero. Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa já congratularam a equipa.

A seleção portuguesa de futebol, campeã em título, venceu este domingo por 2-0 no Luxemburgo, na última ronda do Grupo B, e conseguiu o apuramento ainda antes do final do encontro, face ao empate da Sérvia. Bruno Fernandes, aos 39 minutos, e Cristiano Ronaldo, aos 86, apontaram os tentos da formação das “quinas”, que vai marcar presença no Europeu pela oitava vez, e sétima consecutiva, desde 1996.

Portugal garantiu o segundo lugar do Grupo B, com 17 pontos, contra 20 da Ucrânia, que já estava apurada e empatou 2-2 na Sérvia (terceira, com 14), ainda com hipóteses de qualificação via ‘play-off’. O Luxemburgo somou quatro pontos e a Lituânia um.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, felicitou a seleção portuguesa de futebol pela vitória frente ao Luxemburgo. “Muitos parabéns, em nome de Portugal! Lá estaremos, daqui a seis meses, a defender o nosso título europeu”, afirmou o chefe de Estado, numa declaração transmitida à Lusa.

O primeiro-ministro, António Costa, também felicitou a seleção portuguesa e mostrou-se convicto de que Portugal mostrará força para tentar revalidar o título europeu. “Parabéns a todos os jogadores e equipa técnica da seleção de Portugal pelo apuramento direto para o Euro2020. Acredito que a nossa seleção mostrará mais uma vez a sua força e determinação para tentar revalidar o título europeu”, escreveu o primeiro-ministro, no Twitter.

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Madrid vai construir 25.000 casas com rendas acessíveis

Chama-se Plano da Comunidade e passa pela construção de 25.000 casas com rendas 50% abaixo do preço de mercado, das quais 15.000 ficarão prontas já nesta legislatura.

Já são várias as medidas levadas a cabo em Espanha para dar resposta ao elevado preço das habitações. Desta vez foi Madrid a anunciar a construção de 25.000 habitações com rendas acessíveis, das quais mais de metade ficarão prontas já nesta legislatura. As casas estarão distribuídas por mais de 40 municípios da capital espanhola e resultarão de uma parceria público privada.

Chama-se Plano da Comunidade e pretende facilitar o acesso dos jovens à habitação, numa altura em que, em Espanha, esta faixa etária tem vindo a sair de casa dos pais cada vez mais tarde — a média está nos 29,5 anos, de acordo com dados do Eurostat, citados pelo Expansión (conteúdo em espanhol). E porque a média de preços das casas em Madrid já é mais alta do que a média nacional, a capital espanhola decidiu tomar medidas.

“Serão casas a metade do preço de arrendamento praticado no mercado”, disse David Pérez, vereador da Habitação da Comunidade de Madrid, citado pelo jornal espanhol. Assim, serão construídas 25.000 casas para arrendar nos próximos oito anos, das quais 15.000 ficarão prontas ainda nesta legislatura. Para estas primeiras unidades, serão criados 10.000 postos de trabalho, segundo o La Vanguardia.

De acordo com fontes próximas à autarquia, estas habitações serão construídas em terrenos públicos, distribuídos por mais de 40 municípios de Madrid, estando já todos os lotes localizados, diz o Expansión.

Idealizámos uma política que facilita o acesso à habitação, criando oferta suficiente e segurança jurídica no setor imobiliário e no mercado de arrendamento. Além disso vamos reabilitar edifícios, de forma a melhorá-los e podermos desfrutar de cidades mais sustentáveis”, disse David Pérez.

Esta é uma das muitas medidas que já estão a ser implementadas em Espanha neste sentido. Recentemente, Barcelona anunciou a instalação de contentores em certas ruas da cidade, num investimento de 5,3 milhões de euros que vai transformar estes contentores em apartamentos de emergência.

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Instalações desportivas em falta com seguro obrigatório

  • ECO Seguros
  • 17 Novembro 2019

Quem aluga instalações desportivas mesmo para atividades lúdicas está sujeita a coimas vão de 500 a 6000 euros por praticante por falta de seguro de acidentes pessoais. Parece ser falta generalizada.

Todos os campos desportivos, mesmo os que são arrendados apenas a título de lazer, devem obrigatoriamente dispor de um contrato de seguro que proteja os praticantes em caso de acidente e a maioria não tem, foi a conclusão retirada por uma reportagem realizada e difundida pela TVI.

A falta de seguro implica “coimas que vão de 500 a 6000 euros por praticante”, diz-se na reportagem e a fiscalização é da responsabilidade do IPDJ – Instituto Português do Desporto e da Juventude que, na prática, “nada faz para obrigar os donos dos campos a cumprir a lei”, facto confirmado por um dirigente do IPDJ na reportagem.

A obrigatoriedade decorre da lei 10/2009 que menciona “As entidades prestadoras de serviços desportivos, públicas ou privadas, celebram um contrato de seguro desportivo, com as coberturas mínimas previstas a favor dos utentes ou clientes desses serviços”.

A reportagem salienta que os recintos desportivos que alugam os seus serviços consideram-se protegidos por disporem de cobertura para danos causados pelas instalações, descurando a cobertura de danos pessoais para os praticantes que frequentam os recintos desportivos, mesmo em atividades amadoras ou de convívio.

Perante a difusão desta reportagem, prevê-se que a fiscalização do IPDJ aumente de intensidade, pelo que a necessidade de um seguro obrigatório para esse tipo de instalações desportivas se torna mais premente.

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ACP vai para tribunal exigir capacete nas trotinetes

  • ECO Seguros
  • 17 Novembro 2019

Os condutores de trotinete têm de usar capacete segundo a lei, por isso o ACP quer terminar com a exceção determinada pela autoridade de segurança rodoviária em 2018.

O ACP – Automóvel Club de Portugal submeteu uma ação em tribunal onde pede a ilegalidade de regulamento que não prevê capacete para quem usa trotinetes e bicicletas elétricas. Esta norma deixou de ser obrigatória em 2018, após uma instrução técnica da ANSR – Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária que concluiu ser o uso do capacete nestes veículos “uma restrição à livre circulação”.

No entanto, o artigo 112 do Código da Estrada, dispõe que as trotinetes são equiparadas a velocípedes com motor incluindo, portanto, as elétricas. Para estes casos o uso de capacete é obrigatório para os ocupantes e, em caso de incumprimento, a coima aplicável varia entre 60 e 300 euros.

O ACP entende que o Ministério da Administração Interna (MAI) deve “ser condenado a aprovar novo regulamento no sentido da obrigatoriedade da utilização de capacetes por parte dos condutores velocípedes com motor e de trotinetes a motor”, revelou o jornal Expresso.

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BE pede taxa mínima no IVA na energia para negociar com Governo

  • Lusa
  • 17 Novembro 2019

Para as negociações do Orçamento do Estado para 2020, o Bloco de Esquerda vai levar o IVA da eletricidade novamente à mesa negocial. Defende que IVA da energia "deve ir para a taxa mínima" para todos.

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) defendeu este domingo que o IVA da energia “deve ir para a taxa mínima para toda a gente”, assumindo que esta questão fiscal será debatida nas negociações para aprovação do Orçamento de Estado para 2020 (OE2020).

Em entrevista à TSF e ao Diário de Notícias, Catarina Martins revela que vai avançar para as negociações da aprovação do OE com a política fiscal na mira, levando o IVA da eletricidade novamente à mesa negocial. Nesta entrevista, a bloquista assume abertura para apoiar o Governo, mas adverte que o sentido de voto do BE depende dessa mesma negociação.

“Tivemos uma primeira reunião em que o Governo nos deu conta daquilo que considera que são os grandes números e a sua visão para o OE. Nós também demos conta ao Governo daquilo que são as prioridades do BE e as áreas onde nós achamos que é preciso haver um olhar mais atento, que é preciso haver mais investimento, medidas de fiscalidade que podem criar alguma justiça na economia do país (…) veremos onde é que este caminho nos leva”, precisou a líder do BE.

Sobre o novo ciclo político-parlamentar, Catarina Martins considera que o PS continua a ser o mesmo e o BE também, mas acentuou: “Somos partidos diferentes e as pessoas conhecem bem as posições de cada um. Agora é certo que, para o PS, tudo o que são alterações estruturais na economia é muito mais difícil, o PS faz parte do centro político que construiu a estrutura da economia portuguesa tal como ela está. Portanto, estas discussões são mais difíceis. Veremos o que é possível fazer”.

Alertou, a propósito, que há sinais que preocupam o BE, nomeadamente na saúde, pois a saúde é um dos “setores muito frágeis”. “Está frágil por vários motivos: por um desinvestimento na sua orçamentação que tem décadas e que foi muito acentuado no período da troika. Houve uma ligeira recuperação, mas não chega para recuperar tudo o que se perdeu. Está mais frágil também porque a própria população mudou, estamos hoje com a população mais envelhecida e outro tipo de desafios. Está mais frágil porque há o negócio privado da saúde que é florescente e que tem vindo a retirar recursos, recursos humanos e financeiros ao SNS“, explicou.

Ora — segundo lembrou Catarina Martins — o primeiro despacho do Governo sobre a saúde é precisamente proibir a contratação nas instituições de saúde. “Isto é, do nosso ponto de vista, preocupante. Se estávamos a fazer um caminho de autonomia para poder haver contratação, para os hospitais não estarem meses à espera de uma assinatura de Mário Centeno, se isso foi posto na lei, como é que o Governo no primeiro ato que tem sobre a saúde, é exatamente limitar a autonomia das instituições para contratarem aquilo de que precisam?“, questionou.

No entender de Catarina Martins, a autonomia das instituições é uma discussão essencial e o BE não pode aceitar que uma instituição de saúde não tenha os profissionais de que precisa. Além disso, antevê na saúde dois problemas: os hospitais não podem contratar e o Governo não abre as vagas para a especialização dos mil médicos que estão à espera, quando o país precisa que tenham especialização para estarem a trabalhar.

Quanto aos números para o OE que o Governo apresentou ao BE na primeira reunião, Catarina Martins referiu que existe crescimento económico, mas vincou que é preciso saber o que fazer com esse crescimento económico. Na sua opinião, existe margem para se fazer investimentos que podem ser estruturantes para o país. Relativamente aos custos do trabalho, apontou que estes “não são um problema em Portugal”, já que Portugal tem dos salários mais baixos da Europa. Contudo, disse, há outros custos que são um problema, nomeadamente os custos da energia.

Admitiu que uma das questões em aberto é a de saber se há ou não uma maioria em Portugal para puxar pelos salários e pelas condições de trabalho, notando que registou que o primeiro-ministro declarou no debate quinzenal que não se compensam as empresas pelo aumento do salário mínimo nacional.

Questionada sobre se será a eurodeputada Marisa Matias que vai voltar a ser a cara do BE para as presidenciais, a coordenadora do BE respondeu que há “muito tempo para fazer esse debate”, aludindo ao trabalho e à posição do BE para evitar que pessoas morram afogadas enquanto se discute o fenómeno das migrações na Europa.

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PSD pede à AR regulamentação do subsídio para as viagens entre Madeira e continente

  • Lusa
  • 17 Novembro 2019

Os deputados do PSD Madeira pediram à Assembleia da República que regulamente o subsidio social de mobilidade nas viagens aéreas entre a região e o continente.

Os deputados do PSD eleitos pela Madeira para a Assembleia da República (AR) anunciaram este domingo que vão entregar um projeto de resolução exigindo a regulamentação do subsidio social de mobilidade nas viagens aéreas entre a região e o continente.

No final da anterior legislatura, a AR aprovou um diploma que estabelece que as viagens aéreas entre a região e o continente serão, para os residentes, de 86 euros e de 65 euros (estudantes), respetivamente, cabendo ao Estado negociar as indemnizações compensatórias às companhias aéreas.

“O PSD e, neste caso, nós, deputados eleitos à AR, estamos disponíveis para dialogar e para encontrar soluções, mas exigimos que António Costa respeite o que é decidido na AR e cumpra com a sua própria palavra, neste caso regulamentando a lei que foi aprovada para agilizar o processo da mobilidade aérea e garantir que os madeirenses e porto-santenses paguem 86 euros (65 no caso dos estudantes) nas suas deslocações ao continente português”, disse o social-democrata Paulo Neves.

O deputado adiantou que será entregue na AR um projeto de resolução “para que o Governo de António Costa rapidamente faça aquilo que tem de fazer e para que não se volte ao passado e esperar quatro anos por uma solução que, agora, basta regulamentar”.

Foram precisos quatro anos para que o PS acompanhasse o PSD na aprovação da lei que iria agilizar todo o processo da mobilidade. Foi na última semana, foi no ultimo dia de quatro anos que o Governo de António Costa e o PS, a nível nacional, finalmente decidiram que iam fazer o que tinha de ter sido feito muito mais cedo, a favor da Madeira e de todos os madeirenses e porto-Santenses”, sublinhou.

“Sendo o tema da mobilidade de enorme importância para uma Região com as características como a nossa, aquilo que esperamos de António Costa é que não só respeite aquilo que é decidido na AR como cumpra as suas próprias promessas”, acrescentou.

A lei foi aprovada, por unanimidade, na AR no final da última sessão legislativa e que agora só falta a sua regulamentação. “Quem tem capacidade para regulamentar essa lei — só depois desta regulamentação é que a lei entra em vigor — é o Governo da República”, observou.

Paulo Neves lembrou ainda que António Costa, aquando da sua visita à Madeira no período de campanha eleitoral, não só prometeu a solução para a mobilidade aérea como prometeu que iria apoiar a mobilidade marítima, assumindo inclusive o apoio ao Ferry para todo o ano, promessa que os social-democratas eleitos madeirenses eleitos à AR dizem estar por cumprir e que esperam ver concretizada “em nome do cumprimento do princípio da continuidade territorial não raras vezes esquecido pelo Estado Português”.

“O Sr. Primeiro-ministro não é só o líder do PS, é o primeiro-ministro de Portugal e de todos os Portugueses, incluindo os da Madeira”, rematou.

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Montijo: Há medidas mitigadoras do impacto ambiental que são “absurdas”, diz presidente do conselho de administração da ANA

  • Lusa
  • 17 Novembro 2019

Sobre os atrasos na decisão de avançar a opção do Montijo, o presidente da ANA responsabilizou diretamente o anterior ministro Pedro Marques, que “andou a empatar sem tomar uma decisão".

O presidente do Conselho de Administração da ANA considerou que há medidas “absurdas” entre as propostas da Associação Portuguesa do Ambiente (APA) para mitigar o impacto ambiental do aeroporto no Montijo.

“Há medidas absurdas que a APA propõe. As companhias aéreas terem de financiar os barcos da Transtejo não tem sentido, quem vai pagar na realidade são as taxas dos passageiros”, afirmou José Luís Arnaut, em entrevista à Antena 1/Jornal de Negócios.

O advogado criticou ainda a medida de a ANA – Aeroportos de Portugal ter de construir parte da pista por estacas. “Não tem cabimento nenhum, em vez de haver um aterro, ter de fazer 300 metros de pista por estaca, que custa mais cerca de 40 milhões de euros, porque a velocidade a que a terra é posta no aterro pode fazer estragos nos caranguejos que não têm tempo de fugir”, disse.

Questionado sobre a gestora aeroportuária irá propor alternativas, disse que ainda estão a estudar as medidas de momento. Contudo, apesar de criticar algumas das 159 medidas propostas, afirmou Arnaut que a empresa irá levar a cabo as medidas de mitigação de impacto ambiental. “A política da Vinci é respeitar as medidas estritamente ambientais, criar condições de respeito dessas medidas e fazer o investimento em conformidade”, disse.

O gestor considerou mesmo que neste processo “há razoabilidade por parte da APA” assim como por parte de “todos os intervenientes” e que a partir do momento em que a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) deu parecer positivo “cria condições para que [o aeroporto] possa acontecer”.

Sobre os atrasos na decisão de avançar a opção do Montijo, como aeroporto complementar ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, o presidente da ANA responsabilizou diretamente o anterior ministro Pedro Marques, considerando que “andou a empatar sem tomar uma decisão”. “Em três meses com o ministro Pedro Nuno Santos recuperámos três anos perdidos”, elogiou, por seu lado, este governante, considerando que se as coisas tivessem andado de modo célere “hoje já poderiam estar os ‘caterpillares’ a funcionar no Montijo”.

“Estamos a perder cerca de milhão e meio de passageiros por ano, se não vêm para Portugal vão para outro lado. Perderam-se três anos de investimento, mas vamos recuperar”, afirmou. O prazo para a ANA analisar as medidas de mitigação propostas na Declaração de Impacte Ambiental (DIA) do futuro aeroporto do Montijo foi prorrogado até 20 de dezembro.

A DIA deu ao projeto um parecer favorável condicionado, considerando que as principais preocupações ambientais relacionadas com a construção do aeroporto no Montijo são avifauna, ruído e mobilidade e propôs a aplicação de 159 medidas de mitigação e de compensação. Como medida de mitigação no âmbito da mobilidade, o documento prevê que o promotor, a ANA Aeroportos, deva incluir a aquisição de dois novos navios para a Transtejo, num valor de até dez milhões de euros.

Ao nível da avifauna, a APA refere que foi estimado pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) a afetação pelo novo aeroporto de cerca de 2.500 hectares utilizados para nidificação e alimentação das diferentes espécies de avifauna que ocorrem no estuário do Tejo, pelo que “são impostas medidas como áreas de compensação física com a extensão de 1.600 hectares e a constituição de um mecanismo financeiro para a gestão da área afetada, a gerir pelo ICNF e pago pelo proponente (ANA) com um montante inicial de cerca de 7,2 milhões de euros e uma contribuição anual na casa dos 200 mil euros”.

Já sobre o ruído, a DIA salienta que o facto de o aeroporto do Montijo passar a ser um aeroporto comercial vai aumentar “significativamente o nível de exposição ao ruído das populações afetadas”, o que obriga a medidas de minimização como apoio financeiro a medidas de isolamento acústico das casas particulares e edifícios públicos, “num valor estimado entre 15-20 milhões de euros (em edifícios públicos e privados)”.

A 8 de janeiro, a ANA e o Estado assinaram o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, com um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 para aumentar o atual aeroporto de Lisboa (Aeroporto Humberto Delgado) e transformar a base aérea do Montijo num novo aeroporto.

CTP apela para que ANA encurte prazo de resposta às medidas do impacto ambiental

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) afirma já ter sensibilizado a ANA para que encurte o prazo de 20 de dezembro que tem para dar resposta às medidas mitigadoras do impacto ambiental para o aeroporto do Montijo.

“O que eu pedi à ANA foi ‘encurtem o mais possível este prazo de 20 de dezembro’ porque cada vez que falamos num prazo tudo pára”, disse Francisco Calheiros à Lusa. O prazo para a ANA analisar as medidas de mitigação propostas na Declaração de Impacte Ambiental (DIA) do futuro aeroporto do Montijo foi prorrogado até 20 de dezembro.

Questionado se continua cético na abertura do aeroporto do Montijo em 2022, Francisco Calheiros reafirma não acreditar. “Já não acredito em 2022. Mantenho a minha frase: ainda não vi os ‘caterpillars’ no Montijo e só quando lá estiverem é que acredito. As obras do Montijo são 36 meses. Nós [empresários do turismo] não podemos ter feito tudo bem para trás e os turistas agora não poderem vir por não terem aeroporto”, reforçou.

(Notícia atualizada às 18h01 com mais informação)

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IPO da Saudi Aramco arrancou. Estes são os grandes números da operação

Pode ser a maior oferta pública inicial de sempre, mas ainda há dúvidas sobre o que esperar da operação. Quantas ações vão ser vendidas? E o preço? São dúvidas que persistem.

Depois de muita espera, a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) da petrolífera estatal saudita vai mesmo arrancar. O “tiro” de partida para a primeira venda de ações da Saudi Aramco foi dado este domingo, permitindo aos investidores ganharem exposição àquela que é a empresa mais lucrativa do mundo.

São vários os argumentos para investir nos títulos da companhia saudita, destacando-se, claro, o valor dos dividendos que promete libertar nos próximos anos. Mas também há outros que aconselham cautela.

Fique a conhecer os grandes números da operação:

0,5%

Este é um dos poucos números conhecidos. A Saudi Aramco vai dispersar parte do capital e há uma percentagem reservada a pequenos investidores. O prospeto da operação, com mais de 650 páginas, foi publicado pelo regulador no fim de semana passado sem preço nem número de ações a vender. Sabe-se que será vendido 0,5% do capital da petrolífera estatal a investidores de retalho, enquanto a parte que é reservada a institucionais ainda não é conhecida e vai depender dos negócios que tenham sido fechados no roadshow que decorreu até à semana passada.

2 biliões

Outra dúvida é a avaliação da empresa. O príncipe Mohammed bin Salman aponta para uma avaliação de dois biliões de dólares, o que significaria que aforradores poderiam ficar com dez mil milhões de dólares em ações. No entanto, e apesar de as avaliações dos bancos serem muito díspares (com uma diferença superior a um bilião de dólares entre as mais otimistas e as mais conservadoras), quase todos indicam que a estimativa é demasiado elevada. O mercado espera que a avaliação ronde os 1,5 biliões, o que lhe conferirá, ainda assim, o título de cotada mais valiosa do mundo, à frente da Microsoft ou da Apple.

25 mil milhões

Este é outro número chave. Dependendo do preço a que cada ação seja vendida no IPO e da percentagem de capital disperso, esta pode ser a maior oferta inicial de sempre (ou não). O lugar é atualmente atribuído à chinesa Alibaba, que em 2014 fez um IPO de 25 mil milhões de dólares. Atendendo à avaliação feita pelo reino de dois biliões de dólares, se for admitido à negociação apenas 1% do capital, corresponde a 20 mil milhões e falha essa meta. Já 2% correspondem 40 mil milhões de dólares, dando-lhe o título de recordista.

Maiores IPO de sempre

Fonte: Refinitiv

100 mil milhões

Para aguçar o apetite dos investidores, a Arábia Saudita está disposta a pagar um dividendo anual de 100 mil milhões de dólares. Segundo avançou o Financial Times, os bancos encarregues de lançar a operação foram informados de que a remuneração aos acionistas poderia ser muito superior do que a promessa de um dividendo mínimo anual de 75 mil milhões de dólares ao longo dos próximos cinco anos.

68,2 mil milhões

E há razões para os potenciais acionistas esperarem uma remuneração atrativa. Em 2018, a petrolífera lucrou 111 mil milhões de dólares em 2018 e recebeu o título de empresa mais rentável do mundo. Apesar de este ano não estar a ser tão favorável, é ainda assim muito positivo. Os lucros recuaram 18% nos primeiros nove meses de 2019, mas atingiram os 68,2 mil milhões de dólares, o que supera a empresa cotada com maiores lucros, a Apple.

6 e 12 meses

Depois do IPO, a estreia na bolsa saudita está prevista para 11 de dezembro. A expectativa é que a Arábia Saudita coloque as ações da Saudi Aramco também noutras bolsas internacionais, incluindo Nova Iorque, Hong Kong e Tóquio. No entanto, há dois períodos diferentes de lockup, que poderão travar mudanças imediatas. Após ser cotada em bolsa, não poderão ser colocados mais títulos em negociação durante um período de seis meses e não poderão ser emitidas novas ações ao longo de 12 meses.

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Esta companhia aérea produz ferramentas para reparar os aviões a partir de garrafas de plástico

KLM Royal Dutch Airlines é a 1ª companhia aérea do mundo a reciclar garrafas PET para produzir ferramentas de reparação e manutenção das suas aeronaves.

A KLM Royal Dutch Airlines é a primeira companhia aérea do mundo a reciclar garrafas PET para produzir ferramentas de reparação e manutenção das suas aeronaves. No final de cada voo as garrafas vazias são recolhidas e transformadas em filamento que é o material usado nas impressoras 3D. Através deste processo as garrafas de água vazias que iam parar ao lixo, muitas vezes ao oceano, vão ser parte integrante de um equipamento impresso em 3D, poupando tempo e dinheiro à empresa.

Da mesma maneira que as impressoras normais utilizam tinta, as impressoras 3D utilizam filamento. A KLM costumava comprar esse material a fornecedores externos. Depois de terem implementado esta medida, as garrafas de plástico vazias usadas nos voos são entregues a uma empresa de reciclagem, que as converte em grãos de plástico de alta qualidade, o principal material do filamento. As toneladas de garrafas de plástico que são retiradas todos os anos dos aviões no aeroporto Schiphol de Amesterdão são, assim, transformadas nesse material usado nas impressoras 3D.

“Estamos continuamente a investir em produtos e processos sustentáveis e inovadores. Para os nossos clientes, para a sociedade e para os nossos próprios funcionários. É fantástico ver como somos capazes de produzir produtos úteis a partir de resíduos”, afirmou Ton Dortmans, vice-presidente executivo, em comunicado.

Desde o momento que a KLM começou a fornecer garrafas PET como matéria-prima, o custo desse filamento caiu de 60 euros o quilo para apenas 17 euros. O departamento de engenharia da KLM (Engineering & Maintenance) já utiliza, há algum tempo, impressoras 3D para acelerar os processos de reparação e manutenção. Segundo o comunicado, atualmente a Engineering & Maintenance utiliza diariamente cerca de um quilo e meio de filamento de alta qualidade.

Em 2018, a KLM reduziu os resíduos em 9%, mas a missão ainda agora começou. A companhia aérea quer reduzir o volume de seus resíduos em 50% no período de dez anos, em relação aos níveis de 2011. O objetivo é produzir menos resíduos e tornar o processo circular.

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Petrolífera saudita Aramco coloca participação de 1,5% em bolsa

  • Lusa
  • 17 Novembro 2019

Esta operação deverá trazer entre 24 e 25,5 mil milhões de dólares (entre 21,8 e 23 mil milhões de euros), avaliando a empresa saudita em cerca de 1,7 biliões de dólares.

A gigante petrolífera saudita Aramco anunciou este domingo que vai colocar 1,5% do seu capital social na bolsa de Riade, uma operação que avalia a empresa em cerca de 1,7 biliões de dólares (1,54 biliões de euros).

“A primeira oferta incidirá sobre 1,5% das ações da empresa”, disse a Aramco, num comunicado em que se afirma que a faixa do preço das ações foi fixada entre os oito e os 8,5 dólares norte-americanos. Esta operação deverá trazer entre 24 e 25,5 mil milhões de dólares (entre 21,8 e 23 mil milhões de euros).

A empresa afirma ter 200 mil milhões de ações regulares, pelo que uma participação de 1,5% na empresa seria cerca de três mil milhões de ações. Assim, a participação de 1,5%, ao preço máximo (8,5 dólares) permitirá captar 25,5 biliões de dólares, e ao preço mínimo permitirá captar 24 mil milhões de dólares. Isso colocaria a avaliação global da empresa entre 1,6 e 1,7 biliões de dólares norte-americanos.

A petrolífera estatal saudita Aramco, a empresa com mais lucros do mundo, iniciou hoje a subscrição de ações, no âmbito da sua entrada em bolsa. A subscrição de ações por investidores privados termina em 28 de novembro, que serão unicamente da Arábia Saudita por decisão da empresa, e até 4 de dezembro segue-se a subscrição para investidores institucionais. No dia 4 de dezembro será anunciado qual será o preço final da oferta.

Primeiro exportador mundial de crude, a Arábia Saudita tentou introduzir em bolsa a Aramco pela primeira vez em 2018, antes de recuar devido às condições de mercado consideradas desfavoráveis, avançando agora essa operação. Tudo isto acontecerá na bolsa Tadawul, o mercado bolsista de Riade, que tem 12 anos e será o único em que estarão cotadas as ações da Aramco.

O príncipe herdeiro saudita, Mohammed Bin Salman, espera que a empresa petrolífera venha a ser reavaliada, aumentando consideravelmente o valor, o que pode permitir a Riade empreender novos investimentos. Mais de vinte bancos, entre eles J.P. Morgan, BofA Merrill Lynch, Deutsche Bank, Credit Agricole Morgan Stanley e Santander formam parte da lista da entidades que participam na colocação desta oferta.

Os sauditas esperam captar capital de grandes públicos internacionais, especialmente da Rússia e da China. Contudo, persistem dúvidas sobre o futuro da empresa que produz 10% do crude mundial, depois de Aramco ter sofrido em setembro vários ataques com drones e mísseis contra as suas instalações.

Os ataques foram reivindicados pelos rebeldes Huthis do Iémen, que criticam o apoio da Arábia Saudita ao Governo de Abdo Rabu Mansur Hadi na guerra nesse país, enquanto Riad responsabilizou o Irão. A entrada em bolsa da Aramco terá de mudar de forma significativa a política de informação da empresa, habitualmente opaca, que terá de passar a dar explicações a investidores e acionistas.

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