As coligações possíveis em Espanha

  • ECO
  • 11 Novembro 2019

O resultado das eleições em Espanha este domingo deram uma nova vitória ao PSOE, mas perdeu três deputados. A subida da direita e derrocada de Pablo Iglesias dificultam a formação de uma coligação.

Os socialistas do PSOE ganharam as legislativas de domingo, as quartas em quatro anos em Espanha, novamente sem maioria. O partido de Pedro Sánchez conseguiu 120 deputados, ou seja, menos três do que nas eleições anteriores, o que indicia que a estratégia de forçar as eleições para desbloquear o impasse na formação de um Governo não foi bem-sucedida.

Sánchez apelou a “todos os partidos” para que atuem “com responsabilidade e generosidade” para desbloquearem o impasse político em Espanha, reiterando que pretende formar um “Governo progressistas”. De acordo com a nova composição da câmara esse trabalho está agora mais dificultado.

Apesar de Sánchez ter vencido, o facto de ter menos três deputados e de o seu principal aliado, o Podemos, ter perdido sete — passou de 42 deputados — dificulta ainda mais a possibilidade de formação de uma coligação. Pablo Iglesisas já pediu para retomar a coligação de esquerdas “como a única forma de travar a extrema-direita”, mas essa opção parece agora estar um pouco mais distante do que em abril.

PSOE e PP ultrapassam em larga medida a maioria dos deputados e embora uma coligação formal entre os dois partidos seja improvável, o PP pode viabilizar políticas socialistas através da sua abstenção, abstenção que abriria caminho a que o Ciudadanos, com os seus dez deputados, pudesse votar favoravelmente essas mesmas políticas. Mas agora há também que ter em conta a mudança de liderança no partido após a demissão de Albert Rivera.

Mas a subida dos partidos da direita, muito em particular do Vox, que conquistou o dobro dos mandatos face a abril (52), também não é suficiente para formar um Governo à direita.

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Governo revoga permissão de pesca de sardinha misturada com outras espécies

  • Lusa
  • 11 Novembro 2019

A captura, manutenção a bordo e descarga de sardinha está proibida desde outubro. Porém, quando ocorria mistura com outras espécies, os pescadores podiam manter a bordo até 1% do total da captura.

O Governo revogou esta segunda-feira, invocando dificuldades na fiscalização, a permissão dada há um mês aos pescadores para manter a bordo sardinha – cuja pesca está interdita – misturada com outras espécies, até 1% do total das capturas a bordo.

O Secretário de Estado das Pescas, José Apolinário, no despacho publicado esta segunda-feira, invoca a “dificuldade da fiscalização e do controlo” da autorização de manter a bordo de sardinha misturada com outras espécies, até 1% do total das capturas a bordo, e explica que esta autorização “visava salvaguardar situações pontuais na atividade das embarcações de cerco que dirigiam a pesca ao biqueirão” e que esta pescaria está encerrada desde 6 de novembro.

Da Galiza ao Golfo de Cádis, a chamada zona 9 definida pelo Conselho Internacional para a Exploração do Mar (CIEM), a captura, manutenção a bordo e descarga de sardinha, com qualquer arte de pesca, está proibida desde as 12h00 de 12 de outubro. No entanto, quando ocorria mistura com outras espécies, os pescadores podiam manter a bordo aquela percentagem de sardinha, apesar de não a poderem comercializar.

Esta restrição de pesca visa assegurar a gradual recuperação da sardinha, em linha com os objetivos da Política Comum das Pescas, registando-se nos últimos anos paragens do setor, medidas de proteção dos juvenis e limites anuais à captura.

Este ano, a pesca da sardinha tinha sido retomada em 3 de junho, mas com medidas de gestão e limites de captura definidos, depois de ter estado parada desde meados de setembro de 2018.

O estado do recurso está a ser avaliado pelo Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES, na sigla em inglês), com o intuito de definir as possibilidades de pesca para 2020 para Portugal e Espanha.

Em setembro, a ministra do Mar reiterou que a quota da captura da sardinha para este ano é de até 9.000 toneladas, mantendo-se cautelosa com a possibilidade do aumento das capturas em 2020.

No entanto, para as organizações ibéricas da sardinha este valor é insuficiente, uma vez que estas defendem que a biomassa disponível permite uma atualização das possibilidades de pesca até cerca de 19 mil toneladas ainda este ano.

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Matosinhos vai ter a sua própria cidade. Grandavenue investe 250 milhões em mega projeto até 2025

A Grandavenue está a construir o "Jardins Efanor", um mega projeto que incluirá 400 apartamentos, uma residência sénior, uma universitária, um hotel e um centro empresarial.

Em Matosinhos vai nascer a primeira cidade dentro de uma cidade. Parece confuso, mas quando o projeto ficar concluído será mais fácil de perceber. Isto porque a Grandavenue vai investir 250 milhões de euros até 2025 no “Jardins Efanor”, um mega projeto com 120.000 metros quadrados que incluirá serviços, comércio, hotelaria e zona residencial. E metade dos apartamentos já estão reservados.

Em 2017, a Grandavenue comprou este lote com cerca de 104.000 metros quadrados à Sonae Capital, na altura pagou 30 milhões de euros pelo ativos de maior valor do portefólio imobiliário da empresa. Mas, tal como avançou o Expresso (acesso pago), o investimento total vai ser bastante mais elevado. A ideia é construir a primeira edge city do país e a localização escolhida foi Matosinhos.

Maquete do projeto residencial Jardins EfanorD.R.

O projeto já está em pré-venda e será 60% residencial, num total de 400 apartamentos. Até ao final do primeiro trimestre de 2020 estarão disponíveis mais de 60 apartamentos T3 e T4, sendo que 50% já estão reservados, adiantou a Grandavenue, em comunicado.

Além disso, 40% será de serviços: ao centro comercial NorteShopping, ao supermercado Continente e ao colégio Efanor vão juntar-se uma residência sénior, uma residência de estudantes, um hotel e um centro empresarial (que já está ativo).

“Este é o nosso maior projeto imobiliário no qual respeitaremos todo o legado deixado pela família Azevedo, através da sua Fundação [o projeto já tinha sido pensado por Belmiro de Azevedo]. Queremos que os Jardins Efanor sejam um espaço de coliving e coworking com uma qualidade de vida superior“, diz Pedro Rolo, CEO da Invest&Co, empresa que ficará responsável pelo projeto.

Com cerca de 50.000 metros quadrados de zona verde, seguem as novas tendências de urbanismo, enquanto área privilegiada assente nos conceitos de mobilidade e sustentabilidade”, remata.

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Risco de Espanha face a Portugal agrava-se com impasse político. Diferencial de juros em recorde

O risco de Espanha está a agravar-se face a Portugal, com a perceção dos investidores em relação a nuestros hermanos a ser negativamente afetada pelo resultado das eleições deste domingo.

O risco de Espanha face a Portugal está a agravar-se esta manhã nos mercados internacionais, com a perceção dos investidores em relação a nuestros hermanos a ser negativamente afetada pelo resultado das eleições deste domingo e que apontam para a continuação do impasse político do outro lado da fronteira.

O diferencial entre os juros da dívida espanhola a dez anos face à dívida portuguesa esta a aumentar esta manhã para 8,0 pontos. Nunca a diferença entre os dois países foi tão pronunciada, o que indica que os investidores assumem maior risco em deter obrigações espanholas do que obrigações portuguesas.

Os juros dos títulos espanhóis a 10 anos estão a aumentar quase cinco pontos base, com a taxa a negociar nos 0,417%, segundo os dados da agência Reuters. Enquanto isso, a taxa portuguesa está nos 0,337%, registando um agravamento de 4,3 pontos base esta manhã. Já os juros alemães estão imunes a esta pressão, mantendo em terreno negativo: -0,27%.

O PSOE, de Pedro Sanchez, voltou a vencer as eleições, mas sem maioria, mantendo-se o impasse no cenário político em Espanha, com reforço da extrema-direita. Os socialistas tiveram 28% dos votos e 120 deputados eleitos, seguido pelo Partido Popular que obteve 20,82% dos votos, elegendo 88 deputados. Nestas eleições, o Ciudadanosonde o líder Albert Riveras já apresentou a demissão após a hecatombe eleitoral — foi ultrapassado pelo partido de extrema-direita Vox, que tinha 24 deputados e deverá eleger 52, pelo partido de extrema-esquerda Unidas Podemos, que passa dos atuais 42 para 35 deputados e pelos independentistas da Esquerda da Catalunha (ERC) que caiu para 13 deputados eleitos (tinha 15).

Risco de Espanha agrava-se

Fonte: Reuters

“O caminho para um governo de coligação é ainda incerto com este resultado”, diz Peter Chatwell, analista da Mizuho, citado pela Reuters. Federico Santi, da Eurasia Group, referiu que terceiras eleições consecutivas, depois de duas eleições este ano, tornou-se agora mais provável, embora este cenário seja visto como último recurso.

Nas bolsas, os dois índices de referência da Península Ibérica estão a cair mais de 0,50%. O PSI-20, o benchmark nacional, cede 0,57% para 5.274,57 pontos, com BCP e CTT sob maior pressão. O IBEX-35 cai 0,54% para 9.343,0 pontos.

Ambos acompanham a tendência negativa europeia, que se verifica desde os primeiros minutos da negociação, com os investidores mais avessos ao risco perante o agravamento das tensões em Hong Kong. O Stoxx 600 desvaloriza 0,38% para 403,87 pontos.

(Notícia atualizada às 12h25)

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Reino Unido evita recessão mas cresce ao ritmo mais baixo desde 2010

A economia britânica cresceu 0,3% no terceiro trimestre, evitando a recessão técnica após a queda no segundo trimestre do ano, mas o ritmo de crescimento anual foi o mais baixo desde o início de 2010.

A economia britânica cresceu 0,3% no terceiro trimestre deste ano, em comparação com o trimestre anterior, o que permitiu evitar a recessão técnica, graças a um crescimento dos setores dos serviços e da construção, mas nem tudo são boas notícias: em comparação com o crescimento verificado há um ano, a economia britânica está a crescer ao ritmo mais lento desde o início de 2010.

Depois de no segundo trimestre ter contraído 0,2%, a economia britânica afastou o fantasma de uma recessão no imediato. Segundo o instituto de estatística britânico, a economia cresceu 0,3% entre julho e setembro — o primeiro trimestre com Boris Johnson à frente do Governo –, com o setor dos serviços a crescer 0,4% e a construção outros 0,6%.

No entanto, os dados não são assim tão animadores. Em primeiro lugar, porque este crescimento foi possível maioritariamente devido a um mês de julho mais forte, já que no mês de setembro — o último do trimestre em análise — a economia britânica contraiu 0,1%.

Em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, a economia britânica cresceu 1%, um valor inferior aos 1,3% que tinha registado no segundo trimestre do ano e o mais baixo da última década.

“O PIB cresceu de forma estável no terceiro trimestre, maioritariamente devido a um mês de julho forte. (…) Analisando os dados ao longo do último ano, nota-se que o crescimento abrandou para o ritmo mais lento da última década“, explicou um porta-voz do Office for National Statistics.

A produção industrial estagnou no terceiro trimestre, com oito dos subsetores a apresentarem quedas. Só o crescimento expressivo da produção de material de transporte (6,2%) impediu uma queda na produção industrial. Os dados do instituto de estatística demonstram que a produção ainda não recuperou para os níveis que se verificavam antes da crise.

A economia britânica continua a ser afetada pela incerteza em torno do processo de saída do Reino Unido da União Europeia. Depois do acordo alcançado entre Boris Johnson e a União Europeia, o Parlamento britânico não permitiu a aprovação do acordo no tempo necessário para que o Brexit acontecesse até 31 de outubro e o Governo foi forçado a pedir um novo adiamento.

A União Europeia concedeu o terceiro adiamento da data e deu até 31 de janeiro para o Reino Unido aprovar o acordo no Parlamento e concretizar o Brexit, um processo que se arrasta desde o referendo realizado no verão de 2016. Na sequência do adiamento, o Parlamento britânico aprovou o pedido de Boris Johnson para convocar eleições antecipadas para o próximo dia 12 de dezembro.

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Albert Rivera demite-se da liderança do Ciudadanos

Com a perda de 47 lugares no Parlamento espanhol, Albert Rivera apresenta a demissão da presidência do Ciudadanos. Depois de treze anos à frente do partido, Rivera revela ainda que deixa a política.

Albert Rivera não resistiu aos resultados eleitorais em Espanha deste domingo. A hecatombe nas urnas, com a passagem de 57 deputados para dez, levou o líder do Ciudadanos a apresentar a demissão do cargo de presidente do partido. Albert Rivera anunciou ainda que vai deixar a política, depois de mais de uma década à frente do partido.

Demito-me como presidente do Ciudadados para que este projeto, num Congresso Extraordinário, eleja o seu rumo e o seu futuro”, disse Albert Rivera esta segunda-feira de manhã, citado pelo El País (acesso livre, conteúdo em espanhol). Depois de treze anos à assumir as rédeas do Ciudadanos, o político de origem catalã apresentou a demissão ao comité executivo do partido, reunido em Madrid, e anunciou também que vai deixar a política para “servir outras pessoas” e dedicar-se à vida familiar e “aos amigos”. “Deixo a política. A vida pública. Desfrutei e aprendi“, assinalou.

Com esta saída, Rivera deixa de ser deputado nacional, cargo que ocupava desde janeiro de 2016. “Aprendi muito, conheci gente maravilhosa pelo caminho e servi Espanha com humildade”, disse. O partido foi um dos grandes derrotados nas eleições deste domingo mais de dois milhões e meio de votos, perdendo 47 deputados. O próximo passo será marcar um congresso extraordinário, ainda sem data, para decidir o novo líder do partido e a nova direção.

“O que tivemos esta noite [domingo, dia 10 de novembro] foi um mau resultado, sem paliativos nem desculpas”, reconheceu, na noite eleitoral, o até então líder do Ciudadanos, Albert Rivera, antes de anunciar a convocação do congresso para deixar o rumo do partido na mão dos militantes. O presidente admitiu ainda a sua responsabilidade, mas evitou demitir-se antes de comunicar a decisão formalmente primeiro à direção dos centristas. “Os líderes assumem na primeira pessoa não só os êxitos mas também os fracassos“, admitiu. A derrota chegou a Barcelona, onde tinham uma forte presença, com uma queda de cinco para dois deputados.

Os resultados deste domingo levam a crer que se mantenha o bloqueio político em Espanha. O PSOE voltou a vencer as eleições, mas sem maioria. Os socialistas tiveram 28% dos votos e 120 deputados eleitos, seguido pelo Partido Popular que obteve 20,82% dos votos, elegendo 88 deputados. Nestas eleições, o Ciudadanos foi ultrapassado pelo partido de extrema-direita Vox, que tinha 24 deputados e deverá eleger 52, pelo partido de extrema-esquerda Unidas Podemos, que passa dos atuais 42 para 35 deputados e pelos independentistas da Esquerda da Catalunha (ERC) que caiu para 13 deputados eleitos (tinha 15).

(Notícia atualizada às 11h36)

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Movimento catalão corta acesso entre França e Espanha

  • Lusa
  • 11 Novembro 2019

A plataforma independentista catalã "Tsunami Democrático" que forçar Madrid a negociar e iniciou o primeiro dia pós-eleições com um bloqueio na fronteira entre Espanha e França.

A plataforma independentista catalã “Tsunami Democrático” cortou esta segunda-feira o acesso à estrada AP7 junto à fronteira entre a Catalunha e a França para “forçar a Espanha a negociar”.

Numerosos veículos bloqueiam a passagem fronteiriça depois de, através das redes sociais (Twitter, Instagram e Telegram), o organismo “Tsunami Democrático” apelar aos catalães para se dirigirem para a fronteira de Jonquera, “de carro e a pé” para cortar a estrada AP7 que liga Espanha ao sul de França. Trata-se da primeira mobilização da plataforma independentista depois das eleições gerais espanholas.

De acordo com a “convocatória” que está a ser difundida, em catalão e inglês, o corte da estrada da fronteira é um protesto para “alertar a comunidade internacional” sobre os condenados do Processo independentista catalão e forçar “Madrid a negociar”.

No final da semana passada, o “Tsunami Democrático” anunciou através das redes sociais que ia organizar uma série de protestos em “toda” a região autónoma da Catalunha esta semana: de hoje até quarta-feira.

No passado sábado, dia de reflexão eleitoral, o “Tsunami Democrático” organizou uma série de concertos de protesto com o “Estado Espanhol” no centro da cidade de Barcelona e que reuniu milhares de pessoas.

Paralelamente, no dia de reflexão, uma marcha dos Comités de Defesa da República mobilizaram centenas de jovens numa marcha na zona central da capital catalã que acabou por ser dispersada após uma carga da Polícia Nacional.

O “Tsunami Democrático” é um organismo sem rosto que é apontado pelas autoridades como responsável por vários confrontos na Catalunha, desde outubro.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 11 Novembro 2019

A União Europeia quer criar regras para os bancos poderem classificar produtos como 'verdes', Benoit Coeuré vai para Basileia desenvolver uma moeda digital para os bancos centrais.

A União Europeia quer criar regras obrigatórias para os banco e fundos de investimento poderem classificar como ‘verdes’ os produtos financeiros que colocam à venda no mercado, o membro da comissão executiva do BCE, Benoit Coeuré, vai para Basileia criar uma moeda digital para os bancos centrais. A chinesa Alibaba vendeu em nove horas dois terços das vendas da Apple no terceiro trimestre, e os lucros petrolífera saudita Aramco caíram quase um terço no mesmo período.

Financial Times

Europa quer criar regras para produtos financeiros ‘verdes’

A União Europeia quer criar um conjunto de novas regras obrigatórias para que os bancos e fundos possam lançar e vender produtos como ‘verdes’ — em referência a produtos que apoiem tecnologias ou investimentos ambientalmente responsáveis –, o que faria do bloco a primeira entidade supranacional a criar regras deste género, de acordo com o jornal britânico. O projeto estará a ser preparado numa aliança entre as instituições europeias — como a Comissão Europeia –, os eurodeputados e os Estados-membros, e que impediriam as instituições financeiras de classificar qualquer produto como ambientalmente responsável sem cumprir qualquer critério, como acontecer atualmente.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Benoit Coeuré vai liderar criação de moeda digital dos bancos centrais no BIS

O francês Benoit Coeuré, atual membro da comissão executiva do Banco Central Europeu, vai liderar um novo departamento do Banco de Pagamentos Internacionais — uma organização formada por 60 bancos centrais — que tem como objetivo a criação de uma oferta pública que seja alternativa às moedas digitais privadas, de acordo com o Financial Times. Benoit Coeuré, que termina o seu mandato no BCE no final deste ano, tem como primeira tarefa criar uma moeda digital dos bancos centrais para venda entre os bancos. A ideia passa por criar uma alternativa mais segura e menos disruptiva às moedas privadas que existem no mercado, e outras, como a libra do Facebook, já anunciadas.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Reuters

Alibaba vendeu tanto em nove horas como a Amazon em dois meses

A gigante chinesa do retalho online Alibaba disse esta segunda-feira que as suas vendas aumentaram 25% nas primeiras nove horas do chamado ‘dia dos solteiros’, uma espécie de Black Friday na China, com o intuito de promover o consumo e celebrar o orgulho de ser solteiro. De acordo com a Reuters, só nestas primeiras nove horas, a Alibaba vendeu 23 mil milhões de dólares em produtos, o equivalente a dois terços das vendas de todas as lojas da norte-americana Amazon no último trimestre.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Wall Street Journal

Queda do preço do petróleo e ataques tiram um terço dos lucros à saudita Aramco

A petrolífera saudita Aramco, que se prepara para entrar em bolsa naquele que pode ser o maior negócio de sempre do género, anunciou este fim de semana que os seus lucros diminuíram em quase um terço no terceiro trimestre, face a período homólogo, em resultado da queda dos preços do petróleo. A empresa saudita foi especialmente afetada pelos ataques às suas instalações em setembro, que os responsáveis suspeitam terem sido lançados a partir do Irão apesar de serem reivindicados por rebeldes houthis iemenitas (um conflito no qual os sauditas estão envolvidos). Os lucros da empresa caíram de 30 para 21 mil milhões de dólares no terceiro trimestre.

Leia a notícia completa no Wall Street Journal (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

The Guardian

SNS britânico aprova pela primeira vez medicamentos à base de canábis

O Serviço Nacional de Saúde britânico aprovou pela primeira vez a venda e utilização de dois produtos à base de canábis para tratar doentes com epilepsia e esclerose múltipla, avança o jornal britânico The Guardian. A diretiva foi emitida pelo Instituto Nacional de Saúde britânico, que não permite ainda que este tipo de medicamentos seja utilizado no tratamento de dores crónicas, uma reivindicação antiga de organizações.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

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Moody’s baixa perspetiva da banca portuguesa para “estável” devido ao abrandamento económico

Agência de notação financeira baixou o "outlook" para a banca portuguesa, de "positivo" para "estável", devido à desaceleração da economia.

A Moody’s baixou a perspetiva de evolução do rating dos bancos portugueses de “positiva” para “estável”, justificando a decisão com o abrandamento da economia nacional. Ainda assim, a agência de notação de risco considera o “ambiente operacional dos bancos vai continuar estável” apesar do travão económico.

“O outlook para o sistema bancário português foi alterado de positivo para estável com o crescimento da económico prestes a desacelerar em linha com a Zona Euro”, adianta a Moody’s num relatório publicado esta segunda-feira.

Maria Vinuela, analista da agência de rating, sublinha, ainda assim, que “o capital, a rentabilidade e as condições de financiamento dos bancos portugueses vão permanecer sólidos ao longo dos próximos 12 a 18 meses, e que vão continuar a reduzir o volume de ativos não produtivos NPE)”.

“A rentabilidade deverá continuar próxima dos níveis atuais, com os encargos para provisões mais reduzidos e as iniciativas para redução dos custos a compensarem os volumes de negócio moderados e as taxas de juro muito baixas”, explicou a responsável da Moody’s.

Os principais bancos já apresentaram contas. No total, os lucros baixaram 15% nos primeiros nove meses do ano, pressionados pelo agravamento dos prejuízos do Novo Banco e pela quebra de 50% dos resultados do BPI devido a fatores extraordinários. Já a Caixa Geral de Depósitos registou uma subida de 70% do lucro para 641 milhões de euros, ajudado pela venda dos bancos em Espanha e África do Sul. BCP e Santander Totta subiram os lucros em 5% e 1,5% para 270 milhões e 390 milhões, respetivamente.

Segundo a agência de rating, os ativos não produtivos vão continuar a cair de forma orgânica, com a tendência a ser ajudada também pela venda de carteiras. Mas os níveis de NPE vão continuar elevados face aos padrões europeus, alerta a Moody’s, lembrando que os bancos portugueses registam um rácio de crédito malparado (NPL) de 8,9% no final de junho, o que compara com o rácio de 3,0% da média da União Europeia. A Moody’s estima que o rácio de NPL baixe para 8,1% até final de 2020.

Em relação às necessidades de funding, vão permanecer baixas graças à desalavancagem da economia e à sólida base de depósitos, indica a agência. Ainda assim lembra que os requisitos MREL vão forçar os bancos a emitir mais instrumentos de dívida para fazer face a eventuais perdas. “O apetite dos investidores continua vulnerável a choques externos”, lembra a agência.

A Moody’s vê a economia a crescer 1,7% em 2019 para depois convergir para um crescimento potencial na ordem dos 1,5%. Isto num cenário em que, apesar das condições de crédito do país terem melhorado, o endividamento das famílias continua acima da média da Zona Euro e a ser um fator de preocupação para a agência, que continua a assumir uma “probabilidade moderada” de apoio do Governo aos dois maiores bancos portugueses, a CGD e o BCP.

(Notícia atualizada às 10h28)

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Apple e Goldman Sachs acusados de terem criado cartão de crédito sexista

  • ECO
  • 11 Novembro 2019

Co-fundador da Apple, Steve Wozniak foi um dos últimos a juntar-se às denúncias sobre a discriminação de género do algoritmo do cartão de crédito recentemente lançado com o Goldman Sachs.

A Apple e o Goldman Sachs estão a ser acusados de terem lançado um cartão de crédito que discrimina os utilizadores em função do género. Um dos últimos a juntar ao rol de críticas ao Apple Card foi o próprio cofundador da Apple, Steve Wozniak, que denunciou que a sua mulher tem um limite de crédito dez vezes inferior ao seu. O banco está a ser investigado pelas autoridades de Wall Street.

As críticas ao Apple Card começaram na quinta-feira, depois de o empresário David Heinemeier Hansson ter publicado um conjunto de tweets sobre o cartão de crédito recentemente lançado pela Apple e Goldman Sachs, dizendo que lhe dá um limite de crédito 20 vezes superior em relação à mulher.

“Ninguém quer viver sobre as regras caprichosas DO ALGORITMO. Não nas finanças, não na compra de casa, não na publicidade, não no mercado de trabalho, não em qualquer uma das milhões de áreas onde o machine learning e a inteligência artificial têm o poder de decisão. É por isso que estou com os nervos em franja”, disse o empresário num post mais recente na sua conta de Twitter.

Em reação às acusações de David Heinemeier Hansson, o Goldman Sachs disse que os candidatos ao Apple Card são avaliados independentemente, em função do rendimento e da credibilidade, tendo em conta fatores como os scores de crédito pessoais e a dívida pessoal. E é possível que dois membros da família recebem decisões de crédito significativamente diferentes, explicou ainda o banco, assegurando que não se fazem avaliação tendo em conta o género do candidato. “Não tomamos, nem vamos tomar, decisões baseadas em fatores como o género”, disse o banco.

No caso de David Heinemeier Hansson, que criou a Ruby on Rails, não revelou qualquer informação sobre os seus rendimentos, nem sobre os rendimentos da mulher, mas referiu que fazem juntos a declarações fiscais e que a sua esposa tem um score de crédito melhor.

Já depois da denúncia de David Heinemeier Hansson foi a vez de Wozniak partilhar uma experiência semelhante. No seu caso, recebe dez vez mais crédito no seu cartão do que a mulher. “Não temos contas bancárias ou cartões de crédito separados ou qualquer separação de bens”, disse o cofundador da Apple no Twitter em resposta a um todos tweets de Hansson.

A denúncia levou o Departamento de Serviços Financeiros de Nova York a abrir uma investigação sobre as práticas de cartão de crédito da Goldman Sachs.

“A lei de Nova Iorque proíbe a discriminação contra classes protegidas de indivíduos, o que significa que um algoritmo, como qualquer outro método de avaliada da credibilidade creditícia, não pode resultar num tratamento sem sentido para indivíduos com base em idade, credo, raça, cor, sexo, orientação sexual, nacionalidade ou outras características protegidas”, referiu Linda Lacewell, responsável do Departamento de Serviços Financeiros do Estado de Nova Iorque.

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Serviços públicos têm até hoje para submeter programas orçamentais

  • Lusa
  • 11 Novembro 2019

O Ministério das Finanças deu sete dias, até ao dia de hoje, aos serviços públicos para que submetam os seus projetos orçamentais.

Os serviços públicos têm até ao dia de hoje para submeter os seus projetos orçamentais, de acordo com uma circular com as instruções para a preparação do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) divulgada na semana passada.

O Ministério das Finanças deu sete dias, até ao dia de hoje, aos serviços públicos para que submetam os seus projetos orçamentais.

De acordo com a circular emitida na semana passada, em 05 de novembro, pela Direção Geral do Orçamento (DGO), “os sistemas de registo do OE2020 (em http://sigo.gov.pt) estão abertos até ao dia 11 de novembro de 2019” (hoje).

No documento, a DGO lembrou que, em caso de incumprimento da data limite para o carregamento nos sistemas dos projetos orçamentais, “será considerado o orçamento de 2019 com os ajustamentos que o Ministério das Finanças entenda como conveniente introduzir, por forma a viabilizar a finalização dos trabalhos do Orçamento do Estado ou, no caso de inexistência desse orçamento, de acordo com a informação financeira que for possível obter”.

A DGO acrescentou que “os registos ou alterações ulteriores à data acima mencionada, apenas serão autorizados pela DGO em casos muito excecionais, devidamente justificados, e quando solicitados pelo coordenador do Programa”.

O Governo começa esta semana reuniões com o Bloco de Esquerda, PCP, PAN, PEV e Livre sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2020, segundo disse à Lusa fonte do executivo, na semana passada.

A proposta será entregue na Assembleia da República até 15 de dezembro, conforme anunciou no final de outubro o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Em virtude das eleições legislativas de 06 de outubro passado, o novo Governo liderado por António Costa ainda não tinha tomado posse por ocasião da data-limite dada aos Estados-membros para enviarem para Bruxelas os seus projetos orçamentais para o ano seguinte (15 de outubro), razão pela qual Lisboa enviou apenas um plano com base em “políticas inalteradas”, que deverá complementar e apresentar à Comissão assim que houver um projeto orçamental.

No Projeto de Plano Orçamental enviado para Bruxelas em 15 de outubro, o Governo antecipou que o défice fique em 0,1% do PIB, menos uma décima do que o previsto no Programa de Estabilidade 2019-2023, apresentado em abril, prevendo, para 2020, um saldo orçamental nulo, menos três décimas face ao excedente de 0,3% previsto no Programa de Estabilidade.

No mesmo documento enviado a Bruxelas, o Governo estimou que a economia portuguesa desacelere de um crescimento de 2,4% em 2018, para um crescimento de 1,9% em 2019 e volte a acelerar para um crescimento de 2% no próximo ano.

Em 22 de outubro passado, após uma análise preliminar ao ‘esboço’ orçamental, a Comissão Europeia alertou que o mesmo aponta para o risco de um desvio das metas fixadas a nível de saldo estrutural e dívida pública, solicitando por isso a apresentação, o mais brevemente possível, de um documento atualizado que “garanta o cumprimento” das regras europeias.

Na quinta-feira, a Comissão Europeia melhorou a previsão para o défice português este ano, para 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB), dos anteriores 0,4%, e também para 2020, antecipando agora um “défice zero”, e alinhando com as previsões do Governo.

A Comissão Europeia também melhorou em três décimas a previsão de crescimento económico de Portugal para 2% este ano, uma décima acima do esperado pelo Governo, e manteve a anterior previsão de 1,7% em 2020.

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Jornais espanhóis destacam vitória do PSOE mas maior dificuldade para formar Governo

  • ECO e Lusa
  • 11 Novembro 2019

“Sánchez ganha mas a formação de Governo complica-se ainda mais”, realça a primeira página do El País, lembrando que “Socialistas descem três lugares em relação a abril e [Unidas] Podemos baixa sete".

Os jornais espanhóis destacam esta segunda-feira a vitória do PSOE (socialistas) nas eleições legislativas de domingo, mas sublinham que o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, terá ainda mais dificuldade em formar Governo do que na consulta anterior.

“Sánchez ganha mas a formação de Governo complica-se ainda mais”, realça a primeira página do El País, lembrando que os “Socialistas descem três lugares em relação a abril e [Unidas] Podemos baixa sete”.

O diário também realça que “o Partido Popular [PP. direita] recupera e alcança os 88 deputados)”, o “Vox [extrema-direita] converte-se na terceira força depois de duplicar o grupo” parlamentar e Albert “Rivera [do Cidadãos da direita liberal] só salva dez dos seus deputados e irá a um congresso extraordinário”.

O El Mundo prefere sublinhar que o “Vox dispara e converte-se na terceira força com 52 deputados” e o “PSOE perde três lugares a respeito a abril e não beneficia das quedas de Podemos e Cidadãos”.

Por outro lado, o líder do PP, Pablo Casado, “consolida-se como líder da direita” e mostra-se “ambíguo” sobre se vai facilitar o Governo, enquanto Albert Rivera, líder do Cidadãos, afunda-se” e convoca um congresso para decidir sobre o futuro do partido.

O diário também destaca na primeira página que o Unidas Podemos “Defrauda as expectativas” ao conseguir “apenas” 35 representantes e volta a” exigir” a Sánchez a formação de um Governo de coligação e os partidos nacionalistas bascos e independentistas catalães reforçam as suas posições.

O ABC escolheu para título de primeira página que “As urnas culpam Sánchez e Rivera pelo bloqueio”, e que o PSOE “fracassa a sua estratégia para reforçar a liderança ao perder três lugares e a ascensão de Vox”, com o Cidadãos a deixar a continuação do seu líder “nas mãos” dos seus militantes depois da “derrocada” de domingo.

O diário catalão La Vanguardia escolheu para título da sua primeira página que “Sánchez ganha mas terá mais difícil configurar uma maioria” e que o candidato de um PSOE “debilitado” compromete-se a desbloquear a formação de Governo numa jornada em que PP e Vox “disparam” e o Cidadãos se “afunda”.

Finalmente, a La Razón titula que “Sánchez gana mas retrocede três lugares” e só conseguiria governar com um “pacto Frankenstein”, com os independentistas.

O jornal também destaca que Abascal “dispara” para mais de 50 deputados e Rivera “cai”, enquanto Casado “cresce” mas fica longe do PSOE.

Nas eleições legislativas de domingo o PSOE ganhou sem maioria absoluta, conseguindo 120 deputados, menos três do que nas eleições anteriores.

O segundo partido mais votado foi o PP, com 87 deputados (antes tinha 66), seguindo-se o Vox, que passa a ser a terceira força política em Espanha depois de mais do que duplicar a sua representação parlamentar, passando de 24 para 52 deputados.

A Unidas Podemos perdeu lugares e votos, ficando com 35 deputados (antes 42), e o mesmo acontece aos Cidadãos, que elegeram domingo apenas 10 representantes (57).

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