Quer uma árvore de Natal? Pode alugar e ajudar os Bombeiros

A 3ª edição Pinheiro Bombeiro já arrancou. Por cada pinheiro alugado, cinco euros revertem para a compra de material profissional para combate incêndios. Já foram entregues aos bombeiros 29 mil euros.

O Natal está à porta e a árvore está inata a esta tradição. Regra geral, as árvores são de plástico e não são a melhor solução tendo em conta a preocupação ambiental e o impacto do plástico no planeta. Aliado a uma causa solidária e sem esquecer a pegada ecológica, a startup portuguesa Rnters criou o projeto Pinheiro Bombeiro. É uma iniciativa de cariz social que permite, durante o período de Natal, alugar pinheiros de Natal verdadeiros.

O aluguer do Pinheiro Bombeiro custa 20 euros, mas por cada pinheiro alugado, cinco euros revertem para a compra de material profissional para o combate a incêndios. Para obter o seu Pinheiro Bombeiro e contribuir para esta causa só tem que aceder ao site oficial e fazer a encomenda.

A iniciativa vai na terceira edição e já angariou 29 mil euros para os Bombeiros Voluntários de Portugal. Em 2017 e 2018 o valor angariado pela iniciativa Pinheiro Bombeiro permitiu entregar dezenas de máscaras de combate a incêndio a todos os corpos de Bombeiros Voluntários do distrito de Leiria e este ano serão entregues luvas e máscaras para todos os corpos do distrito de Viana do Castelo.

Queremos equipar dois distritos e aumentar o impacto do Pinheiro Bombeiro. Talvez um dia consigamos equipar todos os corpos de Portugal”, refere em comunicado, Guilherme Guerra, cofundador da startup.

Pode levantar o Pinheiro Bombeiro em cinco locais: no Hub do Pinheiro Bombeiro na Fábrica Braço de Prata, no Centro Cultural de Bélem, no LX Factory, Winter Market da Stylista e no Cascais Christmas Village ou optar por recebê-lo em casa. Posteriormente às épocas festivas, como reciclar é refletir, pode entregar o Pinheiro Bombeiro no hub do projeto de forma a ser reciclado.

Esta iniciativa contribui também para prevenir a disseminação de incêndios em áreas onde o corte destes pinheiros é obrigatório. Para além da prevenção esta iniciativa tem como foco a sustentabilidade ambiental e reutilizar recursos naturais é uma premissa. Só nas duas primeiras edições foi possível produzir quinze toneladas em biomassa.

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Rui Rio considera que “silenciar” deputados únicos contraria valores da democracia

  • Lusa
  • 12 Novembro 2019

"Os partidos com apenas um deputado não são um grupo parlamentar e isso implica, obviamente, um estatuto diferente", disse Rui Rio.

O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu esta terça-feira um “estatuto diferente” para os deputados únicos em relação aos grupos parlamentares, mas manifestou-se contra “silenciar completamente a sua voz”, considerando que tal contraria os valores democráticos.

No dia em que a comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos Liberdades e Garantias se reúne de forma extraordinária para debater os tempos de intervenção dos deputados únicos dos partidos Chega, Iniciativa Liberal e Livre, Rui Rio pronunciou-se sobre o tema na sua conta oficial da rede social Twitter.

“Os partidos com apenas um deputado não são um grupo parlamentar e isso implica, obviamente, um estatuto diferente do dos outros pela sua reduzida dimensão. Mas daí a se silenciar completamente a sua voz vai uma grande distância. Os valores da democracia não toleram esse exagero“, escreveu o também líder parlamentar do PSD.

Chega, Iniciativa Liberal e Livre, todos com deputados únicos, ficaram sem tempo de intervenção no debate quinzenal de quarta-feira com o primeiro-ministro, mas a situação será hoje novamente analisada na primeira comissão parlamentar.

Na semana passada, PSD, CDS-PP e PAN já se tinham manifestado contra a posição do relatório do grupo de trabalho liderado pelo vice-presidente do parlamento e deputado do BE, José Manuel Pureza, que previa o estrito cumprimento do atual regimento, que só contempla tempos de intervenção nos debates quinzenais para grupos parlamentares partidários (dois ou mais deputados).

PS, BE, PCP e PEV foram favoráveis a esta posição, enquanto PSD, CDS-PP e PAN defenderam que devia ser adotada a exceção que foi atribuída ao então deputado único do PAN, André Silva, na anterior legislatura, com um minuto para falar em debates quinzenais com o primeiro-ministro e o estatuto de observador na conferência de líderes.

A reunião extraordinária da Comissão de Assuntos Constitucionais foi solicitada pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e pela conferência de líderes, e fará a “apreciação urgente” de um projeto de regimento apresentado pelo deputado único do Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim de Figueiredo, de “modo a assegurar a justa e proporcional representatividade de todos os partidos políticos”.

Na semana passada, Rui Rio já tinha afirmado que o PSD dará o seu acordo à revisão do Regimento da Assembleia da República, que entende dever ser feita no início da legislatura, e pretende apresentar propostas. “Damos o nosso acordo a rever o regimento, em que sentido cada um há de ver. Um será certamente a clarificação do estatuto dos deputados únicos: não podem ter um estatuto em que falam por tudo e por nada, mas também não podem ser silenciados, foram eleitos têm direito a falar”, afirmou.

A 29 de outubro, o deputado único da Iniciativa Liberal entregou no Parlamento um projeto para alterar o Regimento da Assembleia da República com o objetivo de reequilibrar a relação entre grupos parlamentares e deputados únicos, assegurando a justa representatividade de todos os partidos.

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Sede do Jornal de Notícias vai ser transformada num hotel Marriott

A sede histórica do Jornal de Notícias no Porto vai passar a ser o Hotel Jornal, do grupo Marriott. Investimento será entre 35 a 40 milhões de euros.

O Porto vai ter mais um hotel de luxo e, como tem sido usual, num edifício histórico. É na sede do Jornal de Notícias (JN), na Rua de Gonçalo Cristóvão, que vai nascer a nova unidade hoteleira do Marriott Hotel, revelou o empresário macaense, dono da Global Media, à Macau News Agency (conteúdo em inglês). O acordo será assinado esta terça-feira e a redação vai mudar-se para outro edifício a cerca de um quilómetro.

“É um investimento entre 35 a 40 milhões de euros por este hotel com 213 quartos”, disse Kevin Ho, dona da KNJ, que detém 30% da Global Media. O empresário adiantou ainda que o novo hotel será um Autograph Collection by Marriott e vai chamar-se Hotel Jornal, numa homenagem aos mais de 60 anos em que o JN esteve naquele edifício.

Sede do Jornal de Notícias, PortoGoogle Maps

“O turismo não é a única coisa que floresce em Portugal, é toda a economia, é um dos locais mais inovadoras da Europa. O país vai estar ainda melhor no futuro”, continuou o sobrinho de Edmund Ho, ex-chefe do Governo de Macau.

Com este negócio, a redação do JN vai agora mudar-se para um edifício na Rua de Latino Coelho, a cerca de um quilómetro, e a mudança deverá acontecer em breve.

O prédio em questão, com 17 andares, foi vendido no início do ano por quase dez milhões de euros à Authentic Emphaty, de acordo com a Sábado. Todos os gerentes da empresa macaense trabalham para a KNJ, incluindo Lei Ka Kei e David Siu, gerentes da Burgosublime, cuja empresa-mãe é a sucursal portuguesa da KNJ. Na altura foi tornado público que o objetivo desta compra seria a revenda.

Recorde-se que, no ano passado, a Global Media decidiu também vender o edifício sede do Diário de Notícias, em Lisboa, por 20 milhões de euros à Avenue, que está agora a transformar o imóvel num edifício residencial de luxo.

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Negociações do próximo orçamento europeu não podem dividir a Europa, alerta Marcelo

  • ECO
  • 12 Novembro 2019

"A Europa tem de aprovar um quadro financeiro plurianual, a Europa tem de definir as linhas económicas para o futuro, tem de reforçar a coesão interna", defende Marcelo Rebelo de Sousa.

Marcelo Rebelo de Sousa deixou mais um aviso à navegação: “A Europa não pode dividir-se, tem de se unir”. E desta vez o recado foi direcionado a todos os Estados-membros que estão a negociar as próximas perspetivas financeiras. Em em cima da mesa há várias propostas que determinam cortes substanciais no orçamento comunitário, num momento em que este já vai ser alvo de uma redução substancial — menos 12 mil milhões de euros por ano — tendo em conta a saída do Reino Unido da União Europeia.

Marcelo apelou a que a Europa “tenha uma posição comum sobre migrações“, um dos novos pilares que deverá integrar as perspetivas financeiras. Mas para isso, a proposta da Comissão Europeia é de que haja cortes na Política de Coesão e na Política Agrícola Comum. Uma situação que para países como Portugal — e membros do Grupo da Coesão –, é inaceitável. A Comissão tem sobre a mesa a sugestão de que os Estados-membros contribuam com 1% do Rendimento Nacional Bruto, mas isso não chega para fazer face às “velhas” prioridades e às novas (migrações, inovação, etc).

Por outro lado, Portugal defende que as contribuições deveriam ascender a 1,16% do Rendimento Nacional Bruto acrescidas de novas receitas próprias para o Orçamento comunitário, já o Parlamento Europeu fala em 1,3% Rendimento Nacional Bruto.

Depois de esta manhã se ter reunido com o Presidente italiano, Sergio Matarella, e o com o primeiro-ministro do país, Giuseppe Conte, por ocasião da visita de Estado a Itália, Marcelo referiu que apesar de os dois países estarem “de acordo no essencial”, lembrou há um Orçamento europeu para o período 2021-2027 que tem de ser aprovado e a Europa não se pode dividir sobre o assunto.

“Portugal tem testemunhado a solidariedade de Itália no acolhimento aos migrantes, na procura de soluções que sejam de toda a Europa, mas flexíveis, sensatas, moderadas — como é o caso daquelas recentemente objeto de consenso em Malta”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa em declarações transmitidas pela RTP3. “Mas a Europa tem de aprovar um quadro financeiro plurianual, a Europa tem de definir as linhas económicas para o futuro, tem de reforçar a coesão interna. A Europa não pode dividir-se, tem de se unir. Tudo que sejam propostas que dividam a Europa, enfraquecem a Europa”, disse o Presidente da República.

Segundo o Presidente da República, a “ausência de uma Europa forte significa mais egoísmo, mais protecionismo, mais unilateralismo e mais incompreensão” em questões centrais, dando como exemplos as migrações ou as alterações climáticas. Por isso, apelou à união dos europeus, não esquecendo África, e dando uma especial atenção ao Mediterrâneo, próximo Oriente e Médio Oriente.

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10 cidades, 10 arenas

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  • 12 Novembro 2019

As arenas são hoje um símbolo das cidades, do seu dinamismo cultural e económico. No porto inaugurou o mais recente e moderno destes espaços: a Super Bock Arena, Pavilhão Rosa Mota

As arenas têm-se vindo a constituir como o spot privilegiado para diversos tipos de eventos que vão desde a música até ações corporativas de marcas e empresas. O mais recente destes espaços – a Super Bock Arena – inaugurou na semana passada no Porto.

Uma das grandes novidades do projeto é a criação de um Centro de Congressos, composto por um auditório com capacidade para 532 lugares, uma zona de exposição e quatro salas destinadas a eventos empresariais. Há que destacar, também, o excelente food court que vai estar aberto ao publico durante todo o dia (das 9h às 19h), 365 dias por ano. Com cerca de 400 metros quadrados que inclui 6 bares e espaços de restauração abertos ao público independentemente da agenda dos espetáculos, o food court terá uma esplanada e um restaurante com vista para o lago e para os Jardins do Palácio de Cristal.

As bancadas retráteis são uma das inovações do Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, uma vez que permitem adaptar o espaço não só ao conceito do evento, como também ao número de pessoas previsto.

O projeto do Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota foi concebido salvaguardando práticas sustentáveis, com o objetivo de deixar uma pegada verde na cidade e no país. Para tal, foram adotadas medidas que prometem garantir uma maior eficácia energética e otimização dos recursos utilizados. Uma delas consiste na refrigeração natural das máquinas de controlo de temperatura recorrendo à utilização da água do lago dos Jardins do Palácio de Cristal, o que permite reduzir os consumos energéticos e gastos de água em cerca de 40 por cento.

Uma das preocupações na conceção do novo Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota foi assegurar a acústica do espaço, indispensável para receber todo o tipo de eventos. Ao longo de toda a estrutura da cúpula foi colocada uma multicamada com mais de 40 centímetros de lã de rocha, assim como uma tela acústica que cobre os gomos da cúpula (espaços entre pilares). Esta tela foi devidamente recortada e adaptada a cada óculo de forma a evitar qualquer impacto visual. Os 768 óculos que fazem parte da cúpula do edifício – uma das imagens de marca – mantêm-se, com o objetivo de preservar a identidade arquitetónica exterior.

Até à data, o espaço já conta com a confirmação de vários eventos, dos quais se destacam nomes como o projeto “Amar Amália” (16 de novembro), “Lisbon Film Orchestra” (8 de dezembro), Rui Veloso (14 de dezembro) ou “Carmina Burana” (28 de dezembro).

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PSOE e Podemos chegam a pré-acordo. Iglésias pode vir a ser vice-primeiro-ministro de Espanha

Os líderes do PSOE e do Podemos alcançaram um pré-acordo para formar um Governo de coligação em Espanha. Pedro Sánchez terá aceitado ceder o cargo de vice-primeiro-ministro a Pablo Iglésias.

Pablo Iglésias, líder do Unidas Podemos, pode vir a ser vice-líder do Governo de Espanha.EPA/LUCA PIERGIOVANNI

Os líderes do PSOE e do Podemos alcançaram um pré-acordo para uma nova tentativa de formar um Governo de coligação em Espanha, avançou o El País. O jornal cita fontes socialistas, que referem que, mediante este acordo, Pablo Iglésias poderá vir a ser o vice-primeiro-ministro do Governo espanhol.

O líder do Governo em funções, o socialista Pedro Sánchez, vai reunir nos próximos minutos com Pablo Iglésias, do Podemos, para fecharem juntos os últimos detalhes deste acordo preliminar. Desconhece-se mais detalhes.

É conhecida a ambição de Pedro Sánchez de formar uma espécie de “geringonça” à espanhola, copiando a estratégia de António Costa em Portugal. Mas Pablo Iglésias, líder do Podemos, sempre exigiu uma coligação formal, o que poderá agora materializar-se.

As eleições deste domingo deram a vitória ao PSOE, mas sem maioria absoluta para conseguir governar, com apenas 120 deputados. O Podemos conseguiu 35 mandatos, o que, juntos, não permitem alcançar a maioria absoluta de 176 deputados. Assim, Pedro Sánchez terá de fechar mais acordos com partidos para conseguir a estabilidade mínima possível para poder governar, como mostra a infografia do ECO:

Nesse sentido, segundo o El País, decorrem também negociações entre os socialistas e outros partidos que apoiaram no passado a moção de censura que derrubou o Governo de Mariano Rajoy. A intenção passará por criar uma coligação apoiada por vários partidos minoritários.

Do outro lado da barricada, Pablo Casado, líder do PP — que recuperou representação parlamentar nas eleições deste domingo –, reuniu o Comité Executivo do partido esta segunda-feira para fixar uma estratégia após as eleições de domingo. Mas o cerco aperta-se: José Luis Ábalos, dirigente do PSOE, já rejeitou a possibilidade de o partido vencedor formar uma grande coligação de bloco central com o PP.

A noite eleitoral ficou ainda marcada pelo crescimento da extrema-direita representada pelo Vox. O partido tinha anteriormente 24 deputados, mas conseguiu eleger 52 nestas eleições. A participação eleitoral fixou-se nos 67%, a mais baixa da democracia espanhola, nestas que foram as quartas eleições em Espanha em quatro anos.

(Notícia atualizada às 13h16 com mais informações)

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Mercado imobiliário a arrefecer? 2019 está prestes a superar 2018

Um estudo da Cushman & Wakefield concluiu que 2019 poderá igualar ou até mesmo superar o bom momento que se viveu no mercado imobiliário no ano passado.

Apesar dos primeiros sinais de arrefecimento, a atividade do mercado imobiliário deste ano pode superar a do ano passado. As conclusões são da consultora Cushman & Wakefield (C&W), que destaca ainda que, até setembro, o volume de investimento em imobiliário comercial atingiu 1,7 mil milhões de euros. O destaque foram os escritórios que, apesar da escassez de oferta, bateram um recorde em termos de área média transacionada.

Na reta final do ano, e apesar dos sinais de arrefecimento, o mercado imobiliário nacional continua a exibir um bom desempenho, diz o estudo “Market Update”. O caminho até aqui tem sido tão positivo que os especialistas da C&W acreditam mesmo que sejam igualados ou mesmo superados os níveis recorde de atividade alcançados no ano passado em praticamente todos os setores.

“A maior robustez da economia e os valores de mercado praticados têm contribuído para a atratividade do mercado imobiliário, o qual, apesar de ser ainda claramente dominado pela procura internacional, tem vindo a verificar um incremento do capital nacional. Para 2020, antecipa-se uma manutenção da evolução positiva do mercado, embora a níveis mais moderados face aos últimos anos“, diz Andreia Almeida, diretora de research da consultora.

Nos 1.700 milhões de euros de investimento atingido no mercado comercial, o destaque foram os escritórios (34%). Neste segmento, foram transacionados mais de 149.000 metros quadrados, num total de 130 negócios entre janeiro e setembro. Foi, assim, atingido um novo recorde histórico em termos de área média por transação: 1.150 metros quadrados, o dobro da média dos últimos dez anos.

As maiores operações aconteceram na zona 6 (corredor oeste — parques empresariais no eixo A5 Lisboa/Cascais) e na zona 1 (prime Central Business District — eixo Avenida da Liberdade, Saldanha), com destaque para a torre Fontes Pereira de Melo 41, vendida aos alemães da Deka Immobilien por 125 milhões de euros, tal como o ECO noticiou.

Mas, apesar destes bons resultados, a escassez de espaços de escritórios continua a ser preocupante, também devido à forte procura. Neste sentido, a taxa de desocupação bateu os 3,9% em setembro e os valores das rendas aumentaram para os 23 euros por metro quadrado na zona 1. Neste contexto, diz a consultora liderada por Eric Van Leuven, “a promoção de edifícios de forma especulativa tem vindo a subir”.

Negócios no retalho aumentam 50%

Para além dos escritórios, também o setor do retalho se destacou nas operações realizadas entre janeiro e setembro. Nesse período, a C&W observou mais de 620 negócios retalhistas, um aumento de 50% face ao ano passado. E foi também neste setor que aconteceu a maior operação do trimestre em a segunda maior do ano: a compra dos centros comerciais Albufeira Retail Park e AlgarveShoppping pela Freypor 179 milhões e euros.

O comércio de rua continua a dominar as novas aberturas com mais de 410 novas lojas, ou seja 67% das unidades comercializadas. Por sua vez, os centros comerciais contabilizaram 18% do número de operações, um valor influenciado pelos recentes projetos de expansão e/ou renovação.

Acompanhando a tendência dos últimos anos e impulsionado pelo boom do turismo, o setor da restauração foi o mais ativo, com 55% do número de operações. A análise da consultora notou ainda que as cadeias de retalho nacionais aumentaram a sua representatividade, com 31% dos negócios fechados, embora ainda abaixo dos operadores independentes, com 46%.

Falta de instalações modernas de qualidade condiciona setor industrial

Contrariando os setores irmãos, a atividade de ocupação no setor industrial e logístico manteve-se abaixo das expectativas, com o volume de ocupação entre janeiro e setembro a situar-se nos 47.200 metros quadrados, metade do que foi transacionado no mesmo período do ano passado.

O maior negócio do ano aconteceu no terceiro trimestre: a ocupação pela Sandometal de uma unidade logística com 6.300 metros quadrados na zona de Azambuja.

A escassez de oferta de instalações modernas de qualidade é apontada pela C&W como um dos principais fatores para a diminuição da procura, situação que se prevê que venha a ser colmatada com o arranque de dois novos projetos: a Plataforma Logística Lisboa Norte, da Merlin Properties, e o projeto logístico sustentável da Aquila Capital, ambos na zona de Azambuja.

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Diogo Castanheira Pereira vence prémio Rising Star Portugal

Diogo Castanheira Pereira, advogado associado da CMS Rui Pena & Arnaut, venceu o prémio de Rising Star Portugal, na categoria de litigation, nos Europe Rising Stars Awards.

O advogado associado da CMS Rui Pena & Arnaut, Diogo Castanheira Pereira, venceu o prémio de Rising Star Portugal, na categoria de litigation, área onde tem desenvolvido a sua carreira no departamento de resolução de litígios.

Diogo Castanheira Pereira centra a sua área de prática em direito civil, processual civil e arbitragem, penal, processual penal, mera ordenação social e constitucional. O advogado colabora com a sociedade desde novembro de 2010.

Desde 2011 é também assistente convidado na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, lecionando as disciplinas de direito processual civil I e de direito processual civil III.

O evento é organizado pelo Euromoney Legal Media Group e premeia os advogados com menos de 40 anos que se destacam nos diretórios do grupo, cujas entradas baseiam-se parcialmente em peer review e entrevistas com clientes.

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Operação do SEF identifica dez futebolistas em “situação irregular” e constitui três arguidos

  • Lusa
  • 12 Novembro 2019

Uma operação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) identificou dez futebolistas em "situação irregular" e constituiu três arguidos, revelou a entidade.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras constituiu três arguidos e identificou 10 futebolistas no âmbito de uma operação de fiscalização a 26 clubes dos distritos de Aveiro, Coimbra, Leiria, Guarda, Viseu e Castelo Branco.

Segundo informação divulgada pela entidade, foram fiscalizados 26 clubes de futebol e identificados 502 atletas, dos quais 194 eram estrangeiros, durante uma operação de verificação das condições de entrada e permanência de futebolistas estrangeiros em Portugal.

Dez atletas foram encontrados em “situação documental irregular”, ou seja, não estavam habilitados para a prática de qualquer atividade profissional em Portugal. Nove desses atletas foram notificados para abandono voluntário do país, no prazo de 20 dias, sob pena de, em caso de incumprimento, virem a ser detidos e objeto de processos de afastamento coercivo. O décimo atleta foi notificado para comparência no SEF, uma vez que dispunha de condições para requerer a respetiva regularização documental.

No decorrer da operação, que decorreu durante uma semana, foram efetuadas buscas domiciliárias na residência de um agente desportivo, que acabou por ser constituído arguido por auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos. Foi ainda constituído arguido um atleta, por falsificação de documentos, e um clube, cujo nome não foi revelado, por auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos.

“Esta operação tinha como objetivos a prevenção e a sinalização de situações enquadráveis em comportamentos criminalizados, designadamente tráfico de pessoas e auxílio à imigração ilegal”, esclarece o SEF. A operação “tinha também o propósito de apurar qual o grau de cumprimento das determinações legais e regulamentares, do ponto de vista desportivo em vigor, algumas recentemente implementadas pela Federação Portuguesa de Futebol”, acrescenta este órgão de polícia criminal.

“Ficou confirmado pelo SEF, o resultado positivo do trabalho desenvolvido por um grupo de trabalho onde está representado o SEF, a Federação Portuguesa de Futebol, a Liga e o Sindicato de Jogadores, que, em conjunto, têm vindo a alterar a imagem negativa associada à situação de ilegalidade e exploração de atletas estrangeiros em Portugal”, refere o serviço integrado do Ministério da Administração Interna.

Numa ação do mesmo género realizada em 2018, num universo menor de clubes e atletas estrangeiros identificados, o SEF encontrou 18% de atletas em situação irregular, quase o triplo dos que foram registados na fiscalização deste ano.

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Recuperação de Portugal após assistência é “história de sucesso”

  • Lusa
  • 12 Novembro 2019

O diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade considera que recuperação da situação económica de Portugal é uma “história de sucesso”.

O diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade considerou esta terça-feira que a recuperação da situação económica de Portugal é uma “história de sucesso”, embora reconheça que, aquando do programa de assistência, os portugueses “não tenham ficado felizes” com as medidas.

“Portugal é, claramente, uma história de sucesso. É uma das nossas cinco histórias de sucesso, juntamente com Irlanda, Espanha, Grécia e Chipre”, afirmou o diretor do ESM (sigla em inglês de European Stability Mechanism).

Respondendo a uma questão da agência Lusa num encontro com jornalistas correspondentes em Bruxelas na sede do ESM, no Luxemburgo, Klaus Regling recordou que Portugal “foi capaz de sair do programa [de assistência] três anos depois do início”.

“Alguns anos depois, são notórios os efeitos positivos das reformas implementadas”, realçou o responsável na resposta dada à Lusa, frisando que “Portugal tem hoje, pela primeira vez em 50 anos, um orçamento equilibrado e um elevado crescimento, acima da média da zona euro”.

“E continua a baixar os níveis de desemprego, que estão agora abaixo dos registados antes da crise”, assinalou.

De acordo com Klaus Regling, “o problema foi que os resultados não surgiram logo”.

“O ritmo [de crescimento económico] foi lento durante o programa e a população, por vezes, não gostava das medidas implementadas, o que é normal porque, por vezes, estes ajustamentos são dolorosos por incluírem uma redução dos salários e cortes nas pensões. Também abrangem reformas estruturais e, quando isso acontece, normalmente as pessoas não ficam muito felizes”, reconheceu o diretor do ESM.

Portugal esteve, entre 2011 e 2014, sob assistência financeira no âmbito de um programa de ajustamento macroeconómico.

Apesar de reconhecer a situação “muito positiva” da economia portuguesa, Klaus Regling destacou que “uma área em que existe trabalho por fazer é a dos NPLs (non-performing loans, o crédito malparado)”.

“Em Portugal, os NPLs estão acima da média europeia, mas ainda assim muito abaixo de há alguns anos”, indicou.

E concluiu: “Têm vindo a descer ano após ano […] e, por isso, estou confiante que isso continuará a acontecer”.

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IAPMEI recebe financiamento para usar Inteligência Artificial na gestão de sistemas de incentivos

  • ECO
  • 12 Novembro 2019

O projeto "Inteligência Artificial na Gestão Incentivos" arranca em janeiro e visa ajudar as empresas beneficiárias do Compete 2020 a melhorar a eficiência e fiabilidade na avaliação dos projetos. 

O IAPMEI vai avançar com um projeto Inteligência Artificial na Gestão de Incentivos (IA-SI) que terá início em janeiro do próximo ano e tem como objetivo primordial melhorar a eficiência e fiabilidade dos objetivos e da gestão de riscos na fase de candidatura. Para o desenvolver vai receber um apoio de fundos europeus de 300 mil euros.

A análise de pedidos de pagamento das empresas beneficiárias dos sistemas de incentivos do Portugal 2020 com recurso a técnicas de aprendizagem automática é outra das missões do projeto, com o objetivo de automatizar abordagens e aumentar a uniformidade e fiabilidade do processo de avaliação dos projetos, permitindo desta forma melhorar o nível de serviço e a capacidade de resposta às empresas

A iniciativa é cofinanciado pelo Fundo Social Europeu através do Compete 2020 e pretende prestar um serviço às empresas menos burocrático e mais eficiente, dinamizando o relacionamento com as empresas através da redução de carga burocrática e redução nos tempos de resposta aos pedidos de pagamento apresentados, reforçando a confiança das empresas no Estado.

O projeto Inteligência Artificial na Gestão de Incentivos assenta em três pilares: aumento do grau de cumprimento dos objetivos contratualizados,
redução da carga administrativa para a generalidade das empresas cujos projetos não reúnam perfil de risco, com vantagens para um número elevado de beneficiários e redução dos incidentes com recuperação de incentivo e aumento da fiabilidade da execução e a possibilidade de atuação preventiva que evite aquelas ocorrências.

Este projeto inovador deverá ainda permitir ganhos de eficiência, com impacto na melhor afetação de recursos internos nas atividades de acompanhamento e verificação de projetos, explica o comunicado enviado às redações. Um objetivo que se reveste de especial importância tendo em conta que o IAPMEI já foi confrontado diversas vezes com a necessidade de reforçar meios para fazer face às avalanches de candidaturas que por vezes surgem.

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CTT e sindicatos fecham acordo para aumentos salariais este ano

  • Lusa
  • 12 Novembro 2019

A administração dos CTT e os sindicatos de trabalhadores chegaram a um acordo que prevê aumentos salariais já este ano.

Os CTT CTT 0,26% e os sindicatos chegaram a acordo sobre os aumentos salariais para este ano, disse à Lusa fonte oficial dos correios, adiantando que todos os trabalhadores vão ter um aumento mínimo de 10 euros.

Depois de em agosto os CTT terem aplicado aumentos salariais relativos a 2019, os sindicatos que não chegaram a acordo apresentaram em outubro uma nova proposta. “Em sequência, e após análise ponderada por parte da empresa”, a mesma não foi aceite, “por ser demasiado onerosa”, tendo os CTT, “num contexto de aprofundamento de um salutar clima de diálogo e paz social” feito “uma contraproposta de revisão dos aumentos dos vencimentos bases auferidos em 31 de dezembro de 2018”, explicou a mesma fonte.

A proposta prevê um aumento de 1,2% para os salários até 1.296,54 euros, de 1,0% para as remunerações entre 1.296,55 euros e 1.926,65 euros, e de 0,8% para o intervalo entre 1.926,66 euros até 2.821,10 euros, com a garantia de um aumento mínimo de 10 euros. “A esta proposta da empresa, todos os sindicatos deram o seu acordo”, acrescentou fonte oficial dos CTT.

“Uma vez que os vencimentos já tinham sido atualizados a 1 de janeiro, nos anteriores moldes e no passado mês de agosto”, os CTT propuseram “que as necessárias regularizações se concretizassem no processamento de dezembro e que no processamento de novembro deixassem de ser efetuadas as regularizações que vinham a ser efetuadas, no caso de alguns colaboradores”, disse.

Os CTT pretendem admitir 100 carteiros até final do ano, bem como 50 operadores de loja, dos quais 33 já foram contratados. “Esta revisão dos aumentos também abrangerá os colaboradores da CTT Expresso, CTT Contacto e Payshop”, referem os CTT, que destacam “o espírito de abertura, frontalidade e cordialidade em que decorreram estas negociações entre as partes envolvidas, e relembrar que este é o quinto ano consecutivo de aumentos salariais na empresa, num quadro de acordo entre esta e os sindicatos”.

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