5G: Altice reitera que calendário de migração da TDT proposto pela Anacom é impossível de cumprir

  • Lusa
  • 15 Novembro 2019

Calendário de migração da TDT, necessário para o arranque do 5G que é proposto pelo regulador Anacom, é "irreal e impossível de cumprir", diz a Altice Portugal.

A Altice Portugal reiterou esta sexta-feira que o calendário de migração da faixa 700 MHz da TDT, essencial para o arranque do 5G (quinta geração móvel), proposto pelo regulador Anacom, é “irreal e impossível de cumprir”.

A dona da Meo apresentou na quinta-feira à Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) “o planeamento detalhado de migração da rede com a data de alteração de cada estação emissora, reiterando que o calendário apresentado e que consta da decisão é irreal e impossível de cumprir”, refere a empresa, em comunicado.

Aponta que, “tendo em conta o atraso no anúncio da decisão (segunda semana de outubro) e os resultantes constrangimentos de calendário, muito salientados em comunicações anteriores, a Altice Portugal identifica como calendário possível de cumprir (e num cenário em que não se verifiquem mais atrasos), o início em 10 de fevereiro de 2020 e o fim em 24 de julho de 2020”.

“Este calendário considera o prazo de quatro meses para a entrega dos equipamentos necessários para a migração da rede TDT [televisão digital terrestre] e o período de ‘rollout’ [desenvolvimento] de cinco meses e meio”, salienta a empresa liderada por Alexandre Fonseca.

“A Altice Portugal considera que na calendarização que consta da decisão, a Anacom não atendeu sequer aos prazos de entrega dos equipamentos necessários, nomeadamente desconsiderando a necessidade de realização de uma série de atividades de implementação técnica previstas para execução em período anterior ao ‘rollout’, incluindo as relativas ao piloto, à instalação de novos emissores e à instalação de sistemas radiantes”, argumenta.

Perante isto, a dona da Meo volta a rejeitar “qualquer responsabilidade pelo irrealismo do calendário previsto na decisão, atento às advertências por esta efetuadas e plano operacional de operação atempadamente apresentado, defendido e fundamentado, tanto do ponto de vista institucional como através de demonstrações operacionais”.

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Telecom BT diz que nacionalizar banda larga custaria 100 mil milhões

Partido Trabalhista quer nacionalizar a unidade de banda larga da BT, para garantir banda larga grátis para todos os britânicos. O CEO da telecom diz que tal custaria 100 mil milhões de libras.

O Partido Trabalhista comprometeu-se a fornecer aos britânicos serviço de banda larga totalmente gratuito no espaço de dez anos. Diz pretender nacionalizar a unidade de banda larga da telecom BT, prevendo que tal tenha um custo de 20 mil milhões de libras (23,38 mil milhões de euros). O CEO da BT diz que o custo é muito mais elevado: 100 mil milhões de libras (116,88 mil milhões de euros, avança a Bloomberg nesta sexta-feira.

Caso suba ao poder nas eleições de 12 de dezembro, o Governo trabalhista “realizará uma atualização maciça da infraestrutura de internet do Reino Unido, oferecendo ligações à internet rápidas, seguras e confiáveis para todos e pondo fim à cobertura irregular e lenta”, afirmou o partido num comunicado.

O plano dos trabalhistas prevê que os acionistas da BT sejam compensados com obrigações soberanas do Reino Unido, explicou, em entrevista à rádio BBC, o porta-voz para as Finanças e Trabalho, John McDonnell.

A promessa eleitoral do Partido Trabalhista teria, segundo o partido, um custo de cerca de 20 mil milhões de libras, que seria financiado parcialmente através da tributação às grandes empresas tecnológicas, tais como a Amazon, o Facebook e Alphabet, dona da Google.

O CEO da BT contesta, contudo, o custo estimado pelos trabalhistas. Philip Jansen diz que a proposta — incluindo a promessa de fibra integral — custaria quase cinco vezes esse valor. Ou seja, cerca de 100 mil milhões de libras.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 15 Novembro 2019

A Amazon acusa Trump de ter sido tendencioso no concurso que atribuiu um contrato milionário no setor da defesa à Microsoft. No Reino Unido, o Labour quer nacionalizar a Openreach da operadora BT.

A Amazon vai recorrer da decisão da Administração Trump de entregar um contrato de 10 mil milhões de dólares à Microsoft, acusando o Governo americano de ter sido tendencioso no processo. Ainda nos EUA, Donald Trump pediu ao Supremo para impedir divulgação das declarações fiscais. No Reino Unido, o Partido Trabalhista britânico quer tornar o acesso à banda larga gratuita para todos dentro de dez anos através da nacionalização da Openreach, a unidade da operadora BT.

Financial Times

Amazon critica Trump após dar contrato milionário à Microsoft

A Amazon vai recorrer da decisão da Administração Trump de entregar um contrato de 10 mil milhões de dólares à Microsoft, acusando o Governo americano de ter sido tendencioso no processo. A Microsoft ganhou um contrato para ser o fornecedor de serviços de armazenamentos cloud do Pentágono por um período de dez anos. A decisão foi divulgada dia 25 de outubro. A Amazon vai contestar a decisão em tribunal com acusações de que Donald Trump manipulou o concurso para prejudicar Jeff Bezos, o fundador da companhia.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Telecom BT diz que nacionalizar unidade de banda larga custaria 100 mil milhões

O Partido Trabalhista britânico quer tornar o acesso à banda larga gratuita para todos dentro de dez anos através da nacionalização da Openreach, a unidade da operadora BT, com um custo de 20 mil milhões de libras. Mas o CEO da telecom britânica fez outras contas: nacionalizar a Openreach custaria 100 mil milhões de libras, cinco vezes mais do que dizem os trabalhistas. As ações da BT estão a cair 2%.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

CNBC

Alibaba faz IPO superior a 12 mil milhões em Hong Kong

A gigante chinesa do comércio online Alibaba anunciou o preço das ações do seu segundo IPO, desta vez em Hong Kong, numa operação que permitirá arrecada 13,8 mil milhões de dólares, cerca de 12 mil milhões de euros. O grupo fundado por Jack Ma vai emitir 500 milhões de ações ordinárias mais 75 milhões em opções “greenshoe”

Leia a notícia completa na CNBC (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Reuters

Pelosi diz que Trump admitiu subornos à Ucrânia

A presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, revelou que o Presidente norte-americano já admitiu subornos no escândalo da Ucrânia, acusando Donald Trump de ter cometido uma ofensa grave o suficiente para ser destituído de funções. “Um suborno é conceder ou reter assistência militar em troca de uma declaração pública sobre uma investigação falsa sobre as eleições. Isso é suborno, disse Pelosi.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Reuters

Trump pede ao Supremo para impedir divulgação das declarações fiscais

Donald Trump pediu ao Supremo Tribunal dos EUA para reverter uma decisão do tribunal de primeira instância no sentido de travar a divulgação das suas declarações fiscais nos últimos anos. Os procuradores estão a exigir que sejam apresentadas as declarações de impostos do atual Presidente norte-americano entre 2011 e 2018 por parte da sua empresa de contabilidade Mazars.

Leia a notícia completa no NY Times (acesso livre, conteúdo em inglês)

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Criptomoedas são “péssima ideia” e interferem com a política monetária, diz Nobel da Economia de 2007

  • Lusa
  • 15 Novembro 2019

Não há forma de os governos controlarem a circulação de Bitcoin, diz o Nobel da Economia de 2007, Eric Maskin. “A minha esperança é que a moda das criptomoedas desapareça”.

O Nobel da Economia de 2007, Eric Maskin, afirmou, em entrevista à Lusa, que as criptomoedas são uma “péssima ideia”, alertou que interferem com as medidas de política monetária e partilhou que tem esperança que a “moda desapareça”.

O Nobel da Economia de 2007 frisou que as criptomoedas, “em primeiro lugar, não acrescentam qualquer valor a não ser a facilidade de transferir dinheiro”, o que “pode ser replicado pelas moedas tradicionais”.

Eric Maskin disse acreditar que, eventualmente, os governos tornem possível transferir euros, dólares e outras divisas eletronicamente, sem necessidade de passar pelos bancos, algo que fará com que aquela vantagem das criptomoedas desapareça.

O Nobel da Economia de 2007 falava à margem da 11.ª edição do ‘Encontro UECE Lisbon Meetings in Game Theory and Applications’, um evento anual que reúne os principais estudiosos que realizam investigações teóricas ou aplicadas no campo da teoria dos jogos, e que decorreu no ISEG entre os dias 7 e 9 de novembro.

Na entrevista à Lusa, o economista norte-americano sublinhou que o mais grave é que as criptomoedas “interferem com a política monetária”. “Uma função importante que os governos das economias modernas desempenham é usar a chamada política monetária anticíclica para expandir a oferta monetária quando existe uma recessão ou perigo de recessão e reduzir a oferta monetária quando a economia está em risco de ‘sobreaquecimento’, e, se as pessoas usam criptomoedas, isso interfere na política monetária”, explicou.

[As criptomoedas], em primeiro lugar, não acrescentam qualquer valor a não ser a facilidade de transferir dinheiro, [o que] pode ser replicado pelas moedas tradicionais.

Eric Maskin

Nobel da Economia de 2007

Erik Maskin adiantou que não há forma de os governos controlarem a circulação de Bitcoin, por exemplo, e partilhou um desejo: “A minha esperança é que a moda das criptomoedas desapareça”.

Manifestando-se “contra as criptomoedas”, o economista norte-americano admitiu que “existem vantagens da tecnologia de blockchain [tecnologia que permite guardar dados de forma descentralizada] quando não se insiste no anonimato”.

Eric Maskin frisou que o anonimato pode ser uma vantagem, mas também pode fazer com que a tecnologia seja usada para fins ilegais, como lavagem de dinheiro e outras transações ilícitas. Já “quando se sabe quem são os outros agentes, esses riscos não existem”, disse.

“Nos próximos 20 anos haverá certamente uma recessão”

Questionado sobre quando poderá haver uma nova recessão, que tem sido antecipada em várias polls de economistas, o economista norte-americano respondeu que “nos próximos 20 anos haverá certamente uma recessão”.

“Isso posso dizer com confiança. Mas se um economista disser que isso vai acontecer no próximo ano, não acredite”, referiu na entrevista à Lusa, acrescentando que “não é algo previsível, os economistas não sabem quando ocorrerá e se disserem que sabem, não estão a dizer a verdade”.

Relativamente aos efeitos negativos sobre a economia mundial decorrentes da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, as consequências do Brexit e a desaceleração industrial norte-americana, Eric Maskin referiu que todos estes fatores já se verificam “há algum tempo e ainda não provocaram uma recessão”.

Convidado a comentar a performance da economia portuguesa nos últimos anos, o Nobel da Economia de 2007 escusou-se a fazer qualquer apreciação, alegando não se “sentir um especialista na matéria”. Contudo, quando questionado sobre como pode uma pequena economia muito aberta ao exterior, como é o caso da economia portuguesa, proteger-se de riscos internacionais, Eric Maskin apontou a importância da diversificação.

“Uma coisa que podemos aprender com economias que eram pequenas e cresceram dramaticamente é que a diversificação é uma proteção contra riscos internacionais”, disse na entrevista à Lusa.

Uma coisa que podemos aprender com economias que eram pequenas e cresceram dramaticamente é que a diversificação é uma proteção contra riscos internacionais.

Eric Maskin

Nobel da Economia de 2007

Eric Maskin referiu que, no caso da economia chinesa, “que é muito grande agora, mas há 40 anos era pequena”, uma forma de ter conseguido crescer foi “fazer um bom uso dos mercados internacionais”, o que referiu ter sido “a chave do sucesso”, assim como a “produção de uma grande variedade de produtos para o mercado internacional”.

“Eles não se concentraram apenas numa área. O facto de assegurarem a venda de muitos produtos diferentes em vez de apenas alguns foi uma garantia importante”, salientou o economista.

Eric Maskin ganhou o Prémio Nobel da Economia em 2007, juntamente com Leonid Hurwicz e Roger B. Myerson, pelo trabalho nas bases da teoria do desenho de mecanismos, um ramo da teoria dos jogos que analisa casos em que os agentes económicos têm informação privada e a utilizam de forma estratégica.

Aquela formulação teórica permite distinguir se os mercados funcionam bem ou não e ajudou os economistas a conceber mecanismos de mercado, como os leilões, e propor formas de regulação de mercado e procedimentos de votação com as propriedades desejadas.

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Amazon acusa Trump após atribuição de contrato de 10 mil milhões à Microsoft

  • Lusa
  • 15 Novembro 2019

Em causa está a atribuição pelo Pentágono de um contrato de armazenamento de dados online no valor de 10 mil milhões de dólares à Microsoft. Amazon fala em "lacunas evidentes, erros e equívocos".

A Amazon anunciou que vai contestar a atribuição por parte do Pentágono de um contrato de armazenamento de dados online (nuvem) no valor de 10 mil milhões de dólares à Microsoft.

Muitos aspetos do processo de avaliação do contrato apresentam lacunas evidentes, erros e equívocos. É importante que todas estas questões sejam examinadas e corrigidas”, disse um porta-voz da Amazon.

A divisão da Amazon Web Services domina o setor de armazenamento de dados online e já fornece servidores seguros a outros organismos governamentais norte-americanos, como a CIA.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não tem boas relações com o fundador da Amazon, Jeff Bezos, que também é proprietário do jornal Washington Post, muitas vezes atacado pelo líder norte-americano.

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Governo prepara dois novos escalões de IRS para a classe média

  • ECO
  • 15 Novembro 2019

Governo quer aliviar a carga fiscal sobre a classe média e estuda dois novos escalões para quem tem rendimentos intermédios. Mas a medida depende se englobamento das rendas no IRS avançar em 2020.

O Governo tem como objetivo aliviar a carga fiscal sobre a classe média e está a preparar dois novos escalões de IRS para garantir um alívio nos impostos para as famílias com rendimentos intermédios. Medida dependerá do englobamento das rendas no IRS em 2020.

Segundo o Jornal Económico (acesso pago), o Executivo liderado por António Costa estuda o desdobramento dos atuais 5.º e 6.º escalões de IRS em 2020, passando a existir nove escalões — ultrapassando os oito escalões pré-troika.

A medida está a ser pensada para ser aplicada em simultâneo com englobamento dos rendimentos prediais no IRS, que poderá levar ao agravamento da fatura fiscal de algumas famílias. Porém, as reservas em torno do arranque do englobamento das rendas já em 2020 poderão ditar o adiamento da revisão dos atuais sete escalões do IRS para o Orçamento do Estado de 2021, adianta o mesmo jornal.

Atualmente, o 5.º escalão abrange os contribuintes com rendimentos entre os 25.000 e os 36.856 euros, tributados a uma taxa de 37%. Já o 6.º escalão, com uma taxa de 45%, diz respeito a rendimentos entre os 36.856 e os 80.640 euros.

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DCIAP perde um terço dos procuradores

  • ECO
  • 15 Novembro 2019

A unidade responsável pela investigação dos crimes mais complexos vai perder um terço dos procuradores devido a divergências e mudanças no estatuto do Ministério Público.

Um terço dos procuradores que compõem o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) vão abandonar o departamento mais especializado do Ministério Público, que tem a cargo as investigações mais complexas — desde o caso dos submarinos, à investigação ao roubo de armas em Tancos e a queda do Grupo Espírito Santo –, avança o jornal Público.

Os procuradores estarão a abandonar o departamento por várias razões, diz o jornal, como a decisão do líder da unidade, Albano Pinto, de não permitir a audição do primeiro-ministro e do Presidente da República na investigação do caso Tancos. Os procuradores estarão a abandonar o departamento também pela nova duração da comissão de serviço, que passou de um para três anos, e escolhas pessoais.

Com estas saídas, o DCIAP vai ter uma renovação de quadros e aumentar o número total de procuradores de 36 para 40. Uma parte substancial serão procuradores-adjuntos, que é a base da carreira e em que os investigadores têm menos experiência.

O Público dá ainda que entre as saídas estão dois dos três magistrados que assinaram a acusação ao caso de Tancos, a procuradora que assinou a acusação do caso dos Vistos Gold e uma das procuradoras que integrou a equipa que investiga o colapso do Grupo Espírito Santo.

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Cerca de 40% dos hospitais têm ruturas no fornecimento de medicamentos todos os dias

  • ECO e Lusa
  • 15 Novembro 2019

Os preços “excessivamente baixos dos medicamentos genéricos” são a causa mais importante identificada pelos hospitais para as ruturas de fornecimento.

Quase 40% dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) indicam ter diariamente ruturas no fornecimento de medicamentos e outros 30% afirmam que as ruturas ocorrem semanalmente, segundo um estudo que é apresentado esta sexta-feira.

Promovido pela Ordem dos Farmacêuticos, Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares e pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, o estudo sobre acesso ao medicamento hospitalar foi feito com base em questionários que foram respondidos em outubro por metade das unidades do SNS.

Os preços “excessivamente baixos dos medicamentos genéricos” são a causa mais importante identificada pelos hospitais para as ruturas de fornecimento. Estas ruturas são muitas vezes resolvidas com recurso à importação do medicamento.

Os dados do estudo mostram que 39,1% dos hospitais têm ruturas no fornecimento de medicamentos de uso hospitalar todos os dias, 30,4% dizem que ocorre semanalmente e outros 30% que as ruturas são mensais.

As ruturas no fornecimento de medicamentos de uso hospitalar são consideradas pela totalidade dos hospitais como um “problema grave”. Para 26% dos inquiridos é um problema grave que afeta todos os medicamentos, para 30% afeta essencialmente os fármacos que têm genéricos e para 44% é grave, mas apenas nalguns medicamentos.

O “Índex Nacional do Acesso ao Medicamento Hospitalar” avaliou ainda os maiores desafios na introdução de fármacos inovadores.

Mais de 60% consideram o processo para introdução de medicamentos inovadores como complexo, 52% apontam como problema a falta de recursos humanos, mas quase todos os hospitais entendem que o acesso a novas terapêuticas vai permitir melhores resultados clínicos e melhor qualidade de vida para os doentes.

Acesso a novos fármacos devia ter tempos máximos de resposta garantidos

Os administradores hospitalares defendem a criação de tempos máximos de resposta garantidos para os processos de aprovação de medicamentos inovadores, para melhorar o acesso e evitar desigualdades.

“Devia existir uma convergência do modelo de procedimentos e dos tempos de resposta. Faz sentido ter a definição de tempos máximos de resposta garantidos para os vários modelos ou fases de aprovação de medicamentos inovadores”, afirmou à agência Lusa o presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço.

Atualmente, na área da saúde, já há definição de tempos máximos de resposta garantidos para a realização de consultas e de cirurgias, que são no fundo tempos considerados clinicamente aceitáveis consoante a gravidade ou urgência das situações.

Alexandre Lourenço defende que a definição de tempos máximos de resposta para os processos de aprovação de medicamentos inovadores servirá também para acompanhar o que está a acontecer nas várias áreas terapêuticas ou de tratamento.

A definição destes tempos, na sugestão do representante dos administradores hospitalares, devia ser um trabalho conjunto dos hospitais, da Ordem dos Médicos, da Ordem dos Farmacêuticos e liderado pela Autoridade do Medicamento – Infarmed.

Os tempos máximos de resposta deviam ser definidos para as várias fases de aprovação de um medicamento hospitalar inovador: as aprovações antes da autorização de introdução no mercado, antes da decisão de financiamento pelo Serviço Nacional de Saúde e depois quando o medicamento entra no seu circuito normal já com a aprovação de mercado e com a decisão de financiamento.

O responsável advoga também que os hospitais criem modelos de aprovação de medicamentos mais convergentes ou semelhantes, uma espécie de “manual de aprovação de medicamentos mais ágil”, que tenham em conta a definição de tempos máximos de resposta.

Alexandre Lourenço salienta que há uma grande assimetria entre hospitais no cumprimento dos prazos e nas etapas administrativas ou burocráticas na aprovação da inovação de medicamentos, chegando a haver unidades em que intervêm mais de sete departamentos ou serviços hospitalares antes mesmo de um pedido de novo medicamento ser submetido ao Infarmed.

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BCP e Galp puxam por Lisboa. Europa animada com perspetiva de acordo entre EUA e China

Em Lisboa, mais de uma dezena das cotadas abriram em terreno positivo na última sessão da semana. Bolsas europeias também avançam com cautela à espera de um acordo entre EUA e China.

A semana está a ser negativa para a bolsa de Lisboa. O PSI-20 acumula uma perda de 0,5% desde segunda-feira. Para tentar contrariar este desempenho, abriu em alta esta sexta-feira com mais de uma dezena de ações a valorizar. Destaque para BCP e Galp. Lá fora, cautela continua a ser a palavra de ordem no que toca às expectativas de um acordo comercial entre EUA e China. Ainda assim, há ganhos nas principais praças europeias.

O principal índice português soma 0,18% para 5.283,32 pontos, com o banco BCP a ver os seus títulos avançarem 0,95% para 0,212 euros. A Galp também ganha 0,56% para 15,205 euros, depois de ter anunciado esta quinta-feira que mais uma plataforma flutuante (FPSO) no Brasil iniciaram produção, totalizando dez naquele país.

O melhor desempenho pertence aos CTT: as ações dos correios ganham 1,21% para 3,168 euros, mantendo a tendência de valorização que vem observando nas últimas semanas.

Outro destaque vai para a REN. É a vez de a gestora da rede elétrica portuguesa prestar contas ao mercado. Os lucros da empresa liderada por Rodrigo Costa terão caído cerca de 6% para 36 milhões de euros no terceiro trimestre. Antes da apresentação dos resultados, as ações estão para já a cair 0,2%.

REN em queda e contraria andamento da bolsa

Lá por fora, os mercados asiáticos já fecharam a sessão de sexta-feira e com ganhos. Isto depois de o ministro do Comércio Chinês ter declarado que Pequim e Washington estão em negociações “profundas” e afirmado que a retirada das tarifas alfandegárias é um elemento elemento-chave para que a primeira fase negocial seja ultimada”. Ontem, já após o fecho das bolsas americanas, o principal conselheiro da Casa Branca, Larry Kudlow, afirmou que um entendimento está “próximo”.

Com maior otimismo em relação a um desfecho nas conversações entre EUA e China para tréguas no conflito comercial que vem opondo as duas maiores economias mundiais nos últimos meses, as principais bolsas europeias registam ganhos moderados. O Stoxx 600, índice de referência no Velho Continente, ganha 0,45%. O DAX-30, o CAC-40 e o IBEX-35 também estão em alta, com subidas entre 0,6% e 0,7%.

(Notícia atualizada às 8h26)

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Máquina do Fisco protegida por segredo de Estado

  • ECO
  • 15 Novembro 2019

Infraestrutura tecnológica do Fisco está instalada numa localização secreta, que tem a capacidade de analisar 600 mil faturas hora e já detetou discrepâncias em 41 mil declarações este ano.

O sistema informático da Autoridade Tributária está protegido numa localização secreta, sujeita a segredo de Estado, e é de tal forma avançado que, só este ano, já conseguiu identificar 41 mil divergências entre os rendimentos e aquilo que foi declarado pelos contribuintes, escreve o Correio da Manhã.

Na infraestrutura tecnológica do Fisco, diz o jornal, passam milhões de informações por dia. O sistema tem capacidade para cruzar 600 mil faturas e detetar discrepâncias.

Um dos sistemas integrados na infraestrutura do fisco é o sistema e-fatura que, juntamente com o sistema que controla as guias de transporte das várias mercadorias, tem capacidade para recolher e tratar mais de cinco mil milhões de documentos por ano.

Para a manutenção e desenvolvimento do sistema, o Estado teve de investir cerca de 100 milhões de euros entre 2017 e 2018. Só desde o mês de julho, a Autoridade Tributária investiu seis milhões de euros com atualizações de licenças, centros de dados e migração de dados.

Graças ao sistema, explica o jornal, a AT identificou só este ano 41 mil contribuintes que tinham uma realidade económica diferente daquilo que foram as suas declarações de imposto. É com recurso a esta informação, e o seu cruzamento, que o Fisco monta as suas ações de inspeção.

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Hoje nas notícias: Mexia, IRS e máquina do Fisco

  • ECO
  • 15 Novembro 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O presidente da EDP, António Mexia, defende que a parceria com a China Three Gorges tem de ser vantajosa para as duas empresas e que não pode permitir que “um acionista interfira ou impeça o desenvolvimento do plano estratégico”. Mais destaques nas notícias: o englobamento dos rendimentos prediais no IRS é uma medida que ainda está em estudo e não é certo que avance já no Orçamento do Estado para 2020. E a Autoridade Tributária tem um sistema informático cujos servidores estão em local secreto e correm centenas de programas capazes de analisar 600 mil faturas por hora.

Mexia diz que não pode permitir que acionistas interfiram no plano estratégico da EDP

O presidente da EDP, António Mexia, defende que a parceria com a China Three Gorges tem de ser vantajosa para as duas empresas e que não pode permitir que “um acionista interfira ou impeça o desenvolvimento do plano estratégico”, um recado deixado aos acionistas chineses numa entrevista ao Jornal Económico, em que também aponta o Japão como um mercado que pode vir a ser importante. Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Governo esvazia englobamento das rendas no IRS

O englobamento dos rendimentos prediais no IRS é uma medida que ainda está em estudo e não é certo que avance já no Orçamento do Estado para 2020, tal como disse o primeiro-ministro no Parlamento. No entanto, seja qual for a opção (avançar já em 2020 ou só em 2021) terá caráter simbólico, será o reflexo de outra medida não fiscal e terá um impacto limitado na receita. A medida não está sequer a ser tratada no Ministério das Finanças. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

 

Máquina do Fisco analisa 600 mil faturas por hora

A Autoridade Tributária tem um sistema informático cujos servidores correm centenas de programas capazes de analisar 600 mil faturas por hora. As máquinas do Fisco são importantes ao ponto de a sua localização ser secreta, estando abrangida pela lei do segredo de Estado. Foi com este sistema que os inspetores fiscais já identificaram este ano 41 mil divergências entre o que é a realidade económica e o que foi declarado pelos contribuintes. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Secretas vigiam guerra pelo controlo das polícias

O novo grupo anónimo designado de Comissão pela Dignidade e Dignificação dos Polícias acusa o Movimento Zero, também anónimo, e também a PSP e GNR de estarem ligados à extrema-direita e de incentivarem a violência. Esta guerra surge em vésperas de uma manifestação das polícias e está a ser seguida de perto pelas secretas. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago/link indisponível)

Um terço dos procuradores deixa departamento que tem casos sensíveis

Um terço dos procuradores que integram o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), a unidade especializada do Ministério Público e que tem em mãos os inquéritos mais complexos, vão deixar aquele departamento do Ministério Público. A saída vai permitir a renovação dos quadros do DCIAP, que passará a contar com 40 procuradores, mais quatro magistrados do que tinha. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

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Mexia diz que não pode deixar um acionista interferir no plano estratégico da EDP

  • ECO
  • 15 Novembro 2019

Em entrevista ao Jornal Económico, António Mexia avisa os chineses da China Three Gorges que não vai permitir que um acionista impeça o desenvolvimento do plano estratégico da EDP.

O presidente da EDP, António Mexia, defende que a parceria com os chineses da China Three Gorges tem de ser vantajosa para as duas empresas e que não pode permitir que “um acionista interfira ou impeça o desenvolvimento do plano estratégico”, um recado deixado aos acionistas chineses numa entrevista ao Jornal Económico.

“A parceria com a CTG tem de ser uma parceria, como se costuma dizer, win-win para a CTG e para a EDP. Outra coisa não poderia acontecer”, disse o líder da elétrica nacional, acrescentando que a empresa quer desenvolver negócios em locais e áreas que sejam benéficos tanto para a EDP, como para a China Three Gorges, a maior acionista da EDP.

Qualquer parceria, seja na América Latina ou para qualquer tecnologia, terá de ter em conta os interesse de todos os acionistas da EDP, ponto.
E o que queremos, e temos neste momento, é estar em sítios onde essa parceria é boa para as duas companhias. Isto é o trabalho. As parcerias servem para isso”, explica o responsável.

António Mexia garante ainda que existe interesse de acionistas americanos na elétrica: “Vemos interesse de muitos fundos americanos na EDP”.

O mercado das renováveis nos Estados Unidos tem “um potencial gigante” devido aos recursos e à forte procura, sublinha o responsável da elétrica que ganhou quatro concursos nos EUA, no final de outubro. Mas a empresa também vai explorar outros mercados e o Japão poderá ser o próximo passo para desenvolver o offshore.

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